conceitos básicos de sociologia - max weber

7/25/2019 Conceitos Bsicos de Sociologia - Max Weber

1/21

Seminrio apresentado na disciplina Metodologia dasCincias Sociais do 2 ano do curso de Cincias

Sociais FFC Marlia

Grupo 6: Amanda Forner; !iago "# Folgueiral;$anessa S# %i&eiro

Conceitos 'sicos deSociologia

Ma( )e&er


2/21

Compreenso e explicao

*entro das coordenadas metodol+gicas ,ue se opun!am- assimila./o das cincias sociais aos ,uadros te+ricosdas cincias naturais0 )e&er conce&e o o&1eto dasociologia como0 undamentalmente0 con!ecer umen3meno social0 ou se1a0 seria e(trair o conte4dosim&+lico da a./o ou a.5es ,ue o conguram# alcoloca./o do pro&lema de como se a&ordar o atosignica ,ue n/o 7 poss8el propriamente e(plic9lo comoresultado de um relacionamento de causas e eeitosprocedimento das cincias naturais0 mas compreend9lo

como ato carregado de sentido0 isto 70 como algo ,ueaponta para outros atos e somente em un./o dos ,uaispoderia ser con!ecido em toda a sua amplitude#


3/21

< m7todo compreensi8o0 deendido por )e&er0 consisteem entender o sentido ,ue as a.5es de um indi8duo

contm e n/o apenas o aspecto e(terior dessas mesmasa.5es# Segundo )e&er0 a capta./o desses sentidoscontidos nas a.5es !umanas n/o poderia ser reali=ada pormeio0 e(clusi8amente0 dos procedimentos metodol+gicosdas cincias naturais0 em&ora a rigorosa o&ser8a./o dos

atos como nas cincias naturais se1a essencial para ocientista social# Contudo0 )e&er n/o pretende ca8ar uma&ismo entre os dois grupos de cincias# As leis sociais0 para )e&er0 esta&elecem rela.5escausais em termos de regras de pro&a&ilidades0 segundo

as ,uais a determinados processos de8em seguir9se0 ouocorrer simultaneamente0 outros processos# "ssas leis s/oreerentes a constru.5es de >comportamento com sentido?e ser8em para e(plicar processos particulares# @ara ,ueisso se1a poss8el0 )e&er deende a utili=a./o dosc!amados >tipos ideais?#


4/21

O Legal e o Tpico

< conceito de tipo ideal corresponde0 no pensamento

e&eriano0 a um processo de conceitua./o ,ue a&straide en3menos concretos o ,ue e(iste de particular0constituindo assim um conceito indi8iduali=ante ou0 naspala8ras do pr+prio )e&er0 um >conceito !ist+ricoconcreto?#

A conceitua./o tpico9ideal c!ega a resultadosdierentes da conceitua./o generali=adora# < tipo ideal0segundo )e&er0 e(p5e como se desen8ol8eria umaorma particular de a./o social se o =esseracionalmente em dire./o a um m e se osse orientadade orma a atingir um e somente um m# Assim0 o tipo

ideal n/o descre8eria um curso concreto de a./o0 masum desen8ol8imento normati8amente ideal0 isto 70 umcurso de a./o >o&1eti8amente poss8el?# < tipo ideal 7um conceito 8a=io de conte4do real: ele depura aspropriedades dos en3menos reais desencarnando9os

pela anlise0 para depois reconstru9los#


5/21

Bma 8e= de posse desses instrumentos analticos0ormulados para a e(plica./o da realidade social concreta

ou0 mais e(atamente0 de uma por./o dessa realidade0)e&er ela&ora um sistema compreensi8o de conceitos0esta&elecendo uma terminologia precisa como tareapreliminar para a anlise das inter9rela.5es entre osen3menos sociais# *e acordo com o 8oca&ulrio

e&eriano0 s/o ,uatro os tipos de a./o ,ue cumpredistinguir claramente: a./o racional em rela./o a ns0a./o racional em rela./o a 8alores0 a./o aeti8a e a./otradicional# )e&er c!amar a aten./o para o pro&lema deuide= dos limites0 isto 70 para a 8irtual impossi&ilidade dese encontrarem >a.5es puras?0 ou se1a0 uma a./o social,ue se oriente e(clusi8amente conorme um ou outro dos,uatro tipos# *o mesmo modo0 essas ormas deorienta./o n/o podem ser consideradas como e(austi8as#Seriam tipos puramente conceituais0 construdos para nsde anlise sociol+gica#


