consolidação do presente e perspectivas futuras - crf-pr · histórico da farmácia hospitalar:...
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O hospital segundo a OMS:
Definição:
“É parte do sistema integrado de saúde, cuja função é
dispensar à comunidade completa assistência à
saúde preventiva e curativa, incluindo serviços
extensivos à família em seu domicílio e ainda um
centro de formação para os que trabalham no campo
da saúde e das pesquisas biossociais.”
Funções:
• Prevenir doenças;
• Restaurar a saúde;
• Exercer funções educativas;
• Promover pesquisas.
Histórico da Farmácia Hospitalar:
Idade Média até século XVII: a farmácia
hospitalar nasce na forma de boticas, nas quais eram
“processadas” plantas medicinais que eram a base da
terapia da época;
1752: surge em um hospital da Pensilvânia (EUA)
a primeira farmácia hospitalar, nos moldes próximos
aos atuais, que se tem registro. No Brasil as
farmácias hospitalares mais antigas foram instaladas
nas SCM e hospitais militares (ervanários);
Décadas de 1940/1950: a farmácia hospitalar
passa por longo período de estagnação devido, em
grande parte, à industrialização do medicamento
(Brasil = análises clínicas; Países desenvolvidos =
farmácia clínica);
Histórico da Farmácia Hospitalar:
1950: a farmácia hospitalar é resgatada no Brasil
pelo Prof. José Sylvio Cimino no HCFMUSP. Neste
momento o farmacêutico volta a realizar atividades
ligadas aos medicamentos;
1965: nasce nos EUA a farmácia clínica;
1975: as faculdades brasileiras começam a incluir
em seus currículos a disciplina de farmácia hospitalar
(UFMG). Neste ano foi publicado o livro “Iniciação à
Farmácia Hospitalar” de autoria do Prof. Cimino;
1979: implantação do 1º. Serviço de farmácia
clínica e do 1º. CIM do Brasil (UFRN);
Histórico da Farmácia Hospitalar:
1980: surgem os primeiros cursos de
especialização em farmácia hospitalar (UFRN e
UFRJ);
1982: realização do 1º. Seminário sobre farmácia
hospitalar organizado pelo MEC em Brasília;
1990: Fortalecimento do movimento da farmácia
hospitalar e da farmácia clínica por meio da realização
do primeiro congresso brasileiro de farmácia
hospitalar;
1995: Criação da SBRAFH;
Histórico da Farmácia Hospitalar:
1998: Criação do 1º. curso de especialização em
farmácia hospitalar nos moldes de residência na
UFF;
Década de 2000: Reconhecimento profissional do
farmacêutico hospitalar pela equipe de saúde e pelos
gestores hospitalares;
2004: Divulgação da pesquisa intitulada
“Diagnóstico da farmácia hospitalar no Brasil”,
realizado pela FIOCRUZ;
2006: Criação da Comissão de Farmácia
Hospitalar do CFF;
Histórico da Farmácia Hospitalar:
2008: Lançamento da 2.ª versão dos Padrões
Mínimos para Farmácia Hospitalar. Descentralização
das ações da SBRAFH através da criação de
regionais. Publicação da Resolução CFF nº.
492/2008 (regulamenta o exercício profissional em farmácia hospitalar e de
serviços de saúde);
2009: Lançamento do Guia de Boas Práticas em
Farmácia Hospitalar da SBRAFH;
2010: Publicação da RDC - ANVISA 02/2010.
Lançamento da RBFHSS. Publicação da Port. MS.
nº. 2139/2010 (institui grupo de trabalho para elaboração de diretrizes e
estratégias para organização, fortalecimento e aprimoramento das ações e
serviços das farmácias hospitalares e de serviços de saúde).
Portaria MS 316/77
Pequena Unidade Hospitalar ou equivalente – aquela que possua
até 200 leitos. Fica dispensada de manter farmacêutico.
Portaria GM nº 4. 283 de 30 de
dezembro de 2010
Aprova as diretrizes e estratégias para organização,
fortalecimento e aprimoramento das ações e
serviços de farmácia no âmbito dos hospitais
Assistência Farmacêutica
Trata de um conjunto de ações voltadas à promoção, à
proteção e à recuperação da saúde, tanto individual como
coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial
e visando ao acesso e ao seu uso racional. Esse
conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção
de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção,
programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da
qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e
avaliação de sua utilização, na perspectivas da obtenção
de resultados concretos e da melhoria da qualidade
de vida da população.
Portaria GM nº 4. 283 de 30 de dezembro de 2010
Farmácia Hospitalar
É a unidade clínico-assistencial, técnica e
administrativa, onde se processam as
atividades relacionadas à assistência
farmacêutica, dirigida exclusivamente por
farmacêutico, compondo a estrutura
organizacional do hospital e integrada
funcionalmente com as demais
unidades administrativas e de
assistência ao paciente.
