contestação - civel

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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE/RN Processo nº 0010540-91.2014.820.0129 IREP - SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR MEDIO E FUNDAMENTAL LTDA., já qualificada nos autos, por seus advogados e bastantes procuradores que esta subscrevem (docs. em anexo), nos autos da AÇÃO que lhe move PATRICIA APARECIDA ALVES CORDEIRO, inscrita no CPF n.º 013.739.224-94, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 30 da Lei 9099/95 e demais disposições legais pertinentes, apresentar sua CONTESTAÇÃO, o que faz pelos motivos de fato e de direito a seguir articulado. 1 DOS RESUMOS DOS FATOS A autora alega ser aluna da Instituição de ensino, orá demandada, no entanto, afirma que teve seu nome incluído indevidamente junto aos órgãos de restrição ao crédito, por dívida no montante de R$ 1.206,54 (mil duzentos e seis e cinquenta e quatro centavos), referente ao mês de fevereiro e segue aduzindo que a empresa demandada lhe entregou um documento em que cujo teor comprovava a inexistência de débitos por parte da mesma.

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  • EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CVEL DA

    COMARCA DE SO GONALO DO AMARANTE/RN

    Processo n 0010540-91.2014.820.0129

    IREP - SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR MEDIO E

    FUNDAMENTAL LTDA., j qualificada nos autos, por seus advogados e bastantes

    procuradores que esta subscrevem (docs. em anexo), nos autos da AO que lhe move

    PATRICIA APARECIDA ALVES CORDEIRO, inscrita no CPF n. 013.739.224-94, vem,

    respeitosamente, presena de Vossa Excelncia, com fundamento no artigo 30 da Lei 9099/95

    e demais disposies legais pertinentes, apresentar sua CONTESTAO, o que faz pelos

    motivos de fato e de direito a seguir articulado.

    1 DOS RESUMOS DOS FATOS

    A autora alega ser aluna da Instituio de ensino, or demandada, no

    entanto, afirma que teve seu nome includo indevidamente junto aos rgos de restrio ao

    crdito, por dvida no montante de R$ 1.206,54 (mil duzentos e seis e cinquenta e quatro

    centavos), referente ao ms de fevereiro e segue aduzindo que a empresa demandada lhe

    entregou um documento em que cujo teor comprovava a inexistncia de dbitos por parte da

    mesma.

  • Isto posto, requereu que a empresa fosse compelida a retirar seu nome do

    SCPC a ttulo de tutela antecipada, o que foi indeferido.

    Foram os fatos narrados.

    2 - DO MRITO

    2.1 DA NOTRIA IMPROCEDNCIA DOS PLEITOS AUTORAIS.

    A Demandada empresa que goza de grande prestgio junto ao mercado

    consumidor e, at mesmo, em face de seus concorrentes, tendo construdo o seu nome, no s

    em razo das melhores condies de servios educacionais oferecidos, mas, principalmente

    motivada pela excelncia no atendimento aos clientes.

    Inicialmente, cumpre esclarecer que de inteira responsabilidade da

    demandante informar, atravs de requerimento administrativo, a ocorrncia de supostas

    cobranas indevidas, comprovando devidamente a quitao do dbito, posto que da

    anlise do contrato de prestao de servio a aluno/demandante a responsvel pelo

    pagamento da integralidade das mensalidades.

    importante salientar que a demandante ao dar o aceite contratual tem

    todas as informaes em relao ao contrato de prestao de servios educacionais, inclusive

    no que se refere ao pagamento pelos servios prestados e o procedimento para trancamento e

    cancelamento de matrcula. Sendo assim, resta claro, que a reclamante assumiu no ato do

    aceite contratual todos os termos do contrato, estando ciente da obrigao de adimplir com a

    integralidade de todas as mensalidades.

    Como sabido, a demandada uma Instituio privada e de ensino no

    gratuito, sendo o contrato educacional firmado entre as partes renovado semestralmente. Desta

    forma, a demandante se compromete ao pagamento sucessivo das mensalidades escolares.

    Destaque-se que o aceite eletrnico foi realizado pela aluna na data de

    17/08/2014 para o curso de Enfermagem, perodo 2014.2, conforme se constata na tela abaixo.

