criação de uma base cartogrpafica digital inicial para sig em

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Wallison Gonçalves Gomes CRIAÇÃO DE UMA BASE CARTOGRÁFICA DIGITAL INICIAL PARA SIG EM PREFEITURAS DE MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE UFMG Instituto de Geociências Departamento de Cartografia Av. Antônio Carlos, 6627 – Pampulha Belo Horizonte [email protected] VIII Curso de Especialização em Geoprocessamento 2005

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Page 1: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

Wallison Gonçalves GomesCRIAÇÃO DE UMA BASE CARTOGRÁFICA

DIGITAL INICIAL PARA SIG EM

PREFEITURAS DE MUNICÍPIOS DE

PEQUENO PORTE

UFMG Instituto de Geociências

Departamento de Cartografia Av. Antônio Carlos, 6627 – Pampulha

Belo Horizonte [email protected]

VIII Curso de Especialização em Geoprocessamento

2005

Page 2: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

WALLISON GONÇALVES GOMES

CRIAÇÃO DE UMA BASE CARTOGRÁFICA DIGITAL INICIAL PARA

SIG EM PREFEITURAS DE MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE

Monografia apresentada como requisito parcial à obtenção do grau de especialista em Geoprocessamento, Curso de Especialização em Geoprocessamento, Departamento de Cartografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais. Orientador: Prof. Clodoveu Davis

BELO HORIZONTE 2005

Page 3: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

Gomes, Wallison Gonçalves Criação de uma Base Cartográfica Digital Inicial para um SIG em

Prefeituras de Municípios de Pequeno Porte / Wallison Gonçalves Gomes–

Belo Horizonte, 2005.

vi, 48f. il.

Monografia (Especialização) – Universidade Federal de Minas Gerais.

Instituto de Geociências. Departamento de Cartografia, Programa de

Especialização em Geoprocessamento 2005.

Orientador: Clodoveu Davis

1. Cartografia Digital 2. SIG 3. Prefeituras Municípios Pequeno Porte. I.Título

Page 4: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

AGRADECIMENTOS Obrigado • Mãe por sempre caminhar comigo. • Stella por sempre me erguer em minhas quedas. • Clodoveu pela sua orientação neste trabalho. • Ana Clara pela sua contribuição neste trabalho. • Charles pela sua enorme contribuição neste trabalho.

Page 5: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

SUMÁRIO 1- INTRODUÇÂO 5 1.1- Objetivo Principal 7 1.2- Objetivos Específicos 7 .3- Estrutura da Monografia 8 2- DESENVOLVIMENTO 9 2.1- Áreas de Atuação de um SIG em Prefeituras 9 2.2- Uso de SIGs em Prefeituras 10 2.2.1- Possíveis Aplicações de SIGs em Prefeituras 11 2.3- Exemplos de usos de SIGs em Prefeituras 12 2.3.1- Poços de Caldas - MG 12 2.3.2- Barbacena - MG 13 2.3.3- Olinda - PE 13 2.3.4- Santo André - SP 14 2.3.5- Limeira - SP 14 2.3.6- São Carlos - SP 15 2.4- O Sucesso de um SIG 16 2.4.1- Base Cartográfica 16 2.4.2- Estrutura Organizacional 17 2.4.3- Equipe para Gerenciamento do SIG 17 2.4.4- Hardware e Software 18 3- Criação de uma Base Cartográfica Inicial de um SIG para Prefeituras de Municípios de Pequeno Porte 20 3.1- Metodologia 21 3.2- Definições dos Recursos usados nessa Prática 24 4- CONCLUSÃO 27 REFERÊNCIAS 33 ANEXOS 37

iii

Page 6: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

ANEXOS Anexo 1 37 Anexo 2 38 Anexo 3 39 Anexo 4 40 Anexo 5 41 Anexo 6 42 Anexo 7 43 Anexo 8 44 Anexo 9 45 Anexo 10 46 Anexo 11 47 Anexo 12 48

iv

Page 7: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

1- INTRODUÇÃO Os sistemas de informação (SIG) são criados para realmente aumentar não apenas a eficiência das organizações, mas também sua eficácia. Eles devem contribuir para aumentar o fluxo de informações dentro da empresa e também possibilitar o acesso a recursos de informação externos a ela. (DAVIS, 2001).

Podemos dizer que estamos na era da informação, e que o principal responsável

por essa era é o avanço da tecnologia, em especial a criação do computador e sua evolução.

Entretanto, nem todas as instituições usufruem os benefícios trazidos pelas tecnologias de

informação, como é o caso de muitos municípios de pequeno porte, onde o uso do

computador para ajudar a administrar o município ainda é um obstáculo, muitas vezes

difícil de ser transposto.

Atualmente as prefeituras dos municípios de pequeno porte sofrem um grande

problema, que é a falta de um eficaz sistema de informações digitais sobre os seus recursos

naturais, dados censitários sobre a população e dados sobre as características econômicas,

físicas e turísticas do município. Outro obstáculo enfrentado por essas prefeituras é que

muitas vezes as informações já existentes sobre o município e sua população, se encontram

em um péssimo estado de conservação e desorganizadas. O grande responsável por tais

problemas, nestas pequenas cidades, é a quase total ausência do uso de sistemas de

informações informatizados, ou seja, o uso de computadores nessas instituições.

Para um bom funcionamento das prefeituras, o uso do computador se torna

fundamental, pois o seu uso pode auxiliar de várias formas a administração das pequenas

cidades. O computador foi o grande responsável pelo surgimento de sistemas de

informação. Segundo Davis (2001), sistemas de informação são recursos para organizar,

manter e utilizar as informações em computador. Os sistemas de informação podem:

aumentar a eficiência e a qualidade da administração nas pequenas cidades; contribuir para

aumentar o fluxo de informações dentro das prefeituras de pequeno porte e possibilitar o

acesso de quase todas as informações do município a sua população, e outros.

