conceitos básicos em evolução
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1
‘
Conceitos Básicos em Evolução
Evolução e Diversidade das Espécies
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A teoria da evolução
Definição – mudança gradual na população
Evolução é a mudança nas frequências gênicas ao longo das gerações
A evolução biológica ou orgânica foi descrita por Charles Darwin (1858 - 1859)
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Idéias erradas sobre evolução:
- evolução não é progresso ou melhora das espécies
- os indivíduos não evoluem, populações sim
- organismos não evoluem porque “precisam” mudare
microevolução não difere de macroevolução: apenas estão sujeitas aos mesmos mecanismos, só diferindo em questão de escala
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Pré-Darwin
Anaximander e Empedocles (~600-500 a.C.) Um animal pode dar origem a outro animal de tipo diferente
Platão (~300-200 a.C.)- ειδοs
Espécies foram criadas na sua forma atual e a Terra tinha apenas poucos milhares de anos Platão
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Aristóteles (~300 a.C.) - “Scala Naturae”. A grande
cadeia de seres, do mais simples ao mais complexo:
fixismo, espécies são imutáveis
São Tomás de Aquino e Santo Agostinho incorporam
as idéias de Aristóteles ao cristianismo
Relato bíblico da criação: fixismo
Durante toda Idade Média e mais um pouco (em torno
de 450 até 1450), espécies foram consideradas
imutáveis no mundo cristão
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Influências de Darwin
(Lamarck (1744-1829))
Charles Lyell - Principles of Geology (1830-1833)
Porém ainda apresentava uma idéia estática [Uniformitarismo de James Hutton], onde não admitia a idéia de evolução biológica
Lyell
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7
‘
Charles Darwin
A teoria de evolução de Darwin desafiou a idéia de que o mundodo séc. XIX era um lugar estático
Começava a se contestar a idéia de que a Terra tinha apenas 10.000 anos
Organismos eram imutáveis desde a criação
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Darwin embarca em uma viagem – HMS Beagle
1831-1836
Modelo hipotético-dedutivo
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NÃO FALSEADA ATÉ O MOMENTO
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‘Variação é uma propriedade das populações
Polimorfismo é a ocorrência de uma ou mais formas descontínuas em tais proporções que a forma rara não poderia ser mantida por mutação recorrente (E.B. Ford
1940)
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Polimorfismos visíveis - cor
Biston betularia
2 morfos: típica e carbonaria
Em Manchester, Grã Bretanha
1a observação melânica – 1848
Bishop et al 1975
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Fatores que influenciam a dominância de um morfo sobre o outro:
Predação por pássarosNíveis de dióxido de enxofre (Grant et al 1998)
Biston betularia
Em 1895 – 98% dos espécimes era melânico!
metade do séc XX – tratamento da poluição
frequência da forma melânica caiu para menos de 10%
1952-1964 1966-1969
típica 0 (0%) 25 (2,6 %)
carbonaria 749 (98,5%) 935 ( 96,2%)
insularia 11 (1,5%) 12 (1,2%)
Coletas em Manchester Central (Cook et al 1971)
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‘Polimorfismos cromossômicos
Drosophila pseudobscura > 30 arranjos gênicos observados na natureza
Inversões cromossômicas - supergenes
Th. Dobzhansky
Dobzhansky & Sturtevant 1937 Cromossomos politênicos
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Clinas e inversões em Drosophila melanogaster
7 inversões
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Modelos para estudo da adaptação baseados no estudo de polimorfismos visíveis:
Inversões cromossômicas Mimetismo Melanismo industrial Variação morfológica Variação fisiológica Variação etológica
Mas existe um padrão de organização e manutenção dessa variação?
