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1 Texto complementar da disciplina Educação Física Adaptada I Prof. Dr. Luzimar Teixeira CONVENÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Tradução Toptutors – Revisão: Regina Atalla TEXTO DE TRABALHO Os Estados Membros dessa Convenção, (a)Recordando os princípios proclamados na Carta das Nações Unidas que reconhece a dignidade inerente e os direitos iguais e inalienáveis de todos os membros da família humana como o princípio de liberdade, justiça e paz no mundo, (b)Reconhecendo que as Nações Unidas, na Declaração Universal de Direitos Humanos e na Convenção Internacional de Direitos Humanos, tem proclamado e concordado que todas as pessoas têm acesso a todos os direitos e liberdades aqui concordadas, sem distinção de qualquer tipo, (c)Reafirmando a universalidade, indivisibilidade e interdependência de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais e a necessidade de quaisquer pessoas com deficiência são garantidos o gozo da vida sem discriminação, (d)Recordando o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, o Pacto Internacional de Direitos Cíveis e Políticos, a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todos os Tipos De Discriminação Racial, a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todos os Tipos De Discriminação Contra as Mulheres, a Convenção Contra Tortura e Outros Tratamentos ou Punições Cruéis, Inumanos ou Degradantes, a Convenção dos Direitos da Criança, e a Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e Membros de suas Famílias, (e)Reconhecendo a importância dos princípios e políticas nas diretrizes contidos nas Regras

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Page 1: CONVEN O INTERNACIONAL DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM ... · Criança, e a Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e Membros de

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Texto complementar da disciplina

Educação Física Adaptada I

Prof. Dr. Luzimar Teixeira

CONVENÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS DAS PESSOAS CO M DEFICIÊNCIA

Tradução Toptutors – Revisão: Regina Atalla

TEXTO DE TRABALHO

Os Estados Membros dessa Convenção,

(a)Recordando os princípios proclamados na Carta das Nações Unidas que reconhece a

dignidade inerente e os direitos iguais e inalienáveis de todos os membros da família humana

como o princípio de liberdade, justiça e paz no mundo,

(b)Reconhecendo que as Nações Unidas, na Declaração Universal de Direitos Humanos e na

Convenção Internacional de Direitos Humanos, tem proclamado e concordado que todas as

pessoas têm acesso a todos os direitos e liberdades aqui concordadas, sem distinção de

qualquer tipo,

(c)Reafirmando a universalidade, indivisibilidade e interdependência de todos os direitos

humanos e liberdades fundamentais e a necessidade de quaisquer pessoas com deficiência são

garantidos o gozo da vida sem discriminação,

(d)Recordando o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, o Pacto

Internacional de Direitos Cíveis e Políticos, a Convenção Internacional sobre a Eliminação de

Todos os Tipos De Discriminação Racial, a Convenção Internacional sobre a Eliminação de

Todos os Tipos De Discriminação Contra as Mulheres, a Convenção Contra Tortura e Outros

Tratamentos ou Punições Cruéis, Inumanos ou Degradantes, a Convenção dos Direitos da

Criança, e a Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de Todos os Trabalhadores

Migrantes e Membros de suas Famílias,

(e)Reconhecendo a importância dos princípios e políticas nas diretrizes contidos nas Regras

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Padrões sobre a Igualdade de Oportunidades para Pessoas com Deficiências, influenciando a

promoção, formulação, e avaliação das políticas, planos, programas e ações no nível nacional,

regional e internacional, para igualar as oportunidades para as pessoas com deficiência.

(f)Reconhecendo também que a discriminação contra qualquer pessoa em razão da deficiência é

uma violação a dignidade inerente da pessoa humana,

(g)Reconhecendo também a diversidade das pessoas com deficiência,

(h)Reconhecendo a necessidade de promover e proteger os direitos humanos de todas as

pessoas com deficiência, incluídas aquelas que necessitam de apoio mais intenso,

(i) Observando com preocupação que, apesar dos diversos instrumentos e atividades, as

pessoas com deficiência seguem encontrando obstáculos para participar em condições de

igualdade da vida social e sofrendo violações dos seus direitos humanos em todas as partes do

mundo,

(j)Reconhecendo a importância de cooperação internacional para a melhoria das condições de

vida para pessoas com deficiência em todos os países, especialmente nos países em

desenvolvimento,

(k)Destacando a importância de reconhecer o valor das contribuições e dos potenciais das

pessoas com deficiência ao bem estar geral e a diversidade das suas comunidade, e que a

promoção do pleno desfrute dos direitos humanos e das liberdades fundamentais pelas pessoas

com deficiência e da sua plena participação terão como resultado maior sentido de pertencimento

destas pessoas e avanços significativos para o desenvolvimento econômico, social e humano da

sociedade e na erradicação da pobreza,

(l)Reconhecendo a importância que se reveste para pessoas com deficiência em relação a sua

autonomia e independência, incluindo a liberdade para tomar suas próprias decisões,

(m)Considerando que pessoas com deficiência devem ter a oportunidade de estar envolvidas

ativamente em processos de decisão sobre políticas e programas, especialmente aqueles que as

envolvem diretamente,

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(n)Preocupado com a difícil situação em que se encontram as pessoas com deficiência que são

vítimas de múltiplas e graves formas de discriminação por motivos de etnia, cor, sexo, idioma,

religião, opinião política ou de qualquer outra natureza, origem nacional, étnica ou social,

propriedade, nascimento, idade ou qualquer outra situação,

(o)Reconhecendo que mulheres e meninas com deficiência estão freqüentemente expostas a

maior risco, dentro ou fora da residência, de violência, ferimento ou abuso, abandono ou

negligência de tratamento, maus tratos ou exploração, incluindo suas manifestações baseadas

em gênero.

(p)Reconhecendo que as crianças com deficiência devem ter pleno desfrute de todos direitos

humanos e das liberdades fundamentais, em condições de igualdade com outras crianças, e

recordando as obrigações que a este respeito assumiram os Estados Partes na Convenção dos

Direitos das Crianças;

(q)Enfatizando a necessidade de incorporar uma perspectiva de gênero (sexo) em todas as

atividades destinadas a promover o pleno desfrute dos direitos humanos e liberdades

fundamentais pelas pessoas com deficiência,

(r)Destacando o fato de que a maioria das pessoas com deficiência vivem condições de pobreza,

e reconhecendo a necessidade critica de minimizar os efeitos negativos da pobreza para as

pessoas com deficiência,

(s)Preocupados com o fato de que os conflitos armados e a ocorrência de catástrofes naturais

tenham aumentado consideravelmente as experiências relativas a deficiência nos paises

atingidos pela guerra e naqueles propensos aos desastres, e que trazem conseqüências

especialmente devastadoras para os direitos humanos das pessoas com deficiência,

(t)Reconhecendo a importância de acessibilidade aos ambientes físicos, sociais, econômicos e

culturais, para a saúde e educação e para informação e comunicação, para que as pessoas com

deficiência possam desfrutar plenamente todos os direitos humanos e liberdades fundamentais,

