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CONSUMIR: POR QUÊ E PARA QUE?1
CAMANA, Neiva Fátima2
RESUMO O objetivo deste artigo é analisar e refletir sobre globalização e o consumismo, assunto muito debatido pela sociedade, mas que na escola, lugar de debates e reflexões, ainda continua tímida a forma de tratá-lo. Pesquisando algumas referências bibliográficas que dialogam com esse tema atual e vivenciado pelos alunos, através da aplicação do projeto do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE pretendeu-se verificar o tema, o papel da escola, da família, da mídia e dos amigos sobre a problemática. Iniciando com atividades de sensibilização e reflexão em relação à questão, incentivou-se a problematização de aspectos diretamente envolvidos no dia a dia dos alunos, mas alguns educandos estavam paralisados. Realizando as diferentes atividades propostas no projeto foi possível despertar o interesse dos educandos para que observassem que as questões desenvolvidas poderiam contribuir para conhecer a sociedade em que vivem e os fatores que muitas vezes manipulam suas escolhas, caminhos, atitudes, valores. PALAVRAS-CHAVE: globalização, consumismo, alienação.
1. INTRODUÇÂO
A educação deve ser apontada como uns dos caminhos fundamentais na
formação dos seres humanos, pois acontecem as mais extraordinárias trocas de
experiências entre os envolvidos no processo de ensino aprendizagem. Dessa forma o
espaço escolar se torna um ambiente de transformação e reconstrução da sociedade e
de seus valores, o que pressupõe outra forma de processar a edificação do
conhecimento para a convivência humana. A aprendizagem não tem evoluído na
mesma proporção do desenvolvimento tecnológico, e muitas vezes, tem se mostrado
distante das atividades rotineiras dos estudantes. O presente trabalho consiste em
oferecer uma proposta metodológica para sensibilizar a uma outra concepção de
ensinar, na qual o momento de construir o conhecimento se faz conjuntamente com o
educando.
A geografia, assim como as demais ciências humanas e sociais tem, na escola,
o compromisso de contribuir para formar o homem inteiro, discurso lido em muitos
1 Artigo final entregue ao Núcleo Regional de Educação de Cascavel, resultado de aplicação de projeto de
Intervenção do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE – orientado pela profª Ms. Leila Limberger, Unioeste/MCR. 2
Professora PDE turma 2010, Colégio Desembargador Antônio Franco Ferreira da Costa, [email protected].
momentos, mas muito difícil de realizar na prática do espaço social, denominado escola
(PONTUSCHKA, 1982).
Uma sociedade mais justa e responsável pode ser construída por meio de uma
educação que valorize as ações humanas, inclua os sujeitos e que seja ética. Na
contemporaneidade os jovens ficam fortemente suscetíveis à indução de informações
alheias direcionando suas ações, e embora ainda em estado de socialização e sem a
sua maioridade legal, já assumem uma posição de escolha, apesar de muitas vezes
incapazes de ter consciência sobre essa manipulação cultural e ainda faltando-lhes, em
alguns casos, uma base moral familiar. Nessa idade eles ainda são fortemente
sugestionáveis e frágeis, pois sua identidade, ainda em construção, não está
totalmente fortalecida e é passível de controle. Perante isso, torna-se fundamental
“educar” para um consumo consciente, a fim de garantir o futuro das próximas
gerações.
O presente artigo é resultado da implementação do projeto "Um Olhar Crítico
Sobre o Consumismo", realizado durante o desenvolvimento do Programa de
Desenvolvimento Educacional - PDE -, no Colégio Desembargador Antonio Franco
ferreira da Costa, Ensino Médio e Fundamental, com os alunos da 8ª série, em
Guaraniaçu - Paraná.
O objetivo do presente projeto é instrumentalizar os educandos para que
possam tomar suas decisões sobre o consumismo baseados em conhecimentos, ideias
fundamentadas no processo de ensino-aprendizagem, que estimule a conservação e
preservação do meio ambiente mediante uma exploração racional, como também
contribuir para o conhecimento das pluralidades culturais, evitando o preconceito ou a
predisposição contra grupos étnicos, religiosos ou categorias sociais, o que possibilita a
construção de um mundo mais justo, mais ético e menos desigual.
Ele se justifica tendo em vista que o consumismo desenfreado e inconsequente
pode tornar a sociedade “desumana”, excludente e perversa, além de esgotar os
recursos naturais do planeta, o que pode comprometer a vida de futuras gerações. O
mundo capitalista segrega, desumaniza e aliena por ser perverso nos seus argumentos
através da mídia, persuade para os gastos desenfreados, a utilização de produtos
segundo a vontade dos meios de comunicação, via propaganda, que a cada dia ganha
novos adeptos.
