curso basico de espeleologia
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CCC rrr iii sss ttt iii nnn aaa CCC ... BBB iii ccc aaa lll hhh ooo ,,, 222 000 000 333
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HHHiiissstttrrr iiiaaa dddaaa EEEssspppeeellleeeooolllooogggiiiaaa
A relao do homem com as cavernas to antiga quanto a sua prpria
histria. Elas foram o seu primeiro abrigo e seu mais antigo santurio. At hoje
provocam nas pessoas os mais variados sentimentos: um temor inicial, mtico,
arraigado no nosso inconsciente, passando por uma curiosidade, natural, que se
transforma em uma vontade de explorar, descobrir, e por fim, um inevitvel
deslumbramento para os que tiveram oportunidade de conhecer este
maravilhoso mundo subterrneo.
Somente a partir da segunda metade do sculo XIX que as cavernas
comearam a ser objeto de estudos cientficos. A espeleologia, do grego
spelaion, surge como uma cincia interdisciplinar, que estuda aspectos de
geologia, qumica, hidrologia, biologia, paleontologia e arqueologia, associada
explorao tcnica e esportiva desses ambientes.
Um francs chamado E.A. Martel foi o primeiro a dar disciplina
contornos tericos, sendo chamado de pai da espeleologia. Juntamente com
outros cientistas, nas trs primeiras dcadas do sculo XX, aprofundou os
estudos nas reas mais especializadas da espeleologia.
No Brasil , os primeiros estudos cientficos em cavernas foram realizados
no campo da paleontologia, pelo dinamarqus Peter Lund, que entre 1835 e
1844 desenvolveu estudos na regio de Lagoa Santa-MG, descobrindo diversos
fsseis importantes, inclusive o Homem de Lagoa Santa. O alemo Richard
Krone, no final do sculo XIX e incio do sculo XX, dedicou-se ao
levantamento sistemtico da regio de Iporanga-SP, no vale do Ribeira.
A Socit Splologique de France foi criada em 1930 e o primeiro grupo
brasileiro, a Sociedade Excursionista e Espeleolgica da Escola de Minas de
Ouro Preto, em 1937. No mbito mundial, vale destacar a realizao do I
Congresso Internacional de Espeleologia, em Paris, 1953. Na dcada de 50 foi
criada a seo de espeleologia do Clube Alpino Paulista, e em 1969, aps trs
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congressos brasileiros de espelelogia, foi criada a Sociedade Brasileira de
Espeleologia SBE.
A partir da dcada de 70 outros grupos foram surgindo, com destaque
para o Espeleo Grupo e Braslia EGB, responsvel pelos primeiros trabalhos
na regio Centro-Oeste, e reconhecido pela significativa evoluo das tcnicas
de explorao de cavernas, especialmente na explorao vertical.
Uma maior participao brasileira no contexto internacional se tornou
mais efetiva a partir da realizao do I Congresso de Espeleologia da Amrica
Latina e do Caribe, ocorrido em 1988, no Brasil . Esperamos que a realizao do
XXI Congresso Internacional de Espeleologia no Brasil , em julho de 2001, em
Braslia, possa dar novo impulso espeleologia nacional, dando-lhe maior
destaque mundial.
HHHiiissstttrrr iiicccooo dddooo EEEGGGBBB
Em 1973 um jovem Sargento do exrcito, recentemente transferido do Sul
para Braslia, envolvido em sua terra natal com a arqueologia, atravs da qual
j havia visitado grutas em granito e arenito, buscou conhecer as preciosidades
geogrficas do Brasil central.
Inicialmente percorreu, juntamente com amigos, o norte do Distri to
Federal onde exploraram pequenas grutas calcrias l existentes, com o apoio
de um entusiasta e caador na regio. Estava formado um primeiro grupo, j
completamente envolvido pela atividade.
De posse de um velho panfleto da Embratur, conseguido no sul e onde se
anunciava a existncia da Gruta da Fazenda Corumb (hoje Gruta dos Ecos -
GO 018), passaram a tentar relocaliz-la, o que foi feito aps algumas sadas e
encontraram uma das maiores cavernas em micaxisto do mundo. Firmava-se,
definitivamente, a paixo pelo subterrneo e gerava-se, espontaneamente, um
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grupo de amigos dedicados espeleologia, sem mesmo saberem da existncias
de outros grupos similares no Brasil da poca.
Em 1974 veio a preocupao de se formalizar as informaes e esculpiu-
se o Espeleo Grupo de Braslia - EGB, datando de 1975 os primeiros registros
das atividades realizadas. Trs anos mais tarde toma-se conhecimento da
existncia de uma Sociedade Brasileira de Espeleologia e em 21 de outubro de
1977, registrada em cartrio sua criao oficial, sendo provavelmente a
primeira ONG voltada natureza criada no novo Distrito Federal.
Nestes 25 anos dedicados espeleologia, o EGB vem trabalhando em
vrios estados brasileiros, promovendo a descoberta de mais de uma centena de
cavernas e lutando pela preservao das mesmas.
OOO rrreeellleeevvvooo cccrrrssstttiiicccooo eee aaa GGGnnneeessseee dddeee cccaaavvveeerrrnnnaaasss
111 ... DDD eee fff iii nnn iii ooo
Relevo crstico o t ipo de relevo que se desenvolve sobre rochas
solveis, principalmente carbonticas. Podemos distinguir o carste em
exocarste, (representados principalmente pelas dolinas , paredes e vales) e
endocarste, representado principalmente pelas cavernas.
222 ... AAA sss rrr ooo ccc hhh aaa sss
As rochas que compem o relevo crstico mais importantes so o
dolomito e o calcrio. Os calcrios possuem muitas variedades, podendo
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encontrar materiais diversos encorporados, mas constituem mais de 90 % de Ca
CO3 .
O dolomito a segunda rocha em importncia (Ca , Mg(CO3)2). Sua
formao ocorre com a dolomitizao do calcrio, que se d com a introduo
de Magnsio na calcita. O Carste sobre dolomito menos desenvolvido.
333 ... PPP sss eeeuuuddd ooo ccc aaa rrr sss ttt eee
So paisagens que lembram as do Carste, mas que so resultantes de
processos diferentes.
Neste caso, a ao mecnica das guas o fator modelador das paisagens,
mas ainda existe reao qumica com a gua, embora seja lenta e deixe
resduos. O que no acontece com as rochas carbonticas puras, onde a reao
no deixa resduos.
Portanto h a formao de cavernas sem que haja a dissoluo do mineral,
havendo a desagregao dos gros provocada por lenta penetrao da gua.
Pode tambm ocorrer a existncia de rochas carbonticas sob rochas
inertes (como o quartzo), a ao da gua ir ocorrer sobre a rocha carbontica.
444 ... AAA qqq uuu mmm iii ccc aaa dddooo CCC aaa rrr sss ttt eee
A gua das chuvas absorve CO2 da atmosfera e ao alcanar o solo se
combina com o CO2 existente neste (relacionado ao das plantas), formando
o cido carbnico.
CO2 + H2O H2CO3
A prxima etapa o ataque rocha:
Dissociao dos compostos:
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CaCO3 Ca +2 + CO3-3
H2CO3 H+ + HCO3 -
O prton que efetivamente atacar o carbonato da reao:
CO32- + H+ HCO3-
HCO3- + H+ H2CO3
555 ... HHH iii ddd rrr ooo lll ooo ggg iii aaa CCC rrr sss ttt iii ccc aaa
Em qualquer rocha, dois importantes parmetros condicionam o
comportamento da gua:
Permeabilidade: Capacidade da rocha em permitir a passagem de gua.
Porosidade: Porcentagem do volume ocupada por vazios.
A porosidade primria, representada por poros entre as molculas, no
importante no carste.
J a porosidade secundria, formada por juntas, fraturas e cavernas, de
origem posterior formao da rocha e de suma importncia no carste. A gua
cida, ao infiltrar-se de forma difusa em um macio de calcrio, ter seu efeito
muito diminudo, ao passo que se toda a sua carga dissolutiva concentrar-se em
zonas de fraqueza como fraturas, a carstificao ser muito maior.
Zonas hidrolgicas:
Zona vadosa: Onde h livre escoamento de gua. A rocha no est
embebida na gua.
Zona fretica: Onde a rocha est permanentemente embebida na gua.
Limitada superiormente pelo nvel fretico.
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Zona intermediria: Influenciada pela variao de nvel fretico. Hora
vadosa hora fretica.
Um fato de importncia na hidrologia de terrenos calcrios que a gua
na zona fretica concentra-se nas fraturas (porosidade secundria), pois os
vazios correspondentes porosidade primria so geralmente muito reduzidos.
Uma das principais caractersticas do Carste a ausncia de drenagem
superficial. As caractersticas da rocha fazem com que toda a gua da chuva
seja absorvida, mesmo que as precipitaes alcancem 2.000 mm anuais ou mais.