(u) Consciente de que os indivíduos, que tem obrigações perante outros indivíduos e a

comunidade a que pertencem, têm a responsabilidade de procurar por todos os meios promover

e fazer cumprir os direitos reconhecidos na Carta Internacionais de Direitos Humanos,

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(v)Convencidos que uma convenção internacional ampla e integral para promover e proteger os

direitos e a dignidade das pessoas com deficiência contribuirá significativamente para reduzir a

profunda desvantagem social das pessoas com deficiência e promoverá sua participação com

igualdade de oportunidades nos âmbitos civil, político, econômico, social e cultural, tanto nos

paises em desenvolvimento como nos paises desenvolvidos,

[Convencido que a família, como o grupo fundamental da sociedade, deve receber suporte,

informação, e serviços para poder contribuir com o pleno gozo dos direitos das pessoas com

deficiência,]

Concordamos por esse instrumento o seguinte:

Artigo 1

PROPÓSITO

O propósito dessa Convenção é promover, proteger e assegurar o desfrute pleno e em condições

de igualdade de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais pelas pessoas com

deficiência e promover o respeito da sua dignidade inerente.

Artigo 2

DEFINIÇÕES

Para a finalidade da presente Convenção:

"Comunicação" inclui comunicação oral, comunicação usando linguagem de sinais, Braille e

comunicação tátil, publicações para baixa visão, áudio, multimídia acessível, leitura humana e

outros modos alternativos ou aumentativos de comunicação, incluindo informação acessível e

tecnologia de comunicação.

"Deficiência" / "Pessoas com deficiência"

Por "Discriminação em razão da deficiência" se entenderá qualquer distinção, exclusão ou

restrição por motivo da deficiência que tenha o propósito ou efeito de prejudicar ou anular o

reconhecimento de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais , nas áreas política,

econômica, social, cultural, civil ou de outro tipo, ou seu desfrute ou exercício, em condições de

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igualdade com os demais. Inclui todas as formas de descriminação, entre elas, a negação de

soluções de acessibilidade {incluindo discriminação direta ou indireta}.

"Língua" inclui comunicação oral e linguagem de sinais e outras formas de linguagem não falada.

"Leis Nacionais de aplicação geral" significa leis que se aplicam para a sociedade em geral, e que

não se diferenciam a respeito de pessoas com deficiência. "Leis Nacionais e procedimentos de

aplicação geral" e "leis nacionais, costumes e tradições de aplicação geral" devem ter o mesmo

sentido, mutatis mutandi (com as devidas alterações).

"Intervenção acessível" significa modificações e ajustes necessários e apropriados sem impor

uma carga desproporcional, quando for necessitado em um caso especifico, para assegurar às

pessoas com deficiência a apreciação e exercício com base na igualdade com outros, de todos

os direitos humanos e liberdades fundamentais.

"Desenho universal" e "desenho inclusivo" significam o desenho dos produtos, entornos,

programas e serviços que podem ser usados por todos, no maior alcance possível, sem a

necessidade de adaptação ou desenho especializado. O “ desenho universal" e o " desenho

inclusivo" não excluirão os dispositivos de facilitação para grupos particulares de pessoas com

deficiência, quando necessário.

Artigo 3

PRINCÍPIOS GERAIS

Os princípios fundamentais dessa Convenção devem ser:

(a)O respeito a dignidade inerente, autonomia individual incluindo a liberdade de fazer suas

próprias escolhas, e a independência das pessoas;

(b)Não-discriminação;

(c)Inclusão e participação plena e efetiva na sociedade;

(d)Respeito pela diferença e aceitação da deficiência como parte da diversidade e da condição

humana;

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(e)Igualdade de oportunidade;

(f)Acessibilidade;

(g)Igualdade entre homens e mulheres;

(h)Respeito pela capacidade em desenvolvimento das crianças com deficiência e respeito ao

direito das crianças com deficiência de preservar suas identidades.

Artigo 4

OBRIGAÇÕES GERAIS

1. Estados Membros devem assegurar a plena realização de todos os direitos humanos e

liberdades fundamentais para todos os indivíduos com deficiência, sem discriminação de

qualquer tipo em razão de deficiência. Para esse fim, os Estados Membros se comprometem:

(a)Adotar medidas legislativas, administrativas e outras para a implementação dos direitos

reconhecido nesta presente Convenção,

(b)Tomar todas as medidas apropriadas, incluindo as legislativas, para emendar, anular ou

invalidar qualquer lei, regulamentos, costumes e práticas que constituam discriminação contra as

pessoas com deficiência;

(c)Levar em consideração a proteção e promoção dos direitos das pessoas com deficiência em

todas as políticas e programas de desenvolvimento social;

(d)Abster-se de assumir qualquer ato ou prática que seja inconsistente com essa convenção e

assegurar que autoridades públicas e instituições atuem em conformidade com essa Convenção;

(e)Tomar todas as medidas necessárias para eliminar a discriminação em razão da deficiência

por qualquer pessoa, organização ou empresa;

(f)Promover ou encarregar-se da pesquisa, desenvolvimento, disponibilidade e uso de:

(i)Produtos, serviços, equipamentos e instalações baseadas no desenho universal para satisfazer

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as necessidades específicas de pessoas com deficiência, que deve exigir o mínimo possível de

adaptação e o menor custo para satisfazer as necessidades específicas das pessoas com

deficiência, e promover o desenho universal na elaboração de normas e diretrizes;

(ii)Novas tecnologias, incluindo tecnologias de informação e comunicação, aparelhos para

mobilidade, instrumentos, tecnologias assistivas, apropriados para pessoas com deficiência,

dando prioridade a tecnologias de baixo custo;

(g)Fornecer informação acessível para pessoas com deficiência sobre aparelhos para mobilidade,

instrumentos, tecnologias assistivas incluindo novas tecnologias, assim como outras formas de

assistência, serviços de apoio e instalações.

(h) Promover a capacitação de profissionais e de pessoal que trabalha com pessoas com

deficiências nos direitos reconhecidos nesta convenção, para prestar melhor assistência e os

serviços garantidos por esses direitos.

2. Em relação aos direitos econômicos, sociais e culturais, cada Estado Membro se compromete

a adotar medidas usando o máximo de seus recursos disponíveis e, quando seja necessário,

dentro do âmbito de cooperação internacional, com o propósito de alcançar progressivamente a

plena realização desses direitos, sem prejuízo para obrigações aplicáveis de imediato emanadas

de lei internacional dos direitos humanos.

3. No desenvolvimento e implementação da legislação e políticas para implementar essa

Convenção, e em outros processos de tomada de decisões em relação a assuntos sobre pessoas

com deficiência, Estados Membros devem consultar e ativamente envolver pessoas com

deficiência, incluindo crianças com deficiência, e suas organizações representativas.

4. Nada nessa Convenção deve afetar qualquer tipo de provisão que é mais condutiva para a

realização dos direitos de pessoas com deficiência e que já está contido na lei de um Estado

Parte ou lei internacional que esteja em vigor naquele Estado. Não haverá nenhuma restrição ou

negação de qualquer dos direitos humanos fundamentais reconhecidos ou existentes em

qualquer Estado Membro na presente Convenção em conformidade com a lei, com as

convenções e convênios, com os regulamentos ou costumes sob o pretexto de que a presente

Convenção não reconhece esses direitos, ou que os reconhece em menor medida.

