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Conceptualismo e realismo: dois modelos de construção de
ontologias de nível superior em análise
XII Simpósio Internacional de Comunicação Social, Santiago de Cuba, 17 a 21 de Janeiro de 2011
Patrícia Cunha FrançaUniversidade do Minho
Portugal
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Sumário
Introdução
Conceptualismo e realismo
Ontologia, ontologias e ontologias lexicais ou linguísticas
O modelo conceptualista
O modelo realista
Conclusões
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Conceptualismo e realismo
“Antes de mais, no que se refere às espécies, a questão de saber se elas são realidades em si mesmas, ou apenas simples concepções do intelecto, e, admitindo que sejam realidades substanciais, se são corpóreas ou incorpóreas se, enfim, são separadas ou se apenas substituem nos sensíveis e segundo estes, é assunto que evitarei falar: é um assunto muito complexo, que requer uma indagação em tudo diferente e mais extensa.” (Porfírio) Grossmann, 1994:14-15
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Adaptado de Nickles et al., 2007
Dimensões ontológicas:
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Grenon, 2008:68
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Ontologia, ontologias e ontologias lexicais
“An ontology [...] is a set of categories and objects or ideas in the world, along with certain relationships amont them; it is not a linguistic object.” (Hirst, 2004: 8)
“All ontologies in information science contain terms. (...) the experts in the various specialized domains of knowledge generally look through the terms. However, an ontology such as WordNet presents a special case, for (if it is to be called an ontology at all) it is an ontology of terms and meaning; it is like a dictionary, not like a taxonomical textbook (...). It is clear that the term ‘cat’ is mentioned and not used in WordNet. Both the scare quotes around the term ‘cat’ and the fact that it is preceded by the term ‘noun’ makes it clear that WordNet contains no talk of real cats.” (Johansson, 2008: 303)
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• Ontologia: campo multidisciplinar que se ocupa da representação das entidades existentes no mundo.
• ontologias: artefactos que apresentam conceitos, relações entre esses conceitos e, por vezes as propriedades dessas relações.
• ontologia formal: artefacto que usa um alto grau de formalismo para representar entidades.
• ontologia lexical (ou linguística): tipo específico de ontologia que foca os itens lexicais e apresenta algum tipo de informação linguística (WordNet).
• conceptualização: o nível teórico do processo de construção de uma ontologia. InIn Ray apud Nickles et al., 2007:
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Gaševic, Djuric and Devedžic, 2006: 49-50
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O modelo conceptualista
“- D. So you define dress by referring to what people think dresses are?
- A. Yes. […] What I try to define is the concept 'dress' that people have, not actual dresses”
Geeraerts, 2006: 425
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Relações taxonómicas:
Subordinação conceptual
Superordenação conceptual
Equivalência conceptual
Compatibilidade conceptual
Incompatibilidade conceptual
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subordinado conceptualmente
human body part
human body
superordenado conc. human foot
human right foot
humanleft foot
fin
conceptualmente incompatíveis
Injured
Conceptualmente compatíceis
Relações taxonónimas (Ontolinguística):
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Relações meronímicas:
x-subordinação meronímica
x-superordenação meronímica
x-cosubordinação meronímica a C
x-compatibilidade meronímica a C
x-incompatibilidade meronímica a C
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m-i-subordinado conceptualmente
human body
m-i-superordenado conceptualmente human foot human
big toe
humansixth toe
m-i- incompatíveis
m-i-compatíceis
human head
m-i-cosubordinados
numerical digit
[1-9]
Relações meronímicas (Ontolinguística):
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Jansen, 2008:193
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O modelo realista
“Ontologies do not represent concepts in people's heads. They represent types in reality”
Smith, s.d.
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Adaptado de Smith, s.d.
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Conclusões
• As entidades que Smith precisa para representar os seus universais, ou as entidades que Schalley e Zaefferer usam para representar os seus conceitos são elementos linguísticos.
• Uma ontologia terá que ser, portanto, mais do que uma lista de termos e terá de tomar os seus termos como entidades multidimensionais. A forma como representamos essas entidades multidimensionais é um desafio para os ontologistas.
• Múltiplas escolhas têm de ser feitas e distinções devem ser feitas à partida. Uma das distinções necessárias é a relação entre signo, significado e referente. Outra distinção necessária é entre relações lexicais, semânticas e ontológicas. Não é a mesma coisa dizer que ‘gato’ é (i) um nome no singular, (ii) um hipónimo de ‘animal’ e que (iii) ‘usualmente tem pêlo espesso e suave e nenhuma habilidade para rugir’.
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