curiosidades judaicas

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Visualizao do documentoJUDAISMO - Curiosidade judaicas.doc(179 KB)BaixarJudasmo - CuriosidadesO que Shushan Purim?Este Shabat, dia 15 de Adar II, Shushan Purim o diaem que Purim celebrado em Jerusalm e em outras cidades que antigamente eram cercadas por um muro. Shushan Purim celebrado em comemorao ao fato de que na antiga cidade murada de Shushan, a celebrao original do milagre de Purim ocorreu nesta data. Quando Shushan Purim ocorre no Shabat, como neste ano, em Jerusalm e em outras cidades muradas comemora-se um Purim Triplo (Purim Meshuleshet). Alguns mandamentos de Purim no podem ser cumpridos no Shabat; portanto, so observados durante trs dias em Jerusalm e em outras cidades muradas. Os mandamentos da leitura de Meguil e da doao aos pobres so cumpridos na sexta-feira; a prece de Al Hanissim, que adicionada s nossas rezas em Purim, ocorre no Shabat. Finalmente, os mandamentos da refeio festiva de Purim e do envio de Mishloach Manot so realizados no domingo.Quantos anos tinha Esther quando ela se casou com o rei da Prsia, Achashverosh?H trs opinies no Talmud. De acordo com o Sbio Rav, ela tinha quarenta anos. Outro Sbio, Shmuel, afirmou que ela tinha oitenta anos. J os outros Sbios do Talmud afirmaram que ela tinha setenta e cinco anos! Apesar de sua idade, o rei da Prsia se apaixonou por ela. De todas as mulheres da Prsia, Esther foi a esposa mais querida e amada do rei Achashverosh.O que Yom Kipur?Yom Kipur comea hoje, dia 24 de setembro, antes do anoitecer. Yom Kipur, o Dia do Perdo, a data mais sagrada do calendrio judaico. Durante as 25 horas de Yom Kipur, proibido comer ou beber, se lavar, usar sapatos de couro, aplicar cremes e loes e ter relaes conjugais. Todos que jejuamem Yom Kipurso perdoados pelos pecados cometidos contra Dus.Quem foi o primeiro presidente de Israel?O parlamentarismo o sistema de governo de Israel. A presidncia um cargo simblico. Quando o Estado Judeu foi fundado em 1948, foi oferecida a presidncia a Albert Einstein. O grande fsico judeu simpatizava muito com o movimento sionista, mas ele recusou o convite. Chaim Weizmann, um grande qumico, diplomata e estadista, foi o primeiro presidente de Israel.Qual a importncia do ms de Elul?O ms de Elul marca o incio de um perodo de 40 dias que culminaem Yom Kipur, o dia mais sagrado do calendrio judaico. Elul um ms de introspeco e de preparo para as grandes festas judaicas que ocorrem no ms seguinte, Tishrei.O que quer dizer Tor?A palavra Tor tem muitos significados. Na lngua hebraica, significa lei ou doutrina, e usada como termo geral para denotar todo o corpo de lei judaica. O termo Tor, quando usado de forma especfica, se refere aos Cinco Livros de Moiss que foram entregues por D-us no Monte Sinai.O que foi a Guerra de Yom Kipur?Na festa de Yom Kipur, o dia mais sagrado do calendrio judaico, o Egito e a Sria lanaram uma ataque surpresa contra Israel. O ataque ocorreu no dia 6 de outubro de 1973. Devido ao ataque inesperado, Israel perdeu muitos soldados nos primeiros dias de guerra. Mas o estado judeu, em grande parte devido ao herosmo do general Ariel Sharon (hoje primeiro-ministro), derrotou os pases rabes e venceu a guerra.

