DANIELA LEMOS DA CRUZ

COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL: RECURSO PARA MOTIVAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA AO SERVIDO PÚBLICO DA GUARDA MUNICIPAL

CURITIBA

2011

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................4

2 OBJETIVOS.................................................................................................................5

2.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................................................5

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................................6

3 METODOLOGIA..........................................................................................................6

4 DESENVOLVIMENTO..................................................................................................6

4.1 QUALIDADE DE VIDA E MOTIVAÇÃO DA EQUIPE....................................................7

4.2 FORMAS DE INGRESSO DOS SERVIDORES PÚBLICOS NA GUARDA

MUNICIPAL................................................................................................................................9

REFERÊNCIAS.............................................................................................................11

1 INTRODUÇÃO

A qualidade de vida enquanto sistema de organização institucional tem

obtido maior êxito. O incentivo à confiança no indivíduo e em sua capacidade

foi o primeiro fator responsável pelas mudanças nos modelos tradicionais,

descomprometidos com a qualidade de vida no trabalho. Outro fator importante

que catalisa mudanças é o investimento no aprimoramento pessoal e

profissional do funcionário enquanto membro institucional e enquanto cidadão,

fator que induz a uma reflexão sobre a interação entre líderes e subordinados,

e sobre a necessidade de comunicação organizacional. Esse novo

posicionamento surtiu efeitos no sentido de fazer com que a resolução de

conflitos, negociações, emissão de opiniões fossem mais comuns, melhorando

o clima organizacional.

O clima organizacional é um conceito normalmente utilizado para

designar processos interativos entre as equipes em empresas privadas.

harmonia nas interações relacionais condicionam agradável ambiente de

trabalho, motivação e consequentemente qualidade de vida. No entanto o

conceito é válido também para empresas de caráter público, de sorte que em

função terminologia não se deve invalidar a eficácia do conceito.

Vários fatores interferem diretamente no Clima Organizacional, dentre

os quais merecem destaque o estilo de liderança, o salário, as estratégias

motivacionais, a perspectivas de desenvolvimento profissional ou a ausência

dela, os benefícios ou inexistência deles.

Não apenas o conceito de clima organizacional deve ser levado em

consideração para promover a qualidade de vida, mas também as condições

de trabalho. E os fatores insatisfacientes.

A finalidade primordial da guarda municipal é proteger os bens,

serviços e instalações públicas; em função disso, realizam patrulhamento a pé,

ou ainda rondas ostensivas em viaturas, motos.

Para a concepção de seu trabalho utiliza equipamentos e recursos

como:

Algema;

Cacetete;

Colete à prova de balas;

Arma de fogo (revólver).

Trata-se de um trabalho de grande responsabilidade. Os principais

fatores estressores a que se submetem os guardas municipais consistem em:

Trabalho consecutivo por 12h contínuas, seguida pela

reivindicação de redução da jornada de trabalho;

Viaturas antigas desmotivação, em face da qual se reivindica a

troca dos equipamentos antigos por novos;

Desmotivação, seguida pela reivindicação de folgas garantidas

em melhoria do clima organizacional por meio de qualidade de

vida;

Escalas de hora extra, seguido pela reivindicação de cursos e

treinamentos, na condição de possibilidade de aperfeiçoamento

pessoal e profissional.

Esse trabalho tem por objetivo sugerir uma proposta de implementação

de programa de motivação por meio da melhoria da comunicação interpessoal.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Considerando-se que em um único trabalho não é possível segmentar

todos os fatores estressores, essa pesquisa tem por finalidade propor

melhorias em termos de integração e comunicação capazes de promover

motivação e melhoria na qualidade de vida da guarda municipal.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Fazer uma breve incursão pela situação de trabalho da guarda

municipal em Curitiba;

Enfatizar a importância da guarda municipal junto à sociedade;

Discorrer sobre os fatores estressores a que se submetem os

guardas municipais;

Sugerir medidas comunicativas e de interação para promover a

qualidade de vida no ambiente de trabalho da guarda municipal.