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5. As disposições desta convenção se aplicarão a todas as partes de estados federais sem

limitações ou exceções.

Artigo 5

IGUALDADE E NÃO-DISCRIMINAÇÃO

1. Estados Membros reconhecem que todas as pessoas com deficiência são iguais perante a lei

e em virtude dela e que tem direito a igual proteção da lei e de beneficiar-se em igual medida da

lei sem discriminação alguma.

2. Estados Membros proibirão qualquer tipo de discriminação em razão da deficiência, e

garantirão para todas as pessoas com deficiência proteção igual e efetiva contra qualquer tipo de

discriminação.

3. Para promover igualdade e eliminar a discriminação, os Estados Membros adotarão todas as

medidas necessárias para assegurar a realização das intervenções de acessibilidade.

4. Medidas específicas que sejam necessárias para acelerar ou alcançar a igualdade de fato de

pessoas com deficiência não serão consideradas discriminação em virtude da presente

convenção.

Artigo 6

MULHERES COM DEFICIÊNCIA

1. Os Estados Membros reconhecem que as mulheres e as meninas com deficiência estão

sujeitas a múltiplas formas de discriminação e que necessitam de medidas específicas, de

empoderamento e sensíveis as questões de gênero para assegurar que as mulheres e as

meninas com deficiência possam desfrutar plenamente de todos os direitos humanos e

liberdades fundamentais.

2. Os Estados Membros tomarão todas as medidas apropriadas para assegurar o pleno

desenvolvimento e avanço das mulheres, com a finalidade de garantir-lhes o exercício dos

direitos humanos e das liberdades fundamentais estabelecidos nesta convenção.

Artigo 7

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CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA

1. Os Estados Membros tomarão todas as medidas necessárias a assegurar o pleno desfrute

pelas crianças com deficiência de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais e para

assegurar os direitos das crianças com deficiência de desfrutar em igualdade de condições de

todos os direitos estabelecidos nesta convenção.

2. Em todas as atividades relacionadas às crianças com deficiência se deverá considerar

primordialmente a proteção dos seus interesses superiores.

3. Os Estados Membros assegurarão que as crianças com deficiência tenham o direito de

expressar livremente suas opiniões em todas as matérias que lhes afetam, em condições de

igualdade a outras crianças, e a receber assistência apropriada à sua deficiência e a idade para

realizar este direito.

Artigo 8

AUMENTANDO A CONSCIÊNCIA SOBRE DEFICIÊNCIA

1. Os Estados Membros se comprometem a adotar medidas imediatas, eficazes e apropriadas

para:

(a)Aumentar a consciência da sociedade em relação à deficiência e às pessoas com deficiência,

e promover o respeito por seus direitos;

(b)Combater estereótipos, preconceitos e praticas prejudiciais às pessoas com deficiência,

incluindo aqueles baseados em sexo e idade, em todos os aspectos da vida;

(c)Promover a tomada de consciência a respeito das deficiências e das capacidades de pessoas

com deficiência.

2. Essas medidas para este fim incluem:

Executar e manter campanhas eficazes de sensibilização pública, destinadas a:

(i) Fomentar atitudes receptivas a respeito dos direitos de pessoas com deficiência;

(ii) Promover percepções positivas e maior consciência social sobre as pessoas com

deficiência;

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(iii) Promover o reconhecimento das competências, méritos, habilidades e contribuições de

pessoas com deficiência relacionadas ao ambiente e ao mercado de trabalho;

(b)Promover em todos os níveis do sistema educacional, incluindo todas as crianças desde a

primeira idade, uma atitude de respeito para os direitos de pessoas com deficiência;

(c)Estimular todos os órgãos da mídia a difundir uma imagem de pessoas com deficiência

que seja compatível com o propósito dessa Convenção.

(d)Promover programas de capacitação sobre sensibilização a respeito das pessoas com

deficiência e seus direitos.

Artigo 9

ACESSIBILIDADE

1. Para assegurar que pessoas com deficiência vivam independentemente e participem

plenamente em todas as áreas da vida, os Estados Membros adotarão as medidas

apropriadas para assegurar acessibilidade para pessoas com deficiência, em igualdade as

outras pessoas, no ambiente físico, no transporte, na informação e comunicação, incluindo

tecnologias de informação e comunicação, e em outros serviços e instalações públicas, tanto

em áreas urbanas como rurais. Estas medidas, que incluirão a identificação e eliminação dos

obstáculos e barreiras para acessibilidade, se aplicarão, entre outras, a:

(a)Prédios públicos, as vias publicas e outras instalações de uso público, incluindo escolas,

residências, instalações relacionadas à saúde, instalações de uso interno e externo e

instalações públicas de trabalho;

(b)Os serviços de informação, comunicações e de outro tipo, incluídos os serviços eletrônicos

e de emergência.

2. Os Estados Membros adotarão medidas apropriadas para:

(a)Desenvolver, promulgar e supervisionar a aplicação de padrões mínimos e diretrizes para a

acessibilidade de instalações e dos serviços públicos;

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(b)Assegurar que as entidades privadas que oferecem instalações e serviços abertos ao

público tenham em conta todos os aspectos da sua acessibilidade para as pessoas com

deficiência;

(c)Proporcionar capacitação a todos os interessados sobre os problemas de acessibilidade

enfrentados pelas pessoas com deficiências;

(d)Dotar os prédios e instalações públicas de sinalização em Braille e em formatos de fácil

leitura e compreensão

(e)Proporcionar formas de assistência pessoal e intermediárias, incluindo guias, leitores e

intérpretes profissionais de língua de sinais, para facilitar acessibilidade aos prédios e outras

instalações públicas;

(f)Promover outras formas apropriadas de assistência e apoio às pessoas com deficiência

para assegurar o acesso à informação;

(g)Promover o acesso para pessoas com deficiência às novas tecnologias de informação e

comunicação, incluindo a Internet;

(h)Promover a criação, desenvolvimento, produção e distribuição de tecnologias de

informação e comunicação acessíveis o mais rápido possível, para que a sociedade da

informação torne-se inclusiva com custo mínimo.

Artigo 10

DIREITO A VIDA

Os Estados Membros reafirmam o direito inerente à vida de todos os seres humanos e

adorarão todas as medidas necessárias para garantir o desfrute efetivo desse direito pelas

pessoas com deficiência, em pé de igualdade com os demais.

Artigo 11

SITUAÇÔES DE RISCO

Os Estados Membros reconhecem que em situações de risco para a população geral,

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{incluídas as situações de...} as pessoas com deficiência são especialmente vulneráveis, e

adotarão todas as medidas possíveis para protegê-las.

Artigo 12

RECONHECIMENTO IGUAL COMO PESSOA PERANTE A LEI

1. Os Estados Membros reafirmam que pessoas com deficiência tem o direito a ser

reconhecidas em todas as partes como pessoas perante a lei.

