curso basico de espeleologia

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    CCC rrr iii sss ttt iii nnn aaa CCC ... BBB iii ccc aaa lll hhh ooo ,,, 222 000 000 333

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    HHHiiissstttrrr iiiaaa dddaaa EEEssspppeeellleeeooolllooogggiiiaaa

    A relao do homem com as cavernas to antiga quanto a sua prpria

    histria. Elas foram o seu primeiro abrigo e seu mais antigo santurio. At hoje

    provocam nas pessoas os mais variados sentimentos: um temor inicial, mtico,

    arraigado no nosso inconsciente, passando por uma curiosidade, natural, que se

    transforma em uma vontade de explorar, descobrir, e por fim, um inevitvel

    deslumbramento para os que tiveram oportunidade de conhecer este

    maravilhoso mundo subterrneo.

    Somente a partir da segunda metade do sculo XIX que as cavernas

    comearam a ser objeto de estudos cientficos. A espeleologia, do grego

    spelaion, surge como uma cincia interdisciplinar, que estuda aspectos de

    geologia, qumica, hidrologia, biologia, paleontologia e arqueologia, associada

    explorao tcnica e esportiva desses ambientes.

    Um francs chamado E.A. Martel foi o primeiro a dar disciplina

    contornos tericos, sendo chamado de pai da espeleologia. Juntamente com

    outros cientistas, nas trs primeiras dcadas do sculo XX, aprofundou os

    estudos nas reas mais especializadas da espeleologia.

    No Brasil , os primeiros estudos cientficos em cavernas foram realizados

    no campo da paleontologia, pelo dinamarqus Peter Lund, que entre 1835 e

    1844 desenvolveu estudos na regio de Lagoa Santa-MG, descobrindo diversos

    fsseis importantes, inclusive o Homem de Lagoa Santa. O alemo Richard

    Krone, no final do sculo XIX e incio do sculo XX, dedicou-se ao

    levantamento sistemtico da regio de Iporanga-SP, no vale do Ribeira.

    A Socit Splologique de France foi criada em 1930 e o primeiro grupo

    brasileiro, a Sociedade Excursionista e Espeleolgica da Escola de Minas de

    Ouro Preto, em 1937. No mbito mundial, vale destacar a realizao do I

    Congresso Internacional de Espeleologia, em Paris, 1953. Na dcada de 50 foi

    criada a seo de espeleologia do Clube Alpino Paulista, e em 1969, aps trs

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    congressos brasileiros de espelelogia, foi criada a Sociedade Brasileira de

    Espeleologia SBE.

    A partir da dcada de 70 outros grupos foram surgindo, com destaque

    para o Espeleo Grupo e Braslia EGB, responsvel pelos primeiros trabalhos

    na regio Centro-Oeste, e reconhecido pela significativa evoluo das tcnicas

    de explorao de cavernas, especialmente na explorao vertical.

    Uma maior participao brasileira no contexto internacional se tornou

    mais efetiva a partir da realizao do I Congresso de Espeleologia da Amrica

    Latina e do Caribe, ocorrido em 1988, no Brasil . Esperamos que a realizao do

    XXI Congresso Internacional de Espeleologia no Brasil , em julho de 2001, em

    Braslia, possa dar novo impulso espeleologia nacional, dando-lhe maior

    destaque mundial.

    HHHiiissstttrrr iiicccooo dddooo EEEGGGBBB

    Em 1973 um jovem Sargento do exrcito, recentemente transferido do Sul

    para Braslia, envolvido em sua terra natal com a arqueologia, atravs da qual

    j havia visitado grutas em granito e arenito, buscou conhecer as preciosidades

    geogrficas do Brasil central.

    Inicialmente percorreu, juntamente com amigos, o norte do Distri to

    Federal onde exploraram pequenas grutas calcrias l existentes, com o apoio

    de um entusiasta e caador na regio. Estava formado um primeiro grupo, j

    completamente envolvido pela atividade.

    De posse de um velho panfleto da Embratur, conseguido no sul e onde se

    anunciava a existncia da Gruta da Fazenda Corumb (hoje Gruta dos Ecos -

    GO 018), passaram a tentar relocaliz-la, o que foi feito aps algumas sadas e

    encontraram uma das maiores cavernas em micaxisto do mundo. Firmava-se,

    definitivamente, a paixo pelo subterrneo e gerava-se, espontaneamente, um

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    grupo de amigos dedicados espeleologia, sem mesmo saberem da existncias

    de outros grupos similares no Brasil da poca.

    Em 1974 veio a preocupao de se formalizar as informaes e esculpiu-

    se o Espeleo Grupo de Braslia - EGB, datando de 1975 os primeiros registros

    das atividades realizadas. Trs anos mais tarde toma-se conhecimento da

    existncia de uma Sociedade Brasileira de Espeleologia e em 21 de outubro de

    1977, registrada em cartrio sua criao oficial, sendo provavelmente a

    primeira ONG voltada natureza criada no novo Distrito Federal.

    Nestes 25 anos dedicados espeleologia, o EGB vem trabalhando em

    vrios estados brasileiros, promovendo a descoberta de mais de uma centena de

    cavernas e lutando pela preservao das mesmas.

    OOO rrreeellleeevvvooo cccrrrssstttiiicccooo eee aaa GGGnnneeessseee dddeee cccaaavvveeerrrnnnaaasss

    111 ... DDD eee fff iii nnn iii ooo

    Relevo crstico o t ipo de relevo que se desenvolve sobre rochas

    solveis, principalmente carbonticas. Podemos distinguir o carste em

    exocarste, (representados principalmente pelas dolinas , paredes e vales) e

    endocarste, representado principalmente pelas cavernas.

    222 ... AAA sss rrr ooo ccc hhh aaa sss

    As rochas que compem o relevo crstico mais importantes so o

    dolomito e o calcrio. Os calcrios possuem muitas variedades, podendo

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    encontrar materiais diversos encorporados, mas constituem mais de 90 % de Ca

    CO3 .

    O dolomito a segunda rocha em importncia (Ca , Mg(CO3)2). Sua

    formao ocorre com a dolomitizao do calcrio, que se d com a introduo

    de Magnsio na calcita. O Carste sobre dolomito menos desenvolvido.

    333 ... PPP sss eeeuuuddd ooo ccc aaa rrr sss ttt eee

    So paisagens que lembram as do Carste, mas que so resultantes de

    processos diferentes.

    Neste caso, a ao mecnica das guas o fator modelador das paisagens,

    mas ainda existe reao qumica com a gua, embora seja lenta e deixe

    resduos. O que no acontece com as rochas carbonticas puras, onde a reao

    no deixa resduos.

    Portanto h a formao de cavernas sem que haja a dissoluo do mineral,

    havendo a desagregao dos gros provocada por lenta penetrao da gua.

    Pode tambm ocorrer a existncia de rochas carbonticas sob rochas

    inertes (como o quartzo), a ao da gua ir ocorrer sobre a rocha carbontica.

    444 ... AAA qqq uuu mmm iii ccc aaa dddooo CCC aaa rrr sss ttt eee

    A gua das chuvas absorve CO2 da atmosfera e ao alcanar o solo se

    combina com o CO2 existente neste (relacionado ao das plantas), formando

    o cido carbnico.

    CO2 + H2O H2CO3

    A prxima etapa o ataque rocha:

    Dissociao dos compostos:

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    CaCO3 Ca +2 + CO3-3

    H2CO3 H+ + HCO3 -

    O prton que efetivamente atacar o carbonato da reao:

    CO32- + H+ HCO3-

    HCO3- + H+ H2CO3

    555 ... HHH iii ddd rrr ooo lll ooo ggg iii aaa CCC rrr sss ttt iii ccc aaa

    Em qualquer rocha, dois importantes parmetros condicionam o

    comportamento da gua:

    Permeabilidade: Capacidade da rocha em permitir a passagem de gua.

    Porosidade: Porcentagem do volume ocupada por vazios.

    A porosidade primria, representada por poros entre as molculas, no

    importante no carste.

    J a porosidade secundria, formada por juntas, fraturas e cavernas, de

    origem posterior formao da rocha e de suma importncia no carste. A gua

    cida, ao infiltrar-se de forma difusa em um macio de calcrio, ter seu efeito

    muito diminudo, ao passo que se toda a sua carga dissolutiva concentrar-se em

    zonas de fraqueza como fraturas, a carstificao ser muito maior.

    Zonas hidrolgicas:

    Zona vadosa: Onde h livre escoamento de gua. A rocha no est

    embebida na gua.

    Zona fretica: Onde a rocha est permanentemente embebida na gua.

    Limitada superiormente pelo nvel fretico.

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    Zona intermediria: Influenciada pela variao de nvel fretico. Hora

    vadosa hora fretica.

    Um fato de importncia na hidrologia de terrenos calcrios que a gua

    na zona fretica concentra-se nas fraturas (porosidade secundria), pois os

    vazios correspondentes porosidade primria so geralmente muito reduzidos.