  • Ora, como sabido o valor das mensalidades para cada perodo letivo se d

    conforme o campus, o curso, as disciplinas e os crditos escolhidos. Dessa feita, quanto maior o

    nmero de disciplinas a serem cursadas, maior ser o valor da mensalidade do aluno. Da

    anlise do contrato, na clusula 03 (trs) esto determinadas as diretrizes para o pagamento

    pelos servios, vejamos:

    3 - DO PAGAMENTO PELOS SERVIOS

    3.1. Em contrapartida aos servios educacionais, o CONTRATANTE efetuar

    o pagamento do perodo letivo ou renovado, desdobrado em mensalidades,

    mediante quitao de respectivo boleto bancrio ou equivalente em

  • instituies financeiras indicadas no referido documento, cujo valor ser

    apurado de acordo com o campus, o curso, o turno, bem como as

    disciplinas e/ou crditos escolhidos, deduzidos possveis benefcios

    oriundos de Bolsas de estudo, cujo valor nominativo vir expresso no teor do

    aviso de cobrana dirigido ao aluno.

    (...)

    3.3. O aluno regularmente matriculado no curso objeto deste contrato,

    bem como o responsvel legal/financeiro, assumem, desde ento,

    solidariamente, o irrevogvel compromisso de pagar a integralidade do

    valor da semestralidade letiva, em razo da CONTRATADA

    disponibilizar ao aluno a respectiva vaga, independentemente do

    momento da matrcula.

  • 3.4. O CONTRATANTE e seu responsvel legal/financeiro assumem,

    solidariamente, a responsabilidade pelo pagamento de todo o valor da

    obrigao, fracionada de acordo com os meses do perodo letivo, ainda que

    no venha a freqentar as aulas, ressalvadas as hipteses de trancamento

    ou cancelamento de matrcula, atos obstativos do dever de cobrana das

    prestaes, ainda no vencidas a partir da data da concesso do trancamento

    ou da solicitao do cancelamento.

    Ora, douto conciliador, a aluna requer que seja desconsiderado um dbito que

    de fato devido. Ocorre que todas as disciplinas foram colocadas a disposio da mesma que

    simplesmente no freqentou as aulas junto Instituio de ensino. Em outros termos, a IES

    demandada disponibilizou o servio de todas as disciplinas constantes na grade da demandante

    desde o inicio do ano letivo, sendo assim, o valor cobrado devido, posto que no momento em

    que foi gerada a cobrana as disciplinas estavam disposio da demandante, que no realizou o

    cancelamento da matrcula.

    Supracitada situao encontra-se prevista no contrato de prestao de servios

    educacionais no item 3.6:

    3.6. O no comparecimento do CONTRATANTE aos atos acadmicos

    ora contratados no o exime do pagamento das parcelas, tendo em vista a

    disponibilizao do servio pela CONTRATADA. Da mesma forma, nos

    casos em que os servios forem contratados aps o incio do perodo letivo,

    no far jus a nenhum tipo de desconto ou reduo do valor total cobrado

    pelo respectivo perodo.

    Destaque-se que no consta no sistema da instituio, ora demandada

    reclamada, requerimento solicitando o trancamento/cancelamento de matrcula que o ato eficaz

    para cessar a cobrana das mensalidades vincendas, consta apenas agendamento para realizar a

    solicitao. Contudo, ambos os agendamentos foram cancelados pela ausncia da demandante,

    estando em situao de abandono.

  • DO TRANCAMENTO OU CANCELAMENTO DE MATRCULA

    7.1. O trancamento ou o cancelamento de matrcula so os nicos atos

    eficazes para suspender a cobrana das mensalidades escolares vincendas

    daquela data em diante, remanescendo a obrigao do CONTRATANTE

    quanto ao pagamento das mensalidades vencidas e ainda no pagas.

    7.2. Para efetivar o trancamento ou cancelamento de matrcula, o

    CONTRATANTE dever estar em dia com as mensalidades devidas at a

    data da respectiva solicitao ou, alternativamente, firmar um Instrumento de

    Confisso de Dvida, reconhecendo o seu dbito para com a CONTRATADA

    e acordando a forma de pagamento deste dbito.