2. Os Estados Membros reconhecerão que, as pessoas com deficiência tem a [capacidade

legal] em um mesmo nível com outros, em todas os âmbitos, e assegurarão, quando seja

necessário a prestação de apoio para o exercício dessa capacidade:

(a)A assistência providenciada é proporcional ao grau de apoio requerido e adaptado às

circunstâncias de cada pessoa, e que tal apoio não tira os direitos legais da pessoa, respeita a

vontade e preferência da pessoa, e é livre de conflito de interesse ou influência desmedida. Onde

for apropriado, tal apoio deve ser sujeito a uma revisão regular e independente;

(b)Quando os Estados Membros determinem por um procedimento a seguir, que se estabelecerá

mediante lei, para a designação de representação particular como uma medida de último recurso,

tal lei deve prover medidas apropriadas de salvaguardas, incluindo revisão regular da designação

do representante pessoal e das decisões adotadas por este, a cargo de um tribunal competente,

imparcial e independente. A designação e conduta do representante particular se guiarão por

princípios consistentes com essa Convenção e leis internacionais de direitos humanos.

3. Os Estados Membros devem tomar todas as medidas necessárias e efetivas para assegurar os

direitos legais de pessoas com deficiência para possuir ou herdar propriedade, para controlar

seus próprios assuntos financeiros, e para ter acesso igual a empréstimos bancários,

financiamentos imobiliários e outras formas de créditos financeiros; e devem assegurar que

pessoas com deficiência não sejam arbitrariamente privadas de suas propriedade (s).

Artigo 13

ACESSO A JUSTIÇA

1) Os Estados Membros assegurarão acesso efetivo à justiça para pessoas com deficiência em

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um mesmo nível com outros, inclusive mediante ajustes de procedimento e apropriados a idade,

para facilitar seu papel efetivo como participantes diretos ou indiretos, incluindo como

testemunhas, em todos os procedimentos judiciais, incluindo a declaração como testemunhas em

todos os processos legais, abrangendo as etapas investigativas e outras etapas preliminares.

2) A fim ajudar assegurar o acesso eficaz à justiça para pessoas com deficiências, os Estados

Membros promoverão o treinamento apropriado para aqueles que trabalham no campo da

administração da justiça, incluindo polícias e equipe de funcionários penitenciarios.

Artigo 14

LIBERDADE E SEGURANÇA DA PESSOA

1. Os Estados Membros assegurarão que pessoas com deficiência, em condições de igualdade

ao demais:

(a)Desfrutem do direito de liberdade e segurança da pessoa;

(b)Não sejam privados de sua liberdade ilegalmente ou arbitrariamente, e que qualquer privação

de liberdade esteja de acordo com a lei, e em caso nenhum a existência de uma deficiência

justifique a privação de liberdade.

2. Os Estados Membros assegurarão que as pessoas com deficiência que se vejam privadas de

sua liberdade em razão de um processo tenham, em igualdade de condições com os outros,

direito à garantias de acordo com a lei internacional de direitos humanos e a ser tratadas

conforme os objetivos e princípios desta Convenção, incluindo a providencia de medidas de

acessibilidade.

Artigo 15

LIBERDADE CONTRA TORTURA OU TRATAMENTO OU PUNIÇÃO CRUEL, INUMANA OU

DEGRADANTE

(1) Nenhuma pessoa com deficiência será submetida à tortura, tratamento ou punição cruel,

desumana ou degradante. Particularmente, Estados Membros proibirão que as pessoas com

deficiência sejam submetidas as experiências medicas ou cientificas sem o seu consentimento

livre e informado e as protegerão para que tal não aconteça.

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(2) Os Estados Membros tomarão todas as medidas legislativas, administrativas, judiciais, ou

outras medidas efetivas para prevenir que pessoas com deficiência sejam submetidas a tortura

ou a punição cruel, desumana ou degradante.

Artigo 16

LIBERDADE CONTRA A EXPLORAÇÂO, VIOLÊNCIA E ABUSO

(1) Os Estados Membros tomarão todas as medidas legislativas, administrativas, sociais,

educacionais e outras medidas apropriadas para proteger pessoas com deficiência, tanto dentro

como fora de casa, de todos os tipos de exploração, violência e abuso, incluídos os aspectos

relacionados a gênero.

(2) Os Estados Membros também adotarão as medidas apropriadas para prevenir qualquer tipo

de exploração, violência e abuso, assegurando, entre outras coisas, formas apropriadas de

assistência e apoio relativos as questões de gênero e de idade para pessoas com deficiência e

suas famílias e curadores, incluindo providenciar informação e educação sobre como evitar,

reconhecer e relatar casos de exploração, violência e abuso. Estados Membros assegurarão que

os serviços de proteção levem em consideração a idade, gênero e deficiência.

(3) A fim de impedir que se produzam casos de exploração, violência e abuso, os Estados

Membros assegurarão que todas os serviços e programas destinados as pessoas com deficiência

sejam objeto de uma vigilância efetiva por parte das

(4) Os Estados Membros tomarão todas as medidas apropriadas para promover a recuperação e

reabilitação física, cognitiva e psicológica, e a reintegração social, de pessoas com deficiência

que são vitimas de qualquer forma de exploração, violência e abuso, incluindo provisão de

serviços de proteção. Tal recuperação e reintegração devem ser feitas em um ambiente que

promova a saúde, bem-estar, respeito próprio, dignidade e autonomia da pessoa e leve em

consideração as necessidades específicas de sexo e idade.

(5) Os Estados Membros adotarão legislação e políticas efetivas, incluindo legislação e políticas

especificas de gênero e para as crianças, para assegurar que os casos de exploração, violência e

abuso contra pessoas com deficiência sejam identificados, investigadas e, onde for apropriado,

julgados.

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Artigo 17

PROTEGENDO A INTEGRIDADE DA PESSOA

(1) Os Estados Membros protegerão a integridade da pessoa com deficiência em pé de igualdade

com os demais.

(2) Os Estados Membros protegerão as pessoas com deficiência contra intervenções forçadas ou

institucionalizações forçadas visando à correção, melhoramento, ou aliviamento de qualquer

deficiência percebida ou real.

(3) Em casos de emergências médicas ou assuntos de risco à saúde pública envolvendo

intervenções involuntárias, pessoas com deficiência devem ser tratadas em um mesmo nível que

os outros.

(4) Os Estados Membros assegurarão que tratamento involuntário de pessoas com deficiência

seja:

(a)Reduzido ao mínimo pela promoção ativa de alternativas;

(b)Feito somente em circunstâncias excepcionais, de acordo com procedimentos estabelecidos

pela lei e com a aplicação de salvaguardas apropriadas pela lei;

(c)Feito em um ambiente o menos restritivo possível, e que os melhores interesses da pessoa em

questão sejam plenamente levados em conta;

(d)Seja apropriado para a pessoa e providenciado gratuitamente para o individuo que receba o

tratamento ou para a sua família.

