controle social na saÚde do trabalhador e da trabalhadora: um chamado À participaÇÃo dos...
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CONTROLE SOCIAL NA SAÚDE DO CONTROLE SOCIAL NA SAÚDE DO TRABALHADOR E DA TRABALHADOR E DA
TRABALHADORA: TRABALHADORA:
UM CHAMADO À PARTICIPAÇÃO UM CHAMADO À PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES E DASDOS TRABALHADORES E DAS
TRABALHADORASTRABALHADORAS
Salvador, 28 de abril de 2014Salvador, 28 de abril de 2014
Um breve históricoUm breve históricoAntes da Constituição Federal de 1988: Previdência Social e assistência somente para trabalhadores com carteira assinada; fiscalização do trabalho MTE
Processo da reforma sanitária brasileira
Movimentos sociais e dos trabalhadores
Reivindicações dos trabalhadores pelo fim da insalubridade no trabalho e pela atenção à saúde
Programas de saúde dos trabalhadores em estados e municípios
CF-88 – SUS e ST no SUS – Saúde como direito
Um breve históricoUm breve histórico
Criação e Consolidação das Leis do Trabalho –CLT/1943.
Constituição Federal/1988.Lei 8.080/90 (SUS)Lei 8.142/90 (Controle Social do SUS)Decreto Lei 7508/2011.Política Nacional de Saúde do
Trabalhador (a)- PNST- Portaria MS/GM nº 1823/2012.
Um breve históricoUm breve histórico
Década de 80
1986 – 8ª Conferência Nacional de Saúde.
1986 – 1ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador.
1988 – CONSTITUIÇÃO
Constituição Federal Constituição Federal 19881988
Define direitos sociais
Reordena competências entre setores - trabalho, saúde e previdência
Estabelece competências comuns, privativas e concorrentes, entre União, estados e municípios
Cria competências em ST no SUS
2a. CNST2a. CNSTBrasília, 13-16 março 1994Brasília, 13-16 março 1994
Construindo uma política de Saúde do Trabalhador
Princípios Organização das ações de
saúde do trabalhador Participação e controle
social Informação Recursos Humanos para a
ST Financiamento Legislação Desenvolvimento, meio
ambiente, saúde e trabalho
Política agrária e saúde do trabalhador rural
Governo Lula Governo Lula –– 2003- 2003-20082008
Portaria Interministerial n. 153, fev./2004
GT Interministerial MPS/MS/MTE
Reavaliar papel do GEISATAnalisar, propor ações;
integradas e intersetoriais;Elaborar Política Nacional
de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora no SUS (PNST)
Proposta elaborada por Comissão Tripartite, coordenada pelo MTE
Publicada em 2011, durante 28 de Abril
Somente aparecem atribuições dos 3 ministérios
Distorções quanto às
definições
constitucionais das
atribuições, quanto à
participação e controle
social
Política Nacional de
Segurança e Saúde no
Trabalho - PNSST
Plano Nacional de SST
Controle Social na Saúde do Controle Social na Saúde do TrabalhadorTrabalhadorParticipação Cívica/PolíticaTrajetória Histórica em Distintos
ContextosInteresse pela Coisa Pública/Consciência
DemocráticaGarantia de Direito/Dever de ParticiparMovimentos Sociais/Instigador do
Cumprimento do Papel do Estado Conferência/Espaço da Participação da
Sociedade Organizada.
SAÚDE DO TRABALHADOR: CENÁRIOS E DESAFIOSSAÚDE DO TRABALHADOR: CENÁRIOS E DESAFIOS
atividade
produção & qualidade
contrato
saúde & segurança
carga de trabalho
Influencia do CapitalismoInfluencia do CapitalismoAmeaça ao Sistema Único de
Saúde – SUS;Modelo de Produção/Terceirização;Impacto/Perfil de
Morbimortalidade;Expansão dos Adoecimentos;Aumento dos Acidentes no
Trabalho.
Conhecendo o Contexto para poder Conhecendo o Contexto para poder Enfrentar/AtuarEnfrentar/Atuar
Trabalho Precário/Modos Desiguais e Injustos de Produção de Bens e Serviços.
Origem na Organização do Trabalho Escravo.
Trabalho como Determinante Social da Saúde/Aspectos Sociais, Políticos e Econômicos.
Trabalho não é Promotor de Identidade e Dignidade Humana como Almeja o Trabalhador (a).
Intervenção/Ação Intervenção/Ação SindicalSindicalVulnerabilidade Sociopolítica do
Movimento Sindical.Pouco Engajamento Político dos
Sindicatos.Pouca Participação nas Decisões do
Modelo Socioeconômico/ Impacto.Pouca Participação Coletiva pelo Direito
á Saúde nos Ambientes de Trabalho.Instabilidade no Emprego sem a
Garantia Mínima de Permanência ou de autonomia/Pouca Organização de Base.
Aspectos que Contribuem para a Aspectos que Contribuem para a Desmobilização dos Trabalhadores (as)Desmobilização dos Trabalhadores (as)
A flexibilidade dos vínculos de emprego, como objeto de luta do capital para a supressão de direitos trabalhistas e ampliação do lucro.
