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GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERALAgnelo Queiroz
SECRETÁRIO DE ESTADO DE EDUCAÇÃOMarcelo Aguiar
SECRETÁRIO-ADJUNTO DE ESTADO DE EDUCAÇÃO Jacy Braga Rodrigues
SUBSECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO BÁSICAEdileuza Fernandes da Silva
DIRETOR DA ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃOFrancisco José da Silva
COORDENADORA DO ENSINO FUNDAMENTALRosana César de Arruda Fernandes
CONSULTORIA E REVISÃO TÉCNICAÁlvaro Sebastião Teixeira Ribeiro, Ana Karina Braga Isac, Amanda Midôri Amano, Ana Maria Araújo, Ana Paula Rodrigues da Silva, Andréa Cristina Gevaerd de Aguiar, Andréa Lúcia Rocha Araújo, Caroline Bianca e Silva Teixeira, Cília Cardoso Rodrigues da Silva, Cíntia Ribeiro Rodrigues, Daniela Lobato do Nascimento, Daniela de Souza Silva, Débora Gonçalves de Bastos, Dóris de Paiva Amaral, Edileusa Martins de Oliveira, Edna D’ Abadia Rosa Gomes do Carmo, Elayne Beatriz da Silva Pereira, Elisa de Araújo Pinheiro, Enuque de Freitas Barbosa, Erisevelton Silva Lima, Fernando Ribeiro Alves, Greyciane Kelli de Jesus, Hélia Cristina Sousa Giannetti, Ivone Miguela Mendes, Janaina Tavares Ribeiro, Juliana Keoui Ammirabile, Juliane D. Caixeta da Silva, Jusmar Antonio de Oliveira, Kátia Franca Vasconcellos, Karine Macedo Spezia, Kira Zanandréa Duarte de Souza, Leonice Pereira dos Santos, Luciana da Silva Oliveira, Luciana Duarte Dutra, Márcia Vânia Silvério Perfeito, Margareth Rodrigues Lobal, Maria Andreza Costa Barbosa, Maria Aparecida Aragão dos Santos, Maria da Glória Bomfim Yumg, Maria Luiza Dias Ramalho, Mariana Duarte de Souza, Mariângili Lucas Vieira, Marta Elias Ferreira, Michelly Vaz Martins Moreira, Munique Dayene Borges Camilo, Nair Cristina da Silva Tuboiti, Paula Patrícia Ribeiro de Almeida, Pollyana dos
Santos Silva Costa, Priscila Campos de Souza, Raimunda Ferreira Chagas, Raquel Soares de Santanta, Rejane G. Lima, Renata Pacini Valls Carvalho, Ronaldo Pacheco de Oliveira Filho, Rosana César de Arruda Fernandes, Silmara Cruz Leal, Simone Santos de Oliveira, Sirlene Reis Landim, Sueli Brito de Freitas, Tânia Cristina, Tatiana de Melo Alves, Vânia Leila de Castro Nogueira Linhares, Virgínia Gonçalves Feitosa, Viviane Daemon, Wagner F. Santana.
Coordenadora da fase inicial de elaboração do currículoSandra Zita Silva Tiné
Revisão de conteúdoEdileuza Fernandes da Silva
Erisevelton Silva Lima
DiagramaçãoEduardo Silva Ferreira
Filipe Jonathan Santos de Carvalho
CapaEduardo Silva Ferreira
Thiago Luiz Ferreira Lima
Layout dos cadernosMárcia Castilho de Sales
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................
1. LINGUAGENS .........................................................................................
2. MATEMÁTICA ........................................................................................
3. CIÊNCIAS HUMANAS .............................................................................
4. CIÊNCIAS DA NATUREZA ......................................................................
5. ENSINO RELIGIOSO ...............................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................
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INTRODUÇÃO
No cenário educacional brasileiro, o Ensino Fundamental constitui-se como eixo central das discussões voltadas para assegurar o direito à educação. A estrutura e organização dessa etapa da Educação Básica têm sido objeto de mudanças em busca de melhorias que promovam a qualidade social (DCN 2013 – Resolução nº 4 de 13 de julho de 2010), entendida para além do acesso de estudantes à escola, assegurando, também, sua permanência no processo escolar, por meio da democratização de saberes e da formação integral rumo à emancipação, ou seja, qualidade que se configura como questão de Direitos Humanos. A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) compreende que tal qualidade se consolida à medida que se garante o acesso, permanência e aprendizagens dos estudantes para que se insiram com dignidade no meio social, econômico e político da vida moderna.
Nesse sentido, a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos que tornou obrigatório o ingresso da criança na escola, a partir dos seis anos de idade, estabelecida pela Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001 - Plano Nacional de Educação (PNE), acarretou a necessidade de reorganizar essa etapa escolar, em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, que estabelecem o acolhimento de estudantes, na lógica de cuidar e educar, como forma de assegurar a aprendizagem de todos (DCN 2013 – Resolução nº 4 de 13 de julho de 2010). A obrigatoriedade, nesse caso, implica diretamente a reorganização administrativa e pedagógica das unidades escolares e, por conseguinte, sua estrutura curricular que nessa secretaria compreende a organização escolar em ciclos e seriação.
A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), visando atender a meta do Plano Nacional de Educação (PNE), implantou o Ensino Fundamental de nove anos, com o Bloco Inicial de Alfabetização (BIA), a partir de 2005, em unidades escolares vinculadas à atual Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Ceilândia e, gradativamente, até o ano de 2008 em todas as demais CRE.
A avaliação formativa foi adotada como concepção e prática norteadora para toda a Educação Básica e suas respectivas modalidades e, neste caso, para o Ensino Fundamental, independentemente da organização escolar seriada ou em ciclos, e fundamenta-se na utilização de diferentes instrumentos e procedimentos a fim de possibilitar as aprendizagens de todos na escola. A avaliação formativa possibilita análise e apreciação do processo de ensino e de aprendizagem oportunizando a progressão continuada e
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assistida das aprendizagens de todos os estudantes de maneira responsável. Com base nessa concepção, torna-se possível corroborar avanços, progressos e continuação de aprendizagens durante toda a trajetória dos estudantes. Para que se sustente a avaliação formativa, o estímulo às práticas como autoavaliação para estudantes e demais profissionais da unidade escolar, bem como feedback constituem-se elementos imprescindíveis para tornar o processo avaliativo em um espaço-tempo das aprendizagens de todos no interior da escola (LIMA, 2012).
A proposta de trabalho no Ensino Fundamental, com as diferentes áreas do conhecimento, requer ação didática e pedagógica sustentada em eixos transversais do Currículo da Educação Básica da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF): Educação para a Diversidade, Cidadania e Educação em e para os Direitos Humanos, Educação para a Sustentabilidade.
Considerando a importância da articulação de componentes curriculares de forma interdisciplinar e contextualizada, o currículo propõe ainda eixos integradores: alfabetização, somente para o Bloco Inicial de Alfabetização (BIA), letramentos e ludicidade para todo o Ensino Fundamental.
Para que o currículo seja vivenciado e reconstruído no cotidiano escolar, a organização do trabalho pedagógico da escola é imprescindível. A utilização de estratégias didático-pedagógicas deve ser desafiadora e provocadora levando em conta a construção dos estudantes, suas hipóteses e estratégias na resolução de problemas apresentados. Conselho de Classe preferencialmente participativo, análise das aprendizagens para reorganização da prática docente, formação continuada na escola, coordenação pedagógica como espaço e tempo de trabalho coletivo, entre outros, constituem-se como aspectos fundamentais para essa construção. O ambiente educativo rico em recursos, materiais didáticos atrativos e diversificados, e situações problematizadoras que contemplem todas as áreas de conhecimento, disponibilizados aos estudantes, promove a reconstrução das aprendizagens por meio da ação investigativa e criadora.
Os objetivos do Ensino Fundamental seguem pautados nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica e ressignificados pelas Diretrizes Pedagógicas desta Secretaria de Educação:
- Possibilitar as aprendizagens, a partir da democratização de saberes, em uma perspectiva de inclusão considerando os eixos transversais: Educação para a Diversidade, Cidadania e Educação em e para os Direitos Humanos e Educação para a Sustentabilidade;
- Promover as aprendizagens tendo como meios básicos o pleno
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domínio da leitura, da escrita e do cálculo e a formação de atitudes e valores, permitindo vivências de diversos letramentos;
- Oportunizar a compreensão do ambiente natural e social, dos processos histórico-geográficos, da diversidade étnico-cultural, do sistema político, da economia, da tecnologia, das artes e da cultura, dos direitos humanos, e de princípios em que se fundamentam a sociedade brasileira, latino-americana e mundial;
- Fortalecer vínculos da escola com a família, no sentido de proporcionar diálogos éticos e corresponsabilização de papéis distintos, com vistas à garantia de acesso, permanência e formação integral dos estudantes;
- Compreender o estudante como sujeito central do processo de ensino, capaz de atitudes éticas, críticas e reflexivas, comprometido com suas aprendizagens, na perspectiva do protagonismo infanto-juvenil.
Os estudantes do Ensino Fundamental assumem em seu percurso formativo a condição de sujeitos de direito e constroem, gradativamente, sua cidadania (DCN, 2013). Nessa etapa da vida, crianças de seis a dez anos são curiosas, questionadoras, sociáveis e dotadas de imaginação, movimento e desejo de aprender, sendo o lúdico bem peculiar dessa fase. Independentemente de sua condição de vida, buscam referências para formação de princípios a fim de enfrentar situações do cotidiano. Este é o momento em que a capacidade de simbolizar, perceber e compreender o mundo e suas diversidades, por meio de relações socioculturais, possibilita a estruturação de seu modo de pensar e agir no mundo, além da construção de sua autonomia e de sua identidade. Ao promover experiências pessoais e coletivas com o objetivo da formação de estudantes colaborativos, pesquisadores, críticos, corresponsáveis por suas aprendizagens, a escola ressignifica o currículo articulando conteúdos com eixos transversais e integradores.
Cabe ressaltar a importância dos eixos integradores uma vez que estes devem articular os conteúdos aos aspectos socioculturais, históricos, afetivos, lúdicos e motores em consonância com uma práxis direcionada para uma escola de qualidade social, que democratize saberes ao oportunizar que todos aprendam. Portanto, a concepção de aprendizagem se amplia ao trabalhar de forma significativa o sistema de escrita (alfabetização), de forma articulada as práticas sociais de leitura e escrita (letramento), o que se dá prazerosa e criativamente por meio do jogo, da brincadeira e do brinquedo (ludicidade). Nesse sentido, a organização do trabalho pedagógico no BIA e no 2º Bloco (4º e 5º anos) deve ser sustentada por uma didática que provoque pensamento, envolta por situações que favoreçam o aprender na interlocução
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com o outro, ressignificando a estética da aula e, consequentemente, o lugar do professor que articula ações para a emancipação dos estudantes.
Os conteúdos estão organizados a partir de diferentes áreas do conhecimento, porém articulam-se em uma perspectiva de unidade, progressividade e espiralização, vinculados diretamente à função social. Cada área do conhecimento apresenta o desafio de promover a ampliação para aprendizagens contextuais, dialógicas e significativas em que o ponto de partida deve ser orientado por levantamento de conhecimentos prévios do grupo de estudantes com o qual o professor atua. Assim, a organização interna está sustentada levando-se em consideração especificidades de cada área, no sentido de explicitar essencialidades à aprendizagem e promover o trabalho interdisciplinar articulado com eixos transversais e integradores do currículo em movimento.
Nesse sentido, as linhas tracejadas nos quadros de objetivos e conteúdos representam a possibilidade que o estudante tem de avançar em suas aprendizagens. Essa dinâmica está em consonância com a concepção de currículo integrado e de progressão continuada.
A organização curricular deve proporcionar discussão e reflexão da prática pedagógica para além da sala de aula, ampliando-a a toda unidade escolar e sua comunidade, como exercício de planejamento coletivo e de ação concretizadora da proposta pedagógica; uma educação para além da escola, que busque ensinar na perspectiva de instigar, provocar, seduzir o outro para o desejo de aprender, por meio de relações que possam ser estabelecidas entre conteúdos e a realidade dos estudantes.
Nessa ótica, a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal se ancora na pedagogia histórico-crítica e na psicologia histórico-cultural, considerando que o trabalho pedagógico apoia-se na prática social e por meio da mediação, da linguagem e da cultura, as aprendizagens ocorrerão na interação do sujeito com o meio e com os outros.
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1. LINGUAGENS
Linguagens é uma das áreas do conhecimento que se estende, principalmente, à produção de sentidos na perspectiva de representar o mundo e socializar pensamentos. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001), o uso de diferentes linguagens ao longo da história tem sua importância e valor diretamente relacionados com demandas sociais e culturais de cada momento.
Nesse sentido, sendo a escola um espaço cuja função precípua é a de democratizar saberes, é importante considerar que o trabalho com as linguagens em anos iniciais do Ensino Fundamental pressupõe a articulação entre Língua Portuguesa, Arte e Educação Física, expressões verbais ou não que, devidamente trabalhadas, contribuem com as aprendizagens e o desenvolvimento de estudantes.
Com relação à Língua Portuguesa, cabe ressaltar que seu ensino tem passado por diferentes enfoques ao longo da história: do método sintético ao analítico, da simples reprodução mecânica em que o estudante apenas recebe, sem a oportunidade de construir para si o conhecimento, ao caminho para a emancipação, no qual o estudante tem a oportunidade de pensar, compreender e reconstruir, sendo um sujeito ativo no processo de aprendizagem.
Tendo em vista que a língua é um instrumento de poder, pois por meio dela se efetiva a comunicação, construção de conhecimentos, apropriação dos meios científicos, tecnológicos, participação em processos políticos e expressão cultural, é responsabilidade da escola garantir a todos os estudantes acesso a saberes construídos historicamente pela humanidade em relação à língua. Nesse sentido, ressalta-se que a finalidade precípua do ensino da Língua Portuguesa é propiciar a estudantes a competência comunicativa, ou seja, a capacidade de expressar-se adequadamente em qualquer situação, de forma oral e escrita, portanto, ler e escrever proficientemente de modo a “[...] resolver problemas da vida cotidiana, ter acesso aos bens culturais e alcançar participação plena no mundo letrado” (PCN, 2001, p. 41). Nesse contexto, ampliar a competência comunicativa de estudantes, pensando na participação social, pressupõe o ensino da Língua Portuguesa por meio de textos concretizados nos mais variados gêneros e suportes, que circulam na sociedade, cumprindo funções específicas de comunicação (ANTUNES, 2009).
A partir desse ensino que contemple o trabalho didático com gêneros textuais, é possível a articulação entre oralidade, leitura, escrita, conhecimentos linguísticos e literatura, pois saberes provenientes de cada
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um desses campos se relacionam na compreensão e utilização de diferentes gêneros textuais, diversificando e ampliando situações de letramento vivenciadas por estudantes. Marcuschi (2008, p. 149) confirma essa perspectiva de ensino da Língua Portuguesa ao dizer que “[...] o trato dos gêneros diz respeito ao trato da língua em seu cotidiano nas mais diversas formas”.
Del’Isola (2007) considera que gêneros textuais são vias de acesso ao letramento e propõe que o ensino da língua se dê por meio de textos encontrados na vida diária, ou seja, carregados de sentidos, levando-se em consideração a heterogeneidade de textos existentes em nossa sociedade e a necessidade de tornar os estudantes proficientes leitores e produtores de texto.
Assim, é importante que o professor entenda que gêneros textuais se referem a textos específicos que são encontrados no cotidiano (poemas, cartas, e-mails, receitas, anúncios), enquanto os tipos textuais dizem respeito a modos textuais (narração, exposição, injunção/instrução, descrição, argumentação) que podem aparecer com certa predominância ou articulados entre si na organização interna dos gêneros (MARCUSCHI, 2008).
Nesse contexto, o desenvolvimento da leitura, escrita, oralidade, apropriação e aprofundamento de conhecimentos linguísticos e trato com a literatura se dará por meio do trabalho com gêneros textuais em sala de aula.
Em relação à leitura, é necessário que o estudante seja capaz de interpretar ideias, fazer analogias, perceber o aspecto polissêmico da língua, construir inferências, combinar conhecimentos prévios com informação textual, perceber intertextualidade presente em textos, fazer previsões iniciais e alterá-las durante a leitura, refletir sobre o que foi lido, sendo capaz de tirar conclusões e fazer julgamentos sobre ideias expostas. Para isso, é imprescindível que o professor atue como mediador na mobilização de estratégias cognitivas de leitura que contribuirão para que estudantes leiam com propriedade e eficiência. Os PCN (2001) apresentam quatro estratégias: seleção, antecipação, inferência e verificação ou autocorreção.