A formação de indivíduos com maior capacidade de utilizar critérios
socioambientais em suas decisões de compra pode ser o maior instrumento em prol de
uma sociedade mais saudável e justa. Ao incluir temas relacionados ao consumo
consciente ficam visíveis atitudes de transformação por parte dos indivíduos. A
educação ambiental transformadora parte da compreensão de que o quadro da crise
em que vivemos não permite soluções compatíveis entre ambientalismo e capitalismo
ou alternativas moralistas, que deslocam o comportamental do histórico cultural e do
modo como a sociedade está estruturada. Compreender e analisar o consumismo entre
os educandos e desenvolver atividades de reflexões para estimular o “consumismo
sustentável” com alunos da 8ª série.
O desenvolvimento sustentável é um modelo social e político que aponta para
o ordenamento ecológico e a descentralização territorial da produção, assim como para
a diversificação dos tipos de desenvolvimento e dos modos de vida das populações
que habitam o planeta. Neste sentido, oferece novos princípios aos processos de
democratização da sociedade, que induzem a participação direta das comunidades na
apropriação e transformação de seus recursos ambientais (LEFF, 2009, p.57).
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Geografia da Secretaria de
estado da Educação do Paraná (2008) o ensino da geografia deve dar ao aluno uma
formação consciente das relações socioespaciais de seu tempo, assumir o quadro
conceitual das abordagens críticas dessa disciplina, que propõe a análise dos conflitos
e contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um
determinado espaço.
A geografia está presente em inúmeras situações do cotidiano de todos nós e
seus conhecimentos são muito úteis na leitura de artigos, revistas, jornais,
principalmente na compreensão de conflitos e processos sociais, ou seja, na
participação e entendimento do mundo em que vivemos. O conhecimento geográfico
permite, dentre inúmeras outras coisas, questionar e analisar sobre a cultura do
consumismo, que estabelece que o “ter” é mais importante que o “ser”.
Os professores de geografia, em sua grande maioria, estão empenhados em
promover e adotar estratégias de ensino que permitam ao aluno perceber a
necessidade do conhecimento científico para a compreensão e intervenção na
realidade. Quando isso ocorre, a aprendizagem realmente se efetiva. Não basta o
professor mostrar ao aluno apenas a realidade materializada. É necessário promover
espaço de informação, discussão e reflexão que possa subsidiar esses indivíduos para
tomada de decisões mais conscientes sobre a realidade que os cercam. A exploração
desenfreada dos recursos naturais, biodiversidade em perigo, aumento de resíduos e
poluentes, aumento do consumo energético: neste cenário que nasce a ideia de
sustentabilidade, e se apela para uma urgente mudança de comportamento, pois mais
do que sensibilizar é necessário informar e fazer com que cada cidadão possa de
maneira sustentável interferir no meio em que vive. Dessa forma o ensino de geografia
passa a fazer significação.
Conduzir o processo de aprendizagem de forma dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse procedimento tem por finalidade que o ensino da geografia contribua para a formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e crítica (DIRETRIZES CURRICULARES, p. 76. 2008).
Compreende-se que, para a formação do aluno consciente das relações
espaciais, no ensino de geografia deve-se assumir e propor a análise dos conflitos e
contradições sociais, econômicas, culturais e políticas. Desenvolver atitudes
observadoras da alienação, identificando os principais problemas e apresentar
soluções valorizando os direitos fundamentais do ser humano.
2. OS EFEITOS DA GLOBALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO DE ADOLESCENTES E
JOVENS
No mundo globalizado os bens de consumo, são necessidades priorizadas pelos
indivíduos, que são muitas vezes ávidos pelas novidades pois a todo o momento
surgem novos modelos, novos produtos e novas tecnologias. Os avanços tecnológicos
para a expansão da produtividade de artigos bons e desejáveis pela sociedade são
constantes. Investe-se alto na divulgação, através dos mais variados meios
publicitários, de forma que os produtos novos fiquem conhecidos e venham a ser
consumidos com maior rapidez, garantindo lucro desta venda em curto prazo, e isso
contribui para que alguns consumidores tornem-se alienados.
Relata Ianni (1998) que a sociedade global transforma-se em um vasto mercado
de coisas, gentes e ideias, bem como de realizações, possibilidades e ilusões,
compreendendo também homogeneidades e diversidades, obsolescências e
novidades. As fronteiras são abolidas ou tornam-se irrelevantes e inócuas,
fragmentam-se e mudam de figura, parecem, mas não são. Os meios de comunicação,
informação, transporte e distribuição, assim como a produção e consumo, agilizam-se
universalmente. Cria-se a ilusão de que o mundo se tornou finalmente esférico ou
plano. Dissolvem-se as realidades, diversidades e desigualdades no mundo dos
simulacros e virtualidades, a despeito de que se reafirmam e desenvolvem as
realidades, diversidades e desigualdades.
