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Contedo
21.Princpios da Assistncia Farmacutica no SUS;
22.Legislaes Pertinentes;
23.Poltica Nacional de medicamentos;
24.Competncias e Responsabilidades;
25.Estratgias e Tcnicas de Atendimento ao paciente;
26.tica profissional;
27.Conceitos Bsicos em Farmacologia.
28.Princpios de Organizao para Farmcia;
29.Procedimentos Operacionais Padro;
210.Cuidados Bsicos com Medicamentos;
211.Recebimento, Conferncia, Armazenamento e conservao de Materiais e Medicamentos;
212.Separao de Pedidos e Requisies;
213.Inventrio;
214.Introduo ao Sistema Nacional de Gesto da Assistncia Farmacutica HRUS e Sistema de Gerenciamento e Controle da SESAU;
215.Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos em Sade PGRSS (RDC 306 ANVISA, 12/2004).
1. Assistncia Farmacutica no SUS;
2. Legislaes:3. Poltica Nacional de medicamentos;
4. Competncias e Responsabilidades;
5. Estratgias e Tcnicas de Atendimento ao paciente;
6. tica profissional;
7. Conceitos Bsicos em Farmacologia.
O que so medicamentos?
Um ou mais princpios ativos (frmaco ou droga);
diagnosticar;
prevenir;
curar doenas ou aliviar sintomas.
Os medicamentos seguem a normas rgidas para poderem ser utilizados, desde a sua pesquisa e desenvolvimento, at a sua produo e comercializao.Remdio, Medicamento e Princpio Ativo so a mesma coisa?
O que Farmacologia?
Compreende o conhecimento da histria, origem, propriedades fsicas e qumicas, composio, efeitos bioqumicos e fisiolgicos, mecanismo de ao, absoro e distribuio, biotransformao e eliminao dos frmacos, propriedades teraputicas e empregos dos medicamentos (Goodman e Gilman, 2003).Outros conceitos:
Efeito farmacolgico: a ao de um determinado principio ativo sobre um sistema biolgico gerando uma resposta farmacolgica. Teraputica: Cincia que trata o doente alivia o sofrimento, quando possvel cura e sempre conforta.
Farmacoterapia: o uso da teraputica associada ao medicamentos.
Farmacocintica: So definidos como aquilo que o organismo faz com a droga (movimento da droga no organismo). Aborda a absoro, adistribuio e a excreo dos frmacos.;
Farmacodinmica: O que a droga faz ao organismo (mecanismo de ao). Envolve mecanismos bioqumicos e farmacolgicos dos frmacos.
Toxicologia: parte da farmacologia que aborda os efeitos nocivos dos frmacos, os quais podem ser responsveis pela intoxicao aos organismos.
Tipos de dose :
Sub-terapeutica: uma dose que no capaz de levar um medicamento a ter um efeito farmacolgico (dose baixa);
Teraputica: uma dose que capaz de levar um medicamento a ter um efeito farmacolgico (dose certa);
Txica: uma dose elevada, que capaz de levar um medicamento a ter um efeito txico (dose elevada).
Formas Farmacuticas Comprimidos; Cpsulas;
Ps;
Granulados; Xaropes; Solues (gotas, nasais, colrios, bochechos e gargarejos e injetveis); Supositrios;
vulos e cpsulas ginecolgicas; Aerossis; Pomadas;
Suspenses; Emulsoes.Vias de administrao
Tipos de medicamentos REFERNCIA Medicamento inovador; registrado no rgo federal responsvel pela vigilncia sanitria; eficcia, segurana e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao rgo federal competente, por ocasio do registro. SIMILAR Contm, em relao ao medicamento de referncia, igual:
frmaco;
concentrao;
forma farmacutica;
via de administrao;
posologia;
Indicao.
