conferÊncia nacional dos bispos do brasil...
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CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL – REGIONAL NE 2
52ª Assembleia Pastoral Regional
De 26 a 29 de setembro de 2017 – Convento Ipuarana / Lagoa Seca/ PB
Tema: “A Igreja a serviço da vida plena para todos”
Lema: “Eu vim para que todos tenham vida” (Jo 10,10)
PRIMEIRO DIA
TERÇA-FEIRA, 26/09
De 26 a 29 de setembro de 2017, no convento dos Franciscanos, em Ipuarana – Lagoa
Seca-PB aconteceu a 52a Assembleia de Pastoral do Regional NE2 da CNBB, com a
presença dos Senhores arcebispos, bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos
devidamente convocados para este fim. Ao longo dos dias houve a assessoria da
economista Tânia Barcelar, do Padre Everaldo Saraiva, do Professor Luciano (UEPB) e do
Padre Francisco de Aquino.
Iniciamos nossas atividades na terça feira, 26 de setembro, com o jantar e logo em
seguida uma bela oração de preparação para os dias vindouros. Invocando as luzes do
Espírito Santo e as Graças de Deus, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida,
padroeira do Brasil, fizemos lembranças daqueles que nos antecederam na luta da
construção de um mundo novo, alicerçado nas pilastras do Reino de Deus. Após esse
momento de oração nos dirigimos ao auditório do Convento de Santo Antônio, onde aqui
aconteceu a solenidade oficial de abertura da 52a Assembleia do Regional NE2-CNBB.
Tendo sido composta a mesa pela diretoria do Regional NE2-CNBB com a presença
do presidente Dom Antônio Fernando Saburido, do Vice-Presidente Dom Frei Delson
Pedreira da Cruz e do Secretário Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, ouvimos as
palavras do Presidente que em nome do Regional NE2 deu as boas-vindas a todos os
presentes:
Prezados irmãos e Irmãs
Deus nos dá a graça de, mais uma vez, estarmos reunidos em Assembleia Regional de
Pastoral aqui em Lagoa Seca, na Paraíba. Independentemente da importância do tema, é
sempre “bom e agradável estarmos juntos como irmãos”, partilhando as nossas alegrias e
os desafios que se apresentam a cada um de nós e sobretudo às nossas comunidades
eclesiais.
Gostaria, inicialmente, de saudar os nossos irmãos arcebispos e bispos, provenientes
das quatro províncias do nosso Regional NE2, entre eles os dois que comigo formam a
presidência, Dom Frei Manoel Delson – arcebispo da Paraíba e Dom Francisco de Assis
Dantas de Lucena, bispo de Nazaré da Mata. Saúdo, de maneira especial o Pe. Aparecido
Francisco de Camargo - Administrador Diocesano de Campina Grande, nosso anfitrião,
nesses dias e que pela primeira vez, nessa condição, participa de uma Assembleia Regional,
assim como o Pe. Antônio Malan de Carvalho – Administrador Diocesano de Petrolina –
PE. Saúdo também os provinciais, superiores e superioras religiosos, sacerdotes, diáconos,
fundadores e representantes das novas comunidades, leigos/as atuantes em nossas Igrejas
Particulares. Sejam todos bem-vindos para essa Assembleia Regional de Pastoral.
Estamos concluindo o mês da Bíblia. Este ano, o livro escolhido para nossa reflexão
é a 1 Carta de Paulo aos Tessalonicenses. Essa carta, portanto, deve ser o fio condutor desse
mês de setembro, com o lema: “Anunciar o Evangelho é doar a própria vida” (1 Ts 2,8).
Embora a carta tenha sido escrita para responder a problemas concretos da comunidade
daquela época, contém muitos elementos que podem ser atuais em nossa missão. Sem
dúvida, o mais importante deles é que o evangelho não é apenas um ensinamento ou
doutrina, mas a boa notícia do reino de Deus que vem através da manifestação (parusia) de
Jesus, nosso Salvador. Por isso, o anúncio do evangelho só pode ser feito com a vida e
não apenas por palavras. Pede de nós uma permanente mudança no nosso modo de ser e
no modo de nos relacionar com os outros. Também supõe uma profunda abertura em
relação aos problemas e necessidades do mundo no qual vivemos. Paulo e seus
companheiros escreveram essa carta quando estavam refugiados em Corinto, perseguidos
por chefes religiosos da sinagoga. Eles não foram perseguidos porque pregavam doutrinas
diferentes. O Judaísmo da época tinha uma imensidade de grupos, cada um pregando
interpretações diversas da Bíblia. Paulo e seus companheiros foram perseguidos pelos
rabinos porque faziam comunidades inclusivas nas quais pobres, migrantes e gente
considerada pelos religiosos como pecadoras eram acolhidos/as dentro da comunidade de
fé e de vida. Esse é o chão a partir do qual devemos ler a Bíblia na realidade atual brasileira.