No carste a gua de chuva infiltra-se do solo para a rocha com muita rapidez,
sendo que o escoamento sobre o solo ou dentro do solo restri to e sem muita
importncia, por isso raro encontrar rios superficiais no carste. A no ser que
a regio seja de calcrio impuro ou se ocorrer a entrada de guas drenadas em
regies no crsticas.
A vegetao exerce importante influncia na infiltrao da gua. Para um
mesmo solo e calcrio, uma floresta de eucaliptos ocasiona duas vezes mais
perdas de gua para a atmosfera do que em reas com gramneas.
As perdas de gua por evaporao e evapotranspirao so muito menores
no carste do que em outros tipos de paisagens, por causa da rpida infiltrao.
Quando ocorrem chuvas, a gua infil trada pode seguir seu curso de forma
bastante lenta (fluxo de infiltrao vadosa e de percolao vadosa) levando por
vezes meses para abastecer um curso dgua subterrneo. Desta forma, os picos
de inundao em rios crsticos so menores do que em rios no crsticos.
A gua, ao atingir a rocha, apresenta PH cido, mas que vai se tornando
bsica ao percorrer o rio hipgeo, por aumentar o teor de clcio por
decomposio da rocha e devido ao gotejamento. Este PH bsico impede que os
sedimentos se mantenham em suspenso, fazendo-os depositar rapidamente. Isto
justifica o fato de que a gua em lagos e rios de regies crsticas se mantenham
sempre lmpidas.
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O desaparecimento de um curso dgua denominado de sumidouro . A
perda pode ser total ou parcial . Muitos cursos dgua possuem sumidouros no
fundo do canal que vo gradativamente absorvendo o volume do rio.
O termo ressurgncia designa fontes em terrenos crsticos, onde
reaparece um curso dgua outrora superficial. A ressurgncia pode ser
gravitacional de superfcie livre (s vezes com passagem acessvel ao homem:
caverna). As ressurgncias vausclusianas funcionam como um conduto semi-
vertical, com gua aparecendo sob presso. Semelhantemente existem
ressurgncias alimentadas por condutos horizontais que extravasam em abismos
ou em piscinas cheios dgua.
As ressurgncias variam muito em volume dgua. Provavelmente a maior
do mundo a de Manavgat River, ao Sul da Turquia com aproximadamente 130
m3/s.
Vrios fatores podem influenciar a orientao da drenagem subterrnea
(tectnica, zonas de falhas, etc.), e muitas vezes a drenagem subterrnea no
carste apresenta padres complicados. Ocorre, por vezes, de rios subterrneos
cruzarem rios superficiais sem interferncia aparente.
O estudo da hidrologia crstica pressupe que seja conhecido o percurso
da gua subterrnea, e para isso faz-se uso de traadores (corantes, troncos,
etc).
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Os movimentos de guas infiltrantes no Carste
(1)Fluxo sobre o solo;
(2)Fluxo sob o solo;
(3)Fluxo atravs da rocha ( geralmente muito lento );
(4)Fluxo em abismo;
(5)Fluxo de infiltrao vadosa ;
(6)Fluxo por percolao vadosa .
666 ... EEE xxxooo ccc aaa rrr sss ttt eee
Entre as principais formas de exocarste, existem: Lapies, dolinas,
paredes, formas fluviocrsticas e poljes.
111 ... DDD ooo lll iii nnnaaa sss
So depresses fechadas, afuniladas, de formato circular ou oval, cujo
tamanho da ordem de poucos metros a centenas de metros de profundidade e
dimetro.
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1.1) DDDooo lll iii nnn aaa ddd eee ddd iii sss sss ooo lll uuu ooo :::
o tipo mais comum do exocarste. O material dissolvido, assim como
restos insolveis, so carreados atravs da fratura.
111 ... 222 ))) DDDooo lll iii nnn aaa ddd eee ccc ooo lll aaa ppp sss ooo :::
causada pelo desabamento do teto de uma caverna.
111 ... 333 ))) DDDooo lll iii nnn aaa aaa lll uuu vvv iii aaa lll :::
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Ocorre quando h coberturas de solo sendo introduzidas nas fraturas do
calcrio. Diferencia-se da dolina de dissoluo pelo fato de que o rebaixamento
do piso se d por carreamento do solo e no por dissoluo da rocha abaixo.
111 ... 444 ))) DDDooo lll iii nnn aaa ddd eee ccc ooo lll aaa ppp sss ooo ddd eee vvv iii ddd ooo aaa ccc aaa rrr sss ttt eee sss uuubbb jjj aaa ccc eeennn ttt eee :::
Difere-se da dolina de colapso pelo fato de que a camada de rochas
carbonticas que entra em colapso se encontra subjacente a uma camada de
outra li tologia que tambm entra em colapso.
A unio de duas ou mais dolinas tem o nome de UVALA.
222 ... FFF ooo rrr mmmaaa sss FFF lll uuu vvv iii ooo ccc rrr sss ttt iii ccc aaa sss
So relictos de antigas drenagens superficiais.
222 ... 111 ))) VVV aaa lll eee SSS eee ccc ooo
Vale que anteriormente possua um curso dgua, hoje subterrneo ou
inexistente.
222 ... 222 ))) VVV aaa lll eee CCC eeegggooo
Marca o ponto onde o rio superficial v-se bloqueado e inicia seu
percurso subterrneo.
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222 ... 333 ))) CCC aaa nnn nnn yyy ooo nnn sss
So vales onde o rio corre encaixado. Podem ser explicados por eroso
fluvial, corroso ou desabamento de teto de cavernas.
777 ... EEE nnn ddd ooo ccc aaa rrr sss ttt eee
So as formas subterrneas de carste (cavernas ou grutas). Tipos:
111 ))) CCC aaa vvv eee rrr nnn aaa sss ppp rrr iiimmm rrr iii aaa sss :::
So todas aquelas criadas simultaneamente com a rocha , como as
cavernas em tubo de lava.
222 ))) CCC aaa vvv eee rrr nnn aaa sss sss eee ccc uuu nnnddd rrr iii aaa sss :::
So todas aquelas criadas posteriormente formao da rocha. Podem
ser:
- Cavernas exgenas: Formadas por intemperismo e eroso agindo na
rocha a partir do exterior. Ex: Cavernas criadas pela ao do vento (cav. em
arenito), cavernas de rio, etc.
- Cavernas endgenas: Formadas por fatores atuantes no interior da
rocha. Incluem as maiores cavernas conhecidas. So as cavernas tectnicas,
criadas por processos tectnicos e as cavernas crsticas, criadas por dissoluo
em rochas carbonticas.
888 ... EEE sss ppp eee lll eee ooo ggg nnn eee sss eee ddd ooo CCC aaa rrr sss ttt eee
No passado, numerosas teorias que hoje soam como absurdas tentaram
explicar a gnese das cavernas. Com o advento da geomorfologia como cincia,
passou-se a acreditar que todas as grutas eram resultado de escavao por rios
subterrneos.
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No entanto muita coisa no fica satisfatoriamente explicada. Uma das
grandes contribuies no estudo da espeleognese no carste foi o trabalho de
DAVIS (1930), que imaginou a evoluo em dois ciclos:
1.Formao de todos os condutos e galerias por circulao
profunda de gua subterrnea na zona fretica;
2.Com o soerguimento tectnico da regio, as cavernas so
erguidas acima do nvel fretico, tornando-se secas ou invadidas
por um curso dgua. D-se ento o incio da formao dos
espeleotemas e ocorrem os desmoronamentos.
Sabe-se hoje que as cavernas so formadas tanto na zona fretica quanto
na zona vadosa ou mesmo no nvel fretico.
De um modo geral pode-se dizer que a zona de fraqueza na rocha
carbontica, no caso as juntas de estratificao e as fraturas so o ponto de
partida para a criao e conseqente evoluo de uma gruta. So pontos onde a
gua ter mais facilidade em penetrar e atacar quimicamente a rocha.
Em juntas de estratificao pouco espaadas, o desenvolvimento da gruta
desfavorecido, pois comum existir pores insolveis entre os estratos.
Em alguns casos, no entanto, estas mesmas lentes insolveis, podem, ao
invs de l imitar, incentivar a dissoluo, funcionando como camadas que guiam
o fluxo dgua.
111 ... CCC aaa vvv eee rrr nnn aaa sss fff rrr eee ttt iii ccc aaa sss
So as cavernas formadas abaixo do nvel fretico, em zonas onde todas
as fraturas so embebidas em gua.
Acredita-se que inicialmente o fluxo lento de gua atravs das fraturas e
juntas de estratificao cria uma grande quantidade de condutos de dimetro
pequeno que se interconectam. Alguns desses condutos se desenvolvero mais
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rapidamente que outros, conseqentemente aumentados em dimetro e
conduzindo mais gua.
