construção sócio-histórica e midiática da velhice

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    422 RBCEH, Passo Fundo, v. 6, n. 3, p. 422-428, set./dez. 2009

    Sandra Carolina Farias de Oliveira, Gláucia Lorena Guedes dos Santos

    Construção sócio-histórica e midiática da velhice

    Sandra Carolina Farias de Oliveira*, Gláucia Lorena Guedes dos Santos**

    * Psicóloga. Mestra em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco. Endereço para correspondência:Rua Santa Cruz do Capibaribe, 93, bairro Areias, Recife - PE. E-mail: [email protected]

    ** Psicóloga. Mestra em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco.

     Recebido em junho de 2008 - Avaliado em agosto de 2009.

      doi:10.5335/rbceh.2009.041

    Resumo 

    Este artigo trata de uma questão que vemganhando notoriedade nas últimas déca-das: a velhice. O tema está sendo aborda-do principalmente nos centros de estudos emeios acadêmicos. A justificativa para issoencontra-se no crescimento exarcebadodesta parcela da população. Portanto, estetrabalho, num primeiro momento, tentavislumbrar o significado e como o conceitode “ser velho” foi construído ao longo dosanos em nossa sociedade ocidental e capi-talista. No segundo momento é feita umaanálise de como a mídia está influencian-do nesta construção, significando (ressigni-ficando) os sentidos atribuídos aos idosos.Estudar a velhice não é uma tarefa fácil,nela estão envolvidas as ideias de finitude,pela degradação física, mental, dependên-cia. Talvez seja por isso que o assunto fi-

    cou por tanto tempo adormecido, esqueci-do, pois, se a infância e a adolescência seconstituem num porvir, a velhice, é consi-derada como o fim, sem expectativas, daqual nada se espera.

    Palavras-chave : Idoso. Sociedade. Meiosde Comunicação de Massa.

    Introdução

    Nas últimas décadas vê-se um au-mento crescente das pesquisas sobreos idosos. De acordo com Prado e Sayd(2004), que realizaram um “estado daarte” das pesquisas sobre envelheci-mento no Brasil através do Conselho

    Nacional de Desenvolvimento Científi-co e Tecnológico, foi constatado que asproduções sobre envelhecimento estãocrescendo de forma exponencial, prin-cipalmente depois do “Ano Nacional doIdoso”, em 1999 (os grupos de pesquisaaumentaram em 38% aproximadamenteno período de 1999-2000).

     A área de conhecimento predominan-te é a da ciência da saúde e biológica,

    com 56,9% de grupos de estudos sobrea temática; as ciências humanas ficamcom 13,9%. Nessas grandes áreas deconhecimento o destaque é para a saúdecoletiva, com 15,3%, seguida pela Medi-cina, 11,8%, ficando psicologia em quintolugar, com 6,9% dos grupos de pesquisas.Os grandes centros onde se encontramesses grupos são São Paulo e Rio Grandedo Sul. Vale ressaltar que as três pós-

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    graduações em gerontologia estão nessesestados. Em Pernambuco concentram-seapenas 3,5% dos grupos de estudo, emcomparação com São Paulo, que liderao ranking com 38,9%.

    Portanto, pode-se perceber a di-mensão da preocupação com pesquisare desenvolver novas políticas públicasque atendam a essa parcela que a cadaano vem conquistando um espaço muitogrande dentro da nossa população. Umadas primordiais causas disso refere-se aoaumento da população idosa e à redu-ção do número de nascimentos, que aospoucos derruba o slogan de o Brasil serum país de jovens. (ZIMERMAN, 2000).

    Siqueira et al. (2002) apresentaramestatísticas do IBGE sobre o envelhe-cimento da população brasileira, comovisto nas tabelas 1 e 2.

    Tabela 1 - Porcentagem do número de idosos.

    Anos% de idosos da população

    brasileira

    1970 4,95

    1990 8,472010 9,20*

    Fonte: SIQUEIRA, R. L. et al. 2002.

    * Expectativa.

    De acordo com Cançado (apud SI-QUEIRA, 2002), a expectativa de vidada população também cresce a cada ano:

    Tabela 2 - Expectativa de vida da população.

    Anos Anos de vida1950/1955 33,7

    1990 51,0

    1995 66,3

    2020/2025 77,1*

    Fonte: SIQUEIRA, R. L. et al. 2002.* Expectativa.