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Escola Clássica: hipótese da dominância
J. F. Crow H. J. Muller M. Kimura
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Escola Balanceadora: hipótese da sobredominância
Th. DobzhanskyE. B. Ford
Bruce Wallace
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Escola clássica
+ + + + + + + + + + + + .... + + + +
+ + + + + m + + + + + + ... + + + +
Escola de balanço
+ + + + + + + + + + + m ....+ + + +
+ + + + + + + + + + + + ... + + + +
A1 B2 C3 D2 E4 F4 G6 H1 I2
A2 B2 C3 D3 E1 F4 G6 H2 I2
A3 B4 C2 D2 E4 F3 G6 H1 I4
A2 B2 C3 D2 E1 F4 G6 H3 I5
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Harris (1966) e Hubby & Lewontin (1966)
Eletroforese de genes codificantes de enzimas – Alozimas
Acúmulo de dados -
Muito mais variação do que o esperado!H
e ~ 6-18%
P ~ 30% locos
-
+
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Teoria Neutra
Crow (1968) e Kimura (1968)
Maioria dos polimorfismos enzimáticos são neutros e os genes
tido como “selvagens” pela escola clássica são compostos de muitos
iso-alelos ou alelos neutros que não teriam nenhum papel
importante no valor adaptativo dos indivíduos
Há um balanço entre mutação e efeito de amostragem
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EVOLUÇÃO: MUDANÇA HERDÁVEL
EM TERMOS POPULACIONAIS:MUDANÇA NA COMPOSIÇÃO
ALÉLICA
ALTERAÇÃO NAS FREQUÊNCIAS ALÉLICAS
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O que é população?
Pode ser qualquer agrupamento de indivíduos
Todos os indivíduos de uma localidade na mesma escala temporal
Os indivíduos de um ecossistemaIndivíduos de uma espécie
Contanto que seja panmítica
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Estrutura populacional: distribuição espacial não totalmente casual de alelos e genótipos
Normalmente, as populações possuem um distribuição desigual e mal definida (acima), mas diferentes padrões são observados em cada espécie.
Populações discretas
Populaçõesmal definidas
Populações~ uniformes
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Variabilidade Genética
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• Fundamento de toda Biodiversidade
• Necessária para a continuidade evolutiva
• A variação genética é originada por mutação e
intensificada por mecanismos recombinatórios e
sexuais
• Manifestada nos níveis genotípico e fenotípico
• Pode ser neutra (dinâmica influenciada apenas
pela Deriva) ou adaptativa (dinâmica
influenciada pela Seleção Natural).
Variabilidade Genética
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Endogamia
Cruzamento entre parentes, endocruzamento, consanguinidade.
Extremo => Auto-fecundação (em várias espécies de plantas)
Número de heterozigotos diminui e de homozigotos aumenta. Isto é observado por uma homozigose maior do que esperada.
De grande importância para a evolução das populações: pode levar à redução no sucesso reprodutivo e/ou sobrevivência da prole (Depressão endogâmica).
A depressão endogâmica se dá pela expressão de alelos deletérios recessivos cujos fenótipos aparecem com a homozigose.
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Consequência deletéria da endogamia:Depressão endogâmica
O aumento da homozigose e a exposição de alelos deletérios
raros que pode levar à depressão endogâmica
População endogâmica
AaBB*Cc
AaBbCc
aabbcc
Mesmos locos com alelos deletérios
População não endogâmica
AABBCc
AaBB*CC*
Locos diferentes com alelos deletérios
AaBB*Cc
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A população do cavalo selvagem da Mongólia (Equus przewalski) foi reconstituída a partir de 12 indivíduos de cativeiro que apresentavam alto nível de endogamia.
A endogamia é inevitável em pequenas populações porque todos os indivíduos se tornam
aparentados com o passar do tempo.
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Análises indicaram que a endogamia no cavalo de Przewalski estava associada com a expressão de características deletérias (depressão
endogâmica): menor número de filhotes por fêmea e menor longevidade.Em média: a progênie de cruzamentos entre irmãos resulta na
redução de 33% na sobrevivência juvenil.
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Tamanho populacional, diversidade genética e endogamia
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Processos Evolutivos
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Deriva
SeleçãoMutação
Migração
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Deriva genética
flutuações ao acaso das frequências alélicas em consequência do tamanho finito das populações.
efeito de amostragem
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O andar do bêbadoouProcessos do acaso
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DERIVA GENÉTICA
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DERIVA GENÉTICA
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Modelo de Wright-Fisher
modelo que incorpora deriva em uma população finita
organismo diplóide
gerações discretas (sem sobreposição)
cruzamentos aleatórios (união de gametas)
tamanho populacional constante (N)
sem seleção, sem mutação, sem migração
permite fazer previsões considerando o efeito de deriva que podem ser testadas experimentalmente
DERIVA GENÉTICA
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gerações
Efeito do tamanho populacional
em 5 pops – A perdido
em 7 pops- A fixado
20 pops
freq(A)
Simulações do modelo Wright-Fisher
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Previsão teórica modelo Wright-Fisher
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Tempo de coalescência em populações pequenas e grandes
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Tamanho efetivo da população (Ne)
Sewall Wright(1889-1988)
“Tamanho efetivo de uma
população é o número de
indivíduos de uma população
contribui para a geração
seguinte”
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Tamanho populacional efetivo (Ne)
Se há formação de harém:
Qual é o Ne de uma população com 100 fêmeas e 10
machos? Equação simplificada:
Ne = 4(NM * NF)
NM + NF
Ne = 4(100 * 10) = 4000 = 36!!
