contplan news #4

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Ano 1 Nº 4 Janeiro | Fevereiro | Março/2016 news ICMS Imposto tem novas alíquotas no RS LOGÍSTICA EMPRESARIAL Controle eficiente reduz gastos ECONOMIA Planejamento tributário é fundamental contplan4.indd 1 1/11/16 09:34

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Publicação institucional da Contplan Contabilidade e Consultoria.

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Ano 1 Nº 4

Janeiro | Fevereiro | Março/2016

news

ICMSImpostotem novas alíquotas no RS

LOGÍSTICA EMPRESARIALControle eficiente reduz gastos

ECONOMIAPlanejamento

tributário é fundamental

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EDITORIAL

Novo ano, novos desafios

Acesse a carteira completa de clientes:

www.contplan.com.br/clientes

CONQUISTAS

A Contplan Contabilidade e Consultoria tem muito orgulho de seus clientes e faz questão de apresentá-los. Conheça os mais novos integrantes de nossa carteira.

news

Empreendedores visualizam oportunidades em qualquer ce-nário e constroem o momento adequado para crescer. Certa-mente, 2016, assim como o ano que passou, exigirá ainda mais talento dos aguerridos empresários brasileiros. Para que um projeto alcance o sucesso, é preciso empreendedorismo, entu-siasmo e a assessoria de bons profissionais. A equipe da Contplan está preparada para assessorar seus clientes nas diversas áreas que envolvem a administração de um negócio.Conte conosco!

João BarbieriDiretor

Paulo SallinDiretor

Rua Miguel Tostes, 752 Porto Alegre/RSFone: (51) 3333.3978www.contplan.com.br

DiretoriaJoão BarbieriPaulo Sallin ControladoriaLucas BarbieriMarcelo TomczakCoordenação da publicação Lucas Barbieri 

Projeto e execuçãoPoá Comunicaçã[email protected] 

Redação e ediçãoBetina Barreras (MTb/RS 12.668)Samara Kalil (DRT/RS 13.948) 

Projeto gráfico e diagramaçãoCarla Cadó Vielmo Dietrich 

RevisãoCarla Araujo 

Foto de capaShutterstock/Peshkova

O Contplan News é uma publicação da empresa Contplan Contabilidade e Consultoria. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. É proibida a reprodução total ou parcial de conteúdos sem prévia autorização.

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Supermercado Gecepel, empreendedorismo no DNA

Contplan News – Como surgiu o Gecepel?Jacy Pfitscher – Em 4 de no-vembro de 1965, aluguei nossa primeira loja, na Protásio Alves, e criei a Gêneros e Cereais Pe-trópolis Limitada. Comecei um pequeno atacado com apenas cinco produtos: alfafa, feijão, cebola, milho e batata. Aumen-tava a renda, ainda, costurando, num pequeno banco de madei-ra, os sacos de juta comprados dos carroceiros e dos clientes do atacado, que depois eu revendia para os fornecedores de cereais. Com o meu trabalho, sem nunca pegar dinheiro com banco, com-prei nossa primeira loja (e todas as outras).

CN – Por que a mudança do ata-cado para o varejo?Pfitscher – Ao longo da nossa história tivemos que nos adap-tar para sobreviver. A primeira mudança foi na década de 80, com a chegada do Macro Ataca-do. Para competir, fomos a pri-meira empresa gaúcha de ata-cado com um autosserviço. Em 1999, quando os supermercados estenderam os dias e os horários de atendimento, mais uma vez, tivemos de repensar o negócio.

Aprendemos fazendo,

arriscando, persistindo

sempre.

ENTREVISTA

O Supermercado Gecepel comemorou, em novembro último, seus 50 anos de vida. O pequeno atacado, criado por Jacy Pfitscher, em 1965, é hoje, na verdade, uma rede com quatro lojas e 290 funcionários. A administração conta com o reforço da segunda geração, Karin, Paulo e Ana comandam os negócios da família junto com o pai. Juntos, adaptaram a empresa às mudanças do mercado no último meio século e seguem crescendo, hoje no varejo.