Page 8: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

Um dos principais tipos de sistemas de informação é o SIG (Sistema de

Informação Geográfico). Atualmente, ocorre um grande aumento do uso de SIG nas

prefeituras, devido ao decréscimo dos custos de hardware (computadores) e software

(programas de computadores), e também pelo surgimento de alternativas menos custosas

para a construção de bases de dados geográficas.

Segundo Davis (2001), SIG pode ser resumido como um programa que utiliza

várias técnicas, possibilitando que o seu usuário tenha todas as informações disponíveis

sobre um determinado assunto ao seu alcance.

Para que a administração de um município seja positiva, é preciso que o mesmo

tenha acesso rápido a informações corretas e confiáveis. O SIG integra bases de dados de

um pequeno município a uma base cartográfica digitalizada permitindo que essas cidades

tenham maior agilidade na tomada de decisões e dessa forma podem economizar recursos.

Mas a implantação de um SIG em pequenos municípios pode enfrentar grandes

obstáculos, e o principal deles é a criação de uma base cartográfica digital inicial. Essa

base é o inicio da construção de qualquer SIG e sua criação pode ser tornar onerosa para

uma prefeitura de pequeno porte. Diante dessa realidade nesse trabalho foi proposta uma

nova metodologia de criação dessa base.

Com tantos benefícios trazidos pelo uso de SIGs, o número de prefeituras de

pequeno porte interessadas em implantá-lo pode aumentar, e desse modo essas prefeituras

poderão usufruir de todos os benefícios, econômicos e sociais, que um SIG pode trazer

para o seu município e sua população.

Page 9: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

1.1 - Objetivo Principal

▪ Desenvolver a base inicial cartográfica digital de baixo custo para um SIG de prefeituras

de municípios de pequeno porte

1.2 - Objetivos Específicos

▪ Propor soluções para a criação de uma base cartográfica inicial para prefeituras de

pequeno porte, utilizando softwares livres, imagens gratuitas do projeto SRTM (NASA) e

do satélite CBERS. A partir desses dados pretende-se gerar uma base de dados do meio

físico (hidrografia, topografia, cobertura do solo, etc).

▪ Avaliar o potencial dessa metodologia para as prefeituras de pequeno porte, usando como

estudo de caso a cidade de Catas Altas da Noruega - MG.

É importante salientar que a base cartográfica digital criada neste trabalho é uma

caracterização bem global, de baixa escala de resolução e de caráter municipal.

Page 10: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

1.3- Estrutura da Monografia

Este trabalho de dissertação está organizado no que se refere ao conteúdo de cada

capítulo, da seguinte forma:

Capítulo 1 - Introdução e objetivos.

Capitulo 2 - Apresenta uma breve revisão teórica sobre algumas características básicas de

um SIG.

Capítulo 3 - Apresenta a criação de uma base cartográfica digital inicial, para cidades de

pequeno porte. Nessa pratica foram utilizadas ferramentas de geoprocessamento

disponíveis gratuitamente.

Capítulo 4 - Traz a conclusão deste trabalho, onde são apresentadas algumas opiniões

sobre a criação de bases cartográficas digitais para SIGs em prefeituras de pequeno porte.

Page 11: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

2- DESENVOLVIMENTO

A seguir iremos demonstrar algumas características e aplicabilidades dos SIGs, não

se pretende aprofundar demais em tal estudo, uma vez que essa monografia tem o interesse

de usar poucos termos técnicos e matemáticos, ocorrendo assim um melhor entendimento

do que seja um SIG e seu funcionamento, para o público iniciante (administradores e

funcionários de prefeituras de pequeno porte).

2.1- Áreas de Atuação de um SIG em Prefeituras

Segundo Ferrari (1997), de acordo com área de atuação de SIG em uma prefeitura,

suas atividades podem ser divididas em três setores: nível operacional, nível gerencial e

nível estratégico.

Nível operacional - São as atividades rotineiras de uma prefeitura, tais como: coleta de

lixo, consulta de endereços, manutenção de vias urbanas, etc. Se o SIG for bem operado

nesse setor poderá haver uma enorme economia de gastos pela prefeitura.

Nível Gerencial - É o setor de escolhas de uma prefeitura. É nesse setor que são realizadas

as escolhas dos investimentos de uma prefeitura. Nesse caso um SIG pode oferecer

maiores chances de acertar na escolha dos investimentos, não havendo desperdício de

dinheiro.

Nível Estratégico - É o setor de ligação entre a prefeitura e a sua clientela. É o cartão de

visita de uma prefeitura. É através desse setor que toda a população acompanha os

trabalhos de uma prefeitura. Se a prefeitura tiver uma boa imagem, com certeza, ira atrair

bons investimentos que podem vir de empresas públicas ou privadas.

Page 12: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

2.2- Uso de SIGs em Prefeituras

1A partir do uso de SIGs, as pequenas cidades, de acordo com seus compromissos

constitucionais e sociais, podem organizar e manter atualizadas as suas informações. Essas

informações poderão ser utilizadas sempre que for necessário. Essa utilização pode ocorrer

nos serviços internos de uma prefeitura ou no atendimento às solicitações externas.

Outro ponto positivo é que as cidades que utilizam SIGs podem trocar informações

entre si. Toda prefeitura possui diversos órgãos administrativos que possuem informações

únicas, muitas vezes a informação de um órgão é importante para outro. O SIG pode fazer

essa ponte de ligação entre esses órgãos, ou seja, o SIG possibilita uma troca rápida de

informações entre vários setores em uma prefeitura.

Com o uso de SIGs as prefeituras podem tomar decisões mais objetivas e acertadas.

Nesse caso pode ocorrer um grande ganho pela prefeitura, pois o SIG permite que sejam

deixadas de lado uma série de etapas desnecessárias e que poderiam gerar grandes custos.

Um exemplo: para se chegar de um ponto a outro muitas vezes é preciso realizar muitas

voltas e curvas, o SIG cria uma linha reta de um ponto a outro, economizando tempo e

gastos.