Qual foi o primeiro pas rabe a fazer as pazes com o Estado de Israel?No ano de 1977, o Presidente do Egito, Anwar el-Sadat, viajou para Jerusalm e discursou no parlamento israelense o Knesset. Sadat props que Israel e o Egito negociassem um acordo de paz. Junto com o primeiro-ministro de Israel, Menachem Begin, Sadat assinou o primeiro acordo de paz entre um pas rabe e o Estado de Israel.Durante quanto tempo permaneceu Moiss no Monte Sinai para receber a Tor?Moiss permaneceu no Monte Sinai durante 40 dias e 40 noites. Nossos Sbios ensinam que durante este perodo de tempo, ele viveu como um anjo: no comeu, no bebeu e no dormiu. Ele foi sustentado pela Presena Divina enquanto aprendia toda a Tor: suas leis e prticas e todos os seus segredos msticos.Algumas Leis relacionadas com Yom Kipurconvocao de santidade ser para vs, e afligireis suas almas (atravs do jejum)..." (Levtico, 23).Segundo o Talmud, mesmo aps a Teshuv - retorno e arrependimento - o perdo para os erros cometidos no se aplica s ofensas cometidas contra o prximo: "As transgresses do homem contra D'us - o Dia do Perdo as absolve; porm as transgresses contra o prximo, o Dia do Perdo no as expia at que o indivduo se reconcilie com o prximo e repare o erro cometido". costume fazercaparot- expiao dos pecados - atravs do abate de um galo, para um homem, e de uma galinha, para uma mulher. Esta ao deve ser feita no dia 9 de Tishrei de madrugada. Neste ano, no dia 24 de setembro, por umshohetqualificado. Tambm possvel cumprir este costume com dinheiro, revertendo-o em tzedak. proibido jejuar no dia que precede Yom Kipur, mesmo se este jejum for Taanit Halom. , ao contrrio, uma mitzv fazer uma refeio adicional.A refeio que precede o jejum deve ter po e pratos leves, de fcil digesto. Bebidas alcolicas so proibidas. A refeio deve ser concluda 20 minutos antes do pr-do-sol.Neste ano, Yom Kipur se inicia no dia 24 de setembro, aps o pr-do-sol, e termina no dia 25, noite.As mulheres devem acender as velas antes de ir sinagoga, dizendo a bno "Ner Shel Shabat Ve Yom Hakipurim". Se a mulher quiser locomover-se de automvel ou usar o elevador antes do incio de Yom Kipur, dever, antes de acender as velas, fazer uma ressalva dizendo que no est recebendo Yom Kipur, com o ato. No entanto, ter que antecipar o recebimento de Yom Kipur antes do pr-do-sol. costume os pais abenoarem os filhos, pedindo que sejam selados no Livro da Vida e que em seus coraes permanea sempre o amor a D'us. E tambm ir sinagoga antes do pr-do-sol, para poder participar do Kol Nidrei, a "anulao dos votos".Yom KipurYom Kipur o Shabat dos Shabatot e, portanto, todo trabalho profano deve cessar e todas as leis do Shabat devem ser respeitadas. Assim, proibido portar qualquer objeto durante Yom Kipur. Neste ano ainda mais, pois Yom Kipur coincide com o "dia do descanso".Restries durante o jejum:As crianas de9 a10 anos podem jejuar somente algumas horas. A partir dos 11 anos, conforme avaliao dos pais, pode jejuar o dia todo. O jejum torna-se obrigatrio aos 12 anos, para meninas, e aos 13, para meninos.Ao acordar, lavam-se as mos at a segunda falange, com gua fria e sem sabo. Passam-se os dedos ainda midos nas plpebras.O uso de sapato, sandlias ou tnis de couro proibido para homens e mulheres. As crianas tambm devem ser orientadas neste sentido.A Havdal deve ser feita sem bessamim, mesmo em se tratando de Motsa Shabat. A bno da luz deve ser feita sobre uma vela que permaneceu acesa desde o"No comer, no beber, no trabalhar, no se lavar nem massagear a pele (perfumes, cremes etc.), no calar couro, no ter relaes conjugais".O jejum se aplica tanto a homens quanto a mulheres, mesmo se estiverem grvidas ou amamentando. S em caso de doena - ou se houver algum perigo, o jejum

A cidade de Tel Aviv

