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prtÇQ Í 500 Quinta faira, 27 ds Março da 1958 Àno IV - N.° 153
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v . S. M O T T A P I N T O
O humor em PortugalOs portugueses são, como
é demais sabido, um povo com a c e n tu a d a tendência para a tristeza. Dir-se-ia que, em todos os momentos, ainda aqueles queJ ilão propendam para o trágico, paira no es pírito lusíada o v islum bre dos sentimentos ensom brados que contrafaz, deminue e por vezes extingue todo o carácter anedótico que a v ida possa ter. Pouco rim os; e se o fazemos, por falta de hábito e de disposição, rimos desbragadamente num pouco o que poderíamos rir na se mana inteira. Assim o riso deixa de ser a exteriorização normal da nossa sensib ilidade, perante a faceta r iso nha da v ida, para se tornar careta de bobo aguçado por uma dose razoável de h isterismo agudo.
O comportamento habitual de que nos servim os é a si- sudez, a tinta carregada, o ar de mau génio, o franzind na testa. O s raros que procedem d if e r e n te m e n te são abencerragens do acaso, m edrados como flores exóticas no jardim da tristeza.
Na nossa literatura podem contar-se os escritores com reais aptidões para fazer rir o leitor. O s poucos existen-
fOlHAAO VENTO...O problema da m endici
dade tem preocupado muito a atenção dos governos dos países civilizados, dada a dificuldade de o reso lver fàcilmente.
Há por esse M undo fora uma enorm íssima quantidade de gente que, para se sustentar e aos seus, tem de estender a mão à caridade alheia; mas, por outro lado, vemos também abundar os ^ e esmolam por lhes não agradar o trabalho e também aqueles que o fazem por 'ofício». . ..Quem exerce a beneficên
cia não tem apenas que se Preocupar em dar aquilo que Pode dispensar, uma vez que a esmola por si só nâo pode resolver o problem a negro daquele que pede; mas, antes deverá convencer-se de que ''ai com plicar ainda mais a ^tuação do necessitado. Bom ® não esquecer que a esmola e Processo envolvente e nãocurativo.
Uma migalha dada sem Sacrifício e autom àticam ente
{Coníinua ua p á g i n a í)
tes com vocação hum orística, por pouco desenvolvida, usam os processos velhos e relhos do truque que dispõe incompletamente à boa d isposição, abusam do trocad ilho, forçam a nota alegre, insistem nas situações ca ricatas e quase nunca verda-
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R O S A I > O
deiras do que é a vida normal da nossa sociedade. Forçam o riso e conseguem bocejos; têm em v is ta a gargalhada e só os muito tolerantes ou im becilizados é que lhes acham graça. Não são propriamente escritores hum orísticos, mas que exploram o g é n e r o de tal literatura. Mentem a si mesmos e ao público que lhes compra as obras.
No nosso tempo o único escritor que na verdade era humorista por temperamento, e depois por profissão, foi André Brun. A o sçu natural feitio alegre apunha uma boa dose de sentido de ob serva ção e espontaneidade de fantasia, coordenando com subtileza e verdade os casos passados na vida observada com os que a sua im aginação se entretinha a colig ir. A lém disso sabia contar. Nada mais fácil e mais d ifícil, mais engenhoso e mais lím pido, mais com plicado e mais simples. M as o que sobretudo m elhor possuía André Brun, como escritor querido da multidão, era o seu esp írito filosófico , que encerrava mundos de sensatez.
Conta o autor de «Sem pés nem cabeça», no prólogo dum dos seus liv ro s : «Alguém , vendo-me um dia sorrindo e bem disposto, tendo notado que essa era a minha habitual m aneira de ser, disse-me com certa m elancolia na voz :
— O senhor deve ser muito feliz na vida ! . . .
E eu respondi- lhe:— Não. Não sou mnito
feliz. Não sou, sequer, feliz. H á lá, porventura, alguém que o s e ja ? Sim plesm ente sou muito menos infeliz que alguma g en te : a que nasce triste e mal humorada. A vida não me poupa, e o meu quinhão de aborrecim entos não é menor que o dos outros. Porém , em vez de o contar ou com entar de lágrimas na voz e rancor na boca, rela- to-o ou analiso-o com o sor
riso nos lábios e a seren idade no coração.
«H á pessoas que saem sem guarda chuva e, se adrega de chover, teimam em cam inhar e elas aí vão curiosas sob o vendaval, até que este as tenha alagado até à medula dos ossos. Eu trato dc me recolher no primeiro abrigo que topo ou de im provisar algum e, vendo ca ir do céu as cordas de água, digo comigo : — «Hás- -de passar, tem poral!» . R e signo-me e espero. Se i que de nada serve queixar-me e indignar-me, que nada posso contra os ventos desencadeados do Destino e que, se persistir em sujeitar-me a- e les, hão-de acabar por me encharcar até ao último fio de roupa. Cuido, portanto, de m irar o céu antes de pôr o pé na rua e, se ele se en- tro visca enquanto ando por fora, de procurar onde aguarde que azule de novo».
M a is serena filosofia nâo é fácil de encontrar. Dentro desta c a r a c t e r í s t i c a puramente pessoal, André Brun compôs os seus livros, e em cada uma das suas páginas se colhe um m otivo de a le gria e se encontra uma cena já passada connosco, em qualquer parte e com qualquer pessoa.
Fora da literatura, aqui e além , perdidos no revolutear das multidões, por certo que se encontram espíritos n itidamente alegres, com um dito esfuseante pronto a sa ltar da boca, sempre com uma anedota para contar, com aquela graça absolutamente natural que é um dom que foge a toda e qualquer aprendizagem. E , pouco mais ou
menos, este fenómeno, perante a maré cheia de casmurros, não a conhece — mas segue na prática filosofia igual ou parecida com a do g ra n d e f o lh e t in is t a dos «M eus domingos».
Possive lm ente o maior dos nossos defeitos, ou das nossas qualidades, como alguém possa querer, é o de rem armos contra a maré, é o de persistirm os em alcançar o resultado sabido inalcançá- vel. Assim perdemos uma boa parte da nossa vida e dos nossos esforços, em seguirmos o cam inho que de antemão sabemos não ser o do êxito. E (atribuím os nós a essa teim osia nefasta) com isso alentam os o nosso feitio hereditàriam ente triste, propenso à derrota, que nos tira a confiança em nós p ró prios e nos distrai do verdadeiro trilho do triunfo.
Pouco mais ou menos não fazemos uso do sorriso. O u gargalham os a la r v e m e n te , mostrando todos os dentes até o esófago, ou conserva mo-nos carrancudos como um edital cam arário. Som os o «oito ou oitenta» do dito popular. Não há meio termo, não há mitances» no que pensamos ou fazemos. O d ia mos ou amamos — mas nunca encolhem os os ombros; nesta questão de «humor» não sabemos copiar com a percepção, educando o espírito, o sorriso b r i t â n ic o , todo meias tintas, todo subtileza.
E afinal, para reforço da teoria, não é nunca no excesso, nos lim ites, que se enconta o equilíbrio — antes o meio termo é, e sempre foi e será, a melhor graduação para a felicidade humana.
Liga Psrfugueso
de Profilaxia Social
U m a e x i g ê n c i a I v .
O n ível de cultura atingido por um povo nota-se logo aos prim eiros contactos. S e há ordem nas ruas e d isc iplina nas atitudes e se o transeunte incauto nâo é pisado ou empurrado g rosseiram ente, pode im ediatamente supor-se que se está em presença dum povo já in iciado nas regras da cor- tezia e do mútuo respeito, — exigências da c iv ilização contemporânea.
Por outro lado, se os c idadãos se apresentarem decentemente vestidos e caminham erectos, de cara lavada e mãos lim pas, a im pressão que deles irradia é im ediatamente favo ráv» !.
E o mesmo sucede se não se ouvirem palavrões, se não nos acotovelam os e damos gentilm ente o passo às senhoras idosas, aos que parecem doentes, e, sobretudo, às crianças.
E não se suponha que es tas elem entares regras de c o n v i v ê n c ia social exijam muita sabedoria ou dinheiro, porque um pouco de sentido da dignidade pessoal basta, e não é preciso ser-se rico para se lava r a cara, pentear os cabelos, ajeitar os co la rinhos da cam isa, escovar o fato e engraxar os sapatos, embora sejam feitos de pano modesto ou de couro vulgar.
Tam bém não é preciso ser-se fo rm ado 'em qualquer m atéria douta para se com preender que não devem os andar na rua aos encontrões e que, quando, por ventura, inadvertidam ente, d e rm o s origem aos incidentes dessa
(C o n tin u a n a p á g in a 5)
P O R T U G A L P IT O R E S C O Vila Real deS.‘° António
Na extrema do Algarve, dessa florida província portuguesa, fica a linda vila de que hoje publicamos um aspecto bem significativo.