A seleção permite ao leitor escolher apenas conteúdos/ideias que lhe são mais relevantes, de acordo com a necessidade do momento. Por meio da antecipação, o leitor vai formulando hipóteses utilizando pistas fornecidas pelo próprio texto, conhecimentos prévios, informações implícitas ou suposições, percebendo o que está por vir. Ao levantar hipóteses sobre gênero, autor, título, vocabulário, pistas durante a leitura, o professor torna essa estratégia consciente para seus alunos. A inferência é o ato de deduzir por raciocínio, ou seja, captar informações implícitas no texto. Pode-se inferir sobre conteúdo, intenções do autor ou significado de uma palavra, com
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base em pistas dadas pelo próprio texto, relacionadas com conhecimentos prévios do leitor. A verificação ou autocorreção consiste na capacidade de corrigir a si próprio. O leitor volta atrás para ler novamente palavras ou trechos lidos apressada e ou descuidadamente que ficaram sem sentido ou reformula hipóteses levantadas inicialmente, corrigindo o que for necessário. O leitor proficiente utiliza todas as estratégias de leitura mais ou menos simultaneamente, interagindo com o texto e construindo significados.
A metodologia de leitura apresentada por Bortone (2008) é um caminho para o professor que deseja mobilizar estratégias cognitivas de leitura em seus alunos, pois, ao realizar a leitura objetiva, aborda-se o que está explícito no texto, na leitura inferencial, a abordagem é do que está implícito e na avaliativa, extrapola o texto e o estudante manifesta postura crítica, julgamentos e crenças diante das ideias apresentadas pelo autor.
Em relação à produção escrita e oral, é preciso proporcionar a estudantes situações de escrita e uso da fala semelhantes àquelas que acontecem fora da escola, para atender a finalidades e diferentes interlocutores por meio de diversos textos que circulam na vida real, pois é preciso ensinar usos orais e escritos da língua (Marcuschi, 2008). A adoção dessa perspectiva de trabalho “[...] tem como finalidade formar escritores competentes capazes de produzir textos coerentes e eficazes [...]” (PCN, 2001, p. 65), além de propiciar situações em que estudantes exponham oralmente o que pensam, sentem, argumentando, debatendo ideias, ampliando o imaginário e construindo textos coerentes e bem estruturados de acordo com a situação comunicativa. Nesse sentido, é necessária uma ação pedagógica específica e frequente, de produção escrita e oral, em sala de aula, que deixe claro para os estudantes a finalidade, prováveis interlocutores, situação de interação e gênero textual mais apropriado. Ainda para a produção escrita, é imprescindível que o estudante compreenda que o processo de construção do texto é dinâmico e perpassa geração de ideias, seleção e decisão sobre conteúdo e gênero, revisão e edição final com o objetivo de aperfeiçoamento e adequação do texto ao contexto de comunicação.
O objetivo primordial do trabalho com conhecimentos linguísticos é análise e reflexão sobre a língua aliadas ao aperfeiçoamento de textos produzidos. Assim, é preciso construir regras, aprimorar ortografia, usar acentuação e pontuação adequadas, compreender diferentes significados das palavras, utilizar elementos coesivos, entre outros, para garantir continuidade e progressão temáticas, tanto na produção oral quanto na escrita, buscando adequar a fala ou a escrita a situações de uso real da Língua. Nesse contexto, o ensino da gramática passa a ser um instrumento para a construção de um
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texto coerente, além de buscar o desenvolvimento de atitude crítica em relação à própria escrita, à adequação e correção de textos produzidos.
O trabalho com a literatura consiste em proporcionar a estudantes o contato com a diversidade de gêneros e obras literárias, para que percebam que os textos ora divergem, ora dialogam entre si em relação à visão de mundo, opinião do autor, etc. Dessa forma, o objetivo é tornar os estudantes leitores críticos e capazes de formular suas próprias opiniões e perceber que o sentido da leitura é construído por leitores na interação com textos diversos, tornando a literatura significativa. Para Cosson (2007), o trabalho com a literatura na escola é fundamental na constituição de um escritor e leitor proficiente, pois fornece instrumentos necessários para se conhecer e articular a linguagem. Além disso, sabe-se que o texto literário é um texto para emocionar, divertir e dar prazer, mas é também repleto de informações acerca do mundo e das relações humanas. Nesse sentido, é proveitoso que o trabalho com a literatura se dê de forma equilibrada, sem conduzir a um mero desencadeador temático de conteúdos curriculares, mas aproveitando a consistência e a riqueza do acervo literário para somar novos conhecimentos e olhares a respeito do que está sendo estudado (PNAIC, unidade IV, 2012).
Nessa perspectiva, é importante destacar a necessidade de um trabalho com a Língua Portuguesa que oportunize situações em que estudantes tenham contato sistemático, em contextos significativos, com a variedade de gêneros textuais que circulam no meio social, por meio da literatura, articulando conhecimentos linguísticos para leitura e para produção escrita e oral proficiente.
Nesse mesmo objetivo, a avaliação formativa é imprescindível para o redirecionamento da ação didática do professor, tornando-a reflexiva e sustentada em situações contextualizadas, lúdicas, num diálogo multidirecional, que contemple a lógica do processo de aprendizagem. Essa lógica compreende o conceito de psicogênese definido por Ferreiro e Teberosky (1988) e discutido por outros estudiosos, no sentido de encaminhar intervenções para garantir a aprendizagem de todos a partir da gênese do pensamento do estudante, ou seja, de suas hipóteses sobre o que é leitura e escrita. Cabe ressaltar que a diversidade de hipóteses está presente em sala de aula, portanto, deve ser vista como uma riqueza para organização do trabalho pedagógico, uma vez que as aprendizagens se dão na interlocução com o outro e os diversos saberes.
Assim, espera-se que, ao finalizar o primeiro ano, o estudante leia e escreva um pequeno texto, iniciando seu processo de alfabetização na escola, que será ampliado durante o segundo e consolidado no terceiro, de
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forma a usar a leitura e a escrita eficientemente em situações comunicativas da vida em sociedade, na perspectiva do letramento. Em continuidade ao processo de aprendizagem, ao estudante do 2º Bloco (4º e 5º anos) devem ser oportunizadas situações de letramento que retomem, aprofundem e ampliem conteúdos num desenvolvimento em espiral do currículo. Além disso, o alcance dos objetivos de aprendizagem propostos para os anos iniciais do Ensino Fundamental ocorra à medida que conhecimentos da língua sejam desenvolvidos de forma transversal, ou seja, perpassem o desenvolvimento dos demais componentes curriculares, contribuindo para a construção global e dialógica de conhecimentos.
No que concerne à Arte, esta constitui forma ancestral de comunicação e faz parte da história do desenvolvimento humano desde os primórdios da civilização. Por meio dos sentidos, o homem percebe o mundo e cria suas formas de registro e expressão para que possa compreender melhor sua realidade e interferir no meio em que vive.
As múltiplas possibilidades de ensino da arte sejam artes visuais, teatro, música e dança incluem, além do conhecimento teórico, um contato com obras de arte e suas próprias experiências de forma a levar o estudante a observar, tocar, ouvir e refletir sobre o significado de novos conceitos estéticos e de mundo, ampliando seus horizontes. O processo de ensino e aprendizagem em artes também envolve ações implícitas em várias categorias do aprender, ensinar e fazer artístico, pois o fazer, fruir, conhecer e refletir somam-se a conceitos, fatos, procedimentos, atitudes, valores e normas próprias de linguagens artísticas.
A arte é a expressão da humanidade e esta se modifica na medida em que homem e mundo se transformam: da pintura rupestre à cultura visual, de rituais primitivos ao teatro contemporâneo.
Como conhecimento, a arte gera significados, alarga a imaginação e refina os sentidos potencializando processos cognitivos. A arte torna-se valiosa na educação quando permite ao indivíduo a exploração de múltiplos significados e sentidos e construir novas formas de agir e compreender o universo.
São muitas as visões e funções da arte na educação, o que estimula estudos e pesquisas quanto a sua relação com aspectos culturais ao longo da história.
O ensino da arte no Brasil teve início com os Jesuítas com a função de transmitir padrões e modelos de culturas predominantes por meio da arte de ofício e de autos teatrais, distante de um olhar para as influências das culturas indígena e africana. Nessa perspectiva, o ensino da arte permaneceu
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historicamente com uma visão utilitarista e imediatista. O ensino da arte segue um padrão hegemônico até as transformações advindas com os pressupostos da modernidade.
O movimento modernista trouxe experiências inovadoras para o ensino da arte, tais como valorização da livre expressão, sensibilidade, originalidade e também necessidade de inclusão da arte no currículo formal.
Dessa forma, em 1971, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 5.692/71, a arte é incluída no currículo escolar com o título de Educação Artística, mas considerada “atividade educativa” e não disciplina. Somente com a Lei 9394/96 a Arte é considerada obrigatória na educação básica. “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” (art. 26 §2º).
A obrigatoriedade não trouxe mudanças imediatas na prática tradicional desenvolvida. Somente com os ideais da Escola Nova, ou Escola Ativa, é que se estabelece um marco curricular para o ensino da arte. Sob a influência de John Dewey (2010), Viktor Lowelfeld e Brittain (1970) e Herbert Read (2001), educadores brasileiros desenvolveram trabalhos em arte em escolas com crianças e jovens, preconizando importância estética, liberdade, autoexpressão e impulso criador. Tais práticas propunham ruptura de modelos e padrões de ensino da Arte. Essas experiências permitiram ensino em diversos espaços educativos, processos avaliativos em arte e um olhar para a individualidade.
Ligada ao sistema produtivo capitalista, nos anos sessenta e setenta chega ao Brasil, sob a influência do behaviorismo, a escola tecnicista. Nesse momento, o “aprender a fazer” visava à preparação de alunos para o mercado de trabalho. O aluno, que durante os pressupostos da escola nova era protagonista no processo educativo, agora tem papel neutro e imparcial. A arte na escola serve à técnica com enfoque diretivo.
Outro momento que muito influenciou o ensino de arte advém de pressupostos da escola libertadora e libertária. Tal tendência possibilitou o alcance da dimensão política e social no ensino da arte, com referências às propostas do educador brasileiro Paulo Freire. A autonomia vivenciada por professores e alunos no processo educativo é uma conquista objetiva de um modelo educacional brasileiro.
A partir dos anos oitenta, a cultura defendida pela teoria crítico-social de conteúdos, passa a ser um fator determinante em escolas. Para o ensino da arte, a escola sócio-histórica de Vygotsky (1994) trouxe a ressignificação de conteúdos e a importância de fatores culturais na aprendizagem.
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Segundo Iavelberg (2003), nos anos noventa, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996, Parâmetros Curriculares Nacionais são consolidados e elaborados de acordo com a concepção da escola construtivista, de bases teórico-epistemológicas de Piaget, de proposições sócio-históricas de Vygotsky (1994) e da teoria da aprendizagem significativa de Ausubel (1976).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais apontam a importância da arte para o processo de ensino e de aprendizagem que se articula a demais áreas de conhecimento, criativamente. “O conhecimento da arte abre perspectivas para que o aluno tenha uma compreensão do mundo na qual a dimensão poética esteja presente: a arte ensina que é possível transformar continuamente a existência, que é preciso mudar referências a cada momento, ser flexível. Isso quer dizer que criar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é condição fundamental para aprender” (PCN-Arte, 2001, v.6, p. 20).
No ensino da Arte, a articulação entre teoria e prática, em diálogo com diversas áreas do conhecimento, promove o desenvolvimento integral de estudantes. Essa articulação pode ser desenvolvida a partir da interseção entre ações propostas pela abordagem triangular: fazer artístico, leitura de imagem e contextualização. O fazer artístico compreende a produção por meio de pesquisa, processos criativos, estudos de gramática visual e expressões artísticas bidimensionais, tridimensionais e virtuais. A leitura de imagem diz respeito à apreciação de obras de arte envolvendo questionamentos e descobertas com o objetivo de possibilitar desenvolvimento da capacidade crítica de estudantes. A contextualização envolve história da arte para que estudantes compreendam a relação da produção artística com conhecimentos históricos, sociais, antropológicos, ecológicos e geográficos (BARBOSA,1998).
No contexto da arte, o desenvolvimento da musicalidade em estudantes merece o devido destaque. A mudança no currículo de música da Educação Básica envolve discussão de princípios que ultrapassam limites de conceitos e de técnica musical. Abrange, antes de qualquer coisa, reflexão sobre bases teórico-filosóficas em que se pretende construir a prática pedagógica que deve nortear a dinâmica da vida escolar, uma vez que possui implicações diretas na cultura e na vida social.
As atividades musicais, nessa etapa da Educação Básica, devem estimular a pesquisa sonora, considerando aspectos de possibilidades vocais, corporais e instrumentais de estudantes, proporcionando a oportunidade de explorar o mundo sonoro com liberdade e expressar espontaneamente suas próprias ideias musicais.
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Penna (2012) ressalta que o ensino de música, portanto, não deve trazer um padrão musical exterior e alheio, imposto para ser reverenciado, em contraposição à vivência do aluno que, muitas vezes, é tida como não representativa, como determina a indústria cultural. Diversas manifestações musicais, mesmo quando baseadas em estruturas mais simples, são sempre significativas, no contexto de vida de quem as vivencia, expressa e produz.
Por meio das performances musicais, o aluno atua como ouvinte e executor, aproximando realidades e reinventado sentidos que, por sua vez, farão ressonância com seu modo de viver e de estar no mundo. Para o ensino de música na Educação Básica, há necessidade de uma prática musical multicultural e diversificada voltada ao comprometimento dos objetivos de uma educação centrada no ser humano (VICTÓRIO, 2011).
Nesse universo, a proposta triangular é uma das formas de organizar o trabalho em Arte, pautando-o na reflexão do objeto sociocultural e histórico para a aprendizagem significativa. A proposta traz para o ensino da Arte uma metodologia que pode ser utilizada em todas as linguagens artísticas, pois essa “[...] corresponde às quatro mais importantes coisas que as pessoas fazem com arte: elas a produzem, elas a veem, elas procuram entender seu lugar na cultura através do tempo, elas fazem julgamento acerca de sua qualidade” (BARBOSA, 1991, p.36-37).
O ensino da Arte é imprescindível para desenvolvimento integral dos estudantes e para aquisição da linguagem. A experimentação, criação e reflexão acerca de manifestações artísticas e culturais diversas impulsionam o estudante em seu percurso pessoal e coletivo de produção de sentido.
Além do mais, deve-se considerar que espaços vivenciados por sujeitos na escola também são espaços de sentido. Saberes tradicionais, culturas que habitam a escola e culturas do mundo contemporâneo são elementos essenciais para se pensar e fazer Arte na escola. É preciso que o educador reencontre no presente a memória viva da história coletiva, visando a novas reflexões para o trabalho educativo.
Assim, as diversas manifestações da arte e da cultura formam um indivíduo plural, capaz de conhecer a história construída pela humanidade, o patrimônio do mundo e de se reconhecer como protagonista. A Arte, como forma de comunicar, criar e sensibilizar, cumpre seu papel de fortalecer laços de identidade do homem para que ele se reconheça como sujeito de sua própria história.
Neste sentido, conteúdos e objetivos de Arte serão trabalhados em diferentes níveis de aprofundamento, de acordo com o processo de aprendizagem do estudante. Compreende-se que no Bloco Inicial de
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Alfabetização (BIA) o foco da aprendizagem artística deve ser mantido na experimentação, exercício da imaginação e autoexpressão, sustentados pelos estímulos técnicos de linguagens. No 2º Bloco (4º e 5º anos) a aprendizagem artística deve continuar a manter seu foco na experimentação, no exercício de imaginação e na autoexpressão, sustentados por estímulos técnicos das linguagens. É necessário também que se observe a questão da contextualização com mais cuidado e a significação de elementos emocionais e estéticos.
Em relação à Educação Física, deve ser compreendida como importante manifestação da cultura corporal de movimento, que contribui para a formação global da criança por meio de brinquedo, de jogo simbólico, de movimentos gerais vivenciados mediante atividades orientadas, de iniciação das danças, de ginásticas e de jogos pré-desportivos, entre outras atividades que, ao oportunizar as aprendizagens, favoreçam o desenvolvimento geral do estudante.
A Educação Física nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental não pode ser tratada como uma mera atividade física que busque apenas o aperfeiçoamento motor ou que seja utilizada aleatoriamente, como ocupação do tempo ocioso da criança; tampouco ser usada como simples atividade de lazer, apartada do fazer pedagógico da escola.
O brincar e jogar assumem outras significações no contexto educativo, possibilitando aquisições necessárias a saberes lógico-matemático, de oralidade, de escrita e outras atividades de cognição referentes à memória e à atenção. Sendo assim, auxilia na aquisição de conhecimentos que são permeados por letramento, visto de uma forma mais abrangente, transcendente ao letramento linguístico, mas que englobam também letramento simbólico, geográfico, científico e corporal.