Foto IlustrativaConhecida como a "Cidade Branca", Tel Aviv um rico exemplar de arquitetura moderna. Tem a maior concentrao do mundo de prdios no estilo "moderno internacional", mais conhecido como "Bauhaus". A famosa faculdade alem, que praticava a racionalidade e o funcionalismo na arquitetura, encontrouem Tel Avivseu "bero esplndido".roupas ao estilo europeu, em frente a uma desolada paisagem de areia.Em seis meses, as primeiras cinqenta casas haviam sido erguidas. Como prometido, o novo subrbio de Jaffa, chamado inicialmente Ahuzat Bait (Estncia das Residncias), possua gua encanada e ruas retas e niveladas. Havia at um pequeno parque plantado na rea onde fora despejada a terra proveniente dos trabalhos de terraplanagem. Posteriormente este parque se tornaria o Boulevard Rothschild. Um ano depois, Menachem Sheinkin, um dos fundadores, sugeriu que o nome da cidade fosse mudado para Tel Aviv, que significa "Colina da Primavera" ou "Colina da Renovao", nome inspirado no ttulo da obra de Herzl, "Altneuland", ou, em traduo livre, "a nossa renovada terra ancestral". Tel Aviv no foi o primeiro subrbio judaico fora de Jaffa. Havia onze outros, o mais antigo datando de 1887. Mas a cidade surgiu, desde o incio, com uma viso e planejamento bem frente de seu tempo, tanto que, logo aps sua fundao, o preo do terrenos nas proximidades de Jaffa aumentou cinqenta vezes. Dois anos depois da fundao de Tel Aviv, um novo grupo de colonos comprou o terreno restante do Pomar Jibali e estabeleceu o subrbio de Nahalat Biniamin, cujas quarenta famlias logo pediram para se unir a Tel Aviv, seguidos pelos integrantes dos outros subrbios novos ou antigos. Tal integrao de assentamentos teve como conseqncia o fim do planejamento coerente de Tel Aviv: a cidade judaica modelo se transformara em um labirinto de ruas, sem paredes, que podia ser comparado a qualquer bazar oriental.Em 1914, s vsperas da Primeira Guerra Mundial, a rea de Tel Aviv crescera dez vezes e sua populao ultrapassava duas mil pessoas, mas a guerra trouxe em seu rastro fome e misria. Aps a queda do Imprio Otomano, a Gr-Bretanha recebeu o mandato de governar a ento Palestina. Durante os anos de governo britnico,Tel Aviv conheceu uma fase de crescimento extraordinrio, sem paralelos, chegando a alcanar, em 1931, uma populao de 75 mil habitantes e cinco mil casas construdas.A populao de Tel Aviv cresceu muito nestes ltimos 72 anos. No ltimo censo, de 1996, havia 360 mil habitantes na cidade e as previses do governo para 2010 estimam que a populao de Tel Aviv supere a marca dos 470 mil habitantes.As primeiras construesComo cidade modelo, Tel Aviv representou uma espcie de laboratrio para os arquitetos judeus que buscavam uma linguagem arquitetnica em sintonia com a ideologia sionista. Podemos constatar que o estilo de construo mudava praticamente a cada dcada.Primeiro surgiram construes tipo "cidade jardim": casas de pedra, para uma s famlia, circundadas por rvores frutferas e por um muro baixo. Era utilizada uma pedra local, o kulcar, de origem calcria, derivada da fossilizao das dunas de areia.Em 1921, em conseqncia dos motins antijudaicos entre os rabes, as autoridades britnicas separaram Tel Aviv da rabe Jaffa. Os judeus de Jaffa abandonaram, em massa, a cidade e se mudaram para Tel Aviv. Quatro anos depois, em conseqncia das restries econmicas impostas aos judeus da Polnia, do crescente anti-semitismo e do fechamento da imigrao para os Estados Unidos, chegou Palestina um novo contingente de famlias de judeus poloneses, de classe mdia, que se instalouem Tel Aviv.O ano de 1925 lembrado como o do boom demogrfico da cidade, cuja populao dobrou em dois anos, chegando a 40 mil habitantes.A partir de ento, o subrbio residencial ajardinado passou a ser um centro comercial moderno e o estilo da construo foi, novamente, mudado. Inicialmente