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O cortiO cortioo

AluAlusio Azevedosio Azevedo

Nasceu em So LuNasceu em So Lus s (MA),em 1857 e (MA),em 1857 e faleceu em Buenos faleceu em Buenos Aires, em 1913.Aires, em 1913.

Estudou Estudou irregularmente, foi irregularmente, foi escritor, pintor escritor, pintor desenhista desenhista (caricatura) e (caricatura) e diplomata.diplomata.

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Principais obras literPrincipais obras literriasrias

1980 1980 Uma lUma lgrima grima de mulherde mulher

1881 1881 O mulatoO mulato

1984 1984 Casa de Casa de pensopenso

1890 1890 O cortiO cortioo

O naturalismoO naturalismo

Apogeu da revoluApogeu da revoluo industrial do so industrial do sc. c. XIX XIX mudanmudanas radicais no pensamento as radicais no pensamento do homem.do homem.

Cientificismo.Cientificismo.

Materialismo, oposiMaterialismo, oposio ao espiritualismo e o ao espiritualismo e exploraexplorao de doutrinas ciento de doutrinas cientficofico--filosfilosficas, baseadas na cincia, no ficas, baseadas na cincia, no progresso e na razo.progresso e na razo.

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Positivismo (Augusto Comte).Positivismo (Augusto Comte).

Evolucionismo (Charles Darwin).Evolucionismo (Charles Darwin).

Determinismo (meioDeterminismo (meio--momentomomento--raraa).a).

Socialismo (Marx).Socialismo (Marx).

Influncia de EInfluncia de Ea de Queira de Queirs e s e mile Zola mile Zola (caricaturas, tipos, ausncia de drama (caricaturas, tipos, ausncia de drama moral).moral).

Romance de tese.Romance de tese.

CaracterCaractersticas do romance sticas do romance naturalista de Alunaturalista de Alusio Azevedosio Azevedo

Obra heterognea.Obra heterognea.

Romance social, dRomance social, d vida aos vida aos agrupamentos humanos, habitaagrupamentos humanos, habitaes es coletivas onde as personagens vo se coletivas onde as personagens vo se degradando.degradando.

Viso rigorosamente determinista.Viso rigorosamente determinista.

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O CortiO Cortioo

CaracterCaractersticassticas

Romance social: o CortiRomance social: o Cortio, mas do que espao, mas do que espao, o, pode ser comparado a uma personagem, pode ser comparado a uma personagem, gerador de tudo e feito gerador de tudo e feito imagem de seu imagem de seu proprietproprietrio.rio.CrCrtica ao capitalismo selvagem: tema da tica ao capitalismo selvagem: tema da ambiambio e explorao e explorao do homem pelo pro do homem pelo prprio prio homem.homem.InovaInovao: o proletariado passa a ser retratado o: o proletariado passa a ser retratado na literatura.na literatura.Exploradores (Joo Romo, Miranda) X Exploradores (Joo Romo, Miranda) X explorados (inquilinos do cortiexplorados (inquilinos do cortio, empregados)o, empregados)

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Joo Romo aspira Joo Romo aspira riqueza e Miranda riqueza e Miranda nobreza.nobreza.

ZoomorfismoZoomorfismo: redu: reduo das criaturas ao o das criaturas ao nnvel animal:vel animal:

Leandra...a Machona; portuguesa feroz, Leandra...a Machona; portuguesa feroz, berradouraberradoura, pulsos cabeludos e grossos, , pulsos cabeludos e grossos, anca de animal do campoanca de animal do campo......

Rita baiana...uma cadela no cioRita baiana...uma cadela no cio......

ForFora do sexo: a do sexo: mais degradante que a mais degradante que a ambiambio e a cobio e a cobia. Daa. Da a busca de quase todas a busca de quase todas as formas de patologia social, desde a as formas de patologia social, desde a degradadegradao das relao das relaes matrimoniais ates matrimoniais atadultadultrio, prostituirio, prostituio, lesbianismo etc.o, lesbianismo etc.

A viso determinista faz com que o destino das A viso determinista faz com que o destino das personagens seja cpersonagens seja cclico e previsclico e previsvel. Exemplo: vel. Exemplo: Joo Romo se assemelharJoo Romo se assemelhar a Miranda, a Miranda, Senhorinha (filha de Jernimo) deverSenhorinha (filha de Jernimo) dever ter o ter o mesmo destino de Pombinha. mesmo destino de Pombinha.