Ao alcanar dimetro maior que 5 mm, o fluxo de gua no conduto
passar de lento a turbulento fazendo com que a dissoluo aumente bastante e
que desta forma os outros condutos fiquem abandonados e parem de se
desenvolver.
Os condutos freticos so tpicos em corte, mostrando formas circulares,
elpticas.
Nos condutos freticos, a dissoluo ocorre em todos os pontos do
conduto, devido ao fato do mesmo encontrar-se totalmente preenchido por gua.
Waltham (1981) diferenciou as cavernas freticas em dois t ipos: profunda
e rasa.
As cavernas freticas profundas so aquelas formadas bem abaixo do nvel
fretico, dezenas ou mais metros.
As cavernas freticas rasas so formadas logo abaixo do nvel fretico. Pode
ocorrer fluxo vadoso em poca de seca e fluxo fretico em poca de cheia.
Segundo Bogli (1980), algumas evidncias podem indicar origem fretica:
Padro labirntico; Passagens formadas principalmente sob influncia dos planos de
acabamento;
Sees de condutos elpticos ou lenticulares; Reentrncias semi-esfricas no teto, devidas a corroso de mistura; Condutos descendentes e ascendentes alternando-se tetos,
mostrando sinais de origem hdrica (ausncia de abatimentos).
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222 ... CCC aaa vvv eee rrr nnn aaa sss ddd eee nnn vvv eee lll fff rrr eee ttt iii ccc ooo
As cavernas, nesse caso, so sempre horizontais. Acredita-se que em
ambiente tropical mido este t ipo de gnese seja favorecida dada a grande
quantidade de vegetao, alm de guas ricas em pores orgnicas com alto
poder dissolutivo.
333 ... CCC aaa vvv eee rrr nnn aaa sss vvv aaaddd ooo sss aaa sss
So as cavernas desenvolvidas sob condies vadosas, ou seja, acima da
zona fretica, onde a gua circula l ivremente sob ao da gravidade. Desta
forma os condutos desenvolvidos sob estas condies tendem a se aprofundar
continuamente. Passagens meandrantes, t ipo Cannyon, ocupadas por um curso
dgua de tamanho apropriado, so evidncia de gnese vadosa.
Cavernas vadosas primrias : So as cavernas que em seu
desenvolvimento no foram precedidas por uma fase fretica. So formadas por
alargamento de fraturas com espaamento de 1 mm ou mais. A forma dos
condutos estreita e alta.
Cavernas vadosas secundrias: Foram precedidas por uma fase fretica.
Compreendem a maior parte das grutas vadosas. Toma, em geral o aspecto de
um cannyon meandrante (ver figura).
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Enquanto o topo do conduto preserva sua forma fretica, o restante,
vadoso, ser condicionado pela dissoluo gravitacional do curso dgua
subterrneo.
999 ... III nnn ccc aaa sss ooo
Incaso, desmoronamento, abatimento e colapso so sinnimos e
denominam os processos que levam os tetos e paredes de uma caverna a
desmoronarem naturalmente.
Este um processo que, no carste assume maior importncia do que em
qualquer outro t ipo de paisagem.
O desmoronamento ocorre sempre sobre linhas de maior fraqueza como planos
de estratificao e fraturas, sendo, portanto funo de li tologia e stress
tectnico.
Os estudos de incaso em cavidades naturais ainda encontram-se em um
estgio preliminar visto a grande complexidade que variaes li tolgicas e
estruturais podem acarretar nas tenses atuantes na rocha. O estudo de tenses
em tneis e minas tem sido de grande valia embora as cavernas por serem
formadas muito lentamente, adaptam-se progressivamente s tenses na rocha,
se estabilizando gradualmente.
Os fatores que condicionam variaes de equilbrio em cavernas podem
ser:
Morfolgicos: Zonas mais descomprimidas so alvos de dissoluo ou
abatimento, at que uma forma mais estvel seja alcanada. A proximidade de
duas cavernas distintas tambm afeta o equilbrio, sendo que a massa rochosa a
separ-las apresenta-se descomprimida oferecendo menor resistncia a
abatimento/eroso.
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Hidrolgicos: Quando uma caverna permanentemente alagada torna-se
seca bruscamente, poder haver abatimentos. Do mesmo modo, inundaes
tambm podem causar abatimentos.
Sedimentolgicos: Grandes quantidades de sedimento preenchendo
condutos exercem presso sobre as paredes. Quando retiradas rapidamente
causam descompresso com conseqente desplacamento das paredes.
EEEssspppeeellleeeooottteeemmmaaasss
Os espeleotemas so depsitos minerais de formas variadas e origem
qumica e fsico-qumica, encontrados nas cavernas.
111 ... CCC ooo mmmppp ooo sss iii ooo qqquuu mmm iii ccc aaa
muito grande a quantidade de minerais encontrados em espeleotemas,
entre outros sais, temos carbonatos, cloretos, nitratos, fosfatos, silicatos e
sulfatos, alguns xidos e hidrxidos. A grande maioria dos espeleotemas
constituda de carbonato de clcio (CaCO3), que nas formas de calcita e
aragonita constituem cerca de 95% dos depsitos minerais dos espeleotemas
conhecidos.
222 ... TTTaaa mmmaaa nnnhhhooo sss
Os tamanhos variam desde cristais microscpicos com massa da ordem de
microgramas at conjuntos estalagmticos de toneladas e centenas de metros
cbicos.
333 ... CCC ooo rrr eee sss
Alm das formas, as cores so o que mais chamam a ateno aos
espeleotemas. Como a grande maioria dos espeleotemas constituda de CaCo3
na forma de calcita ou aragonita, e estes, quando puros, so brancos, esta a
cor da grande parte dos espeleotemas. No entanto, as cores variam do branco,
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em funo de impurezas presentes na deposio do carbonato de clcio, ou pela
presena de outros compostos diferentes.
Vulgarmente, dizse que o amarelo devido presena de ferro ou
enxofre; vermelho, laranja, creme ou marrom devido presena do ferro; o
azul e verde devido ao cobre; o preto e o cinza devido ao mangans.
444 ... TTT rrr aaa nnn sss ppp aaa rrr nnn ccc iii aaa ,,, ttt rrr aaa nnn sss lll uuu ccc iii ddd eee zzz ,,, bbb rrr iii lll hhh ooo eee ccc iii nnn ttt iii lll nnn ccc iii aaa
Transparncia: notada em espeleotemas de pequena massa, como
pequenos dentes de co, agulhas e helictites. uma caracterstica de pores
mono-cristalinas das massas cristalizadas, que permite que a parte no refletida
de um feixe luminoso (incidente na superfcie de um espeleotema), se refrata
no interior de sua massa, seja pouco absorvida e emerja do lado oposto.
Translucidez: Espeleotemas formados exclusivamente por cristalizao
so constitudos por milhes de micro cristais transparentes, (mesmo os de
grande massa), onde um feixe de luz incidente refratado de cristal a cristal
sendo quase que totalmente absorvido pela massa cristalina, sendo que pequena
parte consegue atravess-la.
Brilho: Como os espeleotemas normalmente so cristalinos, suas
superfcies externas so compostas por milhes de micro faces planas, e
possuem alto ndice de reflexo, tornando-se brilhantes quando iluminadas (o
efeito intensificado se os espeleotemas estiverem molhados).
Cintilncia: causada por reflexo pontual na superfcie dos
espeleotemas. Cada mini face brilha quando o raio de luz que o atinge, reflete,
atingindo o olho do observador, o efeito intensificado quando se movimenta a
fonte de luz. o que acontece no cho de estrelas.
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555 ... RRReeeaaa eee sss qqq uuu mmm iii ccc aaa sss ddd eee fff ooo rrr mmmaaa ooo
As reaes qumicas envolvidas na formao dos espeleotemas so
variadas, s vezes complexas, mas sempre ocorrem em funo das substncias
qumicas depositadas ou cristalizadas durante o crescimento dos espeleotemas.
Primeiramente h a formao de cido carbnico, que extremamente
fraco, isso ocorre pela hidratao de molculas de CO2 na atmosfera terrestre
pela gua da chuva, em cursos dgua, nos interstcios do solo, com a gua de
infiltrao, etc. Este cido se ioniza e ataca o calcrio da rocha com a formao
de bicarbonato de clcio, que altamente solvel em gua.
Desta forma, a gua acidulada vai corroendo o calcrio, que vai sendo
transportado em forma de bicarbonato, atravs das fraturas e fendas do macio
rochoso. Quando a soluo aquosa aponta no vazio de uma caverna, o processo
qumico se inverte, o bicarbonato l ibera o gs carbnico em conseqente
formao de gua e gs carbnico, que por ser insolvel se precipita,
originando e fazendo crescer os espeleotemas.