Na proposta ora apresentada, enumeramos diversos objetivos visando atingir domínios motores, cognitivos e afetivo-sociais, sendo que muitos deles se repetem de um ano para outro, porém, com aprofundamento progressivo de acordo com o processo de aprendizagem do estudante em cada uma dessas dimensões. Assim, ações didáticas devem ser planejadas de forma comprometida com a aprendizagem de todos os estudantes ao considerar o contexto sociocultural e privilegiar situações que invistam em interdisciplinaridade de forma articulada e não somente no cognitivo e corporal, mas no afetivo, estético, nas relações interpessoais e na inserção social.
Lutas, danças, jogos, ginásticas e esportes fazem parte do imaginário de nossas crianças desde antes de entrarem para a escola. Dessa forma, devem ser introduzidos de forma essencialmente lúdica para que lhes sejam possível
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
a vivência em múltiplas expressões do movimento humano. O enfoque dessa abordagem é mais abrangente à medida que valoriza e considera aspectos sócio-históricos de cada atividade trabalhada, como também o contexto em que os estudantes estão inseridos e as aprendizagens motoras individuais, independentemente do nível de habilidades que apresentem. Logo, o fundamental é permitir o acesso a práticas corporais, colaborando para que cada um construa seu estilo pessoal de participação e possa, a partir dessas práticas, ter consciência de seu corpo e de sua inserção social e ao mesmo tempo ampliar o próprio repertório motor. Assim, é fundamental para a formulação de propostas para a Educação Física Escolar a localização “[...] em cada uma dessas manifestações (jogo, esporte, dança, ginástica e luta) seus benefícios fisiológicos e psicológicos e suas possibilidades de utilização de instrumentos de comunicação, expressão, lazer e cultura [...] (PCN, MEC, 1997).
Entende-se que a Educação Física trata do conhecimento produzido e reproduzido pela sociedade a respeito do corpo e do movimento, como um veículo de expressão de sentimentos, como possibilidade de promoção, recuperação, programação e manutenção de uma vida de qualidade.
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25
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
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1º A
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2º A
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3º A
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1º A
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1º A
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2º A
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
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3º A
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OBJE
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30
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
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2º A
NO
3º A
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3º A
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
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4º A
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5º A
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36
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
4º A
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5º A
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37
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
4º A
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
4º A
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5º A
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s e
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bora
ção
de
sínt
ese
segu
ida
de a
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ção
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e gr
upo
39
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
4º A
NO
5º A
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TIVO
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ação
de
prod
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has
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uada
s qu
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ulár
io e
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amát
ica.
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info
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ão e
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tura
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oxíto
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vras
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s,
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al)
conc
eito
, em
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s co
ntex
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s)
conc
eito
, em
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ências
da
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na
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s po
ssib
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crita
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crita
.
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es d
e pe
squi
sa e
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rnai
s,
revi
stas
, int
erne
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encicl
opéd
ia.
Des
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lver
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sar o
próp
rio tex
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uran
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e es
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Conh
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as)
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
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3º A
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
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3º A
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
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3º A
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
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3º A
NO
OBJE
TIVO
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50
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
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51
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
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4º A
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su
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divi
dual
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cole
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tem
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s co
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: ca
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, pu
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-se,
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gado
s a
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imen
tos
man
ipul
ativ
os,
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mot
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endo
no
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late
ralid
ade,
te
mpo
e e
spaç
o
loco
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oras
: ca
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har,
correr
, pu
lar,
salta
r, el
evar
-se,
ga
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r, sa
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, ro
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59
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
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3º A
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sten
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as
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Esta
biliz
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as:
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e, a
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e,
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;
e di
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: Apo
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niciar
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-se,
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ilibr
ar-
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habi
lidad
es b
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as;
social
e e
scol
ar;
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os;
60
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
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, etc
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essivi
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ação
de
alu
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com
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tes
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cultu
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rasil
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tada
s pe
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esso
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ivos
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ão e
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es lú
dico
-re
crea
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expr
essivi
dade
co
rpor
al:
danç
as,
mím
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itaçõ
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(ex:
dan
ças
juni
nas,
br
inca
deira
s ca
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cant
igas
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roda
, etc
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61
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
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2º A
NO
3º A
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
MATEMÁTICA
A humanidade se desenvolve a partir dos conhecimentos que elabora para compreender o mundo em que vive. Desta forma, todo saber é elaborado considerando suas necessidades e a busca de sua transcendência. A Matemática, como conhecimento, surge das necessidades de humanos de cada época, conceitos e procedimentos são construídos pelo sujeito em atividade que busca significados e novas respostas. Essas buscas, geradas por suas necessidades em contextos históricos, culturais, geográficos políticos e econômicos determinados, favorecem a evolução da sociedade, o que dá a essa ciência e cultura a característica de estar em constante desenvolvimento.
A criação dos números naturais surgiu da necessidade de contar; já os números racionais surgiram da necessidade de realizar medições; foi assim que surgiram as frações e os decimais (CARVALHO, 2010). Mais recentemente, o tratamento da informação, que foi incluído nos currículos escolares, surgiu também de demandas sociais, pois conteúdos de estatística são muito utilizados por meios de comunicação para divulgar resultados de pesquisas, por exemplo.
O ensino da Matemática oferecido em escolas brasileiras tem-se constituído por diferentes momentos. Num período anterior à década de 1960, as escolas do mundo baseavam seu ensino na Matemática Tradicional, cuja ênfase era dada à Aritmética e Geometria Euclidiana, na resolução de problemas práticos, o que instrumentalizava o cidadão e trabalhador, da época, basicamente com as operações fundamentais. O ensino tinha caráter decorativo, os conteúdos matemáticos apareciam sem interligação, apoiados em uma transmissão mecânica. Os resultados de avaliação mostravam que esse modelo era pouco eficiente. (BERTONI, s/d).
No início dos anos sessenta, um novo movimento surge no contexto socioeconômico influenciado pela Revolução Industrial: a Matemática Moderna. Acreditava-se que a Matemática ensinada na escola deveria ser aquela que formaria cientistas, desapropriando a escola da necessidade de realização de transposição didática: a própria ciência era o objeto a ser ensinado. Insere-se, então, nos currículos desde os anos iniciais a Teoria de Conjuntos e a Álgebra, dando ênfase ao ensino da Matemática pura. O Brasil, sob a influência americana, adere ao movimento que tinha como foco a formação de futuros cientistas. O papel da escola era fazer chegar aos alunos a ciência matemática sem qualquer vinculação com a vida ou com o contexto cultural do estudante e da comunidade escolar. Os resultados da
66
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
avaliação desse modelo, nos EUA e em outros países, mostraram que os estudantes não estavam aprendendo conteúdos essenciais da Matemática nem estavam aprendendo a pensar. O ensino estava mais preocupado com simbolismos e nomenclaturas do que com ideias. A aprendizagem estava sujeita à reprodução de mecanismos repetitivos sem contribuir para a formação de estruturas mentais lógicas que assegurariam um aprendizado efetivo, sobretudo porque era desprovido de sentido para o professor e seus alunos (BERTONI, s/d).
No Brasil, no final dos anos setenta, surge um movimento para repensar a Matemática Moderna. A Educação Matemática, na década de 1980, funda a Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM). Seu interesse principal era o estudo e a compreensão da relação entre ensino, aprendizagem e conhecimento matemático. Os estudiosos da Educação Matemática, não só matemáticos, mas de diversas áreas, inclusive da psicologia cognitiva, têm como um de seus interesses a melhoria do ensino e da aprendizagem da Matemática (MACHADO, 1999).
Ao considerar o ensino, essa perspectiva traz a proposta de pensarmos criticamente sobre a prática realizada em salas de aula ao ensinar Matemática, de pensarmos no que ensinamos e como ensinamos (também como resultado de nossa formação), em contraposição àquilo que os estudantes de fato aprendem. Assim, nos questionamos se a Matemática como aprendemos e ensinamos possibilita ao sujeito a reflexão de que essa área do conhecimento faz parte da vida e surgiu como ferramenta para resolver os problemas da humanidade?
Por outro lado, quando o assunto é aprendizagem, nós professores precisamos constituir-nos como profissionais pesquisadores-reflexivos. O processo de aprendizagem de cada estudante precisa ser compreendido, pois a interação entre professor e estudantes com vistas à aprendizagem depende da compreensão de que há estratégias diferenciadas para aprender e produzir matemática dentro e fora da escola, e que elas são próprias do sujeito em ação. Já a reflexão sobre nossa própria prática pedagógica é elemento fundamental tanto de nossa atuação profissional quanto de nossa formação permanente.
A diversidade que surge no pensar-aprender-produzir das crianças é a essência do processo educativo, sobretudo no ensino da Matemática. Processos de mediação e intervenção pedagógica são realizados com sucesso quando o professor entende como o estudante significa, constrói, registra e argumenta o conhecimento de determinada área do saber. É preciso ver o estudante como principal agente e autor da própria aprendizagem levando-
67
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
nos a refletir sobre a dimensão da subjetividade que está presente também na produção da matemática escolar. Cada criança é vista, assim, como autora de seus processos.
Por fim, é o conhecimento matemático, imprescindível à humanidade e ao desenvolvimento de cada sujeito dentro e fora da escola. Os conteúdos propostos e a forma como serão tratados em sala de aula é que darão condições ao cidadão de resolver problemas de seu dia a dia e desenvolver o raciocínio lógico, compreendendo a Matemática como uma ferramenta para tal, ou seja, ela deve ser um elemento de inclusão social. A resolução de situações-problema, em especial as que fazem parte do contexto dos estudantes e de suas vidas, é a finalidade maior, e os conteúdos são meios, via construção permanente de conceitos e procedimentos, num contexto de partilha de produções em sala de aula.
Ao considerar o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático, na perspectiva da Educação Matemática, ressaltamos que é preciso:
- Ver a criança como construtora do conhecimento, compreendendo que a construção da lógica formal passa pela construção da lógica da criança que está se desenvolvendo e que esta construção, naturalmente, passa pela ludicidade, tendo em vista que a criança é um ser lúdico.
- Desenvolver uma prática de ensino que favoreça o gosto pela aprendizagem da Matemática na descoberta da capacidade de produzir conhecimento.
- Proporcionar, na prática pedagógica, a autonomia do sujeito que aprende para gerir seu próprio processo de aprendizagem, de forma a contribuir com o desenvolvimento do cidadão integral.
- Perceber que, como educador de uma ciência e de uma cultura que se constitui permanentemente, num mundo em constante transformação, o professor deve estar sempre em processo de formação e autoformação.
Ao reconhecer a importância das reflexões trazidas pela Educação Matemática, este currículo opta por apoiá-las e compreende que é fundamental para o desenvolvimento de estudantes e o cumprimento da função primordial da escola que, pesquisas acerca desta temática se constituam em objeto de estudo em escolas da rede pública do Distrito Federal.
Este currículo apresenta três eixos integradores, com vistas ao processo de aprendizagem e ensino nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nas escolas públicas do Distrito Federal, quais sejam: alfabetização, letramentos e ludicidade. Como estabelecer um diálogo entre esses eixos e o ensino da Matemática?
68
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
Nas palavras de Muniz (2008), só aprende quem brinca, só brinca quem não tem medo de errar. Quem não tem medo de errar, faz matemática, quem faz matemática, constitui-se em sujeito integral e lúdico, amando a vida, e busca viver e projetar um mundo melhor para si e para os outros.
Pensando a organização do trabalho pedagógico em sala de aula
A função da Matemática, na vida, é a de nos tornar capazes de resolver problemas cada vez mais complexos. Assim também deve ser na sala de aula. Para ensinar Matemática, o professor deve favorecer a problematização, trazer situações que provoquem os estudantes, que os façam pensar, buscar soluções próprias e que estas sejam socializadas com todos. É necessário abrir portas e janelas para que a cultura social invada espaços da sala de aula para que a Matemática se torne significativa e pulsante. A forma de resolver do professor, ou seja, da escola, é mais uma possibilidade entre outras. Seu papel não é o de mostrar como se faz, mas de provocar os estudantes a partir da criação de situações desafiadoras a descobrirem como fazer. Assim surgirão diferentes maneiras que, quando bem aproveitadas em sala de aula, promoverão várias aprendizagens e o desenvolvimento da autonomia. O importante é que a aprendizagem matemática seja fruto de experiências provocadas pela escola, e que os registros, argumentações e sistematizações sejam antes de tudo de autoria dos estudantes como sujeitos de suas próprias aprendizagens.
Aprender a pensar matematicamente não pressupõe realizar uma lista de exercícios, mas mergulhar num conjunto diversificado de situações que sejam provocativas, permitam reflexão, busca de novas soluções, individualmente, em duplas ou pequenos grupos. A discussão das diferentes estratégias encontradas na resolução de uma situação é um momento muito rico do processo de aprendizagem: crianças e professores aprendem muito.
As situações apresentadas devem contemplar todos os conteúdos matemáticos divididos em blocos, como aponta a figura abaixo. Tal divisão visa apenas facilitar a visão geral daquilo que deve ser trabalhado nos anos iniciais. A organização do trabalho em sala de aula deve privilegiar a interação de conteúdos matemáticos entre si e com outras áreas do saber. Não há divisões por bimestre, pois todos os blocos devem ser tratados em todos os bimestres, com objetivos diferentes, prevendo a ampliação dos mesmos a partir dos conhecimentos de cada turma e, ao mesmo tempo, da escola como um todo.
69
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
Processos mentais
O trabalho com projetos facilita a organização no tratamento de conteúdos e a frequência em que vão aparecer ao longo do ano. Sua elaboração dependerá do diagnóstico inicial da turma e do planejamento do grupo de professores. Os blocos de conteúdos do currículo estão assim propostos: Estruturas Lógicas ou Processos Mentais, Números e Operações, Geometria, Grandezas e Medidas e Tratamento da Informação.
Uma prática em Educação Matemática deve ser voltada para o ensino, a aprendizagem e os conteúdos matemáticos. É importante que, ao elaborar nossos planejamentos, nos perguntemos: que proposta é preciso levar às crianças para que de fato elas aprendam tal conteúdo? Para responder, precisamos pensar na didática (ensino) mais adequada ao grupo de alunos, pensar nos processos de cada um (aprendizagem) e no significado dessa aprendizagem (conteúdos) para suas vidas. Ainda por fim pensar: essa prática está ajudando a desenvolver a autonomia das crianças?
Avaliação para aprendizagem
As Diretrizes de Avaliação da SEDF propõem uma avaliação de caráter formativo, considerando a individualidade de cada sujeito em seu processo de aprendizagem. Para isso, a escola deve preocupar-se em elaborar quantas estratégias forem necessárias para ajudar estudantes a se desenvolverem. A avaliação é, então, o acompanhamento do processo da aprendizagem, um meio de mostrar o que o estudante já aprendeu e o
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que precisa aprender. O diagnóstico realizado no início do ano nos ajuda a conhecer a turma e a planejar uma proposta de trabalho para o ano, que deverá ser constantemente avaliada. A avaliação deve ser, portanto, um processo eminentemente social, solidário, cooperativo e impulsionador de novas aprendizagens. A aprendizagem e a necessidade de replanejamento pedagógico são combustíveis essenciais desse processo contínuo e complexo.
O processo de avaliação para aprendizagem deve ser diário: fala, produção escrita, gesto, manipulação de um material, olhar reflexivo, pergunta de uma criança, registros que ficaram na carteira e não aparecem no caderno ou na folha de atividade, recusa de realizar uma atividade, entre outros. O processo de avaliação deve estar recheado pela “auscultação” sensível do professor, na busca da melhor compreensão de processos de pensamento, sentimento e significação das crianças. Tudo que acontece em sala de aula pode ser objeto de avaliação. É também por meio da avaliação que podemos refletir sobre o significado do “erro”:
- erro na resolução de uma situação: o erro apresentado por um estudante na resolução de uma situação-problema mostra as hipóteses que possui na elaboração de tal solução. É preciso compreender a natureza desse erro para ajudar a criança a avançar em sua aprendizagem (PINTO, 2000). Essas hipóteses podem ter sido influenciadas por uma questão conceitual ou didática. Para D’Ambrosio (1999) a criatividade dos alunos muitas vezes é manifestada em seus erros e não em acertos.
- erro na didática: elaborar situações didáticas para gerar aprendizagem de todas as crianças, numa turma, talvez seja o maior desafio que enfrentamos em sala de aula. Algumas vezes percebemos que os estudantes não compreenderam os conteúdos que planejamos. Podemos, então, nos perguntar: a forma como abordamos tal conteúdo facilitou a aprendizagem? De que outra maneira poderia organizar o trabalho para que as crianças aprendam? Observar mais seus modos e tempos de aprendizagem (FREITAS, 2003) e seus interesses pode ser um meio de ajudar na elaboração de planejamentos que atinjam mais as necessidades das crianças. Às vezes dizemos que as crianças estão com dificuldade de aprendizagem. Precisamos pensar sobre o que gera a dificuldade, pois não adianta um médico dizer que uma pessoa está doente e não receitar o tratamento adequado para que fique curada. E muitas vezes, o que gera a dificuldade de aprendizagem é o modo como o ensino é organizado. Discorrendo sobre a Teoria das Situações Didáticas de Brousseau, Freitas (1999) diz que é necessária a “análise de certos tipos particulares de situações didáticas, que permitam a progressão da aprendizagem” e complementa dizendo que “garantir essa progressão
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é o grande desafio pedagógico”. Para Brousseau, (apud Machado,1999) há três tipos de obstáculos à aprendizagem e um deles diz respeito à didática que depende somente das escolhas realizadas para um sistema educativo. Por fim, Glaser (apud Machado,1999) diz “[...] que um dos objetivos mais importantes da Didática da Matemática é o de determinar os obstáculos que se opõem à compreensão e à aprendizagem desta ciência”.