Artigo 18

LIBERDADE DE MOVIMENTO

Os Estados Membros dessa Convenção tomarão medidas efetivas para respeitar e assegurar os

direitos de pessoas com deficiência para liberdade de movimento em um mesmo nível com os

outros, assegurando que pessoas com deficiência:

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(a)Tenham o direito de adquirir uma nacionalidade e não sejam privadas de sua nacionalidade

arbitrariamente em razão de sua deficiência;

(b)Não sejam privadas, em razão de sua deficiência, de sua capacidade de possuir e utilizar

documentação de sua nacionalidade ou outra documentação de identificação, ou para utilizar

processos relevantes como procedimentos de imigração, que possam ser necessários para

facilitar o exercício de sua liberdade de movimento;

(c)Tenham o direito de sair de qualquer país, incluindo seu próprio país.

(d)Não sejam privadas, arbitrariamente ou em razão de sua deficiência, do direito de entrar no

seu próprio país.

2. As crianças com deficiência devem ser registradas imediatamente apos nascimento e devem

ter a partir do nascimento o direito de um nome, o direito de adquirir uma nacionalidade e o direito

de conhecer os pais.

Artigo 19

VIVENDO INDEPENDENTEMENTE E SENDO INCLUÍDO NA COMUNIDADE

Os Estados Membros reconhecem o direito de todas as pessoas com deficiência de viver em

comunidade, com escolhas em igualdade aos demais, e tomarão as medidas apropriadas e

efetivas para facilitar o pleno desfrute deste direito pelas pessoas com deficiência e sua plena

inclusão e participação dentro da comunidade, assegurando que:

(a) As pessoas com deficiência tenham a oportunidade de escolher seu lugar de residência e

onde e com quem desejam viver, em condição de igualdade aos demais, e que não sejam

obrigadas a se ajustar a um sistema de vida específico;

(b)As pessoas com deficiência tenham acesso a uma variedade de serviços de assistência

domiciliar, residencial e outros serviços de apoio da comunidade, incluindo assistência pessoal,

necessária para facilitar seu sustento e sua inclusão na comunidade, e para evitar seu isolamento

ou segregação dentro da comunidade;

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(c) As instalações e os serviços comunitários para a população geral estejam disponíveis em

condições de igualdade, para as pessoas com deficiência e tenham em conta as suas

necessidades;

Artigo 20

MOBILIDADE PESSOAL

Os Estados Membros dessa Convenção tomarão medidas efetivas para assegurar a liberdade

de movimento com a maior independência possível para pessoas com deficiência, incluindo:

(a)Facilitar a liberdade de movimento de pessoas com deficiência na maneira e na hora da sua

escolha, e a um custo acessível;

(b)Facilitar acesso para pessoas com deficiência a ajudas para a mobilidade, dispositivos,

tecnologias assistivas e formas de assistência pessoal e intermediários de alta qualidade,

incluindo a sua disponibilização a custo acessível;

(c)Prover treinamento de práticas de mobilidade a pessoas com deficiência e ao quadro de

funcionários trabalhando com pessoas com deficiência;

(d)Encorajar entidades privadas que produzem produtos de mobilidade, aparelhos e tecnologias

assistivas a levar em conta todos os aspectos de mobilidade para pessoas com deficiência.

Artigo 21

LIBERDADE DE EXPRESSÃO E OPINIÃO, E ACESSO À INFORMAÇÃO

Os Estados Membros tomarão as medidas apropriadas para assegurar que pessoas com

deficiência possam exercer seu direito de liberdade de expressão e opinião, incluindo a liberdade

de procurar, receber e compartir informação e idéias em condições de igualdade aos demais, e

por língua de sinais e Braille, meios alternativos e aumentativos de comunicação e todos os

outros meios, modos e formatos de comunicação de sua escolha, incluindo:

(a)Providenciar informação para o público geral de maneira rápida e eficiente e sem custo

adicional para pessoas com deficiência em tecnologias e formatos acessíveis apropriados para

os diferentes tipos de deficiência;

(b)Aceitar e facilitar o uso de língua de sinais, e Braille, meios alternativos e aumentativos de

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comunicação e todos os outros meios, modos e formatos de comunicação de escolha das

pessoas com deficiência em suas relações oficiais;

(c)Recomendar que entidades privadas que providenciam serviços ao público geral, incluindo

internet, a providenciar informação e serviços em formatos acessíveis e utilizáveis para pessoas

com deficiência;

(d)Recomendar à mídia, incluindo fornecedores de informação pela internet, a tornar seus

serviços acessíveis às pessoas com deficiência;

(e)Reconhecendo e promovendo o uso da linguagem de sinais.

Artigo 22

RESPEITO À PRIVACIDADE

1. Nenhuma pessoa com deficiência, independente do local de residência ou dos ajustes de

moradia, deve ser sujeita a interferência arbitrária ou ilegal de sua privacidade, família, casa ou

correspondência, ou outros tipos de comunicação ou a ataques ilegais a sua honra ou reputação.

Pessoas com deficiência devem ter o direito da proteção da lei contra tais interferências ou

ataques.

2. Os Estados Membros protegerão a privacidade de informações pessoais, de saúde e

reabilitação de pessoas com deficiência em igualdade de condições com os outros.

Artigo 23

RESPEITO PARA A CASA E A FAMÍLIA

1. Os Estados Membros tomarão as medidas apropriadas e efetivas para eliminar a discriminação

contra pessoas com deficiência em todos os assuntos em relação a casamento e relações

pessoais e familiares, e particularmente devem assegurar que leis nacionais, costumes e

tradições relacionados ao casamento, família e relação pessoais não descriminem com base na

deficiência para que:

(a)Que pessoas com deficiência não tenham negadas a oportunidade igual de [experimentar sua

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sexualidade,] ter relacionamentos sexuais e outros

relacionamentos íntimos e de ter uma família;

(b)Que o direito de todos os [homens e mulheres] [pessoas] com deficiência que estão com idade

de casar e ter uma família na base do consentimento livre e pleno dos cônjuges seja

reconhecido;

(c) Se respeite os direitos de pessoas com deficiência a decidir livremente e responsavelmente a

respeito da quantidade e momento para ter filhos e ter acesso à informação, educação

reprodutiva e de planejamento familiar, apropriados para sua idade, e os meios necessários para

exercer esses direitos e a oportunidade igual de manter sua fertilidade];

2. Os Estados Membros assegurarão os direitos e responsabilidades de pessoas com deficiência

quanto à guarda, custodia e adoção de crianças, ou instituições similares onde esses conceitos

existem na legislação nacional, em todos os casos o interesse da criança deve ser primordial.

Estados Membros devem dar assistência apropriada a pessoas com deficiência no desempenho

de suas responsabilidades durante a criação de seus filhos;

3. Os Estados Membros assegurar-se-ão de que as crianças com deficiência tenham direitos

iguais com respeito à vida em família. Com vistas a realizar estes direitos, e para impedir o

isolamento, o abandono, a negligência e a segregação das crianças com deficiência, os Estados

Membros deverão providenciar fácil e compreensível informação, serviços e a sustentação

detalhada às crianças com deficiências e as suas famílias.