    É necessário ressaltar que essaimportância está sendo dada no atualmomento histórico e na nossa sociedadeocidental, visto que em outras culturas,ou em outras épocas, a forma como os

    idosos são ou foram tratados é comple-tamente diferente.É sobre essa temática que este arti-

    go se propõe a dialogar. Num primeiromomento, fazendo uma reflexão sobre oconceito de velhice, vê-se que foi se mode-lando de acordo com o período histórico.Na segunda parte, de forma bastantesignificativa, é vislumbrada a influênciada mídia no que hoje se considera “ser

    velho”.

    Velhice: construçãosócio-histórica?

    Para iniciar esta parte do artigofaz-se necessário expor o que estamosconsiderando por velhice. Esse conceitonão encontra um ponto de convergênciaentre os autores da área. Por exemplo,Zimerman (2000), após uma pesquisainformal sobre o que é ser velho com doisgrupos distintos de indivíduos – um deestudantes da área de saúde de 18 a 21anos e o outro com mulheres de 51 a 83anos – encontrou respostas diferentes.No primeiro grupo o velho é tido comouma pessoa chata, doente, cansada, so-litária; no segundo os significados foram

    uma pessoa vivida, com experiência,lento, doente tranquilo e perto da morte.Mascaro (1997) afirma que a nossa

    sociedade coloca dois pontos principaispara demarcar a velhice: um é a própriaidade cronológica e o outro, a saída domercado de trabalho, a aposentadoria.

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    Leva-se em consideração que as limita-ções físicas e a dependência de outraspessoas para realizar atividades corri-queiras também podem ser levadas emconsideração quando se fala da velhice.

    Beauvoir (1990, p. 17) afirma que “avelhice não é um fato estático; é o resul-tado e o prolongamento de um processo”.

     Além disso, a autora, em seu livro  Avelhice, referência para qualquer tra-balho na área da gerontologia, concebeo ser humano como uma totalidade, demodo que ao se caracterizá-lo como velhoé importante atentar para os aspectosfísicos, sociais, psicológicos.

    Nessa mesma perspectiva, Santanae Sena (2002) afirmam que o envelheci-mento é classificado em três aspectos:biológico, psicológico e social. No pri-meiro é apresentada a mudança ocor-rida no corpo do indivíduo, como rugas,branqueamento do cabelo, diminuição daestatura, modificações sensoriais, entreoutros. No segundo são colocados o medoda morte, da solidão, como lidar com as

    perdas biológicas e sociais. No plano dosocial é tratada a rejeição do campo detrabalho e, mesmo, das relações com ooutro.

    Enfim, não existe um consenso sobreo que é ser velho, ou melhor, quando secomeça a ser velho. Para fim de legis-lação, é legitimado o idoso a partir desessenta anos em países desenvolvidose 65 anos em países em desenvolvimen-to, de acordo com a OMS. No Estatutodo Idoso Brasileiro (2003) ser idoso éter sessenta anos ou mais. Mas comoesse conceito foi construído? Neri (1991,p. 18) relata:

     As “idades do homem” são puras invençõessociais: o conceito de infância emergiu nosséculos XVIII e XIX, o de adolescência emfins do século XIX e o de juventude há 20ou 25 anos atrás. O conceito de meia-idadecomo etapa intermediária entre a idade

    adulta e a velhice data dos anos 60. Os anos70 assistiram à promulgação do conceitode “velhice avançada”, sem dúvida um fatosocial e demográfico novo na história dahumanidade. (ARIÈS, 1973; BADINTER,1980; NEUGARTEN, 1979; ROSSI, 1980).

    Na Antiguidade o valor dado aos ido-sos variava muito de acordo com a triboà qual eles pertenciam. Alguns exemplossão: nas ilhas Fidji, os velhos se suicida-

    vam por considerarem que não serviammais para realizar qualquer que seja aatividade; entre os dinkas, a tradição eraenterrar os velhos vivos; no povo ainosdo Japão, eles eram deixados de lado eafastados da vida pública, assim comocom os fangs e tongas; entre os hopis,índios creek e crow, bosquímanos da

     África do Sul, os velhos eram conduzidosa uma cabana com água e comida e lá

    abandonados. Esses são alguns dentremuitos casos em que geralmente o idosonão era bem quisto entre seus iguais eera morto ou abandonado. Vale salientarque isso se dava de acordo com os ritu-ais impostos em suas tribos, muitos dosquais eram motivos de festa na comuni-dade. (BEAUVOIR, 1990).