O desemprego estrutural que resulta da situação anterior.
A flexibilidade do/a trabalhador/a ( polivalência, disponibilidade, adaptabilidade), como características dos/as mais “eficientes”.
A flexibilidade do processo de trabalho que exige dos indivíduos que vivem do trabalho, constante adaptação.
Projeto de Lei 4330 que tramita no Congresso, que permite terceirização até na atividade fim.
A Institucionalidade e o Instituído: A Institucionalidade e o Instituído: Qual Caminho?Qual Caminho?
A nossa experiência histórica de participação nos rumos do Estado Brasileiro na relação capital-trabalho, tem contribuido para moldar os espaços instituídos de participação social.
As estratégias participativas e intersetoriais devem ser definidas para além dos movimentos sociais e institucionais já instituídos.
Inegavelmente, existem avanços institucionais no âmbito da participação e controle social em saúde no SUS: Conselhos de Saúde nos três entes federados; Conferências de Saúde;
Destacam-se ainda outros espaços que fortalecem o Controle Social: Secretaria Específica de Gestão Estratégica e Participativa; Sistema Nacional de Auditoria do SUS e a Ouvidoria Geral do SUS; Política Nacional de Educação Permanente para o Controle Social e a Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa do SUS.
No âmbito da Saúde do Trabalhador (a): Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador – CIST; Conselho Gestor dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador – CEREST.
A Institucionalidade e o Instituído:A Institucionalidade e o Instituído: Qual Qual Caminho?Caminho?
Para os mais de cinco mil e quinhentos conselhos de saúde instituídos, temos apenas noventa e cinco CIST implantadas, segundo Hoefel e Severo (2014).
Carência de representação das Centrais Sindicais nas CIST.
“pouco mais da metade dos trabalhadores membros das CIST consegue avaliar a implementação das políticas e aplicação dos recursos públicos destinados para tal”
A Institucionalidade e o Instituído:A Institucionalidade e o Instituído: Qual Qual Caminho?Caminho? Falta de valorização das CISTs pela gestão - e por vezes
até mesmo pelos Conselhos de Saúde - configura um elemento que prejudica seriamente a qualificação desses espaços, uma vez que tal atitude fragiliza o exercício da participação social e pode conduzir ao esvaziamento e, até mesmo, à descrença nessas arenas, com conseqüente perda da legitimidade e representatividade dos colegiados (Hoelfel e Severo, 2014, p. 26).
Desafio da efetivação do Controle Social em Saúde. Os Conselhos de Saúde, formalmente constituídos, na prática vivenciam limitações e dificuldades, no tocante à: representatividade, autonomia, capacidade de decisão política, conhecimento pela população, reconhecimento pela gestão, condições administrativas para funcionar (espaço físico, orçamento próprio, mobiliário, equipamentos, etc.) (Martins P. C. et al, 2008; Vianna; Cavalcanti; Cabral, 2009; Cotta, 2011).
Propondo Passos para o Seguir Propondo Passos para o Seguir Caminhando:Caminhando: rumo á utopia constituinte ... rumo á utopia constituinte ...
A maioria dos trabalhadores que acessam os serviços de atenção à saúde do/a trabalhador/a no SUS o fazem para obter uma Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) qualificada que facilite o acesso a direitos previdenciários. Os mais oprimidos pelo capital são menos representados (as) nos Conselhos.
Um último aspecto a considerar, é a relação entre os espaços deliberativos do Controle Social do SUS e as comissões intergestoras e colegiados de gestão. Os Conselhos deliberam ou homologam decisões?
É fundamental, para o avanço da construção da democracia participativa no SUS, debater sobre o quê, com que conselheiros/as e que decisões são construídas nos Conselhos de Saúde.
Desafio do Controle Desafio do Controle SocialSocialMaior Participação Popular em Defesa
da PNST.Cobrar do Estado Assegurar
Ambientes Saudáveis para os Trabalhadores (as).
Defesa da Estabilidade no Trabalho/Qualidade de Vida.
MensagemMensagem ““... porque nos dizem um monte de ... porque nos dizem um monte de
coisas que é perigoso tomar por coisas que é perigoso tomar por verdade...”verdade...”
““... dizem-nos que o Estado é o contrário ... dizem-nos que o Estado é o contrário
da sociedade e não é o espelho da da sociedade e não é o espelho da
sociedade. Portanto, a sociedade para sociedade. Portanto, a sociedade para
ser forte, tem que ter um estado fraco. ser forte, tem que ter um estado fraco.
Ao contrário, temos que mostrar que Ao contrário, temos que mostrar que
uma sociedade civil forte exige um uma sociedade civil forte exige um
Estado social forte.”Estado social forte.” Boaventura Souza Santos (2001)
Obrigado!Obrigado!
Joilda Gomes Rua Cardoso
SINDPEC- Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Pericia, Informação e Pesquisa do Estado
da Bahia