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CondiCondies da mulheres da mulher

Objeto: Bertoleza e PiedadeObjeto: Bertoleza e Piedade

Objeto e sujeito: Rita BaianaObjeto e sujeito: Rita Baiana

Sujeito: Sujeito: LeLenienie e Pombinhae Pombinha

23 cap23 captulos.tulos.Enredo Enredo revolucionrevolucionrio, rio, organizaorganizao textual o textual conservadora.conservadora.O autor O autor no registro no registro das adas aes coletivas e es coletivas e na selena seleo do o do pormenor e do pormenor e do detalhe tdetalhe tpico.pico.

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Linguagem: Linguagem: plurivalnciaplurivalncia de de nacionalidades.nacionalidades.

Tempo: pela Tempo: pela presenpresena da escrava, a da escrava, antes de 1888antes de 1888

EspaEspao: Rio de o: Rio de Janeiro, Botafogo.Janeiro, Botafogo.

EspaEspao Social:o Social:

horizontal: o Cortihorizontal: o Cortio, onde vivem os o, onde vivem os marginalizados.marginalizados.

vertical: o Sobrado, onde moram os de vertical: o Sobrado, onde moram os de melhor condimelhor condio social e econmica.o social e econmica.

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Foco narrativo: 3Foco narrativo: 3 pessoa (objetividade), pessoa (objetividade), narrador onisciente, que, por vezes, emite junarrador onisciente, que, por vezes, emite juzo zo sobre asobre aes ou comportamento das es ou comportamento das personagens, como se observa no comentpersonagens, como se observa no comentrio rio abaixo sobre a ganncia de Joo Romo:abaixo sobre a ganncia de Joo Romo:

Aquilo jAquilo j no era ambino era ambio, era uma molo, era uma molstia stia nervosa, uma loucura, um desespero de nervosa, uma loucura, um desespero de acumular, de reduzir tudo a moedaacumular, de reduzir tudo a moeda..

PersonagensPersonagens

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Joo Romo: portugus ambicioso, Joo Romo: portugus ambicioso, avarento, dono e explorador do cortiavarento, dono e explorador do cortio.o.Bertoleza: crioula trintona, escrava de um Bertoleza: crioula trintona, escrava de um velho cego, amancebada com um velho cego, amancebada com um portugus. Apportugus. Aps a morte dele, amasias a morte dele, amasia--se se com Joo Romo.com Joo Romo.Miranda: portugus bem sucedido no Miranda: portugus bem sucedido no comcomrcio, dono do sobrado. Iniciou a rcio, dono do sobrado. Iniciou a carreira com o dote da mulher, Estela.carreira com o dote da mulher, Estela.

Estela: mulher de Miranda, adEstela: mulher de Miranda, adltera, ltera, pretensiosa, com fumapretensiosa, com fumaas de nobreza.as de nobreza.ZulmirinhaZulmirinha: filha de Miranda, desprezada pela : filha de Miranda, desprezada pela me, que a considerava filha de Miranda e me, que a considerava filha de Miranda e detestada por ele, convencido de que no era o detestada por ele, convencido de que no era o pai.pai.Jernimo: portugus, forte, trabalhador, vai Jernimo: portugus, forte, trabalhador, vai morar no cortimorar no cortio, onde se degrada, o, onde se degrada, abrasileirandoabrasileirando--se. Abandona a famse. Abandona a famlia para lia para amasiaramasiar--se com Rita Baiana, cujo amante Firmo se com Rita Baiana, cujo amante Firmo assassina friamente a pauladas.assassina friamente a pauladas.

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Rita Baiana: mulata faceira, carismRita Baiana: mulata faceira, carismtica, tica, livre, no quer se casar. Para Jernimo, livre, no quer se casar. Para Jernimo, condensa todo o mistcondensa todo o mistrio , as cores, os rio , as cores, os sabores, os cheiros, a sensualidade do sabores, os cheiros, a sensualidade do Brasil.Brasil.

Piedade: portuguesa, trabalhadora, Piedade: portuguesa, trabalhadora, esposa devotada,esposa devotada, abandonada por abandonada por Jernimo e entregaJernimo e entrega--se ao alcoolismo.se ao alcoolismo.

Pombinha:a flor do cortiPombinha:a flor do cortio, jovem doce, o, jovem doce, letrada, com chances de sair do cortiletrada, com chances de sair do cortio o apaps o casamento. s o casamento. seduzida pela seduzida pela madrinha e prostituta madrinha e prostituta LeLenienie, com quem , com quem mantmantm um relacionamento.m um relacionamento.