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O que comunicao alternativa?
Muitas crianas apresentam dificuldades para falar ou escrever. Crianas com
paralisia cerebral, deficincia mental, deficincia auditiva, crianas autistas ou com de-
ficincias mltiplas vo precisar de uma outra forma de comunicao para que possam
mostrar ao professor que conseguiram aprender, falar sobre suas dvidas, desejos,
sentimentos e brincadeiras com os amigos. Essa outra maneira de comunicao se
chama comunicao alternativa.
O que fazer quando um aluno no capaz de falar?
As crianas podem se comunicar de vrias maneiras:
olhando;
apontando;
fazendo gestos;
emitindo sons;
respondendo afirmativamente ou negativamente as perguntas.
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Precisamos descobrir junto com a criana qual a maneira mais fcil para ela. Ex:
O que voc gostaria de fazer agora?
A criana pode responder apontando uma prancha de comunicao que de-
ver ser preparada especialmente para ela e que traga vocabulrio do cotidi-
ano da sala de aula.
Prancha construda com os smbolos PCS (Picture Symbols Communication)Mayer
Jonhson
A criana pode responder olhando para a resposta e as alternativas de ativi-
dades podero ser apresentadas em cartes com smbolos, objetos ou figu-
ras.
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A criana pode responder sinalizando com a cabea o sim e o no ou fa-
zendo um som como resposta afirmativa, enquanto voc ou um colega passa
o dedo sobre os smbolos da prancha de comunicao.
Sinalizando com a cabea o sim e o no
Fazendo um som para o sim ou para o no
A criana pode responder quando perguntada oralmente sinalizando o sim
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e o no da forma que ela j sabe fazer.
Ex: Vou falar para voc trs coisas que voc pode escolher: a primeira desenhar, a
segunda pintar e a terceira ler. Agora vou perguntar: Voc quer desenhar? Aguar-
dar a resposta. Voc quer pintar? Aguardar a resposta. Voc quer ler? Aguardar a res-
posta.
Onde colocar as pranchas?
As pranchas podem estar na mesa da criana, na porta dos armrios de tinta ou
brinquedos ou na porta de sada da sala de aula.
Prancha construda com os smbolos PCS (Picture Symbols Communication)
Mayer Jonhson
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Ex: Qual material voc quer usar para fazer o seu trabalho?
Dica: Essa prancha pode estar colada na porta do armrio de tintas.
Prancha construdo com os smbolos PCS (Picture Symbols Communication) Mayer
Jonhson
Ex: Onde voc quer ir agora?
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Dica: Essa prancha pode estar colada na porta de sada da sala de aula
Prancha construda com os smbolos PCS (Picture Symbols Communication) Mayer
Jonhson
O que fazer quando um aluno no capaz de
escrever?
Muitas crianas no conseguem escrever, mas so capazes de se alfabetizar e
terminar a Universidade. Essas crianas precisam dos recursos da comunicao alter-
nativa escrita.
Os recursos so:
letras emborrachadas;
letras em papel para serem coladas no livro ou caderno;
prancha de letras;
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Prancha construda com os smbolos PCS (Picture Symbols Communication) Mayer
Jonhson
atividades de mltipla escolha;
Prancha para resposta de atividades de mltipla escolha
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Como adaptar o material escolar?
A modificao das estratgias de resposta garante a possibilidade da criana
com necessidades educacionais especiais realizar a mesma atividade da turma.
Exemplos de atividades de matemtica
Uso de material concreto para as atividades de matemtica;
Registro dos clculos atravs de smbolos;
Atividades de mltipla escolha.
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Material de apoio
Atividades de portugus
A atividade deve conter poucas informaes na folha;
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Letras e nmeros na fonte ARIAL BLACK tamanho 28 ou maior e quando o
trabalho for escrito a mo utilizar pilot grosso na cor preta;
Utilizar espaamento de 1,5 centmetros;
Letras maisculas para a construo das atividades.