Um conjunto de variveis fsico-qumicas (concentrao, temperatura,
ambiente, vazo da soluo, presso de gs carbnico e de vapor de gua,
circulao de ar, luminosidade, etc.) regem a corroso do calcrio e a deposio
do carbonato na formao e crescimento dos espeleotemas.
Condies mais particulares e pouco conhecidas regem a forma da
deposio do carbonato de clcio, nos mais variados arranjos fsicos, alguns
aceitveis, mas outros so totalmente surpreendentes e algumas vezes
inexplicveis.
666 ... TTT iii ppp ooo sss
1) Estalactite
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o mais conhecido entre os espeleotemas. a denominao genrica de
todos os espeleotemas presos no teto das grutas. Toda estalactite apresenta um
conduto central, ou pelo menos vestgio dele, segundo o qual a estalactite
evolui. Independente do aspecto externo, todas tm a mesma origem, desde que
se forme uma gota no teto que tenha alimentao contnua, ir ocorrer a
precipitao de um disco delgado de carbonato de clcio, moldando a
estalactite de gota a gota.
2) Cortina
So espeleotemas que surgem em tetos inclinados, podendo prolongarse
pelas paredes. O crescimento das cortinas sempre se d pela cristalizao radial
e linear do carbonato de clcio na forma de filetes sobre filetes.
3) Estalagmites
Juntamente com as estalactites, formam o conjunto mais representativo
dos espeleotemas. Nascem e crescem normalmente pelo gotejamento de
soluo, com cristalizao radial, a partir do piso. Formam grandes massas
compactas, de diversos formatos.
4) Colunas
As colunas se originam da evoluo das estalagmites e estalactites, que
vm a se soldar em uma pea nica, quando, ento, o gotejamento cessa e o
crescimento do espeleotema se d apenas pelo engrossamento lateral.
5) Cascatas
o nome genrico das formaes originadas pelo escoamento, por
paredes inclinadas ou verticais, de gua emergindo pelo teto ou parede. Se o
escoamento for volumoso e contnuo, tem-se uma superfcie revestida de
micro-travertinos, se o escoamento for intermitente, pequeno e de soluo
saturada, tem-se uma superfcie revestida de micro-monocristais de calcita.
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6) Travertinos
So formaes oriundas do represamento de guas, e seus tamanhos
variam desde aquele cujo volume mal cabe uma gota dgua, ao que uma
verdadeira piscina com alguns metros de profundidade e outros de extenso
superficial.
7) Oides
o nome dado famlia de espeleotemas que crescem soltos em represas
de travertino ou em poos dgua sujeitas a gotejamento contnuo e de alta
freqncia, a turbulncia do escoamento faz movimentar as prolas no ninho
que vo se arredondando. O crescimento se d por camadas cristalinas em
direo radial. Possuem um aspecto cermico liso e ocorrem em conjuntos
denominados ninhada. O embrio de cada prola qualquer cristal ou partcula
solta, existente na poa, que funciona como germe de cristalizao.
8) Vulces
Espeleotema de formato cnico e topo cncavo, consistncia esponjosa.
formado exclusivamente submerso e com altura l imitada pelo nvel da gua do
travertino em que se encontra.
9) Jangadas
um dos espeleotemas flutuantes e se encontram soltos. Formam-se pela
cristalizao da calcita em superfcies livres de guas saturadas estagnadas,
flutua devido a tenso superficial e qualquer perturbao a faz naufragar.
10) Marquises
Quando as jangadas encostam-se s bordas de uma parede do
reservatrio, elas acabam se soldando e aumentando a sua espessura por
cristalizao inferior. Se, por algum motivo, o nvel da gua baixar ou a represa
secar, as jangadas que ficaram suspensas horizontalmente, agora so
denominadas de marquises.
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11) Dentes de co
Cada monocristal de tamanho razovel (alguns cm), que se direciona para
o centro de um geodo, ou na parede interna de uma represa de travertino,
denominado dente de co.
12) Cho de estrelas
So superfcies de piso ou abas de parede, revestidas de cristais que, com
seus mltiplos planos ou suas microfaces paralelas, refletem desordenadamente
qualquer luz incidente. Qualquer que seja direo da luz incidente, o
observador a ver refletida em centenas de posies. A impossibilidade de se
fixar pontos luminosos e a aparncia de movimento dos mesmos tal que d
idia de cintilncia e chega a tirar o equilbrio do observador.
13) Agulhas
So formaes mono-cristalinas, de calcita branca ou transparente, com
alguns milmetros de dimetro e alguns centmetros de comprimento, ocorrem
revestindo paredes internas, em pontas livres, em reentrncias de cortinas.
14) Areia calctica
So depsitos de monocristais de calcita em soluo supersaturada,
sujeito turbulncia por gotejamento. O acmulo constante origina uma areia
branca de calcita cristalina, raramente encontrada.
15) Leite de lua
um espeleotemas fixo, de consistncia pastosa. Dependendo do grau de
umidade, pode ter o aspecto de um talco seco ou de uma massa mida. Sua
provvel origem est relacionada ao ataque de microorganismos calcita.
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16) Helictite
Crescem no piso, teto, paredes, sobre outros espeleotemas, recobre
colunas, etc. Tem formas variadas, mas todos brincam com a gravidade, alguns
so fil iformes, com aspectos de vermes, com comprimentos superiores a 1 m e
dimetro inferior a 1 cm, podem formar conjuntos entrelaados de cristais
retorcidos, se assemelhando a uma medusa. Sua composio de calcita ou
aragonita e normalmente branca.
17) Flores de calcita
O carbonato se precipita na forma de calcita, os cristais so cilndricos,
curvos e, s vezes, ramificados.
18) Flores de aragonita
Nestes o carbonato se precipita na forma de aragonita, os cristais so
alongados, retil neos, com pontas felpudas e se irradiam de uma base comum,
como um feixe de agulhas soltas e paradas no ar. So de rara beleza e
fragilidade.
Flores de gipsita A flor formada por um conjunto de cristais com aspecto fibroso, de bases
justapostas, curvas e que geralmente se subdividem em feixes independentes.
19) Agulhas de gipsita
O feixe de cristais tem dimetro da ordem de mm2, o crescimento
retil neo, podendo atingir decmetros de comprimento, so compostas por vrias
agulhas mais delgadas.
20) Cabelo de anjo
O feixe de cristais mltiplo, e cada unidade do feixe crespo, cresce
independentemente dos vizinhos, atingindo decmetros de comprimento. Os
feixes ficam pendentes, balanando ao gosto do movimento do ar.
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OOOsss tttrrraaabbbaaalllhhhooosss dddooo eeessspppeeellleeelllooogggooo
111 ... SSS aaa ddd eee PPP bbb lll iii ccc aaa
Neste campo atua em cooperao com a Gerncia de Controle de
Zoonoses do Instituto de Sade do Distrito Federal, realizando um contnuo
apoio aos trabalhos desenvolvidos em cavernas do DF, para a preveno da
raiva transmitida por morcegos.
Participando desde 1992, dedicou quase duas centenas de dias/campo
usados na pesquisa dos quirpteros habituais em cavernas e daqueles a elas
relacionados, como forma de se conhecer elementos de sua ecologia que
resultem em subsdio para seu manejo.
Atividade permanente do EGB, determina uma nova linha de atuao,
onde o enfoque no se volta apenas a cavernas extensas, mas a todas cavidades
naturais potencialmente habitveis por quirpteros.
222 ... BBB iii ooo lll ooo ggg iii aaa
A descrio sumria da fauna existente em uma caverna encontrada uma
constante nos trabalhos do EGB, contudo, o acompanhamento biolgico com
enfoques especficos, s esto sendo realizados com Morcegos e Escorpies,
atravs do apoio de pesquisadores externos de instituies como a Gerncia de
Controle de Zoonoses e o Instituto Geabrasil .
Os resultados alcanados em ambos esto em vistas de publicao em
peridicos especializados.
333 ... AAA rrr qqq uuu eee ooo lll ooo ggg iii aaa eee PPP aaa lll eee ooo nnn ttt ooo lll ooo ggg iii aaa
Uma ateno especial voltada para a presena de vestgios
arqueolgicos e paleontolgicos em abrigos sob rocha ou cavernas. As equipes
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de prospeo e explorao espeleolgicas so privilegiadas com o alcance e
penetrao que realizam em seus trabalhos de campo, nas mais inspitas regies
geogrficas. Desta forma, freqentemente alcanam lugares muito pouco ou
nada modificados pelo homem, buscando assim funcionar como filtros
identificadores de novos stios de vestgios pr-histricos.
