conflitos mundiais
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Prof. Carolina Corrêa
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CONFLITOS MUNDIAIS
Hoje existem cerca de 30 regiões no
mundo onde ocorrem conflitos armados. (Mapa do site da ONU)
Os principais motivos dos conflitos
são:
Étnicos – ETNIA – grupo de identidade
unido por fatores biológicos (raça) e
culturais (nacionalidade, língua religião,
costumes;
Políticos e ideológicos;
Territoriais;
Econômicos;
Recursos naturais;
Os conflitos podem ser:
Externos: quando envolvem disputas entre
dois ou mais países.
Internos: quando envolvem disputas entre
grupos que pertencem a um único país.
Os principais conflitos mundiais da
atualidade são:
Oriente Médio.
O terrorismo Europeu.
O narcotráfico na América do Sul.
Os conflitos Africanos.
ORIENTE MÉDIO
Se considera Oriente Médio toda a
região que vai da Turquia, a oeste, até o
Afeganistão, a leste, tendo como centro a
parte asiática do Egito (que é
predominantemente país africano).
Israel, Jordânia, Síria, Líbano, Iraque,
Irã e os países da península arábica: Arábia
Saudita, Kuwait, Iêmen, Omã, Bahrein, Catar,
Emirados Árabes Unidos e Chipre (ilha).
Interesses internacionais
numa região
estrategicamente situada
entre três continentes, rica
em petróleo, tornam as
disputas ainda mais
complexas.
Calcula-se que 65% das reservas
mundiais de petróleo e 30% das de gás natural
estão no subsolo dessa região.
Do petróleo são extraídos querosene,
gasolina e óleo diesel. Também serve como
fonte de energia para usinas termelétricas e
como matéria-prima para as industrias
petroquímicas, de plásticos e derivados.
Alguns dos maiores produtores e
exportadores mundiais de petróleo estão no
O.M: Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes
Unidos, Irã, Iraque.
O Oriente Médio também é uma região de
vários conflitos religiosos, sociais e fronteiriços.
1967: Guerra dos Seis Dias - entre Israel e vizinhos árabes.
1973: Guerra do Yom Kipur, novamente entre Israel e vizinhos árabes.
1980-88: Guerra Irã-Iraque.
Invasão do Afeganistão por tropas soviéticas durante 9 anos (retirada das tropas em 1989).
1975-91: Guerra Civil no Líbano.
1990-91: Guerra do Golfo - invasão do Iraque no Kuwait. Acaba com a interceptação das tropas dos EUA e países aliados (França. R.Unido, A. Saudita, Egito, etc.)
O maior atentado terrorista da história, com
a destruição das torres gêmeas de Nova York e
milhares de mortos em 11 de setembro de 2001.
ISRAEL
A ideia de criar um Estado judeu é antiga,
partiu de um movimento chamado sionismo,
que desde o séc.XIX luta pela reunificação do
povo judeu nessa terra, chamada Canaã nos
tempos bíblicos.
Em 1948, foi criado Israel, quando a ONU
(recém-construída na época) estabeleceu um
plano de divisão da Palestina em 3 partes:
Um Estado Judeu, um Estado Árabe e
Jerusalém, que por seu significado deveria
ser internacionalizada.
O sionismo incentivou a migração de
judeus de diversas partes do mundo para a
Palestina.
De 50 mil no início do séc.XX
passaram para mais de 480 mil em 1947.
Como o povo judeu foi a grande vítima
durante o NAZISMO, a opinião pública era
amplamente favorável a criação de uma pátria
para esse povo.
O PROBLEMA É: a criação de Israel não
ocorreu como previsto, pois os governos
israelenses acabaram expandindo o território e
ocupando toda a Palestina.
A partir de então, conflitos militares entre
árabes (palestinos) e judeus (israelenses)
passaram a ser cada vez mais frequentes.
Os palestinos, expulsos de sua terra,
acabaram ficando sem território.
1948-49: eclodiu uma violenta guerra
entre Israel e países árabes vizinhos, na qual
Israel aumentou 50% de seu território.
1967: Com a Guerra do Seis Dias, Israel
ocupou áreas no Egito, na Síria e na Jordânia,
ampliando seu território de 20.900 km2 para
80.400 km².
A ONU disponibilizou
apenas 14.400 km² para a
criação do Estado de
Israel.
1979: Acordo de
CAMP DAVID, Israel
concordou em devolver ao
Egito, a península
desértica do Sinai.
A área de Israel hoje
é de 20.325 km2.
O fato de terem perdido o seu território em
1948 fez os palestinos (árabes) começarem a
reagir em ações armadas.
1964 fundaram a OLP (Organização para a
Libertação da Palestina), que apesar de suas
ações violentas foram reconhecidos pela ONU.
A ala jovem da OLP comandou a
intifada, ou revolta das pedras(1987),
conflito que aconteceu na Faixa de Gaza, onde
jovens usavam pedras contra o governo de
Israel.