Já que os pequenos comercian-tes, nossos principais clientes, começaram a falir, migramos para o varejo.

CN – Qual o seu conselho para quem quer empreender hoje no varejo?Pfitscher – Muito trabalho! Pro-curar ocupar os espaços. Ainda há espaço para quem faz um tra-balho bem-feito, sério, com bom atendimento. O maior valor de um negócio é o cliente. Quando ele entra na porta para comprar, deve ser recebido com um tape-te vermelho. Sem ele, o negócio não é nada. Não adianta ter uma loja bonita, mas que ninguém entra para comprar o que preci-sa. É fundamental ser extrema-mente honesto com o cliente e com o fornecedor.

CN - Como se deu a parceria com a Contplan?Pfitscher – Foi muito bom ter conhecido a Contplan. Foi uma coisa fantástica. Prestam um bom serviço para a nossa em-presa, muito sério. Nunca tive-mos nenhum problema na área da contabilidade ou com a fisca-lização, o que para nós é funda-mental!

Fundador do Supermercado Gecepel, Jacy Pfitscher

Foto: Daniel Martins

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EM FOCO | PESSOAL

Desde 1º de dezembro de 2015, passaram a ter caráter opcional as alterações das alíquotas referentes ao faturamento de Novembro/2015. A Lei nº 13.043/2014 (conversão da Medida Provisória 651/2014) torna as regras da deso-neração definitivas para empresas alcançadas pela medida. Entretanto, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei nº 13.161/2015, que altera a política de desoneração da folha de pagamento, majorando as alíquotas inciden-tes sobre a receita bruta das empresas e es-tabelecendo o poder de opção por parte dos empregadores que estiverem enquadrados nas disposições dos artigos 7° ao 9° da Lei nº 12.546/2011.A desoneração prevê a substituição da con-tribuição das empresas para a Previdência de 20% sobre a folha por alíquotas incidentes so-bre o faturamento. A lei sancionada aumenta as alíquotas de 1 para 2,5%, principalmente, nos setores da indústria e do varejo; de 2 para 4,5% para os setores de serviços; de 1 para 1,5% para os setores de transporte de cargas e 2 para 3% para serviços de call centers, trans-porte rodoviário coletivo de passageiros, ferro-viário e metroferroviário. A opção pela tributação substitutiva prevista

nos artigos 7° e 8° da Lei nº 12.546/2011 será manifestada mediante o pagamento da contri-buição incidente sobre a receita bruta relativa ao mês de janeiro de cada ano ou à primeira competência subsequente para a qual haja re-ceita bruta apurada, além disso, será irretratá-vel para todo o ano calendário.Para o ano de 2015, excepcionalmente, a op-ção pela tributação substitutiva será manifes-tada mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a receita bruta relativa a de-zembro/2015 ou à primeira competência sub-sequente para a qual haja receita bruta apura-da, sendo irretratável para o restante do ano. Para as empresas da construção civil, a opção dar-se-á por obra e será manifestada mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a receita bruta relativa à competência de cadas-tro no CEI ou à primeira competência subse-quente para a qual haja receita bruta apurada para a obra, e também será irretratável até o seu encerramento. Para fins de informação no SEFIP, as empre-sas que exercem as atividades desoneradas, conforme suas respectivas vigências, deverão prestar as informações dos valores desonera-dos no campo de compensação.

Desoneração da Folha de Pagamento

ANDRÉ BARBIERIGERENTE DO DEPTO. [email protected]

A nova legislação da desoneração na maioria dos casos passa a tra-zer prejuízo para as empresas e, por isso, é preciso fazer um estudo minucioso para poder optar pela forma mais vantajosa. A Contplan disponibilizou em seu portal um estudo do ano de 2015 e aponta a melhor opção. Para o ano de 2016, as empresas devem estimar tanto o seu faturamento quanto a sua folha de pagamento para poder fazer a melhor opção. Caso a estimativa seja semelhan-te ao estudo de 2015 deve, então, seguir a opção demonstrada pelo estudo.