    Fica claro que a Autora tenta imputar R uma falha que foi

    exclusivamente sua, pois, em momento algum, a instituio descumpriu qualquer norma. Ao

    exame da narrativa e da falta de documentos acostados, denota-se a total ausncia de amparo

    ftico e legal as argumentaes autorais, pelo contrrio,

    Assim, no merece prosperar, portanto, o pedido Autoral, por tudo o que a

    prpria narrou em sua exordial e o que aqui se aduz.

    Como visto, todos os atos esto em perfeita consonncia com as regras

    objetivas e universais estabelecidas em legislao consumerista, no havendo qualquer

    irregularidade que pudesse sustentar o pleito autoral.

    2.2 DA INEXISTNCIA DO DEVER DE INDENIZAR

    No h dvidas de que o dano moral indenizvel, mas este no pode ser

    causa de abusos daqueles que se dizem ofendidos moralmente. Para se impor um decreto

    condenatrio, este deve ser feito ante uma mnima prova para saber se realmente o ato foi

    causa do sofrimento pelo ofendido.

  • Verdadeira banalizao deste instituto est ocorrendo, graas a pedidos

    como estes formulados que elevam uma situao comum a limites inimaginveis, fazendo

    com que todo e qualquer aborrecimento se converta em pedido de danos morais, cabendo ao

    judicirio frear essa indstria que tem se propagado nos ltimos anos.

    No presente caso, notrio que no houve expressivo fato capaz de fazer

    surgir uma obrigao de indenizao por dano moral.

    Carlos Alberto Bittar em sua obra, Reparao Civil por Danos

    Morais assim elenca:

    "Tem-se, portanto, fatos geradores de danos morais podem

    ser quaisquer aes humanas, algumas descritas em leis, que

    venham a provocar danos morais injustos na rbita de outrem,

    desde que acompanhados dos demais fatores determinantes da

    responsabilizao: o nexo causal e o dano. Avulta, nesse

    passo, a idia de injustia do dano, exatamente para que se

    afastem situaes, j mencionadas, em que a produo de

    prejuzos tenha sido legtima. Anote-se, outrossim, que

    devem ser apartados desse contexto certos fatos, a respeito

    dos quais h a pr-eliso da antijuridicidade, ou a

    correspondente justificao, face a previses do ordenamento

    jurdico. So as causas obstativas (como as imunidades) e as

    excludentes de responsabilidade, que impedem a respectiva

    concretizao, ou afastam-na, diante de fatores externos,

    naturais ou voluntrios, que interrompem ou afastam o nexo

    causal (como as hipteses de fora maior, caso fortuito, fato

    de terceiro, fato da vtima).(...) A caracterizao do direito

    reparao depende, no plano ftico, da concorrncia dos

    seguintes elementos: o impulso do agente, o resultado lesivo e

    o nexo causal entre ambos, que so, alis, os pressupostos de

    responsabilidade civil".

  • Assim a parte autora busca beneficiar-se da indenizao para um dano

    que nem ao menos foi caracterizado, aproveitando-se, pois, da tendncia atual de se recorrer

    ao Judicirio pleiteando indenizaes baseadas em fatos que no tm o condo de causar

    nenhum prejuzo aprecivel.

    E, frise-se, a doutrina mais avanada no mbito do direito civil

    constitucional estabelece expressamente que apenas as situaes graves ao ponto de afetar a

    dignidade humana so aptas a gerar o dever de indenizao por danos morais. Confira-se:

    De fato, no ser toda e qualquer situao de sofrimento,

    tristeza, transtorno ou aborrecimento que ensejar a

    reparao, mas apenas aquelas situaes graves o suficiente

    para afetar a dignidade humana em seus diversos substratos

    materiais, j identificados, quais sejam, a igualdade, a

    integridade psicofsica, a liberdade e a solidariedade familiar

    ou social. [2] (grifou-se)