    Uma das principais caractersticas do Carste a ausncia de drenagem

    superficial. As caractersticas da rocha fazem com que toda a gua da chuva

    seja absorvida, mesmo que as precipitaes alcancem 2.000 mm anuais ou mais.

    No carste a gua de chuva infiltra-se do solo para a rocha com muita rapidez,

    sendo que o escoamento sobre o solo ou dentro do solo restri to e sem muita

    importncia, por isso raro encontrar rios superficiais no carste. A no ser que

    a regio seja de calcrio impuro ou se ocorrer a entrada de guas drenadas em

    regies no crsticas.

    A vegetao exerce importante influncia na infiltrao da gua. Para um

    mesmo solo e calcrio, uma floresta de eucaliptos ocasiona duas vezes mais

    perdas de gua para a atmosfera do que em reas com gramneas.

    As perdas de gua por evaporao e evapotranspirao so muito menores

    no carste do que em outros tipos de paisagens, por causa da rpida infiltrao.

    Quando ocorrem chuvas, a gua infil trada pode seguir seu curso de forma

    bastante lenta (fluxo de infiltrao vadosa e de percolao vadosa) levando por

    vezes meses para abastecer um curso dgua subterrneo. Desta forma, os picos

    de inundao em rios crsticos so menores do que em rios no crsticos.

    A gua, ao atingir a rocha, apresenta PH cido, mas que vai se tornando

    bsica ao percorrer o rio hipgeo, por aumentar o teor de clcio por

    decomposio da rocha e devido ao gotejamento. Este PH bsico impede que os

    sedimentos se mantenham em suspenso, fazendo-os depositar rapidamente. Isto

    justifica o fato de que a gua em lagos e rios de regies crsticas se mantenham

    sempre lmpidas.

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    O desaparecimento de um curso dgua denominado de sumidouro . A

    perda pode ser total ou parcial . Muitos cursos dgua possuem sumidouros no

    fundo do canal que vo gradativamente absorvendo o volume do rio.

    O termo ressurgncia designa fontes em terrenos crsticos, onde

    reaparece um curso dgua outrora superficial. A ressurgncia pode ser

    gravitacional de superfcie livre (s vezes com passagem acessvel ao homem:

    caverna). As ressurgncias vausclusianas funcionam como um conduto semi-

    vertical, com gua aparecendo sob presso. Semelhantemente existem

    ressurgncias alimentadas por condutos horizontais que extravasam em abismos

    ou em piscinas cheios dgua.

    As ressurgncias variam muito em volume dgua. Provavelmente a maior

    do mundo a de Manavgat River, ao Sul da Turquia com aproximadamente 130

    m3/s.

    Vrios fatores podem influenciar a orientao da drenagem subterrnea

    (tectnica, zonas de falhas, etc.), e muitas vezes a drenagem subterrnea no

    carste apresenta padres complicados. Ocorre, por vezes, de rios subterrneos

    cruzarem rios superficiais sem interferncia aparente.

    O estudo da hidrologia crstica pressupe que seja conhecido o percurso

    da gua subterrnea, e para isso faz-se uso de traadores (corantes, troncos,

    etc).

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    Os movimentos de guas infiltrantes no Carste

    (1)Fluxo sobre o solo;

    (2)Fluxo sob o solo;

    (3)Fluxo atravs da rocha ( geralmente muito lento );

    (4)Fluxo em abismo;

    (5)Fluxo de infiltrao vadosa ;

    (6)Fluxo por percolao vadosa .

    666 ... EEE xxxooo ccc aaa rrr sss ttt eee

    Entre as principais formas de exocarste, existem: Lapies, dolinas,

    paredes, formas fluviocrsticas e poljes.

    111 ... DDD ooo lll iii nnnaaa sss

    So depresses fechadas, afuniladas, de formato circular ou oval, cujo

    tamanho da ordem de poucos metros a centenas de metros de profundidade e

    dimetro.

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    1.1) DDDooo lll iii nnn aaa ddd eee ddd iii sss sss ooo lll uuu ooo :::

    o tipo mais comum do exocarste. O material dissolvido, assim como

    restos insolveis, so carreados atravs da fratura.

    111 ... 222 ))) DDDooo lll iii nnn aaa ddd eee ccc ooo lll aaa ppp sss ooo :::

    causada pelo desabamento do teto de uma caverna.

    111 ... 333 ))) DDDooo lll iii nnn aaa aaa lll uuu vvv iii aaa lll :::

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    Ocorre quando h coberturas de solo sendo introduzidas nas fraturas do

    calcrio. Diferencia-se da dolina de dissoluo pelo fato de que o rebaixamento

    do piso se d por carreamento do solo e no por dissoluo da rocha abaixo.

    111 ... 444 ))) DDDooo lll iii nnn aaa ddd eee ccc ooo lll aaa ppp sss ooo ddd eee vvv iii ddd ooo aaa ccc aaa rrr sss ttt eee sss uuubbb jjj aaa ccc eeennn ttt eee :::

    Difere-se da dolina de colapso pelo fato de que a camada de rochas

    carbonticas que entra em colapso se encontra subjacente a uma camada de

    outra li tologia que tambm entra em colapso.

    A unio de duas ou mais dolinas tem o nome de UVALA.

    222 ... FFF ooo rrr mmmaaa sss FFF lll uuu vvv iii ooo ccc rrr sss ttt iii ccc aaa sss

    So relictos de antigas drenagens superficiais.

    222 ... 111 ))) VVV aaa lll eee SSS eee ccc ooo

    Vale que anteriormente possua um curso dgua, hoje subterrneo ou

    inexistente.

    222 ... 222 ))) VVV aaa lll eee CCC eeegggooo

    Marca o ponto onde o rio superficial v-se bloqueado e inicia seu

    percurso subterrneo.

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    222 ... 333 ))) CCC aaa nnn nnn yyy ooo nnn sss

    So vales onde o rio corre encaixado. Podem ser explicados por eroso

    fluvial, corroso ou desabamento de teto de cavernas.

    777 ... EEE nnn ddd ooo ccc aaa rrr sss ttt eee

    So as formas subterrneas de carste (cavernas ou grutas). Tipos:

    111 ))) CCC aaa vvv eee rrr nnn aaa sss ppp rrr iiimmm rrr iii aaa sss :::

    So todas aquelas criadas simultaneamente com a rocha , como as

    cavernas em tubo de lava.

    222 ))) CCC aaa vvv eee rrr nnn aaa sss sss eee ccc uuu nnnddd rrr iii aaa sss :::

    So todas aquelas criadas posteriormente formao da rocha. Podem

    ser:

    - Cavernas exgenas: Formadas por intemperismo e eroso agindo na

    rocha a partir do exterior. Ex: Cavernas criadas pela ao do vento (cav. em

    arenito), cavernas de rio, etc.

    - Cavernas endgenas: Formadas por fatores atuantes no interior da

    rocha. Incluem as maiores cavernas conhecidas. So as cavernas tectnicas,

    criadas por processos tectnicos e as cavernas crsticas, criadas por dissoluo

    em rochas carbonticas.

    888 ... EEE sss ppp eee lll eee ooo ggg nnn eee sss eee ddd ooo CCC aaa rrr sss ttt eee

    No passado, numerosas teorias que hoje soam como absurdas tentaram

    explicar a gnese das cavernas. Com o advento da geomorfologia como cincia,

    passou-se a acreditar que todas as grutas eram resultado de escavao por rios

    subterrneos.

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    No entanto muita coisa no fica satisfatoriamente explicada. Uma das

    grandes contribuies no estudo da espeleognese no carste foi o trabalho de

    DAVIS (1930), que imaginou a evoluo em dois ciclos:

    1.Formao de todos os condutos e galerias por circulao

    profunda de gua subterrnea na zona fretica;

    2.Com o soerguimento tectnico da regio, as cavernas so

    erguidas acima do nvel fretico, tornando-se secas ou invadidas

    por um curso dgua. D-se ento o incio da formao dos

    espeleotemas e ocorrem os desmoronamentos.

    Sabe-se hoje que as cavernas so formadas tanto na zona fretica quanto

    na zona vadosa ou mesmo no nvel fretico.

    De um modo geral pode-se dizer que a zona de fraqueza na rocha

    carbontica, no caso as juntas de estratificao e as fraturas so o ponto de

    partida para a criao e conseqente evoluo de uma gruta. So pontos onde a

    gua ter mais facilidade em penetrar e atacar quimicamente a rocha.

    Em juntas de estratificao pouco espaadas, o desenvolvimento da gruta

    desfavorecido, pois comum existir pores insolveis entre os estratos.

    Em alguns casos, no entanto, estas mesmas lentes insolveis, podem, ao

    invs de l imitar, incentivar a dissoluo, funcionando como camadas que guiam

    o fluxo dgua.

    111 ... CCC aaa vvv eee rrr nnn aaa sss fff rrr eee ttt iii ccc aaa sss

    So as cavernas formadas abaixo do nvel fretico, em zonas onde todas

    as fraturas so embebidas em gua.