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ALTERAÇÕES DAS ALÍQUOTAS DE CONTRIBUIÇÕES PROMOVIDAS PELA LEI Nº 13.161/2015

A) ALÍQUOTA DE 2 PARA 4,5% PARA OS SETORES DE:

n tecnologia da informação (TI) e tecnologia da comunicação (TIC);n concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados;n setor hoteleiro (CNAE 5510-8/01);n construção civil (CNAE 412,432, 433 e 439);n construção de obras de infraestrutura (412, 432, 433 e 439).

B) ALÍQUOTA DE 2 PARA 3% PARA OS SETORES DE:

n call centers; n transporte rodoviário coletivo de passageiros, enquadrados nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0;n transporte ferroviário de passageiros, enquadrados nas subclasses 4912-4/01 e 4912-4/02 da CNAE 2.0;n metroferroviário de passageiros, enquadrados na subclasse 4912-4/03 da CNAE 2.0.

C) ALÍQUOTA DE 1 PARA 2,5% PARA OS SETORES DE:

n fabricantes de produtos elencados no anexo I da Lei nº 12.546/2011;n de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos;n de navegação de apoios marítimo e de portuário; n de manutenção e reparação de embarcações;n de varejo, listadas no anexo II da Lei nº 12.546/2011.

D) ALÍQUOTA DE 1 PARA 1,5% PARA OS SETORES DE:

n transporte aéreo de carga e de passageiros regular; n transporte marítimo de carga e de passagiros na navegação de cabotagem; n transporte marítimo de carga e de passageiros na navegação de longo curso; n transporte por navegação interior de carga e de passageiros em linhas regulares;n que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em portos organizados, enquadrados nas classes 5112-5 e 5231-1 da CNAE 2.0;n transporte rodoviário e ferroviário de cargas, enquadrados nas classes 4930-2 e 4911-6 da CNAE 2.0;n jornalísticos e de radiofusão sonora e de sons e imagens de que trata a Lei 10.610 /2002, enquadrados nas classes 1811-3, 5811-5, 5812-3, 5813-1, 5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4 da CNAE 2.0;n que fabricam os produtos de artefatos têxteis, calçados e automóveis para transporte coletivo, classificados na TIPI nos códigos 6309.00, 64.01 a 64.06 e 87.02 (exceto 8702.90.10).

E) ALÍQUOTA DE 1% para as empresas que fabricam produtos a base de carnes, peixes e pães, clas-sificados na TIPI nos códigos 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 02.07, 02.09, 02.10.1, 0210.99.00,03.03, 03.04, 0504.00, 05.05, 1601.00.00, 16.02, 1901.20.00 Ex 01, 1905.90.90 Ex 01 e 03.02.

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EM FOCO | SOCIETÁRIO

MICHELLE [email protected]

A Portaria RFB nº 1265, de 3 de setembro de 2015, estabeleceu prioridade de cobrança aos devedores cujo somatório seja igual ou maior do que R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), na condição exigível, ou seja, débitos não par-celados. Além disso, poderá incluir em cobrança especial administrativa os demais devedores. Essa cobrança será feita pelo prazo de 6 (seis) meses e passado o prazo os débitos serão en-caminhadas para inscrição em dívida ativa da Procuradoria da Fazenda Nacional (PGFN) e seguirá para demais cobranças, sendo que va-lores superiores a R$ 10.000,00 (dez mil reais), transcorridos 90 (noventa) dias da cobrança na fase de dívida ativa serão encaminhados ao Ju-diciário para cobrança em esfera judicial. A Portaria estabelece também a inscrição no Cadastro Informativo de Créditos Não Quita-dos do Setor Público Federal (CADIN), que é um banco de dados onde se encontram registrados os devedores de tributos federais. Essa inscrição ocorrerá no prazo de 75 (seten-ta e cinco) dias após a existência do débito, quando não houver a comunicação. No caso de comunicação por via postal ou telegráfica, será contado 75 (setenta e cinco) dias a partir do recebimento do aviso. A inscrição nesse cadastro deixará a empresa com restrição cadastral, impossibilitando as se-guintes operações:

I - realização de operações de crédito que envol-vam a utilização de recursos públicos;II - concessão de incentivos fiscais e financei-ros;III - celebração de convênios, acordos, ajustes ou contratos que envolvam desembolso, a qual-quer título, de recursos públicos e respectivos aditamentos.