Conforme decisão da 51ª Assembleia, o Tema deste ano será “A Igreja a serviço da
vida plena para todos” e o Lema “Eu vim para que todos tenham vida”. Uma escolha
bastante sintonizada com o Lema deste mês da Bíblia. A comum preocupação é exatamente
com a vida: valorização e doação. Seremos assessorados pela Economista Tânia Bacelar,
Prof. Luciano da UFPB, Pe Francisco de Aquino e Pe Everaldo Saraiva. A eles queremos,
desde já, expressar a nossa gratidão pela disponibilidade, assim como, a Dom José Luiz –
Bispo de Pesqueira e referencial da Comissão para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz,
nosso coordenador geral juntamente com os demais bispos, sacerdotes e leigos que se
encarregaram da montagem e execução desta assembleia. Os objetivos traçados para ela
são cinco: conhecer melhor a realidade de nossa região no que diz respeito aos “clamores
sociais” e aos “serviços da vida” desenvolvidos pela Igreja; favorecer o entrosamento entre
as diversas pastorais, fortalecendo a sustentabilidade das ações desenvolvidas; aprofundar
a dimensão sócio estrutural da caridade cristã; reavivar o compromisso social da Igreja;
apontar pistas de ação para o anúncio da Boa Nova da caridade, da justiça e da Paz.
Vivemos um tempo muito especial em nosso País. A cada dia nos deparamos com
verdadeira enxurrada de notícias que ferem a ética e a moral no campo político, econômico
e social que têm feito muitas pessoas perderem o encanto e a alegria. Como Igreja profética
a que somos chamados, não podemos absolutamente permitir que esses sentimentos
ganhem força. Precisamos sim, ajudar o nosso povo bom a alimentar a esperança. O Brasil
é um país “abençoado por Deus e bonito por natureza” como costumamos cantar. País de
abundantes riquezas naturais, sem grandes catástrofes e guerras. Infelizmente vem sendo
conduzido, em sua maioria, por administradores e legisladores egoístas e inescrupulosas,
que ameaçam a vida e a cidadania do nosso povo, especialmente as populações mais
carentes.
Uma Assembleia de Pastoral como essa que reúne lideranças cristãs de quatro estados
do nosso nordeste sofrido e que se debruça sobre um tema eminentemente social tem tudo
para contribuir não só com a conscientização da realidade, mas levar para nossas
comunidades uma palavra de encorajamento para manter a “chama” acesa e colaborar para
o crescimento da unidade e confiança.
O Papa Francisco, no final de sua carta encíclica Laudato Si, após chamar a atenção
para os tantos desafios que ameaçam a vida em nossa “casa comum” apela: “Deus, que nos
chama a uma generosa entrega e a oferecer-lhe tudo, também nos dá as forças e a luz de
que necessitamos para prosseguir. No coração deste mundo, permanece presente o Senhor
da vida que tanto nos ama. Não nos abandona, não nos deixa sozinhos, porque se uniu
definitivamente à nossa terra e o seu amor sempre nos leva a encontrar novos caminhos.
Que Ele seja louvado” (n.245). Que estas palavras do Papa nos sirvam também para o
momento que atravessamos em nosso Brasil, e com certeza tudo superaremos pela força da
unidade e da solidariedade.
Invocamos o Espírito Santo de Deus sobre cada um de nós para que esta nossa
assembleia chegue a bom termo e ajude nossas igrejas a caminharem na fé, na esperança e
na caridade. E neste Ano Mariano, que estamos prestes a concluir, invocamos também a
proteção de Nossa Senhora Aparecida – Padroeira do Brasil, para que abençoe, proteja e
console o nosso povo. Para alegria de todos nós, declaro aberta nossa 52ª Assembleia
Pastoral Regional.
Após este momento de abertura aconteceu a apresentação dos participantes,
assessores e da programação desta Assembleia. Finalizados os trabalhos de abertura nos
recolhemos para reiniciarmos os trabalhos no dia seguinte.
SEGUNDO DIA
QUARTA-FEIRA, 27/09
Retomamos nossas atividades as 7h da manhã, quarta feira, 27 de setembro com a
Celebração Eucarística/Laudes, na capela, seguida do café da manhã e das atividades no
auditório do Convento Santo Antônio. Formada a mesa redonda para a Análise de
Conjuntura com os assessores: economista Tânia Barcelar, Professor Luciano (UEPB) e o
Pe. Everaldo Saraiva.
A economista Tânia Barcelar agradeceu o convite do Regional NE2 para fazer uma
leitura da economia nos dias atuais. Iniciou lembrando que o ambiente mundial encontra-
se em crise e em mudança:
CONTEXTO ECONÔMICO: AVANÇO DA FINANCEIRIZAÇÃO
DO MUNDO
Dos anos 70 até os dias atuais, na economia, a esfera financeira cresceu muito mais que a
esfera produtiva. A tendência a financeirização da economia como outra dimensão do
capitalismo apareceu com muita evidência nestas últimas décadas. A consequência disso
foi que à economia não criou empregos, ela excluiu a população que estava na esfera
produtiva. Isso estimulava a globalização do capital, mas também criava desempregos e
misérias.
A crise financeira mundial de 2008 e 2009 foi uma crise que estourou no coração
financeiro do mundo Wall Street, impactando inicialmente as grandes potências mundiais,
exceto a China. O pós-crise de 2008 e 2009 levava a um crescimento muito lento. A China
despontava como o País que mais crescia naquele momento.