    Acredita-se que inicialmente o fluxo lento de gua atravs das fraturas e

    juntas de estratificao cria uma grande quantidade de condutos de dimetro

    pequeno que se interconectam. Alguns desses condutos se desenvolvero mais

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    rapidamente que outros, conseqentemente aumentados em dimetro e

    conduzindo mais gua.

    Ao alcanar dimetro maior que 5 mm, o fluxo de gua no conduto

    passar de lento a turbulento fazendo com que a dissoluo aumente bastante e

    que desta forma os outros condutos fiquem abandonados e parem de se

    desenvolver.

    Os condutos freticos so tpicos em corte, mostrando formas circulares,

    elpticas.

    Nos condutos freticos, a dissoluo ocorre em todos os pontos do

    conduto, devido ao fato do mesmo encontrar-se totalmente preenchido por gua.

    Waltham (1981) diferenciou as cavernas freticas em dois t ipos: profunda

    e rasa.

    As cavernas freticas profundas so aquelas formadas bem abaixo do nvel

    fretico, dezenas ou mais metros.

    As cavernas freticas rasas so formadas logo abaixo do nvel fretico. Pode

    ocorrer fluxo vadoso em poca de seca e fluxo fretico em poca de cheia.

    Segundo Bogli (1980), algumas evidncias podem indicar origem fretica:

    Padro labirntico; Passagens formadas principalmente sob influncia dos planos de

    acabamento;

    Sees de condutos elpticos ou lenticulares; Reentrncias semi-esfricas no teto, devidas a corroso de mistura; Condutos descendentes e ascendentes alternando-se tetos,

    mostrando sinais de origem hdrica (ausncia de abatimentos).

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    222 ... CCC aaa vvv eee rrr nnn aaa sss ddd eee nnn vvv eee lll fff rrr eee ttt iii ccc ooo

    As cavernas, nesse caso, so sempre horizontais. Acredita-se que em

    ambiente tropical mido este t ipo de gnese seja favorecida dada a grande

    quantidade de vegetao, alm de guas ricas em pores orgnicas com alto

    poder dissolutivo.

    333 ... CCC aaa vvv eee rrr nnn aaa sss vvv aaaddd ooo sss aaa sss

    So as cavernas desenvolvidas sob condies vadosas, ou seja, acima da

    zona fretica, onde a gua circula l ivremente sob ao da gravidade. Desta

    forma os condutos desenvolvidos sob estas condies tendem a se aprofundar

    continuamente. Passagens meandrantes, t ipo Cannyon, ocupadas por um curso

    dgua de tamanho apropriado, so evidncia de gnese vadosa.

    Cavernas vadosas primrias : So as cavernas que em seu

    desenvolvimento no foram precedidas por uma fase fretica. So formadas por

    alargamento de fraturas com espaamento de 1 mm ou mais. A forma dos

    condutos estreita e alta.

    Cavernas vadosas secundrias: Foram precedidas por uma fase fretica.

    Compreendem a maior parte das grutas vadosas. Toma, em geral o aspecto de

    um cannyon meandrante (ver figura).

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    Enquanto o topo do conduto preserva sua forma fretica, o restante,

    vadoso, ser condicionado pela dissoluo gravitacional do curso dgua

    subterrneo.

    999 ... III nnn ccc aaa sss ooo

    Incaso, desmoronamento, abatimento e colapso so sinnimos e

    denominam os processos que levam os tetos e paredes de uma caverna a

    desmoronarem naturalmente.

    Este um processo que, no carste assume maior importncia do que em

    qualquer outro t ipo de paisagem.

    O desmoronamento ocorre sempre sobre linhas de maior fraqueza como planos

    de estratificao e fraturas, sendo, portanto funo de li tologia e stress

    tectnico.

    Os estudos de incaso em cavidades naturais ainda encontram-se em um

    estgio preliminar visto a grande complexidade que variaes li tolgicas e

    estruturais podem acarretar nas tenses atuantes na rocha. O estudo de tenses

    em tneis e minas tem sido de grande valia embora as cavernas por serem

    formadas muito lentamente, adaptam-se progressivamente s tenses na rocha,

    se estabilizando gradualmente.

    Os fatores que condicionam variaes de equilbrio em cavernas podem

    ser:

    Morfolgicos: Zonas mais descomprimidas so alvos de dissoluo ou

    abatimento, at que uma forma mais estvel seja alcanada. A proximidade de

    duas cavernas distintas tambm afeta o equilbrio, sendo que a massa rochosa a

    separ-las apresenta-se descomprimida oferecendo menor resistncia a

    abatimento/eroso.

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    Hidrolgicos: Quando uma caverna permanentemente alagada torna-se

    seca bruscamente, poder haver abatimentos. Do mesmo modo, inundaes

    tambm podem causar abatimentos.

    Sedimentolgicos: Grandes quantidades de sedimento preenchendo

    condutos exercem presso sobre as paredes. Quando retiradas rapidamente

    causam descompresso com conseqente desplacamento das paredes.

    EEEssspppeeellleeeooottteeemmmaaasss

    Os espeleotemas so depsitos minerais de formas variadas e origem

    qumica e fsico-qumica, encontrados nas cavernas.

    111 ... CCC ooo mmmppp ooo sss iii ooo qqquuu mmm iii ccc aaa

    muito grande a quantidade de minerais encontrados em espeleotemas,

    entre outros sais, temos carbonatos, cloretos, nitratos, fosfatos, silicatos e

    sulfatos, alguns xidos e hidrxidos. A grande maioria dos espeleotemas

    constituda de carbonato de clcio (CaCO3), que nas formas de calcita e

    aragonita constituem cerca de 95% dos depsitos minerais dos espeleotemas

    conhecidos.

    222 ... TTTaaa mmmaaa nnnhhhooo sss

    Os tamanhos variam desde cristais microscpicos com massa da ordem de

    microgramas at conjuntos estalagmticos de toneladas e centenas de metros

    cbicos.

    333 ... CCC ooo rrr eee sss

    Alm das formas, as cores so o que mais chamam a ateno aos

    espeleotemas. Como a grande maioria dos espeleotemas constituda de CaCo3

    na forma de calcita ou aragonita, e estes, quando puros, so brancos, esta a

    cor da grande parte dos espeleotemas. No entanto, as cores variam do branco,

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    em funo de impurezas presentes na deposio do carbonato de clcio, ou pela

    presena de outros compostos diferentes.

    Vulgarmente, dizse que o amarelo devido presena de ferro ou

    enxofre; vermelho, laranja, creme ou marrom devido presena do ferro; o

    azul e verde devido ao cobre; o preto e o cinza devido ao mangans.

    444 ... TTT rrr aaa nnn sss ppp aaa rrr nnn ccc iii aaa ,,, ttt rrr aaa nnn sss lll uuu ccc iii ddd eee zzz ,,, bbb rrr iii lll hhh ooo eee ccc iii nnn ttt iii lll nnn ccc iii aaa

    Transparncia: notada em espeleotemas de pequena massa, como

    pequenos dentes de co, agulhas e helictites. uma caracterstica de pores

    mono-cristalinas das massas cristalizadas, que permite que a parte no refletida

    de um feixe luminoso (incidente na superfcie de um espeleotema), se refrata

    no interior de sua massa, seja pouco absorvida e emerja do lado oposto.

    Translucidez: Espeleotemas formados exclusivamente por cristalizao

    so constitudos por milhes de micro cristais transparentes, (mesmo os de

    grande massa), onde um feixe de luz incidente refratado de cristal a cristal

    sendo quase que totalmente absorvido pela massa cristalina, sendo que pequena

    parte consegue atravess-la.

    Brilho: Como os espeleotemas normalmente so cristalinos, suas

    superfcies externas so compostas por milhes de micro faces planas, e

    possuem alto ndice de reflexo, tornando-se brilhantes quando iluminadas (o

    efeito intensificado se os espeleotemas estiverem molhados).

    Cintilncia: causada por reflexo pontual na superfcie dos

    espeleotemas. Cada mini face brilha quando o raio de luz que o atinge, reflete,

    atingindo o olho do observador, o efeito intensificado quando se movimenta a

    fonte de luz. o que acontece no cho de estrelas.

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    555 ... RRReeeaaa eee sss qqq uuu mmm iii ccc aaa sss ddd eee fff ooo rrr mmmaaa ooo

    As reaes qumicas envolvidas na formao dos espeleotemas so

    variadas, s vezes complexas, mas sempre ocorrem em funo das substncias

    qumicas depositadas ou cristalizadas durante o crescimento dos espeleotemas.

    Primeiramente h a formao de cido carbnico, que extremamente

    fraco, isso ocorre pela hidratao de molculas de CO2 na atmosfera terrestre

    pela gua da chuva, em cursos dgua, nos interstcios do solo, com a gua de

    infiltrao, etc. Este cido se ioniza e ataca o calcrio da rocha com a formao

    de bicarbonato de clcio, que altamente solvel em gua.