Em verdade, o “erro” que aparece na resolução de uma situação-problema é um grande aliado no processo de ensino e aprendizagem. Ele dá pistas ao professor de como está a construção de conceitos dos estudantes, e assim favorece a aprendizagem porque o professor pode planejar situações didáticas para que avancem em suas hipóteses.
Todo planejamento bem elaborado deve ter claros os objetivos de aprendizagem, pois eles fundamentarão a avaliação.
A avaliação da aprendizagem em Matemática deve ocorrer na reflexão de algumas questões: Houve aprendizagem do conteúdo proposto? A organização didática favoreceu a aprendizagem? Houve participação das crianças? As crianças apresentaram estratégias próprias? O que essas estratégias mostraram do conhecimento que as crianças têm? O que as estratégias apresentadas não mostraram e que os alunos precisam aprender? Que criança não aprendeu? Por quê? O que fazer para que ela aprenda? O que eu aprendi com as crianças?
As respostas a essas questões devem direcionar o planejamento das aulas seguintes, inclusive a buscar outros profissionais na escola para ajudar na elaboração de propostas para o avanço das crianças. Avaliação e aprendizagem são elementos indissociáveis no processo educacional.
Reflexões sobre os blocos de conteúdos
Estruturas lógicas ou processos mentais: as estruturas lógicas ou processos mentais são fundamentais para o desenvolvimento do pensamento lógico e não são exclusivas a uma área do saber; portanto, não são conteúdos matemáticos, mas são essenciais para a construção de conceitos matemáticos.
O desenvolvimento do raciocínio lógico é imprescindível para a alfabetização e letramento em Matemática, por isso na organização do trabalho pedagógico, em sala de aula, as estruturas lógicas precisam ser incluídas. Assim, realçamos sua importância ao propor que sejam tratadas como um dos blocos que dará suporte à aprendizagem dos demais blocos, no ensino da matemática, bem como de outras áreas.
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Várias são as estruturas ou processos mentais que contribuem para o desenvolvimento do pensamento lógico. Algumas delas são fundamentais no trabalho dos anos iniciais: classificação, inclusão hierárquica, correspondência biunívoca, comparação, sequenciação, seriação e conservação de quantidade.
Ao compreender a lógica que envolve a relação entre cidade, estado, país e continente a criança demonstra o desenvolvimento da inclusão hierárquica. Outro exemplo seria a compreensão de unidades de tempo, como dia, semana, mês e ano, um tanto quanto complexas para alunos em processo de alfabetização.
Para o estudante compreender bem a ideia de número é preciso ter desenvolvido estruturas como classificação, correspondência, inclusão, ordenação e sequenciação. Compreender a organização de diferentes espécies animais pressupõe classificação e inclusão.
O trabalho com essas estruturas deve ser de propor desafios aos estudantes. As respostas devem vir deles. Não adianta querer convencê-los de algo que não conseguem perceber, como por exemplo, atividade comparativa sobre conservação de quantidade contínua de líquido. A descrição de cada uma delas se encontra nas Diretrizes Pedagógicas do BIA (2012).
Números e operações: nosso Sistema de Numeração possui características que precisam ser compreendidas pelas crianças para desenvolverem a capacidade de operar mentalmente com números naturais e números racionais (frações e decimais), nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Estudantes que desenvolvem uma boa compreensão da estrutura de número são capazes de resolver bem as quatro operações. No trabalho pedagógico, é preciso oferecer situações aos estudantes para que reconheçam o uso do número em diferentes contextos: como quantificador, como código, para indicar uma posição e para determinar grandezas.
Para internalizar a lógica de nosso sistema de numeração, é preciso compreender as regras de seu funcionamento:
- é composto por um conjunto de 10 símbolos pré-determinados que são os algarismos ( 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9);
- os algarismos são utilizados para escrever qualquer número, por isso seu valor depende da ordem que ocupa (valor posicional);
- é formado por agrupamentos na base 10;- é aditivo porque se obtém o valor do número pela soma dos valores
posicionais de cada algarismo;- apresenta a ideia de composição multiplicativa, pois o valor do
algarismo é multiplicado pela casa que ocupa: 10, 100, 1000...
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Entretanto, toda a construção da estrutura numérica e a aprendizagem significativa de nomenclaturas (unidade, dezena, centena...) são realizadas pela criança se ela estiver em ação, em atividade de contagem de objetos, de recitação, relacionando quantidades e símbolos, formando grupos e agrupamentos, etc.. Nessa perspectiva, a ludicidade é fundamental. Há uma série de atividades lúdicas que podem ser realizadas com as crianças para que elas construam a ideia de número. O trabalho com o corpo e a manipulação de materiais é imprescindível para a aprendizagem do que é número. Sem quantificar e associar símbolos a quantidades, não é possível compreender o que é número.
Como já dissemos o trabalho com as operações se torna mais fácil quando as crianças formam uma boa estrutura de número. Elas são capazes de utilizar estratégias próprias de resolução de operações porque dominam a lógica dos números. Para favorecer a aprendizagem das operações, é preciso oferecer situações-problema com as diferentes ideias que elas envolvem:
- Adição: juntar e acrescentar.- Subtração: retirar, completar e comparar.- Multiplicação: repetição de parcelas iguais, combinação e
representação retangular.- Divisão: partilha e medida.Os algoritmos construídos pelas crianças tanto com desenhos quanto
com números demonstram a compreensão do processo. Precisam ser conhecidos pelo professor e muitas vezes pela turma. Ao dar liberdade às crianças não impondo modos de fazer, elas mostram-se criativas e autônomas em seus processos de aprendizagem. Avanços para estruturas mais elaboradas deverão surgir nas provocações do professor. Futuramente, o modelo da escola pode ser apresentado como mais uma das formas de resolver, mas não a única. O processo criativo dos estudantes deve ser estimulado em todas as aulas de Matemática.
Geometria: a geometria está presente em nosso dia a dia. Desde muito cedo as crianças precisam desenvolver noções espaciais para interagir com o mundo que as recebe. O estudo do espaço, da localização e do deslocamento, das representações dos objetos no mundo físico, a geometria das medidas e proporções são conteúdos a serem desenvolvidos no ensino da Geometria. Esta é uma área do saber em estreita relação com as grandezas e medidas, por isso é preciso realizar atividades para integrá-las no trabalho didático. O trabalho com situações de localização e deslocamento sempre irá demandar a ação do estudante no espaço vivido. Atividades de caça ao tesouro, de planta baixa, de representação de um lugar, de leitura de
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um mapa exigem o desenvolvimento de habilidades geométricas. Pedir à professora para sair do parquinho, ir ao banheiro e voltar para o parque exibe habilidade de localizar-se e deslocar-se no lugar em que está. Estas são habilidades necessárias à vida. O estudo de sólidos geométricos, por exemplo, deve preceder a exploração de formas planas, tendo em vista que estamos cercados por figuras espaciais. A observação dessas figuras através do reconhecimento no mundo desenvolverá também a percepção de suas partes e a descoberta do plano no espacial, ou seja, um paralelepípedo pode ser composto por retângulos, ou por retângulos e quadrados ou por quadrados apenas. A planificação de objetos espaciais como caixas de diferentes formas e tamanhos ajudará na compreensão da relação entre plano e espacial.
O estudo do unidimensional, bidimensional e tridimensional também aparecerá na aprendizagem de grandezas e medidas. A geometria das medidas e proporções no estudo de ângulos, área, perímetro, cálculo de superfícies, comparação de diferentes áreas montadas a partir do tangran pressupõe um trabalho integrado entre diferentes saberes.
Não podemos esquecer a relação da estética com a geometria: a arte, a simetria, o corpo humano, a exploração da natureza e das construções humanas.
O ensino da geometria visto desta forma atrai e muito o interesse dos estudantes. Estudar geometria é um jeito de posicionar-se no mundo, de conhecê-lo melhor e agir sobre ele fazendo novas leituras.
Assim como o trabalho com números e operações é preciso desafiar os alunos, problematizar e esperar propostas de soluções para serem discutidas em conjunto na sala de aula, quando todos têm direito de colocar seus pontos de vista sem necessariamente encerrar uma discussão, validando apenas uma ideia. Várias ideias constroem vários caminhos.
O processo de construção é do estudante. O professor é mediador, aquele que lança questões para provocar novos raciocínios no estudante que, reagindo às provocações, realiza novos procedimentos que o ajudam na solução do problema.
Grandezas e medidas: as grandezas e medidas também passaram por um processo de construção histórica a partir de necessidades da humanidade. Até o final do século XVIII, os sistemas de medidas eram próprios de cada país. Em 1960, foi proposto o Sistema Internacional de Unidades (SI), definindo um símbolo e uma unidade-padrão para cada grandeza: a massa passa a ter como unidade-padrão o quilograma; o comprimento, o metro; o tempo, o segundo entre outras medidas e grandezas (MUNIZ, et al., 2008).
O que são grandezas? Qual a diferença entre grandezas e medidas?
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Que grandezas devemos trabalhar com as crianças? Eis algumas questões para conversar.
As grandezas mais comuns no trabalho com os anos iniciais são: tempo, massa, comprimento, capacidade e temperatura. E que medidas estão associadas a essas grandezas? Hora, minuto, segundo, quilo, grama, miligrama, quilômetro, metro, centímetro, milímetro, litro, mililitro e graus são as mais usuais.
Esse é um bloco de conteúdo bastante presente em nossas vidas, por isso é preciso que a escola realize um trabalho de compreensão e sistematização desse saber. Em várias situações usamos medidas: para fazer um bolo, comprar um tecido, cozinhar feijão, tomar um remédio, etc.. Então, o que é medir? Medir é comparar. Para medir um pedaço de cano, por exemplo, escolho a unidade METRO e meço quantas vezes o metro cabe no pedaço de cano e chego à conclusão que cabe 1,2 vezes, pois sua medida é 1,20 m. O trabalho com medidas pressupõe um trabalho com números e operações.
E o contexto cultural? Qual sua importância? Quais medidas usamos em nossa cultura? Não há como aprender sobre medidas sem medir. Os estudantes devem experimentar diferentes situações. Inicialmente, é importante o uso de medidas arbitrárias, por exemplo, medir o comprimento de um lápis com dedos, largura da porta da sala de aula com palmos ou a distância entre o quadro de giz e a parede do fundo da sala com os pés. É importante que todos experimentem, pois deve partir deles o questionamento quanto à validade da medida proposta, visto que cada um teve um resultado diferente. Então, surge no grupo a discussão para propor uma medida padrão, que pode ser o pé de um estudante ao invés de usar todos os pés da sala. O trabalho não termina aqui. É preciso que sintam a necessidade de uma medida que pode ser usada em qualquer lugar e que seja mais precisa. A discussão deve ser feita no sentido de como fazer para usar o pé de fulano em todas as situações. E como saber quanto vale um pedaço de pé? Esse seria um instrumento ideal? As provocações em sala de aula devem chegar à unidade legal, que também é um padrão, mas um padrão construído e aceito por vários países e com mais precisão.
O trabalho com múltiplos e submúltiplos deve ocorrer a partir de situações vividas em sociedade. Alguém compra um decagrama de carne, por exemplo? Ou um hectolitro de suco? É preciso valorizar as unidades que estão em embalagens dos supermercados, das farmácias, etc.. Saber o que é tomar 5 ml de xarope. O que são 5 ml? E se a pessoa tomasse 20 ml, poderia ter algum problema? Comprar um kg de carne para o almoço de dez
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adultos é suficiente? Quanto seria suficiente?Para perceber, compreender e abstrair o significado de medidas, seus
múltiplos e submúltiplos, é preciso levar para a sala de aula embalagens com 1 kg, 1 g, 5L, 5ml, 1m, 1cm... a fim de manipularem, visualizarem e perceberem relações de grandeza entre as quantidades.
O Sistema Monetário Brasileiro também deve ser trabalhado como grandeza. O estudo das grandezas e medidas deve ser atrelado ao estudo de números decimais que são muito importantes em nossa cultura. O número decimal é usado para determinar quantos litros de gasolina coloquei, quanto pesa o frango, quanto vou pagar pelas verduras e outros.
Tratamento da Informação: como já dissemos, no início do texto, os conteúdos relacionados ao tratamento da informação são relativamente novos no currículo escolar. Aparecem como um dos blocos nos Parâmetros Curriculares Nacionais publicados em 1997. Esta é uma mostra de que a Matemática é uma área de conhecimento que se constrói a partir de contextos históricos e culturais em épocas determinadas.
O que é preciso ensinar nesse bloco de conteúdos? Estatística, Combinatória e Probabilidade. Deve-se desenvolver uma proposta de leitura, interpretação, levantamento, produção e análise de dados, que levará à tomada de decisão; desenvolver o pensamento combinatório, bem como discutir chances ou a probabilidade de um evento acontecer. Assim, esse bloco de conteúdos prevê um trabalho para além das tabelas e gráficos.
Esta é uma área do conhecimento que pode ajudar nossos alunos a realizarem uma leitura crítica da realidade. Nem sempre os dados apresentados em pesquisas são confiáveis, muitas vezes a leitura feita desses dados é simplista. As pesquisas pré-eleitorais devem ser analisadas com muita criticidade. Nos anos iniciais podemos começar o trabalho de análise crítica dos fatos através do Tratamento da Informação.
Mais uma vez, são conteúdos matemáticos que exigem tratamento didático adequado para serem bem compreendidos pelos estudantes. Estratégias de ensino que colocam o estudante em ação são as melhores para favorecer a aprendizagem.
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80
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
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2º A
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81
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
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2º A
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3º A
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ição
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lar)
repa
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a co
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igua
is e
de
term
inaç
ão d
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uma
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tidad
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m
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eiro
Mon
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eiro
(rec
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cédu
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s)
82
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
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TIVO
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OO
BJE
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ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
O
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men
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9.
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rent
es id
eias
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e na
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reta
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m
etad
e da
met
ade
(qua
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em
situ
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s do
cot
idia
no.
83
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
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S CO
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
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B
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dica
s.
prob
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; 2+
3; 5
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3+2
; 0+5
).
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
OBJE
TIVO
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de tem
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estre,
sem
estre,
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lar.
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: o
dia
a di
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nos
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ês;
tem
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tual
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ompr
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po
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abel
ecim
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das
pr
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açõe
s en
tre
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nida
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de tem
po m
ais
signi
ficat
ivas
: ho
ra e
m
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o; h
ora
e di
a;
dia,
sem
ana
e m
ês)
-Lei
tura
e
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esen
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o de
dat
as
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em rel
ógio
an
alóg
ico
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l.
Med
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mas
sa
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mei
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ões
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po
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pois;
dia,
sem
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ês e
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; m
anhã
, ta
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e no
ite).
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ões
de in
terv
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de
tem
po e
uso
des
te
tem
po p
ara
real
izar
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ivid
ades
div
ersa
s.
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hora
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ira, m
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hora
.
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s e
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os
das
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ias
mat
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icas
vi
venc
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s en
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as e
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nder
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ês,
bim
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estre,
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86
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
OBJE
TIVO
S CO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
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OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
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exto
s so
ciai
s.
(bal
ança
/ sa
co d
e ar
roz,
met
ro/
fita.
..).
Com
pree
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sões
bás
icas
pa
ra d
esen
volv
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eia
tem
po:
agor
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depo
is, a
ntes
, am
anhã
, ho
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Iden
tific
ar n
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ca
lend
ário
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a, m
ês
e an
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a de
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de m
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Com
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e co
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cion
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m
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ção,
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(m
etro
, mei
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e ca
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o e
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ção
de
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utiliza
ção
do
cale
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io, d
a ro
tina
e da
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Com
para
ção
e so
cial
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ão d
e es
trat
égia
s pe
ssoa
is
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men
tos
de m
edid
as n
ão
conv
encion
ais
Exem
plo:
pal
mo,
pa
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, uso
de
fitas
de
com
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ento
s va
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Reco
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imen
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edid
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us s
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cont
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s so
ciai
s
Reco
nhec
imen
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e un
idad
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encion
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ro,
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e q
uilo
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a.
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com
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gios
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icos
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rum
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us s
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os n
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exto
s so
ciai
s.