Os indcios localizados so comunicados s instituies dedicadas a estas
reas do conhecimento acadmico, para uma posterior pesquisa. Infelizmente, a
grande carncia de profissionais nestas disciplinas, especificamente voltados
para o estudo do centro-oeste brasileiro, acaba determinando o abandono e, em
muitos casos, a consecutiva destruio destes stios, atravs da expanso das
atividades humanas.
444 ... OOO lll eee vvv aaa nnn ttt aaa mmm eee nnn ttt ooo eee sss ppp eee lll eee ooo lll ggg iii ccc ooo
O Brasil tem um enorme potencial espeleolgico, mas, em relao
quantidade de cavernas que estima-se existir, conhece-se apenas uma pequena
parcela. Pois, se por um lado temos reas relativamente exploradas, por outro,
muitas reas, de inquestionvel importncia, continuam desconhecidas por
completo. Temos, portanto, muito a descobrir em nosso pas.
O levantamento espeleolgico consiste em uma coleo de atividades em
torno do objetivo de se levantar informaes espeleolgicas (sobre as cavernas,
abrigos e abismos; e o que estiver relacionado a estes) de determinada regio, a
fim de se realizar um inventrio espeleolgico.
O inventrio, em sntese, busca ser uma coleo ordenada de documentos
e informaes, resultante da investigao, anlise e da revelao do acervo.
Caracteriza-se como uma observao permanente, dinmica e sistemtica, no
tendo a pretenso de esgotar o conhecimento dos st ios, mesmo porque no
essa a finalidade de um inventrio. Pretende, sim, catalog-lo para sua real
identificao e estimular, assim, seu estudo posterior e sua proteo.
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Basicamente, um levantamento consiste em trs fatores: a primeira
formada pelo conjunto de pesquisas, sendo elas: arquivstica, bibliogrfica,
anlise cartogrfica e sensoriamento remoto; uma outra que se baseia em
trabalhos de campo e, finalmente, o fichamento dos dados coletados nas fases
anteriores.
444 ... 111 PPP eee sss qqq uuu iii sss aaa bbb iii bbb lll iii ooo ggg rrr fff iii ccc aaa
O levantamento de documentos manuscritos, grficos, fotogrficos, etc.
pode auxiliar, direta ou indiretamente, no conhecimento de stios
espeleolgicos. Pois, alm de ajudar na orientao geogrfica, contribuem para
incrementar o aspecto histrico da gruta levantada. Estes documentos podem
ser pesquisados em arquivos eclesisticos, pblicos, particulares e museus.
A pesquisa bibliogrfica representa o primeiro passo do inventrio, pois
levanta a evoluo do conhecimento do acervo, e contribui para sua importncia
cultural.
444 ... 111 ... 111 ... AAA nnn lll iii sss eee ccc aaa rrr ttt ooo ggg rrr fff iii ccc aaa
O objetivo da cartografia reunir e analisar dados e medidas, das
diversas partes da terra, e, representar, graficamente, em escala reduzida, os
elementos das relaes espaciais que possam ser claramente visveis.
Para se por em evidncia a configurao dos stios espeleolgicos, o
instrumento de maior importncia, no inventrio, o mapa. Primeiramente
deve-se escolher a escala. Evidentemente, um mapa topogrfico em uma escala
pequena seria o mais adequado, mas isso nem sempre possvel devido falta
de mapas em escalas menores em algumas regies.
Depois de escolhida a escala, pode-se iniciar a anlise atravs da
toponmia (nome prprio dos elementos do espao que constituem o lugar).
Esse tipo de anlise no chega a evidenciar a ocorrncia espeleolgica, mas
atravs da toponmia possvel se localizar vrios stios. Nomes de fazendas,
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rios e acidentes geogrficos so sugestivos para uma prospeco. Como por
exemplo: Fazenda Lapa Grande, Riacho do Buraco, etc.
Sendo um mapa praticamente trabalhado em linhas, importante analisar
a drenagem e observar a descontinuidade das linhas representativas da
drenagem, que primeira vista, indicam sumidouros.
Para aumentar o conhecimento da rea, deve-se recorrer a outros dois
instrumentos da maior importncia, o mapa geolgico e as fotografias areas.
As rochas carbonticas merecem destaque especial por terem excelentes
condies para a formao do encavernamento. Porm, isto no significa que,
em outras li tologias, o encavernamento no exista. Rochas metamrficas, como
o arenito e o quartzito, tambm apresentam boas condies para formao de
cavernas.
444 ... 111 ... 222 ... FFF ooo ttt ooo ggg rrr aaa fff iii aaa AAA rrr eee aaa
A fotografia area tem sido muito usada como importante sensor remoto
na indicao de grutas. A viso monocular permite examinar a posio e a
direo dos objetos num nico plano; a sensao de profundidade, no entanto,
s possvel atravs da viso binocular, ou seja, a percepo estereoscpica.
Componentes sugestivos da paisagem, como sumidouros, paredes,
dolinas, ravinamento cego, entre outros, podem ser facilmente identificados nas
fotografias areas.
A observao fotogrfica permite uma melhor familiarizao com o
espao do que os mapas, mas deve-se levar em conta o exagero vertical,
resultado de um relevo mais acidentado do que a realidade. Como o caso das
dolinas, que nas fotos apresentavam grandes desnveis, fato posteriormente no
observado em campo.
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444 ... 222 ... OOO ttt rrr aaa bbb aaa lll hhh ooo ddd eee ccc aaa mmm ppp ooo
O primeiro passo poderia ser o conhecimento das grutas j identificadas,
isto , aquelas j levantadas nas pesquisas da fase anterior (em gabinete).
Posteriormente seriam feitas as entrevistas com a populao local ou partir para
prospeces em regies sem referncia conhecida, mas com possvel potencial.
444 ... 222 ... 111 ... EEE nnn ttt rrr eee vvv iii sss ttt aaa
importante manter contato com o proprietrio da terra. Isto pode
facilitar a prospeco e evitar possveis contratempos.
Os proprietrios e seus empregados, por conhecerem a propriedade,
podem ter observado a ocorrncia de grutas. Caso haja a confirmao, vale a
pena requisitar que eles os acompanhem at o local, para evitar possvel perda
de tempo na procura de trilhas, aberturas de picadas, entre outras dificuldades
comuns, enfrentadas no campo.
O contato com o homem do campo deve ser muito cuidadoso.
Possivelmente, os dois mitos geogrficos que ainda se acham em evidncia, so
as grutas e o fundo do mar. comum escutarmos estrias de tesouros,
monstros, animais gigantescos, l igaes com o inferno ou com o encantado.
Em muitas ocasies, o homem do campo expressa a sua vontade de
acompanhar a explorao no interior da gruta, este acompanhamento, apesar de
ser perigoso, no deve ser frustrado. Este contato pode se tornar uma
oportunidade de proporcionar, a esses indivduos, um entendimento do mundo
subterrneo e a criao de uma nova realidade.
444 ... 222 ... 222 ... PPP rrr ooo sss ppp eee ccc ooo :::
Caso no haja informaes a respeito de grutas, a meta a prospeco.
Quando olhamos a paisagem, nossos olhos devem procurar um referencial
espeleolgico. Rios, dolinas e afloramentos so sugestivos.
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Assim como ocorre com o clima e vegetao, as paisagens podem se
diferenciar de acordo com a organizao litolgica, oferecendo referncias
espeleolgicas que caracterizam a regio, facili tando a prospeco.
444 ... 333 ... AAA ddd eee sss ccc ooo bbb eee rrr ttt aaa ddd eee uuu mmm aaa ccc aaa vvv eee rrr nnn aaa
Diante da descoberta de uma gruta, deve-se obter a maior quantidade de
informaes possvel. Para isso, necessrio um bom conhecimento terico,
alm de experincia, que evolui com a prtica de pensar e sentir as cavernas. A
descrio sumria da gruta, juntamente com o preenchimento do roteiro
estabelecido, deve ser feito logo depois da explorao. O ideal seria topografar
todas as cavernas inventariadas, no entanto, isto nem sempre possvel, pela
demora que uma topografia ocasiona.
Quanto ao nome da gruta, deve-se dar prioridade denominao dada pelas
pessoas da localidade. Isso facilitar a identificao da gruta por outros grupos
que venham a visitar a regio, alm de ser uma forma de contribuir para a
preservao da tradio cultural da populao que usufrui daquela paisagem.
Caso no haja uma denominao estabelecida, cabe ao grupo definir um
nome, de preferncia identificvel com o local.
444 ... 444 ... AAA TTT ooo ppp ooo ggg rrr aaa fff iii aaa
Entre os trabalhos desenvolvidos pelo espelelogo, a topografia est
entre um dos mais importantes. Ela consiste em uma atividade que exige
dedicao, pacincia e tempo. Mas trata-se de umas das atividades mais
prazerosas para os espelelogos, pois, durante a topografia que o espelelogo
entra em verdadeira sintonia com a gruta.