A OLP também luta hoje contra o
radicalismo do Movimento de Resistência
Islâmica (Hamas) e do seu braço armado, o
movimento terrorista Hezbollah.
A OLP empenha-se para que o povo
palestino se torne um Estado-nação no início
do séc.XXI. Esse é o maior desafio da
Palestina.
Cujas condições de vida são precárias e
dificilmente mudarão, sem que a paz seja
efetivamente estabelecida nessa região.
EUROPA
ESPANHA
A Espanha defronte-se com o nacionalismo
basco, que luta pela independência da região
Basca (ao norte da Espanha e também num
trecho da França).
Os bascos têm mais de 5 mil anos de
história. Sua origem é desconhecida, mas
sabe-se que defenderam a sua independência
contra os romanos, godos e visigodos, na
Antiguidade e Idade Média.
A língua basca (Euskera) não se parece
com qualquer outro idioma.
Hoje existem cerca de 500 mil bascos
habitando 4 províncias espanholas de:
Vizcaya.
Guipuscoa.
Alava.
Navarra;
E 3 francesas:
Labourd.
Baixa Navarra.
Soule.
Os bascos reivindicam a criação da
província de Navarra.
Em 1959, origina-se na ala jovem do
Partido Nacionalista Basco (PNB) uma
organização separatista, o ETA (Euzkadi ta
Askatasuna – Pátria Basca e Liberdade).
O ETA tem promovido vários atentados
terroristas com o objetivo de alcançar a
independência basca.
IRLANDA e IRLANDA DO NORTE
A Irlanda ou Eire está localizada na
maior parte da ilha de mesmo nome, ao norte
dessa ilha fica a Irlanda do Norte.
Enquanto a maioria da população
irlandesa é católica, a da Irlanda do Norte é
protestante.
Do ponto de vista
geopolítico a Irlanda quer,
desde a década de 20, unir-
se à Irlanda do Norte, que
preferiu permanecer ligada à
Grã-Bretanha.
O Exército
Republicano Irlandês (IRA)
é o instrumento que os
nacionalistas radicais usam
para reivindicar a unificação
das Irlandas.
O IRA é apoiado pelos católicos da Irlanda
do Norte, que são uma minoria importante nessa
região (43% do total).
Nos anos 90, também começaram a surgir
movimentos terroristas protestantes que lutavam
contra o IRA, na Irlanda do Norte.
Em 1994, após várias décadas de
atentados terroristas nas ilhas britânicas, o IRA
decidiu encerrar, talvez definitivamente, a fase
de luta armada.
Em 1998, em Londres chegou-se a um
acordo de paz que determinava que a Irlanda
do Norte permaneceria como parte do Reino
Unido a não ser que a maior parte de sua
população e da população da Irlanda fizessem
a opção de unificar as Irlandas.
Em maio de 1998 a Irlanda do Norte
responde que SIM.
KOSOVO
Existe uma forte tensão em Kosovo, cuja
maioria da população é albanesa (cerca 90%),
que se sente prejudicada pelo domínio sérvio.
A maioria albanesa professa a religião
muçulmana.
A repressão policial sérvia sobre os
albaneses tem sido brutal. Em 1998 e 99, o
governo Iugoslavo liderado pelo
ultranacionalista e autoritário Slobodan
Milosevic iniciou um verdadeiro massacre
contra essa população kosovense de origem
albanesa.
Cerca de 2 milhões de pessoas viviam no
Kosovo em 1997, mas os conflitos de 1998-99
provocaram milhares de mortes e centenas de
milhares de refugiados (900 mil).
1996: surgiu o ELK (Exército de Libertação
do Kosovo) oriundo da etnia albanesa, que lutava
pela independência da província.
Em 1998, as atrocidades sérvias, que já
ocorriam há anos, aumentaram.
O governo Iugoslavo deixou de agir de
forma “sutil” e passou a massacrar abertamente a
etnia albanesa.
Expulsando família de suas casas, fuzilando
pessoas simplesmente porque eram jovens que
poderiam se tornar guerrilheiros ou dar à luz mais
albaneses.
O ELK ganha o apoio popular e vai a luta pela
independência kosovense para ira do governo
Iugoslavo que inicia um verdadeiro genocídio contra
os albaneses.
Em 1999, a OTAN (EUA) promoveu milhares de
operações aéreas de bombardeios na Iugoslávia e
nas áreas do Kosovo dominadas pelas tropas
sérvias.
Houve enorme
destruição no Kosovo.
Foram
bombardeadas estradas,
aeroportos, pontes, usinas,
edifícios do governo e
muitos civis.
Em junho de 1999 o
governo Iugoslavo assinou
um tratado de paz
concordando em retirar as
suas tropas do Kosovo e
permitindo o controle do
lugar pelas tropas da ONU.
ÁFRICA
A dominação europeia na África teve início no séc.XV. Ela foi consequência da expansão marítimo-comercial empreendida a partir daquela época pelos países europeus.