3 METODOLOGIA

Do ponto de vista metodológico esse trabalho será uma pesquisa

exploratória com coleta de dados no setor administrativo na sede da guarda

municipal de Curitiba. As entrevistas com os sujeitos da pesquisa (a saber os

guardas municipais) será realizado para mediante autorização da chefia.

4 DESENVOLVIMENTO

O termo Guarda Municipal designa as instituições criadas pelos

municípios no afã de colaborar com a seguranca pública por meio da

autoridade de policia administrativa outorgado pelo município e aferido por leis

complementares. Algumas administrações locais fazem distinçao quanto aos

termos utilizados para a instituição quando localizada em cidades do interior,

que passa a ser denominada Guarda Civil Municipal; ao passo que, quando

localizada em grandes capitais do Brasil denomina-se Guarda Civil

Metropolitana. O termo "Guarda Civil" é proveniente das Guardas Civis dos

Estados, extintas durante a ditadura militar.

É tão clara a intenção do constituinte de admitir uma atividade de

polícia administrativa pelas guardas municipais, que houve por bem inseri-las

no art. 144.§ 8º - Os Municípios poderão constituir guardas municipais

destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser

a lei.

Assim a atuação das guardas se resume a uma atividade

comunitária de segurança urbana, apoiando os órgãos policiais estaduais e

federais quando solicitadas. No entanto, devido aos fatores estressores, o

trabalho se torna com o passar do tempo desgastante e desmotivador.

Do ponto de vista etimológico a palavra motivo é proveniente do

latim “movere”, movimentar, aquilo que faz mover. Em decorrência disso, o

termo motivar pode ser compreendido como provocar movimento. Isso

significa que o termo motivação deve fundamentalmente conduzir a um

estado de contentamento pelo fato de atender às carências latentes, sejam

elas primárias ou secundárias1.

No ambiente laboral as necessidades inatas podem ser contempladas

sob a ótica de Herzberg, tendo como respaldo suas teorias dos dois Fatores,

que se ocupam de explicar o comportamento das pessoas em situação de

trabalho.

O professor Frederick Herzberg (1959) na obra The motivation to work

(Motivação para o trabalho) ressaltou, enfaticamente a questão da motivação

dos empregados para que sejam atingidas as metas organizacionais. A teoria

de Herzberg envolve dois critérios primordiais: satisfação no trabalho (fatores

higiênicos) que depende implicações laborais como reconhecimento,

realização, responsabilidade etc.

No segundo grupo incluem-se a motivação no trabalho, tudo que se

refira à consecução das e que influencie a produtividade das pessoas.

Herzberg concluiu que o maior fator motivacional humano encontra-se no

prazer que o indivíduo sente pelo simples fato de estar no local de trabalho

(ANDRADE et al., 2006).

4.1 QUALIDADE DE VIDA E MOTIVAÇÃO DA EQUIPE

Muitas instituições primam pelo lazer de seus funcionários por saberem

que da qualidade de vida depende a motivação da equipe e trabalho.

Conforme MARCELLINO (2002) o significado da palavra lazer está

normalmente associado a atividades recreativas, ou eventos de massa,

possivelmente pelo fato de esta palavra estar sendo largamente utilizada em

1 http://www.psicologaonline.com.br/psicologia/organizacional/o-que-e-motivacao/

promoções institucionais, ou seja, por ser destinada ao grande público. Além

disso, os meios de massa favorecem essa concepção, na medida em que

ramificam a área em questão ao divulgar separadamente o conceito de lazer

das atividades como teatro, exposições, cinemas e esportes. Isso contribui

para que o temor de que uma definição parcial e limitada.

Por questões didáticas o lazer pode ser classificado de acordo com a

natureza psicofísica e integrada das atividades que envolve, assumindo as

seguintes classificações: lazer físico, lazer psíquico, lazer espontâneo, lazer

programado, lazer esporádico e lazer habitual (ANDRADE, 2002).