Em consequência da inadimplência de Parce-lamento Especial ou Excepcional (PAES/PAEX), serão anulados os acordos, retornando para a cobrança. Além disso, qualquer outro benefício ou incentivo fiscal concedido será cancelado.Com essas medidas, a Receita Federal visa a coibir a inadimplência, obrigando as empresas a regularizarem seus débitos, que na grande maioria dos casos se dá através de parcelamen-tos, prática essa reiterada pelas grandes em-presas, que, além de serem afetadas pela crise e pela alta tributação, ainda têm de acrescentar essa parcela ao seu orçamento, o que inviabili-za muitas vezes o pagamento dos impostos em dia. De acordo com levantamento da própria Receita Federal, o valor referente ao número de contribuintes que aderiram a mais de três parcelamentos soma cerca de R$ 148 bilhões, sendo 86% destes referentes a 2 mil empresas classificadas como contribuintes com acompa-nhamento diferenciado. Os setores mais afeta-dos são de fumo (cigarro), bebidas e de com-bustíveis.

Intensificação de Cobranças pela Receita Federal

Foto: Divulgação

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EM FOCO | CONTÁBIL

LUCIANO RIBEIROSUPERVISOR DO DEPTO DE [email protected]

Planejamento Tributário: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real

A redução de custos é uma necessidade de todas as empresas, sejam de pequeno, médio ou grande porte, pois o objetivo de manter os gastos equilibrados, a alta competitividade e um bom índice de rentabilidade é de todos. Sendo assim, o planejamento tributário se tor-na essencial e é uma ótima ferramenta para tal propósito. Este é um dos fatores que exigem um contro-le maior sobre os tributos que incidem sobre a atividade da empresa. Pois esta é uma das mais importantes funções da contabilidade, e a Contplan está muito atenta no assunto.Tendo em vista o atual momento da econo-mia, é de vital importância a realização de um planejamento tributário, que consiste em um conjunto de medidas contínuas que vi-sam a economia de tributos, de forma legal e levando em conta o dinamismo da legisla-ção tributária. Para a realização de um bom planejamento é imprescindível que sejam considerados todos os tributos incidentes nas operações: INSS, PIS, COFINS, CSLL, IRPJ, IPI,

ICMS, ISS, entre outros. A necessidade de as empresas efetuarem seus planejamentos, observando a legislação vigente, para encontrar mecanismos que lhe permitam reduzir o desembolso financeiro com pagamento de tributos, é cada vez mais subentendida pelo empresário. Isso se deve não só a maior importância dada ao assunto mas também em virtude da melhor visão ad-ministrativa do empresário brasileiro.Em tempos de economia globalizada e extremamente competitiva, os altos cus-tos tributários do país, se não estiverem bem-equacionados, poderão provocar a extin-ção de muitas empresas despreparadas para os novos desafios. A contabilidade, como ciên-cia, tem por uma de suas finalidades, por meio de seus registros administrativos, elaborar aos seus clientes e parceiros um planejamento tri-butário eficaz, enquadrando adequadamente cada um em sua melhor forma de tributação, para reduzir os impactos danosos destes dias difíceis.