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Utilizar colagem para as atividades de representao grfica quando a crian-
a apresentar dificuldade motora;
Atividade de escrita manuscrita Atividade adaptada com letras coladas
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MSICAS
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RECEITAS
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TEMPO
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FRUTAS
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Dicas:
Crianas com dificuldades motoras necessitam de outros recursos e o terapeuta
ocupacional o profissional que pode ajud-lo a encontrar alternativas para a
escrita.
Consulte o livro Guia dos Smbolos de Comunicao Pictrica da Roxana Mayer John-
son editado pela Clik Tecnologia Assistiva para esclarecer dvidas sobre a construo
de pranchas e utilizao dos recursos de comunicao alternativa
COMUNICAO ALTERNATIVA E/OU
SUPLEMENTAR: DEFINIES
A linguagem oral um dos meios mais usados para as pessoas se comunica-
rem. No entanto muitas delas, por vrias razes, no tm condies de exercitarem a
oralidade. Isto faz com que elas necessitem de outras diversas condies para eliminar
as suas limitaes, de tal forma que possam usufruir o contato com o outro em suas
esferas pessoal, educacional, cultural, familiar e social.
Diante dessa necessidade foi que originou a Comunicao Alternativa e/ou Su-
plementar que facilita os sistemas de comunicao. Tal inveno possibilita uma auto-
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nomia s pessoas com deficincia, permitindo a elas o desenvolvimento integral, de
modo com que elas possam interagir com as pessoas e com o mundo que as rodeiam.
Considera-se Comunicao Alternativa quando o indivduo no apresenta outra
forma de comunicao, e considerada Suplementar quando o indivduo possui algu-
ma comunicao, mas essa no suficiente para suas trocas sociais, demandando
estratgias, tcnicas e recursos apropriados para sua comunicao.
A Comunicao Alternativa e/ou Suplementar diz respeito a toda forma de co-
municao que apia, complementa e/ou suplementa a fala. Esta definio utilizada
para definir outras formas de comunicao como o uso de: gestos, lngua de sinais,
expresses faciais, linguagem corporal, comunicao grfica, o uso de pranchas de
alfabeto ou smbolos pictogrficos e o uso de sistemas sofisticados como o computador
com voz sintetizada.
SISTEMAS DE COMUNICAO ALTERNATIVA
E/OU SUPLEMENTAR:
Sistema Bliss: um sistema visual grfico representado por smbolos pictogr-
ficos (parecem-se com o que representam), que esto acompanhados do seu significa-
do e que representam pessoas, objetos, aes, conceitos, sentimentos. Esto dispos-
tos num quadro com determinada ordem e significado.
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Este sistema alternativo de comunicao possui vantagens, pois pode ser utili-
zado em casa, na escola ou em qualquer outro local, visto o quadro ser fcil de trans-
portar.
de fcil compreenso visto que em cima de cada smbolo existe a palavra es-
crita e fundamental para a aprendizagem da leitura e da escrita, refora a construo
correta das frases e o reforo visual constante.
Destina-se a crianas com dficits auditivos, visuais, mentais, autistas, atrasos
de desenvolvimento de linguagem, entre outros.Com o objetivo de que a criana adqui-
ra uma maior independncia, haja um desenvolvimento da linguagem, uma interao
scio-familiar melhorada e exista uma estimulao intelectual.
Sistema PIC (Pictogram Ideogram Communication):os Pictogramas so um
sistema que foi concebido com o objetivo de possibilitar a comunicao e assim estimu-
lar e desenvolver as capacidades de percepo e conceitualizao de pessoas impos-
sibilitadas de comunicar oralmente.
Pode ser usado por crianas e jovens com atrasos acentuados no desenvolvi-
mento intelectual, com dificuldades na fala e/ou com problemas a nvel perceptivo.
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Este mtodo composto por 400 smbolos que englobam mais de 400 concei-
tos.
Os smbolos graficamente so constitudos por figuras brancas, aperfeioadas,
sobre um fundo preto, para reduzir as dificuldades de discriminao entre figura e fun-
do. Podem ser agrupadas por reas de interesse, facilitando assim criana a constru-
o de frases.