4. Os Estados Membros assegurarão que uma criança não seja separada de seus pais contra

sua vontade, exceto quando autoridades competentes determinem, de acordo com leis nacionais

e procedimentos de aplicação geral e sujeito à revisão judicial ou outras formas de revisão

administrativa estabelecida por lei, que tal separação seja necessária para os melhores

interesses da criança. Em caso nenhum a criança deve ser separada dos pais em razão de uma

deficiência da criança ou de um ou de ambos os pais.

5. Os Estados Partes se comprometem, quando a família for incapaz de cuidar de uma criança

com deficiência, a fazer tudo o que for possível para fornecer a atenção alternativa dentro da

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família, e caso isso não seja possível, dentro da comunidade onde se encontra a família.

Artigo 24

EDUCAÇÃO

1. Os Estados Membros reconhecem o direito de todas as pessoas com deficiência a educação.

Visando a efetivação desse direito sem discriminação e sobre a base de igualdade de

oportunidades, os Estados Membros assegurarão um Sistema de educação inclusiva em todos

os níveis de aprendizagem ao longo da vida, direcionados a:

(a)Desenvolver plenamente o potencial humano e o senso de dignidade e da auto-estima, e

fortalecer o respeito aos direitos humanos, liberdades fundamentais e a diversidade humana;

(b)Desenvolver ao máximo a personalidade, os talentos e a criatividade das pessoas com

deficiência, assim como suas habilidade mentais e físicas;

(c)Tornar possível que todas as pessoas com deficiência participem de maneira efetiva em uma

sociedade livre;

2. Ao tornar efetivo este direito, os Estados Membros assegurarão que:

(a)As pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema geral de educação em razão de

sua deficiência, e que crianças com deficiência não sejam excluídas de educação primária e

secundária gratuita e compulsória em razão de sua deficiência;

(b)Que as pessoas com deficiência tenham acesso inclusivo, de qualidade e gratuito à educação

primaria e secundária, em pé de igualdade aos demais, nas comunidades em que vivam;

(c) Sejam feitos os ajustes de acessibilidade em função das necessidades individuais;

(d)Seja prestado o apoio necessário as pessoas com deficiência, dentro do sistema geral de

educação, para facilitar sua educação efetiva. {A fim de satisfazer de forma adequada} {Em

circunstâncias excepcionais em que o sistema geral de educação não possa cobrir

adequadamente} as necessidades de apoio às necessidades das pessoas com deficiência, os

Estados Membros assegurarão que se facilitem medidas de apoio personalizadas e efetivas em

ambientes que fomentem ao máximo o desenvolvimento acadêmico e social consistente com o

objetivo de plena inclusão;

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3. Os Estados Membros facilitarão as pessoas com deficiência a aquisição de experiências vitais

e atitudes de desenvolvimento social a fim de facilitar sua participação plena e em igualdade de

condições na educação e como membros da comunidade. Para esse fim, Estados Membros

adotarão medidas adequadas, entre elas:

(a)Facilitar a aprendizagem do sistema Braille, da escrita aumentativa e alternativa, meios e

formatos de comunicação, orientação e mobilidade, e promover o apoio ao ensino de outros

indivíduos nas mesmas circunstancias ;

(b)Facilitar a aprendizagem de linguagem de sinais e a promoção da identidade lingüística da

comunidade dos Surdos;

(c)Assegurar que a educação das pessoas, e especialmente das crianças que são cegas, surdas

e cego- surdas seja feita nas línguas e modos de comunicação mais apropriados para o

indivíduo, e em ambientes que maximizam o desenvolvimento acadêmico e social.

4. A fim de assegurar a realização deste direito, os Estados Membros tomarão as medidas

necessárias para contratar professores fluentes em língua de sinais ou Braille, incluindo

professores com deficiência e treinar profissionais que trabalham em todos os níveis de

educação. Essa capacitação incorporará a tomada de consciência sobre as deficiências e sobre

o uso de métodos, meios e formatos de comunicação aumentativos e alternativos, técnicas

educativas e materiais para apoiar as pessoas com deficiência.

5. Os Estados Membros assegurarão que as pessoas com deficiência tenham acesso geral à

educação superior, capacitação profissional, educação para adultos e aprendizagem, ao longo de

toda a vida, sem discriminação e com base na igualdade com os outros. Para este fim, Estados

Membros assegurarão que se realizem os ajustes de acessibilidade para as pessoas com

deficiência.

Artigo 25

SAÚDE

Os Estados Membros reconhecem que as pessoas com deficiência tem o direito de desfrutar do

mais alto padrão de saúde alcançável sem discriminação em razão de sua deficiência. Estados

Membros adotarão todas as medidas apropriadas para assegurar o acesso das pessoas com

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deficiência aos serviços de saúde sensíveis as questões de gênero, incluindo reabilitação em

relação à saúde. Particularmente, Estados Membros devem:

(a) providenciarão para pessoas com deficiência com a mesma idade, qualidade e o mesmo

padrão de serviços de saúde com preços acessíveis como providenciados para outras pessoas,

[incluindo serviços de saúde sexual e reprodutivo] e programas de saúde pública para a

população geral;

(b) Proporcionarão os serviços de saúde requeridos pelas pessoas com deficiência

especificamente em razão de sua deficiência, incluindo identificação e intervenção precoces

quando apropriado, e serviços destinados a prevenir e reduzir ao mínimo a aparição de novas

deficiências, inclusive entre as crianças e pessoas idosas;

(c) providenciarão esses serviços de saúde o mais perto possível das comunidades, incluindo em

áreas rurais;

(d) exigirão aos profissionais de saúde que providenciem cuidados de mesma qualidade às

pessoas com deficiência como para outros sobre a base do consentimento livre e informado

mediante, quando for necessário, a sensibilização sobre os direitos humanos, a dignidade, a

autonomia e as necessidades das pessoas com deficiência, através da capacitação e da

promulgação de padrões éticos para a atenção da saúde nos setores público e privado;

(e) proibirão a discriminação contra pessoas com deficiência na provisão de seguro de saúde, e

seguro de vida, quando assim permitido por lei nacional, que se proporcionarão de maneira justa

e razoável.

Artigo 26

HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO

1. Os Estados Membros tomarão as medidas efetivas e apropriadas para capacitar pessoas com

deficiência a alcançar o máximo de sua independência, o máximo de sua capacidade física,

mental, social e vocacional, e plena inclusão e participação em todos os aspectos da vida. Para

esse fim, Estados Membros organizarão, fortalecerão e ampliarão os serviços gerais de

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habilitação e reabilitação, particularmente nas áreas de saúde, emprego, educação e serviços

sociais, de forma que:

(a) os serviços e programas de habilitação e reabilitação comecem o mais cedo possível, e sejam

baseados na avaliação multidisciplinar de necessidades individuais;

(b) os serviços e programas de habilitação e reabilitação apóiem a participação e inclusão na

comunidade e em todos os aspectos da sociedade, e estejam disponíveis as pessoas com

deficiência o mais perto possível de suas comunidades, incluindo as áreas rurais.

2. Os Estados Membros devem promover o desenvolvimento inicial e contínuo de formação para

profissionais e funcionários que trabalhem nos serviços de habilitação e reabilitação.