era acoplado um andar suplementar s construes existentes, mas logo comearam a aparecer novos edifcios, de dois ou trs andares. O estilo dessas construes "oriental-moderno", que alguns definem como ecltico ou fantasioso, porque resultado da combinao das idias modernas dos arquitetos de Tel Aviv, que, em sua maioria, fizeram seus estudos na Europa Oriental, com elementos e estilos orientais e locais refletindo o retorno Ptria. Assim, s linhas retas e decoraes sbrias dos estilos Art Noveau e Art Deco so acoplados elementos locais orientais, como cpulas, arcos e prticos com colunas. Janelas, portas eorrimos eram trabalhados e foram introduzidos adornos com temas judaicos nas fachadas dos edifcios.Em1929, acrise econmica mundial atingiu a cidade e muitos dos arquitetos voltaram para a Europa procura de trabalho. Em 1931, por sugesto das autoridades britnicas, a prefeitura de Tel Aviv convidou o urbanista escocs Sir Patrick Geddes a projetar um Plano Diretor para a cidade. Como no havia jeito de organizar os bairros antigos, Geddes decidiu trabalhar seguindo o desenvolvimento da cidade para o norte, em direo ao rio Yarkon. Usou o Boulevard Rothschild como modelo e planejou a cidade em torno de uma srie de extensas avenidas. Prolongou ao norte o Boulevard Rothschild at a rea onde hoje se encontram o Teatro Habima e o Auditrio Mann. Planejou longas avenidas seguindo para o norte at o rio Yarkon, paralelas ao Boulevard Rothschild, como a Rehov Yarkon, a Rehov Ben-Yehuda, a Rehov Dizengoff e a Rehov Ibn Gvirol, enquanto ruas menores arborizadas ligariam todas as avenidas com a praia, como por exemplo a Shderot Ben-Gurion.Tel Aviv e o estilo "Bauhaus"O Plano Diretor preparado por Geddes coincidiu com mais uma grande onda migratria para a ento Palestina, a "Quarta Ali", especialmente de judeus provenientes da Alemanha, que chegavam fugindo das perseguies nazistas. Entre estes estavam os arquitetos que tinham deixado Tel Aviv no final da dcada de 20 e tambm uma nova leva de arquitetos alemes. Estes introduziram nas construes um estilo chamado de "Moderno internacional", "Modernista" ou "Bauhaus", da academia de arquitetura de Walter Gropius, na Alemanha, que deu o nome a este estilo. Entre 1930 e1956, acidade ficou rapidamente repleta dessas construes simples, funcionais e lineares, com tetos retos e paredes brancas, criando a impresso de uma cidade branca, vasta, limpa e alinhada.Nos anos 1950, logo aps a criao do Estado de Israel, a arquitetura em estilo "Moderno internacional" foi-se esgotando, sendo substituda por construes grandes, de edifcios governamentais. Ao mesmo tempo eram realizados projetos pblicos de moradia destinados aos milhares de novos imigrantes. Na dcada de 1960, Tel Aviv tinha atravessado em sua extenso o rio Yarkon e novos blocos residenciais surgiam ao norte. O centro histrico da cidade estava abandonado e decadente.Recuperando a antiga belezaNo final da dcada de 1970 comearam a aparecer artigos em revistas especializadas em artes e arquitetura sobre os desconhecidos tesouros arquitetnicos de Tel Aviv. Em meados da dcada de 1980 o Museu de Arte de Tel Aviv apresentou a exposio "A Cidade Branca" e o ento prefeito Shlomo "Tchitchi" Lahat convidou crticos de arte e arquitetura para que dessem seu parecer. A importncia que os crticos atriburam s construes em estilo "Bauhaus", tambm chamado de "Moderno internacional" foi uma surpresa para todos. Prontamente, criou-se uma fundao com a finalidade de catalogar os tesouros arquitetnicos da "Cidade Branca" e arrecadar fundos necessrios para a restaurao dos edifcios.No incio da dcada de1990 aPrefeitura designou uma equipe destinada aos trabalhos de preservao e, em 1994, Tel Aviv sediou, em cooperao com a Unesco, uma grande conferncia sobre o estilo "Moderno