controle fÍsico-quÍmico de poa – glicÍdios prof a : andréa matta ristow
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CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DE POA – GLICÍDIOS
Profa: Andréa Matta Ristow
DEFINIÇÃO
São compostos aldeídos ou cetônicos com
múltiplas hidroxilas.
Constituídos sempres por: C, H e O.
Alguns: N e P
Carboidratos ou Sacarídeos
Hidratos de Carbono = Cn(H2O)n
Açúcares
FUNÇÕES
Energética (glicose)
Reserva alimentar (glicogênio e amido)
Estrutural (celulose e quitina)
Genética (pentoses)
CLASSIFICAÇÃO – GLICÍDIOS SIMPLES
OSES
Monossacarídeos ou “açúcares simples”
Aldeídos ou cetonas que possuem duas ou mais
hidroxilas
São poli-alcoois com uma carbonila aldeídica
(aldose) ou cetônica (cetose)
Redutores ou não hidrolisáveis
GLICOSE, FRUTOSE
H-C-R R-C-R II II O O ALDEÍDO CETONA
GLICÍDIOS SIMPLES
CLASSIFICAÇÃO – GLICÍDIOS SIMPLES
C3 – TRIOSE
C4 – TETROSE
C5 – PENTOSE
C6 – HEXOSE
C7 - HEPTOSE
ESTRUTURA DAS OSES
As fórmulas de projeção das oses são escritas com a cadeia carbônica na posição vertical e o grupo carbonila na parte superior da cadeia.
Quando a hidroxila do C mais afastado do grupo aldeídico ou cetônico está escrito à direita recebe a letra “D” (dextrógiro), e quando está mais à esquerda a letra “L” (levógiro).
Ex: glicose
OH ----------- H
L - glicose
Glicídios
Monossacarídeos - Isomeria ótica
• Os D e L-gliceraldeído são os isômeros óticos de referência para todos os monossacarídeos
CLASSIFICAÇÃO – GLICÍDIO COMPOSTO
OSÍDIOS
Hidrolisáveis – formam OSES
Oligossacarídeos – hidrólise total resultam
até 10 unidades de monossacarídeos
Ex:Dissacarídeos→Sacarose (glicose +
frutose), Lactose (glicose + galactose),
Maltose (glicose + glicose).
CLASSIFICAÇÃO – GLICÍDIO COMPOSTO
DISSACARÍDEOS:
São os resultados da ligação entre dois monossacarídeos. Na reação de formação de um dissacarídeo há formação de uma molécula de água, portanto se trata de uma síntese por desidratação para cada ligação.
DISSACARÍDEOS:
A Ligação Glicosídica: ocorre entre o
carbono de um monossacarídeo e
qualquer outro carbono do
monossacarídeo seguinte, através de suas
hidroxilas e com a saída de uma molécula
de água.
AÇÚCARES REDUTORES
Açucares redutores apresentam
extremidade da cadeia carbônica com
carbonos não impedidos para reagirem,
conhecidos como carbonos anoméricos,
isto é, carbonos que não estão envolvidos
em ligações glicosídicas.
AÇÚCARES REDUTORES
Frutose, glicose, maltose e lactose
A sacarose, sendo formada por glicose e frutose, pode tornar-se um açúcar redutor se sofrer ação enzimática ou hidrólise ácida.
CLASSIFICAÇÃO – GLICÍDIO COMPOSTO
OSÍDIOS
Polissacarídeo – polímero de alto
peso molecular, formado por grande
n° de monossacarídeos
Ex: celulose, amido e glicogênio
GLICÍDIO COMPOSTO - AMIDO
Formado pelas frações: amilose e amilopectina.
Insolúvel em água fria mas quando aquecido absorve água
O amido possui boa capacidade de hidratação devido ao grande número de grupos hidroxila expostos que podem formar pontes de hidrogênio com a água.
GLICÍDIO COMPOSTO - AMIDO
Na panificação, durante as etapas de
cocção do pão, à medida que a
temperatura aumenta o amido adquire
solubilidade e aumenta a viscosidade da
massa.
GLICÍDIO COMPOSTO - AMIDO
RETROGRADAÇÃO DO AMIDO
O fenômeno da retrogradação ocorre em
função do resfriamento de soluções de
amido gelatinizado. Com a redução da
temperatura durante o resfriamento do gel
ocorre liberação de moléculas de água que
estavam ligadas as cadeias (sinérese).
RETROGRADAÇÃO DO AMIDO
A retrogradação resulta na redução de
volume, aumento da firmeza do gel e
sinérese.