A colonização europeia não respeitou as diferenças e particularidades desses povos que ali habitavam.
Ao contrário, os europeus dividiram a África entre si com base em mapas, repartindo a terra de acordo com os rios, montanhas e coordenadas geográficas, sem consultar os povos que viviam lá.
Assim famílias que pertenciam a um mesmo grupo acabaram sendo separadas pelas fronteiras coloniais.
Pais foram morar numa colônia britânica, filhos casados numa colônia francesa, primos em território belga e assim por diante.
Nessa partilha, uniram pela força povos diferenciados e desuniram outros.
Os parentes não podiam se visitar, pois
estavam separados por fronteiras definidas,
controladas e vigiadas.
Povos que eram tradicionalmente inimigos,
foram obrigados a viver no interior das mesmas
fronteiras e subordinados a um único governo,
que não tinha sido escolhido por eles.
NIGÉRIA
País mais populoso da África com 125 milhões de habitantes no ano de 2000.
Esse país foi colônia britânica durante aproximadamente 100 anos. Mas com a independência, perceberam que a unidade nacional só seria mantida se a língua do ex-colonizador fosse mantida.
Apesar de serem falados aí cerca de 250 idiomas e de milhões de pessoas no interior do país nem conhecerem o inglês, essa língua foi declarada idioma oficial.
Devido a imposição da língua inglesa, a
Nigéria passou a enfrentar uma guerra
devastadora.
A Guerra De Biafra (1967-70), onde
morreram milhões de pessoas e teve como
causa a tentativa separatista mal sucedida do
povo Ibo, que pretendia criar a República de
Biafra no leste da Nigéria.
SOMÁLIA
A Somália possui cerca de 10 milhões de
habitantes.
Tornou-se independente em 1960, quando
houve a união entre a parte norte (col.inglesa) e a
parte sul (col.italiana).
Após a independência,
têm sido comum os
choques entre
facções étnicas e
políticas rivais que
desejam dominar o
Estado.
Esses conflitos atrapalham a economia do país devido a destruição de edifícios, equipamentos e a falta de interesse em plantar nessas condições.
Também provocam a fuga (êxodo) de centenas de milhares de somalis para países vizinhos, em especial a Etiópia, onde permanecem em situação deplorável.
Em 1992, após o final da Guerra Fria, os EUA
com o apoio da ONU, envia tropas militares à
Somália para garantir a paz.
A experiência foi curta e triste, pois os
soldados não conseguiram acabar com as tensões
e terminaram se envolvendo com elas.
Com a morte de muitos soldados americanos,
o governo EUA, retirou as tropas em 1993 devido
insistência da opinião pública.
RUANDA
Ruanda tem 7,5 milhões de habitantes.
O país foi colonizado pela Alemanha e depois
pela Bélgica e tornou-se independente em 1962.
São dois os principais grupos étnicos em
Ruanda: os HUTUS (90% da pop.) e os TUTSIS
(9% da pop.)
Os colonizadores europeus desse território
usaram a minoria TUTSI para exercer o poder,
oprimindo a etnia HUTU.
Mas os HUTUS em 1959, um pouco
antes da independência, se revoltaram
contra a monarquia TUTSI, matando cerca
de 100 mil TUTSIS nesse ano e obrigando
outros 200 mil a se refugiarem para países
vizinhos.
Os TUTSIS refugiados no Borundi,
tentaram voltar ao poder após a
independência(62), invadindo o país pela
fronteira sul. Mas eles fracassaram e os
massacres continuaram dizimando milhares
de TUTSIS pela repressão HUTU.
Em 1990, houve nova invasão TUTSI e
começou uma verdadeira guerra civil.
Em 1991 houve um “cessar-fogo” com
mediação da ONU o que diminuiu os conflitos
na época mas até hoje as invasões são
constantes.
Os conflitos atuais da África são, como vimos, motivados pela combinação de causas variadas, embora predomine, neste ou naquele caso, um determinado componente étnico (Ruanda, Mali, Somália, Senegal), religioso (Argélia), ou político (Angola, Uganda).
Isto sem contar os litígios territoriais,
muito frequentes na África Ocidental. No
meio desses conflitos que atormenta a
África neste final de século, estão vários
povos e nações que buscam sua autonomia
e sua autodeterminação face a poderes
centrais autoritários, exercidos muitas vezes
por uma etnia majoritária.
REFERÊNCIAS
VESENTINI, William & VLACH, Vania. Geografia
Crítica: Geografia do Mundo Subdesenvolvido. 7. ed. São
Paulo: Ática, 2001.
Virna barra. Disponivel em:
<http://www.slideshare.net/karolpoa/savedfiles?s_title=conflito
s-geopolticos-no-mundo&user_login=virnoka>. Acesso em:
11/11/13.
Douglas gregório. Disponivel em:
<http://www.slideshare.net/karolpoa/savedfiles?s_title=conflito
s-mundiais-27554092&user_login=DouglasGregorio>. Acesso
em: 11/11/13.