6/21


7/21

Autoridade e Legitimidade

@ara a teoria poltica em geral )e&er ormulou importantesconceitos e categorias interpretati8as ,ue se tornaramclssicos nas cincias sociais# )e&er distingue no conceito depoltica duas acep.5es0 uma geral e outra restrita# Do sentidomais amplo0 poltica 7 entendida por ele como ,ual,uer tipode lideran.a em a./o# Do sentido restrito0 poltica seria

lideran.a na orma de um "stado# "ste0 por sua 8e=0 7deendido por )e&er como >uma comunidade !umana ,uepretende o monop+lio do uso legtimo da or.a sica dentrode determinado territ+rio?# A partir da deni./o dessesconceitos &sicos )e&er c!ega a ormula./o dos conceitos

de autoridade e legitimidade0 di=endo ,ue para ,ue um"stado e(ista seria necessrio ,ue um con1unto de pessoaso&ede.a - autoridade alegada pelos detentores do poder# @oroutro lado0 para ,ue os dominados o&ede.am 7 necessrio,ue os detentores do poder possuam uma autoridade

recon!ecida como legtima#


8/21

A autoridade pode ser distinguida segundo trs tipos&sicos: a racional9legal0 a tradicional e a carismtica#

"sses trs tipos d autoridade correspondem a trs tiposd legitimidade: a racional0 a puramente aeti8a e autilitarista# < tipo racional9legal tem como undamento adomina./o em 8irtude da cren.a na 8alidade do estatutolegal e da competncia uncional0 &aseada0 por sua 8e=0em regras racionalmente criadas#

A autoridade tradicional 7 imposta por procedimentosconsiderados legtimos por,u sempre teria e(istido0 e 7aceita em nome de uma tradi./o recon!ecida como8lida# A domina./o carismtica 7 um tipo de apelo ,ue

se op5e -s &ases de legitimidade da ordem esta&elecida einstitucionali=ada# @ara ,ue se esta&ele.a uma autoridadedesse tipo0 7 necessrio ,ue o apelo do lder se1aconsiderado como legtimo por seus seguidores0 os ,uaisesta&elecem com ele uma lealdade de tipo pessoal#


9/21

Conceito de autoridade legtima

A a./o0 especialmente a a./o social0 e maisparticularmente a rela./o social0 pode ser orientada0 departe dos indi8duos0 pelo ,ue constitui sua>representa./o? da e(istncia de uma autoridadelegtima# A pro&a&ilidade de ,ue uma tal orienta./orealmente ocorra ser c!amada >8alida./o? da

autoridade em ,uest/o#

As rela.5es sociais0 somente representar uma ordem se

sua conduta puder ser orientada apro(imadamente paracertos conceitos moral recon!ec8eis# Com isto0 aautoridade ad,uirir 8alidade apenas se a orienta./o aestes normas incluir ao menor recon!ecimento de ,uetudo a ,ue o&rigam o indi8iduo#


10/21

Tipos de Autoridade legtima: Conveno, Leia) Conveno, uando sua vig!ncia est" garantida

externamente pela pro#a#ilidade de ue, dentrode determinado crculo de pessoas, umcomportamento discordante tropear" com areprovao$ relativamente) geral e praticamentesensvel%

#) &ireito, uando est" garantida externamente pelapro#a#ilidade da coao$'sica ou psuica)exercida por determinado uadro de pessoas cu(a'uno especca consiste em 'orar a o#servao

dessa ordem ou castigar sua violao


11/21

A validade da autoridade legtima: Tradio, *+, Lei

Tradio Ao social tradicional $costumes e "#itosarraigados, tradicionalmente) + a mais universal emais primitiva

*+ ao social racional com relao a valores $no + om, se(a esse +tico, religioso, so os valores, moral)

Lei ao social racional com relao a ns $imagina

um m e este #uscado atrav+s dos melores meios)


12/21

Conceito de Luta

Luta: Euando as a.5es se orientam pelo prop+sito de impora pr+pria 8ontade contra a resistncia do ou dos parceiros#

c!amado de luta pacfca a,ueles meios onde n/oconsistem em 8iolncia sica eeti8a0 ou se1a0 a

>concorr!ncia>#

Concorr!ncia7 ,uando se trata da pretens/o ormalmentepacca de o&ter para si o poder de disposi./o so&reoportunidades dese1adas tam&7m por outras pessoas#"(:mercado de tra&al!o

Concorrncia regulada: onde se ! ns e meios0 se orientapor uma ordem#"(: concurso p4&lico


13/21

Comunidade e Sociedade das -ela.es Sociais

-elao de comunidade, ,uando e na medida em ,ue aatitude na a./o social no caso particular ou em m7dia ouno tipo puro- %epousa no sentimento su&1eti8o dos participantes de

pertence aeti8amente ou tradicionalmente ao mesmo grupo

-ela.es sociais,,uando e na medida em ,ue a atitudena a./o social repousa num a1uste ou numa uni/o deinteresses racionalmente moti8ados com reerencia a8alores ou ns# A rela./o associati8a0 como caso tpico0

pode repousar especialmente mas n/o unicamente numacordo racional0 por declara./o recproca# "nt/o a a./ocorresponde0 ,uando 7 racional0 est orientada:a de maneira racional reerente a 8alores0 pela cren.a no

compromisso pr+prio;