Sistema PECS (Picture Exchange Communication System):forma um siste-
ma de comunicao completo e foi originalmente desenhado para criar, rpida e eco-
nomicamente, recursos consistentes de comunicao. Este o mtodo de comunica-
o mais utilizado com autistas, desde os primeiros anos de vida.
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Foi originalmente desenvolvido para crianas do espectro autista em idade pr-
escolar, mas atualmente usado por crianas e adultos com perturbaes do espectro
do autismo e outros diagnsticos que apresentem dificuldades na fala e na comunica-
o.
Atravs deste mtodo, a criana autista consegue desenvolver a fala, pois tenta
responder a todas as necessidades e desejos, desde os mais bsicos aos mais com-
plexos. Os cartes com fotos de objetos que significam coisas que a criana necessite,
como: beber gua, comer, ir ao banheiro ou brincar fazem com que a criana
comunique tudo aquilo que precisar naquele momento.
O PECS tem como objetivo ir ao encontro daquilo que atrai as crianas, como
alimentos, bebidas, brinquedos, livros. Depois de se conhecerem as preferncias da
criana so feitas imagens desses objetos que, posteriormente, sero apresentadas e
oferecidas a esta. Lentamente, retirada a ajuda fsica para apanhar a imagem, para
que a criana comece a desenvolver a iniciativa de iniciar a interao, pegando na
imagem e entregando-a ao terapeuta.
Progressivamente, o grau de dificuldade ser aumentado, a ponto do sistema
ensinar a criana a criar enunciados simples a partir das imagens e de uma sequncia
de frases.
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fcil de ser aprendido e pode ser usado por terapeutas, pais e professores,
pois no requer materiais complexos nem um treino tcnico. No requer equipamento
de alto custo da ser uma ajuda tanto dentro da sala de aula, em casa como na comu-
nidade.
No existe limites para a sua utilizao, apenas necessria criatividade para
que este mtodo resulte com sucesso.
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Sistema SPC (Smbolos Pictogrficos para a Comunicao):constitudo por
desenhos a preto que representam substantivos, verbos e adjetivos. O fundo sobre o
qual o smbolo desenhado pode ser branco ou de outra cor. normal o emprego de
cores comuns aos vrios gneros (substantivos, verbos e adjetivos).
O SPC apropriado para ser utilizado, tanto por pessoas cujas necessidades
comunicativas sejam equivalentes a um nvel de linguagem simples (necessitando de
um vocabulrio limitado e de estruturar frases relativamente curtas) como por pessoas
com nveis de linguagem mais elaborados (que necessitam de utilizar uma gama de
vocabulrio muito vasta, com possibilidades de estruturar frases de maior complexida-
de). Pode assim considerar-se como um sistema flexvel que pode evoluir, ajustando-
se s necessidades comunicativas do seu utilizador.
RECURSOS DE BAIXA TECNOLOGIA:
Pranchas de comunicao -As pranchas de comunicao podem ser constru-
das utilizando-se objetos ou smbolos, letras, slabas, palavras, frases ou nme-
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ros. As pranchas so personalizadas e devem considerar as possibilidades cog-
nitivas, visuais e motoras de seu usurio. Essas pranchas podem estar soltas ou
agrupadas em lbuns ou cadernos. O indivduo vai olhar, apontar ou ter a infor-
mao apontada pelo parceiro de comunicao dependendo de sua condio
motora.
Eye-gaze - pranchas de apontar com os olhos que podem ser dispostas sobre a
mesa ou apoiada em um suporte de acrlico ou plstico colocado na vertical. O
indivduo tambm pode apontar com o auxlio de uma lanterna com foco conver-
gente, fixada ao lado de sua cabea, iluminando a resposta desejada.
Avental - um avental confeccionado em tecido que facilita a fixao de smbo-
los ou letras com velcro, que utilizado pelo parceiro. No seu avental o parceiro
de comunicao prende as letras ou as palavras e a criana responde atravs
do olhar.
