computação ubíqua

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESTADO DO PARÁ CESUPA ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ACET BACHARELADO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO ELEN ARANTZA SILVA BOTELHO COMPUTAÇÃO UBÍQUA Trabalho apresentado à disciplina Sistemas Distribuídos como requisito parcial de avaliação, orientado pela Prof.ª Alessandra Natasha. BELÉM-PA 2013

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Este trabalho apresenta um resumo dos conceitos básicos sobre computação ubíqua, a qual faz parte da era da "tecnologia calma", em que a computação passa a ser tão natural que estará embutida em todos os locais e objetos se tornando invisível aos usuários, revisa hardwares e dispositivos, propostos por diversos autores, sobre a qual ela se manifesta, assim com apresenta alguns estudos e aplicações atuais sobre a Computação Ubíqua.

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Page 1: Computação ubíqua

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESTADO DO PARÁ – CESUPA

ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – ACET

BACHARELADO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

ELEN ARANTZA SILVA BOTELHO

COMPUTAÇÃO UBÍQUA

Trabalho apresentado à disciplina

Sistemas Distribuídos como requisito

parcial de avaliação, orientado pela

Prof.ª Alessandra Natasha.

BELÉM-PA

2013

Page 2: Computação ubíqua

COMPUTAÇÃO UBÍQUA

Elen Arantza Silva Botelho

RESUMO

Este trabalho apresenta um resumo dos conceitos básicos sobre computação ubíqua, a

qual faz parte da era da "tecnologia calma", em que a computação passa a ser tão natural

que estará embutida em todos os locais e objetos se tornando invisível aos usuários,

revisa hardwares e dispositivos, propostos por diversos autores, sobre a qual ela se

manifesta, assim com apresenta alguns estudos e aplicações atuais sobre a Computação

Ubíqua.

Palavras-chave: Computação Ubíqua. Aplicações. Sistemas Distribuídos.

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1 DEFINIÇÃO

Para definir Computação Ubíqua Saccol e Reinhard (2007) citam Marck Weiser,

considerado o pai dessa tecnologia. Os autores explicam que o Weiser quer dizer com

computação ubíqua, que ela faz parte da era da "tecnologia calma", em que a

computação passa a ser tão natural que estará embutida em todos os locais e objetos se

tornando invisível aos usuários.

A autora De Araújo (2003) conceitua computação ubíqua de forma mais

específica, ao afirmar que computação ubíqua é a interseção entre a computação móvel

e a pervasiva, se beneficiando do que há de melhor entre essas duas tecnologias.

A computação ubíqua surge então da necessidade de se

integrar mobilidade com a funcionalidade da computação

pervasiva, ou seja, qualquer dispositivo computacional, enquanto

em movimento conosco, pode construir, dinamicamente, modelos

computacionais dos ambientes nos quais nos movemos e

configurar seus serviços dependendo da necessidade. (DE

ARAUJO, 2013)

As aplicações da computação ubíqua tem como objetivo fundamental, segundo

Saccol e Reinhard (2007): Interação natural com as pessoas, com objetos do dia-a-dia

sendo utilizado como interfaces para ambientes computacionais; Tecnologias

inteligentes, sensíveis a diferentes contextos e atividades humanas, capazes de reagir a

elas e Comunicação, tanto pessoa-objeto quanto objeto-objeto.

Weiss e Craiger (2002) afirma que se os "computadores" vão estar em todos os

lugares e objetos, a tecnologia para computação ubíqua deve ser o menor possível e

deve ser capaz de comunicar entre si, portanto os autores afirma que a nanotecnologia e

a computação sem fio são as tecnologias bases para o funcionamento da computação

ubíqua.

Alguns aspectos de hardware dos "dispositivos ubíquos" são citados também por

De Araújo (2003). A autora cita bateria como uma tecnologia limitante: "A velocidade

de desenvolvimento das baterias é menor do que a de outras tecnologias." Mas para

validar os aspectos móveis da computação ubíqua, baterias resistentes ao alto poder

processamento dos nano chips são de fundamental importância. Para telas ela sugere

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tecnologias como LEP, COG ou LCOG, pois essas tecnologias permitem a criação de

telas minúsculas (tamanho de pixel de 10 micrômetros). Cita o CMOS para

processadores, pois está permite a criação de estruturas bem menores, com mais

transistores.