Obter idia do lay-out de uma gruta, da orientao, forma e distribuio
de suas galerias ,com certeza, o uso mais freqente de uma topografia de
caverna, mas est longe de ser sua nica finalidade. Alguns outros usos para os
mapas de cavernas so:
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Uma fonte de informao para se saber qual o equipamento necessrio
uma visita, ou a uma investigao cientfica;
Um roteiro para se achar o caminho atravs de um sistema subterrneo;
Um ponto de partida para descobrir prolongamentos e conexes entre duas cavernas;
Um documento para anexar informaes cientficas ou outras observaes;
Um componente entre os vrios estudos necessrios para se realizar projetos de engenharia (projetos de barragens e estradas);
Oferece informaes essenciais para pesquisas sobre a drenagem local e
gnese da caverna;
Ferramenta que oferece maior proteo ambiental caverna mapeada;
Como um documento histrico.
A equipe de topografia constituda de trs a cinco pessoas, que se
dividem nas seguintes funes:
Ponta de trena: Escolhe as bases topogrficas, faz medidas de
comprimento, altura e laterais e as canta para o anotador. Serve como
referencial para que o instrumentista possa realizar as leituras na bssola.
Instrumentista: Realiza as leituras de direo e inclinao da base em
que se encontra para a prxima base (onde se encontra o ponta de trena)
util izando bssola e clinmetro.
Anotador: Responsvel pela anotao dos dados colhidos pelo ponta de
trena e o instrumentista, assim como de alguma observao que achar
necessria.
Desenhista: Realiza o croqui .
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Apoio a vante: Realiza a explorao dos pontos de dvida, indicando a
direo preferencial que o levantamento deve seguir. Auxilia o ponta de trena
na realizao das medidas de laterais.
A verdadeira exatido de uma topografia de caverna talvez nunca venha a
ser conhecida mas, indicaes de sua provvel preciso podem ser obtidas a
partir de observaes de como foi realizado o trabalho topogrfico, por isso,
antes de ir a campo, deve-se definir qual o nvel desejado para aquela
topografia, que pode variar de acordo com a caverna em questo, a finalidade
do trabalho e o tempo disponvel.
O ponto inicial da topografia a base zero, marcada na entrada da gruta,
que amarrada a um ponto em seu exterior onde foram registradas as
coordenadas geogrficas e UTM, atravs do GPS. A partir da segue-se tomando
as medidas de uma base para outra, (visadas). As bases so feitas em locais
escolhidos pelo ponta de trena, de forma que seja realizada uma visada grande
ou que esteja em um local de alterao morfolgica (de acordo com o nvel da
topografia) mas, deve-se sempre escolher uma base que facili te as leituras que
o instrumentista ir realizar para a base seguinte.
De uma base para outra so realizadas as medidas de comprimento,
laterais, altura do teto, profundidade, direo (azimute) e inclinao. Estas iro
compor o esqueleto do mapa, a ser construdo posteriormente em gabinete, com
ajuda de um software especializado.
A topografia de uma caverna consiste sempre em algo mais do que a l inha
central. Ela precisa mostrar tambm a forma da caverna, o seu contorno. Esta
a funo do croqui, realizado pelo desenhista, durante a topografia. Enquanto o
esqueleto resultado de medidas precisas realizadas com instrumentos, que d
maior confiabilidade ao trabalho, o esboo dos condutos, constitudo pela
planta-baixa, cortes transversais e longitudinais e informaes sobre
espeleotemas e obstculos existentes (rios, blocos, abismos, etc), confere
topografia maior detalhamento, enriquecendo o trabalho com informaes.
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A confeco do desenho final se d aps o encerramento dos
levantamentos em campo. No mapa deve constar a planta baixa, os cortes
principais, o perfil longitudinal, a escala util izada, o carimbo (contendo as
principais informaes da caverna), a legenda com as convenes usadas, a
indicao da orientao da planta baixa em relao a norte magntico e seu
desvio em relao ao norte geogrfico.
EEEqqquuuiiipppaaammmeeennntttooosss eee TTTcccnnniiicccaaasss
Aqui esto apresentadas algumas das principais tcnicas e equipamentos
para a prtica da espeleologia.
A progresso em uma cavidade ir diferir bastante dependendo do tipo de
desenvolvimento da caverna (horizontal ou vertical). As cavernas horizontais
envolvem, alm do caminhamento, a transposio de alguns obstculos, como
trechos de escalada, trechos com gua (rios e lagos), tetos baixos, blocos
abatidos, etc., e exige algum equipamento bsico para a atividade.
A espeleologia em cavernas verticais ou abismos exige outros
equipamentos e um conhecimento tcnico especfico mais aprofundado.
Envolve, portanto, mais riscos.
Nosso objetivo oferecer uma noo a respeito do assunto, sem o
objetivo de aprofundar a ponto de prepar-lo para a atividade, para tal , procure
um curso aprofundado com um profissional reconhecido no meio espeleolgico.
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111 ... EEE qqq uuu iii ppp aaa mmm eee nnn ttt ooo sss bbb sss iii ccc ooo sss --- PPP rrr ooo ggg rrr eee sss sss ooo HHH ooo rrr iii zzz ooo nnn ttt aaa lll
Capacete com sistema de iluminao a gs acetileno e/ou
eltrico acoplado.
Carbureteira: Obtm gs acetileno atravs do gotejamento de
gua (compartimento superior) nas pedras de carbureto
(compartimento inferior). O gs canalizado at o alto do
capacete, onde entra em combusto e produz iluminao.
Mochilas tipo saco de PVC especfica para espeleologia.
Macaco adequado s condies de temperatura e umidade da
caverna.
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Compartimentos estanques (bidons) para guardar o que no pode
molhar.
Ex: caixa de primeiros socorros.
Pequena corda de 8 ou 9mm e 20 a 30m.
Alguns mosquetes.
222 ... CCC aaa mmm iii nnn hhh aaa ddd aaa eee mmm ccc aaa vvv eee rrr nnn aaa sss
Deve ser feita com mais cuidado do que em qualquer outro lugar. O uso
de uma boa bota e ateno redobrada so essenciais para um bom desempenho.
Evitar correr e saltar minimizam bastante o risco de tores e fraturas. Com a
experincia ganha-se maior desenvoltura e rapidez.
TTT ccc nnn iii ccc aaa sss bbb sss iii ccc aaa sss ccc ooo mmm ccc ooo rrr ddd aaa
aaa ))) CCC ooo rrr ddd aaa ddd eee aaa ppp ooo iii ooo :::
Usada em lances inclinados, difceis de descer ou subir sem nenhum
apoio. Basta ancorar bem a corda em cima do desnvel e us-la como apoio para
as mos.
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bbb ))) CCC ooo rrr rrr iii mmm ooo :::
Extremamente importante em trechos onde h risco de queda em caso de
desequilbrio ou escorrego. Fixa-se a corda esticada em todo o percurso
exposto, com ancoragens a cada 4 ou 5 metros no mximo. As pessoas
atravessaro presas ao corrimo por um longe conectado ao cinto ou
cadeirinha.
ccc ))) SSS eee ggg uuu rrr aaa nnn aaa eee mmm lll aaa nnn ccc eee sss vvv eee rrr ttt iii ccc aaa iii sss :::
Deve ser usada em qualquer desescalada ou escalada vertical com risco
de queda. Utiliza-se uma ancoragem no topo do lance vertical onde as pessoas
sero seguras presas ponta da corda que estar sendo mantida sempre esticada
atravs de um n UIAA.
RRR iii ooo sss eee mmm ccc aaa vvv eee rrr nnn aaa sss
A grande maioria dos acidentes graves em cavernas est relacionada
presena de rios. Vrios cuidados e tcnicas so de fundamental importncia
para se evitar acidentes. So eles:
aaa ))) CCC uuu iii ddd aaa ddd ooo ccc ooo mmm aaa ccc hhh uuu vvv aaa :::
O nvel das guas de um rio pode subir assustadoramente com uma chuva
forte na cabeceira. Por precauo, no se deve entrar em cavernas percorridas
por rios com possibilidade de chuva. O risco de ficar preso na caverna, ou
mesmo de ser levado pela fora das guas, grande.
ccc ))) NNN aaa ttt aaa ooo eee mmm ccc ooo rrr rrr eee nnn ttt eee zzz aaa :::
Trechos de natao so comuns em cavernas com rio. Nada impede o
espelelogo de se deixar levar pela correnteza, desde que tome alguns cuidados.
1- Mantenha os ps posicionados frente para evitar pancadas no
resto do corpo;
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2- Evite nadar em correntezas muito fortes sem a segurana de uma
corda;
3- Lembre-se sempre que voc provavelmente ter que voltar, e
neste caso nadar contra a corrente pode ser muito difcil ou at impossvel. Para
resolver este problema, basta esticar uma corda ao longo do trecho percorrido a
nado.