    No mesmo diapaso so, respectivamente, o Enunciado

    14.4.3 da Consolidao dos Enunciados Jurdicos Cveis,

    publicado no Dirio Oficial de 04 de agosto de 2005 e o

    verbete da Smula n. 75 do Tribunal de Justia do Rio de

    Janeiro que disciplinam a matria em riste:

    i) ENUNCIADO 14.4.3: O INADIMPLEMENTO

    CONTRATUAL, POR SI S, NO ENSEJA O DANO

    MORAL, SALVO SE DA INFRAO ADVM

    CIRCUNSTNCIA QUE ATENTA CONTRA A

    DIGNIDADE DA PARTE;

    ii) SMULA N. 75 TJ/RJ: DESCUMPRIMENTO DO

    DEVER LEGAL DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL

    MERO ABORRECIMENTO DANO MORAL

    INEXISTNCIA

  • O SIMPLES DESCUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL

    OU CONTRATUAL, POR CARACTERIZAR MERO

    ABORRECIMENTO, EM PRINCIPIO, NO CONFIGURA

    DANO MORAL, SALVO SE DA INFRAO ADVM

    CIRCUNSTNCIA QUE ATENTA CONTRA A

    DIGNIDADE DA PARTE.

    Nesse sentido, tem se firmado a pacfica jurisprudncia. Observe:

    Dano moral - Abalo psicolgico - Critrios de aferimento.

    Comportamento psicolgico do indivduo - Mero dissabor -

    Sensibilidade exacerbada.

    S deve ser reputado como dano moral a dor, o vexame,

    sofrimento, humilhao que, fugindo normalidade, interfira

    intensamente no comportamento psicolgico do indivduo,

    causando-lhe aflio, angstia e desequilbrio em seu bem

    estar, no bastando mero dissabor, aborrecimento, mgoa,

    irritao ou sensibilidade exacerbada. 1

    evidente a falta de critrio, sendo deste modo, manifesto o propsito

    da parte autora em enriquecer-se s custas da r, observando ainda que a mesma ,

    comprovando nunca cumprir com suas obrigaes, tambm foi negativada por outras

    intituies, conforme resta demonstrado na tela infra:

  • Alm de no verificar-se, no caso em tela, qualquer dano, no h prova

    da existncia dos supostos danos.

    Ora, pacfico que o dano moral, apesar de dispensar prova acerca de

    prejuzo patrimonial, no dispensa a comprovao de dano significativo esfera ntima

    da pessoa, a fim de que no se enverede para a denominada indstria do dano moral.

    Condenar a empresa r sem que o dano moral tenha sido minimamente

    comprovado leva a excessos inaceitveis, com exageros que podem comprometer a prpria

    dignidade do instituto do dano moral, como j vem ocorrendo e sendo repudiado pela

    renomada doutrina.

    Alm do mais, h um aspecto processual alusivo ao dano moral, que

    merece especial destaque. Os padecimentos morais, para que sejam indenizveis, devem

  • constar expressamente descritos na petio inicial, a fim de lev-los ao conhecimento do

    Estado-juiz, sob pena de afastamento da verba indenizatria pugnada.

    Neste sentido a sentena proferida pelo ilustre Magistrado Antonio

    Marcelo C. Rmola, no processo nmero 2117/03 em trmite perante o Juizado Especial Cvel

    da Comarca de Campinas/SP Anexo Unip:

    A ao improcedente. Ensina-nos a jurisprudncia, na

    lio do Ministro Barros Monteiro que, para

    caracterizao do dano moral puro, sobrevindo em razo

    do ato ilcito, necessria a perturbao nas relaes

    psquicas, na tranqilidade, nos sentimentos e nos afetos

    de uma pessoa. Entende o jurista que, presentes tais

    requisitos, configurar-se-ia o dano moral, passvel de

    indenizao (4 Turma STJ-Resp. 8.768-SP, julgado em

    18.02.92). A leitura da inicial no traz qualquer dos

    elementos acima descritos. Limita-se a narrar o fato de

    per si lastimvel, sem contudo, fazer meno ao abalo das

    relaes psquicas que, acaso presentes, autorizariam o

    pedido inicial. Inexistindo tal abalo, no h que se falar

    em dano moral, sendo a improcedncia de rigor. (grifos

    nossos)

    Convm trazer colao posio doutrinria nesse

    sentido: No sistema processual brasileiro, em que o autor tem de narrar os fatos e

    fundamentos jurdicos do pedido, mais avulta a necessidade de compreender dano moral

    como conseqncia que tem origem no mal inferido a algum. Se o autor de uma ao que

    pleiteia indenizao por dano moral narrar o fato (...) esquecendo-se de aduzir o resultado

    lesivo, a petio inicial ser inepta por faltar a causa petendi (VENOSA, Slvio de Salvo.