Santos (2005) afirma, também nesta linha, que a violência da informação
aparece juntamente com a própria interpretação dos fatos pela mídia e vinculação, não
da reportagem, do fato, mas da propagação de uma ideologia carregada de interesses
particulares, o que faz com que a mídia perca muitas vezes o seu caráter informativo
para adquirir um caráter persuasivo e manipulador. Suzan (apud IANNI, 1998, p. 171)
enfatiza que
Uma sociedade capitalista exige uma cultura baseada em imagens. Necessita fornecer quantidades muito grandes de divertimentos a fim de estimular o consumo e anestesiar os danos causados pelo fato de pertencermos a determinada classe, raça ou sexo.
Santos (2005) ressalta que a concorrência aparece como uma regra na atual
sociedade. Uma regra que leva indivíduos a medidas extremas. Nisso percebe-se a
globalização perversa, abandono de noção de solidariedade, ampliação do
desemprego, abandono da educação, desapreço pela saúde como um bem individual e
social inalienável.
Para Ianni (1998) a mídia se converte em uma espécie nova, surpreendente,
insólita e eficaz de intelectual orgânico dos blocos de âmbito de poder que se articula
em escala global. Da mesma forma que a mídia globaliza, junto com a economia e
política, e os meios de comunicação, a eletrônica e a informática, nessa escala
globalizam interesses e objetivos econômicos, sociais e culturais de mando e
desmando em escala global. Segundo Santos (2005) o Capital financeiro aparece
também no sentido de controlador e deformador da economia, estendendo-se à
manipulação e interferência em todos os aspectos da vida cotidiana, tornando legítima
a discussão sobre uma tirania do dinheiro.
Enfatiza Ianni (1998) que o processo de globalização do capitalismo mundializa
signos e símbolos, logotipos e slogans, qualificativos e estigmas. As transnacionais são
estrategicamente planejadas, produzindo e reproduzindo as forças produtivas
organizadas na nova divisão internacional da produção e trabalho flexível do
posfordismo. São inúmeros supermercados, shopping centers, “Disneylândia”,
distribuídos no novo mapa do mundo, exibindo mercadorias globais destinadas às
necessidades reais e imaginárias multiplicadas.
Para Ianni (2005) a sociedade global, as formas sociais do espaço e do tempo
modificam-se e multiplicam-se. Dado que a globalização articula, tenciona e dinamiza
configurações sociais locais, nacionais, regionais, internacionais e transnacionais,
multiplicam-se as possibilidades do espaço e do tempo, pluralizam-se e entrecruzam-
se em moldes desconhecidos, ainda não codificados, surpreendem pelas
possibilidades potenciais escondidas e pelas criações inesperadas, deslocam pontos e
lugares, ritmos e andamentos, modos de ser e devir. Conforme Santos (2005) a
generalização e essa coisificação da ideologia que, de um lado, se multiplicam as
percepções fragmentadas e, de outro, pode estabelecer-se um discurso único do
“mundo”, que por sua vez é a voz de uma consciência ingênua, levada a aderir tudo o
que é proposto dentro de um discurso apelativo e que muitas vezes sem reflexão
acaba por generalizar, transformando, assim, o cidadão em um sujeito sem
consciência.
O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios; se por
um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a
degradação ambiental e a poluição aumentam dia a dia. Com isso surge a globalização
perversa.
A globalização tem sem dúvida o seu lado obscuro, sua dimensão perversa. O espaço de fluxos e redes, a economia informacional, as novas tecnologias da informação estão sendo utilizadas pelos comerciantes de armas, e pelos contrabandistas, na sua maioria narcotraficantes, terroristas, e máfias; enfim, pelo crime organizado, que se converteu, ele também, em global. Estamos assistindo neste início de século e milênio à configuração de organizações criminais transnacionais (ou nacionais com conexões internacionais) que operam em vários setores concomitantemente, e que se aproveitam dos processos desreguladores colocados em marcha, da crescente fragilidade de alguns Estados (FONT e RUFÍ, 2006, p. 158).
Com isso percebem-se as faces da globalização, a desigualdade e a
perversidade, observa-se que globalização não é integradora e homogênea, como
muito se fala.
Para Font e Rufì (2006) na sociedade global de informações, mercadorias e
pessoas, fizeram surgir uma sociedade em que determinados valores são globais. Há
padronização das formas de trabalho, da produção e do consumo, mas também
percebe-se a perversidade desse processo: o desemprego aumentado, a pobreza se
intensificando, o salário médio tendendo a baixar, a fome atuando em todos o
continentes, novas doenças surgindo, velhas enfermidades fazendo seu retorno.