No ambiente mundial não existe só crise. No meio da crise existem mudanças dos
paradigmas técnicos para além da crise, que impactaram na produção, no emprego, no
consumo e na organização da sociedade: A mais importante é o paradigma do século XX
para o século XXI: a era eletrônica que é uma mudança de grande relevância. Ela vai
mudar e ter impacto direto na produção de empregos, quando alguns empregos
desaparecem. A forma de comunicação muda. O WhatsApp passa a mexer no cotidiano da
nossa vida: são mudanças não apenas econômicas, mas também comportamental.
A crise ambiental, o avanço de novo modelo energético e o debate sobre o
desenvolvimento, faz ampliar a consciência ecológica: nos damos conta que o planeta não
consegue acompanhar, sem adoecer, o consumo exagerado ao qual estávamos sendo
incentivados a viver. Há também uma reorganização geopolítica mundial com uma
multipolaridade em meio a conflitos econômicos, étnicos e religiosos.
BRASIL – trajetória recente e crise atual
No final do século XX, o Brasil vem como a oitava base industrial, com um quadro
social grave e como o terceiro País mais desigual do mundo. A crise dos anos 80 está
associada ao endividamento externo da era Geisel e ao “choque dos juros” no final dos
anos 70, com a crise financeira do Estado e tendo como resultado a hiperinflação. Nos anos
90, há a abertura financeira e comercial de forma rápida com impactos negativos na
indústria e com reforço ao rentismo. Cresce a dívida pública nos anos do pós-Real com
juros reais muito elevados.
No início do sec. XXI, temos o avanço de nova dinâmica demográfica – a população
do Brasil está envelhecendo. Uma nova pirâmide etária com avanço rápido do
envelhecimento.
Bom momento na dinâmica econômica e Melhorias relevantes no quadro social
Abre-se a janela das commodities com dinamismo do consumo popular e estímulo ao
investimento na primeira década (modelo produção e consumo de massa) com melhorias
relevantes no quadro social, ameaçadas pela crise atual e sinalizações de decisões recentes.
O modelo de crescimento econômico uniu política econômica com política social, tendo
como resultado a queda da pobreza extrema.
CRISE ATUAL
A crise atual é impactada pela queda mundial das commodities, mais do que pela
crise de 2008/2009. Nos anos 2012/2013 a presidente Dilma Russeff apoia fortes cortes
nos juros (rompe com o pacto lulista). Surgem limites evidentes do ciclo de crescimento
puxado pelo consumo das famílias (2014) com rápido avanço da recessão, forte
desemprego, queda da renda real, e altas taxas de juros reais (2015). A Crise política de
Dilma já começa em 2014. Ela ganha a eleição mais com um congresso opositor. Ela perde
a base social e perde força política.
O problema fiscal agravado em tempos de desaceleração da receita e medidas que
ampliaram incentivos fiscais e dívida pública. A operação “Lava Jato” trava as maiores
empresas do Brasil, afetando os investimentos, e gerando tensão no meio político. A crise
política resulta no impeachment da presidente e assume um governo sem legitimidade
buscando realizar mudanças profundas e de corte conservador, com destaque para cortes
de despesas públicas.
A conjuntura brasileira atravessa um momento difícil. Há uma convergência de crise
econômica e crise política, com tendência a inserção submissa do País no ambiente
mundial. Ressurge uma nova onda de privatização e desnacionalização da base de recursos
e da base produtiva do País. As reformas propostas pelo governo são pouco discutidas e
focadas nos interesses dos mais poderosos. Estamos com dificuldades para a retomada da
economia e com forte crise social (alto desemprego e crescente violência). Os debates sobre
alternativas são insuficientes com progressistas na defensiva e a população perplexa.
NORDESTE
Dinamismo econômico nos anos recentes (2000-2010)
Sua economia cresce mais que a média nacional, impulsionado pelo crescimento da
renda, do crédito, do emprego e pela atração de importante bloco de investimentos. Este
dinamismo econômico é refletido:
1. Na agricultura familiar;
2. Na presença do ensino superior – dobramos o número de universidades no interior do
Nordeste;
3. A renda rural cresceu mais pelo salário mínimo;
4. Bolsa família
PERMANÊNCIA DE IMAGEM DISTORCIDA NO BRASIL E NO RESTO DO
MUNDO
1. Visão predominante do Nordeste pobre e dependente de bolsa família, peso para o Brasil;
2. Visão do Nordeste ainda dominado pelas oligarquias (como se elas só existissem nessa
região).
Os desafios são grandes e há potencialidades evidentes no Nordeste:
Energia eólica e solar mas há também fragilidades importantes: a dimensão ambiental foi
pouco valorizada e o liberalismo conservador é ameaça.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
1. Como não existe só crise conjuntural, o Brasil precisa se reposicionar no ambiente
mundial, marcado por mudanças econômicas e socioculturais importantes e redefinições
geopolíticas.