No foi submetido ao estudo de bioequivalncia. GENRICO Lei 9787/99
Produzido aps a expirao da proteo patentria ou de outros direitos de exclusividade
Contm, em relao ao medicamento de referncia, igual:
frmaco;
concentrao;
forma farmacutica;
via de administrao;
posologia;
Indicao.
submetido aos estudos de bioequivalncia comprovando a sua eficcia, segurana e qualidade
Designado pela DCB ou, na sua ausncia, pela DCI
INTERCAMBIALIDADE
**Exceto os medicamentos similares que j so considerados equivalentes farmacuticos pela ANVISA
EMBALAGEM
OS MEDICAMENTOS SEGUNDO O TIPO DE PRESCRIO
Tipos de receiturios
REAES ADVERSAS MEDICAMENTOS (RAM) qualquer efeito prejudicial ou indesejado que se apresente aps a administrao de doses de medicamentos normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnstico ou tratamento de uma enfermidade. Seu conceito expressa o risco inerente de problemas com os medicamentos, quando usados corretamente (OMS).
Quanto maior a dose, maior o nmero de indivduos que respondem (relao quantal)
As principais causas de variabilidade so:- idade; - etnia;- fatores genticos;- fatores imunolgicos;- estados patolgicos. Ex: doena renal ou heptica;- interaes entre frmacos. Uso incorreto e/ou desnecessrio:
Interaes com alimentos e medicamentos;
Intoxicao;
Reaes alrgicas;
Mascarar de sintomas;
Dessensibilizao e diminuio dos esfeitos;
Resistncia microbiana antimicrobianos;
Morte.
Ceatox HC 60.000 internaes
(600 casos/ms)
Classes de medicamentos:
1 lugar = analgsicos/ antitrmicos/ Anti- inflamatrios;
2 lugar = antidepressivos e estimulantes;
3 Lugar = cardiovasculares.
Frmacos:
Acido acetilsaliclico;
Paracetamol;
Dipirona.
8. Procedimentos Operacionais Padro;
9. Princpios de Organizao para Farmcia Recebimento, Cuidados Bsicos com Medicamentos Conferncia, Armazenamento e conservao de Materiais e Medicamentos;Armazenamento
No Brasil, os almoxarifados dedicados exclusivamente armazenagem de medicamentos tm sido denominados como Centrais de Abastecimento Farmacutico (CAF). O armazenamento constitui-se como um conjunto de procedimentos tcnicos e administrativos que envolve diversas atividades (Vecina Neto & Reinhardt Filho, 1998).
Recebimento de Medicamentos ato de examinar e conferir o material quanto quantidade e documentao.
Estocagem ou guarda arrumao do material em certa rea definida, de forma organizada, para maior aproveitamento de espao possvel e dentro de parmetros que permitam segurana e rapidez.
Segurana capacidade de manter o material sob cuidados contra danos fsicos, furtos e roubos.
Conservao capacidade de manter assegurada as caractersticas dos produtos, durante o perodo de estocagem.
Controle de Estoque monitoramento da movimentao fsica dos produtos (entrada, sada e estoque).
Entrega entrega do material de acordo com as necessidades do solicitante,
garantindo adequadas condies de transporte, preservao da identificao at o consumidor final e rastreabilidade do produto.
O principal objetivo do armazenamento o de garantir sua qualidade sob condies adequadas e controle de estoque eficaz, bem como de garantir a disponibilidade dos produtos em todos os locais de atendimento, assegurada a qualidade do produto desde o recebimento at sua entrega ao usurio. Ainda podemos detalhar melhor outros objetivos:
Receber materiais de acordo com as especificaes determinadas nos processos de programao e aquisio;
Guardar os produtos dentro das condies recomendadas, respeitadas as
especificidades (termolbeis, fotossensveis, inflamveis etc.), incluindo a segurana da equipe e do ambiente de trabalho;
Localizar de forma pronta, gil e inequvoca;
Assegurar os produtos e os valores patrimoniais inerentes, protegendo-os contra desvios e perdas;
Preservar a qualidade dos produtos;
Entregar de forma a garantir a disponibilidade adequada e oportuna nas unidades usurias.
