comunicação e cultura
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Evolução das tecnologias de comunicação e cultura
POSGEO – Programa de Pós-Graduação em Geografia/UFBaGEO-B80 - Informação geográfica: cultura e tecnologia2012.2
Maria Célia Furtado Rocha
1843
1849
1850
1865
Linha de telégrafo regular entre Washington e Baltimore
Berlim e Frankfurt ligadas por telégrafo
Cabo submarino (Grã-Bretanha e França)
Cabo transatlântico tem sucesso
1896
Protótipo da máquina de escrever de Remington
1830 Ferrovia entre Liverpool e Manchester
1877
Fotografia com chapa seca
Espetáculo de cinema de Lumière em Londres
1899 Gravação magnética do som
1892Fonógrafo de EdisonPrimeira mesa telefônica automática
Hollerith funda companhia p/ fazer cartões perfurados
Varnelis 2005
No final do século, telefone, telegrafo e ferrovias tornaram a paisagem urbana americana simultaneamente densa e dispersa
Domínio: Bell no sistema de telefonia e Western Union no sistema de telégrafo
Patentes de Bell expiram em 1893 e 1894, mas se recusa a conectar suas linhas a empresas independentes
Em 1910, a Bell (agora Atlântico Telephone and Telegraph) compra a Union
AT & T é proprietária da infra-estrutura interestadual para a fiação e dos equipamentos nas casas dos assinantes
Este período inicial estabeleceu uma topologia de comunicação que existia até rompimento do sistema de Bell em 1984
1923 1927 1929 1930 1936 1938 1948
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A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica 1935/36
a qualidade da reprodução técnica aproximou o indivíduo da obra
destruição da aura
a reprodução técnica desvaloriza o aqui/agora da obra de arte
quando o critério de autenticidade deixa de se aplicar, a função social da arte se transforma
vem ao encontro do espectador
a catedral abandona seu lugar para instalar-se no estúdio do amador
a técnica emancipada se confronta com a sociedade moderna sob a forma de uma segunda natureza
com Eugène Atget (1857-1927), as fotos se transformam em autos do processo da história
o rádio e o cinema tornam mostráveis dadas ações de modo que todos possam controlá-las e compreendê-las
a câmera nos abre pela primeira vez a experiência do inconsciente ótico
a reprodutibilidade técnica da obra de arte modifica a relação da massa com a arte
quem se recolhe diante de uma obra de arte mergulha dentro dela e nela se dissolve; a massa distraída faz a obra de arte mergulhar em si, absorve-a em seu fluxo
Benjamin 1935/36
Metropólis – Fritz Lang, 1927
1950 1952 1955 1957 1958 1959 1962 1969
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ARPANET (1969) foi projetado para superar o isolamento entre universidades. Produziu, com sucesso, a primeira rede entre cidades
1971 Lançamento dos microprocessadores
1972 Desenvolvimento do e-mail (ARPA)Gravadores de videocassete domésticos
1975 Fibras óticasPrimeira loja de computadores (Los Angeles)
1976 Computadores portáteis
1977 Cabo de fibra ótica instalado na CalifórniaTelefone celular
1979 Início da comercialização da Internet
1981 Murdoch adquire The Times
1983 Videodiscos a laser comercializados
1984 Lançamento de CDs (EUA )Camcorders
1985 Estabelecimento da CNN International News Corp. adquire a Century Fox
1988 Rede Internacional de Serviços Digitais (ISDN) lançada no Japão
1989 Cabo de fibra ótica transatlânticoFusão: Time com Warner
Varnelis 20051988/1989: Fim do controle militar sobre a Internet: ARPAnet é transferida para NSFNet, uma rede nacional de supercomupadores das mais importantes universidades.Essas universiddes e outras instituições sem fins lucrativos funcionando como centro de redes regionais
Hoje Internet e sistema de telefonia estão totalmente ligados
Como antes, acessos de longa distância passam pelossistemas locais, agora controlados por empresas de telefonia que provêem serviços regionais
Por volta de 1990, fibras óticas sobrepujaram a tecnologia dos satélites como meio de comunicação intercontinental
Fibras são caras, e novamente o paradigma da centralização física retorna. É menos custoso seguir as rotas da infraestrutura existente
Tecnologias de telecomunicações e recursos estratégicos estão concentrados nos centros urbanos, que tomam assim a forma de megacidades, que atuam como pontos de comando da economia mundial.