    É difícil apreender esses significa-dos de um tempo tão longínquo, prin-cipalmente porque não existem muitosregistros datados desse período, apenaspoucas pinturas rupestres. Outro de-talhe a ser levado em consideração é adesconsideração dessas civilizações departe de sua população com as mulheres

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    e escravos; nada impedia que os velhostambém fossem desconsiderados. O nú-mero de pessoas que atingiam o que hojepode ser considerada velhice era poucorepresentativo, pois a pessoas morriam

    muito cedo em virtude das doenças edas condições precárias de existência.Um aspecto que perpassa todas as ci-vilizações é que apenas os velhos maisabastados social e economicamente éque eram tidos como sábios e líderes.(MASCARO, 1997).

     A Idade Média também foi um pe-ríodo muito difícil na sobrevivência dosmais velhos. Com os feudos, quem tinha

    vigor físico é quem detinha o poder;muitos homens morriam jovens e erabastante raro pessoas que ultrapassas-sem o limite da vida adulta (os cinquentaanos). Vencendo-se essa barreira e sefossem detentores de riquezas, eramvalorizados e chefes da família, ou seja,o valor não era atribuído à longevidade,mas às posses. Por sua vez, as mulheressó restavam a solidão, viuvez e a pobre-

    za. (MASCARO, 1997).Durante os séculos XVI a XIX os

    idosos continuaram sendo marginaliza-dos, principalmente com o advento daRevolução Industrial e do capitalismo.Surgem, assim, a população do trabalhoe do lucro; logo, quem não trabalha, nãoproduz, é colocado à margem da socieda-de. É o que acontece com os idosos apo-sentados nos dias de hoje. Essa questãoestá tomando proporções tão grandesque já existem programas de preparaçãopara a aposentadoria. Sobre a questão daaposentadoria, Guidi e Moreira (1996,p. 141) definem-na: “Aposentadoriasignifica, pejorativamente, excluir-se,

    alienar-se. Em francês é retraite, cujatradução é retiro, isolamento; em inglêsé retirement, no sentido de retirada,segregação, isolamento, representandoo lado negativo de parar de trabalhar.”.

     As autoras ainda estabelecem a rela-ção entre a identidade do idoso e sua vin-culação com o mundo social capitalista:

    O lugar que a pessoa ocupa no sistema deprodução reflete sua posição no sistema so-cial, repercutindo em sua identidade [...]. Édifícil a preparação para a aposentadoria. Areconstrução do cotidiano é demorada e nãose processa de uma hora para outra. A apo-sentadoria causa uma fratura na interaçãosocial. (p. 146).

    Nos dias de hoje, ainda se pode per-ceber a grande influência dessa formade pensar o homem como aquele quetrabalha. Mas é importante enxergaruma nova tendência, que é ver o homemcomo aquele que consome, que compra.É por essa razão que os idosos vêm setornando alvo das propagandas e a cadadia um novo produto para esta faixa

    etária é lançado. Neste ponto de nossadiscussão entramos no próximo tópico,que se relaciona com a mídia.

    Influência da mídia na apreensãodos significados da velhice

     Assim como foi necessário forneceruma conceituação do que é velhice, façouma explanação do conceito de mídiae mercado de consumo. A mídia, nosdias de hoje, assume uma influênciasignificativa dentro da nossa sociedade.Souza, (2005) afirma que nossa vida derelações é construída nos intervalos dosprogramas de TV. Vale salientar que a

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    mídia da qual falamos é a televisiva,alcança uma maior parcela da popula-ção, de variadas idades e níveis socioe-conômicos. É interessante saber que aprópria mídia faz essas categorizações e

    cria as necessidades de consumo delas.(BEZERRA, 2006). Atrelada à ideia de mídia está o de

    meios de consumo, que desde a Revolu-ção Industrial dita regras à nossa socie-dade. Como diz Souza (2005), hoje o quereina entre nós é a cultura do consumo,a produção de desejo e a efemeridade dosobjetos e relações. Então, pode-se dizerque as pessoas hoje não representam o

    que elas são, e sim o que possuem oupodem comprar. É nesse sistema queo idoso, assim como as outras classesetárias, está inserido no sistema doconsumismo difundido por uma mídia,no qual a lei é vender.