Comunicador em forma de relgio -o comunicador um recurso que possibili-
ta o indivduo dar sua resposta com autonomia, mesmo quando ele apresenta
uma dificuldade motora severa. Seu princpio semelhante ao do relgio, s que
a pessoa que comanda o movimento do ponteiro apertando um acionador.
Prancha de comunicao
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RECURSOS DA ALTA TECNOLOGIA:
Comunicadores com voz gravada -so comunicadores onde as mensagens
podem ser gravadas pelo parceiro de comunicao.
Comunicadores com voz sintetizada -No comunicador com voz sintetizada o
texto transformado eletronicamente em voz.
Computadores - Com o avano da tecnologia tm surgido novos sistemas de
CAA para as pessoas com necessidades especiais como o Classroom,
o OverlayMaker, o Comunicar com Smbolos, o Boardmaker, o Invento, entre ou-
tros.
Comunicador de voz gravada Notebook
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RECURSOS PARA TRABALHAR COM ALUNOS QUE APRE-
SENTAM DIFICULDADES NA ESCRITA, MAS SO CAPAZES
DE SE ALFABETIZAR
Todo o processo da Comunicao Alternativa e/ou Suplementar deve ser explo-
rado. No adianta usar, por exemplo, um recurso de excelente qualidade se no houver
estratgias adequadas situao. Assim, podemos dizer que todo o sistema de Comu-
nicao Alternativa e/ou Suplementar composto por:
Recursos;
Estratgias;
Tcnicas.
Todos os profissionais envolvidos na reabilitao e educao dos usurios da
Comunicao Alternativa e/ou Suplementar devem trabalhar de modo interdisciplinar,
de forma que essa interao favorea o usurio da Comunicao Alternativa e/ou Su-
plementar, para que possa se comunicar e interagir com o mundo ao seu redor.
A sala de recursos tem sido um espao privilegiado para que se possa trabalhar
com crianas com problemas de comunicao devido aos recursos solicitados, median-
te comprovao da necessidade.
Os professores devem:
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Encorajar e motivar os alunos com dificuldades na comunicao para que
sintam capazes;
Dar oportunidade para respostas orais para os exerccios propostos;
Deixar que as crianas aprendam a digitar, isso pode ser uma tima es-
tratgia e til para os alunos;
Colocar sobre a mesa da criana com dificuldade todo o alfabeto, em fi-
chas.
A Comunicao Alternativa e/ou Suplementar pode possibilitar uma aprendiza-
gem significativa, fazendo conexo com os elementos da linguagem (sintaxe, semnti-
ca e pragmtica) e psiquismo frente mediao de interlocutores. Toda a movimenta-
o estratgica transcorre atravs das possibilidades do usurio. Pode diferir quanto
aos smbolos e instrumentos utilizados adequando-se a cada individuo. Destaca-se que
a Comunicao Alternativa e/ou Suplementar no um fator inibidor da fala, pois estru-
tura o funcionamento lingustico do indivduo.
A adoo de um sistema de Comunicao Alternativa e/ou Suplementar im-
prescindvel, seja ele qual for, mas deve ser adquirido conforme a necessidade de cada
um.
O trabalho em conjunto com as escolas, realiza-se na produo de prticas con-
tinuadas de produo de novos sentidos e de facilitar o processo de ensino-
aprendizagem, possibilita interferir na construo da linguagem e no processo de
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aprendizagem. Algumas vezes, no caso de crianas que no falam, necessria a im-
plementao dos sistemas de Comunicao Alternativa e/ou Suplementar.
Em relao ao ambiente escolar importante ressaltar que a implementao da
Comunicao Alternativa e/ou Suplementar na escola fundamental, pois, assim pode
oferecer meios, recursos e estratgias para que a criana com necessidades especiais
possa estar includa nesse processo de ensino-aprendizagem como todas as outras
crianas.
Pode-se concluir que o desenvolvimento da Comunicao Alternativa e/ou Su-
plementar um processo onde todos esto envolvidos, o aluno, a escola, os professo-
res. Portanto, todos podem ser parceiros importantes e essenciais para a comunicao.
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