O seu «porto comercial* ein plena actividade, mostrando ao longe o panorama da sua beleza marítima.
Tela grandiosa em que o Trabalho do Homem e a m a gnificência da Natureza se conjugam em fraternal harmonia!
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA - 18 - T E L E F. 026 467
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A PROVINCIA 2T-3.958
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Dom ingo de Ramos(A Procissão dos Passos)
Estávam os em Abril. C a íra nesse mês o Dom ingo de Ram os. O dia am anhecera límpido e cheio de sol. A s ruas, onde devia passar a procissão, eram .atapetadas de areia encarnada, e em determ inados locais o José Sacristão (na véspera ) tinha andado a erguer altares im provisados, com quadros re presentando os passos do Senhor. A lguns desses quadros, de pintura a óleo, es tavam já muito deteriorados pela acção das várias décadas de anos que por eles passaram . O chão junto dos altares ficava cheio de rosmaninho.
Durante o dia ia chegando à v ila imensa gente dos arre dores. G en te do campo — «os caram elos», como eram apelidados, de varapau na mão, envergando os seus fatos dom ingueiros. Vinham aprovisionar-se e assistir à festa. Das v ilas próximas, e nos mais variados meios de transporte daquela época, v inha farta quantidade de v i sitantes ; as ruas animavam- -se duma forma fora do vu lgar. A s c a s a s de v e n d a ficavam à cunha. A animação ia crescendo de hora a hora, e com eçava-se então a ouvir os sinos do Convento a badalar. E ra de lá que saía a procissão.
O ito dias antes o Senhor dos Passos era levado de noite, num andor fechado com cortinados, da Igreja M atriz para a Igreja do C o n vento, onde se realizavam as novenas. A Senhora da C o n ceição era conduzida para a Igreja da M isericó rd ia . Neste dia, a rua dos Pescadores ia de lés-a-lés.
O sino continuava a trabalhar, no seu badalar constante, e lá dentro da igreja era a azáfam a para pôr em andamento a procissão. O s juizes, com as suas varas, iam dando ordens. A cabava também de ser arrem atada a condução do pendão, visto haver sempre muitos pretendentes, entre os valentes daquele tempo, que sempre o queriam levar. D e todos os com ponentes da procissão
era aquele que o em punhava que mais se destacava, e tantas vezes dava que falar de si pela força e valentia com que o fazia. Abria-se cam inho entre a multidão, que a custo dava passagem ao cortejo, o qual já se en contrava em andamento. À frente o guião, seguido do
P o r
Luis M a r ia N o g u e i r a
pendão apoiado num cinto de coiro, que o homem que o levava cingia à cintura, e quatro guias que o ajudavam a equilibrar.
A trás toda a Irm andade de opas roxas, e os anjnhos dos mais v a r ia d o s tam anhos, ajoujados com as suas asas brancas e, com as grandes quantidades de oiro que levavam no p e s c o ç o . Um a menina trazia o Santo-Sudá- rio, representando assim a figura da Verón ica. O pálio e o andor eram conduzidos pelas p e s s o a s gradas da terra, e o Sn r. D . Carlos Pereira Coutinho (Admistra- dor do C o n c e lh o nessa época), ostentava com grande solenidade a sua faixa azul e branca, símbolo da autoridade máxima da terra. E , fechando o cortejo, M estre Baltazar Valente com o seu habitual ar marcial, chefiava a 1*. de Dezem bro, que ia, tocando música apropriada ao acto.
O andor do Senhor ia a abarrotar de flores, rodeado de mulheres que cumpriam prom essas, e das janelas, que tinham sido ornamentadas com as mais variadas colga- duras, lançavam -lhe flores.
A aragem da tarde soprava com bastante vigor, e na volta da Praça o pendão fora agitado com m aior vio lência . Os quatro guias firm avam então com maior esforço o seu equilíbrio . O homem que conduzia a sua enorm e vara, retirava-a de dentro do apoio de coiro, e sustentava-a só com a força hercúlea dos seus braços. Todos os olhares se concentravam nele. O vento am aina um pouco mais, e
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agora já o podia segurar com uma só mão ! E ra um v a le n te ! H a v ia quem o acom panhasse sempre para v e r quando ele descansava.
D e vez em quando o cortejo parava, e o andor do S e nhor era levado junto dos altares dos Passos. A li se procedia a uma rápida ce rim ónia, a c o m p a n h a d a pelo saxofone da banda. N o Largo da M isericó rd ia estava a r mado o púlpito onde o padre Napoleão, prègador muito em voga nessa época, pregaria o sermão do encontro.
O pequeno Largo regor- g itava de gente. O cortejo aproximava-se, vindo da Rua N ova , e o andor do Senhor entrava no Largo e ali pa-
(C a n tin u a n a p á g in a 4)
«A PROVINCIA» N.» 158 - 27-3-58
REBELO & REBELO,L I M I T A D A
Por escritura de 14 de Janeiro de 1957 lavrada a fls. 31 do livro n.° 4 B. deste cartório notarial, a cargo do Notário Luciano Pereira, entre JOÃO R E B E L O JÚ NIO R e FRANCISCO AFONSO R E B E L O , foi c o n s t i t u í d a uma sociedade comercial por cotas de responsabilidade limitada, que será regida pelas cláusulas e condições constantes dos artigos seguintes :
1.*A sociedade adopta a firma
« R E B E L O & R E B E L O , L IM ITADA», fica com a sua sede nesta vila.
A sua duração é por tempo indeterminado, contando-se o seu início, a partir do dia 1 do corrente mês.
3.°
O seu objecto é o do comércio de cortiça, lenha e seus derivados, e o de aíuguer de camionetas, podendo, no entanto, vir a explorar qualquer outro ramo, permitido, por lei.
4.°
O capital social é de 348.000$00, já integralmente realizado em dinheiro, e corresponde à soma de duas cotas de 174.000^00, cada, subscrita, cada uma delas, por cada um dos sócios.
5.°
Os sócios poderão fazer à sociedade suprimentos de que esta carecer, devendo, em tal caso, ser fixadas em actas as importâncias e condições de reembolso.
A cessão de cotas, no todo ou era parte, fica dependente do co n sentimento do restante sócio, q.ue, no caso de preferir, pagará a cota alienanda, segundo o balanço a que se proceder para tal fim.
O sòcio que quiser alienar a sua cota, assim o comunicará ao restante, por carta registada, com aviso de recepção, indicando o nome do adquirente, e, se dentro do prazo de 30 dias, não receber qualquer resposta, poderá realizar, livremente, a indicada alienação.
8.»A sociedade será representada,
E ís ai a Primavera Chegadinha há poucos dias, Tangem a lira os poetas, A s roseiras abrem piores. Sobem no ar saudações !E, afinal, é «prima bera» Oue até lembra as invernias Com variadas caretas, Espirros e maus humores, Tosses e constipações /
Se virmos as coisas bem Talvez tudo estefa certo, Pois não há ninguém Neste céu aberto Oue se possa gabar De em seu juizo estar.Anda assim tudo maluco, - O Tempo, o Homem, o
[ Mundo ! - O limão já não tem suco,O peixe fug iu pró fundo,A carne é mesmo cimento; O vinho é Iriposuljito Com mais metabisulfito E qualquer tartrato ;E a couve e mais o pimento, A cebola e mais o alho,E a batata e mais o trigo E o resto do m iuçalho, Tudo leva um certo artigo Oue se chama «nitrato»,
Ê tudo falsijicado E fora do seu lugar.Anda o povo envenenado E o mais «de pernas ao an,
E não admira, portanto, Que a Primavera também Tenha perdido o juizo.Mas o pior, entretanto,E que já não há ninguém Exacto e preciso!
Eu, por mim, estou na mesma E aquele e aquela «seresma» Novamente calço a luva E vou tocando a guitarra,
Cada ves com mais fervor:— Quem me empresta uma
[ samarra1— Quem me dá um cobertorí— Quem me dá um guarda
[ chuva.Ham em ao mar
em juizo e fora dele, activa e pas sivamente, por ambos os sócios, os quais ficam nomeados gerentes, com dispensa de caução, e com ou sem remuneração, conforme for resolvido em Assembleia tíeral, c constar da respectiva acta.
§1.°Para que a sociedade se consi-
dere obrigada, basta a assinatur.1 de qualquer dos gerentes.