internacional" e seus exemplos na cidade. A Unesco convidou a Prefeitura de Tel Aviv a apresentar uma proposta para a incluso da "Cidade Branca" na lista dos locais considerados por este organismo internacional como "patrimnio da humanidade". Em julho de2003, aUnesco concedeu esse reconhecimento a Tel Aviv.A equipe de preservao fez, poca, o inventrio dos edifcios no corao de Tel Aviv e concluiu que, entre 1931 e 1956, foram erguidas quatro mil edificaes em estilo "Bauhaus" ou "Modernista". Estes, em sua maioria, ainda esto de p e so o esqueleto do centro histrico da cidade. Pelo menos, 1.500 necessitam ser restaurados. Este trabalho tem procedido regularmente e os edifcios restaurados no so mais usados como residncia, mas como escritrios de advocacia, sede de bancos ou de seguradoras, embora ainda se encontrem algumas casas residenciais nas ruas Montefiore, Ahad Ha'Am e no Boulevard Rothschild. O visitante que queira conhecer os bairros antigos de Tel Aviv desfrutar de sua arquitetura e atmosfera.A praa Rei Albert, onde as ruas Montefiore e Nachmani se encontram, parece uma praa europia e pode-se admirar a "Casa Pagoda", que est em processo de restaurao. Ao longo da Montefiore desfilam vrias casas de poca, j restauradas. A rua Karl Netter preserva ainda toda a atmosfera da dcada de 1920. Entrando-se na rua Ahad Ha'Am, v-se a fachada da antiga escola do bairro, decorada com os azulejos originais feitos pelos artesos da Escola de Arte Bezalel, de Jerusalm. Ao lado, encontra-se o Banco Mercantil, decorado com azulejos representando os profetas de Israel. medida que as intrigantes casas da "Cidade Branca" comeam a aparecer, a beleza de Tel Aviv, que parecia perdida na agitao moderna, volta s ruas antigas.O DIA EM QUE ISRAEL NASCEUpor Zevi Ghivelder

Foto IlustrativaNo dia 18 de fevereiro de 1947, o gordo e macilento Ernest Bevin, ministro das relaes exteriores do Reino Unido, num tom de voz que aliava resignao e indignao, declarou Cmara dos Comuns: "Chegamos concluso de que o nico caminho vivel submeter a questo da Palestina s Naes Unidas, que talvez possa recomendar um acordo".que ele pretendia, na verdade, que fosse renovado o Mandato Britnico naquele territrio, que lhe havia sido conferido pela Liga das Naes aps a Primeira Guerra Mundial, ou ento a criao de um s estado rabe sob a tutela da Transjordnia, atual Jordnia. Aos judeus residentes na Terra Santa seria dada apenas autonomia interna. Dois anos antes, quando os trabalhistas haviam chegado ao poder na Inglaterra, a Agncia Judaica tinha analisado essa ascenso com justificvel otimismo. O partido liderado por Clement Atlee sempre se havia manifestado a favor do sionismo e, alm disso, compartilhava ideais socialistas com a maioria dos lderes do ishuv, os judeus da Palestina.Entretanto, partindo do princpio de que as naes no tm amigos, mas somente interesses, a posio trabalhista inglesa, uma vez instalada no nmero 10 da Downing Street, mudou de forma radical. O diplomata britnico encarregado de assuntos pertinentes ao Oriente Mdio, Harold Beeley, uma espcie de eminncia parda de Bevin, estava convencido de que o problema palestino deveria ser encarado em funo do expansionismo sovitico, j que os russos se empenhavam seriamente para ter uma presena influente naquela regio. Assim, caberia Inglaterra, juntamente com os Estados Unidos, a iniciativa de estabelecer algo como um cordo sanitrio em torno dos pases rabes, dentre os quais a Palestina era um elo importante, alm de reforar as posies britnicas na Lbia, no Sudo, no Canal de Suez e no Golfo Prsico. Contudo, o presidente norte-americano, Harry Truman, estava longe de se deixar convencer por essa lgica. No plano interno, levava em conta o potencial do voto judaico nas eleies que se realizariam em 1948, quando ele concorreria Casa