2. O debate sobre novas alternativas (“um novo mundo é possível”) arrefeceu e as visões
conservadoras avançam mundialmente, mas ele é fundamental pois parte de uma nova
noção de desenvolvimento: o desenvolvimento sustentável, que articula a dimensão
econômica, sociocultural e ambiental.
Terminada a apresentação da economista Tânia Barcelar, continuamos a reflexão
assessorada pelo Padre Everaldo Saraiva da Diocese de Caruaru-PE, que fez uma leitura
aproximativa das subjetividades sociais contemporâneas, aprofundando a leitura da
assessora anterior e mostrando como tudo isso repercute no dia a dia das pessoas e das
comunidades.
Que tipos de culturas esses paradigmas têm produzido numa economia que sai da relação
capital trabalho para uma economia de especulação?
Um modelo econômico representado com características da esfinge de delfos (mitologia
grega), e uma economia incertas.
Terminada a apresentação do padre Everaldo, o professor Luciano deu continuidade à
reflexão, trazendo o tema do protagonismo social da Igreja e sua forte influência na
formação do povo nordestino. Lembrou elementos históricos que enfatizam a vocação da
Igreja no Nordeste na defesa da cultura e da vida do povo nordestino. Lembrou Dois
movimentos históricos que caracterizam bem o Nordeste: Canudos e Juazeiro do Norte –
Antônio Conselheiro e o Padre Cicero. De um a outro é que nós vamos entender o Nordeste.
A guerra de canudo foi um levante de um País moderno com um País que deveria ser
esquecido.
NORDESTE – TRAGEDIA E ENCANTAMENTO
Três visões do século XX, sobre o Nordeste
Gilberto Freyre – autenticidade, memória e unidade – guardar o Nordeste a partir da
autenticidade, da memória e da unidade.
Celso Furtado – tragédia, potencialidade e integração. O Nordeste, e todas as regiões do
Brasil, devem ter suas problemáticas resolvidas, e somente assim, o Brasil seria um País
desenvolvido. Para ele, o Brasil devia ser visto, a partir do binômio: problema e
potencial.
Durval Muniz – ficção, relações de poder e desconstrução.
Das provocações cearenses ao pós-secular: Há claramente um protagonismo social
da Igreja. Canudos e Juazeiro do Norte, Antônio Conselheiro e o Padre Cícero
contribuíram para o imaginário coletivo e a noção de Nordeste.
Terminado este momento com os assessores, o tempo foi aberto para questionamentos
e contribuições dos participantes que dirigiram perguntas aos três assessores. Logo em
seguida, Marcos, articulador das Pastorais Sociais do regional NE2 apresentou a síntese da
pesquisa realizada sobre a realidade das Pastorais Sociais em nosso Regional. Trazendo os
seguintes dados:
1. 93% das Dioceses tem Pastoral da criança e carcerária
2. Renasce as pastorais da mulher marginalizada e do povo de rua
3. 72% das Dioceses não tem Comissão de Justiça e Paz
4. 86% não tem Comissão de Direitos Humanos
5. 58% tem a Ação dos Catadores de recicláveis
6. 82% tem Coordenação das pastorais sociais
7. 69% tem o Fundo Diocesano de Solidariedade
8. 62% tem Escola de fé e politica
SEGUNDO DIA
(TARDE)
O assessor, Professor Luciano, iniciou fazendo a provocação para os trabalhos em
grupos. A tarefa consistiria em cada grupo fazer uma síntese do que foi apresentado pelos
assessores e trazer para o plenário.
RETORNO DOS GRUPOS
Os grupos foram divididos pelos números antecipadamente escritos nos crachás e
depois de 40 minutos os membros trouxeram os resultados das reflexões:
GRUPO 01
Exposição bem didática dos assessores nos conduzindo a uma reflexão profunda sobre o
tema
Leitura positiva do Nordeste
Enfoque dado aos governos
Repensar o modelo de desenvolvimento
Papel importante da Igreja na história do Nordeste
Pergunta apresentada: E para onde e por onde estamos caminhando?
Olhar para o passado e nos projetarmos para o futuro
A Igreja precisa atuar mais no campo da Política. Apoiar e acompanhar as lideranças
Investir na formação continuada – Escola fé e Política
Participação nos conselhos paritários
Política é para mudar. Política é também um problema da Igreja (D. Mariano)
GRUPO 02
Há uma crise política econômica social mais também eclesial
A Igreja do Brasil perdeu a dimensão do profetismo
A Igreja precisa de mais profetismo
Estamos tendo dificuldades para formar lideranças leigas
GRUPO 03
Desafios:
Formar lideranças jovens
Pauta de trabalho social inspirada nos que nos precederam.
GRUPO 04
Há claramente nos dias de hoje uma ruptura entre fé e vida
Tensão na geopolítica do mundo
Manipulação da grande mídia
Compreender as novas formas da miséria presentes em nossas comunidades
Aumento da violência sobretudo dos jovens
Dificuldades de mobilização das lideranças e do povo – grito do excluído
Somos portadores da esperança
Partimos sempre das cinzas por essa razão vamos recomeçar
Uma pauta que mobiliza hoje é cultura e ecologia
Clareza na reflexão sobre o Brasil real e Brasil oficial
Entender o Brasil a partir de Canudos
Percebe-se que fora da Igreja existe um movimento que muito mais aceita o Papa Francisco
do que dentro da própria Igreja.