    Desta forma, a gua acidulada vai corroendo o calcrio, que vai sendo

    transportado em forma de bicarbonato, atravs das fraturas e fendas do macio

    rochoso. Quando a soluo aquosa aponta no vazio de uma caverna, o processo

    qumico se inverte, o bicarbonato l ibera o gs carbnico em conseqente

    formao de gua e gs carbnico, que por ser insolvel se precipita,

    originando e fazendo crescer os espeleotemas.

    Um conjunto de variveis fsico-qumicas (concentrao, temperatura,

    ambiente, vazo da soluo, presso de gs carbnico e de vapor de gua,

    circulao de ar, luminosidade, etc.) regem a corroso do calcrio e a deposio

    do carbonato na formao e crescimento dos espeleotemas.

    Condies mais particulares e pouco conhecidas regem a forma da

    deposio do carbonato de clcio, nos mais variados arranjos fsicos, alguns

    aceitveis, mas outros so totalmente surpreendentes e algumas vezes

    inexplicveis.

    666 ... TTT iii ppp ooo sss

    1) Estalactite

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    o mais conhecido entre os espeleotemas. a denominao genrica de

    todos os espeleotemas presos no teto das grutas. Toda estalactite apresenta um

    conduto central, ou pelo menos vestgio dele, segundo o qual a estalactite

    evolui. Independente do aspecto externo, todas tm a mesma origem, desde que

    se forme uma gota no teto que tenha alimentao contnua, ir ocorrer a

    precipitao de um disco delgado de carbonato de clcio, moldando a

    estalactite de gota a gota.

    2) Cortina

    So espeleotemas que surgem em tetos inclinados, podendo prolongarse

    pelas paredes. O crescimento das cortinas sempre se d pela cristalizao radial

    e linear do carbonato de clcio na forma de filetes sobre filetes.

    3) Estalagmites

    Juntamente com as estalactites, formam o conjunto mais representativo

    dos espeleotemas. Nascem e crescem normalmente pelo gotejamento de

    soluo, com cristalizao radial, a partir do piso. Formam grandes massas

    compactas, de diversos formatos.

    4) Colunas

    As colunas se originam da evoluo das estalagmites e estalactites, que

    vm a se soldar em uma pea nica, quando, ento, o gotejamento cessa e o

    crescimento do espeleotema se d apenas pelo engrossamento lateral.

    5) Cascatas

    o nome genrico das formaes originadas pelo escoamento, por

    paredes inclinadas ou verticais, de gua emergindo pelo teto ou parede. Se o

    escoamento for volumoso e contnuo, tem-se uma superfcie revestida de

    micro-travertinos, se o escoamento for intermitente, pequeno e de soluo

    saturada, tem-se uma superfcie revestida de micro-monocristais de calcita.

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    6) Travertinos

    So formaes oriundas do represamento de guas, e seus tamanhos

    variam desde aquele cujo volume mal cabe uma gota dgua, ao que uma

    verdadeira piscina com alguns metros de profundidade e outros de extenso

    superficial.

    7) Oides

    o nome dado famlia de espeleotemas que crescem soltos em represas

    de travertino ou em poos dgua sujeitas a gotejamento contnuo e de alta

    freqncia, a turbulncia do escoamento faz movimentar as prolas no ninho

    que vo se arredondando. O crescimento se d por camadas cristalinas em

    direo radial. Possuem um aspecto cermico liso e ocorrem em conjuntos

    denominados ninhada. O embrio de cada prola qualquer cristal ou partcula

    solta, existente na poa, que funciona como germe de cristalizao.

    8) Vulces

    Espeleotema de formato cnico e topo cncavo, consistncia esponjosa.

    formado exclusivamente submerso e com altura l imitada pelo nvel da gua do

    travertino em que se encontra.

    9) Jangadas

    um dos espeleotemas flutuantes e se encontram soltos. Formam-se pela

    cristalizao da calcita em superfcies livres de guas saturadas estagnadas,

    flutua devido a tenso superficial e qualquer perturbao a faz naufragar.

    10) Marquises

    Quando as jangadas encostam-se s bordas de uma parede do

    reservatrio, elas acabam se soldando e aumentando a sua espessura por

    cristalizao inferior. Se, por algum motivo, o nvel da gua baixar ou a represa

    secar, as jangadas que ficaram suspensas horizontalmente, agora so

    denominadas de marquises.

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    11) Dentes de co

    Cada monocristal de tamanho razovel (alguns cm), que se direciona para

    o centro de um geodo, ou na parede interna de uma represa de travertino,

    denominado dente de co.

    12) Cho de estrelas

    So superfcies de piso ou abas de parede, revestidas de cristais que, com

    seus mltiplos planos ou suas microfaces paralelas, refletem desordenadamente

    qualquer luz incidente. Qualquer que seja direo da luz incidente, o

    observador a ver refletida em centenas de posies. A impossibilidade de se

    fixar pontos luminosos e a aparncia de movimento dos mesmos tal que d

    idia de cintilncia e chega a tirar o equilbrio do observador.

    13) Agulhas

    So formaes mono-cristalinas, de calcita branca ou transparente, com

    alguns milmetros de dimetro e alguns centmetros de comprimento, ocorrem

    revestindo paredes internas, em pontas livres, em reentrncias de cortinas.

    14) Areia calctica

    So depsitos de monocristais de calcita em soluo supersaturada,

    sujeito turbulncia por gotejamento. O acmulo constante origina uma areia

    branca de calcita cristalina, raramente encontrada.

    15) Leite de lua

    um espeleotemas fixo, de consistncia pastosa. Dependendo do grau de

    umidade, pode ter o aspecto de um talco seco ou de uma massa mida. Sua

    provvel origem est relacionada ao ataque de microorganismos calcita.

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    16) Helictite

    Crescem no piso, teto, paredes, sobre outros espeleotemas, recobre

    colunas, etc. Tem formas variadas, mas todos brincam com a gravidade, alguns

    so fil iformes, com aspectos de vermes, com comprimentos superiores a 1 m e

    dimetro inferior a 1 cm, podem formar conjuntos entrelaados de cristais

    retorcidos, se assemelhando a uma medusa. Sua composio de calcita ou

    aragonita e normalmente branca.

    17) Flores de calcita

    O carbonato se precipita na forma de calcita, os cristais so cilndricos,

    curvos e, s vezes, ramificados.

    18) Flores de aragonita

    Nestes o carbonato se precipita na forma de aragonita, os cristais so

    alongados, retil neos, com pontas felpudas e se irradiam de uma base comum,

    como um feixe de agulhas soltas e paradas no ar. So de rara beleza e

    fragilidade.

    Flores de gipsita A flor formada por um conjunto de cristais com aspecto fibroso, de bases

    justapostas, curvas e que geralmente se subdividem em feixes independentes.

    19) Agulhas de gipsita

    O feixe de cristais tem dimetro da ordem de mm2, o crescimento

    retil neo, podendo atingir decmetros de comprimento, so compostas por vrias

    agulhas mais delgadas.

    20) Cabelo de anjo

    O feixe de cristais mltiplo, e cada unidade do feixe crespo, cresce

    independentemente dos vizinhos, atingindo decmetros de comprimento. Os

    feixes ficam pendentes, balanando ao gosto do movimento do ar.

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    OOOsss tttrrraaabbbaaalllhhhooosss dddooo eeessspppeeellleeelllooogggooo

    111 ... SSS aaa ddd eee PPP bbb lll iii ccc aaa

    Neste campo atua em cooperao com a Gerncia de Controle de

    Zoonoses do Instituto de Sade do Distrito Federal, realizando um contnuo

    apoio aos trabalhos desenvolvidos em cavernas do DF, para a preveno da

    raiva transmitida por morcegos.

    Participando desde 1992, dedicou quase duas centenas de dias/campo

    usados na pesquisa dos quirpteros habituais em cavernas e daqueles a elas

    relacionados, como forma de se conhecer elementos de sua ecologia que

    resultem em subsdio para seu manejo.

    Atividade permanente do EGB, determina uma nova linha de atuao,

    onde o enfoque no se volta apenas a cavernas extensas, mas a todas cavidades

    naturais potencialmente habitveis por quirpteros.

    222 ... BBB iii ooo lll ooo ggg iii aaa

    A descrio sumria da fauna existente em uma caverna encontrada uma

    constante nos trabalhos do EGB, contudo, o acompanhamento biolgico com

    enfoques especficos, s esto sendo realizados com Morcegos e Escorpies,

    atravs do apoio de pesquisadores externos de instituies como a Gerncia de

    Controle de Zoonoses e o Instituto Geabrasil .

    Os resultados alcanados em ambos esto em vistas de publicao em

    peridicos especializados.