§ 2.»Em caso algum a sociedade po
derá ser obrigada em letras d; favor, fianças, avales, abonações outros actos ou documentos eslra' nhos aos negócios sociais.
9.°Os balanços dar-se-ão com re‘
ferência a 31 de Dezembro de cad.r ano, e os lucros líquidos apurados, depois de deduzidos cinco p°: cento, para fundo de reserva legal, serão divididos pelos sócios, W proporção das suas cotas. Na mesma proporção serão suportadas as perdas.
10.°No caso de morte ou interdiçá*
de qualquer dos sócios, os seu- herdeiros ou representantes continuarão na Sociedade, conservando-se a respectiva cofa indivisa,; devendo nomear dentre eles, u®1 que a todos represente na Socie | dade, sem o que não terão ne*1 qualquer ingerência.
11.°Em todo o omisso regularão a‘
disposições legais aplicáveis. Montijo, 15 de Março deO Ajudante do cartório.
(M a n u el C ip ria n o K . Fnt&)
S7-3-958 A PROVINCIA 3
I | m oELEGAME
c ifAniversários
MARÇO
_ So dia 24, a 3r.a D. Cesaltina Nogueira Rebelo, esposa do nosso prezado assinante, sr. José Jo aq u im Rebelo.
_ No dia 24, a sr.a D. Maria Júlia Je C arvalho Diniz, cunhada do nosso estimado assinante, sr. António Cacheldora Rosa.
— No dia 25, prefez 2 i anos de idade, a sr.a D. Maria Gisela Traquina Resina; e no dia 2 6 ,2 3 anos, sua irmã. a sr.* D. Maria Luísa Traquina Resir.a, filhas do nosso dedicado assinante, sr. José Anlónio Resina.
_ N o dia27, a menina Ana Maria Cândido da Costa Gomes, filhinha do nosso prezado assinante, sr. Francisco António da Costa Gomes.
_ No dia 28, o sr. Antó.lio da Silva Diniz Jún ior , nosso prezado assinante.
— No dia 28, a menina Maria Fernanda da Veiga Carvalho S i mões, e no mesmo dia também, a menina Maria Munuela da Veiga Carvalho Simões, filhas dedicadas do nosso estimadíssimo assinante, sr. Fernando Carvalho Simões, residentes em Coimbra.
— No dia 28, a menina Maria de La Salette, gentil nètinha da nossa dedicada assinante, sr." D. Aida da Veiga Marques Rodrigues.
— No dia 29, a menina Ester Maria da Silva Canastreiro, filha do nosso estimado assinante, sr. Manuel Soares Canastreiro.
— No dia 29, a menina Maria João Baptista, residente em Faro, sobrinha do nosso dedicado assinante, sr. José Victor.
— No dia 29, o sr. V ictor Manuel Vieira Lopes, filho do nosso prezado assinante, sr. Lúcio Lopes Júnior.
— No dia 29, completa o seu 34.° aniversário a s r .a D. Celeste Cas- lanheira. esposa do nosso estimado amigo e assinante, sr. Luís Jesus Rufino.
— No dia 29, a menina Maria Margarida Nogueira Rebelo, filha do nosso dedicado assinante, sr. •losé Joaquim Rebelo.
— No dia 30, o nosso dedicado assinante sr. Luciano Gouveia.
A BR IL
— No dia 1, a menina Fernanda lielógio Santos, nètinha da nossa prezada assinante, sr.a D. Lídia Cardeira Relógio.
— No dia 1, a menina Maria Albertina Pinto da Silva, filha dc. "ossa estimada assinante, sr.a D. Albertina das Doies Pinto.
No dia 1, completa o seu 10.° aniversário, a menina Maria Fer- nanda Calisto Farrim , irmã da nossa estimada assinante, s r .“ D. Maria Manuela dos Santos Farrim.
— No dia 1, a sr.a D. Maria das Dores Machado Ferreira, prima da nossa dedicada assinante, sr.a D. ■' r̂garida Ferreira.
— No dia 2, a menina Maria de •ourdes Cândido da Cosia Gomes, Minha do nosso prezado assi- j'ante, sr. Francisco António da Cosia Gomes.
~ No dia 2, a menina Maria de atima Marinho de Oliveira, filha
nosso prezado assinante, sr. varo Maria de Oliveira.
V is ita
' isitou a nossa Redacção, e teve Scntilcza dc deixar o cartão da
n a Municipal de Estremoz, o °ss° velho amigo, solícito corres- ondcntc de «A Província» na-
t' a cidade, c presidente da Di- cçao des,;, Uan(]a 5r, Francisco doar - -■quim Baptista.
cu padecemos a deferência e liam,)ri,nenlamos na sua pessoa a
a a cuja Direcção preside.
T e le fo n e 026 579
ixflui
M o n tije n se
A SEMANA SANTAEM MONTUO
JCN e Mor;a 0 6 deJibril Je l 958
P R O G R A M A
D om ingo de R a m o s — 30 DE MARÇO — Sacrifíc io da missa, às 8, 10, 12, e 16,30 horas.
B ênção dos R a m o s na Igreja da Misericórdia às 9,30 horas, seguida de procissão até à paroquial, onde se celebrará missa com leitura viva da Paixão.
A’s 17,30 horas — Procissão do Senhor dos Passos, com sermão.
S eg un da , T erça , e Quarta- - fe ir a sa n ta s, dias 31 de Março,1 c 2 de Abril, às 21 horas — Na Igreja Paroquial, explicação da liturgia do tríduo Sagrado e ensaio de cânticos.
Q u in ta -fe ira S an ta , dia 3 de A B R IL — D ia d a S ag rd d a E u ca ristia .
Durante o dia, confissões. - A’s18 horas, Sacrif íc io da Missa com Comunhão Geral. Comemoração de lava-pés (mandátum).
Durante a noite adoração ao Santíssimo, solenemente exposto.
A’s 21,30 - 22 e 23 horas, adoração solene com prègação.
S e x ta -fe ir a San ta , dia 4 de A B R IL : C om em oração da P a ix ã o e m orte dc C r isto :
A’s 15 horas, V ia S acra - A’s lfi horas, canto solene da paixão- adoração da cruz - missa dos Pressantificados.
A’s 21,30 horas - Procissão com » Imagem do S enhor morto, e Sermão da Soledade.
S á b a d o San to, dia 5 de ABRIL {luto da Igreja) Durante o dia, confissões.
A’s 22 horas-Com eço da S o le n e V ig ilia P asca l: Profecias, B ê n ção do lume novo e do Círio pascal, bênção da água baptismal, canto solene do «exultet».
A’s 24 horas - Missa solene da Ressurreição.
D om in g o d e P áscoa, dia 6 de A B R IL (R e ssu rre içã o triu n fa l d e Cristo).
Sacrifício da missa, às 8,30 na cadeia - A’s 10 na paroquial, com Comunhão p a s c a l e primeiras Comunhões das crianças.
A ’s 11,30 horas - Solene, da Ressurreição.
As Procissões serão acompanhadas pela Banda da Sociedade F i larmónica 1.° de Dezembro.
G ru p o D e s p o r t iv o d a s f a i e sNo Domingo, 23, pelas 15 horas,
realizou-se no Campo de Jogos daquele grupo um festival desportivo que despertou o maior interesse e decorreu com grande brilhantismo.
Fez-se a apresentação das cores dos baluartes nacionais do Desporto Rei, — Sporting e Benfica—, entre as categorias de honra do Grupo Desportivo das Faias e o Grupo Desportivo D. Nuno Alvares P ereira .
Brevemente se comemorará o 1.° aniversário do Grupo, com um Festival extraordinário, de que publicaremos oportunamente o respectivo programa.
MONTIJ O
A n tó n io Luís R o d rig u es(Folicido no Ccngo Btljo , em 25-2-1958)
Sua viuva, Belmira Ramos Rodrigues, e seus filhos, Maria deI.ourdes, Maria Alice, Ercilia, e Manuel Ramos Rodrigues, (ausentes); seu irmão, Rodrigo dos Sai - tos Rodrigues e sua família, mandam efectuar uma missa no próximo domingo, 30 do eorrente, pelas 10 horas, na Igre ja Paroquial desta vila, pelo eterno descanso da alma do seu saudoso marido, pai, irmão, e parente, e agradecem reconhecidamente a presença a esse piedoso acto das pessoas de sua amizade e relações do extinto.
i n f o r m a ç ã o d o
Secretariado Paroquiald e M o n t i j o
S O B R E C I N E M A
5.a leira, 2 7 ; «A MULHER DE QUEM S E FALA». País de origem- ITA LIA . Género - Drama. Principais in térp re tes : Virna Sisi,António Ciffariello e Franco Fa- brizzi.