    Focando no tema do artigo Debert,(2004, p. 33) afirma: “A velhice é umaconstrução sociocultural.” Sendo a nossasociedade pautada pela globalização e

    um meio de comunicação rápido e efi-ciente, não poderíamos deixar de falarna influência da mídia na imagem queé veinculada sobre a velhice nos dias dehoje. Além disso, podendo-se falar emidosos como um público consumidor sig-nificativo nas últimas décadas, percebe-se uma modificação na programaçãoda mídia em razão dessa nova parcelada população. De acordo com Acosta-Orjuela:

    O tamanho da audiência da TV, sua abran-gência geográfica, sua dimensão econô-mica e suas perspectivas de expansão sãode proporções não conhecidas antes pornenhum outro meio de comunicação. Taisantecedentes explicam em parte por que

    leigos e cientistas vêem com preocupação aquantidade de informação que o meio vin-cula, o alto grau de realismo que consegueimprimir, a multiplicação desenfreada demodelos de comportamento, a alta freqüên-cia de conteúdos violentos, estereotipados e

    sensacionalistas, seu excessos publicitários,o uso político-ideológico do meio, seu impac-to transcultural sobre valores, costumes etradições [...]. Onde funciona sob um mo-delo comercial. (Apud NERI; DEBERT,1999, p. 181).

     A importância atribuída às cate-gorias etárias bastante difundidas poreste meio de comunicação, que, se nãofor bem administrado para o bem dapopulação, pode causar grandes danos,principalmente no que diz respeito aosvalores culturais de nossa população.Para exemplificar, de acordo com Leite(2003, p. 7-8), pode-se falar na figurado idoso de algumas décadas atrás, queera sempre associada a um medicamen-to com promessas de prolongar a vida,ou a uma imagem pejorativa (tristeza,dependência, doença), ao passo que nosdias de hoje

    nossos idosos de “alma jovem” seriam tãosomente vítimas do mercado que os quermoldar para a soberba ilusão do consu-mo, negação da morte, desmerecimentodo estatuto de testemunhas da história,enfim, festejar, festejar e festejar a glóriados recursos tecnos-científicos, otimizandoo organismo para uma grande festa raveda melhor idade, sem data para terminar,

    todos juntos, curtindo uma onda eletrônicaisolada e hipnótica, munidos com celularesfluorecentes para melhor varar a noite esaber das novas baladas.

    Portanto, percebe-se que existe umautopia quando se fala em velhice nos diasde hoje. Até mesmo nos termos utilizados

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    para nomear esta fase da vida procuram-se palavras que não carreguem sentidosque possam ser pejorativos, como develho: “idoso”, “melhor idade”, “terceiraidade”. Os asilos são tidos hoje como

    “centros para idosos”.É nesse sentido que se encontra operigo nas informações passadas pelamídia. Perigo em corroborar com umaimagem fantasiosa de velhice, favorecen-do o que Bevouir, (1990) e Debert (2004)chamam de “conspiração do silêncio”. Namídia de hoje a velhice é vista principal-mente de forma positiva, dificultandoa elaboração de uma velhice realista,

    vista sob os aspectos positivo e negativo.Nessa idealização da velhice leva-se osidosos a se afastarem de temas ditoscomo interditos, como, por exemplo, aprópria limitação física e a morte.

    Conclusão

    Percebe-se, claramente, que a popu-lação idosa merece um destaque no meio

    acadêmico e sociocultural, não apenaspor ser uma faixa etária de crescimentoacelerado nas últimas décadas, mas porser uma parcela da população que preci-sa de um olhar diferenciado para atendera suas necessidades. Sendo a velhice, outerceira idade, uma construção social danossa sociedade, passou por transfor-mações, desde a Antiguidade, quandoos velhos eram em número reduzido eapenas os ricos eram privilegiados, atéos dias de hoje, quando um paradoxo seinstala entre a terceira idade e o velho,seguindo a mesma lógica da Antiguida-de, os ricos e pobres, respectivamente.O mercado consumidor, outrora denomi-nado trabalho, representado pela mídia,

    que domina nossa sociedade nos diasatuais, está com o olhar voltado para umgrande consumidor: o velho.

    Old age’s historic-social and mediatic

    construction

    Abstract

    This article is about a question that gainednotoriety in the last decades: the old age.This theme is being boarded mainly in stu-dies centers and academics spaces. Thejustification for that is found in the growthof this population. So, first this article triesto find the meaning and ways the concept

    of “being old” was constructed at our wes-tern and capitalist society. After, we willanalyze how the media is influencing thatconstruction, signifying and re-signifyingthe meanings attributed to old age persons.Studying old age isn’t an easy task, becauseit involves ideas of finitude, physical andmental degradation, dependency. That is,maybe, the reason why such subject laidquiet for so long, even forgotten, becausechildhood and adolescence are a future,while old age was considered an end, wi-thout expectations, where nothing was ex-pected.

    Key words : Old age. Society. Mass Media.

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