Entretanto, a humanidade, em dado momento percebe que precisa ter consciência
da globalização e dos riscos causados ao meio ambiente: veem-se catástrofes
ambientais a cada momento em que áreas são devastadas, enchentes avassaladoras,
poluição por meio das atitudes humanas, uma vez que se pratica a destruição em prol
da ganância e da busca desenfreada pelo capital. Numa sociedade sustentável o
progresso é medido pela qualidade de vida (saúde, longevidade, maturidade
psicológica, educação, ambiente limpo, espírito comunitário e lazer criativo) ao invés do
puro consumo material (FERREIRA; VIOLA 1996, p. 10).
No contexto da realidade capitalista, o mundo da produção influencia a vida
cotidiana. O consumo comanda nossa forma de inação. E a confusão dos espíritos
impede o nosso entendimento do mundo, do país, do lugar, da sociedade e de cada um
de nós mesmos (SANTOS, 2005, p. 46). E com isso estimula o culto do consumismo,
tornando mais distante o sonho de uma cidadania universal. Apropriar-se de meios
para leitura desta realidade é fundamental para interpretar as atitudes e visões de
mundo na contemporaneidade.
Segundo Santos (2005), durante a história da humanidade, é a primeira vez que
um conjunto de técnicas envolve o planeta como um todo e faz sentir instantaneamente
sua presença. O sistema de técnicas atual é a chegada da técnica da informação, por
meio da cibernética, da informática, da eletrônica; com isso as diversas técnicas
existentes passam a se comunicar entre elas. As técnicas características do nosso
tempo, presentes mesmo que sejam em um só ponto do território, tem uma influência
marcante sobre o mundo, o que é bem diferente das situações anteriores. Por outro
lado o sistema técnico dominante no mundo de hoje tem outra característica, isto é, a
de ser invasor, pois sem perceber o sujeito acaba por aderir determinadas ideologias,
decide aceitar o que lhe é proposto sem ter ideia das consequências, dessa forma esse
sistema técnico fica considerado muitas vezes como um invasor, de ideologias, ideias,
gostos e escolhas.
Segundo Santos (2005) é a partir da unicidade das técnicas da qual o
computador é uma peça central que surge a possibilidade de existir uma finança
universal, principal responsável pela imposição a todo o globo de uma mais valia
mundial. Sem ela, seria também impossível a atual unicidade do tempo, o acontecer
local sendo percebido como um elo do acontecer mundial. Por outro lado, sem a mais
valia globalizada e sem essa unicidade do tempo, a unicidade da técnica não teria
eficácia.
De acordo com as Diretrizes Curriculares do Paraná (2008), do ponto de vista
econômico e político, a internacionalização da economia e a instalação das empresas
multinacionais em vários países alteram as relações de produção e de consumo, bem
como entre países do mundo, entre regiões, entre países e interesses que representam
os organismos supranacionais, as desigualdades e injustiças decorrentes da produção
do espaço geográfico no modo capitalista. No que diz respeito ao consumo,
(PANAROTTO, p.140, 2008) afirma que:
Comprar eticamente significa que o consumidor faz suas escolhas de compra de forma consciente, recusando produtos e serviços produzidos que não atuam de forma ética na sociedade - ou seja, não respeitam leis de proteção ao consumidor, ao meio ambiente, trabalhistas, entre outras.
Para analisar o mundo em suas manifestações e atividades, é necessário
compreender a história das relações estabelecidas nesse planeta, para que ao nos
aproximarmos da totalidade possamos chegar à raiz do problema e à verdade. O
homem é uma síntese histórica, trazendo consigo um passado também histórico, sendo
somente ele capaz de, pelo trabalho, produzir e reproduzir-se, tornando a vida provável
e, pela ampliação de suas habilidades, interferir no espaço geográfico e transfromá-lo a
seu favor.
3. O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO: ATIVIDADES E ANÁLISES GERAIS
Com o objetivo de sensibilizar sobre o consumismo sustentável e o consumismo
em relação à sustentabilidade, esta atividade foi composta de textos e leituras, que
despertassem no aluno a percepção quanto aos danos ambientais e a alienação,
causada pelo consumismo desenfreado na sociedade globalizada, bem como entender
as formas de motivação que induzem os indivíduos ao consumo abusivo, as quais tiram
a liberdade de definir as suas reais necessidades de consumo. O projeto foi dividido em
seis atividades, das quais a primeira, “assimilando conceitos”, foi um momento em que
todos conheceram o significado de globalização, aldeia global e consumismo. Logo
após, responderam questões sobre consumismo para que se tivesse uma ideia de
como os educandos o praticam.