Urgente necessidade de recomeçar a partir do pequeno e não do grande
O grande desafio é fazer com que as pessoas voltem a acreditar na política como algo que
é capaz de transformar suas vidas e a vida da comunidade.
GRUPO 05
Temos crise, mas não podemos deixar de acreditar que temos também forças
transformadoras no Nordeste
Dos 95% dos Cristão que existem no Brasil, muitos estão distantes do comprometimento
com a vida do povo
A Igreja se afastou da base, do povo e do Evangelho
Precisamos saber quem somos para poder sabermos para onde iremos
Investir na formação não só para o clero mais também para os leigos.
É preciso que as nossas lideranças conheçam mais a Doutrina Social da Igreja
É necessário que a Igreja escute mais o Papa Francisco
GRUPO 06
Estamos atravessando não apenas uma crise econômica mais também uma crise ética e
moral
Há um claro recuo da Igreja nas questões sociais
Deficiências das Pastorais Sociais. Apesar de tudo o Social é muito vivo na Igreja
Investir na formação integral dos líderes nas Escolas de fé e política
A Igreja precisa de um estilo de vida sóbria e voltar as bases para estar mais próxima dos
pobres.
GRUPO 07
Mudanças nas relações sociais com evidente presença da cultura de morte
Cresce o fundamentalismo Cristão, fazendo nascer uma separação entre teoria e prática
Distanciamento entre Igreja e leigos
GRUPO 08
As Pastorais Sociais têm uma função bonita dentro da comunidade.
A sociedade perplexa diante do mau exemplo das autoridades políticas.
Desafios:
Resgatar a esperança
Devolver a dignidade das pessoas
Comunhão e unidade entre as pastorais
Participação nos conselhos paritários
GRUPO 09
Existe uma crise que também afeta os movimentos sociais
Esfriamento da Teologia da libertação
Necessidade de repensar nossa ação pastoral
Superar o saudosismo sem deixar de contar a história
Acolhimento aos mais diversos carismas e movimentos, e acabar com a separação entre
nós.
GRUPO 10
O diálogo como grande desafio atual
Não se cansar de buscar novos caminhos
Apoiar a pastoral da pessoa idosa, diante de uma sociedade que cresce o número de
idosos.
Considerações finais
Tânia Barcelar
Há um consenso que estamos num momento difícil – esse momento do Brasil traz um
risco muito grande porque nós vamos demorar a reconstruir.
Destacou que há uma tendência da desnacionalização das riquezas brasileiras. Ex: o pré-
sal.
A educação deixa de ser um bem e passa a ser negócio (isto é grave porque a educação é
que forma os jovens). As redes de educação e saúde no Brasil estão sendo compradas por
empresas estrangeiras com fortes ligações econômicas.
Em curto prazo não iremos resolver o problema econômico do Brasil. Nossa retomada de
crescimento será lenta. Isso tem um lado bom, porque nós podemos discutir melhor o tipo
de economia que queremos.
O Brasil é um Pais de grandes potencialidades e não precisa ter as mazelas sociais que nós
temos.
Neste momento da história se tivermos que fazer uma opção, vamos fazer pelos jovens.
Eles estão vivendo o que nós não vivemos: a instabilidade. Deve ser a juventude olhada de
forma especial.
A visão distorcida do Nordeste foi difundida pelas elites para se beneficiarem dela.
O Nordeste não é pobre porque é seco. É a política que está errada e que não trata as nossas
riquezas.
Fazer uma releitura de que temos novos desafio.
A Igreja Católica tem um grande trunfo: a população acredita nela. O grau de confiança da
Igreja para a população em tempos como este é um trunfo relevante.
A fragilidade é que houve um recuo. Já fomos mais atuantes e mais protagonistas que hoje.
A Igreja deveria refletir mais sobre a esfera pública – o espaço de relação privado e público,
e ter sempre consciência que gestor público decide por pressão. Se não houver pressão o
leão come aquilo que é dos mais fracos.
Não devemos ser saudosistas mais sermos inovadores.
PADRE EVERALDO SARAIVA
Demanda do diálogo da Igreja com a sociedade.
Nossos trabalhos caritativos são gratuitos e têm grande importância para o povo.
Nossa presença como acolhimento, diálogo com todas as forças sociais e parcerias podem
construir um outro mundo.
Participação do laicato na vida da Igreja.
O mundo hoje está exigindo um novo profetismo: “O Profetismo coletivo”. Não é o
profetismo de uma pessoa mais da unidade e união de várias pessoas.
Espiritualidade da travessia. Alimentar nossas forças.
PROFESSOR LUCIANO
A Igreja sabe lidar com crise porque sempre sobre lidar com o tempo.
A Igreja tem uma capacidade grande de articular.
A Igreja é portadora de esperança.
Não abandonar a construção de um projeto de nação.
A Igreja quando se aproximou dos pobres ela foi mais Igreja. Quando dos pobres afastou-
se, perdeu sua identidade.