Esse fenômeno é irreversível e ocorre
mais rapidamente em temperaturas
próximas de 0oC (ou seja, é acelerado pelo
congelamento das soluções).
GLICÍDIO COMPOSTO - GLICOGÊNIO
Armazenamento de glicose no fígado e
no músculo.
Transformação do músculo em carne
↑ carne de equídeos.
FERMENTAÇÃO
Degradação (hidrólise) dos glicídios por
ação de várias enzimas (autolíticas e/ou
microbianas).
Conversão do músculo em carne
Iogurte
Leite ácido
CRISTALIZAÇÃO
Quanto mais pura for uma solução de
açúcar mais facilmente ele se cristaliza.
Formação de cristais de sacarose →
formação de pontes de hidrogênio entre
as moléculas de frutose.
REAÇÃO DE MAILLARD E A CARAMELIZAÇÃO.
Em ambos os casos, ocorrem degradação nos carboidratos.
Nas duas transformações, os produtos de degradação formam compostos de coloração escura. Maillard = melanoidinas; Caramelização = caramelo.
Na reação de Maillard há também a formação de compostos voláteis responsáveis pelo cheiro característico do produto.
REAÇÃO DE MAILLARD
Reação caracterizada pela junção do grupo carbonila dos açúcares redutores com o grupo amínico das proteínas, de peptídios ou de aminoácidos.
Também denominada: “escurecimento não enzimático”
Participam : aminoácidos e açúcares redutores
REAÇÃO DE MAILLARD
FASE INICIAL: Açúcar redutor + aminoácido = glicosamina Glicosamina → rearranjo de Amadori →
cetose amina ou aldose amina. FASE INTERMEDIÁRIA: Formação de derivados do furfural e
reductonas. Degradação de Strecker = reação do AA
com a reductona = aldeídos com menos um átomo de C e CO2
REAÇÃO DE MAILLARD
FASE FINAL: Polimerização do furfural =
MELANOIDINAS (com N na molécula)
As alterações ocorridas durante a reação
de Maillard, reduzem a solubilidade e o
valor nutritivo das proteínas.
Fatores que influenciam a velocidade da Reação de Maillard:
Binômio temperatura/tempo: velocidade da reação
duplica a cada 10º C entre 40 e 70ºC.
pH: pH neutro a velocidade de reação é máxima.
Atividade de água (aw): atividade de água (aw)
média, entre 0,6-0,85 a reação de Maillard ocorre
com maior velocidade. aw> 0,9: ocorre a diluição
de reagentes e a velocidade da reação é baixa; aw
< 0,25: ausência de solventes, mobilidade limitada
dos reagentes com baixa velocidade de reação.
Fatores que influenciam a velocidade da Reação de Maillard:
Íons metálicos: a presença de íons metálicos como
Cu e Fe aceleram a velocidade da reação de
Maillard.
Tipo de Carboidrato: a presença do açúcar redutor
é essencial para a interação da carbonila com o
grupo amina, assim a sacarose não hidrolizada não
participa da reação de Maillard porque não
apresenta grupo redutor livre.
Caramelização
Açúcares redutores e não-redutores: aquecimento acima da sua Tº de fusão; Não tem participação de aa; Hidrólise, degradações e condensações; Calda de pudim.
REAÇÃO DE CARAMELIZAÇÃO
Inicialmente, sob o efeito do calor, ocorre a ruptura das ligações de hidrogênio liberando água de hidratação.
Praticamente, ao mesmo tempo, ocorre a ruptura da ligação glicosídica.
Daí para frente, começam a ocorrer modificações estruturais com perda de moléculas de água e ciclização resultando vários compostos intermediários e o hidroximetil furfural (HMF),
A partir do HMF, por condensação de anéis, formam-se as “melanoidinas”, responsáveis pela cor marrom-dourada do caramelo.
REAÇÕES DE ESCURECIMENTO DESEJÁVEIS
As reações de escurecimento são
desejadas em produtos de confeitaria, no
preparo de bolos, bolachas, balas,
biscoitos, pães e assados em geral.
Também são desejadas nas carnes
assadas, batatas fritas, amendoim e café
torrados e em cerveja escura.
REAÇÕES DE ESCURECIMENTO NÃO DESEJÁVEIS
Estas reações devem ser evitadas em
alguns alimentos principalmente os
desidratados armazenados secos por longo
tempo como o leite em pó, ovo em pó, o
pescado salgado seco e os sucos de frutas.