Já a atividade 2, “ampliando os horizontes”, foi realizada em vários momentos, o
1º momento os alunos realizaram pesquisa em casa de alguns produtos consumidos, e
anotaram a qual empresa pertencia o produto. No 2º momento foram ao laboratório de
informática pesquisar sobre as empresas como país-sede, localização das indústrias, e
países onde exportam os produtos. No 3º momento localizaram no mapa mundi o país
sede, localização das indústrias e que países para os quais são exportados os
produtos. 4º momento discussões: por que a maioria dos países-sede se localizam no
Norte, onde se localizam as fábricas? E a mão-de-obra?
Para os educandos o consumo representa prestígio e status, pois na sociedade
capitalista é muito importante o “ter”, enquanto o “ser” é menosprezado por grande
parte das pessoas que, já convencidas pelo poder da mídia, se sentem realizadas e
atraídas pelo consumismo desenfreado e com isso falta preocupação com as questões
humanas e a essência do ser humano. Para alguns jovens, o fato de usarem algumas
marcas, terem possibilidade de consumir alguns produtos dá a eles a sensação de
poder e sucesso em relação aos demais. As propagandas publicitárias fazem um texto
apelativo, que tenta convencer que o consumo de um determinado produto mostra o
quanto um ser humano pode ser inteligente, distinto, jovial.
Como já dito acima, a atividade 2 foi desenvolvida a partir de uma pesquisa a ser
realizada em casa e na escola, onde os alunos verificaram os seguintes itens:
a) Pesquise 10 itens de consumo em sua casa. Dê preferência a produtos de
limpeza e higiene, com rótulos em português e espanhol.
b) No laboratório de informática, pesquise e complete o quadro abaixo
Produtos Nome da
empresa
País-sede Localização
das fábricas
da empresa
Países
para onde
o produto
é
exportado
c) Em sala de aula, com os colegas do seu grupo junte as informações coletadas
e represente-as no mapa-múndi, usando 3 cores: uma cor para os países-sede das
empresas, outra cor para os países onde se localizam as fábricas das empresas e uma
terceira cor para os países onde são exportados os produtos pesquisados.
d) Por que as empresas distribuem suas fábricas por muitos países?
Esperava-se que nesta atividade os alunos percebessem que para garantir seus
lucros às empresas ampliam o mercado para venda de seus produtos, evitam
prejuízos, controlam tanto a exploração de mão de obra como a matéria-prima,
procuram usufruir de incentivos oferecidos por governos que querem atrair novas
fábricas para gerar novos empregos (esses incentivos podem ser empréstimos a juros
favoráveis, isenção de impostos etc).
A atividade 3 "Slides sobre globalização e consumo na TV pendrive" foi
desenvolvida através de slides com imagens e informações sobre consumismo e
globalização, seguidas de explicações; os alunos realizaram anotações sobre o tema
quando procurou-se estabelecer uma reflexão com os alunos para formular questões e
tentar dar respostas, através de discussão e interação entre todos, de maneira que
suas experiências, suas ideias e suas reflexões pudessem ser compartilhadas e
filtradas no debate em sala de aula. A motivação para aprofundar o estudo deste tema
é a busca por explicações sobre o que leva a sociedade atual a ser tão insaciável e a
não ter liberdade de definir suas necessidades. Nesse sentido, não se tem a verdadeira
noção do que é necessidade de consumo e por quem são criadas, nem mesmo a
noção dos custos ou dos valores (sociais, culturais, econômicos ou ambientais), os
produtos que se consomem de forma desenfreada, ao mesmo tempo em que,
contraditoriamente, parte da sociedade tem dificuldade de acesso aos produtos
considerados básicos para a sobrevivência.
É importante ressaltar que vivemos em um mundo globalizado, em que se
destacam as relações comerciais, políticas e culturais entre os países. Na sociedade
globalizada, as novas tecnologias têm papel fundamental e ajudam a estabelecer
novos hábitos e padrões de comportamento.
Acredita-se que a escola tem potencial para provocar uma boa discussão, no
sentido de questionar a situação de dependência em que a sociedade se encontra em
relação ao sistema estrutural do capitalismo atual.
Foi iniciada, na sequência, uma conversa sobre como muitas vezes somos
influenciados, na compra de certos produtos, na maneira de vestir-se, em ser
persuadido pelas propagandas, nos meios de comunicação; logo após foram lançadas
as seguintes questões:
Quais as consequências da globalização nas nossas vidas?
As pessoas vão mesmo pensar todas do mesmo jeito, em qualquer lugar do mundo?
Será criada uma cultura comum, ou muitas sociedades não abandonarão suas
tradições, cultura, língua, identidade, etc.?
Durante a atividade 4, “de olho no consumo” analisaram-se algumas propagandas
de automóvel, de baterias, cosméticos e bombom; a seguir os alunos responderam
questões, o que proporcionou reflexão do quanto as propagandas influenciam no
momento de definir nossas necessidades.