100 + 10 110
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Hartl & Clark (1997) Principles of Population Genetics
No equilíbrio, a heterozigosidade depende de Ne
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populaçãooriginal
Gargalo degarrafa
população sobrevivente
“Gargalo de garrafa” e efeito fundador
Efeito fundador
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Heterozigosidade e tamanho populacional nos elefantes marinhos
Mirounga angustirostris
Mirounga leonina
Colônia de Mirounga leonina
Bonnell & Selander 1974Slade 1998
h=0.001
h=0.010h = 0,100
h = 0,002
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Gargalo de garrafa + efeito fundador
População reduzida=> gargalo devido a caça com
apenas 20-30 sobreviventes
1974: diversidade igual a zero para 20 loci de alozimas.
Depois de 25 anos de proteção
=> 100.000 indivíduos
Exemplo: Elefante marinho do Norte
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Lobos cinza da Ilha Real
1949: 1 casal de lobos colonizou a Ilha.
1980: população atingiu 50 indivíduos
1990: restavam apenas 14 indivíduos
Causas???Redução da quantidade de
presas;Doenças;Efeitos deletérios da endogamia;Combinação dos três fatores.
Canis lupus
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O Vórtex de Extinção
Uma população pequena está sujeita a diferentes fatores que levam a população em direção a um vórtex de extinção. Pequena
população
Endogamia Derivagenética
Menor reprodução
Maior mortalidade
Perda dediversidade
genéticaRedução novalor adaptativoindividual e adaptabilidade populacional
Diminuiçãopopulacional
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Mutação
![Page 52: Conceitos Básicos em Evolução](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012915/61c4933bd6e6eb0df9010e4d/html5/thumbnails/52.jpg)
Mutação e novos alelos
A ocorrência de uma nova mutação em um locus em uma população finita é um evento raro (SNP~10-8/sítio/geração
ou ~10-8).
Nas populações, a grande maioria das mutações gera novos alelos que são perdidos por deriva genética, principalmente naquelas com N pequeno.
Mutação é a única forma de uma população “adquirir” novos alelos, se não há outras populações para cederem migrantes. No entanto, é um processo muito lento e não é considerado para restauração da diversidade, principalmente em espécies de tempos de geração mais longo.
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5’ 3’3’ UTR5’ UTR
Exons
IntronsPromotor
UAS
met gly lys tyr ser ile pro stop
… ATG GGC AAA TAT AGC ATT CCA TAA AAA …
… ATG GGA ATA TAA AGC ATT CCA TTA AAA … gly ile stop leu
Sinônima Não sinônima Nonsense Readthrough
MUTAÇÃO EM GENES EXISTENTESAQUISIÇÃO DE NOVOS GENES
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5’ 3’3’ UTR5’ UTR
Exons
IntronsPromotor
UAS
met gly lys tyr ser ile pro stop
… ATG GGC AAA TAT AGC ATT CCA TAA AAA …
… ATG GGA AAT ATA GCA TTC CAT AAA AA … met gly asn ile ala phe his lys
Mudança no quadro de leitura
MUTAÇÃO EM GENES EXISTENTESAQUISIÇÃO DE NOVOS GENES
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Gene MYH16 – cadeia pesada da miosina
MUDANÇAS EVOLUTIVASMUTAÇÃO EM GENES EXISTENTES
![Page 56: Conceitos Básicos em Evolução](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012915/61c4933bd6e6eb0df9010e4d/html5/thumbnails/56.jpg)
Gene MYH16 – cadeia pesada da miosina
MUDANÇAS EVOLUTIVASMUTAÇÃO EM GENES EXISTENTES
Macaco cinomolgo Gorila Humano
![Page 57: Conceitos Básicos em Evolução](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012915/61c4933bd6e6eb0df9010e4d/html5/thumbnails/57.jpg)
Variação na região codificadora
Novas funções
Flexibilidade para adaptação a diferentes ambientes
Material bruto para a Seleção
MUDANÇAS EVOLUTIVASMUTAÇÃO EM GENES EXISTENTES
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Abrindo um parêntesis:Uma outra forma de aumentar a variação:
Recombinação
Genes Não Ligados Genes Ligados
Segregação cromossômica Crossing-over
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59
Possíveis causas de desequilíbrio de ligação em populações naturais
-fundação recente
associações não se desfizeram devido ao valor pequeno de r
-mistura de populações com freqüências gaméticas distintas
ou de espécies crípticas
-seleção natural favorecendo determinadas associações
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Supergene em Heliconius numata (Joron et al, Nature 2011)
Mimetismo Mulleriano em espécies amazônicas
Ausência de evidência de recombinação em 400 kb no loco P
Padrão de coloração de asa é associada a diferentes re-arranjos
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MIGRAÇÃO