Foto: Divulgação

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ARTIGO | TRIBUTOS

Exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS

Entre tantas discussões na área tributária nos últi-mos anos, nenhuma desperta tanto a atenção de ad-vogados, contadores, consultores e, principalmente, empresários, do que a formação da base de cálculo da Contribuição para o Financiamento da Segurida-de Social (COFINS). A longa data, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia reconhecido a inconstitucionalidade do alar-gamento da base de cálculo da referida contribuição ao concluir que sua incidência restringe-se ao fa-turamento da empresa (RE 357.950-RS). Em função disso, outras receitas auferidas pela pessoa jurídica, não integrantes do seu objeto social (aluguéis, des-contos, abatimentos), foram excluídas da base de cálculo, frustrando a intenção da União, que defen-dia sua incidência sobre a receita bruta.No entanto, as discussões sobre a formação da base de cálculo da COFINS não pararam por aí. Uma nova questão está sendo enfrentada pelo STF, qual seja, a exclusão do Imposto sobre Circulação de Merca-dorias e Serviços de Transporte Interestadual e In-termunicipal e Telecomunicações (ICMS) da base de cálculo da COFINS. O ICMS integra a base de cálculo da COFINS e do PIS em virtude da sua sistemática de cálculo (“por dentro”). Em um julgamento de pouco mais de uma hora, quase sem público e com dois ministros au-sentes, o Supremo Tribunal Federal praticamente

definiu pela exclusão do ICMS da base de cálculo da COFINS e do Programa de Integração Social (PIS). Com efeito, o STF, em 08/10/2014, concluiu o jul-gamento do Recurso Extraordinário nº 240.785, no qual se discutia a matéria em epígrafe. Os ministros, por maioria, julgaram inconstitucional a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS, garantindo a redução do valor cobrado a título de referidas contribuições.É importante referir que o julgamento do Supremo envolve questão relacionada à extensão da base de cálculo das contribuições do PIS e da COFINS na vigência da Lei nº 9.718/98. No entanto, a tese da exclusão do ICMS da base de cálculo encontra gua-rida mesmo com a Emenda Constitucional 20/98, a qual inclui a receita como base de cálculo em refe-ridas contribuições. Aliás, outra não poderia ser a conclusão porquanto o valor do ICMS – assim como outros impostos indiretos como é o caso do ISS – não constituem receita da pessoa jurídica. De fato, em relação ao período posterior a EC 20/98, com a entrada em vigor da legislação superveniente - nº 10.637/02 e nº 10.833/03, embora tenham es-tas alterado a base de cálculo das exações em exa-me, deixando de ser o faturamento e passando a ser o total das receitas da empresa, tem-se que as ra-zões acima expostas valem também para essa nova base de cálculo. É que, do mesmo modo que o ICMS não pode ser tido como elemento do faturamento das empresas, também não se trata, sob a ótica em questão, de receita dos contribuintes. Tem-se aí va-lores destinados a serem repassados aos estados--membros, sujeito ativo do ICMS e, pois, valores que não podem ser qualificados como receitas próprias das empresas.De fato, em recente decisão proferida pela 13ª Vara Federal de Porto Alegre/RS, Processo nº 5043944-33.2015.4.04.7100, o Exmo. Juiz Federal Ricardo Nüske, acolheu pedido do contribuinte, no sentido de que os valores referentes ao ICMS não devem compor a base de cálculo da COFINS e, tampouco, de tributos outros que incidam sobre aquelas gran-dezas, tal como ocorre no caso da contribuição ao PIS (Lei nº 9.718, de 1998, art. 2º, e Lei nº 10.637, de 2002, art. 1º), acompanhando os precisos termos da decisão plenária do colendo Supremo Tribunal Federal.Salienta-se que sua determinação estende-se mes-mo para o período posterior à alteração do conceito de receita bruta para fins de incidência do PIS e da

MARCELO CARLOS ZAMPIERI ADVOGADO. PROFESSOR DE DIREITO TRIBUTÁRIO DA UFSM E DA FACULDADE DE DIREITO DE SANTA MARIA

EDUARDO CORDEIRO BOLZANADVOGADO. PROFESSOR DE DIREITO TRIBUTÁRIO DA FACULDADE DE DIREITO DE SANTA MARIA

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COFINS, promovida pela Lei nº 12.973/14, a qual em sua concepção, não tem o condão de afastar a in-constitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS.Nesta senda, o pedido do contribuinte foi julgado procedente, no sentido de que não seja exigida a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS, sendo declarado o direito da empresa de compensar os valores recolhidos indevidamente em razão da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e COFINS nos cinco anos que antecederam o ajuiza-mento da ação. A decisão segue uma orientação da 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que decidiu, por unanimidade nesta semana, arguir a inconstitucionalidade de uma expressão contida no art. 3º, caput, da Lei nº 9.718/98, no § 1º do art. 1º da Lei nº 10.637/02 e no § 1º do art. 1º da Lei nº 10.833/03, alteradas pela Lei nº 12.973, de 13-05-2014 (conversão da Medida Provisória nº 627, de 11-11-2013). No julgamento do Recurso, o Desembar-gador Federal Otávio Roberto Pamplona destaca que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a inconstitu-