A Recepo de medicamentos e produtos de sade implica:
Conferncia qualitativa e quantitativa dos medicamentos, produtos farmacuticos e dispositivos mdicos recepcionados;
Conferncia da guia de remessa com a nota de encomenda;
Assinatura da nota de entrega e entrega de um duplicado ao transportador;
Conferncia, registo e arquivo da documentao tcnica (certificados, de anlise);
Registo de entrada do produto;
Envio do original da guia de remessa para o Servio de Aprovisionamento;
Envio dos produtos para armazenamento, tendo em ateno os critrios tcnicos (condies especiais e armazenagem, segurana especial de medicamentos);
A conferncia de hemoderivados exige ainda a conferncia dos boletins de anlise e dos certificados de aprovao emitidos pelo INFARMED, que ficam arquivados junto com a respectiva factura em dossiers especficos (por ordem de entrada).
RECEBIMENTO/RECEPO DE MEDICAMENTOS
Os medicamentos s devero ser recebidos com documentao. No caso de no acompanhar 2a via, deve-se providenciar a fotocpia;
No escrever nos documentos nem rasur-los. Qualquer observao deve ser feita em documento anexo, de preferncia em formulrio padronizado; a exceo se d em relao nota fiscal no caso de entrega inadequada e de impossibilidade de recebimento dos produtos, o motivo, data, hora e identificao completa do profissional devem ser apostados no verso da mesma;
Toda documentao referente movimentao dos produtos (entradas, sadas, inventrios, doaes, remanejamentos, incineraes, devolues, perdas etc.) deve ficar arquivada no servio;
Os medicamentos em desacordo com as especificaes solicitadas (forma farmacutica, apresentao, concentrao, rtulo, envase, embalagem, condies de conservao, lote, validade) devem ser notificados em livro ata e/ou boletim de ocorrncias, devendo ser informado ao laboratrio e vigilncia sanitria, por escrito, atravs de ofcio ou formulrio prprio, bloqueando a nota fiscal at a resoluo do problema;
Conferir todos os lotes dos produtos recebidos. Em caso de grandes quantidades, por amostragem;
No atestar notas fiscais ou qualquer documento de recebimento de medicamentos sem ter dado entrada na CA ou que no estejam sob seu controle;
Qualquer determinao para recebimento de produtos, pelo dirigente ou gestor, dever ser respaldada atravs da autorizao escrita, para que voc possa se resguardar em termos de prestao de contas e/ou auditorias;
Todas as ocorrncias devem ser notificadas, datadas e assinadas;
Devolues de medicamentos pelas unidades de sade s devero ser recebidas com as devidas justificativas, e assinadas pelo responsvel. Vale ressaltar que aqueles medicamentos que estejam prprios para o consumo devem ser devolvidos com um prazo adequado para o necessrio remanejamento dos mesmos;
Todo procedimento e providncias adotadas, referentes s ocorrncias, devero ser feitas por escrito e arquivadas as cpias para efeito de iseno de responsabilidades; No momento do recebimento, so realizados dois tipos diferentes de conferncia, quanto conformidade.
ARMAZENAMENTO GERAL
RDC 44/2009 Art. 35. Todos os produtos devem ser armazenados de forma ordenada, seguindo as especificaes do fabricante e sob condies que garantam a manuteno de sua identidade, integridade, qualidade, segurana, eficcia e rastreabilidade.
Estrutura fsica
O armazenamento de medicamentos, produtos farmacuticos e dispositivos mdicos deve ser feito de modo a garantir as condies necessrias de espao, luz, temperatura, humidade e segurana dos medicamentos, produtos farmacuticos e dispositivos mdicos.