Em uma década onde o detentor de informações tem mais oportunidades de crescer

economicamente, ter acesso rápido a informações confiáveis e criar um fluxo de entrada e

saída de dados é vital para as prefeituras, principalmente para as de pequeno porte; que

ainda tem enormes possibilidades de conquistar novos mercados e investimentos

A adoção de soluções informatizadas permite que se valorize o funcionário da

Prefeitura, liberando-os de tarefas desgastantes e repetitivas e oferecendo-lhes melhores

condições de trabalho, tarefas mais agradáveis, humanizando as relações e planejando em

conjunto ações que beneficiem e atendam aos anseios dos munícipes que fizeram sua

opção por um Governo de compromisso com a qualidade de vida.

1 http://federativo.bndes.gov.br/dicas/F01%20-%20geo.htm

Page 13: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

2.2.1- 2Possíveis Aplicações de SIGs em Prefeituras

a) Os gastos com a saúde pública podem ser menores, pois o SIG ao cruzar informações

indica onde é realmente necessário investir. Por exemplo, um bairro com maior população

ira necessitar de um posto de saúde com mais médicos, o SIG ao contabilizar a população

desse bairro e seu espaço físico pode indicar o número certo de médicos para essa região.

Daí vem a economia da prefeitura, pois a mesma poderá atender a realidade de cada um de

seus bairros evitando desperdícios de dinheiro.

b) A classificação de uma cidade pode ser otimizada com o uso de um SIG. O SIG pode

identificar dentro de uma cidade as áreas de risco nas zonas já urbanizadas, a definição de

locais a serem preservados, as áreas propensas a novas construções, a criação de novas vias

para a expansão urbana, etc.

c) Caso ocorra um desastre natural ou uma epidemia em uma cidade, o SIG possibilita que

a tomada de decisão seja rápida e eficaz.

d) O SIG possibilita que as prefeituras tenham estimativas mais próximas da realidade de

sua população. Dessa forma os investimentos podem atender as especificidades de cada

região.

e) O SIG possibilita a integração entre a PMMG e a prefeitura. Através dessa ação

conjunta os níveis de criminalidade podem cair bastante. Essa queda pode ocorrer com o

uso de medidas preventivas de segurança nos locais indicados pelo SIG.

2 http://federativo.bndes.gov.br/dicas/F01%20-%20geo.htm

Page 14: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

2.3- Exemplos de usos de SIGs em Prefeituras

A seguir serão demonstrados exemplos de usos de SIGs em algumas prefeituras.

É importante salientar que esses exemplos são apenas algumas das aplicações de

SIGs nessa cidades, uma vez que um mesmo SIG pode ter aplicabilidades diferentes em

uma mesma cidade.

2.3.1- Poços de Caldas - MG

3Em 2001, foi criado um SIG na cidade de Poços de Caldas - MG. Esse SIG possuía os

seguintes objetivos:

·otimizar e racionalizar o planejamento urbano;

·possibilitar a coerência e a continuidade da gestão administrativa local:

·viabilizar novos investimentos em levantamentos de campo ou recadastramento de

imóveis.

Após ser realizada toda uma análise a partir da entrada de dados no SIG, realizou-

se a seguinte ação: estabelecimento de um sistema referencial cartográfico para toda a

prefeitura apoiado na identificação, padronização e georreferenciamento dos elementos

espaciais básicos, tais como: logradouros, loteamentos, bairros, quadras e lotes.

Como resultado dessa ação a prefeitura de Poços de Caldas obteve grandes ganhos

financeiros que foram advindos de uma constante atualização dos registros dos imóveis, o

que permitiu controlar e otimizar a cobrança de impostos públicos e a geração de

inscrições municipais, que agora servem como ferramenta de apoio ao Sistema Cadastral

do Município.

3 http://www.esteio.com.br/servicos/se_pocos.htm

Page 15: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

2.3.2- Barbacena - MG

4No ano 2000 foi criado na cidade de Barbacena um SIG que possuía os seguintes

objetivos:

·calcular e identificar a quantidade de unidades imobiliárias por lote;

·calcular as áreas edificadas nos lotes;

·atualizar o sentido das vias urbanas.

Após ser realizada toda uma analise com a entrada de dados no SIG, realizou-se o

recadastramento imobiliário urbano e rural, a reordenação territorial e o planejamento do

espaço. Essa ação proporcionou a prefeitura de Barbacena uma maior arrecadação de

impostos e diminuição dos acidentes de transito.

2.3.3- Olinda - PE

5No ano de 2001 foi criado um SIG na cidade de Olinda. É bom observar que nesse

caso o SIG foi utilizado na área da saúde. Esse SIG tinha o objetivo de identificar os locais

com falta de saneamento básico e focos de água contaminada. Esses são os locais de maior

incidência de casos de contágio de tuberculose.

A partir do uso da analise dos resultados do SIG foi realizado o saneamento básico

nas áreas identificadas. Como conseqüência dessa ação houve a redução de 70% nos casos

de contaminação dessa doença nessas áreas.

4 http://www.esteio.com.br/servicos/se_barbacena.htm 5 http://www.fiocruz.br/ccs/novidades/jun05/vigilancia_tuberculose_ferp.htm

Page 16: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

2.3.4- Santo André - SP

6Em 1999 foi criado na cidade de Santo André um SIG que possuía como objetivo:

identificar as áreas de ocorrência do Aedes Aegypt, o mosquito transmissor da dengue.

Para se identificar essas áreas o SIG propôs a criação de um mapa temático

indicando os principais focos do mosquito. A partir desse mapa forma selecionados os

pontos para a pulverização.

O resultado dessa ação foi a redução total de casos de dengue em Santo André.

Com isso a prefeitura vem economizando bastante na área de saúde, pois até o ano de

2005, nenhum caso de dengue foi registrado.

2.3.5- Limeira - SP

7Em 1998 foi criado um SIG na cidade de Limeira que possuía como objetivo:

reduzir o número de acidentes e de vítimas na rodovia, Antônio Cruanes, que corta a

cidade.