Portaria GM nº 4. 283 de 30 de dezembro de 2010
Objetivos Principais da Gestão
da Farmácia Hospitalar:
garantir o abastecimento, dispensação, acesso, controle,
rastreabilidade e uso racional de medicamentos e de
outras tecnologias em saúde;
assegurar o desenvolvimento de práticas clínico-
assistenciais que permitam monitorar a utilização de
medicamentos e outras tecnologias em saúde;
otimizar a relação entre custo, benefício e risco das
tecnologias e processos assistenciais; desenvolver ações de
assistência farmacêutica, articuladas e sincronizadas com as
diretrizes institucionais;
e participar ativamente do aperfeiçoamento contínuo das
práticas da equipe de saúde;
Eixos Estratégicos
1- Gestão e Gestão da Informação
2- Cuidado e Segurança do Paciente
3-Processo de Trabalho (infra-estrutura
física, tecnológica, recursos humanos)
4- Ensino, Pesquisa e Educação permanente
em Saúde
1- Gestão e Gestão da Informação
Garantir o abastecimento, dispensação,
acesso, controle, rastreabilidade e uso
racional de medicamentos e de outras
tecnologias em saúde;
Assegurar o desenvolvimento de práticas
clínico-assistenciais que permitam
monitorar a utilização de medicamentos e
outras tecnologias em saúde;
1- Gestão e Gestão da Informação
Otimizar a relação entre custo, benefício
e risco das tecnologias e processos
assistenciais;
Desenvolver ações de Assistência
Farmacêutica, articuladas e sincronizadas
com as diretrizes institucionais;
Participar ativamente do aperfeiçoamento
contínuo das práticas da equipe de saúde.
2- Cuidado e Segurança do Paciente
Objetiva contribuir para a promoção da
atenção integral à saúde, humanização do
cuidado e efetividade da intervenção
terapêutica;
Promove também o uso seguro e racional de
medicamentos e outras tecnologias em saúde e
reduz custos decorrentes do uso irracional do
arsenal terapêutico e do prolongamento da
hospitalização.
Tem por função retroalimentar os demais
membros da equipe de saúde com informações
que subsidiem as condutas.
3-Processo de Trabalho (infra-
estrutura física, tecnológica,
recursos humanos)
Entendida como a base necessária ao
pleno desenvolvimento das atividades da
Farmácia Hospitalar;
Fator determinante para o
desenvolvimento da assistência
farmacêutica;
Deve ser mantido em condições
adequadas de funcionamento e segurança.
4- Ensino, Pesquisa e Educação
permanente em Saúde
O farmacêutico deve promover, participar e
apoiar ações de educação permanente,
ensino e pesquisa nas atividades
administrativas, técnicas e clínicas.
Produção de informações e conhecimentos
que possam aperfeiçoar a organização dos
serviços mediante adoção de práticas
economicamente sustentáveis e seguras na
utilização de medicamentos e outras
tecnologias em saúde
Seleção e
Padronização
Programação
Aquisição
Armazenamento
Distribuição
Prescrição
Mistura / Preparo
e Dispensação
Administração
Monitorização
Revisão da
Padronização
Produção MEDICAMENTO
Seleção:
3,6% possuem Comissão de Farmácia e Terapêutica
27,2% possuem relação de medicamentos atualizada
2% possuem protocolos terapêuticos
Fonte: OSÓRIO DE CASTRO, C. G. S., CASTILHO, S. R. Diagnóstico da Farmácia
Hospitalar no Brasil. Rio de Janeiro: Fundação OswaldoCruz, 2004.
Seleção:
Farmacêuticos atuando junto à Comissão de Farmácia
e Terapêutica
Rede de Avaliação de Tecnologias => CFTs integradas
pelas evidências
Relação de medicamentos atualizada frente à estudos
de utilização de medicamentos
Participação do farmacêutico na elaboração dos
protocolos terapêuticos
Seleção e
Padronização
Programação
Aquisição
Armazenamento
Distribuição
Prescrição
Mistura / Preparo
e Dispensação
Administração
Monitorização
Revisão da
Padronização
Produção MEDICAMENTO
Gerenciamento:
7% possuem Manual de Normas e Procedimentos
75,6% possuem Farmacêutico
5,6% possuem Recursos de Informática para atividades
clínicas
92,8% dispensa medicamentos e materiais médicos
Fonte: OSÓRIO DE CASTRO, C. G. S., CASTILHO, S. R. Diagnóstico da Farmácia
Hospitalar no Brasil. Rio de Janeiro: Fundação OswaldoCruz, 2004.