    333 ... AAA rrr qqq uuu eee ooo lll ooo ggg iii aaa eee PPP aaa lll eee ooo nnn ttt ooo lll ooo ggg iii aaa

    Uma ateno especial voltada para a presena de vestgios

    arqueolgicos e paleontolgicos em abrigos sob rocha ou cavernas. As equipes

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    de prospeo e explorao espeleolgicas so privilegiadas com o alcance e

    penetrao que realizam em seus trabalhos de campo, nas mais inspitas regies

    geogrficas. Desta forma, freqentemente alcanam lugares muito pouco ou

    nada modificados pelo homem, buscando assim funcionar como filtros

    identificadores de novos stios de vestgios pr-histricos.

    Os indcios localizados so comunicados s instituies dedicadas a estas

    reas do conhecimento acadmico, para uma posterior pesquisa. Infelizmente, a

    grande carncia de profissionais nestas disciplinas, especificamente voltados

    para o estudo do centro-oeste brasileiro, acaba determinando o abandono e, em

    muitos casos, a consecutiva destruio destes stios, atravs da expanso das

    atividades humanas.

    444 ... OOO lll eee vvv aaa nnn ttt aaa mmm eee nnn ttt ooo eee sss ppp eee lll eee ooo lll ggg iii ccc ooo

    O Brasil tem um enorme potencial espeleolgico, mas, em relao

    quantidade de cavernas que estima-se existir, conhece-se apenas uma pequena

    parcela. Pois, se por um lado temos reas relativamente exploradas, por outro,

    muitas reas, de inquestionvel importncia, continuam desconhecidas por

    completo. Temos, portanto, muito a descobrir em nosso pas.

    O levantamento espeleolgico consiste em uma coleo de atividades em

    torno do objetivo de se levantar informaes espeleolgicas (sobre as cavernas,

    abrigos e abismos; e o que estiver relacionado a estes) de determinada regio, a

    fim de se realizar um inventrio espeleolgico.

    O inventrio, em sntese, busca ser uma coleo ordenada de documentos

    e informaes, resultante da investigao, anlise e da revelao do acervo.

    Caracteriza-se como uma observao permanente, dinmica e sistemtica, no

    tendo a pretenso de esgotar o conhecimento dos st ios, mesmo porque no

    essa a finalidade de um inventrio. Pretende, sim, catalog-lo para sua real

    identificao e estimular, assim, seu estudo posterior e sua proteo.

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    Basicamente, um levantamento consiste em trs fatores: a primeira

    formada pelo conjunto de pesquisas, sendo elas: arquivstica, bibliogrfica,

    anlise cartogrfica e sensoriamento remoto; uma outra que se baseia em

    trabalhos de campo e, finalmente, o fichamento dos dados coletados nas fases

    anteriores.

    444 ... 111 PPP eee sss qqq uuu iii sss aaa bbb iii bbb lll iii ooo ggg rrr fff iii ccc aaa

    O levantamento de documentos manuscritos, grficos, fotogrficos, etc.

    pode auxiliar, direta ou indiretamente, no conhecimento de stios

    espeleolgicos. Pois, alm de ajudar na orientao geogrfica, contribuem para

    incrementar o aspecto histrico da gruta levantada. Estes documentos podem

    ser pesquisados em arquivos eclesisticos, pblicos, particulares e museus.

    A pesquisa bibliogrfica representa o primeiro passo do inventrio, pois

    levanta a evoluo do conhecimento do acervo, e contribui para sua importncia

    cultural.

    444 ... 111 ... 111 ... AAA nnn lll iii sss eee ccc aaa rrr ttt ooo ggg rrr fff iii ccc aaa

    O objetivo da cartografia reunir e analisar dados e medidas, das

    diversas partes da terra, e, representar, graficamente, em escala reduzida, os

    elementos das relaes espaciais que possam ser claramente visveis.

    Para se por em evidncia a configurao dos stios espeleolgicos, o

    instrumento de maior importncia, no inventrio, o mapa. Primeiramente

    deve-se escolher a escala. Evidentemente, um mapa topogrfico em uma escala

    pequena seria o mais adequado, mas isso nem sempre possvel devido falta

    de mapas em escalas menores em algumas regies.

    Depois de escolhida a escala, pode-se iniciar a anlise atravs da

    toponmia (nome prprio dos elementos do espao que constituem o lugar).

    Esse tipo de anlise no chega a evidenciar a ocorrncia espeleolgica, mas

    atravs da toponmia possvel se localizar vrios stios. Nomes de fazendas,

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    rios e acidentes geogrficos so sugestivos para uma prospeco. Como por

    exemplo: Fazenda Lapa Grande, Riacho do Buraco, etc.

    Sendo um mapa praticamente trabalhado em linhas, importante analisar

    a drenagem e observar a descontinuidade das linhas representativas da

    drenagem, que primeira vista, indicam sumidouros.

    Para aumentar o conhecimento da rea, deve-se recorrer a outros dois

    instrumentos da maior importncia, o mapa geolgico e as fotografias areas.

    As rochas carbonticas merecem destaque especial por terem excelentes

    condies para a formao do encavernamento. Porm, isto no significa que,

    em outras li tologias, o encavernamento no exista. Rochas metamrficas, como

    o arenito e o quartzito, tambm apresentam boas condies para formao de

    cavernas.

    444 ... 111 ... 222 ... FFF ooo ttt ooo ggg rrr aaa fff iii aaa AAA rrr eee aaa

    A fotografia area tem sido muito usada como importante sensor remoto

    na indicao de grutas. A viso monocular permite examinar a posio e a

    direo dos objetos num nico plano; a sensao de profundidade, no entanto,

    s possvel atravs da viso binocular, ou seja, a percepo estereoscpica.

    Componentes sugestivos da paisagem, como sumidouros, paredes,

    dolinas, ravinamento cego, entre outros, podem ser facilmente identificados nas

    fotografias areas.

    A observao fotogrfica permite uma melhor familiarizao com o

    espao do que os mapas, mas deve-se levar em conta o exagero vertical,

    resultado de um relevo mais acidentado do que a realidade. Como o caso das

    dolinas, que nas fotos apresentavam grandes desnveis, fato posteriormente no

    observado em campo.

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    444 ... 222 ... OOO ttt rrr aaa bbb aaa lll hhh ooo ddd eee ccc aaa mmm ppp ooo

    O primeiro passo poderia ser o conhecimento das grutas j identificadas,

    isto , aquelas j levantadas nas pesquisas da fase anterior (em gabinete).

    Posteriormente seriam feitas as entrevistas com a populao local ou partir para

    prospeces em regies sem referncia conhecida, mas com possvel potencial.

    444 ... 222 ... 111 ... EEE nnn ttt rrr eee vvv iii sss ttt aaa

    importante manter contato com o proprietrio da terra. Isto pode

    facilitar a prospeco e evitar possveis contratempos.

    Os proprietrios e seus empregados, por conhecerem a propriedade,

    podem ter observado a ocorrncia de grutas. Caso haja a confirmao, vale a

    pena requisitar que eles os acompanhem at o local, para evitar possvel perda

    de tempo na procura de trilhas, aberturas de picadas, entre outras dificuldades

    comuns, enfrentadas no campo.

    O contato com o homem do campo deve ser muito cuidadoso.

    Possivelmente, os dois mitos geogrficos que ainda se acham em evidncia, so

    as grutas e o fundo do mar. comum escutarmos estrias de tesouros,

    monstros, animais gigantescos, l igaes com o inferno ou com o encantado.

    Em muitas ocasies, o homem do campo expressa a sua vontade de

    acompanhar a explorao no interior da gruta, este acompanhamento, apesar de

    ser perigoso, no deve ser frustrado. Este contato pode se tornar uma

    oportunidade de proporcionar, a esses indivduos, um entendimento do mundo

    subterrneo e a criao de uma nova realidade.

    444 ... 222 ... 222 ... PPP rrr ooo sss ppp eee ccc ooo :::

    Caso no haja informaes a respeito de grutas, a meta a prospeco.

    Quando olhamos a paisagem, nossos olhos devem procurar um referencial

    espeleolgico. Rios, dolinas e afloramentos so sugestivos.

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    Assim como ocorre com o clima e vegetao, as paisagens podem se

    diferenciar de acordo com a organizao litolgica, oferecendo referncias

    espeleolgicas que caracterizam a regio, facili tando a prospeco.

    444 ... 333 ... AAA ddd eee sss ccc ooo bbb eee rrr ttt aaa ddd eee uuu mmm aaa ccc aaa vvv eee rrr nnn aaa

    Diante da descoberta de uma gruta, deve-se obter a maior quantidade de

    informaes possvel. Para isso, necessrio um bom conhecimento terico,

    alm de experincia, que evolui com a prtica de pensar e sentir as cavernas. A

    descrio sumria da gruta, juntamente com o preenchimento do roteiro

    estabelecido, deve ser feito logo depois da explorao. O ideal seria topografar

    todas as cavernas inventariadas, no entanto, isto nem sempre possvel, pela

    demora que uma topografia ocasiona.

    Quanto ao nome da gruta, deve-se dar prioridade denominao dada pelas

    pessoas da localidade. Isso facilitar a identificao da gruta por outros grupos

    que venham a visitar a regio, alm de ser uma forma de contribuir para a

    preservao da tradio cultural da populao que usufrui daquela paisagem.