Após ser feita uma analise detalhada pelo SIG foi proposta a construção de dez

painéis informativos aos motoristas, duas rotatórias e o reforço da sinalização.

O resultado dessa ação foi a redução de 42% no número de acidentes e de 41% no

número de feridos nessa rodovia.

6 http://www.ima.sp.gov.br/noticia/noticia_ima_050302.htm 7 http://portal.antp.org.br/Mobilidade%20e%20Cidadania%20textos%20complementares/06%20-%20Paz%20no%20Tr%C3%A2nsito.pdf

Page 17: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

2.3.6- São Carlos - SP

8Nos anos de 1999 e 2000 foi criado um SIG na cidade de São Carlos que possuía

como objetivo: melhorar as condições de segurança e circulação de pedestres, no entorno

de escolas e creches.

Através das analises advindas do SIG foi proposta a criação de um mapa temático,

que representava as escolas e creches de São Carlos. A partir desse mapa foram realizadas

as seguintes ações:

·iluminação dos pontos críticos;

·reformulação da sinalização de trânsito;

·intervenções nas vias ao redor das escolas e creches, tais como: alargamentos de calçadas

e instalação de redutores de velocidade.

Com todas essas ações houve uma melhora na identificação das áreas escolares,

pois se criou um padrão de sinalização de área escolar para toda a cidade de São Carlos.

8 http://portal.antp.org.br/Mobilidade%20e%20Cidadania%20textos%20complementares/06%20-%20Paz%20no%20Tr%C3%A2nsito.pdf

Page 18: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

2.4- O Sucesso de um SIG

9Segundo o Banco de Desenvolvimento de Todos os Brasileiros-BNDES, o sucesso

de um SIG está condicionado aos seguintes fatores: base cartográfica e estrutura

organizacional.

2.4.1- Base Cartográfica

A base cartográfica é a peça principal para a administração municipal, assim essa

base sempre deverá estar atualizada. Muitos dados usados em outras etapas de um SIG

provem de sua base cartográfica. A base cartográfica que ira definir a aplicabilidade de um

SIG.

A coleta de informações para a criação de um SIG pode ocorrer das seguintes

maneiras:

●utilização das informações já existentes sobre o município. Essas informações em sua

maior parte estão no formato analógico (papel);

●imagens ou fotos de satélite;

●aerofotogrametria. Fotos tiradas através do vôo de aeronaves;

●imagem de Sensores;

●uso de GPS (aparelho que fornece as coordenadas e características físicas de um local).

No capitulo 3, foi desenvolvida uma metodologia de criação de uma base

cartográfica inicial para a cidade de Catas Altas da Noruega- MG.

9 http://federativo.bndes.gov.br/dicas/F01%20-%20geo.htm

Page 19: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

2.4.2- Estrutura Organizacional

A estrutura organizacional é que vai definir o grau de envolvimento e

responsabilidades de cada setor na implantação e operação de um SIG.

A estrutura organizacional será determinada de acordo com a funcionalidade do

SIG. Nessa estrutura deve-se evitar a centralização de muitas atividades em um único

órgão, o que não é bom, pois dificulta que os outros setores tenham acesso a essas

informações. O correto é que cada setor realize uma etapa de implantação do SIG, e que

esses setores troquem informações e experiências entre si.

Base Cartográfica e estrutura organizacional não são suficientes para o sucesso de

um SIG, existem outros dois fatores que também são muito importantes, sendo: a equipe

para gerenciamento do SIG e o uso de hardwares e softwares.

2.4.3- Equipe para Gerenciamento do SIG

Um fator importante para o sucesso do SIG na Administração Municipal é a

montagem de uma equipe multidisciplinar para gerenciamento do sistema. Sugere-se que

uma equipe interdisciplinar mínima para um SIG deve ter entre seus membros:

●um profissional capacitado em zoneamento urbano, loteamentos, planejamento urbano,

impacto ambiental;

●Engenheiro que atue na área de SIG, cartografia digital, aerofotogrametria (se for

utilizada);

●Analista que domine os programas computacionais necessários à implantação do sistema.

Page 20: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

2.4.4- Hardware e Software

Devem-se procurar soluções que permitam respostas rápidas aos questionamentos

existentes e que ofereçam uma boa relação custo/benefício. É preciso contar com

especialistas na área de informática para auxiliar na implantação desses programas. A

disponibilidade de peças de reposição do equipamento e a assistência técnica precisam ser

ágeis. Para isso, é conveniente contar com fornecedores locais de hardware.

As opções de softwares existentes no mercado são muitas. Cada programa realiza

determinadas funções em um SIG. O valor comercial de cada programa ira varia de acordo

com a quantidade e qualidade de seus processos. Atualmente os softwares mais usados em

um SIG são:

a) 10Mapinfo - São Softwares e componentes robustos que permitem a associação de

tabelas/ bancos de dados a mapas digitais, tornando a informação da sua empresa possível

de ser analisada geograficamente.

b) 11Idrisi - O Idrisi é um software que inclui vários módulos para o monitoramento do

meio ambiente e gerenciamento natural de recursos, detecção de mudanças e análises de

séries temporais, multi-critério e multi-objetivo, suporte a decisões, análises de indecisão e

simulação de modelamento, interpolação e simulação condicional.

c) 12Spring - O SPRING é um SIG (Sistema de Informações Geográficas) no estado-da-

arte com funções de processamento de imagens, análise espacial, modelagem numérica de

terreno e consulta a bancos de dados espaciais.

10 http://www.geograph.com.br/bussola/Geograph_arquivos/frame.htm 11 http://www.idrisi.com.br/ 12 http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/index.html

Page 21: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

d) 13MicroStation - É um produto completo para a área de CAD, projetos e visualização

em 2D e 3D. A interface gráfica do programa é baseada nos padrão Office da Microsoft.