E n r ed o : — Uma rapariga, desejosa de alcançar publicidade, faz-se passar por vítima dum atentado contra a sua honra. Culpa três inocentes. A opinião pública é-lhe favorável, do que resulta receber ofertas e ser contratada para o cinema. Porém, a sua consciência acusa-a e leva-a a desmascarar-se, num acto de arrependimento.
A p reciação estética : — R eali zação e interpretação em bom nível.
A p recia çã o m o r a l O remate do drama é o arrependimentopúblico. Reserva se, porém, PARA ADI L T O S , devido à sugestão de determinadas cenas.
Estreado no cinema Eden em 17-1-1958.
Sábado, 2 9 ; «A U LTIM A ILU SÃO». País de origem - FRANÇA. Género - Comédia. Principais in térpretes : Michèle Mercier, Ivan Desny e Danik Patisson.
E n red o : — Uma rapariga ingénua sonha com o cinema. Ganha um concurso de beleza, por fotografia, abandona a família e o noivo e segue para Paris, onde as desilusões se sucedem. Pensa pôr termo à vida. Salva dessa ideia, regressa ao convívio dos seus c abandona a fantasia do cinema.
A p recia çã o estética : — Realização e desempenho bons.
A p recia ção m o r a l• — Cenas que denunciam corrupção levam a classificar-se o f ilm e PARA A D U L T O S.
Estreado no cinema Condes em 29-11-1957.
D o m i n g o , 30; «O ÚLTIM O C O U P L E T ». País de origem -- I Í S P A N I I A . Género - Drama. Principais in térp retes : Sara Montiel, Armando Calvo e Enrique Vera.
E n r e d o : — Narra o drama da vida de Sara Montiel, desde o tempo de corista até à fama. Os momentos dc glória e de dor abalaram-lhe o coração. Veio a falecer de síncope, num espectáculo de despedida.
A p recia ção estética : — Bom desempenho. Vistosa montagem. Canções seleccionadas. A preciação m o r a l: — Certas l i berdades amorosas, bem como o ambiente algo baixo de alguns episódios, fazem que se reserve o film e PARA A D U L T O S .
Estreado no cinema Condes em 11-10-1957.
2.“ feira, 3 1 ; « B O N Z O NO C O L É G I O ” . País de origem -E. U. A.. Comédia. Principais in térpretes : Maureen O’ Sullivan, Edmund Gwenn e Charles Drake.
E nredo : — Num parque de diversões, um indivíduo procura ganhar dinheiro com as habilidades dum chimpazé que lhe foge, indo ter a casa duma menina que se lhe afeiçoa. O avô da rapariga, treinador de uma turma desportiva, leva o bicho para o colégio, onde, devido à sua intervenção, se alcança retumbante vitória.
A p recia çã o estética: — Realização e desempenho regulares.
A p recia çã o m o r a l : — Sem in convenientes. PARA TODOS, INCLUINDO CRIANÇAS.
Estreado no cinema Monumental cm 1(5-2-1958.
3.* feira, I ; «A MÁSCARA DE FR A N K EN SI EIN». País de o rigem - E. U. A., Género - Ficção Cientifica. Principais intérpretes : Peter Cuahing e llazcl Court.
E n r e d o : — Um médico suiço descobre o processo cientifico de criar vida. Elo próprio constroi um homem, a quem «dá» vida. A sua descoberta traz-lhe, porém, graves consequências. E preso,
Nova Esfação de Serviço e Garagem
No próximo dia 27, pelas I I horas, é inaugurada na rua José Joaquim Marques, 150, em Montijo, a Estação de Serviço e Garagem da «■Marpal, L.da». Cumprimentando a gerência e agradecendo a gentileza do convite para assistirmos a essa cerimónia, fazemos votos para que o novo melhoramento moii.i jense tenha as maiores prosperidades e venturas.
io ES
í
recebemos a seguinte comunicação
S en h o r D irectordo J o r n a l «,1 P R O V ÍN C IA »M O N TIJO
Temos a honra de comunicar a V. que, tendo reunido, no passado mès, na sede deste Grémio, a A ssem b lea Geral para eleição de novos corpos gerentes, para o triénio 1958/60, foi reconduzida a actual Gerência, que tem a seguinte constituição :
A sse m b le ia G e r a l — Presidente, Abel Justiniano Ventura; í.° Secretário, Sequeira & Santos, Lda. , representada p e l o sócio Jorge Máximo de Sousa Sequeira;2.° . S e c r e t á r i o , Diogo Martins lanhes.
D i r e c ç ã o — Presidente, F ernando Ferre ira ; Secretário, Viuva & Filhos de Román Sanchez, representada pelo sócio David S an chez Alvarez; Tesoureiro, Emídio Ribeiro Henriques.
Por despacho de S. Ex.* o Ministro das Corporações e Previdência Social, de 27 do mès findo, foi sancionada a referida eleição, pelo que os reeleitos foram novamente empossados, em 19 do corrente.
Montijo, 21 de Março dc 1958.
A bem da Nação Pela Direcção O Secretário .
D a v id S a n ch e z A lva rez
«A Província» cumprimenta e deseja as maiores prosperidades.
Doentes— Tem estado doente o sr. Dr.
Miguel Rodrigues Bastos, ilustre Governador Civil do nosso Distrito.
Fazemos votos pelo seu pronto restabelecimento.
— Tem experimentado algumas melhoras o sr. José da Silva Leite, digno presidente do nosso município. Continuamos fazendo fervorosos votos para que essas melhoras progridam de tal forma que em breve o vejamos novamente à frente dos destinos da nossa terra.
AchadoEncontra-se depositado no Posto
da Polícia de Segurança Pública de Montijo, que será entregue a quem provar p erten cer- lh e :
— U m b r i n e o d e o u r o .
Barbearia— ALU GA -SE ou trespassa-sc. Informa na Rua do Gaio, 11 —
Samouco.
considerado como louco e condenado à morte.
A p recia ção e s té t ic a : — Bom colorido e excelente realização.
A p recia çã o m o r a l : — Cenas violentas e impressionáveis levam a c l a s s i f i c a r o f i lm e PARA AD ULTO S.
Estreado no cinema Olimpia em 11-11-1957.
| AGESDA |
\ U T IU T Á R lÁ \h P
Farm á cias de Serviço
5.»- f e i r a , 27 - M o d e r n a
6.* - f e i r a , 28 — H i g i e n e
S á b a d o , 29 — D i o g o
Domingo, 3 0 — G i r a l d e s2.* - f e i r a , 31 — M o n t e p i o
3.5 - f e i r a , 1 — M o d e r n a
4.* - f e i r a , 2 — II i g i e n e
Boletim Religioso
C u l t o C a t ó l i c o
MISSAS5.*-feira, às 8,30 e 9 h.6.*-feira, às 8,30 e 9 h., e Via-
-Sacra, às 20,45 h.Sábado, às 8,30 e 9 h.Domingo, às 8 e 9,30 h. (benção
dos Ramos), na Igre ja da Misericórdia ; às 10, 12 e 16,30 h. na Igreja Paroquial; e às 17,30 h., Procissão do Senhor dos Passos, com S e rm ã o ; às 12 h. na Atalaia c 18,30 h. no Afonsoeiro.
C u l t o E v a n g é l i c o
Horário dos serviços religiosos na Igreja Evangélica Presbiteriana do Salvador — Rua Santos Oliveira, 4 - Montijo.
D o m in g o s — Escola dominical, às 10 horas, para crianças, jovens e adultos. Culto divino, às I I e21 horas.
Q u a rta s-fe ira s — Culto abreviado, com ensaio de cânticos re ligiosos, às 21 horas.
S e x t a s - fe ir a s — Reunião de Oraçáo, às 21 horas.
No segunde domingo de cada mês, celebração da Ceia do Senhor, inais vulgarmente conhecida por Eucarística Sagrada Comunhão.
Ig reja P entecosta l, R u a A lex a n d r e H erculano, b-A - M ontijo.
D om in g os : — Escola Dominical, às 11,30 h.; Prègação do E v a n gelho, às 21 h.
Q uintas fe ir a s : — Prègação do Evangelho, às 21 h.
Espectáculos
CINEMA T E A T R O
JOAQUIM DE ALMEIDA
5." feira, 27; (Para adultos) O drama italiano, «A Mulher de quem se Fala»; com Virna Sisi, António Ciffariello, e Franco Fa- brizzi.
Sábado, 29; (Para adultos) Michèle Mercier, Ivan Desny, c Danik Patisson, na com édia : «A Última Ilusão':.
