conjunto dos números complexos
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Introdução aos números complexos.TRANSCRIPT
CONJUNTO DOS NÚMEROS
COMPLEXOS PROFESSORA ROSÂNIA
Girolamo Cardano nasceu em Pavia, em 1501 e faleceu em Roma, em 1576. Sua vida foi
marcada por contrastes e extremos. Sabe-se que era excepcional cientista, mas que também era violento, traidor, invejoso e outras qualificações
não muito edificantes. Foi autor do Liber de Ludo Aleae, onde introduziu a ideia de probabilidade e
também ensinou maneiras de trapacear nos jogos. Sua maior obra, entretanto, foi o Ars Magna,
publicada na Alemanha em 1545, que na época era o maior compendio algébrico existente.
Nicolo Fontana, apelidado de Tartaglia, só tinha em comum com Cardano a nacionalidade
italiana e o talento matemático. Nascido em Brescia em 1500, na infância, pobre, foi gravemente ferido por golpes de sabre e, por causa deste
incidente, com com profunda cicatriz na boca que lhe provocou um permanente defeito na fala. Da ter
sido apelidado de Tartaglia, que significa gago. Ao longo de sua vida publicou diversas obras
mas o que o colocou definitivamente nos anais da Matemática foram suas disputas com Cardano.
Consta que, por volta de 1510, um matemático italiano de nome Scipione del Ferro encontrou uma forma geral de resolver equações do tipo x³ + px + q = 0, mas morreu sem publicar sua
descoberta. Seu aluno Antonio Maria Fior conhecia tal solução e tentou ganhar
notoriedade com ela. Na época eram comuns os desafios entre
sábios.
Como Tartaglia era um nome que começava a se destacar nos meios culturais da época, Fior propôs a Tartaglia um desafio. Tartaglia, apesar
de não saber resolver ainda tais equações, aceitou o desafio, confiando em seu potencial. Sabendo
que Fior conhecia a solução das equações acima citadas, não só deduziu a resolução para este caso,
como também resolveu as equações do tipo x³ + px² + q = 0. O resultado deste desafio foi que
Fior saiu humilhado.
Nesta época Cardano, ao saber que Tartaglia achara a solução geral
da equação de grau 3 pediu-lhe que a revelasse, para que fosse publicada em seu próximo livro.
Tartaglia não concordou, alegando que ele mesmo iria publicar sua descoberta. Cardano acusou-o
de mesquinho e egoísta, e não desistiu. Apos muitas conversas e suplicas este, jurando não divulgar
tal descoberta, conseguiu que Tartaglia lhe revelasse a solução. Conforme qualquer um poderia
prever, Cardano quebrou todas as promessas e, em 1545, fez publicar na Ars Magna a formula de
Tartaglia. No final, como em muitos outros casos, a posteridade não fez justica a Tartaglia: sua
formula e ate hoje conhecida como “Formula de Cardano."
Professora Rosânia
PARA COMPREENDER VAMOS RELEMBRAR OS TIPOS DE CONJUNTOS
N
N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 ....}
Z IN
(naturais) N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, ....}
(inteiros) Z = { ... -2, -1, 0, 1, 2, ....}
Q Q Z N
(naturais) N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, ....}
(inteiros) Z = { ... -2, -1, 0, 1, 2, ....}
(racionais) Q = {podem ser escritos na forma de fração} Os N, Z, dízimas periódicas.
Q Q Z N
(naturais) N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, ....}
(inteiros) Z = { ... -2, -1, 0, 1, 2, ....}
(racionais) Q = {podem ser escritos na forma de fração} Os N, Z, dízimas periódicas.
I
(irracionais) I = {não podem ser escritos na forma de
fração} ∏, 𝟐 , 𝟕𝟑
Q
Z N
I
Reais (R) = são todos os números exceto as raízes quadradas nos números negativos
Q
Z N
I
Complexos (C) = são todos os reais além das raízes quadradas nos números negativos.
NÚMEROS COMPLEXOS-NÚMEROS IMAGINÁRIOS
• Iremos representar essa proposição utilizando uma unidade imaginária i, assim poderemos dizer que o quadrado de um número é um número negativo
• então i . i = - 1, isto é, i² = - 1 .