Entre as funcionalidades gráficas do MicroStation, podemos citar as feições de

fotorealismo, renderização, animação e sombreamento real. Dados não gráficos podem ser

associados com objetos gráficos no desenho. Os dados não gráficos podem ser

armazenados em vários bancos de dados ou conectados via ODBC.

e) 14TerraView - É um aplicativo construído sobre a biblioteca de geoprocessamento

TerraLib , tendo como principal objetivo: apresentar à comunidade um fácil visualizador

de dados geográficos com recursos de consulta a análise destes dados. O TerraView

manipula dados vetoriais (pontos, linhas e polígonos) e matriciais (grades e imagens),

ambos armazenados em SGBD relacionais ou geo-relacionais de mercado, incluindo

ACCESS, PostgreSQL, MySQL e Oracle.

f) 15Autodesk Map 3D - É uma precisa e poderosa aplicação de cartografia e SIG

construída sobre o novo Auto CAD 2005. O Autodesk Map ajuda o a criar, gerir e produzir

mapas, integrando dados de diferentes fontes.

Deve-se compreender que os programas citados acima são apenas alguns usados em SIG.

Seria inviável e cansativo listar todos os softwares utilizados. Para aqueles que desejam

saber mais sobre os programas listados é só acessar os endereços eletrônicos que se

encontram nas notas de rodapé.

13 http://www.virtualcad.com.br/produtos/microstation.html 14 http://www.dpi.inpe.br/terraview/index.php 15 http://www.gismedia.pt/index.cfm?sec=2500000000&NovID=57

Page 22: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

3- CRIAÇÃO DE UMA BASE CARTOGRÁFICA INICIAL DE UM SIG PARA

CIDADES DE PEQUENO PORTE

Um dos principais problemas encontrados na implantação de um SIG em

prefeituras de pequeno porte é a quase total ausência de uma base cartográfica digital. Essa

deficiência ocorre principalmente pela falta de acesso a tecnologia por essas cidades. Outro

obstáculo é que os administradores dessas pequenas cidades acham que, para se criar uma

base cartográfica digital, é necessário fazer grandes investimentos. Para mudar essa idéia,

será desenvolvida nesse capitulo, a construção de uma base cartográfica digital para uma

cidade pequena. Mas o que interessa é que essa base digital terá custo zero, ou seja, será

criada a partir de dados e programas gratuitos.

No site (http://www.portalminasgerais.com.br/), há uma pagina referente a cidade

de Catas Altas da Noruega. Dentro dessa página ao se clicar em como chegar é aberta a

seguinte figura:

Fonte: http://www.portalminasgerais.com.br/mg-cataltnoruega/index.htm

Isso demonstra como é grande a falta de mapas digitais em cidades pequenas. Ao se

clicar em como chegar o visitante espera que se abra um mapa de localização com escala e

georreferenciado, o que não ocorre.

No mesmo site o único mapa disponível é o mapa baixo, sendo que o mesmo não

apresenta escala, indicação do norte e projeção, além disso, é um mapa estrangeiro.

Fonte: http://www.portalminasgerais.com.br/mg-cataltnoruega/index.htm

Page 23: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

3.1- Metodologia

Para se realizar a criação de uma base cartográfica inicial para a cidade de Catas

Altas da Noruega, foram utilizados dados e softwares de livre acesso. Abaixo serão

relatadas as etapas realizadas para se chegar ao produto final.

É importante salientar que não foram utilizados dados do IBGE - Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística-, embora o mesmo seja um órgão de grande

importância nacional no que se refere as informações e dados geográficos. O IBGE e

outras fontes de informações não foram utilizadas, porque os seus dados sobre a cidade de

Catas Altas da Noruega são pagos e o objetivo dessa metodologia é utilizar dados e

informações gratuitas.

3.1.1- Foi realizada uma pesquisa para se encontrar cidades de pequeno porte, sem

nenhuma base cartográfica digital.

3.1.2- Após pesquisa, foi escolhida a cidade de Catas Altas da Noruega-MG.(Ver Anexo 1)

3.1.3- No grupo GeoMINAS (ver 3.2.1), adquiriu-se o limite político e rede hidrográfica

do município de Catas Altas do Noruega. (Ver Anexo 2).

3.1.4- Foram adquiridos junto ao USGS - United States Geological Survey - (ver 3.2.2), os

dados do projeto SRTM, referentes ao retângulo envolvente da área em questão, em

formato GEOTIFF, com resolução espacial de 90m. (Ver Anexo 3).

3.1.5- Adquiriu-se junto ao INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-, (ver 3.3.3),

imagens do satélite CBERS, (ver 3.3.4), bandas 3,4 e 5 (Ver Anexos 4,5,6), referente à

área de trabalho.

3.1.6- Criou-se um aplicativo no software SPRING-SCARTA, (ver 3.3.5). A fim de se

produzir base de dados municipal e aproveitar as potencialidades do programa para realizar

uma simples analise. No SPRING foram realizados os seguintes passos:

Page 24: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

a) Carregou-se a imagem SRTM - Shuttle Radar Topography Mission -, (ver 3.3.6), com

um modelo MNT (grade regular). Com esses dados gerou-se uma carta imagem da área de

estudo. (Ver Anexo 7).

b) Gerou-se um mapa de declividade da área em estudo. (Ver Anexo 8).

c) Gerou-se um mapa hipsométrico da área em estudo. (Ver Anexo 9).

d) Utilizando um modelo hidrológico (grade acumulada), implementado na SPRING,

gerou-se uma carta topográfica da área em estudo. (Ver Anexo 10).

e) Geraram-se as isolinhas da área de estudo.

f) Realizou-se o georreferenciamento das imagens obtidas do satélite CBERS.

g) Classificaram-se as imagens obtidas do satélite CBERS, através do algoritmo

MAXVER, (ver 3.6.7), que se encontra no SPRING. A partir dessa analise gerou-se o

mapa de uso de solo (ver Anexo 11) da área de estudo.