Estim
ar m
edid
as
de c
ompr
imen
to,
mas
sa ,
capa
cida
de,
tem
pera
tura
e tem
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ande
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de m
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eio
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pess
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pel
o us
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inst
rum
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s de
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nven
cion
ais
e co
nven
cion
ais.
Reco
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as
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s qu
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ulam
no
Bra
sil, e
m fun
ção
dos
seus
val
ores
em
ex
periê
ncia
s co
m
dinh
eiro
em
situ
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. (C
ompo
sição
de
1 re
al
com
o um
a ce
nten
a de
ce
ntav
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1,00 =
10
0 X
R$0
,01;
1 rea
l =
100 c
enta
vos)
.
87
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
OBJE
TIVO
S CO
NTE
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ço e
for
ma
Perc
eber
o p
rópr
io
corp
o, s
uas
dim
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es
e su
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ient
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peq
ueno
s de
sloc
amen
tos.
Reco
nhec
er s
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próp
rio c
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fere
ncia
l de
desloc
amen
to n
o es
paço
(pa
ra c
ima
e pa
ra b
aixo
, par
a fren
te
e pa
ra a
trás
, par
a de
ntro
e p
ara
fora
, pa
ra d
ireita
e p
ara
esqu
erda
).
Obs
erva
r, m
anus
ear,
esta
bele
cer
com
para
ções
ent
re
obje
tos
do e
spaç
o fís
ico
e ob
jeto
s ge
omét
ricos
, sem
us
o ob
rigat
ório
de
nom
enclat
uras
.
Espa
ço e
for
ma
Reco
nhec
imen
to
da c
orpo
reid
ade
(sem
elha
nças
, di
fere
nças
e res
peito
às
sin
gula
ridad
es)
Orie
ntaç
ão e
de
sloc
amen
to:
-No
espa
ço v
ivid
o, e
m
traj
etór
ias
fam
iliar
es
(cas
a,vi
zinh
ança
, es
cola
)
-Reg
istro,
rel
ato
e so
cial
izaç
ão
de o
rient
ação
e
desloc
amen
to n
o es
paço
-Re
pres
enta
ção
e lo
caliz
ação
de
obje
tos
e de
pes
soas
;
Noç
ão d
e la
tera
lidad
e,
posic
iona
men
tos
e co
mpa
raçõ
es:-
Acim
a de
/aba
ixo
de, e
m c
ima
de/e
m b
aixo
de,
à
dire
ita d
e/à
esqu
erda
de
, em
fre
nte
de/
atrá
s de
, no
mei
o de
, di
ante
de,
em
tor
no d
e
Espa
ço e
for
ma
Perc
eber
o c
orpo
com
o re
fere
ncia
l de
loca
lizaç
ão n
o es
paço
.
Iden
tific
ar d
ifere
ntes
po
ntos
de
refe
rênc
ias
para
loca
lizaç
ão d
e pe
ssoa
s e
obje
tos
no
espa
ço, e
stab
elec
endo
re
laçõ
es e
ntre
ele
s e
expr
essa
ndo-
as
atra
vés
de d
ifere
ntes
lin
guag
ens:
ora
lidad
e,
gest
os ,
dese
nho,
m
aque
te, m
apa,
cro
qui
e es
crita
.
Faze
r co
mpo
sição
e
anál
ises
de
figur
as e
m
mal
has
quad
ricul
adas
es
tabe
lece
ndo
sua
rela
ção
com
a m
edid
a de
per
ímet
ro.
Cons
trui
r e
repr
esen
tar fo
rmas
ge
omét
ricas
pla
nas,
re
conh
ecen
do
e de
scre
vend
o in
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alm
ente
ca
ract
erístic
as c
omo
núm
ero
de la
dos
de
vértices
.
Espa
ço e
for
ma
Reco
nhec
imen
to
da c
orpo
reid
ade
(sem
elha
nças
, di
fere
nças
e res
peito
às
sin
gula
ridad
es)
Orie
ntaç
ão e
de
sloc
amen
to:
Reco
nhec
imen
to
de e
vent
os q
ue
envo
lvem
orie
ntaç
ão
e de
sloc
amen
to d
e pe
ssoa
s e
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bjet
os
Cons
truç
ão e
so
cial
izaç
ão d
e pr
oced
imen
tos
e de
re
gist
ros
de ref
erên
cias
(e
xem
plo:
cas
a/es
cola
; sa
la d
e au
la/b
anhe
iro)
Repr
esen
taçã
o da
loca
lizaç
ão e
de
sloc
amen
tos
por m
eio
de
map
as, d
esen
hos
e pl
anta
s (p
ara
o re
conh
ecim
ento
do
espa
ço e
loca
lizaç
ão
nele
)
Esta
bele
cim
ento
de
com
para
ções
ent
re
Espa
ço e
for
ma
Rec
onhe
cim
ento
da
cor
pore
idad
e (s
emel
hanç
as,
dife
renç
as e
res
peito
às
sin
gula
ridad
es)
Orie
ntaç
ão e
de
sloc
amen
to:
No
espa
ço v
ivid
o, e
m
traj
etór
ias
fam
iliar
es
(cas
a,vi
zinh
ança
, es
cola
)
Regi
stro
, rel
ato
e so
cial
izaç
ão
de o
rient
ação
e
desloc
amen
to n
o es
paço
Repr
esen
taçã
o e
loca
lizaç
ão d
e ob
jeto
s e
de p
esso
as
Noç
ão d
e la
tera
lidad
e,
posic
iona
men
tos
e co
mpa
raçõ
es:
-Acim
a de
/aba
ixo
de, e
m c
ima
de/e
m
baix
o de
, à d
ireita
de
/à e
sque
rda
de, e
m
fren
te d
e/at
rás
de, n
o
Espa
ço e
for
ma
Perc
eber
o p
rópr
io
corp
o, s
uas
dim
ensõ
es
e su
a re
laçã
o co
m o
es
paço
físico;
Loca
lizar
-se
e or
ient
ar-s
e no
esp
aço
próx
imo,
des
crev
endo
or
alm
ente
e d
e fo
rma
pict
óric
a, lo
caliz
açõe
s pr
óxim
as e
peq
ueno
s de
sloc
amen
tos.
Iden
tific
ar d
ifere
ntes
po
ntos
de
refe
rênc
ias
para
loca
lizaç
ão d
e pe
ssoa
s e
obje
tos
no
espa
ço, e
stab
elec
endo
re
laçõ
es e
ntre
ele
s e
expr
essa
ndo-
as
atra
vés
de d
ifere
ntes
lin
guag
ens:
ora
lidad
e,
gest
os, d
esen
ho,
maq
uete
, map
a.
Reco
nhec
er s
eu
próp
rio c
orpo
com
o re
fere
ncia
l de
desloc
amen
to n
o es
paço
.
Reco
nhec
er,
iden
tific
ar, a
nalis
ar,
88
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
OBJE
TIVO
S CO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
O
(a
o re
dor de
), d
entro/
fora
, ant
es d
e/de
pois
de, a
o la
do d
e, e
ntre
, ho
rizon
tal/ve
rtic
al,
men
or q
ue/m
aior
qu
e, ig
ual a
/infe
rior a/
su
perio
r a;
para
cim
a, p
or b
aixo
/po
r cim
a, p
ara
dent
ro/
para
for
a, p
ara
trás
/pa
ra fre
nte,
por
det
rás/
pe
la fre
nte,
atrav
és d
e,
para
a d
ireita
/par
a a
esqu
erda
, hor
izon
tal/
vertic
al.
dife
renç
as e
ntre
as
form
as g
eom
étric
as
espa
ciai
s e
plan
as.
espa
ciai
s e
plan
as e
m
cont
exto
s va
riado
s:
-Per
cepç
ão d
as for
mas
ge
omét
ricas
nos
ob
jeto
s.
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ntifi
caçã
o de
fo
rmas
geo
mét
ricas
pl
anas
e e
spac
iais.
Cons
trui
r e
repr
esen
tar fo
rmas
ge
omét
ricas
pla
nas,
re
conh
ecen
do
e de
scre
vend
o in
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alm
ente
ca
ract
erístic
as c
omo
núm
ero
de la
dos
de
vértices
.
partes
que
com
põem
di
fere
ntes
fig
uras
trid
imen
sion
ais.
de c
ompo
sição
e
deco
mpo
sição
de
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as b
idim
enns
iona
is
e trid
imen
sion
ais
(que
bra-
cabe
ça,
tang
ran,
brin
qued
os
prod
uzid
os c
om
suca
tas)
.
obje
tos
do e
spaç
o fís
ico
e en
tre
obje
tos
geom
étric
os.
anál
ises
de
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as e
m
mal
has
quad
ricul
adas
e
sua
rela
ção
com
a
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ida
de p
erím
etro
.
estu
do d
os e
lem
ento
s (b
ases
, núm
ero
de
face
s, v
értic
es e
ar
esta
s) d
as fig
uras
es
paciai
s: c
ilind
ros,
co
nes,
pirâ
mid
es,
para
lele
pípe
dos,
cub
os
e es
fera
s.
pict
óric
a de
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uras
ge
omét
ricas
pla
nas
e es
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s.
mei
o de
, dia
nte
de,
em tor
no d
e (a
o re
dor
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entro/
fora
, ant
es
de/d
epoi
s de
, ao
lado
de
, ent
re, h
orizon
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vertic
al, m
enor
que
/m
aior
que
, igu
al a
/ in
ferio
r a/
sup
erio
r a.
para
cim
a, p
or b
aixo
/po
r cim
a, p
ara
dent
ro/
para
for
a, p
ara
trás
/pa
ra fre
nte,
por
det
rás/
pe
la fre
nte,
atrav
és d
e,
para
a d
ireita
/par
a a
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erda
, hor
izon
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vertic
al.
form
as g
eom
étric
as
espa
ciai
s e
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as e
m
cont
exto
s va
riado
s
geom
étric
as n
os
obje
tos.
com
para
r, co
nstrui
r e
visu
alizar
as
form
as
geom
étric
as p
lana
s (b
idim
ension
ais)
e
espa
ciai
s (trid
imen
sion
ais)
po
r m
eio
de
dese
nhos
, fig
uras
ou
por
obs
erva
ção
na n
atur
eza
e no
am
bien
te.
de c
ompo
sição
e
deco
mpo
sição
de
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as b
idim
ension
ais
e trid
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sion
ais
(que
bra-
cabe
ça,
tang
ran,
brin
qued
os
prod
uzid
os c
om
suca
tas)
.
89
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
OBJE
TIVO
S CO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
O
Trat
amen
to d
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ação
e fa
zer us
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s in
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açõe
s ex
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sas
na for
ma
de íc
ones
, sím
bolo
s, s
igno
s e
códi
gos.
e co
nstrui
r re
pres
enta
ções
róp
rias
para
a c
omun
icaç
ão
de d
ados
col
etad
os
(com
ou
sem
uso
de
mat
eria
is m
anip
uláv
eis
ou d
e de
senh
os).
das
info
rmaç
ões
em
tabe
las
simpl
es e
em
Grá
ficos
de
colu
nas
(pic
tóric
o).
func
iona
lidad
e do
s re
gist
ros,
no
s jo
gos
e br
inca
deira
s.
Trat
amen
to d
a in
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ação
Regi
stro
de
form
a va
riada
da
cole
ta
de in
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açõe
s em
situ
açõe
s de
pes
quisa,
jo
gos
e br
inca
deira
s
Org
anizaç
ão
dos
regi
stro
s da
s in
form
açõe
s:
-Tab
elas
sim
ples
; -G
ráfic
os d
e co
luna
; -C
onst
ruçã
o de
tab
elas
Leitu
ra, i
nter
pret
ação
e
anál
ise
de tab
elas
sim
ples
.
Leitu
ra, i
nter
pret
ação
e
anál
ise
de g
ráfic
os
de c
olun
as.
Dec
odifi
caçã
o de
sina
lizaç
ões,
pla
cas
e có
digo
s m
ais
signi
ficat
ivos
do
cont
exto
soc
iocu
ltura
l
Trat
amen
to d
a in
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ação
Ler,
inte
rpre
tar
e fa
zer us
o em
di
vers
as s
ituaç
ões
e em
dife
rent
es
conf
igur
açõe
s (a
núnc
ios,
grá
ficos
, ta
bela
s, rót
ulos
, pr
opag
anda
s) p
ara
a co
mpr
eens
ão d
e fe
nôm
enos
e p
rátic
as
sociai
s.
Elab
orar
list
as,
tabe
las
simpl
es,
tabe
las
de d
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trad
a, g
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ba
rras
e p
ictó
ricos
pa
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icar
a
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rmaç
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btid
a,
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tific
ando
dife
rent
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goria
s.
Real
izar
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quisa
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cam
po (qu
estio
nário
s,
leva
ntam
ento
s,
med
içõe
s,
obse
rvaç
ões)
par
a co
mun
icar
at
ravé
s de
gr
áficos
as
info
rmaç
ões
obtid
as.
Inte
rpre
tar d
ados
,
Trat
amen
to d
a in
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ação
Pesq
uisa
de
fenô
men
os s
ócio
cu
ltura
is c
olet
ando
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gist
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orga
niza
ndo
info
rmaç
ões
em for
ma
de tab
elas
, e g
ráfic
os
de c
olun
a
Pesq
uisa
e
inte
rpre
taçã
o de
da
dos,
grá
ficos
e
tabe
las
nos
mei
os d
e co
mun
icaç
ão:
míd
ia
impr
essa
(pa
nfle
tos,
jo
rnai
s, rev
ista
s, li
vros
, en
tre
outros
.) e
out
ras
míd
ias
(com
puta
dor,
tele
visã
o, D
VD, r
ádio
, in
tern
et, e
ntre
out
ros)
.
Sele
ção
e or
gani
zaçã
o de
dad
os
em tab
elas
sim
ples
e
gráf
icos
de
barras
ou
colu
nas.
Form
ulaç
ão,
inte
rpre
taçã
o e
reso
luçã
o de
situ
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s pr
oble
ma
envo
lven
do
anál
ise
críti
ca d
os
Trat
amen
to d
a in
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Regi
stro
de
form
a va
riada
da
cole
ta
de in
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açõe
s em
situ
açõe
s de
pes
quisa,
jo
gos
e br
inca
deira
s
Org
anizaç
ão
dos
regi
stro
s da
s in
form
açõe
s
Tabe
las
simpl
es
Grá
ficos
de
colu
na
(pic
tóric
o)
Cons
truç
ão d
e ta
bela
s;
Leitu
ra, i
nter
pret
ação
e
anál
ise
de tab
elas
sim
ples
.
Leitu
ra, i
nter
pret
ação
e
anál
ise
de g
ráfic
os
de c
olun
as (pi
ctór
icos
).
Dec
odifi
caçã
o de
sina
lizaç
ões,
pla
cas
e có
digo
s m
ais
signi
ficat
ivos
do
cont
exto
soc
iocu
ltura
l
Trat
amen
to d
a in
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ação
Ler,
inte
rpre
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zer us
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s in
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açõe
s ex
pres
sas
na for
ma
de íc
ones
, sím
bolo
s, s
igno
s e
códi
gos.
Cole
tar,
orga
niza
r e
cons
trui
r re
pres
enta
ções
pr
ópria
s pa
ra a
co
mun
icaç
ão d
e da
dos
cole
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om o
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m u
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e m
ater
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s ou
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simpl
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trad
a, g
ráfic
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ba
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e p
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pa
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rmaç
ão o
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a,
iden
tific
ando
dife
rent
es
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goria
s.
Ler,
inte
rpre
tar e
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div
ersa
s situ
açõe
s e
em
dife
rent
e co
nfig
uraç
ões
(anú
ncio
s, g
ráfic
os,
90
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
OBJE
TIVO
S CO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
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gr
áficos
e tab
elas
no
s m
eios
de
com
unic
ação
: m
ídia
im
pres
sa (pa
nfle
tos,
jo
rnai
s, rev
ista
s, li
vros
, en
tre
outros
) e
outras
m
ídia
s (c
ompu
tado
r, te
levi
são,
DVD
, rád
io,
inte
rnet
, ent
re o
utro
s).
e re
solv
er s
ituaç
ões-
prob
lem
a en
volv
endo
an
álise
críti
ca d
os
dado
s de
grá
ficos
e
tabe
las.
com
bina
ção
asso
ciad
a à
mul
tiplic
ação
.
prob
lem
a sim
ples
en
volv
endo
noç
ões
de p
ossib
ilida
de e
pr
obab
ilida
de.
expr
essa
s em
gr
áficos
ou
tabe
las
para
res
oluç
ão d
e pr
oble
mas
, par
tindo
de
dife
rent
es c
onte
xtos
.
dado
s de
grá
ficos
e
tabe
las.
dado
s ex
pres
sos
num
pr
oble
ma
ou p
esqu
isa
em g
ráfic
os o
u ta
bela
s.
com
bina
ção
asso
ciad
a à
mul
tiplic
ação
e
tabe
la
simpl
es e
nvol
vend
o no
ções
de
poss
ibilida
de
e pr
obab
ilida
de
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las,
rót
ulos
, pr
opag
anda
s) p
ara
a co
mpr
eens
ão d
e fe
nôm
enos
e p
rátic
as
sociai
s.
deco
dific
ação
de
sina
lizaç
ões,
pla
cas
e có
digo
s m
ais
signi
ficat
ivos
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cont
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91
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
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4º A
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5º A
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5º A
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96
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4º A
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97
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100
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
CIÊNCIAS HUMANAS
Os estudos na Área de Ciências Humanas compreendem que o conhecimento é construído sócio-historicamente na relação entre homens e destes, com o contexto social, político, econômico, cultural, natural e tecnológico em constante transformação envolvendo diretamente o cotidiano de professores e estudantes.