4-Utilize coletes salva-vidas no caso de no nadar bem.
Afogamentos so comuns em trechos de natao.
TTT ccc nnn iii ccc aaa ddd eee ttt rrr aaa vvv eee sss sss iii aaa ddd eee ttt rrr eee ccc hhh ooo sss fff ooo rrr ttt eee sss ddd ooo rrr iii ooo
Quando a travessia de um rio estiver perigosa e difcil , o ideal fazer um
corrimo de corda de uma margem a outra do rio, ancorando bem a corda,
esticada de ambos os lados, com ancoragens bem feitas. O primeiro a
atravessar, e conseqentemente a pessoa que ir fazer a ancoragem, dever
fazer a travessia preso ponta da corda, por segurana. Os demais atravessaro
pelo corrimo presos pelo cabo "longe". O ideal que a travessia seja feita na
diagonal do rio e a favor da corrente. IMPORTANTE: caso a travessia esteja
muito difcil , o melhor desistir e voltar!
LLL aaa ggg ooo sss eee mmm ccc aaa vvv eee rrr nnn aaa sss
So bem menos traioeiros que os rios. O seu nvel no aumenta com
rapidez. Os maiores perigos de um lago so sem sombra de dvida o
afogamento e a hipotermia. Sempre atravesse um lago com um recurso flutuante
(bia, colete, mochila, etc. . .) e no subestime uma gua gelada. Use roupa de
neoprene. No caso de lagos muito grandes e frios, um bote inflvel pode ajudar
bastante.
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CCC uuu iii ddd aaa ddd ooo sss ccc ooo mmm ttt eee ttt ooo sss bbb aaa iii xxx ooo sss
Mais um motivo para no subestimar a probabilidade de chuva fora
da caverna. Tetos baixos podem sifonar com a cheia do rio e impedir que se
saia da caverna. Mantenha sempre a calma durante a travessia, e de preferncia
deixe o mais experiente ir frente. Uma corda neste caso tambm pode ajudar
bastante, tornando a travessia dos demais espelelogos mais rpida e tranqila.
SSS iii fff eee sss
Ocorre quando a gua do rio atinge o teto da caverna. Neste caso
no h nada a se fazer, d meia volta e retorne outro dia, com o rio mais vazio.
No caso de sifes permanentes, o nico meio de transp-lo com mergulho em
caverna, atividade extremamente perigosa e realizada por pessoas muito bem
treinadas.
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EEE qqq uuu iii ppp aaa mmm eee nnn ttt ooo sss bbb sss iii ccc ooo sss --- PPP rrr ooo ggg rrr eee sss sss ooo VVV eee rrr ttt iii ccc aaa lll
Aqui so apresentados os equipamentos individuais e coletivos para a
progresso vertical em abismos. Para obter mais detalhes sobre o assunto,
acesse Fichas Tcnicas (inseir l ink).
EEE qqq uuu iii ppp aaa mmm eee nnn ttt ooo sss III nnn ddd iii vvv iii ddd uuu aaa iii sss
Cadeirinhas para espeleologia
Peitorais
Blocante de peito
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Blocante de mo
Estribo
Descensor
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Longe
Maillon Delta e Meia-Volta
EEE qqq uuu iii ppp aaa mmm eee nnn ttt ooo sss CCC ooo lll eee ttt iii vvv ooo sss
Corda esttica entre 9mm e 10,5mm
Fita em anel para ancoragem
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Spit
Batedor de spits e martelo.
Plaquetas
Parabolts
Maillon
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NNNoooeeesss dddeee BBBiiioooeeessspppeeellleeeooolllooogggiiiaaa
As cavernas so ecossistemas muito peculiares em funo do seu
isolamento do ambiente circundante. Como a penetrao de luz solar em seu
interior limitada, os padres de ciclagem de matria e energia so diferentes
daqueles de outros ecossistemas terrestres. A caracterstica mais marcante a
ausncia de vegetais superiores e, conseqentemente, a inexistncia de
fotossntese.
O primeiro nvel, ou dos nvel dos produtores, da cadeia alimentar destes
ecossistemas pode ser restrito a certos tipos de bactrias quimiossintetizantes,
que vivem em fontes termais, porm, mais freqentemente, est completamente
ausente. Apesar disso, uma grande diversidade de organismos pode ser
encontrada habitando cavernas. Representantes de todos os cinco reinos dos
seres vivos, incluindo vrios fi los de invertebrados e classes de animais
vertebrados j foram registrados pela cincia como ocupantes, temporrios ou
permanentes, de cavernas. Apesar da falta de luz solar, toda essa biodiversidade
sustentada pelo material orgnico aportado pelos cursos dgua e/ou pelas
fezes de morcegos que se acumulam.
Podemos classificar os habitantes de cavernas de acordo com o seu grau
de dependncia do ambiente caverncola em: (i) trogloxenos dependem do
meio externo em alguma fase do seu ciclo de vida (morcegos, corujas, sapos,
cobras, a ona); ( i i) troglfilos podem desenvolver seu ciclo de vida dentro
ou fora da caverna (aranhas, escorpies, amblipgeos, opilies) e; (i i i)
troglbios completam seu ciclo de vida totalmente no interior da caverna
(peixes, grilos e outros insetos).
Aqueles animais que desenvolvem todo seu ciclo vital dentro da caverna,
freqentemente apresentam adaptaes muito especiais para sobreviver no
ambiente peculiar da caverna. A completa ausncia da luz solar ,
provavelmente, a caracterstica mais notvel nesse contexto. Para compensar a
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inutilidade da viso, muitos animais, no s perderam a colorao e a
capacidade de ver, como tambm lanaram mo de outras formas de orientao,
util izando a audio, o olfato e at a capacidade de perceber campos eltricos
como formas de localizar suas fontes de alimento, escapar de predadores e
encontrar seus parceiros.
A caverna, por ser um ambiente muito isolado, tambm um ambiente
estvel, onde a temperatura, a umidade e os demais fatores fsicos sofrem
pequenas variaes. Muitos organismos exploram a estabilidade a seu favor,
como por exemplo, fungos e bactrias. Outros se aproveitam da escurido e do
difcil acesso para se protegerem de predadores, terem suas crias em segurana
ou ainda, no caso, das cavernas localizadas nas regies temperadas, hibernarem
tranqilamente.
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BBBEEEMMM VVVIIINNNDDDOOO AAAOOO FFFAAANNNTTTAAASSSTTTIIICCCOOO MMMUUUNNNDDDOOO DDDAAASSS CCCAAAVVVEEERRRNNNAAASSS!!! !!! !!! !!! !!!
O grupo aceita como scio qualquer pessoa que se interesse
cientificamente ou como hobby pelas cavernas e abismos, exigindo apenas aos
menores de 18 anos autorizao dos pais ou responsveis para participao das
atividades do grupo, desde que venham com um acompanhante.
Dentro dos l imites previstos nos estatutos, cada associado poder
desenvolver o trabalho que mais lhe agrada dentro das cavernas. Entre os
associados h Gelogos, Bilogos, fotgrafos, eclogos, topgrafos ou apenas
pessoas que se interessem amadoristicamente por essas atividades ou tenham o
simples prazer de entrar nas cavernas para admirar as formaes de
espeleotemas, que so sem duvida nenhuma, muito bonitas.
Mas, apesar de toda beleza e grandeza que vemos nas cavernas, ns do
EGB temos a obrigao de informar e estarmos informados de todos os riscos
que estamos sujeitos a enfrentar em nossas expedies.
Normalmente at se chegar entrada de uma caverna, andar-se no mato
(Cerrado ou Campo) e o principal perigo encontrado a possvel presena de
cobras. Esses animais no tomam a iniciativa de ataque ao ser humano, mas
deve-se estar atento por onde se pise e se pem as mos , pois assim o risco
ser bem menor.
Segundo o Instituto Butant, 72% dos acidentes causados por ofdios so
no p, tero inferior e meio da perna (Fonte do Hospital Vital Brasil So
Paulo).
Se prestarmos ateno nos itens abaixo, dificilmente teremos problemas
com animais peonhentos.