Assim, o armazm de medicamentos dever ter as seguintes condies mnimas:
Facilidade de limpeza;
Fechadura exterior que permita o encerramento;
Permitir condies de rotao de estoque primeiro que expira/primeiro sai, exceto nos casos em que o prazo de validade do medicamento ou produto em causa, o determine;
Janelas, se existirem, devidamente protegidas contra a intruso de pessoas e animais;
Portas largas;
Dimenses adequadas instalao de suportes para armazenamento de medicamentos e/ou solues de grande volume, como prateleiras ou/e armrios, para que os produtos fiquem afastados do piso, parede e teto, a fim de permitir sua fcil limpeza e inspeo.;
O estabelecimento que realiza dispensao de medicamentos sujeitos a controle especial deve dispor de sistema segregado (armrio resistente ou sala prpria) com chave para o seu armazenamento, sob a guarda do farmacutico, observando as demais condies estabelecidas em legislao especfica (Portaria N344).
Ter condies ambientais adequadas O ambiente deve ser mantido limpo, protegido da ao direta da luz solar, umidade e calor, de modo a preservar a identidade e integridade qumica, fsica e microbiolgica, garantindo a qualidade e segurana dos mesmos(temperatura inferior a 25 C, proteco da luz solar directa e humidade inferior a 60 %). Para aqueles produtos que exigem armazenamento em temperatura abaixo da temperatura ambiente, devem ser obedecidas as especificaes declaradas na respectiva embalagem, devendo a temperatura do local ser medida e registrada diariamente.
Equipamento
O equipamento bsico dever ser o seguinte:
Estantes/armrios, para armazenamento de medicamentos;
Porta paletes elctrico;
Bancadas de trabalho;
Lavatrio para lavagem de mos;
Termo-higrmetro.
Normas e Procedimentos
Os parmetros de temperatura (tempertura ambiente e refrigerao) e humidade devem ser monitorizados continuamente e registados por turno (manh, tarde e noite);
Os medicamentos devem ser arrumados nas prateleiras ou gavetas (nunca em contato direto com o cho);
Todos os medicamentos devem estar devidamente rotulados ou entiquetados (nas prateleiras ou gavetas) e arrumados segundo a classificao denominao genrica e por ordem alfabtica;
Os prazos de validade dos medicamentos devem estar devidamente verificados e controlados; Os produtos violados, vencidos, sob suspeita de falsificao, corrupo, adulterao ou alterao devem ser segregados em ambiente seguro e diverso da rea de dispensao e identificados quanto a sua condio e destino, de modo a evitar sua entrega ao consumo; Os medicamentos devero ser armazenados segundo o princpio de PEPS primeiro que expira/primeiro sai, sendo respeitado primeiramente o prazo de validade; Estocar os medicamentos isolados de outros materiais, principalmente os de limpeza, perfumaria e cosmticos.ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS TERMOLBEIS
Na rede de frio, destacam-se quatro nveis (nacional, estadual, regional e local) que devem dispor de equipamentos apropriados para o armazenamento e transporte de medicamentos que necessitem de condies especiais de temperatura, inclusive dos imunobiolgicos.
Equipamentos e acessrios necessrios:
Cmaras frigorficas equipamentos projetados para armazenar produtos de grande volume, dotadas de prateleiras metlicas com orifcios, para manter a circulao interna de ar, podendo ser dimensionadas para temperaturas negativas (-20 C) e positivas (+2 a +8 C).
Freezeres ou congeladores equipamentos destinados estocagem de vacinas (a -20 C). o equipamento mais seguro para conservao em temperaturas negativas.
Refrigeradores ou geladeiras equipamentos destinados estocagem e conservao de alguns medicamentos, vacina e soros (+2 a +8 C).
Caixas trmicas acessrios utilizados para o transporte de imunobiolgicos de um nvel local para outro.
Gerador automtico mais necessrio em reas onde o fornecimento de energia eltrica no confivel; em todas as unidades recomendvel a presena de gerador ligado a equipamentos cujo funcionamento no pode ser interrompido.
Sistema de alarme sonoro ou visual desejvel como equipamento de segurana.