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MIGRAÇÃO
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MIGRAÇÃO
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MIGRAÇÃO
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MIGRAÇÃO
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MIGRAÇÃO
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MIGRAÇÃO
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MIGRAÇÃO
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MIGRAÇÃO
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MIGRAÇÃO
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Fluxo gênico entre fragmentos
Migração reduz o impacto da fragmentação/subdivisão populacional
Fluxo gênico restrito => pode aumentar o risco de extinção em
espécies que normalmente tinham muitas conexões entre
suas diferentes subpopulações.
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Deriva e migração (fluxo gênico) têm efeitos opostos
• Deriva torna populações diferentes• Fluxo gênico (migração) tornam
homogêneas as populações
m
m
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Diferenciação populacional sob deriva e fluxo gênico (migração: m)
• Se Ne e m são pequenos, diferenciação é grande.
• “Se há > 1 migrante por geração, populações não divergem muito.”
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Populações isoladas X conectadas
Por que saber os limites entre populações importa para conservação?
A baixa conectividade entre populações ameaçadas aumenta:
o endocruzamento (endogamia intrapopulacional),
a possibilidade de adaptação local,
a diferenciação entre as populações,
possibilidade de ocorrer Depressão Exogâmica.
O nível de diferenciação genética gera dados suficientes para estimar o grau de conexão (fluxo gênico).
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Estruturação e Fluxo gênico
Modelos de estruturação
a – modelo de ilha-continente de migração
Modelo de ilhas
b – stepping-stone
c – Isolamento por distância
d – Metapopulações
modelo de pool de migrantes ou e pool de propágulos (Slatkin 1977)
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Seleção Natural
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• 1. Variação: membros da população apresentam diferenças individuais hereditárias
A seleção natural não ocorre em uma população de clones!
Seleção Natural
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• 2. Reprodução: – populações naturais reproduzem geometricamente…
Seleção Natural
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• 3. Competição: indivíduos competem pelos recursos limitados (alimentos, território ou fêmeas).Darwin chamou isto de “luta pela existência”
Seleção Natural
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4. Sobrevivência para reprodução: aqueles indivíduos melhor adaptados ao ambiente sobrevivem e reproduzem mais, deixando maior descendência que os outros.
Indivíduos mais aptos passam para sua prole as características vantajosas (seus genes).
Seleção Natural
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Modos de seleção: 1 loco e 2 alelos
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Row 1 Row 2 Row 3 Row 40
2
4
6
8
10
12
Column 1
Column 2
Column 3
Modos de seleção: Característica quantitativa
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Genótipos: A1A1 A1A2 A2A2
Frequência antes da seleção 0,15 0,35 0,50
Frequência após seleção 0,30 0,40 0,30
Medindo Seleção – Valor adaptativo
Calcula-se o valor “relativo de sobrevivência”
Aptidão x Adaptação
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Genótipos: A1A1 A1A2 A2A2
Frequência antes da seleção - T0
0,15 0,35 0,50
Frequência após seleção - T1
0,30 0,40 0,30
Um modelo básico de seleçãoMedindo Seleção – Valor adaptativo
Para calcular o valor “relativo de sobrevivência” ou W
A1A1 = 0,15/0,30 = 2
A1A2 = 0,35/0,40= 1,14
A2A2= 0,50/0,30=0,60
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Genótipos: A1A1 A1A2 A2A2
Frequência antes da seleção - T0
0,15 0,35 0,50
Frequência após seleção - T1
0,30 0,40 0,30
Um modelo básico de seleçãoMedindo Seleção – Valor adaptativo
Calcula-se o valor “relativo de sobrevivência” ou W
Genótipos: A1A1 A1A2 A2A2
W relativo 1,00 0,57 0,30Coeficiente de seleção s 0 0,43 0,70
W= 1-s
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Deriva Genética e Seleção Natural: efeito do tamanho populacional
2 grupos - N = 10 - N = 10012 réplicas cadaAlelo A é vantajoso
Freq.A
Freq.A
Gerações
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Expurgo genético (depuração)• Quando alelos deletérios raros são expostos pela
endogamia e, com as gerações, vão diminuindo de freqüência por seleção natural.