Gerenciamento:
Padronização de condutas: normas e regulamentos
definidos e de conhecimento de todos
Farmacêutico presente e atuante dentro e fora da
Farmácia
Processos informatizados e automatizados
Dispensação casada
Gerenciamento de OPME
Seleção e
Padronização
Programação
Aquisição
Armazenamento
Distribuição
Prescrição
Mistura / Preparo
e Dispensação
Administração
Monitorização
Revisão da
Padronização
Produção MEDICAMENTO
Logística:
30,9% utilizam curva ABC para programação
1,3% farmacêutico faz especificações completas para
compras
62,3% possuem sistema de controle de estoque
55,5% sistema eletrônico (informatizado)
Fonte: OSÓRIO DE CASTRO, C. G. S., CASTILHO, S. R.
Diagnóstico da Farmácia Hospitalar no Brasil. Rio de Janeiro:
Fundação OswaldoCruz, 2004.
Logística:
Programação “baseada em evidências”
Controle de Estoque informatizado
Qualificação de Fornecedores: aquisição em rede
Seleção e
Padronização
Programação
Aquisição
Armazenamento
Distribuição
Prescrição
Mistura / Preparo
e Dispensação
Administração
Monitorização
Revisão da
Padronização
Produção MEDICAMENTO
Produção:
Uso racional de recursos => toda central de misturas é
viável?
Terceirização de produção
Desenvolvimento farmacotécnico de medicamentos
órfãos e para adequação posológica
Seleção e
Padronização
Programação
Aquisição
Armazenamento
Distribuição
Prescrição
Mistura / Preparo
e Dispensação
Administração
Monitorização
Revisão da
Padronização
Produção MEDICAMENTO
Seleção e
Padronização
Programação
Aquisição
Armazenamento
Distribuição
Prescrição
Mistura / Preparo
e Dispensação
Administração
Monitorização
Revisão da
Padronização
Produção MEDICAMENTO
Logística:
Quanto ao sistema de Distribuição de
Medicamentos:
51,2% Sistema Coletivo
13,2% Sistema Misto
34,8% Sistema de Prescrição Individual
0,4% Dose Unitária
Fonte: OSÓRIO DE CASTRO, C. G. S., CASTILHO, S. R.
Diagnóstico da Farmácia Hospitalar no Brasil. Rio de Janeiro:
Fundação OswaldoCruz, 2004.
Quanto ao sistema de Distribuição de Medicamentos:
Tendência à eliminação do Sistema Coletivo
Individualização => dispensação por horários
Dose unitária => medicamentos de alto custo e de
alto risco
Seleção e
Padronização
Programação
Aquisição
Armazenamento
Distribuição
Prescrição
Mistura / Preparo
e Dispensação
Administração
Monitorização
Revisão da
Padronização
Produção MEDICAMENTO
Seleção e
Padronização
Programação
Aquisição
Armazenamento
Distribuição
Prescrição
Mistura / Preparo
e Dispensação
Administração
Monitorização
Revisão da
Padronização
Produção MEDICAMENTO
Farmacotécnica:
Maior fracionamento de medicamentos
Terceirização de preparo de nutrição parenteral e
quimioterápicos
Preparo de misturas intravenosas de alto risco e custo
Seleção e
Padronização
Programação
Aquisição
Armazenamento
Distribuição
Prescrição
Mistura / Preparo
e Dispensação
Administração
Monitorização
Revisão da
Padronização
Produção MEDICAMENTO
Administração
Influência nos protocolos de administração de
medicamentos: informação, informatização e ação
Seleção e
Padronização
Programação
Aquisição
Armazenamento
Distribuição
Prescrição
Mistura / Preparo
e Dispensação
Administração
Monitorização
Revisão da
Padronização
Produção MEDICAMENTO
Segmento Farmacoterapêutico/ Informação:
6,4% farmacêutico participa da visita médica
1,2% dispõem de ficha farmacoterapêutica de pacientes internados
0,4% realiza formalmente atividades de farmacovigilância
6,4% desenvolvem atividade educativas com pacientes
Fonte: OSÓRIO DE CASTRO, C. G. S., CASTILHO, S. R. Diagnóstico da Farmácia
Hospitalar no Brasil. Rio de Janeiro: Fundação OswaldoCruz, 2004.
Segmento Farmacoterapêutico/ Informação:
Farmacêutico participando da visita multiprofissional e decisão
terapêutica integrada
Evolução da assistência aos pacientes em prontuário
Atividade de Farmacovigilância implantada e atuante
Desenvolvimento de atividades educativas com os pacientes:
especialmente na alta hospitalar
Monitorização da qualidade dos serviços prestados
Seleção e
Padronização
Programação
Aquisição
Armazenamento
Distribuição
Prescrição
Mistura / Preparo
e Dispensação
Administração
Monitorização
Revisão da
Padronização
Produção MEDICAMENTO
(16) 8146-8158
"Nada sabe de sua arte aquele
que lhe desconhece a história“
GOETHE