DISTRIBUIO
DISPENSAO
O procedimento de dispensao deve assegurar que o medicamento de boa qualidadeseja entregue ao paciente certo, na dose prescrita, na quantidade adequada; que sejam fornecidas as informaes suficientes para o uso correto e que seja embalado de forma a preservar a qualidade do produto (MSH, 1997).
Para isso, uma estrutura minimamente adequada deve prover (Brasil, 1999b):
profissionais capacitados;
ambiente limpo e arrumado;
mobilirio e equipamento adequados s atividades realizadas.
O processo da dispensao tem como objetivos:
Garantir o cumprimento da prescrio; Assegurar que a prescrio apropriada para o paciente e relacionada com o requerido quanto aos aspectos teraputicos, sociais, legais e econmicos;
disponibilizar medicamentos com qualidade assegurada;
repassar ao paciente e para a equipe de sade, com a superviso de um farmacutico, informaes sobre o uso de medicamentos (diluies, acondicionamento, armazenamento e validade);
Racionalizar a distribuio dos medicamentos e os custos com a teraputica.Na busca de alcanar esses objetivos, a dispensao pode ser compreendida como um processo que envolve as seguintes etapas principais (WHO/Inrud/BU, 2000).
recebimento da prescrio, certificando-se da integralidade da mesma, antes de preparar ou autorizar a distribuio do medicamento;
interpretao da prescrio (superviso do farmacutico), verificando sua adequao ao paciente;
aviamento dos medicamentos, segundo procedimentos e normas, visando a manter a preciso do perfil farmacoteraputico do paciente e, quando necessrio, preparando os medicamentos por meio de tcnicas apropriadas;
distribuir os medicamentos segundo normas e procedimentos estabelecidos, garantindo, dessa forma, a diminuio de erros referentes ao processo de medicao;
registrar o atendimento, segundo normas e procedimentos estabelecidos (sistema Hrus, MV2000, etc), visando a documentar as atividades de dispensao de medicamentos, tendo em vista necessidades administrativas, tcnicas e ticas.
Os dispensadores devem estar atentos para evitar os problemas relacionados dispensao,
podendo-se citar, dentre os mais comuns (WHO/MSH, 2001):
interpretao errada da prescrio;
retirada do medicamento devido erro de estoque;
dose errada;
rotulagem/embalagem inadequada em funo das propriedades do medicamento;
composio, via de administrao e horrios;
rotulagem inadequada ou inexistente;
comunicao acerca da terapia.
TIPOS DE DISPENSAO
Coletiva;
Individual;
Ambulatorial.
Na dose coletiva,
O Despacho Conjunto dos Gabinetes dos Secretrios de Estado
Adjunto do Ministro da Sade e da Sade, de 30 de Dezembro de 1991,
publicado no Dirio da Repblica n. 32, 2 srie de 28 de Janeiro de 1992,
torna em imperativo legal o sistema de Distribuio Individual Diria em
Dose Unitria, (sendo que nem sempre este sistema ser aplicvel, devendo
ento aplicar-se o sistema de distribuio que melhor garanta os objectivos
de eficcia e segurana).
Temos de distinguir:
A distribuio a Doentes em regime de internamento:
Sistema de Reposio de estoques Nivelados
Sistema de Distribuio em Dose Unitria e/ou Individual
A distribuio a Doentes em regime de ambulatrio;
A dispensa de medicamentos e dispositivos mdicos ao pblico;
A dispensa de medicamentos sujeitos a legislao restritiva, como:
Estupefacientes e Psicotrpicos
Hemoderivados
Distribuio de Medicamentos em Dose Individual Unitria e Unidose
O Despacho Conjunto dos Gabinetes dos Secretrios de Estado
Adjunto do Ministro da Sade e da Sade, de 30 de Dezembro de 1991,
publicado no Dirio da Repblica n. 32, 2 srie de 28 de Janeiro de 1992,
torna em imperativo legal o sistema de Distribuio Individual Diria em
Dose Unitria, (sendo que nem sempre este sistema ser aplicvel, devendo
ento aplicar-se o sistema de distribuio que melhor garanta os objectivos
de eficcia e segurana).