Ao considerar potencialidades e possibilidades de estudantes, aprender e ensinar Ciências Humanas perpassam pela construção de conhecimentos de dois componentes curriculares: História e Geografia, ambos com objetivos específicos e distintos, mas, que se articulam rumo à construção de um pensamento histórico e geográfico.
Nessa abordagem, o trabalho com a área de Ciências Humanas compreende sociedade, tempo e espaço, trabalho, diversidades socioculturais e religiosas, (gênero, sexualidade, religiosidade, geracionais e étnico-raciais), democracia, nação, paisagem, espaço geográfico e território, que permitem desenvolver o pensamento histórico e geográfico, ao longo dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Diante disso, é importante que o estudante compreenda os fatos e os processos históricos, para que, desse modo, possa referenciá-los espacial e temporalmente, possibilitando novas e diversas relações de aprendizagem, ao abandonar a memorização mecânica incentivada por práticas pedagógicas sustentadas no positivismo histórico desde o século XIX.
Nesse contexto, o ensino da História se relaciona à constituição da noção de identidades individuais, sociais e coletivas que envolvem o conhecimento histórico local e do cotidiano, do eu e do outro, dentro de um espaço temporal, enquanto o da Geografia busca explicar e compreender relações entre sociedade e natureza, nas quais os indivíduos estão inseridos, compondo a paisagem e o espaço geográfico.
Assim, no caso da História, podemos ver a subjetividade como a construção do modo de vida de sujeitos a partir da organização de sentidos e significações que fazem em seus espaços individuais e sociais, ao longo do tempo, valorizando sua identidade histórica. O sujeito é o construtor de seus espaços e o faz a partir de suas vivências e experiências, individuais e sociais. Não é um ser isolado no mundo, mas goza de uma autonomia relativa, que está relacionada a seu estar no mundo. Desta forma, sua aprendizagem acontece com o desenvolvimento de sua subjetividade construída por experiências vividas.
Em relação à Geografia, pensar o espaço é ter consciência do local que
101
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
adquire significado e lhe é familiar, estabelecendo relações com outros locais. Esse espaço tem como centralidade o ser humano e é construído a partir da interação deste com a natureza e com as forças sociais que se estabelecem. É necessário, portanto, reconhecer esse sujeito como parte dessa natureza. O território é o espaço político-social que os sujeitos constroem e nele vivem; são nacionais, regionais ou locais, são constantemente modificados por ações dos próprios sujeitos, individualmente e ou coletivamente, pelo exercício do poder e suas relações culturais, políticas e sociais. Segundo os PCN (2001), o sentimento de pertencimento ao território nacional envolve a valorização da diversidade cultural e o reconhecimento de suas especificidades, numa relação estreita com a paisagem.
Nesse sentido, o território apresenta marcas da organização de grupos sociais que lutam para ocupá-lo, assumindo os resultados de relações que se estabelecem nesse âmbito, tanto naturais como sociais, usando-o como espaço da materialidade da vida (SANTOS, 1994). Os saberes da Geografia, nos anos iniciais, são primordiais para o processo de alfabetização e letramento. Considerar espaços, desenvolver criatividade, interação, relações espaciais e localização possibilitam o desenvolvimento do letramento cartográfico. O estudante pode ler o mundo por meio dos registros cartográficos e identificar as marcas de vida das pessoas. É importante ir além do mapa, checar as informações in loco quando possível.
Portanto, nesse contexto o processo de ensino e aprendizagem deve ser sustentado por uma postura profissional emancipatória que coordena e articula, o que se dá por meio de uma ação didática que explore e problematize experiências, ao propor situações desafiadoras que sejam reflexivas e ampliem as possibilidades de aprender. Destaca-se ainda a importância de um fazer didático-pedagógico centrado na avaliação formativa, em que olhar, observar, descrever, registrar e analisar são essenciais para decisões de planejamento com o objetivo de promover as aprendizagens. Comparar, analisar, descrever, comentar e discutir são formas de emancipar o olhar sobre os conceitos geográficos, à medida que a clareza teórica e metodológica do professor promova a contextualização da realidade espacial dos estudantes concomitantemente à construção de conceitos geográficos e históricos e de todo o mundo a sua volta.
Dessa forma, é essencial que as atividades propostas partam de situações, de problemas significativos e investigativos (práticas sociais) a fim de valorizar os saberes que os estudantes possuem sobre o tema estudado, no sentido de conhecer e compreender os fenômenos. É necessário promover pesquisas de campo em locais ricos de informações, tais como: museus,
102
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
parques, entre outros, como também pesquisas em arquivos, documentos, livros, fotografias, relatos, mídias e outros, ou seja, as fontes de informação devem ser diversificadas, de forma que os estudantes possam analisar, avaliar e aplicar os conhecimentos construídos. É fundamental que os estudantes sejam desafiados a criar e recriar novos saberes pela produção de livros, murais, exposições, teatros, maquetes, quadros cronológicos, mapas, paisagens e outros.
As situações de aprender e ensinar no contexto das Ciências Humanas estabelecem relações entre o passado e o presente que permitam a compreensão da realidade, tanto na dimensão histórica quanto na dimensão geográfica, com o propósito de levar o estudante a perceber-se como indivíduo social, histórico e cultural que pertence, participa e age no mundo de diversidades e diferenças socioculturais, afetivas, históricas e geográficas.
Assim, o ensino de Ciências Humanas objetiva que o estudante dos anos iniciais do Ensino Fundamental construa o pensamento abstrato, interpretando, deduzindo, analisando, levantando hipóteses, criticando fenômenos históricos e geográficos como processos sociais produzidos por seres humanos.
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
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vos
que
habi
tava
m o
DF
e a
popu
laçã
o at
ual.
docu
men
tos
hist
óric
os e
de
outr
os g
êner
os tex
tuai
s co
mo
font
e de
info
rmaç
ão e
pes
quis
a.
pode
res
na c
onst
ruçã
o de
um
a so
cied
ade
dem
ocrá
tica,
ass
im
com
o a
rele
vânc
ia d
os g
rupo
s so
ciai
s na
dem
ocra
tizaç
ão d
os
dire
itos
e de
vere
s po
lític
os,
avan
ços
tecn
ológ
icos
e m
elho
res
cond
içõe
s de
vid
a.
acon
teci
men
tos,
épo
cas
e pe
ríodo
s da
his
tória
de
sua
cida
de, re
aliz
ando
com
para
ções
en
tre
pass
ado
e pr
esen
te e
re
conh
ecen
do-s
e ag
ente
de
tran
sfor
maç
ão.
do D
F (n
eces
sida
des
básica
s,
cond
içõe
s do
s se
rviç
os p
rest
ados
, fo
rmas
de
pode
r e
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pap
éis)
.
regr
as s
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is n
os d
ifere
ntes
gr
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udad
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ação
co
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ento
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raçã
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Dire
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Hum
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oso.
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pov
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icos
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port
ânci
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at
ual s
ocie
dade
.
Loca
lizar
esp
aços
, ac
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cim
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s, é
poca
s e
perío
dos
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istó
ria d
e su
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dade
e
do B
rasil,
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nhec
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-se
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des
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xto.
mat
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ortu
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étni
cas
dos
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rant
es e
urop
eus
e as
iátic
os.
– ci
clos
eco
nôm
icos
.
colo
nial
.
Impé
rio
suas
cau
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e co
nseq
uênc
ias
para
a
orga
niza
ção
do p
aís.
desigu
alda
de é
tnic
o-ra
cial
, so
cial
e
de g
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o no
Bra
sil.
de c
omun
idad
es lo
cais
, ru
rais
, qu
ilom
bola
s, in
díge
nas
do D
F e
do B
rasil.
108
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
EIXO
S TR
AN
SVER
SAIS
: ED
UCA
ÇÃ
O P
AR
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UCA
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EIXO
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O –
BIA
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
OBJE
TIVO
S CO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
O
cara
cter
ístic
as d
o m
eio
ambi
ente
pr
óxim
o à
esco
la
e a
sua
resid
ência,
re
conh
ecen
do
dife
renç
as e
se
mel
hanç
as, e
co
mo
cont
ribui
r pa
ra p
rese
rvar
ess
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ens.
de c
onvi
vênc
ia e
se
u pa
pel p
ara
a co
mun
idad
e es
cola
r e
circ
unvi
zinh
a.
impo
rtân
cia
da
inte
rdep
endê
ncia
de
espa
ços,
e q
ue e
stes
sã
o co
nstruí
dos
a pa
rtir
de rel
açõe
s so
ciai
s e
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terv
ençõ
es
hum
anas
.
o m
eio
ambi
ente
,
soci
edad
e co
mo
agen
te t
rans
form
ador
de
pai
sage
ns,
com
pree
nden
do
cara
cter
ístic
as e
fu
ncio
nam
ento
de
pais
agen
s ur
bana
s e
do c
ampo
.
o us
o su
sten
táve
l de
rec
urso
s na
tura
is
e a
reci
clag
em d
e di
fere
ntes
rec
urso
s no
âm
bito
fam
iliar
, na
esc
ola
e na
so
cied
ade.
mei
os d
e tran
spor
te,
de c
omun
icaç
ão
e m
orad
ia. As
dife
rent
es c
ultu
ras
exis
tent
es n
o Br
asil.
dife
rent
es m
odos
de
sua
esco
la e
loca
is
próx
imos
a s
ua
residê
ncia
sem
elha
nças
ent
re a
s pa
isag
ens
urba
nas
e ru
rais
fam
iliar
, es
cola
r e
circ
unvi
zinh
o
ambi
ente
e d
os
recu
rsos
nat
urai
s (e
cono
mia
de
água
e
luz)
pelo
s fe
nôm
enos
na
tura
is
mat
eria
is:
redu
ção
do
cons
umo,
rec
icla
gem
,
ativ
idad
es p
rodu
tivas
, pr
ofis
sões
e
ocup
açõe
s qu
e re
perc
utem
na
natu
reza
.
ação
da
soci
edad
e na
s qu
estõ
es
soci
oam
bien
tais
lo
cais
e e
m e
spaç
os
dist
ante
s e
suas
co
nseq
uênc
ias
em d
ifere
ntes
es
paço
s e
tem
pos,
re
conh
ecen
do a
im
port
ânci
a do
cu
idad
o e
pres
erva
ção
do m
eio
em q
ue v
ive.
sem
elha
nças
e
dife
renç
as q
ue
exis
tem
ent
re o
seu
am
bien
te fam
iliar
, es
cola
r e
soci
al.
máq
uina
s de
tra
balh
o;
rem
uner
ação
e
salá
rio;
rem
uner
ação
e
gêne
ro;
rela
ções
de
pod
er;
regr
as d
e trab
alho
prod
utiv
as:
tipos
de
prod
ução
; lo
cais d
e trab
alho
; fe
rram
enta
s e
inst
rum
ento
s;
rela
ções
de
pode
r;
mod
ifica
ção
da
natu
reza
paisag
em, r
elev
o, a
s ág
uas
impo
rtan
tes
ao
aten
dim
ento
das
ne
cess
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es b
ásic
as
do h
omem
e p
esso
as
envo
lvid
as n
a pr
oduç
ão
sua
esco
la e
loca
is
próx
imos
a s
ua
residê
ncia
do a
mbi
ente
(fam
iliar
, es
cola
r e
circ
unvi
zinh
o) e
dos
re
curs
os n
atur
ais
cons
erva
ção
e de
senv
olvi
men
to d
e at
itude
s su
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táve
is
(red
ução
do
cons
umo,
re
cicl
agem
)
reco
nhec
imen
to,
cuid
ados
e le
itura
cr
ítica
.
min
ha c
asa,
meu
en
dere
ço, m
eu
tele
fone
109
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
OBJE
TIVO
S CO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
O
particip
ando
de
ques
tões
da
vida
co
letiv
a da
esc
ola
e de
sua
com
unid
ade
circ
unvi
zinh
a.
de u
tilizaç
ão e
co
nser
vaçã
o do
s es
paço
s e
mei
o am
bien
te, p
or m
eio
de
atitu
des
sust
entá
veis,
visa
ndo
ao b
em-e
star
de
tod
os.
e pe
rman
ências
oc
orrid
as e
m
dife
rent
es e
spaç
os a
o lo
ngo
do tem
po.
natu
rais e
con
stru
ídos
, ex
iste
ntes
nas
pa
isag
ens
e os
im
pact
os d
ecor
rent
es
da a
ção
hum
ana.
cart
ográ
ficos
(m
apas
, gu
ias
de rua
s,
ende
reço
s, p
onto
s de
re
ferê
ncia
) ob
serv
ando
se
us u
sos
sociai
s.
vida
soc
ial.
loca
lizaç
ão e
spac
ial
(den
tro
e fo
ra,
ao la
do, en
tre)
, or
ient
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(es
quer
da
e di
reita
) e
lege
nda.
(c
ores
e f
orm
as)
em
situ
açõe
s co
tidia
nas.
noçõ
es e
spac
iais
de
loca
lizaç
ão,
orga
niza
ção
e di
stân
cia
a pa
rtir
do
espa
ço d
a es
cola
em
re
laçã
o a
mor
adia
, po
ntos
de
refe
rênc
ia
e ou
tros
glob
aliz
ação
e s
uras
re
laçõ
es e
m rel
ação
a
espa
ços
geog
ráfic
os:
o lo
cal e
o g
loba
l.
cart
ográ
ficos
(m
apas
, gu
ias
de r
uas,
en
dere
ços,
pon
tos
de ref
erên
cia)
, ob
serv
ando
seu
s us
os
soci
ais.
reap
rove
itam
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perc
epçã
o do
esp
aço
da c
asa,
inte
rno
e ex
tern
o; o
rgan
izaç
ão,
divi
são
de fun
ções
do
esp
aço;
esp
aço
e re
laçã
o da
fam
ília
- su
bsis
tênc
ia, trab
alho
, es
cola
, la
zer
com
unid
ade:
id
entif
icaç
ão d
as
cara
cter
ístic
as
pres
ente
no
espa
ço
e na
nat
urez
a da
co
mun
idad
e da
qua
l pa
rtic
ipam
espa
cial
da
cida
de/
bairr
o; c
arac
teriz
ação
fís
ica
e ec
onôm
ica;
se
rviç
os;
refe
renc
ia
dos
arre
dore
s;
posiçã
o do
sol
na
esco
la e
dire
ções
da
s re
fere
ncia
s;
espa
ço d
e re
laçã
o- o
s ar
redo
res
da e
scol
a,
outr
os lu
gare
s,
sem
elha
nças
e
do t
raba
lho
real
izad
a po
r di
fere
ntes
gru
pos
soci
ais
e gê
nero
s,
tend
o em
vis
ta a
s at
ivid
ades
pro
dutiv
as
de s
ua c
idad
e/re
gião
ad
min
istrat
iva.
evol
ução
dos
mei
os
de t
rans
port
e e
de
com
unic
ação
, su
as
funç
ões,
uso
s e
sua
rela
ção
com
as
nova
s te
cnol
ogia
s.
cart
ográ
fica
para
ob
ter
info
rmaç
ões
e in
terp
reta
r a
orga
niza
ção
geog
ráfic
a e
se
loca
lizar
.
dife
rent
es tip
os
de m
apas
, su
as
aplic
açõe
s e
lege
ndas
.
com
para
r a
orga
niza
ção
geog
ráfic
a da
co
mun
idad
e on
de
funç
ão d
os m
eios
de
tran
spor
te. M
eios
de
tran
spor
te p
artic
ular
e
cole
tivo
com
unic
ação
e n
ovas
te
cnol
ogia
s (h
istó
rico-
sociai
s, g
eogr
áficos
, ec
onôm
icos
, cul
tura
is)
loca
lizaç
ão d
o su
jeito
na
sal
a de
aul
a, n
a es
cola
, no
bairr
o, n
a cida
de, n
o Es
tado
, na
Regi
ão, n
o Br
asil,
no
mun
do.
espa
ço e
da
prod
ução
, as
eta
pas
da p
rodu
ção
e do
pro
duto
: as
pect
os
da o
rgan
izaç
ão d
o es
paço
- di
visã
o fu
ncio
nal;
etap
as d
a pr
oduç
ão-
divi
são
de
tare
fas;
car
acte
rístic
as
do p
rodu
to;
final
idad
e da
pro
duçã
o
rura
is, q
uilo
mbo
las
e in
díge
nas.
aula
: a
posiçã
o de
ob
jeto
s e
estu
dant
es:
fren
te, at
rás,
em
ci
ma,
em
baix
o;
dim
ensõ
es (
altu
ra,
com
prim
ento
, la
rgur
a)
espa
ço p
elo
grup
o
sala
de
aula
, es
paço
s br
inca
ntes
, sa
la
de le
itura
, de
mai
s de
pend
ênci
as
utili
zaçã
o re
orga
niza
ção
e co
nser
vaçã
o)
espa
ços
esco
lare
s -
pont
os c
omun
s e
sem
elha
ntes
; re
ferê
ncia
s da
es
cola
- p
osiç
ões:
(d
ireita
,esq
uerd
a,
inte
rior, e
xter
ior;
vi
zinh
ança
, se
para
ção)
; es
paço
ex
tern
o da
esc
ola
- lig
ação
da
esco
la c
om
outr
os lu
gare
s
110
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
OBJE
TIVO
S CO
NTE
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BJE
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OO
BJE
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NTE
ÚD
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de d
eslo
cam
ento
s di
ário
s in
form
açõe
s co
mo
ende
reço
, no
mes
de
ruas
, pon
tos
de ref
erên
cia.
a po
sição
do
corp
o e
de o
utro
s ob
jeto
s,
reco
nhec
endo
noç
ões
de p
osicio
nam
ento
(fre
nte,
atrás
, ent
re,
pert
o, lo
nge)
e
late
ralid
ade
(esq
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a e
dire
ita).
de lo
caliz
ação
esp
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l (d
entro
e fo
ra, a
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, orie
ntaç
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a e
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dive
rsas
fon
tes
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itas,
mid
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as,
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ográ
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e o
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repr
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ade
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sua
loca
lidad
e.