Comando usado no aplicativo MAXVER { Tematico solo ("UsoSolo"), decliv ("declividade"), alt ("Altitudes"), propero ("PropErosao"); solo=Recupere (Nome = "Uso Solo"); decliv=Recupere (Nome = "Declividades"); alt=Recupere (Nome = "Hipsométrico"); propero=Novo(Nome="propensao", ResX=20, ResY=20, Escala=50000); propero = Atribua (CategoriaFim = "PropErosao") { "Solo>47%": (solo.Classe == "Solo" && decliv.Classe == ">47"), "Solo>1200m": (solo.Classe == "Solo" && alt.Classe == "1200-1300") || (solo.Classe == "Solo" && alt.Classe == "1300-1400") || (solo.Classe == "Solo" && alt.Classe == "1400-1500"), "Agric>30%": (solo.Classe == "Agricultura" && decliv.Classe == ">47") || (solo.Classe == "Agricultura" && decliv.Classe == "30-47"), "Agric>1200m": (solo.Classe == "Agricultura" && alt.Classe == "1200-1300") || (solo.Classe == "Agricultura" && alt.Classe == "1300-1400") || (solo.Classe == "Agricultura" && alt.Classe == "1400-1500") }; } "Agric>1200m": (solo.Classe == "Agricultura" && alt.Classe == "1200-1300") || (solo.Classe == "Agricultura" && alt.Classe == "1300-1400") || (solo.Classe == "Agricultura" && alt.Classe == "1400-1500") }; }

Page 25: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

h) Realizou-se uma análise das imagens do satélite CBERS, utilizando a LINGUAGEM

LEGALl, (ver 3.6.8), implementada no SPRING. Nessa analise foram usados os seguintes

parâmetros:

▪Foram identificadas áreas de solo nu e declividades > 47%. ▪Foram identificadas áreas de solo com altitudes > 1200m. Essa altitude foi escolhida, porque 1200m correspondem as áreas de proteção de topo de moro, para se chegar a essa altitude foram realizados os seguintes cálculos:

Altitude máxima da área em estudo – 1500m Altitude mínima da área em estudo – 600m A máxima altitude – 1/3 da diferença entre a máxima e a mínima é de 1200m.

i) Foram identificadas áreas de agriculturas > 30% de declividade.

j) Foram identificadas áreas de agriculturas > 1200m.

l) Através dessa análise, no aplicativo LINGUAGEM LEGAL, usado criou-se um mapa de

áreas propensas à erosão no município de Catas Altas da Noruega. (Ver Anexo 12).

Comandos usados no APLICATIVO LEGAL

Cálculo de Áreas por Geo-classe (haxha) :

Plano de Informação:PropErosao/propensao

Representação: Imagem Tematica

Area (haxha)

Solo>47% : 0.320000

Agric>30% : 41.080000

Agric>1200m : 23.760000

Solo>1200m : 0.760000

Area total das classes:65.920000

Area total dos Polígonos não classificados:22285.760000

Area total do Plano de Informação:22351.680000

Page 26: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

3.2- DEFINIÇÕES DOS RECURSOS USADOS NESSA PRÁTICA

3.2.1- 16O GeoMINAS é fruto do desejo político e do consenso técnico na busca da

minimização de esforços, recursos e investimentos para a produção sistemática de

informações digitais geográficas e georreferenciadas sobre o nosso Estado. É o Estado

gerando e gerenciando as informações primárias (sócio-econômico-político-culturais)

sobre os vários aspectos de seu território geográfico. Enfim, é um Estado conhecendo

melhor a sí mesmo e se mostrando ao mundo, através da integração e ação conjunta dos

técnicos de diversos órgãos, iniciando-se no ano de 1995.

3.2.2- 17O USGS² é uma instituição americana, que serve à nação fornecendo a informação

científica de confiança para descrever e compreender a terra; minimize a perda de vida e de

propriedade dos desastres naturais; controle a água, biológico, a energia, e recursos

minerais; e realce e proteja nossa qualidade de vida.

3.3.3- 18O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)³ é uma unidade de pesquisa do

Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).O INPE tem por finalidade promover e

executar estudos, pesquisas científicas, desenvolvimento tecnológico e capacitação de

recursos humanos, nos campos da Ciência Espacial e da Atmosfera, das Aplicações

Espaciais, da Meteorologia e da Engenharia e Tecnologia Espacial, bem assim em

domínios correlatos, consoante política definida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia

(MCT),

3.3.4- 19Um programa de cooperação foi assinado em 6 de julho de 1988 entre a China e o

Brasil para desenvolver dois satélites de observação da Terra. Esse programa conjunto de

Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Terrestres (CBERS) combina os recursos

financeiros e de especialistas dos dois países para estabelecer um sistema completo de

sensoriamento remoto, que é competitivo e compatível com o presente cenário

internacional. O programa CBERS foi concebido como modelo de cooperação horizontal e

intercâmbio entre países em desenvolvimento. 16 www.geominas.mg.gov.br/ 17 http://www.usgs.gov/ 18 http://www.inpe.br/ 19 http://www.engesat.com.br/satelites/c-bers.htm

Page 27: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

Os satélites CBERS1 e CBERS-2 foram lançados por foguetes chineses da série

Longa Marcha a partir da base de lançamento de Shanxi e Taiyuan respectivamente, na

República Popular da China.

A característica singular dos CBERS é sua carga útil de múltiplos sensores, com

resoluções espaciais e freqüências de observação variadas. Os dados de múltiplos sensores

são especialmente interessantes para acompanhar ecossistemas que requerem alta

repetitividade. Os três sensores imageadores a bordo são:

3.3.5- 20O SPRING é um SIG (Sistema de Informações Geográficas) no estado - da -arte

com funções de processamento de imagens, análise espacial, modelagem numérica de

terreno e consulta a bancos de dados espaciais.

3.3.6- 21A nave espacial Endeavour decolou no último dia 11 de fevereiro e uma de suas

missões era a cartografia por interferometria de grande parte da superfície terrestre. Foi

varrida aproximadamente 80% da superfície terrestre que representa 95% da área habitada

do globo.

Atualmente estão mapeados 60 a 70% da superfície terrestre com uma resolução de

90 metros. O projeto é chamado de Shuttle Radar Topography Mission (SRTM) e é parte

de projeto internacional da NASA, com a participação do Centro Aeroespacial Alemão

DLR e da Agência Espacial italiana (ASI).