A seguir apresenta-se resumidamente como foi desenvolvida esta atividade:
Elaborar propaganda é aproveitar tempo, espaço e investir economicamente no
futuro, pois na medida em que os textos, imagens, ritmos e sons usam uma linguagem
como função apelativa o produto é vendido. Nunca se investiu tanto em propagandas
como nas últimas décadas.
As propagandas a seguir servirão de base para desenvolver algumas atividades,
nas quais o educando terá oportunidade para desenvolver a sua percepção, refletir
sobre o que está vendo e ouvindo, analisar o discurso apelativo para o convencimento.
1. PROPAGANDA DE BOMBOM
Disponível no link www.youtube.com/watch?v=XVrJ0C-IGL0
A propaganda apresenta algumas fases dos relacionamentos humanos,
preferencialmente o amor, e que só o bombom pode refazer as fases que não foram
tão boas vividas a dois. O bombom então seria a mágica para um relacionamento feliz
e duradouro.
2. PROPAGANDA DE AUTOMÓVEL
Disponível no link http://www.youtube.com/watch?v=-poZBEdMWXM
Com esta propaganda é possível mostrar que, quem dirige um novo automóvel
fez por merecer, com o tema “5 anos”, a propaganda mostra como os personagens se
imaginam nos próximos anos e como o automóvel é imponente, elegante, moderno,
ousado e traz a melhor tecnologia.
3. PROPAGANDA DE BATERIAS
Disponível no link http://www.youtube.com/watch?v=pB3H-GvMc6M
Nesta propaganda é representado o conceito da marca, e quem usa a bateria é
inteligente, dessa forma tenta convencer o consumidor que o mesmo deve ser
inteligente o suficiente para adquirir o produto.
4. PROPAGANDA DE COSMÉTICO
Disponível do link http://www.youtube.com/watch?v=qNXxGzdh7gw
A propaganda de cosméticos tenta convencer que o devido produto é a solução
para a pele, seja na idade que for ela será sempre a mesma, bela, luminosa, jovem,
macia e sedutora. Mostra também uma figura feminina bonita, jovem e aparentemente
feliz, mas sem perder de vista o produto.
Agora, por favor responda às seguintes atividades propostas:
a) Quais os valores implícitos e explícitos que estão sendo transmitidos pelas
propagandas?
b) Como as propagandas são apresentadas: por pessoas? Como as pessoas
que aparecem nas propagandas são: personalidades, desconhecidos, qual
sua faixa etária, sexo, condição social, estética?
c) O que mais chama atenção, os textos, as imagens ou os sons? Por quê?
d) Qual o elemento faz a persuasão, convence a comprar o produto?
e) A que público essas propagandas se destinam? Comprove sua resposta com
elementos do texto.
f) A propaganda “cria necessidades” de se ter um determinado produto? Ele é
sempre/realmente necessário?
g) Quem comanda o poder das mídias na sociedade?
h) Cite exemplos de seu cotidiano que comprovem a idéia, segundo a qual “ao
comprar, não se adquire um produto ou um serviço, mas define-se o status, e
mesmo a identidade de um indivíduo”. É “o ‘compro, logo existo’, uma forma
de o indivíduo se posicionar e se diferenciar dentro da sociedade através do
que consome”.
i) Há possibilidade de “mudanças nos padrões de consumo” em nossa
sociedade? Quais seriam os caminhos?
O objetivo principal desta atividade foi entender as formas de motivação que nos
levam, enquanto ser humano, ao consumo abusivo. A mídia pode tornar o ser humano
um indivíduo alienado, que vive, mas não dá importância para o que se passa no
planeta, não se preocupa com os problemas sociais e econômicos, políticas públicas,
questões ambientais e com isso deixa de apresentar propostas e soluções com
atitudes solidárias, valorizando os direitos fundamentais, traçando caminhos para a
emancipação da humanização do ser humano. Nem todos são alheios ao que acontece
na sociedade, é claro que muitos jovens, já com leituras críticas, sabem se portar de
forma consciente diante do consumismo desenfreado. O consumismo há muito tempo
deixou de ser um ato de subsistência. É mais facilmente identificado como uma forma
de lazer, de liberdade e de “cidadania”.
A quinta atividade, “dialogando com o conhecimento”, realizou-se através de
leitura de fragmentos do Código de Defesa do Consumidor e também uma reflexão foi
estabelecida para que os educandos entendessem o que leram. Na sociedade
brasileira ouve-se falar muito sobre o direito do consumidor, mas uma grande parcela
dos indivíduos ainda não conhece seus direitos, o que contribui para que muitos
fornecedores continuem agindo de maneira ilegal e abusiva. A alternativa está nas
iniciativas direcionadas à educação para o consumo. Instruir os indivíduos sobre seus
direitos e responsabilidades é formar um indivíduo capaz de colaborar de maneira
consciente para a construção de uma sociedade de consumo mais justa e saudável.