cionalidade da inclusão do ICMS na base de cálcu-lo da COFINS porque esta violaria o art. 195, inc. I, alínea ‘b’, da Constituição Federal. Na linha de enten-dimento trazida pelo desembargador no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) número 240.785, o ministro Marco Aurélio, relator do caso, afirmou que o faturamento decorre do negócio jurídico, signifi-cando o ganho daquele que vendeu um produto ou um serviço, não podendo a base de cálculo da CO-FINS extravasar o valor do negócio. Para o STF, a ideia de que os contribuintes da COFINS faturam o ICMS é errada. “O valor do ICMS revela, isto sim, um desembolso a beneficiar a entidade de direito públi-co que tem a competência para cobrá-lo”.Em última análise, inobstante a ampliação Emenda Constitucional 20/98, não se mostra juridicamente possível admitir a manutenção do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS, mesmo no sistema da não cumulatividade previsto nas Leis nº 10.637/02 e nº 10.833/03, porquanto, o valor relativo ao ICMS não constitui valor a integrar a receita do contribuin-te, mas sim recurso destinado aos cofres do Estado competente.

Foto: Divulgação

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OPINIÃO

Logística EmpresarialPAULO SALLINCONTADOR E CONSULTOR [email protected]

Controle sua operação de forma eficiente e conseguirá identificar custos desnecessários

IDENTIFIQUE EM SUA EMPRESA

LOGÍSTICA é um processo de troca de informações que movimenta materiais e recursos de determinados locais para outros, quando e onde estes são necessários, no sentido de atender as necessidades dos clientes.

OBJETIVA ADICIONAR VALOR ao processo, atendendo aos clientes de acordo com os níveis de serviços requeridos.

n Quais segmentos de mercados serão atendidos?

n Quais produtos são necessários e qual a demanda?

n Como, quando e onde vender?

n Quais as necessidades dos clientes?

n Onde e quando manter e como movimentar os níveis de estoque?

n Quais os custos de servir o mercado escolhido?

Localizando os custos logísticos

Analisar contexto logístico

Identificar o cliente

Entender a necessidade

Estabelecer nível de serviço

Balancear o processoEntregar valor

Definir indicadores de satisfação

Migração do valorAnálise das mudanças

LOGÍSTICA - a engenharia do valor

Estoques Operacional Recursos Humanos Distribuição Física

n Retorno financeiro n Erros no atendimento n Salários e encargos n Adm. de filiais

n Visitas sem vendas n Benefícios n Transportes

n Obsolescência n Entrega de emergência n Contratação n Cobrança

n Seguros n Conferência de entrega n Treinamentos n Comissões de vendas

n Avarias n Controle de qualidade n Segurança - EPI n Comissões de terceiros

n Retrabalhos n Movimentação interna n Recursos operacionais n Vendedores

n Pessoal e recursos n Armazenagem

n Sistemas n Transportes

n Equipamentos n Embalagens especiais

(computador, telefone, móveis)

(carro, combustível, computador, telefone, móveis)

(recursos e instalações, sobreativos)

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IDENTIFIQUE AS RAZÕES PARA NÃO MANTER ESTOQUES

IDENTIFIQUE AS RAZÕES PARA MANTER ESTOQUES

n melhorar o nível de serviços – disponibilidades;

n minimizar custos de vendas perdidas – perda de lucro;

n eliminar custos por atraso – transporte / processamento;

n economia de escala – menor custo de compras;

n proteção contra: aumento de preço – flutuações de mercado, incertezas da demanda, atrasos no ressuprimento, baixo nível de serviço dos fornecedores, contingências – greves, enchentes.

n reduzir o valor do capital imobilizado;

n reduzir a necessidade de ativos – prédios, equipamentos etc.

n reduzir custo de: obsolescência, armazenagem e movimentação, gestão, avarias e perdas, seguro dos produtos;

n forçar a eficácia na determinação da demanda.