1990 Império Berlusconi na ItáliaFusão: BSB e Sky (BskyB)
1991 Estreia a Web1993 Listagem separada das ações NASDAQ
1994 Fundada a NetscapeCriação do Yahoo!
1995 Fusão: CNN e Time/Warner1996 Inaugurada a TV Al Jazeera1998 Fundação do Google2000 Fusão: American On-Line e Time/Warner2001 Fusão: Disney e Fox
2004 O'Reilly e o MediaLive International cunham o termo e enunciam os princípios da Web 2.0
2005 News Corp. compra o site de redes sociais MySpace
2006 Google adquire YouTubeApple lança a AppleTV
2007Apple lança o iPhoneGoogle inicia parceria com a Panasonic para lançar TV de alta definição
voltando à cronologia...
Fonte: Castells & Arsenault (2008)
Fonte: Devriendt, Derudder & Witlox (2009)
Intimate Visual Co-PresenceMizuko Ito 2005
http://www.ted.com/talks/blaise_aguera.html
Cultura da ConvergênciaJenkins 2009
Fluxo de conteúdo através de múltiplas mídiasFlui por vários canais diferentes e assume formas distintas no ponto de recepção
Proliferação de canais e portabilidadeMídia em todos os lugaresMuda a forma de produzir e de consumir esses meios
Consumo tornou-se coletivoProdução coletiva de significados
Cultura da Convergência
Entretenimento não é a única coisa que flui pelas plataformas de mídia: nossa vida, relacionamentos, memórias, fantasias e desejos também fluem
As habilidades que adquirimos nessa brincadeira têm implicações no modo como aprendemos, trabalhamos, participamos do processo político e nos conectamos com pessoas de outras partes do mundo
No Sense of PlaceMeyrowitz 1985
Estar em um grupo – compartilhar sua experiência e informação – significou uma vez estar no lugar apropriado. Acesso ao território do grupo foi o primeiro significado de incorporação no grupo
Ao dissociar localização física de situação social, a mídia eletrônica permitiria às pessoas “escaparem” informacionalmente de grupos definidos pelo lugar e permitindo outsiders “invadirem” muitos territórios de grupos sem sequer entrar nele
Lugares e mídia ambos fomentariam conjuntos de padrões de interação entre pessoas e padrões de fluxo de informação social
Seria possível assistir a televisão como um ambiente compartilhado, como se se estivesse apreciando um evento num parque, embora que num ato privado, sem comprometimento público
Ela seria capaz de dar ao espectador um senso de conexão com o mundo lá fora e com outros espectadores
Através da TV, do rádio e do telefone aquilo que está acontecendo em qualquer lugar pode acontecer onde quer que nós estejamos.
Network locality - Gordon 2008à medida que a computação se estende aos dispositivos móveis, o espaço local está onde quer que nós estejamos
“as tecnologias de rede e suas práticas correspondentes estão alterando significativamente a natureza das situações locais, tanto social (como nós compartilhamos informações localizadas) quanto
fenomenologicamente (como nós experimentamos o que está próximo)”
Meyrowitz 1985
ReferênciasBENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. Primeira versão (1935/36). In: _________. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. Obras Escolhidas, volume 1. Tradução Sérgio Paulo Rouanet. SP: Ed. Brasiliense, 1985b. p. 165-196.
BRIGGS, Asa; BURKE, Peter. Uma história social da mídia: de Gutenberg à internet. RJ: Zahar, 2006.
CASTELLS, Manuel; ARSENAULT, Amelia H. The Structure and Dynamics of Global Multi-Media Business Networks. International Journal of Communication 2, 2008, pp. 707-748.
DEVRIENDT, Lomme; DERUDDER, Ben; WITLOX, Frank. Cyberplace and Cyberspace: Two Approaches to Analyzing Digital Intercity Linkages. Journal of Urban Technology, Volume 15, Number 2, pages 5–32, 2008.
GORDON, Eric. Toward a theory of network locality. First Montey, v. 13, n. 10, e October 2008.
ITO, Mizuko. Intimate Visual Co-Presence. UbiComp 2005, International Conference on Ubiquitous Computing, Tokyo, Japan. Disponível em <http://www.itofisher.com/mito/archives/ito.ubicomp05.pdf.> Acesso em 3 dez 2012.
JENKINS, Henry. Cultura da convergência. SP: Aleph, 2009. 2 ed.
MEYROWITZ, Joshua. No Sense of Place. The Impact of Electronic Media on Social Behavior. New York: Oxford University Press, 1985.
VARNELIS, Kazys. The Centripetal City: Telecommunications, the Internet, and the Shaping of the Modern Urban Environment. Cabinet Magazine. 2005. Disponível em http://varnelis.net/articles/centripetal_city. Acesso em 25 nov 2012.