2 APLICAÇÃO

O autor Junior et al. (2010) apresenta uma aplicação da computação ubíqua na

gestão acadêmica de recursos educacionais focados na entrega de serviços aos usuários

(alunos, professores e pessoal técnico administrativo) da FACENSA, envolvendo

questões administrativas e pedagógicas.

O estudo de caso relatado é parte de um trabalho que engloba uma visão

futurista na forma de encarar a educação e os métodos de ensino e aprendizagem.

Semelhante como os alunos e professores da ACET (CESUPA) adotam por iniciativa

própria, os autores da aplicação sugerem a utilização os produtos gratuitos do Google

para viverem um pouco dessa experiência de aprendizado em tempo real em todos os

lugares. Como cita o autor, o próprio artigo deles aqui referenciado foi escrito por seus

autores, cada um utilizando seu dispositivo de preferência em algum lugar, através do

Google docs.

A FACENSA adotou o software Moodle para colocar em prática seu ambiente

virtual de aprendizado, o qual foi nomeado de Orbi FACENSA. Através do Orbi

FACENSA professores e alunos compartilham dos benefícios de um ambiente virtual,

tais como, maior facilidade na produção e distribuição de conteúdos, partilha de

conteúdos entre professores ou instituições.

Este trabalho procurava trazer economia para instituição e apresentar aos alunos

estratégias eficientes de comunicação para aprendizagem no ensino superior, assim

como apresenta-los tecnologias de software livre para viverem também essa

experiência.

Uma outra aplicação é apresentada por Solarte-Astaiza (2009): Plataforma para

serviços de fatura e pagamentos em ambientes ubíquos. O autor descreve todas as

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características que estudou serem relevantes não só de um ambiente de pagamento, mas

também de ambientes ubíquos, se preocupando em descrever o processo de fatura e

pagamento e seus envolvidos como usuários consumidores, administradores, usuários

de ponto de vendas e agentes de correio. Apresentou estrutura básica da arquitetura da

plataforma e os protocolos de comunicação, e analises de segurança.

A proposta dessa aplicação é justificada pela alta penetração de telefones

celulares, segundo afirma Solarte-Astaiza (2009), especialmente nos níveis

socioeconômicos mais baixos, logo oferece boas oportunidades para o desenvolvimento

de serviços baseados em dispositivos móveis, como essa plataforma de fatura e

pagamentos.

Mais uma aplicação interessante é apresentada por Corrales-Munoz et al. (2011),

sobre uma plataforma de descobrimento de serviços para ambientes de computação

ubíqua baseada em preferências de usuário, especificações de dispositivos e contexto de

entrega. O mecanismo de descobrimento proposto trabalha sobre processos BPEL, que

representam os serviços disponíveis na rede ubíqua, abstraídos a uma representação

formal de grafos, com o objetivo de trasladar o problema do emparelhamento de

arquivos BPEL a um emparelhamento de grafos. De forma que é possível obter um

emparelhamento aproximado se não existe um serviço que corresponda exatamente com

os requisitos do usuário.

A experiência se baseia no paradigma de computação ubíqua sobre

personalização de aplicativos para se adaptar, tanto quanto possível as preferências e

contexto do usuário (característica pervasiva). Refere-se ao conjunto de técnicas que

permitem ao usuário fornecer informações relevantes, afirma Corrales-Munoz et al

(2011).

A necessidade de ter em conta a mobilidade e a onipresença impôs

novas considerações, tais como localização do usuário, o meio

utilizado para a interação e muitos outros recursos agrupados sob

o conceito de contexto de usuário. CORRALES-MUNOZ et all

(2011).

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Os autores dão o exemplo de um turista que precisa de um serviço de

informação turística ligando locais turísticos, eventos culturais e restaurantes em um

mapa da cidade. Então o turista faz a previsão do tempo para agendar sua visita. O

turista fornece este requisito através do seu dispositivo móvel, que é convertido em um

documento Business Process Execution Language (BPEL). Em seguida, a plataforma

tem esse arquivo e o transforma em gráficos equivalentes. O usuário envia isso para a

descrição BPEL plataforma usando SOAP / HTTP para obter os serviços mais

adequados.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao conhecer a idealização da Computação Ubíqua por Weiser e seus exemplos

ideais de uso, principalmente os descritos pela autora De Araújo (2003), imagina-se um

contexto de ambiente extremamente futurista, de uma realidade muito distante, possível

apenas nas estórias de ficção. Mas depois alguma pesquisa na web podemos encontrar

diversas aplicações dentro da realidade atual e no dia-a-dia, em tecnologias nas quais

não seria facilmente reconhecida a computação ubíqua, pois claramente uma de suas

características mais fundamentais é a transparência sobre sua existência para o usuário,

ou seja, ela deve ser "invisível".