GERENCIE DE FORMA EFICIENTE OS ESTOQUES DE SUA EMPRESA

A eficiência no gerenciamento dos estoques possibilitará:

n reduzir a quantidade estocada e o custo anual de manutenção do inventário;

n possibilitar níveis de serviço elevados;

n máxima disponibilidade nos pontos de venda;

n alto índice de atendimentos conforme os requisitos;

n minimizar os custos operacionais de separação de pedidos e transporte.

Foto: Divulgação

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OPINIÃO

CUSTOS DE MANTER ESTOQUES

Diretamente proporcional ao volume:n capital investido em estoques;

n avarias, obsolescência, furtos e deterioração;

n custo de armazenagem – seguros, sistemas de manutenção.

Inversamente proporcional ao volume:n custos de compra / obtenção;

n transporte.

TODO ERRO

GERENCIAL ACABA

EM ESTOQUE!

Independentes do volume estocado:n custo aluguel;

n depreciação do armazém ou depósito – fixo e mensal.

CONTROLE SEU ESTOQUE DE FORMA EFICIENTE

POR MEIO DA CLASSIFICAÇÃO ABC

n 20% da linha de produtos é responsável por 80% das vendas realizadas (em valor);

n objetivo da classificação é poder definir níveis de serviço diferenciados para cada uma das classes.

GERENCIE A NECESSIDADE DE ESTOQUES PELA DEMANDA

DISTRIBUIÇÃO TÍPICA DOS ITENS NO ESTOQUE:

ITENS VALOR ANUAL GERÊNCIA

20% 80% focada

30% 15% controle

50% 5% estoque de segurança

DEMANDA É A PROCURA OU BUSCA POR UM PRODUTO NO MERCADO.

A importância de conhecer ou prever as necessidades do mercado é o método mais eficaz para a redução dos ní-veis de estoque.

Foto: Divulgação

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NOVIDADEÉ cada vez mais fácil ser clienteOs clientes da Contplan já contam com uma área exclusi-va no site. Com a tecnologia do sistema “Iclient”, é possível controlar pela web o andamento dos serviços prestados pela consultoria. Para otimizar ainda mais a relação com o seu público, a Contplan disponibiliza agora a cobrança.Para acessar, entre no site (www.contplan.com.br) e clique na aba Iclient, que está localizada na parte superior, à di-reita. Na tela de login, insira e-mail e senha que deverá ser alterada neste primeiro acesso. Após a alteração da senha, efetue o login com a nova senha.Na tela inicial há uma coluna na esquerda. Na seção “Con-sultas”, o detalhamento da cobrança ficará disponível na opção “consulta cobrança”. Selecione o vencimento e cli-que em “Preview”. Em caso de dúvida, contate a Contplan.

Foto: arquivo

ESTOQUE DE SEGURANÇA

AVALIE COM EXATIDÃO O PONTO DE REPOSIÇÃO

IDENTIFIQUE OS TIPOS DE DEMANDA

Serve para contornar as incertezas do processo de suprimento.Falhas gerenciais pressionam o cresci-mento dos estoques de segurança e dos custos envolvidos.

OS NÍVEIS DO ESTOQUE DE SEGURANÇA DEPENDEMn confiabilidade dos fornecedores;

n lead time de entrega;

n custo da venda perdida;

n nível de serviço esperado pelo mercado;

n nível da segurança pretendida.

PERMANENTEn produtos com ciclos de vida longo;

n baixa ocorrência de picos ou vales no consumo;

n Ressuprimento contínuo e periódico.

n Exemplos: açúcar, creme dental.

SAZONALn ciclo anual, produtos da moda, ciclo de vida curto;

n ocorrência de picos;

n previsão da quantidade e época;

n erros intrínsecos.

n Exemplos: ovos de páscoa, artigos de Natal, moda.