Há a necessidade da Igreja se reaproximar dos novos pobres.
A Igreja não pode se partidarizar ela é seu próprio partido. O que não significa que ela não
se comunique e dialogue com os partidos políticos.
Dom José Luiz, bispo referencial das Pastorais Sociais do Regional NE2, finalizou esse
momento agradecendo aos facilitadores/palestrantes.
TERCEIRO DIA
QUINTA-FEIRA, 28/09
Celebração da Santa Missa
DIMENSÃO SÓCIO ESTRUTURAL DA CARIDADE
Pe. Francisco de Aquino Paulino
Retomamos nossos trabalhos após o café da manhã, no auditório do Convento de
Santo Antônio. Desta vez, o assessor foi o Padre Francisco de Aquino Paulino, da
Diocese de Limoeiro do Norte-CE. O professor Aquino iniciou sua explanação fazendo
este questionamento:
O que a conjectura da realidade tem a ver com a missão da Igreja?
Justificou esta pergunta, em vista que muitas vezes sermos acusados de termos esta
preocupação com o social quando o papel da Igreja no mundo, para muitos, consiste apenas
numa dimensão espiritual fazendo a separação da vida real das pessoas. Por essa razão
destacou a unidade com as diretrizes da Igreja do Brasil e para além das diretrizes, a Igreja
deve desempenhar o serviço da vida plena.
O cuidado com a vida plena pelo envolvimento da Igreja no processo de construção
social é uma exigência evangélica. E é um equívoco a dicotomia do compromisso social
com o compromisso espiritual. Reduzir a evangelização ao âmbito do individual e não
ampliar o processo evangelizador as relações sociais, é não levar em conta que no processo
do anúncio da Boa Nova feito por Jesus, Ele alargava o anúncio ao âmbito social. É tarefa
de todos, e não somente das pastorais sociais o compromisso com as questões sociais
presentes no dia a dia das pessoas.
1. Caráter Evangélico do Compromisso social da Igreja
A Igreja não é uma ONG. Tratar da dimensão social da Igreja não significa ser um
braço do Estado. A Igreja deve anunciar o reinado de Deus. O objetivo da Igreja é
evangelizar. Não devemos dar por evidente o conceito de evangelização, nem tudo na
Igreja é evangelização. Na EG, do Papa Francisco, evangelizar é tornar o Reino de Deus
presente no mundo. O Papa Francisco cita a partir da Evangelli Nuntiande.
O Reino de Deus está próximo. O Evangelho de Jesus Cristo é a Boa Notícia que diz
que o Reino de Deus está próximo! O Reinado de Deus é uma das imagens bíblicas para
falar da presença e da ação de Deus entre os homens. A ação de Deus é sempre uma ação
historicizante, concreta. O Senhorio de Deus também toca a interioridade de cada pessoa,
bem como toca a realidade social.
A referência da justiça bíblica é Deus mesmo, que não é cego e toma parte de seu povo.
A Misericórdia cristã toca o mistério e o modo de ser de Deus. A Misericórdia não é uma
mera consequência da fé. A Misericórdia constitui o coração da fé cristã. Na parábola do
Bom Samaritano a questão sobre a vida eterna e como ganhá-la é uma questão fundamental.
O compromisso social da Igreja considera a vida eterna. O amor é o critério último da nossa
comunhão com Deus e atesta a autenticidade de nossa piedade.
2. A especificidade da dimensão social do Evangelho e da evangelização
A dimensão social do Evangelho tem o critério da justiça, enquanto garantia do direito dos
pobres e dos marginalizados. A preocupação com os pobres é uma ocupação muito presente
na vida de Jesus. Na tradição da Igreja, desenvolveu-se um organograma magisterial sobre
a defesa dos pobres. A dimensão social do Evangelho sempre foi guardada pela Igreja,
mesmo com os altos e baixos da história. Todos os carismas e ministérios da Igreja devem
preocupar-se com a evangelização integral. Segundo o Papa Bento XVI, o serviço da
caridade é constitutivo da Igreja. A dimensão social é patrimônio de toda a Igreja. Para o
Papa Francisco, quando a Igreja não se preocupa com os pobres e a caridade, a Igreja se
ocupa do mundanismo espiritual.
DESAFIOS
1. Há na Igreja uma clara afirmação da Ação Social, mas há uma distância entre está a
afirmação e a vida da Igreja, o que representa uma negação prática da dimensão social do
Evangelho.
2. Não basta dizer que a Igreja está a favor da vida – é preciso lutar contra os que defendem
a morte.
3. Como enfrentar estes grandes problemas que destroem a vida das pessoas e propiciam a
morte?
4. Como é que a Igreja do NE2 pode reorganizar-se hoje na defesa dos fracos e pequenos?
5. Resgatar a importância do Regional NE2 no processo de defesa da vida.
DEBATE
Padre Aquino fez a motivação para o cochicho relembrando os pontos da reflexão feita por
ele.
Pequenos grupos se formaram para 10 min de cochicho. Em seguida abriu-se o debate a
todos.