& de maneira racional reerente a ns pela e(pectati8ade lealdade da outra parte


14/21

-ela.es Sociais A#ertas e *ecadas>uma rela./o social tanto a= se comunitria ou associati8aser designada a#erta para 'ora0 ,uando e na medida em

,ue a participa./o na,uela a./o recproca0 ,ue a constituisegundo o conte4do de seu sentido0 n/o 7 negada0 por suaordem 8igente0 a ningu7m ,ue eeti8amente este1a emcondi.5es e disposto a tomar parte dela#?>ao contrrio0 7 c!amada 'ecada para 'ora,uando e namedida em ,ue o conte4do de seu sentido ou sua ordem

8igente e(clui0 limita ou liga a participa./o a determinadascondi.5es#?"(emplos%ela./o a&erta# "(emplo: >nas corpora.5es e nas cidadesdemocrticas da Antiguidade e da dade M7dia0 cu1os

mem&ros0 em certas 7pocas0 esta8am interessados emassegurar suas possi&ilidades por meio de maior or.a e0 porisso0 pretendiam aumentar seu n4mero0 en,uanto ,ue0 emoutras 7pocas0 interessados em manter o 8alor de seumonop+lio pretendiam a limita./o deste n4mero?

%ela./o ec!ada para dentro# "(emplo: >uma comunidade decamponeses0 ec!ada para ora0 pode permitir a seus


15/21

/ropriedade>C!amamos propriedade do indi8duo0 da comunidade ou dasociedadeas possi&ilidades !ereditariamente apropriadas por este oua,uelas; caso se1am alien8eis0 designamo9las propriedade livre?

Fec!adas com carter tradicional costumam ser0 por e(emplo0 a,uelascomunidades nas ,uais a participa./o se undamenta em rela.5esamiliares#Fec!adas com carter aeti8o costumam ser as rela.5es pessoais ,uese &aseiam em sentimentos por e(emplo0 rela.5es er+ticas ou0 muitas8e=es0 de piedade#

Fec!adas relati8amente com carter racional reerente a 8alorescostumam ser comunidades de 7 de carter estrito#Fec!adas com carter racional reerentes a ns s/o0 no caso tpico0associa.5es econ3micas de carter monopolista ou plurocrtico#rodap7

-ela.es de -epresentao>Bma rela./o social pode ter para os participantes0 segundo sua ordemtradicional ou estatuda0 a conse,uncia de ,ue determinadas a.5es ade cada um dos participantes se imputam a todos os demaiscompan!eiros solidrios ou & de determinados participantesrepresentantes se imputam a todos os demais os representados0 de

modo ,ue tanto as pro&a&ilidades ,uanto as conse,uncias0 para o&em ou ara o mal recaiam so&re estes 4ltimos?


16/21

O Conceito de Associao e Seus Tipos>C!amamos associa./o uma rela./o social ec!ada para oraou cu1o regulamento limita a participa./o ,uando a

o&ser8a./o de sua ordem est garantida pelocomportamento de determinadas pessoas0 destinadoparticularmente a esse prop+sito: de um dirigente e0e8entualmente0 um ,uadro administrati8o ,ue0 dado o caso0tm tam&7m0 em condi.5es normais0 o poder darepresenta./o#>C!amamos a./o da associa./o a a a./o do pr+prio ,uadroadministrati8o0 legitima em 8irtude do poder de go8erno oude representa./o0 e ,ue se reere - reali=a./o da ordem8igente0 e & a a./o dos participantes da associa./o dirigidapelas ordena.5es deste ,uadro administrati8o?

"(emplo>C!amamos a./o associati8a somente a do pr+prio ,uadroadministrati8o e0 al7m disso0 todas as relati8as - associa./opor este dirigida segundo um plano# Bma a./o associati8apara todos os mem&ros seria0 por e(emplo0 uma guerra ,ue

um "stado condu=0 uma peti./o acordada pela presidncia deuma associa./o ou um contrato eito pelos dirigentes e cu1a


17/21

Tipos de Associao e exemplos>Bma associa./o pode ser: aaut3noma ou !eter3noma;&autoc7ala ou !eteroc7ala# Autonomia signica0 em

oposi./o - !eteronomia0 ,ue a ordem da associa./o n/o 7estatuda por estran!os0 mas pelos pr+prios mem&rosen,uanto tais n/o importando a orma em ,ue isto sereali=e# Autocealia signica ,ue o dirigente da associa./o eo ,uadro administrati8o s/o nomeados segundo a ordem da

associa./o e n/o0 como no caso da !eterocealia0 porestran!os n/o importando a orma em ,ue se reali=e anomea./o?"(emplo: >H !eterocealia0 por e(emplo0 na nomea./o dosgo8ernadores das pro8ncias canadenses pelo go8erno

central do Canad# Bma associa./o !eteroc7ala pode seraut3noma e uma autoc7ala0 !eter3noma#