Domingo, 3 0 ; (Para adultos) M atm éeks 15,30, soirée às 21,15 h. O grandioso f ilm e espanhol com Sara Montiel, Armando Calvo, e Henrique V era : «O Ultimo Cou- plet».
2 .a feira, 31 ; ( P a r a 6 a n o s ) M atinée In fa n til, às 18 h. A extraordinária comédia, «Bonzo no Colégio»; com Maureen 0 ’Sul- livan, Edmund Gwenn, e Charles Drake.
3.a feira, I ; (Para adultos) O formidável film e de s u sp en se, «A Máscara de Frankenstein*: coín Peter Cushing e Hazel Court.
V e n d e -seT E R R E N O PARA CO N STRU
ÇÕES, no sitio da Lançada. Trata R. Sacadura Cabral n.° l —■ MONT IJO .
C o n tin a d o M e r c a d oP REC ISA duma cozinheira e
duma empregada para a Caixa. Informa-se na Pastelaria Mimosa.
4 A PROVINCIA 27-3-958
D O M I N G O D E R A M O SC o n t i n u a ç ã o d a p á g i n a 2 )
ravu. Pe la boca do prègador com eçavam a ser descritos todos os tormentos passados por Je su s nas mãos dos J u deus, seus a lg o z e s . Nos olhos das mulheres que 0 escutavam , apareciam as p rim eiras lágrim as, que elas f u r t iv a m e n t e lim pavam às costas da mão. Então 0 andor da V irgem -M ãe saía da Igreja da M isericó rd ia e v i nha ao encontro do filho amado, trazendo nas mãos uma p e q u e n a toalha que sim boliza 0 enxugar das suas lágrim as.
O prègador exaltava 0 amor daquela M àe que a custo reconhece ser Seu F ilho Aque le que, ajoujado com tam anha e pesada cruz, ali está presente. Então 0 andor da V irgem recuava, tornava a avançar, e vo ltava a recuar. — «S im , meus ir-
Folha aov e n t o .(C ontin uação da l .n p ágin a)
recebida, pode m inorar ta lvez a aflição momentânea ou intensificar a desm oralizarão do pedinte. O que com ela se nâo consegue nunca é suprim ir a Vergonha do país onde a mendicidade se ostenta a todo 0 momento, pelas ruas e caminhos.
Entendo que a pobreza pode ser diminuída gradualmente desde que se ampliem as fontes laboriosas, se saiba levantar a moral dos necessitados, os ajudem em tudo e por tudo, fazendo nascer neles 0 indispensável amor pelo trabalho honesto e 0 mais com pleto desprezo pela ociosidade.
Desde que isso seja possível, creiam , ficaria reso lvido inteiram ente 0 problema da mendicidade. A té lá, porém, tenha-se em atenção que 0 pedinte de necessidade tem m iséria superior íiquela que nos a p re se n ta ... D ifícil se torna, porém, saber-se qual deles tem menos posses do que n ó s . . . uma vez que sabem os haver pedintes que sâo ca p ita lis ta s .. .
S a p h e m C o s i a
mãos, Aquela Santa M ãe recua nterrorisada ao reconhecer seu filho querido e amado, debaixo de tanta a m a r g u ra e so frim ento '. Todo 0 auditório, e principalmente as mulheres do campo, ficava galvanizado, pelas palavras do orador. Term inado 0 serm ão, o co rtejo punha-se em marcha com grande dificuldade, tal a quantidade de gente que ali se aglom erava. En trava na Rua do Poço, Rua D ireita e, finalm ente, na Igreja M atriz.
E ra já quase noite. Depois seguia-se a debandada que punha uma nota estridente por toda a v ila . Compravam- -se am êndoas, que as m ercearias exibiam ern grandes tabuleiros. As tabernas re- g o r g i t a v a m de clientela, onde tanta vez se discutia a
B propósito disto 011 daquilo, e onde não se deixava de falar também 11a valentia do homem do pendão. — E ra mais um dia de f e s ta . . .
Luís M a r i s H o g e i r a
«A Província»A S S IN A T U R A S
P agam e nío adiantado
10 n ú m ero s — 9 $90 20 n ú m eros — 20$00 5 2 nú m eros — 5 OSOO (um ano) Províncias Ultramarinas e Estran- geiro acresce o porte de correio.
Seâ-JL dt SttákaL M Á T Á Ç A O(Por Rui Oliveira)
A D elegação do G rupo «O s J o s é s » , de Setúba l, com em orou no passado dia19 o dia de S. Jo sé com Várias cerim ónias. D e manhã, houve alvorada com foguetes e morteiros e enbandei- ramento da fachada da sede, Pe las 11 horas, na Igreja deS. Ju lião foi ce lebrada missa pelo rev.0 padre Jo sé da S ilv a Estrangeiro , em louvor de S . Jo sé e sufragando a alma de todos os Jo sés falecidos, com a presença dos membros da D elegação do G rupo, muitos Josés e fam ílias, e bem assim muitos fiéis. No altar de S Jo sé via-se o estandarte do Grupo. Pe las 12 horas, no Hospital da M isericó rd ia (M a te rn idade) procedeu-se à entrega dum enxoval destinado a um Jo sé recém-nascido. Fo i ele Jo sé Pedro M artins, filho de M anuel M artins e de M aria Em ília dos Santos, residentes na Quinta da Com enda. Estiveram presentes a esta cerim ónia o provedor da M isericó rd ia sr. eng.° Jo ão Borba, rev.'1 padre E s tran geiro, dr. jo sé Lopes da S ilva , presidente da Jun ta Consu ltiva deste G rupo, e os srs. Jo sé Fe rre ira Pena, Jo sé Augusto de Cam pos e Jo sé Eduardo M artins, respectivam ente presidente, secretário e t e s o u r e i r o do G rupo. Fez a entrega do enxoval o sr. dr Jo sé Lopes
Sociedade Columbófila de MontijoDesta colectividade montijense, recebemos o seu ca len
dário desportivo, com referência à Cam panha de 1958 . Extraíam os o seguinte :
Calendário das provas
Viana do Castelo(C on tin u a çã o d a p á g in a 5)
V ia n a pode d izer que é um ja rd im à b e ira m ar, p lan tado.
— Santa Luzia — O s serv iços floresta is, graças ao ex.m* s e n h o r En g en h e iro F ig ue ired o , não se têm poupado a a ío rm osear este loca l donde 3e d is fru ta o panoram a m ais surpreendente que tenho v is to , p lan tando g rin a ld as de ve rd u ra e l in d íssim as flores.
A estrada de acesso a S a n ta Lu z ia tam bém está c u id a d o s a m e n t e tratada, com os seus ta ludes cheios de flores. — (C .)
Saltai I
Ucal i í islloiOiilàncisi em Kmt.Dia Mè»
16 Fevereiro A’guas de Moura23 » Montemor Novo
2 Marco T o rres Vedras 489 Caldas da Rainha 7!)
16 Pombal 131)23 » Coimbra 18130 > tíaia 270
6 Abril Valença do Minho 30813 » La Corunha 53020 » Beja 12827 » Faro 211
4 Maio Tavira 2254 » Madrid 497
11 » Castelo Branco 18618 » Covilhã24 » Burgos 603
1 Junho Mungualde 23 \8 > Vilar Formoso 300
14 » Victória22 » lu a 30029 » Monção
5 Julho Valência del Cid 756
Atenção — As provas de Corunha, Burgos, e Victória, são Campeonatos da C. C. do Distrito de Setúbal ; e Valência del Cid, é uma prova promovida pela Federação.*
H ave rá 62 prém ios, distribuídos pelas vá rias provas e constituídos por taças, emblemas, medalhas, e d iversos objectos, e para o Cam peão Absoluto «Uma medalha de p rata». '
O calendário term ina com as disposições dos cam peonatos a realizar e com a tábua das classificações.
