conto fantástico

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Conto Fantástico O Vento Encantado (L. F. Riesemberg) A mãe de Gustave bateu muito nele, por não tê-la obedecido. Qualquer pessoa mais educada teria achado a reação exagerada, principalmente devido ao menino ser pequenino e franzino para seus sete anos de idade. E ele ficou sentado no chão, chorando com suas chagas doloridas. Mas o avô, compreendendo as razões do menino, visto que ele próprio havia sido uma criança peralta, foi acalmá-lo. -Veja, Gustave. Esta é um truque que aprendi. E em um gesto com as mãos, o velho lançou um passe de mágica sobre os hematomas do garoto, em seguida assoprando suavemente sobre a região machucada. -Este é o vento encantado. Faz qualquer dor ir embora, e traz a calma novamente. Gustave abraçou o avô e começou a se sentir melhor. Tempos depois, quando chegava da escola, o menino entrou em casa mas não encontrou ninguém. -Venha, Gustave, vou te levar lá – disse a vizinha, que o esperava. Ao chegar à porta, a mãe do menino o abraçou e disse, chorando: -O vovô queria muito te ver. Mas cuidado, apenas converse com ele, está bem? O menino foi deixado ao lado do leito, com o velho deitado. -Gustave, acho que hoje vamos ter que nos despedir – disse o vô. E o garoto, compreendendo a dimensão daquelas palavras, não deixou que elas continuassem. -O senhor vai ficar bom, vovô. Eu sei trazer o vento encantado.

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Page 1: Conto Fantástico

Conto Fantástico

O Vento Encantado (L. F. Riesemberg)

A mãe de Gustave bateu muito nele, por não tê-la obedecido. Qualquer pessoa mais educada teria achado a reação exagerada, principalmente devido ao menino ser pequenino e franzino para seus sete anos de idade. E ele ficou sentado no chão, chorando com suas chagas doloridas. Mas o avô, compreendendo as razões do menino, visto que ele próprio havia sido uma criança peralta, foi acalmá-lo.

-Veja, Gustave. Esta é um truque que aprendi.

E em um gesto com as mãos, o velho lançou um passe de mágica sobre os hematomas do garoto, em seguida assoprando suavemente sobre a região machucada.

-Este é o vento encantado. Faz qualquer dor ir embora, e traz a calma novamente.

Gustave abraçou o avô e começou a se sentir melhor.

Tempos depois, quando chegava da escola, o menino entrou em casa mas não encontrou ninguém.

-Venha, Gustave, vou te levar lá – disse a vizinha, que o esperava.

Ao chegar à porta, a mãe do menino o abraçou e disse, chorando:

-O vovô queria muito te ver. Mas cuidado, apenas converse com ele, está bem?

O menino foi deixado ao lado do leito, com o velho deitado.

-Gustave, acho que hoje vamos ter que nos despedir – disse o vô.

E o garoto, compreendendo a dimensão daquelas palavras, não deixou que elas continuassem.

-O senhor vai ficar bom, vovô. Eu sei trazer o vento encantado.

Conto Maravilhoso

VERDE LAGARTO AMARELO

Se ao menos ele nao fizesse aquela voz para perguntar se por acaso alguem tinha levado a sua caneta. Se por acaso alguem tinha comprado um novo fio dental, porque este estava no fim. Nao esta, respondi, e que este se enredou la dentro, se a gente tirar esta plaqueta ( tentei levantar a plaqueta ) a gente ve que o rolo esta inteiro mas enredado e quando o fio se enreda desse jeito, nunca mais!, melhor jogar fora e comecar outro rolo. Nao joguei. Anos e anos tentando desenredar o fio impossivel, medo da solidao? Medo de me encontrar quando tao ardentemente me buscava?