SOCIALIZAÇÃO DO COCHICHO
GRUPO 01
Todos são unânimes no aspecto social do Evangelho. A questão é como realizar esta
dimensão social.
Alguns dão acento em um aspecto da evangelização e outros em outros aspectos
Da mesma evangelização.
GRUPO 02
Ligação entre o que vimos ontem com o processo de evangelização
Superar o dualismo entre social e espiritual
Testemunhar e ter coerência com o que se fala e se pratica.
GRUPO 03
Superação entre espiritualidade e social, valorizando os carismas.
Não podemos ficar brigando entre nós (sermos inimigos de nós mesmos).
Unir e redimensionar nossas forças.
GRUPO 04
Lembrança que tudo isto que estamos conversando já é algo conhecido.
Precisamos dar o passo. Olhar para outro e fazer como Jesus fez.
GRUPO 05
Como tudo isso pode incidir na vida da nossa Igreja: comunidades, paróquias e dioceses.
CONSIDERAÇÕES DO PADRE AQUINO
Ninguém nega que a Fé e o Evangelho têm uma dimensão social. Negar isso é
reduzicionismo.
O problema está no como viver isso. A teoria e a prática.
Na prática essa dimensão social do Evangelho é a mais descuidada na Igreja.
O cuidado se acentua mais no culto e no âmbito da catequese sacramental (culto e doutrina).
Mesmo o que temos no âmbito da dimensão social do Evangelho desenvolvemos mais as
ações caritativas do que as ações transformadoras. Isso não quer dizer que não sejam
importantes; mas não podemos restringir a caridade a essa dimensão.
ANO DO LAICATO
CRISTO REI DE 2017 A CRISTO REI DE 2018
A Sra. Rejane Gaia, apresentou-nos a proposta para a vivência do ano do Laicato a
nível nacional, mas também com propostas para a vivência deste ano no Regional NE2.
Evidenciou a importância do apoio das dioceses, paróquias e comunidades para que a
vivencia do ano do laicato seja abraçado por todos.
TERCEIRO DIA
(TARDE)
Trabalhos em grupos por província eclesiástica
Padre Aquino fez a motivação
1. Indicar formas possíveis de dinamizar a dimensão da fé nas comunidades, nas Paróquias
e nas (Arqui)dioceses.
2. Quais são os grandes desafios sociais que exigem da Igreja uma ação social mais
articulada. (Indicando 3 grandes desafios). OLHANDO A NOSSA REGIÃO.
PLENÁRIA COM OS GRUPOS POR PROVINCIA ECLESIÁSTICA
PERNAMBUCO – ZONA DA MATA E AGRESTE
Âmbito paroquial/diocesano –
Escolher e capacitar membros para os conselhos paritários.
Retomar o estudo da Doutrina Social da Igreja nas Escolas de Fé.
Encantar os seminaristas para que se apaixonem pela Doutrina Social da Igreja.
Desafios
Quesito água –
Convivência com o semiárido, e conclusão das 5 barragens Zona da Mata Sul.
Quesito desemprego –
A situação da área canavieira com 8 meses sem trabalho e SUAPE.
Quesito Segurança Pública
Articular as pastorais sociais existentes.
Gerar uma consciência maior da dimensão do dizimo tendo equilíbrio nestas dimensões:
social e culto.
Usar o fundo de solidariedade para a dimensão social do Evangelho.
Trabalhar a questão da intolerância em todas as dimensões.
Grave situação da saúde Pública.
Articular a pastoral junto ao povo de rua.
PERNAMBUCO –SERTÃO
Respeitar o diferente,
Causa da juventude e dos idosos
Pastoral de conjunto – unir forças.
Desafios
Questão hídrica
Violência
Grandes projetos.
ALAGOAS
Seca, enchentes, desemprego e politica
Fomentar o trabalho das Cáritas em todas as dioceses. Tomar como experiência a Cáritas
da Diocese de Palmeira dos Índios.
Criar a casa da criança com câncer em Maceió.
Promover encontro com todas as pastorais sociais.
PARAÍBA
Dar visibilidade e fazer diagnóstico de tudo se que tem de trabalho social nas dioceses.
Fortalecer o que já existe de social nas dioceses.
Articular as pessoas e comunidades em vista da ação social.
Superar as duas dimensões – assistência e transformação.
Desafios
Violência (direitos humanos/presídios)
Ambiental – questão hídrica.
Acompanhamento do crescimento das periferias.
RIO GRANDE DO NORTE
Fortalecer a organização social da província.
Incentivar e apoiar o que já tem de trabalhos sociais.
Valorizar os elementos da cultura popular.
Resgatar as CEBs na sua metodologia.
Afinar-se na Doutrina Social da Igreja.
Desafios
Água
Violência
Ineficiência das políticas públicas.
DIANTE DAS CONTRIBUIÇÕES APARECERAM ESTAS SEIS URGÊNCIAS
COMUNS:
ÁGUA
DESEMPREGO
VIOLÊNCIA
FORMAÇÃO POLÍTICA
PERIFERIAS DAS GRANDES CIDADES
POLÍTICAS PÚBLICAS
A PRIORIDADE ESCOLHIDA PELA MAIORIA A TRABALHAR:
A VIOLÊNCIA (com os destaques inclusos: 1. Formação política / 2 questões
ambientais: água e convivência com o semiárido 3. Desemprego).