    Direito Civil, v. IV : Responsabilidade Civil. 3. ed. So Paulo: Atlas, 2003).

    Neste mesmo sentido o posicionamento da corrente

    jurisprudencial:

    Responsabilidade civil. Acidente de trnsito. Indenizao.

    Dano moral. Impossibilidade de que seja presumido.

    Necessidade de demonstrao da dor moral. Inocorrncia.

  • Verba indevida. (1 TACSP, Ap. cvel 436534-7/00, 16

    Cmara, j. 25/10/1990, rel. Raphael Salvador). (grifamos).

    Isto porque, a simples meno de que a vtima teria sofrido abalos morais,

    no os demonstra na essncia, constituindo impeditivo indenizao.

    Nesse sentido, no cabe ressarcimento a meras conjecturas e fantasias,

    devendo o dano moral existir e ser descrito em sua essncia para sobejar o direito

    indenizao, e, de fato, isto no fez a autora ao distribuir a presente ao, no descreveu,

    em nenhum momento quais danos morais por ela fora sofrido.

    Ausentes, pois, os requisitos indispensveis configurao do ato ilcito, o

    pedido de danos morais deve ser julgado improcedente, nos termos acima expostos.

    Todavia, caso no seja esse o entendimento desse Douto Juzo, o que se

    aventa apenas por amor ao debate, requer, ento, que a indenizao seja fixada em valores

    mnimos, levando-se em considerao a razoabilidade e a proporcionalidade do suposto dano

    sofrido, que, in casu, inexistiu.

    Com efeito, eventual condenao por danos morais se traduzir em

    verdadeiro enriquecimento sem causa, o que afronta o artigo 884 e seguintes do Cdigo Civil.

    o que dispe a jurisprudncia sobre a questo:

    de repudiar-se a pretenso dos que postulam exorbitncias

    inadmissveis com arrimo no dano moral, que tem por escopo

    favorecer o enriquecimento indevido. 2

    Eventuais transtornos e insatisfaes da vida, causados por fatos que, at

    mesmo por mero engano acontecem, fazem parte do nosso dia a dia e nem todos eles, tendo

    em conta o comportamento de um homo medius, podem ser tidos como danosos moral das

    pessoas, ainda mais aqueles aos quais a r no deu causa.

    2.3 - DA IMPUGNAO DOCUMENTAO ACOSTADA INICIAL

    Neste tpico, restam impugnados, para os devidos fins de direito, os

    documentos apresentados pela Autora, sendo certo que padecem das devidas sustentaes,

  • razo pela qual devem ser desconsiderados.

    Assim, ficam os documentos colacionados com a pea exordial

    impugnados para todos os efeitos.

    3 - CONCLUSO

    FACE AO EXPOSTO, requer que seja rechaada integralmente a narrativa

    trazida, com a total improcedncia da presente demanda ante a ausncia do dever de indenizar a

    Autora em danos morais, j que no praticou qualquer ato ilcito.

    Por fim, requer todas as publicaes, citaes e intimaes eletrnicas

    sejam efetuadas, EXCLUSIVAMENTE, em nome de ANDREZA BARCALA PEIXOTO,

    CPF 043.951.136-48 e OAB/MG 111.064, e ainda que todas as NOTIFICAES postais e

    todas as correspondncias sejam enviadas para Dcio Freire & Associados localizado na

    Avenida Av. Agamenon Magalhes 4779, 18 andar sala 1801, CEP: 50.070-160

    Recife/PE, sob pena de nulidade.

    Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos,

    notadamente pelo depoimento pessoal do Autor, sob pena de confesso, e a juntada de novos

    documentos.

    Termos em que pede deferimento.

    Natal/RN, 25 de novembro de 2014.

    Dcio Freire

    OAB/RN 1.024-A

    Andreza Barcala

    OAB/MG 111.064

    Daniel Rousseau

    OAB/RN 11.714