Branca, tendo assumido como vice aps a morte de Roosevelt. No plano externo, permanecia engasgado com o apoio que diferentes pases rabes haviam dado Alemanha nazista, mesmo depois de os ingleses terem imposto severas restries entrada de judeus na Palestina. Alm disso, tambm se comovia com a desesperada situao dos sobreviventes do Holocausto. Tanto assim que, logo depois da guerra, havia designado um enviado especial, Earl Harrison, para analisar a questo in loco na Europa. Harrison recomendou, e o presidente endossou, que a Inglaterra acolhesse pelo menos cem mil judeus na Palestina. Ernest Bevin e o primeiro-ministro Atlee ficaram furiosos. Acusaram os Estados Unidos de interferir no assunto da Palestina enquanto no assumiam qualquer responsabilidade referente segurana do Oriente Mdio. Bevin, ento, persuadiu Truman a juntar-se Inglaterra na formao de uma comisso de inqurito anglo-americana, certo de que essa comisso aprovaria sua poltica anti-sionista. O relatrio final frustrou por completo suas expectativas: insistia na absoro imediata do maior nmero possvel de refugiados. Frustrado e inconformado, Bevin no somente desprezou a recomendao, como chegou ao cmulo de declarar, em 1946, que Truman preferia os sobreviventes na Palestina para evitar a presena de mais judeusem Nova York. Acossadono meio desse inspito tiroteio diplomtico, o ishuv decidiu agir por conta prpria, lutando desesperadamente contra o bloqueio naval britnico para promover a entrada de imigrantes ilegais na Palestina. Ao mesmo tempo, quando a organizao clandestina Irgun comeou a atacar alvos ingleses na Palestina, Atlee passou a questionar a posio de Bevin, segundo a qual a presena militar britnica ali deveria ser mantida a qualquer custo. Apoiado pelo gabinete, o primeiro-ministro percebeu que seria mais sensato o Reino Unido abdicar da Palestina, assim como havia feito na ndia, na Birmnia e no Ceilo. Contudo, Ernest Bevin no desistiu do seu desejo de permanncia naquela regio. No dia 27 de janeiro de 1947, deu incio a uma srie de reunies em Londres, com uma delegao rabe e com outra judaica, separadamente. Aps dez dias de conversas, props s partes uma prorrogao de quatro anos do mandato britnico na Palestina, seguido de independncia para ambas as partes, caso chegassem a um posterior entendimento, e permisso para uma entrada limitada de judeus. No houve acordo Em abril de 1947, Bevin decidiu jogar mais uma cartada, propondo a criao de uma Comisso Especial das Naes Unidas Para a Palestina, correspondendo sigla Unscop em ingls, que a partir de junho percorreria a regio e apresentaria novas recomendaes para a soluo do problema entre rabes e judeus. Mais uma vez, ao contrrio do que esperava o ministro, o relatrio da Unscop concluiu, em setembro de 1947, pelo encerramento definitivo do Mandato Britnico na Palestina e que seu respectivo territrio deveria ser partilhado em dois estados soberanos, um rabe, outro judeu. Segundo narrativa do historiador Dan Kurzman, em seu livro "Genesis 48", quando o relatrio chegou Casa Branca, um dos assessores de Truman, chamado David K. Niles, que era judeu, convocou alguns lderes sionistas americanos para virem ao seu escritrioem Washington. Comlgrimas nos olhos, disse-lhes em diche: "O presidente aceitou o plano de partilha! Mazal Tov! Eu s queria que minha me estivesse viva para presenciar esse momento". Em seguida, representantes do Ishuv tentaram conversar com os rabes sobre a futura partilha, sem obter resposta. Entretanto, certo dia, o jornalista judeu ingls Jon Kimche, defensor do sionismo, telefonou para David Horowitz, um dos dirigentes da Agncia Judaica, informando-o de que o egpcio Azzam Pasha, influente secretrio-geral da Liga rabe, estava disposto a receb-lo,em Londres. Osdois, mais o jovem Abba Eban, foram ao seu encontro