    Caso no haja uma denominao estabelecida, cabe ao grupo definir um

    nome, de preferncia identificvel com o local.

    444 ... 444 ... AAA TTT ooo ppp ooo ggg rrr aaa fff iii aaa

    Entre os trabalhos desenvolvidos pelo espelelogo, a topografia est

    entre um dos mais importantes. Ela consiste em uma atividade que exige

    dedicao, pacincia e tempo. Mas trata-se de umas das atividades mais

    prazerosas para os espelelogos, pois, durante a topografia que o espelelogo

    entra em verdadeira sintonia com a gruta.

    Obter idia do lay-out de uma gruta, da orientao, forma e distribuio

    de suas galerias ,com certeza, o uso mais freqente de uma topografia de

    caverna, mas est longe de ser sua nica finalidade. Alguns outros usos para os

    mapas de cavernas so:

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    Uma fonte de informao para se saber qual o equipamento necessrio

    uma visita, ou a uma investigao cientfica;

    Um roteiro para se achar o caminho atravs de um sistema subterrneo;

    Um ponto de partida para descobrir prolongamentos e conexes entre duas cavernas;

    Um documento para anexar informaes cientficas ou outras observaes;

    Um componente entre os vrios estudos necessrios para se realizar projetos de engenharia (projetos de barragens e estradas);

    Oferece informaes essenciais para pesquisas sobre a drenagem local e

    gnese da caverna;

    Ferramenta que oferece maior proteo ambiental caverna mapeada;

    Como um documento histrico.

    A equipe de topografia constituda de trs a cinco pessoas, que se

    dividem nas seguintes funes:

    Ponta de trena: Escolhe as bases topogrficas, faz medidas de

    comprimento, altura e laterais e as canta para o anotador. Serve como

    referencial para que o instrumentista possa realizar as leituras na bssola.

    Instrumentista: Realiza as leituras de direo e inclinao da base em

    que se encontra para a prxima base (onde se encontra o ponta de trena)

    util izando bssola e clinmetro.

    Anotador: Responsvel pela anotao dos dados colhidos pelo ponta de

    trena e o instrumentista, assim como de alguma observao que achar

    necessria.

    Desenhista: Realiza o croqui .

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    Apoio a vante: Realiza a explorao dos pontos de dvida, indicando a

    direo preferencial que o levantamento deve seguir. Auxilia o ponta de trena

    na realizao das medidas de laterais.

    A verdadeira exatido de uma topografia de caverna talvez nunca venha a

    ser conhecida mas, indicaes de sua provvel preciso podem ser obtidas a

    partir de observaes de como foi realizado o trabalho topogrfico, por isso,

    antes de ir a campo, deve-se definir qual o nvel desejado para aquela

    topografia, que pode variar de acordo com a caverna em questo, a finalidade

    do trabalho e o tempo disponvel.

    O ponto inicial da topografia a base zero, marcada na entrada da gruta,

    que amarrada a um ponto em seu exterior onde foram registradas as

    coordenadas geogrficas e UTM, atravs do GPS. A partir da segue-se tomando

    as medidas de uma base para outra, (visadas). As bases so feitas em locais

    escolhidos pelo ponta de trena, de forma que seja realizada uma visada grande

    ou que esteja em um local de alterao morfolgica (de acordo com o nvel da

    topografia) mas, deve-se sempre escolher uma base que facili te as leituras que

    o instrumentista ir realizar para a base seguinte.

    De uma base para outra so realizadas as medidas de comprimento,

    laterais, altura do teto, profundidade, direo (azimute) e inclinao. Estas iro

    compor o esqueleto do mapa, a ser construdo posteriormente em gabinete, com

    ajuda de um software especializado.

    A topografia de uma caverna consiste sempre em algo mais do que a l inha

    central. Ela precisa mostrar tambm a forma da caverna, o seu contorno. Esta

    a funo do croqui, realizado pelo desenhista, durante a topografia. Enquanto o

    esqueleto resultado de medidas precisas realizadas com instrumentos, que d

    maior confiabilidade ao trabalho, o esboo dos condutos, constitudo pela

    planta-baixa, cortes transversais e longitudinais e informaes sobre

    espeleotemas e obstculos existentes (rios, blocos, abismos, etc), confere

    topografia maior detalhamento, enriquecendo o trabalho com informaes.

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    A confeco do desenho final se d aps o encerramento dos

    levantamentos em campo. No mapa deve constar a planta baixa, os cortes

    principais, o perfil longitudinal, a escala util izada, o carimbo (contendo as

    principais informaes da caverna), a legenda com as convenes usadas, a

    indicao da orientao da planta baixa em relao a norte magntico e seu

    desvio em relao ao norte geogrfico.

    EEEqqquuuiiipppaaammmeeennntttooosss eee TTTcccnnniiicccaaasss

    Aqui esto apresentadas algumas das principais tcnicas e equipamentos

    para a prtica da espeleologia.

    A progresso em uma cavidade ir diferir bastante dependendo do tipo de

    desenvolvimento da caverna (horizontal ou vertical). As cavernas horizontais

    envolvem, alm do caminhamento, a transposio de alguns obstculos, como

    trechos de escalada, trechos com gua (rios e lagos), tetos baixos, blocos

    abatidos, etc., e exige algum equipamento bsico para a atividade.

    A espeleologia em cavernas verticais ou abismos exige outros

    equipamentos e um conhecimento tcnico especfico mais aprofundado.

    Envolve, portanto, mais riscos.

    Nosso objetivo oferecer uma noo a respeito do assunto, sem o

    objetivo de aprofundar a ponto de prepar-lo para a atividade, para tal , procure

    um curso aprofundado com um profissional reconhecido no meio espeleolgico.

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    111 ... EEE qqq uuu iii ppp aaa mmm eee nnn ttt ooo sss bbb sss iii ccc ooo sss --- PPP rrr ooo ggg rrr eee sss sss ooo HHH ooo rrr iii zzz ooo nnn ttt aaa lll

    Capacete com sistema de iluminao a gs acetileno e/ou

    eltrico acoplado.

    Carbureteira: Obtm gs acetileno atravs do gotejamento de

    gua (compartimento superior) nas pedras de carbureto

    (compartimento inferior). O gs canalizado at o alto do

    capacete, onde entra em combusto e produz iluminao.

    Mochilas tipo saco de PVC especfica para espeleologia.

    Macaco adequado s condies de temperatura e umidade da

    caverna.

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    Compartimentos estanques (bidons) para guardar o que no pode

    molhar.

    Ex: caixa de primeiros socorros.

    Pequena corda de 8 ou 9mm e 20 a 30m.

    Alguns mosquetes.

    222 ... CCC aaa mmm iii nnn hhh aaa ddd aaa eee mmm ccc aaa vvv eee rrr nnn aaa sss

    Deve ser feita com mais cuidado do que em qualquer outro lugar. O uso

    de uma boa bota e ateno redobrada so essenciais para um bom desempenho.

    Evitar correr e saltar minimizam bastante o risco de tores e fraturas. Com a

    experincia ganha-se maior desenvoltura e rapidez.

    TTT ccc nnn iii ccc aaa sss bbb sss iii ccc aaa sss ccc ooo mmm ccc ooo rrr ddd aaa

    aaa ))) CCC ooo rrr ddd aaa ddd eee aaa ppp ooo iii ooo :::

    Usada em lances inclinados, difceis de descer ou subir sem nenhum

    apoio. Basta ancorar bem a corda em cima do desnvel e us-la como apoio para

    as mos.

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    bbb ))) CCC ooo rrr rrr iii mmm ooo :::

    Extremamente importante em trechos onde h risco de queda em caso de

    desequilbrio ou escorrego. Fixa-se a corda esticada em todo o percurso

    exposto, com ancoragens a cada 4 ou 5 metros no mximo. As pessoas

    atravessaro presas ao corrimo por um longe conectado ao cinto ou

    cadeirinha.

    ccc ))) SSS eee ggg uuu rrr aaa nnn aaa eee mmm lll aaa nnn ccc eee sss vvv eee rrr ttt iii ccc aaa iii sss :::

    Deve ser usada em qualquer desescalada ou escalada vertical com risco

    de queda. Utiliza-se uma ancoragem no topo do lance vertical onde as pessoas

    sero seguras presas ponta da corda que estar sendo mantida sempre esticada

    atravs de um n UIAA.

    RRR iii ooo sss eee mmm ccc aaa vvv eee rrr nnn aaa sss

    A grande maioria dos acidentes graves em cavernas est relacionada

    presena de rios. Vrios cuidados e tcnicas so de fundamental importncia

    para se evitar acidentes. So eles:

    aaa ))) CCC uuu iii ddd aaa ddd ooo ccc ooo mmm aaa ccc hhh uuu vvv aaa :::

    O nvel das guas de um rio pode subir assustadoramente com uma chuva

    forte na cabeceira. Por precauo, no se deve entrar em cavernas percorridas

    por rios com possibilidade de chuva. O risco de ficar preso na caverna, ou

    mesmo de ser levado pela fora das guas, grande.

    ccc ))) NNN aaa ttt aaa ooo eee mmm ccc ooo rrr rrr eee nnn ttt eee zzz aaa :::

    Trechos de natao so comuns em cavernas com rio. Nada impede o

    espelelogo de se deixar levar pela correnteza, desde que tome alguns cuidados.