Agradecem os a deferência do exem plar enviado e desejamos o m aior êxito nesta campanha.
da S ilva , tendo o sr. En g .0 Bo rba agradecido em breves mas significativas palavras esta oferta e elogiado a obra de bem fazer deste G rupo. Pe las 15 horas, os membros directivos visitaram a C asa do G aia to , onde procederam à entrega de lem branças aos internados. Ao fim da tarde assistiram no Ba irro Presidente C a r mona à inauguração dum Centro Catequístico dedicado a S . Jo sé , cerim ónia esta a que estiveram presentes, além dos dirigentes da Delegação deste G rupo, os rev.0 padre Jo sé M aria Nunes da S ilVa e sr. O lím pio M ore ira dos Santos. P e ias 20 horas realizou-se no Restaurante «O Pescador» um jantar de confraferniza- ção, que reuniu elevado número de Josés. Na altura dos brindes usaram da palavra os srs. Jo sé Pena, peia D e legação de Setúbal, Jo sé Cam ilo , secretário-geral da D irecção C entra l de Lisboa, Jo sé Ferro , Jo sé Seq ue ira e Jo s é P ires , pela D irecção de Lisboa, e os consócios setubalenses Jo sé Aníbal e Jo sé M acedo, tendo todos posto em foco a acção desenvolvida por este G rupo Onom ástico. Seguidam ente o rev.0 padre Estrangeiro agradeceu a presença dos dirigentes lisboetas e re fe riu-se às com em orações do dia de S . Jo sé 'nos Centros Extra-Esco lares da M ocidade Portuguesa, que têm este santo como patrono. A en cerrar, o sr. dr. Lopes da S ilVa afirmou a sua satisfação por estar presente nesta reunião fam iliar e formulou Votos para que no próximo ano o dia 19 de M arço — D ia de S . Jo sé — e D ia do 1 Pa i, seja considerado feriado nacional.
* **
No G rande Sa lão Recre io do Povo realiza-se no dia 8 de Abril, pelas 21,50 horas, um espectáculo com a co la boração do O rfeão A c a d é mico de Coim bra, cuja re ceita se destina ao Fundo D istrital da Lu ta contra a Tuberculose.
Iniciou-se no dia 24 o torneio de ténis de mesa organizado pelo G rupo D esportivo «Os Ibéricos» de Setúba l, para d is p u ta d as Taças «M anuel Fa ria» e «Setúbal».
Obres de Alvaro Valente— «Eu», livro de sonetos,
esgotado; « D a q u i . . .fa la R i batejo», contos monográficos, 30 escudos; «Pedaços deste Ribatejo», folclore e costumes, 30 escudos; «A minha visita ao museu de S. Miguel de Ceide», folheto, 5 escudos; «Hino a Almada», em verso, 10 escudos; «Grades Eternas», esludos sociais, 15 escudos; «Vidas Trágicas», romance, 15 escudos; «Viagem de Maravilhas», reportagem, 20 escudos.
Pedidos à Redacção de «A Província».
Carta aberta aos desportistas de
Montijo
M ontijenses A m ig o s :Pa ra com eçar, envio-vos
as m inhas m ais co rd ia is Saudações D espo rtivas .
Es ta , por assim dizer, tem o fim de vos dar a conhecer o que v a i ser esta nova secção do nosso jo rn a l. Vou, ac im a de tudo, p rocu ra r di- v u lg a r en tre nós esta bela e sa lu ta r m odalidode. T e n tare i fazê-lo, dum modo que nâo se torne m açador.
A ss im , p rocu ra re i levar ao vossoconhecim entnquais são os tre inadores dos p rin c ipa is clubes da m odalidade, e quais os nadadores mais rep resen tativos da nossa natação e aqueles que no momento já se podem considera r r e a l id a d e s , embora a inda não consagrados.
P ro cu ra re i, tam bém , no deco rrer da época, apresentar com entários sobre as princ ipa is c o m p e t iç õ e s , que acom panhare i de perto, visto ser c ro n o m etiis ta de natação. Igua lm en te espero manter um no tic iá r io nacional e in te rnac iona l, o m ais completo possível.
Com o atrás fica d ito, aparecerão nesta secção artigos de d ivu lg ação da modalidade, que é o que a mim mais me in te ressa le v a r até vós. Nesta ordem de idéias, em breve su rg irá nestas co lunas um artigo subord inado ao t ítu lo : «Como se aprende a nadar no Sport A lgés e D afundo». — Conversando com a prof.a Reg ina M endes — . N esta conversa, será dada a to ta l resposta ao títu lo do artigo.
T e rm in o , esperando que esta secção do nosso jornal vos agrade, pois fare i todo o possíve l para que isso suceda.
S a u d a çõ es D esp ortivas de
M A N U E L U M A
V e n d e -seMOTO marca Ariel, em estado
novo.Informa-se nesta redacção.
P e r d e u - s eUM R E L Ó G I O DE PULSO,
marca Atlétic-Sport, no dia 25/3/58 às 12 horas, no trajecto da Ponte do Caminho de Ferro, na rua d» Rarrosa, ao mercado na rua Jose Joaquim Marques, desta vila. 0 dono que t r a b a l h a na fábrica M. F. Afonso, Lda., agradece e gratifica quem o entregar naquele local ou nesta Redacção.
T e rre n oV E N D E -SE na Baixa da Ba
nheira um talhão com cerca de n.etros quadrados, bom local, e01"12 a 14 metros de frente.
Informa Café Estrela do Cabeça Hua l t — Baixa da Banheira- Telefone 024133.
T r @ s p a s s a - g @M ERCEARIA, com habitação- Bom locíd. Telefone 026385'
M O NTIJO .
Pastelaria PérolaAdmite empregada dos 12
17 anos. Trata se 110 estabelecl mento referido.
27-3-950 A PROVINCIA 5
Pela im p r e n s a_Com seu N.° 4121, completou
„0 Despertar», Colega de Coimbra, 'le que é Director o venerando jornalista Ernesto Donato, 42 anos de existência.
Cumprimentamos e felicitamos afectuosamente.
_ O «Correio da Feira», de 8 de Março, publicou o artigo do nosso Director, intitulado «O calão actual».
Faltou apenas dizer que fora transcrito dc «A P ro v ín c ia » . . .
No entanto, muito gratos pela deferência.
— Com seu N.° 1844, completou 17 anos dc existência o nosso prezado Colega «Eco do Funchal», que nessa cidade se publica e que tem por Director .losé da Siva, e por Chele de Redacção a nossa querida amiga Maria Mendonça.
Cumprimentamos e felicitamos efusivamente.
— Recebemos o número especial de «Festa», bem como os números da revista «Mundo». Quer aquele jornal, quer esta revista, são obra do dinâmico jornalista e nosso prezado Colega Gentil Marques, a quem muito agradecemos a deferência.
0 número especial de «Festa» constitui um êxito; a citada revista «Mundo» «presenta-se de forma elevada, marcando desde já um lugar proeminente no nosso meio literário.
As nossas sinceras e calorosas felicitações.
— O nosso muito prezado Colega «0 Eco de Estremoz» quis ter a gentileza de transcrever, no seu n.° de 16 de Março, o artigo do nosso Director, intitulado «Pobre Imprensa Regionalista».
Muito penhorados com a amabilidade, agradecemos a honrosa transcrição.
limo exigência sã(Continuação da í . a p á g in a )
natureza, temos o dever de nos v o l t a r m o s respeitosamente para a pessoa m altratada tirar o nosso chapéu ou inclinar a cabeça e pedir-lhe o favor ou a bondade de desculpar a nossa falta. É uma exigência s ã !
Este n ú m e r o d e «A P r o
v ín c ia » fo i v i s a d o p e l a
C E N S U R A
Iã o M i n h o a o G u a d i a n a ~ ^ y
Estação de Pegões— Realizou-se no passado
d ia io do corren te o M e rcado M ensal, o q u a l se vem r e a l i z a n d o há bastantes anos nesta loca lidade. P o dem os a firm a r que foi o m a io r a que assistim os nestes ú ltim os anos. F o i grande na apresentação de gados, p rin c ip a lm en te de raça bov ina .
E s ta região, que conta m u itos criadores, v iu assim com pensado o seu constante esforço para um m aior d e sen vo lv im en to deste ramo. E com o quase todos os fazendeiros criam duas ou mais cabeças deste gado, se ria in t e r e s s a n t e e ú t i l que, de futuro, com parecessem no M ercado referido, para que fosse a inda m aior a con co rrênc ia e aum entas sem as transacções.
Esp eram o s que, no pró p rio in teresse, assim façam nos m ercados a rea lizar, a fim de os negociantes tam bém aparecerem em m a io r núm ero, v is to h a ve r m aior p rob ab ilid ad e de negócios.
— V im o s neste d ia a lg u mas pessoas am igas e conhecidas, da freguesia de C a n h a ; uns tra tando dos seus negócios, outros a p ro ve itando o D om ingo para dar um passeio a este pequeno lugar, o qual, no d ia do M ercado, parece um a terra com von tade de progredir...
— V is itám o s há pouco o lo ca l onde, s e g u n d o nos consta, v a i ser constru ído o novo cem itério . Consta-nos tam bém que os traba lhos vão c o m e ç a r em breve. O x a lá assim seja, pois o ac tu a l, em Canha, a 12 e 15 q u ilóm etros, fica m uito d is tan te e p re ju d ica a p opu la
ção de Pegões pelo tran s torno da deslocação.