Artigo 27

TRABALHO E EMPREGO

Os Estados Membros reconhecem o direito de pessoas com deficiência ao trabalho, em

igualdade de condições com os outros; isso inclui a oportunidade de se sustentar com um

trabalho livremente escolhido ou aceito em um mercado e ambiente de trabalho que é aberto,

inclusivo e acessível às pessoas com deficiências. Estados Membros protegerão e promoverão a

realização do direito ao trabalho, incluindo para aqueles que adquiram uma deficiência durante o

trabalho, tomando os passos apropriados, incluindo através de legislação para, entre outras:

(a) Proibir a discriminação baseada na deficiência relacionada a todos os assuntos referentes ao

emprego, incluídas as condições de recrutamento, contratações e emprego, continuidade de

emprego, avanços de carreira e as condições de trabalho;

(b) Proteger os diretos de pessoas com deficiência, em igualdade aos demais, a condições de

trabalho justas e favoráveis, incluindo oportunidades iguais e remuneração igual para trabalho de

igual valor, condições de trabalho seguras e saudáveis, incluindo proteção de assedio,e

reparação de injustiças;

(c) Assegurar que as pessoas com deficiência possam exercer seus direitos laborais e sindicais

[em igualdade de condições com os demais e de acordo com leis nacionais de aplicação geral];

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(d)Capacitar pessoas com deficiência para que elas tenham acesso efetivo a programas técnicos

e vocacionais, serviços de colocação e formação vocacional e contínua;

(e)Promover as oportunidades de emprego e de avanços na carreira das pessoas com deficiência

no mercado de trabalho, e ajudá-las a encontrar, obter e manter o emprego e para retornar ao

trabalho;

(f)Promover oportunidades de emprego autônomo e oportunidades de começar suas próprias

empresas;

(g)Empregar pessoas com deficiência no setor público;

(h)Promover o emprego de pessoas com deficiência no setor privado, mediante políticas e

medidas apropriadas, que podem incluir programas de ação afirmativa, incentivos e outras

medidas;

(i)Assegurar que os ajustes de acessibilidade sejam fornecidos às pessoas com deficiência no

ambiente de trabalho;

(j)Promover a aquisição por pessoas com deficiências de experiência de trabalho no mercado de

trabalho aberto;

(k)Promover programas de reabilitação vocacional e profissional, manutenção de emprego e

programas de ajuda para voltar ao trabalho para as pessoas com deficiência.

2. Os Estados Membros assegurarão que as pessoas com deficiência não sejam mantidas

presas ou escravas, e que estejam protegidas, em condições iguais aos demais, contra o

trabalho forçado ou compulsório.

Artigo 28

UM PADRÃO ADEQUADO DE VIDA E PROTEÇÃO SOCIAL

1. Os Estados Membros reconhecem o direito de pessoas com deficiência a ter um padrão

adequado de vida para eles e suas famílias, incluindo alimentação adequada, roupas, habitação,

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e para a melhora contínua de condições de vida incluindo acesso à água limpa, e tomarão as

medidas apropriadas para proteger e promover a realização desse direito sem discriminação em

razão da deficiência.

2. Os Estados Membros reconhecem o direito de todas as pessoas com deficiência a proteção

social, e o aproveitamento desse direito sem discriminação em razão de sua deficiência, e

tomarão as medidas apropriadas para proteger e promover a realização desse direito, incluindo

medidas para:

(a)Assegurar o acesso das pessoas com deficiência a serviços, dispositivos e assistência de

outra natureza apropriados e a preços acessíveis para atender às necessidades relacionadas

com sua deficiência;

(b)Assegurar o acesso das pessoas com deficiência, [particularmente mulheres e meninas com

deficiência e pessoas idosas com deficiência,] a programas de proteção social e estratégias de

redução de pobreza

(c)Assegurar o acesso das pessoas com deficiência e suas famílias que vivam em situações de

pobreza à assistência do Estado para cobrir despesas relacionadas a sua deficiência (incluindo

capacitação, serviço de aconselhamento, assistência financeira e serviços de cuidados temporais

adequados),

(d)Assegurar acesso de pessoas com deficiência a programas de habitação do governo.

(e)Assegurar o acesso igual por pessoas com deficiência aos benefícios e aos programas de

aposentadoria.

Artigo 29

PARTICIPAÇÃO NA VIDA PÚBLICA E POLÍTICA

Os Estados Membros garantirão às pessoas com deficiência seus direitos políticos e a

oportunidades de aproveitá-los em base de igualdade aos demais, e se comprometem a:

(a)Assegurar que pessoas com deficiência possam participar efetivamente e plenamente na vida

pública e privada { em pé de igualdade aos demais, de acordo com leis nacionais de aplicação

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geral,} diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos, incluindo o direito

e oportunidade de pessoas com deficiência a votar e ser eleitas, entre outras coisas:

(i)Assegurar que procedimentos de votação, instalações e materiais sejam apropriados,

acessíveis e fáceis de entender e usar;

(ii) A proteger o direito das pessoas com deficiência ao voto secreto em eleições e referendos

públicos, sem intimidação, e apresentar-se como candidatos nas eleições, ocupar cargos e

desempenhar qualquer função pública em todos os níveis de governo, facilitando o uso de novas

tecnologias assistivas e de facilitação, quando for necessário;

(iii)A Garantir a livre expressão da vontade de pessoas com deficiência como eleitores e para

esse fim, quando for necessário e se for solicitado, permitir que uma pessoa de sua própria

escolha lhes preste assistência para votar;

(b)Promover ativamente um ambiente em que pessoas com deficiência possam efetivamente e

plenamente participar na gestão de assuntos públicos, sem descriminação e em um mesmo nível

com outros, e promover sua participação em assuntos públicos, entre outras coisas:

(i)Sua Participação em organizações não-governamentais e associações relacionados com a vida

política e pública do país, incluindo as atividades e administração de partidos políticos;

(ii) A formação de organizações de pessoas com deficiência a fim de representar estas pessoas

com deficiência em âmbito internacional, regional e local, e a adesão a essas organizações.

Artigo 30

PARTICIPAÇÂO NA VIDA CULTURAL, RECREAÇÂO, LAZER E

ESPORTE

1. Os Estados Membros reconhecem o direito de pessoas com deficiência a participar em

igualdade de condições com outros na vida cultural, e adotarão todas as medidas necessárias

para assegurar que pessoas com deficiência:

(a)Tenham acesso a material cultural em formatos acessíveis;

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(b)Tenham acesso a programas de televisão, filmes, teatro, e outras atividades culturais, em

formatos acessíveis;

(c)Tenham acesso a lugares de atividades e serviços culturais, como teatros, museus, cinemas,

bibliotecas e serviços de turismo e, na medida do possível, e tenham acesso a monumentos e

lugares de importância cultural nacional.

2. Os Estados Membros tomarão as medidas apropriadas para capacitar pessoas com deficiência

para ter uma oportunidade para desenvolver e utilizar seu potencial criativo, artístico e intelectual,

não só por seu beneficio, mas também para o enriquecimento da sociedade.