Computação Ubíqua não é uma nova plataforma tecnológica futurista, e sim um

conjunto de tecnologias inteligentes. Somando o que há de melhor na computação

móvel, permitindo flexibilidade e tirando impedimentos de mobilidade do usuário, e o

que há de melhor na computação pervasiva. Pervasiva é um termo pouco conhecido e

muitas vezes confundido com a própria computação ubíqua, porém não pode sê-lo, pois

a computação pervasiva refere-se a tecnologias inteligentes embarcadas, mas não

necessariamente móveis.

Nos três exemplos citados neste trabalho, podemos observar, não tão claramente

a nível ideal, mas ainda perceptível, as características da computação ubíqua. O

primeiro aplicado a educação, o qual surpreendentemente se assemelha a modelos

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escolhidos por grupos de estudo de alunos de tecnologia do Centro Universitário do

Pará (CESUPA). Os alunos e professores optam por usarem serviços gratuitos sobre

cloud computing para compartilhamento ágil de arquivos e execução de trabalhos em

grupo a distância. E muitos desses serviços já oferecem flexibilidade e mobilidade,

permitindo que suas aplicações se modelem em tempo ágil aos diversos dispositivos e

ferramentas de trabalho ou comunicação escolhidas diferentemente por cada usuário.

A segunda aplicação apresentada por seus autores, reconhecendo a expansão do

uso de dispositivos móveis por pessoas até mesmo de níveis socioeconômicos mais

baixos, mostrou que o nível de evolução tecnológica atual já apresenta requisitos

suficientes para suportar a computação ubíqua. E por fim, a pesquisa mais recente já até

nos introduz uma plataforma trabalhada sobre ambiente ubíquo para interpretar

preferências de usuários, também utilizando tecnologias usuais.

Diante disso, observamos que muitos desses autores não se detém em formalizar

uma arquitetura de hardware específica para computação ubíqua, pois o desejável é que

seja flexível o suficiente para possibilitar a comunicação entre as diversas arquiteturas já

disponíveis.

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REFERÊNCIAS

CORRALES-MUNOZ, Juan Carlos; SUAREZ-MEZA, Luis Javier; ROJAS-POTOSI,

Luis Antonio. Plataforma de descubrimiento de servicios para ambientes de

computación ubicua basada en preferencias de usuario, especificaciones de

dispositivos y contexto de entrega. Ing. Univ., Bogotá, v. 15, n. 2, July 2011 .

Disponível em <http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-

21262011000200009&lng=en&nrm=iso>. Acessado em 27 Fev. 2013.

DE ARAUJO, Regina Borges. Computação ubíqua: Princípios, tecnologias e desafios.

In: XXI Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores. 2003, Natal, p. 45-115.

Disponível em < http://www.professordiovani.com.br/rw/monografia_araujo.pdf >

Acessado em 26 Fev. 2013.

JUNIOR, Gilmar L. et al. Uma aplicação de Gestão Acadêmica Utilizando Cloud

Computing. In: Revista iTEC–Vol. I, n. 1, p. 37, 2010. Disponível em <

http://www.facos.edu.br/old/galeria/128022011101748.pdf>. Acessado em 27 Fev.

2013.

SACCOL, Amarolinda Zanela; REINHARD, Nicolau. Tecnologias de informação

móveis, sem fio e ubíquas: definições, estado-da-arte e oportunidades de pesquisa. Rev.

adm. contemp., Curitiba, v. 11, n. 4, Dec. 2007 . Disponível em

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-

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http://dx.doi.org/10.1590/S1415-65552007000400009.

SOLARTE-ASTAIZA, Zeida María et al . Plataforma para servicios de facturación y

pago en ambientes ubicuos. Ing. Univ., Bogotá, v. 13, n. 1, Jan. 2009 . Disponível

em: <http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-

21262009000100008&lng=en&nrm=iso>. Acessado em 27 Fev. 2013.

WEISS, R. Jason; CRAIGER, J. Philip. Ubiquitous computing. The Industrial-

Organizational Psychologist, v. 39, n. 4, p. 44-52, 2002. Disponível em <

http://www.siop.org/tip/backissues/TIPApr02/pdf/394_044to052.pdf >. Acessado em

27 Fev. 2013.