— Lem b ram o s ao sr. P r e s idente da C âm ara de M on tijo a e le ctr ificação desta lo ca lid ad e , em que já não o u v i m o s fa la r há m uito tempo.
S e r ia um m elhoram ento do m aio r a lcance e que toda a p o p u la ç ã o agradeceria, com toda a ju stiça . — (C .)
Yiana do Casfelo— Palácio de Justiça —
Vão ad ian tados os traba lhos deste sum ptuoso ed ifíc io , que m u ito em belezará as A v e n id a s dos Com batentes da G ra n d e G u e rra e Conde de C arn id e .
A construção deste e d if ício foi en tregue ao háb il co n stru to r A l b e r t o M e s qu ita, e por ta l m o tivo os seus acabam entos devem ser perfeitos.
— Banco de Portugal — J á foram re tirados os tap u mes que ved avam este g ra n dioso ed ifíc io , s e n d o de la s t im a r que o m esm o não t ivesse sido im p lan tad o p erp end icu la rm en te ao eixo da P ra ça da R ep ú b lica , para assim se poderem ad m ira r as figu ras que guarnecem o seu gaveto e que foram traba lh ad as por hábeis can teiros.
— Praia do Cabedelo — E s ta p ra ia tem, nos ú ltim os tem pos, receb ido grandes m elhoram entos, dev ido á ded icação do Pres id en te da Com issão de T u rism o .
— Praia Nate — G raças aos E s ta le iro s N a va is , foi con stru ído nesta p ra ia um aredão em can ta ria , para e v ita r que as águas do m ar arrastem as terras, 0 que
m elhorou c o n s i d e r a v e l m ente o acesso a esta pra ia.
U rg e p av im en ta r a a rté ria que liga a E . N . com a pra ia, para a to rn a r acess íve l a todos os ve ícu lo s .
—• Bugio — Torna-se necessário con segu ir que a en tidade com petente, m ande re gu la r iza r o p a v im e n t o desde o la rgo que os E s t a le iro s N a v a i s m andaram repara r até ao Bu g io , e bem assim rep a ra r a parte que se acha deterio rada .
— Congresso de Bombeiros— E s tá assente que este congresso se rea lize nos d ias 31 de Ju lh o e 1, 2, e 3 de Agosto .
V ian a , a p rin cesa do L im a , saberá receber os soldados do bem, íida lgam ente.
A s s u a s paisagens de em oldurado encanto, com a
verdu ra das suas terras, deverão conco rrer para e n ra izar no coração de todos os v is itan tes um a saudade im orredo ira , pois que a luz, a cor, a a leg ria , e beleza do seu cenário são sugestivas,
A Com issão já in ic io u os seus traba lhos, devendo e s t e congresso conco rrer para ilu m in a r o cam inho árduo dos bom beiros porque a lg u é m , d e n t r o da Com issão, entende que é necessário que o congresso de V ia n a seja um congresso de rea lidade.
— Jardins — N estes ú l t i mos tempos, os ja rd in s de V ia n a têm sofrido um a r e m odelação rad ica l.
O s a rran jo s dos can te iros e a com binação de cores das flores, dão-lhe um as pecto m agnífico, pelo que,
(C ontin ua na p á g in a 4)
P o e s ia !Poesia,O meu ratai encanto !Mais que mnlher, a eterna apetecida.
Eu, que a quero e amo,Eu, que a adoro tanto E tenho, para lhe dat, a minha vida,,
Eu, que desde sempre a chamo,Na ánsia de, beijar-lhe a boca E de senti-la a apertar-me A si.
Não sei porque anda,Louca,A procurar-me,Quando eu estou aqui!
Mesão Frio P . da C.
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As coisas tomam então aspectos ignotos, a que os olhos não estão habituados. Dir-se-ia que os colossos de pedra se transformam em catedrais rooventes, anim adas, enquanto aos lados os satélites acompanham a sara banda no mesmo ritmo.
Deste fenómeno resulta que toda a serra abarcada, na noite augusta e •uarenta, se desloca e ginga, — ilusão que as silhuetas e recortes com pletam.
Os chalés e casalitos, que salpicam aquelas im ensidades e se fixam, aumentam de volum e e de claridade. A lve jam máis ao luar que à luz do
Todos os vultos são manchas indecisas que 0 luar morde e n im b a ! ‘ °i" cima de tudo, um silêncio que enerva e que extasia, que confrange e Jjue impetica, como se a serra em peso dorm isse 0 prim eiro sono profundo d°s mortais. Sòm ente, lá de tempos a tempos, se ouve 0 pio agoirento dal- gutna ave nocturna, com ecos fortes e prolongados nos contrafortes.
Dormem os Hom ens, dormem as C o isas , dorme 0 C éu e a T e r ra ! E [àquele sono que esm aga e domina, não há sonhos maus, não há pesadelos não há sobressaltos. H á, apenas, sossego com pleto, paz nas consciên-Clas e nos corpos, ausência absoluta de preocupações malditas !
As insónias são cá em baixo, nas balbúrdias da v ida, nos temporais estalam e bravejam , nas ra lações de todas as horas. A li, acorda-se
c°m sete horas de tranquilidade, seguidas, dormidas do mesmo lado, sem a"itaçôes nem mexonadas.
•— Abençoados sejam os altos poderes da Natureza M ãe !Rom pe 0 sol, rompe a m archa.Agora, é outra vez para descer. O sol vai subindo e a caravana va i
d e sce n d o .. .Volta-se abaixo do «M ondeguinho» para tomar à esquerda, em direcção
à prim eira v ila da partida.O s panoramas desenrolam-se à direita, em horizontes indescritíve is ; à
esquerda, as encostas em declive sobre 0 cam inho.A certa altura da descida, apresenta-se à caravana um dos panoramas
mais extraordinários da serra :— Um a nuvem escura e carregada tolda os ares. Em baixo, na rampa
que va i descambando, os penedos ennegrecem com a projecção daquela. No meio, formando uma grande pandeireta, desenha-se 0 óculo por onde se espreitam as am plidões longínquas.
O sol, por trás da pandeireta, ilumina 0 estendal de prodígios e dá-lhe tonalidades excêntricas.
N ão se descreve a magia do painel em oldurado!Sã o léguas e léguas do cosm oram a inédito ; e tudo quanto 0 ser humano
possui de sensibilidade e de-sensação, tudo v ib ra e se curva perante a m ajestade fantástica do esp ec tá cu lo !
D escer, d e s c e r . . .O panorama extraordinário desapareceu, a v isão esfumou-se e diluiu-se.Despontam novos horizontes.D escer, d e s c e r . . .Não obstante a descida anunciar aproxim ação do lar, a verdade é que
paira certa tristeza sobre os v ia jan tes. A aproxim ação do lar significa 0 fim da excursão, 0 retorno à tortura da vida diária, às amarguras e angústias que sincronizam a labuta humana.
— S E N H O R A D O E S P IN H E IR O —
A meio da descida surde uma capela, à esquerda de quem va i. S ituada no alto, ali fica solitária, na sua sim plicidade arquitectónica, encarando os horizontes descritos.
( C O N T I N U A )
A PROVINCIA 27-3-958
Uma visita as novas instalações da
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D ia 19 de Jan e iro de 1958 . Num « V o lk s w a g e n » , dois membros do Corpo D irectivo da C asa de Repouso dos M otoristas Portugueses — os S rs . Henrique M artins das N e ve s e António Ferre ira da S ilv a , conduzem-me gentilmente às novas instalações daquela instituição que, inédita na sua concepção, tem 0 fim altruísta de proporcionar um «lar» para todos os motoristas que a invalidez e a ve lh ice atirou para a im possibilidade de angariarem 0 seu pão de cada dia, na árdua m issão de guiarem um volante.
N a tarde deste lindo dia em que 0 sol dardeja no firmamento, chegám os cerca das 15 horas àquele estabelecim ento de beneficência, situado em Cam arate , a dois quilómetros de L isboa, na sede e freguesia do C once lho de Loures, local de ar m a r a v i lh o s o , e ligado a grandes vultos da H istó ria Pá tria , pois foi dali que partiu para 0 Convento do Carm o 0 Coridestável D . Nuno Á lvares Pere ira .
Situada numa rua estreita, que 0 vulgo denomina de R ibeirinha, na Q u inta de Nossa Sen ho ra da V itó ria , foi com prada por esta instituição aos herdeiros do falecido C orone l Carlos Augusto de S á Carneiro , pela im portância de 440 .000$ 0 0 , quando há poucos m eses a dita institu ição recebeu mandado de despejo da Q u inta de S . F rancisco , no Lum iar.