O resultado é um modelo tridimensional da superfície da terra. O SRTM produzirá

um grid de pontos com precisão horizontal de 30 m. Isto significa que objetos com

dimensões horizontais na ordem de 30 metros por 30 metros e com 10 metros de altura

relativa são capturáveis pelo radar SRTM.

20 http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/index.html 21 http://www.esteio.com.br/newsletters/paginas/001/coordenadas.htm

Page 28: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

3.6.7- 22MAXVER é o método de classificação, que considera a ponderação das distâncias

entre médias dos níveis digitais das classes, utilizando parâmetros estatísticos.

3.6.8- 23A LINGUAGEM LEGAL é uma linguagem de comandos interpretados para uso

em análise geográfica que está em desenvolvimento no ambiente do sistema SPRING.

22 http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/tutorial/classific.html 23 http://www.dpi.inpe.br/dpi/teses/claudio/CAP5.html

Page 29: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

4- CONCLUSÃO

As prefeituras de pequeno porte ao implantarem um SIG podem obter uma série de

benefícios e ganhos. Por exemplo, o banco de dados de uma prefeitura pode estar integrado

em diferentes setores da administração municipal, promovendo um maior fluxo dessas

informações entre esses setores.

Sendo o território municipal um local da ação de diversos agentes públicos e

privados, um SIG pode fazer que essas ações sejam tomadas conjuntamente e dessa forma

aumentar a qualidade dos serviços prestados a população.

Todo bom SIG pode oferecer uma série de benefícios e possibilidades para quem o

usa. A aplicabilidade de um SIG vai depender de sua função. Não se deve cometer o erro

de criar uma formula de SIG que poderá ser usada para qualquer cidade, esse erro é ocorre

muitas vezes, por exemplo: a cidade B desenvolve um SIG que tem como o objetivo de

identificar as áreas de alto índice de criminalidade nessa cidade; a cidade B também quer

identificar suas áreas de alto índice de criminalidade, então ela pega o SIG utilizado na

cidade A e o implanta. O que vai ocorrer? Ocorrera um grande desastre na aplicação desse

SIG, pois ele foi projetado para a cidade A e não para a cidade B.

Todo projeto de implantação de um SIG em prefeituras ira apresentar suas próprias

características, basicamente definidas pelos processos da funcionalidade do SIG e pelos

requisitos básicos de cada um. Entretanto, apesar de suas peculiaridades, as implantações

de SIGs em prefeituras de pequeno porte apresentam em geral os mesmos tipos de

problemas.

Mas a quem cabe iniciar o projeto de implantação de um SIG em sua cidade? O

administrador dessas pequenas cidades é o principal responsável pela implantação de um

sistema de informações em seu município. Segundo Davis (2001), o bom administrador

conhece o valor da informação correta, disponível de forma ágil e eficiente, para um bom

funcionamento de sua organização. Além disso, a capacidade de analisar eficientemente as

informações, fará com que sua cidade se torne competitiva entre as outras, podendo assim

ter maiores chances de receber investimentos externos.

Page 30: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

Percebeu-se durante a realização desse trabalho que os problemas ocorridos na

implantação de um SIG, nas pequenas cidades, são comuns a todas elas. Desta forma, é

essencial que tais problemas sejam fortemente considerados durante a fase de implantação

de um SIG, de forma a minimizar seus efeitos ou mesmo eliminar sua ocorrência,

propiciando assim a possibilidade de obter um melhor resultado na sua implantação.

Existem realidades diferentes nas cidades pequenas, onde, por exemplo, a

aerofotogrametria pode se tornar um recurso muito caro. Uma solução para não se gastar

tanto nessas cidades é a utilização de tecnologia de sensoriamento remoto - análise de fotos

produzidas por satélite -, considerando que, atualmente, isso já é muito comum e se pode

contar com uma série de empresas, públicas e privadas, que fornecem fotografias com

precisão de até dois metros. O levantamento pode ser encomendado em conjunto por varias

prefeituras, amortizando o investimento e propiciando análises conjuntas que colaborem na

integração das políticas públicas municipais à escala regional.

O uso do GPS também é uma boa saída para as cidades pequenas. O GPS, além de

ser um produto relativamente barato, é de fácil manuseio. O GPS pode ajudar bastante na

criação a manutenção de um SIG.

Dentre os recursos necessários para a implantação de um SIG (estrutura

organizacional, equipe para gerenciamento do SIG, hardware e software e base

cartográfica). A criação da base cartográfica é o fator mais importante, pois é o ponto

inicial para a construção de qualquer SIG.

A criação de uma base cartográfica digital é o principal obstáculo para as

prefeituras de pequeno porte. Fica mais fácil implantar um SIG em cidades de grande e

médio porte, pois essas cidades já contam com grande número de dados analógicos e

digitais sobre as suas regiões, assim esses dados podem ser usados na criação de sua base

cartográfica digital. No entanto, esse não é o caso das cidades de pequeno porte, onde na

maioria das vezes os dados existentes estão somente no formato analógico, E geralmente

estão ultrapassados e são pouco confiáveis, pois não relatam a verdadeira situação da área

representada.

Page 31: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

Outro entrave que também dificulta a criação de uma base cartográfica digital nas

prefeituras dos municípios de pequeno porte é a falta de conhecimento dos meios de se

produzir uma base cartográfica digital. Os prefeitos das pequenas cidades pensam que para

se construir uma base digital cartográfica é necessário gastar grandes quantias, e desse

modo a implantação de um SIG sempre se torna distante para essas cidades.

A experiência realizada nessa monografia, que foi a construção de uma base

cartográfica digital inicial para um SIG em prefeituras de pequeno porte, mostra que essa

pratica é valida, e o mais interessante é que foi criada a partir de custo quase zero, por que

quase zero? Nessa pratica utilizou-se o software SPRING, que é um SIG, esse programa

além de ser gratuito, possui uma série de ferramentas de geoprocessamento que podem

servir bastante na implantação e manutenção de um SIG. Os dados para essa metodologia

foram adquiridos junto a intuições, que disponibilizam essas informações a custo zero,

esses dados são confiáveis e são periodicamente atualizados, uma vez que são produzidos

por agências responsáveis.