• Depende da magnitude dos efeitos deletérios do alelo.• Quanto mais deletério mais efetivo o expurgo (a
médio e longo prazos).• Acredita-se que o Guepardo africano tenha sofrido
expurgo genético devido a um passado de intensa endogamia.
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Expurgo genético AA AA Aa Aa
fA=0,75
fa=0,25
AA AA Aa Aa aa aa
fA=0,5
fa=0,5
AA AA aa
fA=1
fa=0
AA
O expurgo genético (seleção purificadora) elimina alelos letais(LEs) da população.
![Page 89: Conceitos Básicos em Evolução](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012915/61c4933bd6e6eb0df9010e4d/html5/thumbnails/89.jpg)
Um estudo de caso: a base genética da adaptação de cor em Peromyscus polionotus (Hoekstra e colaboradores)
![Page 90: Conceitos Básicos em Evolução](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012915/61c4933bd6e6eb0df9010e4d/html5/thumbnails/90.jpg)
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Melanocortina-1 receptador (Mc1r) -1.000 pb
1 substituição T – C entre indivíduos de praia e do continente
cisteína para arginina
![Page 91: Conceitos Básicos em Evolução](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012915/61c4933bd6e6eb0df9010e4d/html5/thumbnails/91.jpg)
‘
Não tem a mutação Arg-Cys!!
4 novas mutações que resultam na mesma alteração de sinalização
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92
Diferenciação entre populações
• Medidas de diferenciação
• Padrões espaciais de estruturação
• Dinâmica do fluxo gênico
• Diferenciação adaptativa
• Especiação
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Diferenciação de populações
tempo
![Page 94: Conceitos Básicos em Evolução](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012915/61c4933bd6e6eb0df9010e4d/html5/thumbnails/94.jpg)
Mutação
A mutação, apesar de ser baixa por cada posição nucleotídica por geração (~10-8), pode levar à diferenciação interpopulacional em médio e longo prazos. Através de outros fatores como deriva genética e seleção, estes novos alelos podem alterar suas frequências nestas populações.
![Page 95: Conceitos Básicos em Evolução](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012915/61c4933bd6e6eb0df9010e4d/html5/thumbnails/95.jpg)
Deriva genética
A deriva genética na ausência de migrações tende a aumentar as diferenças entre as populações separadas (principalmente pequenas), diferenças que também aumentam pelo acúmulo de mutações (e seleção) acelerando o processo de diferenciação interpopulacional e especiação (Ex: especiação em ilhas).Apesar de aumentar a diferença entre as populações, a diversidade dentro de cada população é diminuída pelo efeito da deriva genética (a perda de diversidade por deriva é inevitável).
![Page 96: Conceitos Básicos em Evolução](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012915/61c4933bd6e6eb0df9010e4d/html5/thumbnails/96.jpg)
Fluxo gênico(migrações)
O fluxo gênico tende a homogeneizar populações separadas que compartilharão mais variantes entre si, retardando o processo de diferenciação populacional e possível especiação.
![Page 97: Conceitos Básicos em Evolução](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012915/61c4933bd6e6eb0df9010e4d/html5/thumbnails/97.jpg)
Seleção Natural
A Seleção Natural na ausência de migrações tende a aumentar as diferenças entre as populações separadas que estejam em ambientes diferentes (adaptação local).Caso haja a mesma pressão seletiva devido a ambientes iguais em que estejam estas populações, a seleção não deve afetar a diferenciação interpopulacional, que poderá se diferenciar somente devido ao acaso (mutações, deriva etc).