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lho
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fere
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ua c
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e /
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trat
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utiv
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sões
e
ocup
açõe
s de
ac
ordo
com
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cost
umes
, m
odos
e
hábi
tos
de v
ida.
conh
ecer
a rea
lidad
e de
com
unid
ades
ru
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, qu
ilom
bola
s e
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gena
s e
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rela
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dife
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tre)
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(es
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reita
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) em
situ
açõe
s co
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s co
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
CIÊNCIAS DA NATUREZA
O ensino das Ciências da Natureza tem passado por mudanças ao longo dos tempos, desde sua inclusão como componente curricular na Educação Básica. Tais transformações dizem respeito às tendências norteadoras de seu ensino, bem como as constantes inovações tecnológicas que permitem seu avanço e melhoria da qualidade dos achados científicos.
Até a publicação da Lei de Diretrizes e Bases n° 4.024/61, as aulas de ciências eram ministradas apenas nas duas últimas séries do então chamado curso ginasial. Essa lei estabeleceu que o ensino das Ciências Naturais fosse estendido a todas as séries do ginásio. Nessa época, o ensino das Ciências Naturais era baseado na transmissão de conhecimentos acumulados, e, de uma forma neutra em relação à verdade científica. O trabalho pedagógico era teórico, livresco e pautado no ato de decorar, valorizando-se a quantidade de conteúdos e conceitos transmitidos como um indicador de qualidade. No final da década de 1960, avança-se para a realização de experimentos realizados pelo professor para a confirmação do que havia sido dito teoricamente, porém o estudante continuava apenas como um observador (PCN, 2001).
Em meados da década de 1970, com a crise energética e o agravamento de problemas ambientais pós-guerra, surge a necessidade de formar cidadãos no âmbito da ciência e tecnologia, o que não vinha acontecendo com o ensino convencional da época. Começa a valorização da Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) pelos currículos escolares, de forma integrada, pois os conteúdos científicos e tecnológicos são estudados com a discussão de aspectos éticos, históricos, políticos e socioeconômicos. Essa tendência se tornou notável nos anos oitenta e se confirma como importante até os dias de hoje (PCN, 2001).
Os anos oitenta foram marcados por discussões que trouxeram à tona a importância do processo de construção do conhecimento pelo estudante, sob dois pressupostos: “[...] a aprendizagem provém do envolvimento ativo do aluno com a construção do conhecimento e as ideias prévias dos alunos têm papel fundamental no processo de aprendizagem, que só é possível embasada naquilo que ele já sabe” (PCN, 2001, p. 23).
Na década de 1990 a nova Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96 universaliza o Ensino Fundamental, oportunizando o ensino das Ciências para crianças, jovens e adultos. Os conceitos científicos não são apresentados prontos, como verdades absolutas, inalteráveis e inquestionáveis. Assim, os estudantes constroem ideias por meio de experiências vivenciadas, trilhando
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
o caminho das grandes descobertas da humanidade. Atualmente, o novo desafio é usar o ensino das Ciências como fio
condutor para a multidisciplinaridade e interdisciplinaridade com abordagens sobre ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual, pluralidade cultural e consumo. Sendo assim, o trabalho com este componente curricular vai ao encontro de aprendizagens quando voltado para as necessidades do cidadão, ampliação de sua visão de mundo e alcance de melhorias em sua qualidade de vida.
A organização curricular proposta para o ensino das Ciências apresenta temas ao estudante com possibilidades de desenvolvê-los e consolidá-los em tempos diferentes, porém integrados de forma não linear. Assim, os conteúdos são apresentados a partir de temáticas mais amplas e integradas. São elas: Ambiente, Ser Humano e Saúde, Recursos Tecnológicos.
Os temas atendem as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1998) e são norteadores na organização curricular de objetivos e conteúdos de forma a permitir que os eixos transversais e integradores não sejam tratados isoladamente, mas façam conexão entre os diversos saberes.
AmbienteA temática ambiental aponta para os diversos ambientes em que
os seres vivos estão inseridos, para as relações mútuas entre ambiente e sociedade e promove a reflexão sobre a interação do homem com a natureza. Tem como finalidade demonstrar a responsabilidade humana quanto ao bem-estar comum e quanto ao uso adequado dos recursos naturais para minimizar problemas ambientais, sociais e econômicos.
Ser Humano e SaúdeA temática do ser humano e da saúde é orientada pela concepção do
corpo humano como um sistema integrado que interage com o ambiente e reflete a história de vida do sujeito. O principal enfoque, ao tratar o corpo humano e a saúde, é ter maior conhecimento do próprio corpo e percepção das necessidades biológicas, afetivas, sociais e culturais em todas as fases do desenvolvimento.
Recursos TecnológicosNesta temática são estudadas as invenções que se tornaram necessárias
à vida humana, como aparelhos, máquinas, instrumentos e processos que possibilitam as transformações desses recursos e as implicações sociais, econômicas e ambientais do desenvolvimento e do uso racional da tecnologia.
Dessa forma, essa proposta curricular visa ao desenvolvimento de conteúdos de forma integrada e por meio do processo investigativo no ensino das Ciências, que inclui levantamento de saberes, formulação de
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
hipóteses, investigação teórica, observação e experimentação, retomada de hipóteses levantadas para confrontá-las com as conclusões apresentadas pela comunidade científica, socialização de resultados e conclusões, bem como seus registros, visando a ampliação de conhecimentos científicos dos estudantes. Isso possibilita ao educando a construção de seu conhecimento que passará a fazer parte de sua cultura, deixando de ser uma simples memorização (DELIZOICOV et al., 2002). Assim, o ensino das Ciências, nos anos iniciais tem como objetivo a alfabetização científica, momento em que se percebe a existência de diferentes campos da ciência e tecnologia, bem como o letramento científico em que o estudante consegue utilizar princípios científicos em seu dia a dia, por meio de práticas sociais que envolvem a ciência (KRASILCHIK; MARANDINO, 2004).
No entanto, é importante que esse processo seja desenvolvido de forma lúdica, permitindo que as aprendizagens aconteçam de maneira prazerosa, criativa e significativa, levando estudantes a pensar e agir de maneira lógica a respeito de fatos do cotidiano, a tomar decisões e a resolver problemas práticos.
Por fim, a proposta do currículo das Ciências para os anos iniciais é a de que o professor trabalhe os eixos transversais: Educação para a Diversidade, Cidadania e Educação em e para os Direitos Humanos, Educação para a Sustentabilidade, bem como os eixos integradores: alfabetização, letramentos e ludicidade, na perspectiva interdisciplinar dos conteúdos.
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o e
gaso
so
cara
cter
ístic
a
e er
osão
em
sol
o co
bert
o e
desm
atad
o
plan
taçã
o e
uso
sust
entá
veis
ambi
ente
clas
sific
ação
e
cara
cter
ístic
as
- lo
com
oção
, m
ovim
ento
, al
imen
taçã
o,
reve
stim
ento
do
corp
o, in
tera
ção
com
o
ser
hum
ano,
etc
. (a
par
tir d
e cr
itério
s es
tabe
leci
dos
por
estu
dant
es)
hum
anos
.
algu
mas
ativ
idad
es
hum
anas
pod
em
inte
rfer
ir de
fo
rma
nega
tiva
nos
ambi
ente
s,
prej
udic
ando
a v
ida
no p
lane
ta.
entre
troc
a de
cal
or e
m
udan
ças
de e
stad
os
físic
os d
a ág
ua
para
fun
dam
enta
r ex
plic
açõe
s ac
erca
do
cicl
o da
águ
a.
com
para
r so
los
de
dife
rent
es a
mbi
ente
s.
entre
sol
os, ág
ua
e se
res
vivo
s em
fe
nôm
enos
de
perm
eabi
lidad
e,
fert
ilida
de e
ero
são.
solo
s e
asso
ciá-
lo à
s di
fere
ntes
ativ
idad
es
hum
anas
(ag
ricul
tura
, cr
iaçã
o de
gad
o e
usos
e c
ompo
sição
(n
itrog
ênio
, oxi
gêni
o e
gás
carb
ônico)
(cat
a-ve
nto,
biru
ta,
balã
o et
c.)
ambi
ente
ocor
ridas
em
ex
perim
ento
s,
situ
açõe
s do
cot
idia
no
ou n
o am
bien
te (cicl
o da
águ
a, n
a re
ciclag
em
de p
apel
, na
corros
ão,
na c
ulin
ária
etc
.)
e ve
geta
l (na
scim
ento
, cr
escim
ento
, re
prod
ução
, en
velh
ecim
ento
e
mor
te)
Rela
ção
dos
sere
s vi
vos
com
o
ambi
ente
: pr
edaç
ão,
falta
de
alim
ento
, de
smat
amen
to,
capt
ura,
situ
açõe
s am
bien
tais, e
xtin
ção
sust
entá
vel
borr
acha
, m
etai
s,
plás
tico
e pa
pel
clas
sific
ação
e
cara
cter
ístic
as
- lo
com
oção
, m
ovim
ento
, al
imen
taçã
o,
reve
stim
ento
do
corp
o, in
tera
ção
com
o
ser
hum
ano,
etc
. (a
par
tir d
e cr
itério
s es
tabe
leci
dos
pelo
s es
tuda
ntes
)
sere
s vi
vos
com
o
ambi
ente
: fa
lta
de a
limen
to,
desm
atam
ento
, ca
ptur
a, p
reda
ção,
situ
açõe
s am
bien
tais
, ex
tinçã
o.
118
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
OBJE
TIVO
S CO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
O
pr
ima
retir
ada
da
natu
reza
.
part
e da
nat
urez
a.
vivo
s e
não
vivo
s,
iden
tific
ando
sua
s ca
ract
erís
ticas
e
os a
mbi
ente
s tr
ansf
orm
ados
.
part
es d
a pl
anta
e
com
pree
nder
noç
ões
de p
rese
rvaç
ão.
em d
ifere
ntes
am
bien
tes:
tip
os,
tam
anho
s e
form
as
dife
rent
es.
de v
ida
dos
sere
s vi
vos
perc
eben
do
a re
prod
ução
co
mo
form
a de
co
ntin
uida
de d
esse
ci
clo
e co
ntra
star
fo
rmas
de
nasc
imen
to
em d
ifere
ntes
an
imai
s.
funç
ões
de p
arte
s da
s pl
anta
s -
nutriç
ão e
re
prod
ução
Cicl
os d
e vi
da
anim
al e
veg
etal
(n
asci
men
to,
cres
cim
ento
, re
prod
ução
, en
velh
ecim
ento
e
mor
te)
ocup
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urb
ana)
.
feito
o u
so d
o so
lo n
a re
gião
.
iden
tific
ar g
ases
e
polu
ente
s qu
e co
nstit
uem
o a
r.
atm
osfe
ra c
omo
uma
cam
ada
gaso
sa q
ue
prot
ege
a te
rra,
bem
co
mo
reco
nhec
er a
m
istu
ra d
e ga
ses
que
a co
mpõ
em.
impo
rtân
cia
do v
ento
pa
ra o
hom
em.
natu
rais
fin
itos
e co
mpr
eend
er a
im
port
ânci
a de
re
utili
zar
obje
tos
e m
ater
iais
.
foto
ssín
tese
.
de v
ida
dos
sere
s vi
vos,
per
cebe
ndo
119
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
OBJE
TIVO
S CO
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NTE
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BJE
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cl
assific
ação
dos
ser
es
vivo
s co
nfor
me
suas
ca
ract
erís
ticas
.
impo
rtân
cia
dos
anim
ais
para
a
man
uten
ção
do
equi
líbrio
da
vida
na
terr
a.
a re
prod
ução
co
mo
form
a de
co
ntin
uida
de d
esse
ci
clo
120
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
OBJE
TIVO
S CO
NTE
ÚD
OO
BJE
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NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
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O
Ser hu
man
o e
saúd
e
corp
o, id
entif
ican
do
suas
par
tes,
alé
m
de c
ompa
rar as
se
mel
hanç
as c
om
outros
indi
vídu
os.
func
iona
lidad
e da
s pa
rtes
do
corp
o.
a sa
úde,
em
seu
s di
vers
os a
spec
tos:
pe
ssoa
l, so
cial
e
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enta
l é p
rom
ovid
a pe
la a
tuaç
ão d
e di
fere
ntes
age
ntes
.
a hi
gien
e pe
ssoa
l e
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enta
l são
im
port
ante
s à
pres
erva
ção
da s
aúde
.
form
as d
e al
imen
taçã
o do
s se
res
vivo
s.
Ser hu
man
o e
saúd
e
prin
cipa
is p
arte
s do
co
rpo,
bem
com
o as
fu
nçõe
s bá
sica
s do
s ór
gãos
.
mei
o a
seu
redo
r,
com
pree
nden
do
e id
entif
ican
do a
s fu
nçõe
s do
s ór
gãos
do
s se
ntid
os.
resp
eita
r se
mel
hanç
as
e di
fere
nças
ent
re
os s
eres
hum
anos
: di
fere
nças
indi
vidu
ais,
so
ciai
s, é
tnic
o-ra
ciai
s e
cultu
rais
.
reco
nhec
er a
s di
fere
ntes
fas
es
da v
ida:
infâ
ncia
, ad
oles
cênc
ia, id
ade
adul
ta e
vel
hice
.
e co
mpo
rtam
ento
s fa
vorá
veis
à
pres
erva
ção
da s
aúde
em
rel
ação
à h
igie
ne
Ser hu
man
o e
saúd
e
funç
ões
dos
órgã
os
sens
oria
is a
par
tir
da p
erce
pção
do
am
bien
te, da
or
ient
ação
esp
acia
l e
da lu
dici
dade
part
es e
noç
ões
básica
s da
s fu
nçõe
s do
cor
po h
uman
o e
sua
rela
ção
com
os
sen
tidos
(vi
são,
au
diçã
o, t
ato,
pal
adar
, ol
fato
)
entre
pare
ntes
co
nsan
guín
eos
– fe
cund
ação
dife
renç
as d
e gê
nero
, ét
nico
-rac
iais
e
afet
ivas
ent
re o
s se
res
hum
anos
corp
o:
- Hig
iene
Ser hu
man
o e
saúd
e
algu
mas
fun
ções
bá
sica
s de
órg
ão d
o co
rpo.
a im
port
ânci
a de
um
a al
imen
taçã
o eq
uilib
rada
.
impo
rtân
cia
de
vaci
nas
na p
reve
nção
de
doe
nças
.
bons
háb
itos
de
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enta
ção,
mod
os
de v
ida
saud
ávei
s.
dife
rent
es tip
os
de n
utrie
ntes
e
suas
fun
ções
, de
senv
olve
ndo
atitu
des
de m
odo
a va
loriz
ar o
s al
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tos
natu
rais
, co
m
utili
zaçã
o m
oder
ada
e
evita
ndo
desp
erdí
cio.
dos
alim
ento
s e
praz
o de
val
idad
e, d
e m
odo
Ser hu
man
o e
saúd
e
ambi
ente
e o
rient
ação
es
pacial
por
mei
o do
s ór
gãos
sen
soria
is e
da
ludi
cida
de
partes
e n
oçõe
s bá
sicas
das
fun
ções
do
cor
po h
uman
o:
perc
epçã
o da
s at
ivid
ades
fisio
lógi
cas
(m
ovim
ento
s,
batim
ento
s ca
rdía
cos,
pu
lsaç
ão,
tran
spira
ção,
et
c.)
entre
pare
ntes
co
nsan
guín
eos
– se
xual
idad
e (n
oçõe
s)
dife
renç
as d
e gê
nero
, ét
nico
-rac
iais e
af
etiv
as e
ntre
os
sere
s hu
man
os
(com
pree
nsão
e
resp
eito
)
corp
o:
- Hig
iene
Ser
hum
ano
e sa
úde
ambi
ente
e o
rient
ação
es
paci
al p
or m
eio
dos
órgã
os s
enso
riais
e d
a lu
dici
dade
part
es e
noç
ões
básica
s da
s fu
nçõe
s do
cor
po h
uman
o
entre
pare
ntes
co
nsan
guín
eos
dife
renç
as e
ntre
os
sere
s hu
man
os
corp
o
saud
ável
121
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
OBJE
TIVO
S CO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
O
co
rpor
al e
am
bien
tal,
mod
os d
e tran
smis
são
e de
pre
venç
ão d
e do
ença
s co
ntag
iosa
s.
bons
háb
itos
de
alim
enta
ção,
mod
os
de v
ida
saud
ávei
s.
de s
egur
ança
em
re
laçã
o a
mat
eria
is
(por
exe
mpl
o: m
antê
-lo
s af
asta
dos
do f
ogo,
em
loca
l seg
uro
e co
m e
tique
tas
de
iden
tific
ação
par
a ev
itar
acid
ente
s).