    1- Mantenha os ps posicionados frente para evitar pancadas no

    resto do corpo;

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    2- Evite nadar em correntezas muito fortes sem a segurana de uma

    corda;

    3- Lembre-se sempre que voc provavelmente ter que voltar, e

    neste caso nadar contra a corrente pode ser muito difcil ou at impossvel. Para

    resolver este problema, basta esticar uma corda ao longo do trecho percorrido a

    nado.

    4-Utilize coletes salva-vidas no caso de no nadar bem.

    Afogamentos so comuns em trechos de natao.

    TTT ccc nnn iii ccc aaa ddd eee ttt rrr aaa vvv eee sss sss iii aaa ddd eee ttt rrr eee ccc hhh ooo sss fff ooo rrr ttt eee sss ddd ooo rrr iii ooo

    Quando a travessia de um rio estiver perigosa e difcil , o ideal fazer um

    corrimo de corda de uma margem a outra do rio, ancorando bem a corda,

    esticada de ambos os lados, com ancoragens bem feitas. O primeiro a

    atravessar, e conseqentemente a pessoa que ir fazer a ancoragem, dever

    fazer a travessia preso ponta da corda, por segurana. Os demais atravessaro

    pelo corrimo presos pelo cabo "longe". O ideal que a travessia seja feita na

    diagonal do rio e a favor da corrente. IMPORTANTE: caso a travessia esteja

    muito difcil , o melhor desistir e voltar!

    LLL aaa ggg ooo sss eee mmm ccc aaa vvv eee rrr nnn aaa sss

    So bem menos traioeiros que os rios. O seu nvel no aumenta com

    rapidez. Os maiores perigos de um lago so sem sombra de dvida o

    afogamento e a hipotermia. Sempre atravesse um lago com um recurso flutuante

    (bia, colete, mochila, etc. . .) e no subestime uma gua gelada. Use roupa de

    neoprene. No caso de lagos muito grandes e frios, um bote inflvel pode ajudar

    bastante.

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    CCC uuu iii ddd aaa ddd ooo sss ccc ooo mmm ttt eee ttt ooo sss bbb aaa iii xxx ooo sss

    Mais um motivo para no subestimar a probabilidade de chuva fora

    da caverna. Tetos baixos podem sifonar com a cheia do rio e impedir que se

    saia da caverna. Mantenha sempre a calma durante a travessia, e de preferncia

    deixe o mais experiente ir frente. Uma corda neste caso tambm pode ajudar

    bastante, tornando a travessia dos demais espelelogos mais rpida e tranqila.

    SSS iii fff eee sss

    Ocorre quando a gua do rio atinge o teto da caverna. Neste caso

    no h nada a se fazer, d meia volta e retorne outro dia, com o rio mais vazio.

    No caso de sifes permanentes, o nico meio de transp-lo com mergulho em

    caverna, atividade extremamente perigosa e realizada por pessoas muito bem

    treinadas.

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    EEE qqq uuu iii ppp aaa mmm eee nnn ttt ooo sss bbb sss iii ccc ooo sss --- PPP rrr ooo ggg rrr eee sss sss ooo VVV eee rrr ttt iii ccc aaa lll

    Aqui so apresentados os equipamentos individuais e coletivos para a

    progresso vertical em abismos. Para obter mais detalhes sobre o assunto,

    acesse Fichas Tcnicas (inseir l ink).

    EEE qqq uuu iii ppp aaa mmm eee nnn ttt ooo sss III nnn ddd iii vvv iii ddd uuu aaa iii sss

    Cadeirinhas para espeleologia

    Peitorais

    Blocante de peito

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    Blocante de mo

    Estribo

    Descensor

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    Longe

    Maillon Delta e Meia-Volta

    EEE qqq uuu iii ppp aaa mmm eee nnn ttt ooo sss CCC ooo lll eee ttt iii vvv ooo sss

    Corda esttica entre 9mm e 10,5mm

    Fita em anel para ancoragem

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    Spit

    Batedor de spits e martelo.

    Plaquetas

    Parabolts

    Maillon

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    NNNoooeeesss dddeee BBBiiioooeeessspppeeellleeeooolllooogggiiiaaa

    As cavernas so ecossistemas muito peculiares em funo do seu

    isolamento do ambiente circundante. Como a penetrao de luz solar em seu

    interior limitada, os padres de ciclagem de matria e energia so diferentes

    daqueles de outros ecossistemas terrestres. A caracterstica mais marcante a

    ausncia de vegetais superiores e, conseqentemente, a inexistncia de

    fotossntese.

    O primeiro nvel, ou dos nvel dos produtores, da cadeia alimentar destes

    ecossistemas pode ser restrito a certos tipos de bactrias quimiossintetizantes,

    que vivem em fontes termais, porm, mais freqentemente, est completamente

    ausente. Apesar disso, uma grande diversidade de organismos pode ser

    encontrada habitando cavernas. Representantes de todos os cinco reinos dos

    seres vivos, incluindo vrios fi los de invertebrados e classes de animais

    vertebrados j foram registrados pela cincia como ocupantes, temporrios ou

    permanentes, de cavernas. Apesar da falta de luz solar, toda essa biodiversidade

    sustentada pelo material orgnico aportado pelos cursos dgua e/ou pelas

    fezes de morcegos que se acumulam.

    Podemos classificar os habitantes de cavernas de acordo com o seu grau

    de dependncia do ambiente caverncola em: (i) trogloxenos dependem do

    meio externo em alguma fase do seu ciclo de vida (morcegos, corujas, sapos,

    cobras, a ona); ( i i) troglfilos podem desenvolver seu ciclo de vida dentro

    ou fora da caverna (aranhas, escorpies, amblipgeos, opilies) e; (i i i)

    troglbios completam seu ciclo de vida totalmente no interior da caverna

    (peixes, grilos e outros insetos).

    Aqueles animais que desenvolvem todo seu ciclo vital dentro da caverna,

    freqentemente apresentam adaptaes muito especiais para sobreviver no

    ambiente peculiar da caverna. A completa ausncia da luz solar ,

    provavelmente, a caracterstica mais notvel nesse contexto. Para compensar a

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    inutilidade da viso, muitos animais, no s perderam a colorao e a

    capacidade de ver, como tambm lanaram mo de outras formas de orientao,

    util izando a audio, o olfato e at a capacidade de perceber campos eltricos

    como formas de localizar suas fontes de alimento, escapar de predadores e

    encontrar seus parceiros.

    A caverna, por ser um ambiente muito isolado, tambm um ambiente

    estvel, onde a temperatura, a umidade e os demais fatores fsicos sofrem

    pequenas variaes. Muitos organismos exploram a estabilidade a seu favor,

    como por exemplo, fungos e bactrias. Outros se aproveitam da escurido e do

    difcil acesso para se protegerem de predadores, terem suas crias em segurana

    ou ainda, no caso, das cavernas localizadas nas regies temperadas, hibernarem

    tranqilamente.

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    BBBEEEMMM VVVIIINNNDDDOOO AAAOOO FFFAAANNNTTTAAASSSTTTIIICCCOOO MMMUUUNNNDDDOOO DDDAAASSS CCCAAAVVVEEERRRNNNAAASSS!!! !!! !!! !!! !!!

    O grupo aceita como scio qualquer pessoa que se interesse

    cientificamente ou como hobby pelas cavernas e abismos, exigindo apenas aos

    menores de 18 anos autorizao dos pais ou responsveis para participao das

    atividades do grupo, desde que venham com um acompanhante.

    Dentro dos l imites previstos nos estatutos, cada associado poder

    desenvolver o trabalho que mais lhe agrada dentro das cavernas. Entre os

    associados h Gelogos, Bilogos, fotgrafos, eclogos, topgrafos ou apenas

    pessoas que se interessem amadoristicamente por essas atividades ou tenham o

    simples prazer de entrar nas cavernas para admirar as formaes de

    espeleotemas, que so sem duvida nenhuma, muito bonitas.

    Mas, apesar de toda beleza e grandeza que vemos nas cavernas, ns do

    EGB temos a obrigao de informar e estarmos informados de todos os riscos

    que estamos sujeitos a enfrentar em nossas expedies.

    Normalmente at se chegar entrada de uma caverna, andar-se no mato

    (Cerrado ou Campo) e o principal perigo encontrado a possvel presena de

    cobras. Esses animais no tomam a iniciativa de ataque ao ser humano, mas

    deve-se estar atento por onde se pise e se pem as mos , pois assim o risco

    ser bem menor.