3. Os Estados Membros tomarão as medidas apropriadas para assegurar que leis de proteção

dos direitos de propriedade intelectual não constituam uma barreira injusta ou discriminatória

para o acesso de pessoas com deficiência a matérias culturais, respeitando as provisões de leis

internacionais.

4. Pessoas com deficiência devem ter o direito, igual aos outros, a reconhecimento e apoio a sua

identidade cultural especifica e lingüística, incluindo língua de sinais e cultura do surdo.

5. A fim de que as pessoas com deficiência possam participar, em um mesmo nível com outros,

em atividades recreativas, de lazer e esportivas, os Estados Membros adotarão as medidas

apropriadas para:

(a)Incentivar e promover a participação, no maior alcance possível, de pessoas com deficiência

em atividades esportivas gerais em todos os níveis;

(b)Assegurar que pessoas com deficiência tenham a oportunidade de organizar, desenvolver e

participar em atividades esportivas e recreativas especificas para sua deficiência, e para esse fim,

promover a provisão, em uma base igual com outros, de instrução apropriada, treinamento e

recursos;

(c)Assegurar que pessoas com deficiência tenham acesso aos locais de esporte, recreação e

turismo;

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(d)Assegurar que as crianças com deficiência tenham acesso igual na participação de

brincadeiras, recreação, lazer e atividades esportivas, inclusive dentro do sistema educacional;

(e)Assegurar que pessoas com deficiência tenham acesso a serviços daqueles envolvidos na

organização de atividades recreativas, esportivas, turismo e lazer.

Artigo 31

ESTATISTICAS E COLEÇÃO DE DADOS

1. Os Estados Membros coletarão informação apropriada, incluindo dados estatísticos e de

investigação, que lhes permitam formular e implementar políticas para dar efeito a essa

Convenção. O processo de coleta e manutenção desta informação deverá:

(a)Respeitar as garantias legais estabelecidas, incluída a legislação sobre a proteção dos dados,

para assegurar a confidencialidade e o respeito pela privacidade de pessoas com deficiência.

(b)Cumprir as normas aceitas internacionalmente para proteger os direitos humanos e as

liberdades fundamentais e os princípios éticos estatísticos.

2. A informação coletada de acordo com esse Artigo será utilizada usada como ajuda para avaliar

a implementação de obrigações dos Estados Membros dentro dessa Convenção, e será usada

também para identificar e eliminar os obstáculos enfrentados pelas pessoas com deficiência no

exercício de seus direitos.

3. Os Estados Membros deverão assumir a responsabilidade para a disseminação destas

estatísticas e assegurarão sua acessibilidade as pessoas com deficiência.

Artigo 32

COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

1. Os Estados Membros reconhecem a importância da cooperação internacional e da sua

promoção, na sustentação de esforços nacionais para atingir a finalidade e os objetivos da

presente convenção, e empreenderão medidas apropriadas e efetivas a este respeito, entre os

Estados e, quando apropriado, em associação com organizações internacionais e regionais

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pertinentes e sociedade civil, em particular organizações das pessoas com deficiência. Tais

medidas podiam incluir, inter alias:

(a) Assegurar que a cooperação internacional, incluídos os programas de desenvolvimento

internacionais sejam inclusivos e acessíveis às pessoas com deficiência;

(b) Facilitar e apoiar o fomento da capacidade, inclusive mediante o intercâmbio, a divulgação de

informação, experiências, programas de capacitação e de boas práticas;

(c) Facilitar a cooperação para a pesquisa e para acesso aos conhecimentos científicos e

técnicos;

(d) Fornecer, segundo a necessidade, o auxílio apropriado, técnico e econômico, inclusive

facilitando o acesso as tecnologias acessíveis e de facilitação, e compartilhando essas

tecnologias, e mediante a transferência de tecnologia. tecnologias.

2. Os Estado Membros reconhecem que enquanto a cooperação internacional assume um papel

suplementar e de suporte, cada Estado Membro se compromete a cumprir as suas obrigações

em virtude da presente Convenção.

{2. Cada Estado Parte se compromete a cumprir as suas obrigações em virtude da presente

Convenção, independentemente da cooperação internacional.}

Artigo 33

IMPLEMENTAÇÃO NACIONAL E MONITORAMENTO

1. Os Estados Membros designarão um ou mais organismos governamentais encarregados das

questões relativas à aplicação da presente Convenção e considerarão detidamente a

possibilidade de estabelecer e designar um mecanismo de coordenação para facilitar a adoção

de medidas relacionadas a diferentes setores e a diferentes níveis.

2. Os Estados Membros devem, de acordo com seus sistemas legais e administrativos, manter,

fortalecer, designar ou estabelecer no nível nacional um mecanismo independente para

promover, proteger e monitorar a execução da convenção atual, levando em conta, quando

necessário, assuntos específicos a gênero e idade. Quando designar ou estabelecer tal

mecanismo, os Estados Membros levarão em consideração, os princípios que se relacionam ao

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status e ao funcionamento de instituições nacionais para a proteção e a promoção dos direitos

humanos.

3. A sociedade civil, particularmente as pessoas com deficiência e suas organizações

representativas, serão envolvidas e participarão plenamente no processo de monitoramento.

Footnotes:

1.Véase A/AC.265/2005/2, anexo II, pár. 20.

2.El Comité Especial quizá desee volver a examinar esta lista después que haya examinado el

artículo sobre definiciones. Si las delegaciones están de acuerdo con la definición de

comunicaciones de ese artículo, el Comité podría utilizar ese término en este artículo, en lugar de

especificar la lista completa.

3.El Comité Especial observa que este artículo no tiene por objeto afectar a la capacidad de los

Estados Partes de determinar sus propias políticas y leyes sobre matrimonio, familia y relaciones

personales. Más bien, el objeto de este artículo es obligar a los Estados Partes a asegurar que

cuando haya libertades o restricciones relativas a esas cuestiones, se apliquen sin discriminar por

motivos de discapacidad.

4.El Comité Especial observa que el uso de la frase “servicios de salud sexual y reproductiva” no

constituye el reconocimiento de nuevos derechos humanos o nuevas obligaciones jurídicas

internacionales. El Comité Especial entiende que el proyecto de apartado a) es una disposición

no discriminatoria que no añade nada al derecho a la salud contenido en el artículo 12 del Pacto

Internacional de Derechos Económicos, Sociales y Culturales o en el artículo 24 de la

Convención sobre los Derechos del Niño, ni lo modifica. Más bien, el efecto del apartado a) sería

hacer que los Estados aseguraran que cuando se presten servicios de salud, esto se haga sin

discriminar por motivos de discapacidad.

5.Los miembros del Comité Especial quizá deseen considerar la posibilidad de suprimir el

párrafo 2, después que hayan examinado la obligación general relativa a la capacitación

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contenida en el proyecto de artículo 4.

6.El Comité Especial ha utilizado el término protección social en el entendimiento de que tiene

una interpretación amplia, como figura en el informe del Secretario General a la Comisión de

Desarrollo Social en su 39º período de sesiones (E/CN.5/2001/2).