Professora Rosânia
UNIDADE IMAGINÁRIA ( i )
−𝟏 = i i² = -1
convenção
a = parte real b = parte imaginária
FORMA ALGÉBRICA Z = a + bi
a = 0 e b ≠ 0 .......... imaginário puro b = 0 ....................... real puro
Professora Rosânia
z = 2 + 4i : Re(z) = 2 Im(z) = 4
z = 5 – 2i : Re (z) = 5 Im (z) = –2
Veja alguns exemplos de como identificar a parte real e a parte imaginária de um número complexo:
z = - 3 + 5i Re(z) = -3 Im(z) = 5
z = -5 + 10i Re(z) = -5 Im(z) = 10
z = 1/2 + (1/3)i Re(z) = 1/2 Im(z) = 1/3
Professora Rosânia
As coordenadas a e b podem assumir qualquer valor real, dependendo do valor
que eles assumirem o número complexo irá receber um nome diferente:
Quando a e b forem diferentes de zero dizemos
que o número complexo é imaginário: z = 2 + 5i
Professora Rosânia
Quando o valor de a é igual a zero e o de b é diferente de zero dizemos que o número complexo
é imaginário puro: z = 0 + 2i
z = 2i
Professora Rosânia
Quando a diferente de zero e b igual a zero dizemos que o
número complexo será real. z = 5 – 0i
z = 5
Professora Rosânia
Tornar um complexo real ou imaginário puro
Z = (x – 3) + (x² - 25)i
REAL – TORNAR A PARTE IMAGINÁRIA NULA (x² - 25) = 0
IMAGINÁRIO – TORNAR A PARTE REAL NULA
x – 3 = 0
CASO 1 A equação do 2º grau x² + 25 = 0 é impossível de
ser resolvida no conjunto dos números Reais, mas
pode ser resolvida dentro do conjunto dos
números Complexos, da seguinte forma:
x² + 81 = 0 (Equação incompleta do 2º grau)
x² = –81
x = ±√–81 Temos x = ±9i
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EQUAÇÕES EM C
CASO 2
2x² - 16x + 50 = 0 (Equação completa do 2º grau)
a = 2, b = -16, c = 50 ∆ = b² - 4ac
∆ = (-16)² - 4 . 2 . 50 ∆ = 256 – 400
∆ = -144
Temos (±12i)² = 144i² = 144.(-1) = -144.
x’ = 4 + 3i e x’’ = 4 – 3i
Professora Rosânia
EQUAÇÕES EM C
x² + 2x + 10 = 0 −𝟐 ± 𝟐𝟐 − 𝟒. 𝟏. 𝟏𝟎
𝟐. 𝟏
−𝟐 ± 𝟒 − 𝟒𝟎
𝟐.
−𝟐 ± − 𝟑𝟔
𝟐
−𝟐 ± 𝟔 𝒊
𝟐=
x’ = - 1 + 3i
x’’ = - 1 – 3i
−𝑏 ± 𝑏2 − 4𝑎𝑐
2𝑎
Potências de i
i2 = -1
i3 = i2 . i = -1 . i = -i
i0 = 1
i1 = i
i4 = i2 . i2 = (-1) . (-1) = 1
i5 = i4 . i = 1 . i = i
i6 = i4 . i2 = 1 . (-1) = -1
i7 = i4 . i3 = 1 (-i) = -i
Professora Rosânia
𝒊𝒏 = 𝒊𝒓
Então, para simplificar
Ex: i26
Professora Rosânia
𝒊𝒏 = 𝒊𝒓
26 4
6 2
i² = -1
IGUALDADE DE COMPLEXOS
Z1 = (a + 1) + 3i e Z2 = 4 + ( 2- b)i
Real = Real Imaginária = Imaginária
a + 1 = 4 2 – b = 3 a = 4 – 1 - b = 3 - 2 a = 3 - b = 1 b = -1
Aritmética dos números complexos
Adição e Subtração
Professora Rosânia
(a + bi) + (c + di) = (a + c) + (b + d)i
Adição
Para adicionarmos dois números complexos, adicionamos as partes
reais e as partes imaginárias
Professora Rosânia
(3 + 4i) + (- 7 + 8i) = (3 - 7) + (4 + 8) i = - 4 + 12i
Exemplos
(3 + 4i) + (-7 + 8i) =
Na prática temos:
Professora Rosânia
Subtração
(a + bi) - (c + di) = (a – c) + (b – d)i
Para subtrairmos dois números complexos, subtraímos as partes
reais e as partes imaginárias
Professora Rosânia
(- 5 + 6i) - (4 - 2i) = (- 5 - 4) + [6 - (- 2)] i = - 9 + 8i
EXEMPLOS
NA PRATICA TEMOS:
Professora Rosânia
Multiplicação
(a + bi) . (c + di) = (ac – bd) + (ad + bc)i
Multiplicamos números complexos como multiplicamos
binômios, usando i2 = - 1
Exemplos
6 – 8i + 9i – 12i2
6 + i – 12 . (-1) =
= 6 + i + 12
= 18 + i
Professora Rosânia
O conjugado e a divisão
Professora Rosânia
O conjugado de um número complexo a + bi é a - bi, e o conjugado de a - bi é a + bi. Os números complexos a + bi e a - bi são chamados complexos conjugados. Para um número complexo z, seu conjugado é representado com ; então, se z = a + bi escrevemos = a - bi.
Dividindo dois números complexos
Para escrevermos o quociente na forma a + bi:
multiplicamos o numerador e o denominador pelo conjugado do
denominador
Professora Rosânia
Professora Rosânia
Exemplo:
BONS ESTUDOS!