no Hotel Savoy. Horowitz, segundo seu relato no livro "State in the Making" ("Um Estado em Gestao"), foi o primeiro a falar. Disse que a presena dos judeus no Oriente Mdio era um fato consumado e que, mais cedo ou mais tarde, os rabes teriam que aceitar essa realidade porque lhes seria impossvel eliminar uma comunidade de meio milho de pessoas. Em seguida, apresentou um plano de acordo poltico, de garantias mtuas de segurana e de desenvolvimento econmico conjunto. Azzam Pasha respondeu que o mundo rabe no estava propenso a nenhum entendimento, acrescentando: "Seu plano lgico e racional, mas os destinos das naes no so determinados por lgicas racionais. Naes no concedem, lutam. Talvez vocs consigam algo, mas somente atravs da fora das armas. Ns vamos tentar derrot-los. Ignoro se seremos bem-sucedidos, mas vamos tentar. Ns fomos capazes de derrotar os Cruzados, mas perdemos a Espanha e a Prsia. Talvez at percamos a Palestina. Agora tarde para uma soluo pacfica". Abba Eban interveio, sugerindo uma conferncia em torno da recomendao de partilha da Unscop. Pasha manteve-se inamovvel: "Um acordo s seria aceitvel segundo os nossos termos. O mundo rabe v os judeus como invasores e est pronto para lutar contra vocs". Horowitz interrompeu: "Ento, vocs s acreditam na fora das armas?" O egpcio respondeu: " da natureza dos povos lutar por aquilo que julgam vital e o nacionalismo a maior de todas as motivaes. Alm disso, ns no precisamos da sua ajuda em matria de desenvolvimento econmico". Depois de duas horas de conversa, Kimche, Horowitz e Eban chegaram rua atnitos. Eles no haviam percebido nenhum sinal de dio nas palavras de Azzam Pasha que, inclusive, se referira aos judeus como primos. O que lhes aterrorizou foi a impassvel postura rabe no sentido de ignorar a lgica, at mesmo a lgica do rancor, dando lugar a um cego fatalismo. Ainda em Londres, Horowitz avistou-se com Harold Beeley, a sombra por trs de Bevin, que lhe jogou um balde de gua fria, afirmando que os Estados Unidos e a Unio Sovitica jamais chegariam a um acordo sobre a Palestina e, caso chegassem, no havia a menor chance de os judeus terem dois teros dos votos da Assemblia Geral, nmero necessrio para a aprovao de qualquer deciso nas Naes Unidas. Enquanto isso, em Washington, as perspectivas no eram favorveis partilha. A recomendao da Unscop esbarrava na firme oposio do general-secretrio George Marshall, apoiado por altos funcionrios do Departamento de Estado. O presidente Truman, por seu turno, convenceu Marshall de que como os Estados Unidos haviam apoiado de forma decisiva a criao das Naes Unidas, no fazia sentido rejeitar o parecer de uma comisso da prpria ONU. A Unio Sovitica favorecia a soluo dos dois estados com a inteno de cada vez mais afastar os ingleses do Oriente Mdio. Mesmo assim, baseados na atmosfera da guerra fria, Bevin e Beeley insistiam que as duas potncias discordariam, j que nunca tinham concordado em nenhuma votao importante na Assemblia Geral. Nesse quadro, foi com enorme espanto que os reprteres creditados nas Naes Unidas viram o embaixador norte-americano Herschel, Johnson, e o sovitico, Semion Zarapkin, anunciarem em novembro de 1947 que tinham chegado a um acordo quanto ao Oriente Mdio e endossavam a partilha. A Palestina a ser dividida contava com uma populao de 1 milho e 200 mil rabes e 570 mil judeus, cabendo s Naes Unidas a tutela de Jerusalm.O que o Talmud?

Foto Ilustrativa

Rabino Adin Steinsaltz, sbio responsvel pela traduo do Talmud ao hebraico moderno, ao ingls e ao russo referiu-se importncia dessa obra magistral com as seguintes palavras: Se aTor a pedra fundamental do judasmo, o Talmud seu pilar central, que se projeta para o alto baseando-se em seus fundamentos e que sustenta o magnfico conjunto de sua edificao espiritual e intelectual.