É a quantidade em estoque que indica o momento correto de se disparar um processo de ressuprimento de forma a evitar faltas de produto.

Considere a demanda = 100 unid / semanaPrazo de ressuprimento = 2 semanas

PRAZO DE REPOSIÇÃO =

DEMANDA X PRAZO DE RESSUPRIMENTO

PR = 100 X 2 = 200 UNIDOBS: Sempre que o estoque chegar em 200

unidades deve-se fazer novo pedido.

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EM FOCO | FISCAL

Aumento do ICMS no RS

Por diferença de um voto, os deputados do Rio Grande do Sul aprovaram, no dia 23 de setembro de 2015, o  aumento das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Com isso, os preços de produ-tos e serviços vão subir no Estado a partir de 2016, quando a medida entrará em vigor.Conforme a Lei nº 14.742, aplica-se, até 31 de dezembro de 2025, adicional de 2 (dois) pontos percentuais às alíquotas internas nas seguintes operações com mercadorias ou pres-tações de serviço relacionadas:

PAULO LAUERMANNSUPERVISOR DO DEPTO [email protected]

n bebidas alcoólicas e cerveja sem álcool;n cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos, cigarreiras, fumos desfiados encarteirados, fu-mos para cachimbos e fumos tipo crespo;n perfumaria e cosméticos;n prestação de serviço de televisão por assi-natura.Outra lei que impacta no aumento do ICMS é a Lei nº 14.743 que diz: nos exercícios de 2016 a 2018 prevalecerão as alíquotas de ICMS con-forme relação abaixo:I - cerveja, hipótese que será de 27% (vinte e sete por cento); II - energia elétrica, exceto para consumo em iluminação de vias públicas, industrial, rural e, até 50 KW por mês, residencial, gasolina, exce-to de aviação, e álcool anidro e hidratado para fins combustíveis, serviços de comunicação, 30% (trinta por cento); III – refrigerante, hipótese de 20% (vinte por cento) IV – 18% (dezoito por cento) nas demais ope-rações e prestações de serviços.

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O aumento da carga tributária é uma das prin-cipais medidas do governo de José Ivo Sartori (PMDB) para tentar amenizar a crise financeira do Estado. Segundo a projeção de economis-tas, mesmo os itens que não tiveram as alíquo-tas alteradas (como exemplo, os produtos da cesta básica) terão aumento de preço no próxi-mo ano, no chamado efeito “cascata”.Em síntese, podemos dizer que o impacto sobre a sociedade será generalizado. No dia a dia, esse aumento de ICMS trará alguns desconfor-tos em certas situações, pois incidirá na redu-ção do consumo de alguns produtos que fazem parte do nosso cotidiano. No entanto, há visões contrárias a do nosso governo que dizem que esse aumento apenas diminuirá o consumo e não terá incidência na arrecadação, pois a população deixará de consumir na quantidade habitual.

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NOTÍCIAS CONTPLAN

Contplan comemora final de 2015

Depois de um ano de muito trabalho, a equipe da Contplan se reuniu para celebrar o final de 2015. O cenário escolhido para a confraternização foi o Vila Ventura Ecoresort. O espaço, localizado em Viamão, tem área de 105 mil metros quadrados, incluindo uma reserva ambiental. Perfeito para a programação animada, que incluiu atividades ao ar livre, sorteio de brindes e show noturno com a Banda Rumbá. Foram 16 horas de interação que estreitaram ainda mais as relações de afinidade e amizade que marcam o dia a dia da empresa.

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Faça uma criança felizPromovida pela Contplan para arrecadar brin-quedos e cestas básicas, a 1ª Campanha de Natal - Faça uma criança feliz foi um sucesso. E, em clima natalino, no dia 22/12/2015, 158 crianças da Aldeia Infantil SOS Porto Alegre foram beneficiadas com a ação.

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Time afinadoRegistro da última edição do Curso de Novos, encontro organizado trimestralmente pela Contplan para contextualizar os novos cola-boradores sobre os processos internos, a cul-tura organizacional, as formas de gestão e as políticas de recursos humanos da empresa.

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