Visando fortalecer as parcerias institucionais, as empresas promovem

eventos sociais que visam ao aperfeiçoamento pessoal e profissional por meio

de Escolas de Administração Pública (EAPs), por meio dos quais são

desenvolvidos Projetos de Aperfeiçoamento e Motivação Profissional voltados

para a Guarda Municipal (GMM).

Tais eventos costumam ocorrer com freqüência, e ao término são

promovidas integrações da equipe como uma forma de promover atividades de

lazer, que além de descontrair promovem a coesão grupo.

No intuito do investimento na formação desse profissional da Guarda

Municipal é preparar a equipe que atuará nesse segmento para as diversas

circunstâncias cotidianas a que deverá se adaptar. O adequado treinamento se

refletirá em suas ações rotineiras, dentre as quais, o patrulhamento dos bairros,

o atendimento às ocorrências cotidianas, a coordenação de equipes e,

principalmente, no respeito aos direitos humanos.

Os cursos e treinamentos consistem na aplicação de estratégias

comunicativas para propiciar a motivação e conferir qualidade de vida aos

profissionais da Guarda Municipal. Dentre as abordagens de cada curso devem

ser mencionadas a Motivação e Produtividade, Qualidade no Atendimento e

Desenvolvimento de Equipes.

4.2 FORMAS DE INGRESSO DOS SERVIDORES PÚBLICOS NA

GUARDA MUNICIPAL

Além do concurso, o candidato que almeja ingressar como servidor

público na Guarda Municipal deve preencher outros requisitos, o inciso I do

artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil, refere-se às

disposições gerais da Administração Pública, no que se refere ao direito de

acesso a cargos, empregos e funções públicas. A constituição garante a

sensibilidade dos brasileiros às funções públicas aos brasileiros, assim como

aos estrangeiros, que preencham os requisitos fundamentais determinados na

legislação.

Conforme disposto no inciso II:

a investidura em cargo ou emprego público depende da aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

Os prazos de vigor do concurso público realizado são de dois anos,

podem ser protelados uma vez, por igual período. De qualquer forma, os

candidatos, não dispõem de direito subjetivo à prorrogação, que fica a cargo da

Administração.

Além da realização e aprovação em concurso público, um candidato a

servidor público deve ainda preencher determinados requisitos que podem

variar, de acordo com o cargo pretendido. Algumas condições para inscrição

em concurso e ingresso no serviço público são, via de regra, solicitadas aos

candidatos a cargos nos processos seletivos.

Tais condições implicam estar em dia com obrigações de cidadania

quais sejam: se do sexo masculino, estar quite com obrigações militares; ser

brasileiro nato ou naturalizado; na data de nomeação, contar com idade igual

ou superior a dezoito anos; não ter sido demitido por justa causa por ato de

improbidade no serviço público ou exonerado a bem do serviço público,

mediante decisão transitada em julgado; apresentar, no ato da nomeação, a

certidão negativa de antecedentes criminais fornecida pelo Cartório Distribuidor

do Fórum, quando solicitado; possuir, na data da nomeação, o grau de

escolaridade para o exercício do cargo; entre outros requisitos que devem estar

especificados no edital do concurso.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, A.C.; OLIVEIRA, C.; LANGER, C. ; SANTOS, D.R. Motivação Organizacional Voltada para o Cliente Interno. Monografia apresentada ao Curso de Administração de Empresas (Instituto de Ensino Superior Camões), 2006.

ANDRADE, J.V. Lazer: Princípios, Tipos e Formas na Vida e no trabalho. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

MARCELLINO, N.C. Estudos do Lazer. São Paulo: Autores Associados, 2002.

http://www.psicologaonline.com.br/psicologia/organizacional/o-que-e-motivacao/

http://www.tudosobreconcursos.com/requisitos-basicos-para-ser-um-servidor-publico