OTalmuddefine e d forma ao judasmo, alicerando todas as leis e rituais judaicos. Enquanto oChumash(o Pentateuco, ou os cinco livros de Moiss) apenas alude aos Mandamentos, oTalmudos explica, discute e esclarece. No fosse este, no entenderamos e muito menos cumpriramos a maioria das leis e tradies daTore o judasmo no existiria. Historicamente, os judeus que, individualmente ou em grupo, negaram sua validade, acabaram por se assimilar ou desaparecer. E, como outras religies adotaram o texto daTorEscrita -Tor she-bichtav, mesmo a tendo traduzido de forma errada, adicionando ou removendo partes da mesma e a interpretando de forma proibida pelo judasmo, oTalmudo verdadeiro divisor de guas, o texto sagrado que diferencia os judeus das outras naes do mundo.

Ns, judeus, sempre tivemos conscincia de que nossa sobrevivncia como grupo dependia do estudo deste trabalho. Os inimigos histricos de nosso povo, que devido a interesses teolgicos ou nacionais quiseram converter ou destruir o judasmo, tambm estavam cientes dessa realidade. No passado, quem se aventurava a declarar guerra religio judaica, comeava por proibir o estudo doTalmud, sob risco de pena de morte. Atravs do curso da histria, em diferentes pases e perodos, esta magna obra foi queimada, em praa pblica. Muitos de seus trechos foram removidos por aqueles que se sentiam ameaados por sua genuna interpretao daTor, pela elucidao clara e inequvoca que dava aos Mandamentos Divinos e por seu repdio absoluto a qualquer forma de idolatria ou imoralidade.

Mas, o que vem a ser esta obra monumental? Pode-se dizer, com segurana, que a maioria dos judeus de nossos dias j ouviu meno ao mesmo, mas apenas uma pequena minoria o estudou. Sua definio formal a de ser a compilao da Lei Oral, que foi transmitida por Dus a Moiss, no Monte Sinai, tendo sido estudada e dissecada, atravs dos sculos, pelos sbios que viviam em Israel e na Babilnia, at o incio da Idade Mdia. OTalmudtem dois componentes principais: aMishn, um livro sobre a lei judaica, escrito em hebraico, e aGuemar, comentrio e elucidao do primeiro, escrita no jargo hebraico-aramaico.

Um olhar superficial sobre aGuemarpode induzir algum a pensar que se trate apenas de explicaes e elaboraes sobre as leis e ensinamentos daMishn. Mas, na realidade, trata-se de algo muito mais abrangente um conglomerado de milhares de anos de sabedoria, histria, legislao, lendas e filosofia judaica. Sua santidade e autoridade, como veculos para a Revelao Divina, em nada so inferiores daTorEscrita. Ademais, mistura - entre outras reas do conhecimento - as cincias lgica, aconselhamento prtico, lies e relatos extraordinrios, palavras de perspiccia e inspirao e, at mesmo, ocasionais toques de humor. OTalmud uma mescla de arte e cincias: o livro da legislao judaica - tcnico e preciso - mas tambm uma enciclopdia e uma obra magistral de sabedoria, jamais igualada na histria da humanidade.

Para um iniciante no estudo doTalmud, aGuemarpode parecer que foi escrita com total liberdade de pensamento. Geralmente envereda p...Arquivo da conta:azboxOutros arquivos desta pasta: kant- a religiao nos limites da simples razao.pdf(10899 KB) AS ORIGENS DA RELIGIO EGIPCIA.pdf(995 KB) alexandre dumas - o conde de monte cristo.pdf(4167 KB) arte expositiva de joao calvino.pdf(5577 KB) ESBOOS BIBLICOS DE SALMOS - C.H.SPURGEON.pdf(2174 KB)Outros arquivos desta conta: 01 LIVRO DE GNESIS 1 Pentateuco 28 Truques com Cartas BBLIA ILUMINA Casamento - Famlia - Namoro - NoivadoRelatar se os regulamentosforam violados Pgina inicial Contacta-nos Ajuda Opes Termos e condies Poltica de privacidade Reportar abuso Copyright 2012Minhateca.com.brParte inferior do formulrio