QUARTO DIA
SEXTA-FEIRA, 29/09
Retomamos nossas atividades no auditório do Convento com trabalho em grupos e
orientações com o Padre Aquino:
Relembrando o que se foi tomado como prioridade e destaques agora vamos dar
contribuições e sugestões:
Qual caminho podemos retomar para viabilizar a efetivação desta prioridade e os três
destaques, a nível do Regional NE2?
Grupos por província eclesiástica
RESULTADO DOS GRUPOS
ALAGOAS:
O que fazer
Celebração de abertura da CF 2018 – Regional e diocesano com calendário próprio para
multiplicadores do tema superação da violência da CF 2018.
Utilizar as redes sociais para que o tema da violência e da paz cheguem até os jovens.
Utilizar as Mídias com rodas de conversas sobre o tema da Violência e da Paz.
Fortalecer a Pastoral Carcerária.
Ocupar jovens com esportes e criar espaços de lazer em nossas comunidades.
DESTAQUES
Seminário de formação política com foco no exercício da cidadania.
Capacitação das lideranças para ocupar os conselhos paritários.
PERNAMBUCO
Seminário com lideranças e poder público sobre o tema: Superação da violência.
Divulgação na imprensa sobre o tema da CF 2018.
Carta aberta para a sociedade sobre a atual situação da violência no Brasil.
Nota em favor dos direitos humanos.
Escolas de mediação de conflito. Local: RECIFE
DESTAQUES
Formação Fé e Politica
Cartilha sobre o momento eleitoral
Participação no fórum alternativo das águas
Encontro com o governador para apresentar a preocupação da Igreja
Envolvimento da Igreja com as organizações que trabalham com a água
Defesa da caatinga
Desemprego
Cobrar políticas públicas com eficácia do Estado
Apoiar e Investir na agricultura familiar.
RIO GRANDE DO NORTE
Assumir o movimento da não violência ativa
Fortalecer e ampliar a Pastoral Carcerária
Empenho e apoio a Campanha da Fraternidade 2018
Fóruns de discussão sobre a violência e a paz
Articular mais e melhor a CF nas dioceses e paróquias
Fórum de discursão politica
Carta de orientação politica
PARAÍBA
Fóruns de superação da violência com toda a sociedade civil nas dioceses da província
eclesiástica da Paraíba
Fortalecer uma cultura da paz e da fraternidade
Caminhada da paz como gesto concreto após os fóruns
DESTAQUES
Reforçar as escolas de Fé e Politica
Estudo da Doutrina Social da Igreja
Fórum alternativo das águas- participar e mobilizar para o dia mundial das águas.
Estudo da Laudato Si
Rearticular a pastoral carcerária
Cooperativa e rede de economia solidária
Perceber outros meios de renda dentro das nossas comunidades
Cadastros dos profissionais nas paróquias e disponibiliza-los para a comunidade
Apoio as feiras agroecológicas
Estruturar o Fundo Diocesano de Solidariedade para apoio a pequenos projetos, como
também o Fundo Regional de Solidariedade.
AVALIAÇÃO FINAL
QUE BOM
O tema, o local do encontro, a acolhida, a noite cultural, os assessores, a alimentação, o
conteúdo, as liturgias, os debates em grupos, as reflexões.
QUE PENA
O esvaziamento antecipado de muitos representantes, muitos dias, poucos leigos presentes,
pouca presença da juventude, saída antecipada de alguns bispos, ter tido pouco tempo para
Tânia Barcelar, presença das lojas no trajeto entre auditório e refeitório, liturgias pouco
preparadas.
QUE TAL
Manter o local, repensar a duração da assembleia, não esquecer as prioridades escolhidas
em cada assembleia, socializar os passos dados pela assembleia anterior, começar as
atividades na noite da terça feira já com palestras, reduzir o tempo dos lanches, ter mais
tempo para análise de conjuntura, assembleia ser mais curta no tempo.
Encerrada as apresentações dos grupos, momentos finais
D. José Luís, bispo de Pesqueira-PE e referencial para as Pastorais Sociais, fez
agradecimentos a todos os que contribuíram para que esta assembleia se realizasse.
Agradeceu aos assessores e ao Pe. Aquino pela assessoria e por sua dedicação. Pe. Aquino
agradeceu por ter sido convidado e por ter estado presente no meio de nós como Igreja
solidária. E insistiu que não percamos a esperança: “Nosso caminho é o da mobilização
social para fortalecer os direitos humanos e a defesa da vida das pessoas”.
Palavra final do presidente do Regional NE2
Dom Fernando Saburido agradeceu a presença de todos, ressaltando o trabalho da
equipe do secretariado do Regional NE2, e dos assessores que estiveram conosco estes
dias. Após este momento fizemos a celebração de envio e finalizamos a 52ª Assembleia
Pastoral do Regional NE2.
Recife, novembro de 2017
Secretariado Regional Nordeste 2 da CNBB