Usar sempre botas de couro ou borracha quando caminhar pelo mato;
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Evitar sempre andar em capinzais (Moradia perfeita para cobras); Olhar com muita ateno onde pisamos e o seu redor; No introduzir a mo em buracos de rvores, cupinzeiros, pedras
ou no cho;
Sempre quando for apanhar algum objeto no cho, verificar a existncia de animais por perto;
Lembrar que locais com a presena de roedores, criatrio de peixes ou rs, so perfeitos para encontrarmos cobras;
No muito fcil a identificao de cobras venenosas das cobras no-
venenosas, portanto, no nos arrisquemos em pegar em cobras, mesmo que
estejam mortas, pois o veneno sempre ativo. Algumas espcies de cobras
fingem estar morta para se livrarem de seus predadores ou para atacar suas
presas;
Lembre-se que, sempre que picados por uma cobra, aranha ou escorpio,
deve-se levar se possvel, o animal causador do acidente para identificao da
espcie no hospital . Se isso no for possvel, pelo menos procure verificar os
padres de cor, tamanho, escamas e chocalho no final da cauda (cascavel).
Devemos lembrar que no podemos matar nenhuma espcie de animais
silvestres, por duas razes simples e lgicas. A primeira que o propsito de
nosso grupo fazer espeleologia e no exterminar animais silvestres.
Constitumos uma entidade que uma ONG Ambiental e isso vai contra-mo
de nossos propsitos e ideais ecolgicos. E a segunda lembrar que ns
estamos invadindo o territrio dos animais.
A ona e a suuarana, bem como outros felinos, podem ser vistos na
regio onde o grupo tem feito explorao, mas muito difcil . Temos que nos
lembrar de alguns fatores essenciais para o bom relacionamento entre homem e
o campo:
Nunca devemos andar desacompanhado no mato, mas sim num grupo de,
no mnimo trs pessoas;
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No podemos nos apavorar com o aparecimento de algum animal de
grande porte. Lembremo-nos de que, por maior que ele seja, ns ainda seremos
maior que ele e o mesmo medo ele tambm estar sentindo. Se ele notar que
temos medo, provavelmente ele nos atacar;
Nunca agridamos nenhum animal silvestre: ele ter que se defender;
Damos espao para os animais. Nenhum animal gosta de ser acuado;
No mexamos com os filhotes de nenhum animal silvestre, emso que estejam aparentemente sozinhos, pois caso seus pais estejam
por perto eles iro agir de acordo com o instinto de proteo de sua
prole;
Normalmente os animais, principalmente os mamferos, andam aos pares ou em grupos, quase nunca esto ss;
Nunca se deve confiar na amabilidade de animais silvestres, pois mesmo
que aparentemente mansos e inofensivos eles podem representar uma ameaa
caso nos aproximemos excessivamente. Os animais selvagens vivem sempre
com a constante ameaa de serem caados por outros ou esto a procura de sua
caa, e nenhuma dessas opes atrativa para ns, quando em contato com
eles.
Dentro das cavernas encontraremos com certeza a nica ordem dos
mamferos que as habitam: os morcegos. Eles no iro nos atacar, mas podem
raspar acidentalmente na pele de algum, durante o vo, (normalmente isso
acontece quando existem vrios morcegos em um ambiente em que adentramos).
Caso a parte do corpo do morcego que tenha raspado em algum seja os
dentes, existe uma ameaa real de contaminao por hidrofobia (raiva). O
espelelogo, nesta situao, mesmo que seja um arranho superficial , deve
informar sobre o problema e procurar o mais rpido possvel, um posto de sade
para receber as vacinas preventivas.
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Outra ameaa sade do explorador a histoplasmose. Doena adquirida
ao inalarmos, atravs das vias areas (respirao), os esporos do fungo
(histoplasmo), que podem estar vivendo no guano do morcego. Trata-se de uma
doena oportunista, pois se o espelelogo estiver com o sistema imunolgico
em boas condies, ele no ir desenvolver a doena e, apesar de j ter
adquirido o fungo, ser resistente a ele. Os espelelogos iniciantes no tm,
normalmente, boa resistncia a esses seres, pois suas defesas naturais iro se
desenvolver com o tempo de exposio aos agentes. Portanto, bom se
prevenir e tomar alguns cuidados em suas primeiras cavernasdas, como o uso de
mscaras protetoras e se possvel at mesmo evitar ambientes muito propcios
ao desenvolvimento do fungo.
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TERMO DE RESPONSABILIDADE
Estou me escrevendo no EGB - Espeleo Grupo de Braslia e declaro que
estou ciente de estar me inscrevendo em um grupo que pratica uma atividade
de risco, que fui informado sobre os riscos relacionados atividade e que
qualquer acidente que possa ocorrer com minha pessoa, durante as atividades de
campo ou treinamentos de minha inteira responsabilidade.
Braslia, ___ de ___________ de 200__.
____________________________
Assinatura
AUTORIZAO PARA MENORES DE IDADE
Eu,___________________________________________________portador(a) do RG n _________________ e do CPF n______________________ estou ciente dos riscos inerentes prtica de espeleologia e autorizo o(a) menor __________________________________________________, sob minha responsabilidade, a realizar a sada de campo no perodo de ___/___/___ a ___/___/___.
Confirmando as informaes acima e garantindo mais uma vez que estou ciente desta autorizao, dato e assino abaixo.
Braslia, ___ de ___________ de 200__.
____________________________
Assinatura do responsvel
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Proposta de Adeso ao EGB
Dados Pessoais Nome Completo: Data Nascimento: Naturalidade: Endereo: Cidade: cep: Telefones:
e-mail: R.G.: rgo Expedidor: CPF:
Grupo Sanguneo: Fator RH: Alrgico a: Toma remdio controlado?
Qual? Sabe nadar? Dirigir? Habilitado?
Em caso de acidente avisar : Nome : Fone :
Como ficou sabendo da existncia do EGB? Qual o seu interesse e conhecimento sobre espeleologia? O que lhe motivou a procurar o EGB? Braslia, ________ de _________________ de 20___. Assinatura
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Espeleo Grupo de Braslia Ficha de cadastro de cavernas Identificao: Nome da caverna: _________________________________________________ SBE n: ___________
Sininmia: _________________________________________
Data da visita: _________________ Cadastrante/Descobridor: ____________________________
Localizao:
Municpio/UF: __________________________ Localidade: _____________________________
Latitude:_____________________ Longitude :____________________ Altitude :_____________
UTM: __________________________________________________ Datum: __________________
Topografia: Grau da Topografia: ________Mtodo: _________Data incio: __________Concluso: __________
Des.lin:_______________Tipo DL: __________ Proj.horiz:_______________ Desnv.:___________
Mapa da caverna (autor):_________________________________________Escala :_____________
Localizada por : __________________________________________________Data :____________
Equipe de explorao/topografia:______________________________________________________
________________________________________________________________________________
Dados da caverna: Litologia: __________________________ Hidrologia: ___________________________
Fragilidade: ________________________ Minerao: ___________________________
Arqueologia: _______________________ Paleontologia: _________________________
Dificuldade: ________________________ Acesso: _____________________________
Potencial de utilizao: ______________________________________________________________
Espeleotemas: _____________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Fauna hipgea: ____________________________________________________________________
Flora Hipgea: ____________________________________________________________________
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EGB
ESPLEO GRUPO DE BRASLIA
FICHA TOPOGRFICA
Folha ____/____
Localizao Caverna:___________________________________________________ U.F.:_______ Municpio:___________________________ Localidade:__________________________ Coordenadas: ____________________ ____________________ Altitude:________ Datum:____________________ Litologia:__________________ Data:___/___/_____
Equipe Instrumentista:_______________________ Desenhista:_________________________ Trena:______________________________ Anotador:___________________________ Apoio:___________________________________________________________________
Equipamentos utilizados (Marca / Modelo / Erro) Bssola:____________________________ Clinmetro:__________________________ Trena:______________________________ GPS:_______________________________ Outros:__________________________________________________________________
De Dist. Az. Incl. Para Esq. Dir. Alt. Prof. Obs.
De Dist. Az. Incl. Para Esq. Dir. Alt. Prof. Obs.
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Folha ____/____
Caverna:_____________________________________________
Data:___/___/_____
De Dist. Az. Incl. Para Esq. Dir. Alt. Prof. Obs.
De Dist. Az. Incl. Para Esq. Dir. Alt. Prof. Obs.
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CCCooonnnvvveeennneeesss EEEssspppeeellleeeooommmtttrrr iiicccaaasss pppaaarrraaa PPPlllaaannntttaaa PPPlllaaannnaaa
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BBBiiibbblll iiiooogggrrraaafff iiiaaa
AULER,A . 1997. Espeleologia no Brasil: Uma abordagem histrica. Espeleo-
Tema, vol. 18 , p. 23-30
AULER, A .1986. Carste e Endocarste. Espeleologia, p. 2-45
AYRTON, J.1986. Espeleotemas .Espeleologia, p. 01-70
BARROS, A. 2000. Apostila do Curso de Espeleologia.
BEETHOVEN,L.1986.Inventrio de stios espeleolgicos. Espeleologia ,p.70-77
RUBIOLLI, E . 1986. Topografia. Espeleologia, p. 78-96
MAGALHES, E. 1997.Curso prtico de topografia.