Os únicos gastos que o prefeito terá, será a compra de um ou dois computadores,

uma impressora, um scanner de boa resolução, o serviço de internet banda larga e uma

equipe responsável pela manipulação dos dados e softwares. A possibilidade de operar

sobre plataformas de baixo custo, como os computadores pessoais, e a relativa

simplicidade de operação tornam essa metodologia (criação de uma base cartográfica

digital...) um recurso bastante acessível para municípios com menor poder aquisitivo,

como é o caso das pequenas cidades.

As prefeituras de cidades de grande e médio porte necessitam de sistemas capazes

de suportar extensos volumes de dados e executar análises de elevado grau de

complexidade, para cuja aquisição e implementação, geralmente, existem boas condições

financeiras e de infra-estrutura. Dessa forma essas cidades necessitam de equipes

compostas por varias pessoas, sendo que dentro dessa equipe devem estar: um profissional

capacitado em zoneamento urbano, loteamentos, planejamento urbano, impacto ambiental;

e um analista que domine os programas computacionais necessários à implantação do

sistema.

Page 32: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

A implantação de um SIG em cidades de pequeno porte se torna muito mais fácil

do que nas grandes e médias cidades. Essas facilidades ocorrem porque a quantidade de

informações e dados são bem menores do que nas cidades pequenas. Sendo assim se terão

poucos processos a serem realizados em um SIG nas pequenas cidades, ficando mais fácil

e rápido para analisar esses processos. Daí então se pode criar SIGs mais simples do que os

utilizados nos grandes centros urbanos. Outro ponto positivo, é que a manutenção de um

SIG em uma cidade pequena pode ser muita mais simples e rápida devido a menor

quantidade de processos realizados por esses SIGs.

Sendo assim a formação de uma equipe de criação e gerenciamento de um SIG, nas

cidades pequenas, pode apresentar uma estrutura bem diferente, gerando uma grande

economia para essas prefeituras, pois nessas cidades todas as funções de uma equipe

técnica podem recair sobre poucas pessoas.

Caso a prefeitura, de pequeno porte, não tenha mão de obra especializada em criar

e gerenciar um SIG, o prefeito pode enviar um ou mais funcionários para capacitá-los nas

ferramentas de geoprocessamento. Existem atualmente importantes intuições que treinam

profissionais na área de geoprocessamento e conseqüentemente SIG, uma vez que um SIG

é apenas uma das ferramentas do geoprocessamento. Mesmo a equipe sendo composta por

poucas pessoas, é importantíssima a presença de um geógrafo capacitado em

geoprocessamento nessa na mesma.

É claro que a base cartográfica digital criada nesse trabalho não é suficiente para a

criação inicial de uma SIG, mas torna-se um caminho para aquelas cidades com quase total

escassez de dados geográficos sobre seu município. Essa base pode ser futuramente

implementada com o uso de outros softwares e o acréscimo de mais informações. Sem o

investimento na compra de dados de melhor resolução ou na promoção de trabalhos na

coleta de informações em campo, não há como criar bases cartográficas para CTM ou

banco de dados alfanuméricos com ampla caracterização das correções.

Page 33: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

Um SIG não gera resultados imediatos e isso é um problema para os pequenos

municípios, pois seus prefeitos querem investir em projetos que gerem retornos

rapidamente. Nesse caso a metodologia, para a criação de uma base cartográfica, criada

neste trabalho pode ajudar bastante esses pequenos municípios, pois inicialmente não se

gastará quase nada, só depois é que a prefeitura irá investir mais nesse SIG. Sendo assim, o

prefeito pode se animar em investir no SIG depois de ver a base cartográfica de sua cidade

pronta.

A partir da base cartográfica digital pronta as prefeituras dos pequenos municípios

podem implementá-la com novos dados e desse modo ampliar a funcionalidade e a

aplicabilidade de seu futuro SIG. Essa implantação não se tornará onerosa para as

pequenas cidades, pois existem muitos órgãos que vendem informações confiáveis e de

boa qualidade a baixos valores. Um exemplo é o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística, que disponibiliza a quem quiser, a preços módicos, informações geográficas

sobre as cidades, tais como: setores censitários, arruamentos, dados sócio-econômicos, etc.

A pratica usada neste trabalho, para a construção da base cartográfica digital, pode

ser usada para qualquer outra cidade de pequeno porte. Uma vez que as cidades pequenas

apresentam características semelhantes: poucos recursos para se gastar, espaço físico

pequeno e escassez de dados geográficos.

Pode-se dizer que as prefeituras, de pequeno porte, que não possuem bases digitais

cartográficas atualmente e posteriormente um SIG, são cidades que ainda não se

interessaram completamente por essas tecnologias, uma vez que muitas dessas informações

geográficas e instrumentos de geoprocessamento estão disponíveis gratuitamente na

Internet.

O futuro dos SIGs é bastante promissor, ao passo que cada dia se encontram novas

aplicações para esse sistema. A tendência é que os SIGs estejam cada vez mais presentes

nas prefeituras de todas as cidades. O SIG será objeto obrigatório na administração

municipal. Através do uso de SIGs as informações serão mais confiáveis e seu fluxo será

rápido; prefeituras poderão integrar os seus bancos de dados, trocando informações com

grande facilidade entre si e outros órgãos.

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Page 38: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

ANEXOS Anexo 1

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Anexo 2

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Anexo 3

Page 41: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

Anexo 4

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Anexo 5

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Anexo 6

Page 44: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

Anexo 7

Page 45: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

Anexo 8

Page 46: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

Anexo 9

Page 47: Criação de uma base cartogrpafica digital inicial para SIG em

Anexo 10

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Anexo 11

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Anexo 12