No código de Defesa do Consumidor, art. 4º, verifica-se que a Política Nacional
das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos
consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus
interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a
transparência e harmonia das relações de consumo.
Na atividade de número 6, “confecção de painel” foi proposto que os alunos
realizassem, em equipes, frases, textos, depoimentos, trechos de alguns artigos do
Código de Defesa do Consumidor, e também sobre o consumismo e a globalização.
Cada equipe apresentou seu painel, leu o que haviam escrito e fizeram
comentários sobre o mesmo, logo após foram até outras salas de oitavos anos e
fizeram explicações sobre seus painéis.
Essa atividade em grupo foi produtiva, pois contribuiu para melhorar a
comunicação e a interatividade não só entre os componentes da equipe, mas também
entre as demais equipes da classe. Ao trabalhar em grupo os alunos têm contato com
atitudes que serão fundamentais ao longo de toda a sua vida, como cooperação,
respeito mútuo e aceitação de diferentes pontos de vista.
4. DISCUSSÃO DAS ATIVIDADES
Estas atividades foram desenvolvidas com alunos de oitavas séries do período
matutino e vespertino do ensino fundamental do Colégio Desembargador, em
Guaraniaçu. No primeiro momento os alunos responderam questões referentes ao
consumo e globalização, tiveram dificuldades em responder e como o assunto não é do
cotidiano deles e já havia tempo das leituras, não recordavam o conceito de
globalização, de algumas palavras eles não sabiam o significado. Percebendo as
dificuldades, expliquei os conceitos de globalização, consumismo, aldeia global e
capitalismo. Tudo isso serviu para que os alunos falassem em casa com os pais sobre
o projeto “Um olhar crítico sobre o consumismo” e demonstrassem interesse em ler
mais e entender melhor sobre globalização.
Foi possível também saber que muitos pais tiveram curiosidade sobre o assunto
e interagiram com seus filhos mostrando dessa forma que a escola é responsável por
conteúdos significativos para a vida de cada estudante.
Alguns alunos perceberam que na sociedade globalizada grande parte da
juventude fica alienada e vive o seu “mundinho” sem se dar conta que pode transformar
o seu modo de vida. No contexto da realidade capitalista, o mundo da produção
influencia a vida cotidiana. O consumo comanda nossa forma de inação. E a confusão
dos espíritos impede o nosso entendimento do mundo, do país, do lugar, da sociedade
e de cada um de nós mesmos (SANTOS, 2000, p. 46).
No período matutino os alunos participaram, questionaram relatarm suas
experiências, mas no período vespertino houve pouca partição porque as famílias com
baixa renda impõem para seus filhos limites para os gastos, compras responsáveis, é a
situação econômica de cada um que determina onde se pode gastar e o que comprar,
uma vez que muitas dessas famílias não conhecem Shoppings, dificilmente vão aos
grandes centros. Mas percebe-se que muitos alunos estão cientes que se deve
consumir de maneira responsável.
Refletiu-se, também, no matutino e vespertino, que o consumismo na escola
causa a inimizade, preconceito, bulling, individualismo, indisciplina, apelidos,
brincadeiras maldosas, “grupinhos bem sucedidos”, deixam de levar o ensino a sério
ficando dessa forma seguros do dinheiro dos pais tornando-se alienados e se “acham
os tais” e alguns querem ser melhor que os outros porque utilizam tais produtos. Para
alguns jovens, o fato de usarem algumas marcas, terem possibilidade de consumir
alguns produtos dá a eles a sensação de poder e sucesso em relação aos demais.
Uma atividade que despertou muito interesse nos alunos foi a que exibiu as
propagandas publicitárias, já que as mesmas fazem uso de um texto apelativo, que
tenta convencer que o consumo de um determinado produto mostra o quanto um ser
humano pode ser inteligente, distinto, jovial, bonito e feliz. O consumismo desponta
como motor da atual sociedade de consumo. Tem seu papel dominante no sentido de
manipulação ideológica, imprimindo valores à sociedade que a fazem trilhar no
caminho da busca incessante de determinados objetos. Essa busca torna o intelecto do
ser humano mais reduzido, e induz na personalidade individual de cada espírito de
competitividade selvagem nociva a cada indivíduo Segundo Ianni (1998) nesse
momento a experiência se empobrece e a aparência enriquece.