A distribuio de medicamentos em sistema de dose unitria surge
como um imperativo de:
aumentar a segurana no circuito do medicamento;
conhecer melhor o perfil farmacoteraputico dos doentes;
diminuir os riscos de interaes;
racionalizar melhor a teraputica;
os enfermeiros dedicarem mais tempo aos cuidados dos doentes e
menos nos aspectos de gesto relacionados com os medicamentos;
atribuir mais corretamente os custos;
reduo dos desperdcios.
Para que este sistema seja aplicado necessrio que haja uma distribuio diria de medicamentos, em dose individual unitria, para um perodo de 24 horas. A prescrio da medicao feita em suporte de papel ou on-line validada pelo farmacutico, e s depois, devem ser preparados os medicamentos a distribuir.
O processo de preparao dos medicamentos a distribuir pode ser totalmente manual ou com o apoio de diverso equipamento semi-automtico. Sempre que possvel, essa preparao dever ser apoiado com equipamentos semi-automticos, pois torna-se assim possvel:
reduzir os erros;
reduzir o tempo destinado a esta tarefa;
melhorar a qualidade do trabalho executado;
racionalizar os diversos estoque nas unidades de distribuio.
DISPENSAO PARA A DOENTES EM REGIME AMBULATRIO
A evoluo da tecnologia do medicamento permitiu que um nmero significativo de doentes possa fazer os seus tratamentos em regime de ambulatrio, com entre outras, as seguintes vantagens:
reduo dos custos relacionados com o internamento hospitalar;
reduo dos riscos inerentes a um internamento (p.e. infeces nosocomiais);
a possibilidade do doente continuar o tratamento no seu ambiente familiar.10. Separao de Pedidos e Requisies;
a) Anlise da solicitao do pedido
A partir da solicitao, faz-se uma avaliao criteriosa para proceder ao atendimento requerido, verificando as quantidades anteriormente distribudas, o consumo no perodo e o consumo mdio, a demanda (atendida e no atendida), o nmero de pacientes atendidos/ms, o estoque existente, a data do ltimo atendimento e a solicitao anterior.
b) Processamento do pedido
Aps a anlise das informaes e a identificao das necessidades, atende-se solicitao, mediante documento elaborado em duas vias, sendo uma cpia para a unidade requisitante e a outra para o controle da distribuio.
c) Preparao
As quantidades para atendimento so separadas e organizadas para serem entregues aos setores solicitantes.
d) Liberao do pedido e registro da movimentao
Aps a preparao do pedido, o mesmo deve preferencialmente ser revisado por outro funcionrio para evitar falhas na conferncia. Toda movimentao deve estar rigorosamente ligada a seu registro, sob risco de falhas importantes no sistema de informao, prejudicando todo o processo de programao e, consequentemente, todo o fluxo do ciclo da Assistncia Farmacutica. Deve-se procurar atender, em um mesmo momento, integralidade de cada pedido e, quando isto no puder ocorrer, os procedimentos para completar o pedido devem estar previamente definidos, registrados e arquivados, de forma a minimizar o desabastecimento nas unidades de sade e os atropelos de fluxo.
g) Registro de sada
Aps a entrega do pedido, registram-se as informaes do documento de sada em livro ata, ficha de controle ou computador, dependendo do sistema de controle.
h) Arquivo da documentao
Atividade que consiste no suprimento de medicamentos s unidades de sade, em quantidades, qualidade e tempo oportuno para posterior dispensao populao usuria. Deve-se manter o arquivo das cpias de todos os documentos por um perodo de cinco anos ou outro perodo indicado pela regulamentao local.
11. Inventrio e controle de estoqueAtividade administrativa que tem por objetivo manter informao confivel sobre nveis e movimentao fsica e financeira de estoques necessrios ao atendimento da demanda, evitando-se a superposio de estoques ou desabastecimento do sistema.