- Alim
enta
ção
saud
ável
- Pr
even
ção
de
doen
ças
- Pr
even
ção
de
acid
ente
s do
més
ticos
a ev
itar
prej
uízo
s à
saúd
e.
delin
ear
as d
iver
sas
tran
sfor
maç
ões
do
corp
o, rel
acio
nand
o a
bons
háb
itos
de
higi
ene
cotid
iano
s du
rant
e to
da a
vid
a.
a hi
gien
e pe
ssoa
l e
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enta
l são
im
port
ante
s à
pres
erva
ção
da s
aúde
.
Com
pree
nder
mod
os
de t
rans
mis
são
e pr
even
ção
de d
oenç
as
cont
agio
sas.
-Tra
nsm
issã
o de
do
ença
s co
ntag
iosa
s e
epid
emia
s
de d
oenç
as
Prát
icas
esp
ortiv
as e
at
ivid
ades
físic
as
122
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
1º A
NO
2º A
NO
3º A
NO
OBJE
TIVO
S CO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
O
Recu
rsos
Tec
noló
gico
s
tecn
olog
ia n
o pr
oces
so
de tra
nsfo
rmaç
ão d
os
recu
rsos
nat
urai
s.
são
feito
s os
div
erso
s ob
jeto
s qu
e fa
zem
pa
rte
do u
nive
rso
da
cria
nça.
Recu
rsos
Tec
noló
gico
s
as a
ções
do
hom
em
pode
m m
odifi
car
o am
bien
te.
tecn
olog
ia p
rese
nte
na t
rans
form
ação
dos
re
curs
os n
atur
ais.
mei
os d
e tran
spor
te
com
o in
venç
ões
útei
s na
mel
horia
da
qua
lidad
e de
vi
da, be
m c
omo
a pr
oduç
ão d
e va
cina
s,
med
icam
ento
s,
prod
utos
in
dust
rializ
ados
, el
etrô
nico
s.
a ob
jeto
s em
fun
ção
das
prop
rieda
des
e us
os.
Recu
rsos
Tec
noló
gico
s
mat
eria
is e
impa
cto
sobr
e o
mei
o
desc
ober
tas
real
izad
as
pela
hum
anid
ade
na
com
unid
ade
cien
tífic
as e
sua
s in
fluên
cias
no
mei
o fís
ico
e so
cial
Recu
rsos
Tec
noló
gico
s
tran
sfor
maç
ão d
os
mat
eria
is m
uda
a qu
alid
ade
de v
ida
do
ser
hum
ano.
recu
rsos
tec
noló
gico
s ut
iliza
dos
no
trat
amen
to d
a ág
ua,
culti
vo d
o so
lo e
en
ergi
a en
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rada
na
natu
reza
.
a ob
jeto
s em
fun
ção
das
prop
rieda
des
e us
os.
Obs
erva
r e
elab
orar
ex
plic
açõe
s pa
ra
algu
ns f
enôm
enos
: ev
apor
ação
da
água
, cr
esci
men
to
da m
assa
do
pão,
en
ferr
ujam
ento
de
um
pre
go e
tran
sfor
maç
ões
ocor
ridas
na
prod
ução
de
alim
ento
s.
Recu
rsos
Tec
noló
gico
s
Tecn
olog
ia c
om a
s Ci
ências
Mod
erna
s e
Cont
empo
râne
as
desc
ober
tas
real
izad
as
pela
hum
anid
ade,
na
cida
de
tran
sfor
maç
ões
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tífic
as e
sua
s in
fluên
cias
no
mei
o fís
ico
e so
cial
Recu
rsos
Tec
noló
gico
s
desc
ober
tas
real
izad
as
pela
hum
anid
ade
no
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ente
fam
iliar
Tran
sfor
maç
ões
cien
tífic
as e
sua
s in
fluên
cias
no
mei
o fís
ico
e so
cial
123
CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
EIXO
S TR
AN
SVER
SAIS
: ED
UCA
ÇÃ
O P
AR
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DIV
ERSI
DA
DE
/ CI
DA
DA
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UM
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EIXO
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TEG
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ETR
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ENTO
S/LU
DIC
IDA
DE
CIÊN
CIA
S D
A N
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A2º
BLO
CO
4º A
NO
5º A
NO
OBJE
TIVO
S CO
NTE
ÚD
OO
BJE
TIVO
SCO
NTE
ÚD
O
Ambi
ente
Sist
ema
Sola
r e
seus
pla
neta
s.
saté
lites
nat
urai
s e
artif
icia
is.
cara
cter
izar
os
mov
imen
tos
de
tran
slaç
ão e
rot
ação
do
plan
eta
Terr
a.
cons
equê
ncia
s do
s m
ovim
ento
s de
rot
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e t
rans
laçã
o do
pl
anet
a Te
rra
e a
incl
inaç
ão d
o se
u ei
xo im
agin
ário
.
com
pree
nder
o q
ue s
ão e
com
o oc
orre
m e
ent
ende
r as
con
diçõ
es
nece
ssár
ias
para
que
oco
rram
os
eclip
ses
luna
res.
clas
sific
ação
das
roc
has,
os
prin
cipa
is m
ater
iais
ter
rest
res,
su
as c
arac
terís
ticas
e u
so.
Am
bien
te
tam
anho
rel
ativ
o, e
dis
tânc
ia d
a Te
rra
(lua,
sol
, pl
anet
as)
card
eais
, or
ient
ação
por
co
nste
laçõ
es, na
scen
te e
poe
nte
cros
ta ter
rest
re e
mag
ma
clas
sific
ação
, tip
os e
util
izaç
ão
sol,
calo
r, frio
, um
idad
e, g
rani
zo,
neve
, ne
blin
a e
gead
a)
Am
bien
te
iden
tific
ar o
sis
tem
a so
lar, s
eu
plan
etas
, sa
télit
es n
atur
ais
e ar
tific
iais
.
perío
dos
ilum
inad
os d
o di
a, a
s es
taçõ
es d
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o.
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124
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4º A
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5º A
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natu
rais
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4º A
NO
5º A
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4º A
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5º A
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
4º A
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5º A
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o,
loco
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hum
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- Si
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iges
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, ci
rcul
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e re
spira
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spira
tório
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ocas
ga
sosa
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, ur
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osfé
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Hum
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ção,
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reçã
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loco
moç
ão
hum
ano:
- Si
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as d
iges
tório
, ci
rcul
atór
io
e re
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tório
- Si
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a re
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tório
: tr
ocas
ga
sosa
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xigê
nio
x gá
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rbôn
ico)
- Si
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otor
, ur
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io,
geni
tal e
end
ócrin
o
pres
são
atm
osfé
rica
(res
pira
ção
com
o re
sulta
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a di
fere
nça
entre
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tern
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s pu
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s e
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unic
elul
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e p
luric
elul
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tica
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4º A
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5º A
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ão.
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os e
men
inas
: m
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ruaç
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e,
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ão, gr
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her
ança
ge
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DST
)
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4º A
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5º A
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ENSINO RELIGIOSO
A humanidade sempre empreendeu a jornada da religião movida por sua espiritualidade. Esse movimento, ao longo do tempo, construiu um valioso patrimônio cultural e edificou importantes valores para as relações em sociedade. Essas experiências representam a busca do ser humano pelo sentido da vida.
O Ensino Religioso, ao ser inserido no contexto educacional público, de acordo com a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) de 1996 e a Lei Orgânica do Distrito Federal de 1993, faz-se necessário respeitar as regras advindas desse espaço, que não é proselitista, mas pedagógico, laico e pluralista. Assim, esse componente curricular deve construir sua identidade a partir desses parâmetros, valorizando a riqueza cultural e religiosa das comunidades regionais, nacionais e internacionais e incentivando o respeito a essa diversidade. No Distrito Federal, a Lei Orgânica estabelece a oferta obrigatória do Ensino Religioso, com matrícula facultativa, nos Ensinos Fundamental e Médio.
O conceito de religião está intrinsecamente ligado a conceitos de religiosidade, que “[...] traduz o ethos de um povo, ou seja, estilo de vida, disposições morais e estéticas, caráter e visão de mundo deste [...]” e de fé, que “[...] ao dar-se conta de sua religiosidade, a pessoa a expressará, direcionando-a e dando-lhe uma ‘cara’. Quando a religiosidade assume uma forma própria, pode-se dizer que a pessoa está vivenciando determinada fé” (BALTAZAR, 2003, p. 38).
Nesse sentido, a religião é uma decisão pessoal, enquanto a fé se configura como a manifestação dessa decisão, indo ao encontro do social. No desenvolvimento da fé, pessoas que têm o mesmo sentimento passam a compartilhá-lo de maneira sistemática, comungando rituais e desenvolvendo atitudes de solidariedade, lealdade e aliança. “Quando isso acontece, forma-se uma religião: um grupo que crê nas mesmas coisas, reza junto, tem rituais e orações em comum e é fiel, unido e solidário entre si” (MACHADO, 2005, p. 111, 112).
Cada religião faz afirmações firmes e diferentes sobre questões importantes, por exemplo, a existência de um ou mais deuses e o destino da pessoa após a morte. Entretanto, diante de um mundo plural, onde a convivência com a diversidade é uma realidade, o princípio é o de que opções religiosas são legítimas e precisam ser respeitadas. Afinal, as verdades de cada religião são afirmações de fé, feitas pelo que se acredita e não pelo que se viu (MACHADO, 2005).
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
O século XX testemunhou um aflorar da consciência espiritual da humanidade ainda que, paradoxalmente, a busca por benefícios que uma vida material possa oferecer tenha aumentado radicalmente. Não obstante, essa consciência espiritual resultou numa procura por respostas, o que conduziu multidões a migrarem e transitarem pelas mais diferentes vertentes religiosas. No Brasil, isso resultou em novo quadro do perfil religioso do país, que se encontra mais plural (IBGE, 2010). A crescente pluralidade religiosa brasileira passa a ser constatada também no Ensino Religioso, mesmo que ainda apresentando-se de forma tímida, no que concerne às representações religiosas minoritárias.
O Ensino Religioso está em plena construção em nosso país. Como consequência de uma história predominantemente cristã, ainda deixa muitas dúvidas e poucas certezas sobre respeitar as regras advindas do contexto educacional público que é pedagógico, laico e pluralista. Contudo, é fato que o Ensino Religioso não é um espaço para favorecimento a sistemas, ideologias e proselitismos religiosos, mas para dar ênfase à igualdade de direitos, ao respeito e à diversidade presentes em nossa formação como povo e à integralidade do ser humano.
A complexidade do fenômeno religioso abrange muitas faces e variáveis, exigindo dos professores conhecimentos sobre as tradições religiosas, suas perspectivas civilizatórias e os contextos histórico-culturais que as representam. Requer, inclusive, que sejam consideradas as possibilidades das pessoas não acreditarem nos fenômenos religiosos, no sagrado e ou no transcendental. Mesmo diante de sua pluralidade, todas as religiões possuem elementos indispensáveis para sua organização e constituição: Experiência Religiosa; Símbolo; Mito; Rito e Doutrina.
Se a Constituição Federal instituiu um Estado laico e ao mesmo tempo obrigou os entes federados a ofertarem o Ensino Religioso em escolas públicas, isso ocorreu no sentido de permitir que os estudantes conheçam a existência de religiões e crenças diferentes das praticadas por seus familiares e, com isso, aprendam a respeitá-las. Desse modo, é importante que a atuação docente contemple no desenvolvimento dos temas e conteúdos os elementos constitutivos das diversas religiões nas atividades didático-pedagógicas.
Portanto, a organização curricular, ao considerar as temáticas Alteridade e Simbolismo Religioso, tem como função relacionar os conteúdos em uma teia integral e integradora. A Alteridade desenvolve-se a partir do conceito de ethos, em uma perspectiva familiar, comunitária e social. O Simbolismo Religioso desenvolve-se a partir dos conceitos de Ritos, Mitos, Sagrado
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
e Transcendente. A ideia de alteridade aqui posta está intrinsecamente ligada à de
justiça. Isto se faz por meio da percepção do próprio eu e, a partir disso, a aceitação da existência do outro. Nesse sentido, “[...] a justiça é vista a partir da ideia da ‘ética da alteridade’, vista como uma forma de se abrir o espírito para se compreender a realidade, que é algo externo a mim, diferente de mim” (OLIVEIRA; PAIVA, 2010, p 143).
A convivência com o diferente e com o próximo é a base da ética. Sendo o outro diferente de mim, tenho que ser capaz de viver e aceitar o diverso, a singularidade de quem vive e convive comigo. Há que se considerar, dessa forma, as mais diversas manifestações religiosas presentes no Brasil, assim como a ausência de manifestações, dando-lhes o mesmo grau de importância. Sendo assim, valorizam-se conceitos como paz, tolerância, diversidade, respeito, amizade, amor, autoestima, caráter, honestidade, humanidade e ética.
Os símbolos exercem grande influência sobre a vida social, pois, por meio deles torna-se possível concretizar realidades abstratas, morais e mentais da sociedade. Assim, o simbolismo religioso tem a capacidade de ligar o ser humano ao sobrenatural. A religião é dotada de vários símbolos que servem, ainda, para unir valores e expressões mais concretas. Portanto, os símbolos criam e recriam a participação coletiva dos grupos sociais, fazendo visíveis as crenças sociais.
O Ensino Religioso requer a organização do trabalho pedagógico pautada na exploração de músicas, filmes, pinturas, lendas, parlendas, histórias e outros, enfatizando o caráter lúdico e o pensamento crítico e reflexivo, por meio de aulas dialogadas, que valorizem as experiências religiosas dos próprios estudantes e seus conhecimentos prévios em articulação com os conteúdos em uma abordagem interdisciplinar. Nessa perspectiva, o Ensino Religioso favorece a convivência e a paz entre as pessoas que comungam ou não crenças diversas.
Para que se estabeleçam diálogos inter-religiosos nas etapas da Educação Básica, a utilização da investigação científica e a reflexão pautada na filosofia constituem-se fundamentais ao oportunizarem as aprendizagens para a formação integral do ser humano, com propósitos coerentes e éticos que suscitem o respeito às diferenças religiosas para além da territorialidade geográfica.
O conhecimento das concepções de mundo que existem nas diferentes tradições religiosas implica estudar o meio ambiente, a história, a política e a economia das sociedades nas quais esses elementos se integram e se definem.
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CURRÍCULO EM MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICAENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
É imprescindível que os profissionais que atuam no Ensino Religioso tenham a percepção de que os conhecimentos trazidos pelos estudantes, em geral, apresentam visões de senso comum, naturalizadas, empíricas e sincréticas (SAVIANI,1991). Portanto, cabe a esses profissionais se posicionarem de maneira objetiva e crítica em relação ao papel sociocultural do Ensino Religioso. Nesse sentido, a função do professor como mediador será exercida ao articular saberes apresentados por estudantes e conteúdos a serem trabalhados na escola, contemplando os eixos transversais: Educação para a Diversidade, Cidadania e Educação em e para os Direitos Humanos, Educação para a Sustentabilidade.
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