18/21

A nature0a da autoridade administrativa e regulamentadoranas Associa.es

>*enominamos ordem administrati8a uma ordem ,ue regula a a./o

associati8a# A,uela ,ue regula outras a.5es sociais0 garantindo aosagentes as possi&ilidades ,ue pro8m dessa regula./o0 denominamosLordem reguladora# Bma associa./o orientada unicamente por ordensdo primeiro denomina9se Lassocia./o administrati8a; ,uando seorienta somente pelas ordens do 4ltimo tipo 7 uma associa./oreguladora?

"(emplo: A./o unicamente reguladora seria um "stado de direito0 o,ue aria supor0 toda8ia0 ,ue a regula./o do setor monetrio parassepara as m/os da economia pri8ada

A nature0a da Associao: associao de empresa, unio,instituio

>*enominamos empresa uma a./o contnua ,ue perseguedeterminados ns0 e associa./o de empresa uma rela./o associati8acu1o ,uadro administrati8o age continuamente com 8ista adeterminados ns?>*enominamos uni/o uma associa./o &aseada num acordo e cu1aordem estatuda s+ pretende 8igncia para os mem&ros ,uepessoalmente se associaram?>


19/21

Os conceitos de /oder e &ominaoA sociedade0 para )e&er0 constitui0 antes de mais nada0 umsistema de poder0 n/o apenas nas rela.5es entre classes0 ouentre go8ernantes e go8ernados0 mas igualmente nasrela.5es cotidianas na amlia0 na empresa0 por e(emplo# Aspessoas se deparam a todo momento com o ato de ,ueindi8duos ou con1unto de indi8duos tm maior ou menorpossi&ilidade de impor a sua 8ontade a outros#

>@oder signica toda a pro&a&ilidade de impor a pr+pria8ontade numa rela./o social0 mesmo contra resistncias0 se1a,ual or o undamento dessa pro&a&ilidade?>*omina./o 7 a pro&a&ilidade de encontrar o&edincia a uma

ordem de determinado conte4do0 entre determinadaspessoas indic8eis; disciplina 7 a pro&a&ilidade de encontraro&edincia pronta0 automtica e es,uemtica a uma ordem0entre uma pluralidade indic8el de pessoas0 em 8irtude deati8idades treinadas?


20/21

Tr!s *ontes legtimas de &ominao

*omina./o legal: ipo de poder onde predominam normasimpessoais e !ierr,uicas0 como no e(7rcito0 reparti.5esp4&licas etc# < poder 7 e(ercido pelo cargo#

*omina./o tradicional: A tradi./o 7 identicada por )e&ercomo uma onte de poder# Desses casos predominam

caractersticas patriarcais e patrimonialistas &aseadas natradi./o# "(#: A tradi./o 7 uma das ontes de autoridadedos sacerdotes religiosos#

Carisma: @redominam caractersticas msticas e de

personalidade; ! seguidores0 de8o./o e respeito pelapessoa em si0 n/o pelo cargo ocupado nem por algumatradi./o ,ue possa ampara9lo# e(#: lderes >populares? ,ue0independentemente de cargos ou din!eiro s/oconsiderados autoridades e respeitados como tais# Kderes

religiosos0 polticos e artistas podem se 8aler do carismacomo onte de poder#


21/21

Tipos de Associa.es /olticas e Associa.es2ierocr"ticas

>Bma associa./o de domina./o denominamos associa./opoltica0 ,uando e na medida em ,ue sua su&sistncia e a8igncia de suas ordens0 dentro de determinado territ+riogeogrco0 este1am garantidas de modo contnuo medianteamea.a e a aplica./o de coa./o sica por parte do ,uadro

administrati8o?>Bma empresa com carter de institui./o polticadenominamos "stado0 ,uando e na medida em ,ue seu,uadro administrati8o rei8indica com (ito o monop+liolegtimo da coa./o sica para reali=ar as ordens 8igentes?

>Bma associa./o de domina./o denomina9se associa./o!ierocrtica ,uando e na medida em ,ue se apli,ue coa./ops,uica0 concedendo ou recusando9se &ens de sal8a./ocoa./o !ierocrtica?>Bma empresa !ierocrtica com carter de institui./o 7denominada igre1a ,uando e na medida em ,ue seu ,uadroadministrati8o pretenda para si o monop+lio da legtima

conceitos básicos de sociologia - max weber

Documents