Estoques so quantidades de produtos mantidos em disponibilidade para serem utilizados de acordo com as necessidades.
Importncia do controle de estoqueNo possvel realizar o armazenamento sem exercer controle de estoque. de tal forma importante que os objetivos do controle, como vemos abaixo, espelham em grande parte a importncia do prprio armazenamento:
Subsidiar atividades da Assistncia Farmacutica, particularmente programao, aquisio e distribuio de medicamentos, materiais e outro produtos; Assegurar o suprimento, garantindo a regularidade do abastecimento; Estabelecer quantidades necessrias a serem adquiridas para determinados perodos; Minimizar perdas e desperdcios.H fatores que so condicionantes de um controle de estoque eficiente:
Existncia de padronizao dos itens em estoques; Procedimentos operacionais da rotina; Adequao de registros de dados; Periodicidade de compras; Cumprimento dos prazos de entregas pelos fornecedores; Preciso da informao, possibilitando condies para intervenes, se necessrias; Objetividade informaes claras, precisas e a contento; Rapidez disponibilidade das informaes, quando for necessrio; Controle e arquivo da documentao dispor de arquivo com dados atualizados e organizados adequadamente, quando da necessidade de consulta.
INVENTRIO SOB CONTROLE DE ESTOQUE
Inventrio a contagem de todos os produtos em estoque para verificar se a quantidade encontrada nas prateleiras coincide com a quantidade estipulada nas fichas de controle (SESCe, 1998). a relao de bens enumerados minuciosamente, utilizados e relacionados ao estoque. Sua realizao pode ser desencadeada por uma exigncia contbil para prestao de contas, em geral, anualmente, ou como funo de rotina para ajustes e aferies do processo e identificao de no conformidades. Neste caso, o procedimento costuma receber a denominao de conferncia de estoque.
Deve ser realizado com periodicidade regular ou, ainda, em situaes especficas:
Por ocasio do incio de uma nova atividade ou funo;
Pempre que o responsvel ausentar-se das funes;
Por deixar ou assumir um novo cargo ou funo.
Procedimentos para realizao de inventrios:
Elaborar um instrumento padro (formulrio) com as especificaes de todos os produtos, lote, validade, quantidades previstas, quantidades em estoque, diferenas (para mais e para menos) e percentual de erros; Reunir a equipe de trabalho para discutir o melhor perodo para realizao do inventrio; Designar as equipes para contagem; Proceder a arrumao fsica dos produtos para a agilizao da contagem; Retirar da prateleira os produtos vencidos ou prestes a vencer e os deteriorados, dando baixa nos estoques; Comunicar por escrito, aos interessados (administrao e usurios), a data de
incio e finalizao do inventrio; Atender a todos os pedidos antes do incio do inventrio; Revisar as somas das fichas de controle; Efetuar a contagem. Cada item do estoque deve ser contado duas vezes. A segunda contagem deve ser feita por uma equipe revisora. No caso de divergncia de contagem, efetuar uma terceira contagem; Confrontar os estoque das fichas com o estoque fsico; Atualizar os registros dos estoques, fazendo os ajustes necessrios; Elaborar o relatrio.Recomendaes sobre o inventrio:
Durante o perodo de inventrio, o atendimento deve ser suspenso, exceto os pedidos de urgncia; As entradas e sadas de medicamentos devem ser lanadas somente aps a finalizao do inventrio para evitar risco de dupla contagem do mesmo produto; No caso de divergncias nos estoques, registrar a ocorrncia; Rastrear as notas fiscais de entrada, documentos de sada, registros de ocorrncias de devoluo, remanejamentos, perdas e vencidos para identificar as possveis falhas; Revisar as somas das entradas e sadas das fichas de controle para avaliar se houve erro na soma ou registros e entre outros.
12. Introduo ao Sistema Nacional de Gesto da Assistncia Farmacutica HRUS e Sistema de Gerenciamento e Controle da SESAU;