Na referida atividade proporcionou-se reflexão do quanto as propagandas
influenciam no momento de definir nossas necessidades. Mostram também o quanto
somos dependentes ao que a mídia pode impor. O objetivo principal foi entender as
formas de motivação que nos levam, enquanto ser humano, ao consumo abusivo. A
mídia pode tornar o ser humano um indivíduo alienado, que vive, mas não dá
importância para o que se passa no planeta, não se preocupa com os problemas
sociais e econômicos, políticas públicas, questões ambientais e com isso deixa de
apresentar propostas e soluções com atitudes solidárias, valorizando os direitos
fundamentais, traçando caminhos para a emancipação da humanização do indivíduo.
Alguns alunos, no entanto, tiveram dificuldade de perceber o que estava implícito
nas propagandas e também não perceberam que as propagandas “criam
necessidades” de adquirir determinados produtos. E tiveram dificuldade de perceber
que há possibilidades de “mudanças nos padrões de consumo” e que é possível uma
mudança a medida que refletirem mais sobre o que é imposto, principalmente na mídia.
Por isso, nós professores e alunos, precisamos de muita leitura para entender os
discursos, capazes de manipular, alienar e manter a mesma ordem vigente. As
atividades desenvolvidas com essas oitavas séries possibilitaram a cada aluno um
olhar mais crítico sobre o consumismo e houve momentos em que cada um refletia e
entendia certas atitudes precipitadas com relação a alguns produtos e a força de
persuasão que a mídia tem.
A Confecção de painel foi uma atividade na qual os alunos se envolveram muito;
no painel foram coladas charges, montadas pelos próprios alunos, elaboraram e
escreveram frases sobre o consumismo, globalização e aldeia global. Também foram
coladas reportagens de destruição do meio ambiente, depósito de lixo de Guaraniaçu,
proteção de fontes. Alguns pais colaboram com os alunos refletindo sobre o meio
ambiente, pesquisando junto com os filhos. Muitas equipes surpreenderam, pois
explicaram muito bem os trabalhos e a grande maioria percebeu que o consumismo
traz problemas sociais, políticos, e alguns se surpreenderam que o consumismo
influencia na escola também. Os alunos utilizaram a criatividade e elaboraram charges
sobre o consumismo, comentaram letra da música globalização da Tribo de Já,
apresentaram vídeos retirados do yotube, montaram imagens sobre o consumismo e
uma equipe gravou apresentação e passou na TV pendrive (e está disponível no link
<http://www.youtube.com/watch?v=-HrhXebs5_E>
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do que foi desenvolvido no projeto, constata-se que o consumismo ocupa
uma posição destaque na sociedade globalizada, e esse trabalho contribuiu para levar
os alunos a se sensibilizar e refletir sobre o tema. Foi interessante para os alunos, pois
os mesmos participaram ativamente de todas as atividades; foi uma experiência ímpar.
O conjunto de atividades desenvolvidas no Colégio Desembargador com os
alunos da 8ª séries matutino e vespertino propôs que a escola comece a inserir uma
linguagem em suas atividades com a finalidade de preparar cidadãos conscientes e
críticos, que saibam a identificar a intenção que está por trás de cada apelo
consumista, como também, desenvolvam competências para lidar com a informação
veiculadas sem serem conduzidos por informações tendenciosas e manipuladoras.
É necessário trabalhar as questões do Consumo Consciente, levando os alunos
a perceberem que podemos adquirir e usar bens de consumo, alimentos e recursos
naturais de forma a não exceder as necessidades. Além de ser uma questão de
cidadania, as atitudes de consumo responsável ajudam a preservar o meio ambiente,
levando-os a refletir sobre o tema e a poderem mudar algumas atitudes.
A autonomia e a criticidade são fundamentais neste mundo capitalista para que
não nos deixemos ser influenciados pelos discursos e principalmente que decidam o
que todo sujeito deve consumir ou aceitar. É na escola que se pode dar a oportunidade
para que cada educando possa ler e entender melhor o mundo e as relações
interpessoais capazes de transformar o meio em que vivem. Um sujeito crítico e
autônomo interfere em seu contexto para melhores condições de vida e de trabalho.
6. REFERÊNCIAS
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Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 199
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(Coleção educação para o consumo sustentável).
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FONT, J, N.; RUFÍ, J. V. Geopolítica, identidade e globalização. São Paulo Ed.
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IANNI, O. Teorias da Globalização. 5ª ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1998.
LEFF, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder.
Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 2009.
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natural e socioeconômico. São Paulo: Ed Moderna, 2005
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Paulo Ed. Moderna, 2005.
PANAROTTO. C. O meio ambiente e o consumo sustentável: alguns hábitos que
podem fazer a diferença. Disponível em
<http://www.caxias.rs.gov.br/procon/site/_uploads/publicacoes/publicacao_5.pdf>.
Acesso em 07 dez. 2010.