A li se encontram instalados todos os seus Se rv iço s So c ia is e Internatos. Têm sido seus principais propulsores : os S rs Bernardino Santana, João S ilv a , Adelino Augusto Ferre ira, António t e r r e i r a da S ilv a , ínãcio jo rg e V a lverde M artins, R o gério Pere ira de C arva lho , Fernando Francisco C apela e H enrique M artins das N e ves .
É na com panhia dos Srs . Antón io Ferre ira da S ilv a e H enrique M artins das N eves que percorro as m agníficas e novas instalações da C asa de Repouso dos M otoristas Portugueses. Dotada de tudo o que é necessário para fa zerem dela um autêntico lar do motorista, esta instituição constitui uma verdadeira pequena «cidade» onde nada falta, desde os quartos confortáve is até a sala dos jo gos, capela, casa mortuária, etc.
Percorrem os, primeiro os quartos, de m obiliário 1110- derníssim o, com asseio impecável, e, até, digamos, bom gosto estético, assim como . posição escolhida que faz com que 0 sol ali entre a jorros, — factores que nào foram esquecidos pelos d irigentes desta m odelar obra de assistência, 0 que nos deixa sobremodo encantado?.
C ad a quarto ou camarata, consoante é para casal ou
para muitos internados do sexo m asculino, ostenta na entrada da porta 0 nome de cada um dos -diversos beneméritos, posto que, além das cotisações da sua m assa associativa , também a C asa dc Repouso dos M otoristas v iv e de contribuições de d iversas grandes com panhias petroleiras e doutras. São eles : Q uartos — Sonap , Sa- cor, Autom óvel C lube de Portugal, Jo s é T e les , A n tó nio C . Je rón im o (0 António
Reportagem de
Aníbal Anjosda Esco la ), Isidoro S . O l i ve ira , de M ontijo , J . Lopes da Neta, e tc ..
Com o dependências de utilidade dos internados há, além das acim a mencionadas: uma confortável sala de jan tar, uma enorme e bem apetrechada cozinha com um enorme fogão, uma garagem, uma barbearia, um d ispensário, uma e n fe r m a r ia para homens, outra para senhoras, um jardim , uma lavandaria, um dispensário , um gabinete médico, e uma capela onde se vêem as imagens de Nossa Senhora da V itória , Senhora de Fátim a e S a grado Coração .
C o n t u d o , naquela casa respeitam-se todos os c re dos e 0 internado, ao entrar, faz uma carta que entregará lacrada, 11a qual declara a maneira e o ritual re lig ioso ou não, como quer que seja feito 0 seu funeral, a qual só será aberta após 0 seu falecim ento, e a sua vontade será cumprida de acordo com 0 que ali es tiver expresso.- À minha p e r g u n t a de quantos internados tem a C asa de Repouso dos M o to ristas actualm ente, 0 Sr. Ferre ira da S ilv a elucida-me que tem 2 8 , dentro os quais cinco casais. Um deles, é 0 casal alentejano, Branco, com 0 qual tenho a oportunidade de trocar algumas im pressões sobre a sua perm anência naquele estabelecim ento. O S r. Joaqu im Lopes Branco, natural de Monte de T rigo , e sua mulher, a S r .a D. Am élia Je su s Le ira Branco ,
de V ila de Frades, formam um casal sim pático. A o d izer-lhes que sou também do jornal «A Prov ín c ia» , transparece no rosto de am bos uma alegria espontânea. Sinto-me com ovido porque no meu íntimo também vibra 0 alentejo e 0 am or pela província transtagana que é, certamente, 0 deles. Interrogados sobre as suas im pressões da estadia naquele es t a b e le c im e n to , ambos me confessam que se sentem ali 0 m elhor possíve l, rem atando 0 S r . Lopes «que melhor não podia ser». Q ue se sentem como em sua casa. Contudo, em bora nada me tenham dito a esse re s peito,' sinto que 0 A lentejo vib ra no seu espírito , e é com preensível. Com o poderão eles esquecer 0 seu querido A lentejo, por melhor que ali se sintam .
M as , voltando ao motivo da m inha v is ita à C asa de R e p o u s o dos M otoristas, diz-me 0 S r . Fe rre ira da S ilv a que, embora haja, se gundo as estatísticas, 30.000 motoristas em Portugal só 5 .000 são associados da obra benem érita e que mesmo assim , desses 5 .0 0 0 , 1.200 não pagam as suas cotas pontualmente. Pena é que este m ovim ento altruísta não seja com preendido de todos os da classe, pois encontrariam ali um am paro na v e lh ice, no desem prego, ou nn in c a p a c id a d e profissional, qualquer que seja.
O s S rs . Ferre ira da S ilva e N eves explicam-me, depois, os projectos grandiosos ile grande alargam ento da instituição a que meteram om bros, tais como a construção dum grande edíficio com 11 andares, um m iradouro no alto do monte existente dentro da propriedade, espécie de «parque de m erendas», para, no verão, os internados e suas v is itas ali passarem um dia agradáve l, merendando. A lém disto, prevê-se também a instituição dum orfanato para aqueles motoristas que, tendo sido atingidos pela incapacidade, mas tendo filhos, os possam trazer para ali.
Com uma tenacidade enorme, as obras continuam afanosam ente para a inaugura-
O M ONUM ENTOEm Abril de içja , no sitio do Praga l, no cimo
duma colina sobranceira ao Tejo e dominando a vila de Almada, em frente a Lisboa, iniciou-se a construção dum majestoso monumento a Cristo-Rei — obra que se deve à iniciativa e à benemerência de toda a grande fam ilia católica portuguesa e que até agora importou em ij.ooo contos.
Como a parte final da obra está prestes a terminar, admite-se que 0 monumento possa ser inaugurado em Outubro, mês em que é celebrada a festa de Cristo-Rei,
Espera-se que a imagem do Sagrado Coração,coroamento do magnífico trabalho, construída em betão armado, este ja conciuida em Junho.
Outras das obras de maior importância será a do elevador
que conduzirá ao terraço existente na base que rodeia a imagem. Neste momento, pessoal especializado trabalha activamente na instalação do respectivo ascensor, 0 qual terá capacidade de transporte para dezasseis pessoas, à velocidade de dois metros por segundo, 0 que pode con- siderar-se um excelente resultado prático da técnica da especialidade.
Com a largura de dezasseis metros e meio, 0 citado terraço ficará revestido duma platibanda com um parapeito de metro e meio, devidamente resguardado.
Antes do jim do ano, no que respeita ao conjunto monumental, f icarão acabados os trabalhos de pormenor da capela e das salas anexas, entre as quais se conta a das exposições no topo do plinto que fica no plano inferior ao do terraço.
O mesmo acontecerá em relação à parte urbanística do local, que se deve à cooperação do Estado, através dos Serviços respectivos, e à da Câmara Municipal de Almada, que chamou a si a construção da nova e ampla avenida de acesso ao Pragal e de vários arranjos necessários nas imediações.
A monumentalidade desta extraordinária obra de escultura religiosa pode avaliar-se através dos seguintes números:
Altura total, 110,6 metros; pedestal, 82 metros; e estátua, 28 metros. O pórtico gigantesco tem 79,7 metros de altura e ê formado por quatro pilares de enormes dimensões e pela plataforma superior, sobre que assentará a estátua. Os terraços destinados ao público ficam às alturas de 17 e 78 metros, acessíveis por meio de elevadores e de escadarias. Do superior, domina-se um horizonte, em dias claros, à distância mínima de vinte quilómetros. Para aviso da aviação, 0 monumento, durante a noite, ficará devidamente sinalizado.
A imagem do Sagrado Coração de Jesus olhando a cidade, onde o Seu culto se confunde com o alvorecer da Nacionalidade, será, amanhã, a expressão simbólica do ardente espiritualismo que anima a comunidade nacional e que, em todas as horas do seu Destino, nunca atraiçoou as palavras de f é — fonte da sua Acção e du sua Presença na defesa e expansão da sua Civilização, latina e cristã.
ção do dia 28 de Fevere iro , e até mesmo, no domingo, uma equipa de operários trabalhava afanosam ente 11a continuação das obras deste internato particular.
Em b r e v e serão ainda construídos g r a n d e s g a linheiros, para a criação ali existente, e cerca de cinco cães, pertença dalguns dos
internados, servem de guar- das à Quinta de N ossa Senhora da V ictória, onde 0 espaço não falta p a ra 0 alargamento da C asa de Re-1 pouso dos M otoristas ror- tugueses, nem a boa vontade dos seus abnegados I dirigentes, aos quais nos| resta apenas d ize r: BEM| H A JA M !
ALMADA, vista do sul