    Segundo o Instituto Butant, 72% dos acidentes causados por ofdios so

    no p, tero inferior e meio da perna (Fonte do Hospital Vital Brasil So

    Paulo).

    Se prestarmos ateno nos itens abaixo, dificilmente teremos problemas

    com animais peonhentos.

    Usar sempre botas de couro ou borracha quando caminhar pelo mato;

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    Evitar sempre andar em capinzais (Moradia perfeita para cobras); Olhar com muita ateno onde pisamos e o seu redor; No introduzir a mo em buracos de rvores, cupinzeiros, pedras

    ou no cho;

    Sempre quando for apanhar algum objeto no cho, verificar a existncia de animais por perto;

    Lembrar que locais com a presena de roedores, criatrio de peixes ou rs, so perfeitos para encontrarmos cobras;

    No muito fcil a identificao de cobras venenosas das cobras no-

    venenosas, portanto, no nos arrisquemos em pegar em cobras, mesmo que

    estejam mortas, pois o veneno sempre ativo. Algumas espcies de cobras

    fingem estar morta para se livrarem de seus predadores ou para atacar suas

    presas;

    Lembre-se que, sempre que picados por uma cobra, aranha ou escorpio,

    deve-se levar se possvel, o animal causador do acidente para identificao da

    espcie no hospital . Se isso no for possvel, pelo menos procure verificar os

    padres de cor, tamanho, escamas e chocalho no final da cauda (cascavel).

    Devemos lembrar que no podemos matar nenhuma espcie de animais

    silvestres, por duas razes simples e lgicas. A primeira que o propsito de

    nosso grupo fazer espeleologia e no exterminar animais silvestres.

    Constitumos uma entidade que uma ONG Ambiental e isso vai contra-mo

    de nossos propsitos e ideais ecolgicos. E a segunda lembrar que ns

    estamos invadindo o territrio dos animais.

    A ona e a suuarana, bem como outros felinos, podem ser vistos na

    regio onde o grupo tem feito explorao, mas muito difcil . Temos que nos

    lembrar de alguns fatores essenciais para o bom relacionamento entre homem e

    o campo:

    Nunca devemos andar desacompanhado no mato, mas sim num grupo de,

    no mnimo trs pessoas;

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    No podemos nos apavorar com o aparecimento de algum animal de

    grande porte. Lembremo-nos de que, por maior que ele seja, ns ainda seremos

    maior que ele e o mesmo medo ele tambm estar sentindo. Se ele notar que

    temos medo, provavelmente ele nos atacar;

    Nunca agridamos nenhum animal silvestre: ele ter que se defender;

    Damos espao para os animais. Nenhum animal gosta de ser acuado;

    No mexamos com os filhotes de nenhum animal silvestre, emso que estejam aparentemente sozinhos, pois caso seus pais estejam

    por perto eles iro agir de acordo com o instinto de proteo de sua

    prole;

    Normalmente os animais, principalmente os mamferos, andam aos pares ou em grupos, quase nunca esto ss;

    Nunca se deve confiar na amabilidade de animais silvestres, pois mesmo

    que aparentemente mansos e inofensivos eles podem representar uma ameaa

    caso nos aproximemos excessivamente. Os animais selvagens vivem sempre

    com a constante ameaa de serem caados por outros ou esto a procura de sua

    caa, e nenhuma dessas opes atrativa para ns, quando em contato com

    eles.

    Dentro das cavernas encontraremos com certeza a nica ordem dos

    mamferos que as habitam: os morcegos. Eles no iro nos atacar, mas podem

    raspar acidentalmente na pele de algum, durante o vo, (normalmente isso

    acontece quando existem vrios morcegos em um ambiente em que adentramos).

    Caso a parte do corpo do morcego que tenha raspado em algum seja os

    dentes, existe uma ameaa real de contaminao por hidrofobia (raiva). O

    espelelogo, nesta situao, mesmo que seja um arranho superficial , deve

    informar sobre o problema e procurar o mais rpido possvel, um posto de sade

    para receber as vacinas preventivas.

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    Outra ameaa sade do explorador a histoplasmose. Doena adquirida

    ao inalarmos, atravs das vias areas (respirao), os esporos do fungo

    (histoplasmo), que podem estar vivendo no guano do morcego. Trata-se de uma

    doena oportunista, pois se o espelelogo estiver com o sistema imunolgico

    em boas condies, ele no ir desenvolver a doena e, apesar de j ter

    adquirido o fungo, ser resistente a ele. Os espelelogos iniciantes no tm,

    normalmente, boa resistncia a esses seres, pois suas defesas naturais iro se

    desenvolver com o tempo de exposio aos agentes. Portanto, bom se

    prevenir e tomar alguns cuidados em suas primeiras cavernasdas, como o uso de

    mscaras protetoras e se possvel at mesmo evitar ambientes muito propcios

    ao desenvolvimento do fungo.

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    TERMO DE RESPONSABILIDADE

    Estou me escrevendo no EGB - Espeleo Grupo de Braslia e declaro que

    estou ciente de estar me inscrevendo em um grupo que pratica uma atividade

    de risco, que fui informado sobre os riscos relacionados atividade e que

    qualquer acidente que possa ocorrer com minha pessoa, durante as atividades de

    campo ou treinamentos de minha inteira responsabilidade.

    Braslia, ___ de ___________ de 200__.

    ____________________________

    Assinatura

    AUTORIZAO PARA MENORES DE IDADE

    Eu,___________________________________________________portador(a) do RG n _________________ e do CPF n______________________ estou ciente dos riscos inerentes prtica de espeleologia e autorizo o(a) menor __________________________________________________, sob minha responsabilidade, a realizar a sada de campo no perodo de ___/___/___ a ___/___/___.

    Confirmando as informaes acima e garantindo mais uma vez que estou ciente desta autorizao, dato e assino abaixo.

    Braslia, ___ de ___________ de 200__.

    ____________________________

    Assinatura do responsvel

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    Proposta de Adeso ao EGB

    Dados Pessoais Nome Completo: Data Nascimento: Naturalidade: Endereo: Cidade: cep: Telefones:

    e-mail: R.G.: rgo Expedidor: CPF:

    Grupo Sanguneo: Fator RH: Alrgico a: Toma remdio controlado?

    Qual? Sabe nadar? Dirigir? Habilitado?

    Em caso de acidente avisar : Nome : Fone :

    Como ficou sabendo da existncia do EGB? Qual o seu interesse e conhecimento sobre espeleologia? O que lhe motivou a procurar o EGB? Braslia, ________ de _________________ de 20___. Assinatura

  • CURSO BSICO DE ESPELEOLOGIA www.espeleogrupodebrasilia.org 49

    Espeleo Grupo de Braslia Ficha de cadastro de cavernas Identificao: Nome da caverna: _________________________________________________ SBE n: ___________

    Sininmia: _________________________________________

    Data da visita: _________________ Cadastrante/Descobridor: ____________________________

    Localizao:

    Municpio/UF: __________________________ Localidade: _____________________________

    Latitude:_____________________ Longitude :____________________ Altitude :_____________

    UTM: __________________________________________________ Datum: __________________

    Topografia: Grau da Topografia: ________Mtodo: _________Data incio: __________Concluso: __________

    Des.lin:_______________Tipo DL: __________ Proj.horiz:_______________ Desnv.:___________

    Mapa da caverna (autor):_________________________________________Escala :_____________

    Localizada por : __________________________________________________Data :____________

    Equipe de explorao/topografia:______________________________________________________

    ________________________________________________________________________________

    Dados da caverna: Litologia: __________________________ Hidrologia: ___________________________

    Fragilidade: ________________________ Minerao: ___________________________

    Arqueologia: _______________________ Paleontologia: _________________________

    Dificuldade: ________________________ Acesso: _____________________________

    Potencial de utilizao: ______________________________________________________________

    Espeleotemas: _____________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________________

    Fauna hipgea: ____________________________________________________________________

    Flora Hipgea: ____________________________________________________________________

  • 50

    EGB

    ESPLEO GRUPO DE BRASLIA

    FICHA TOPOGRFICA

    Folha ____/____

    Localizao Caverna:___________________________________________________ U.F.:_______ Municpio:___________________________ Localidade:__________________________ Coordenadas: ____________________ ____________________ Altitude:________ Datum:____________________ Litologia:__________________ Data:___/___/_____

    Equipe Instrumentista:_______________________ Desenhista:_________________________ Trena:______________________________ Anotador:___________________________ Apoio:___________________________________________________________________

    Equipamentos utilizados (Marca / Modelo / Erro) Bssola:____________________________ Clinmetro:__________________________ Trena:______________________________ GPS:_______________________________ Outros:__________________________________________________________________

    De Dist. Az. Incl. Para Esq. Dir. Alt. Prof. Obs.

    De Dist. Az. Incl. Para Esq. Dir. Alt. Prof. Obs.

  • 51

    Folha ____/____

    Caverna:_____________________________________________

    Data:___/___/_____

    De Dist. Az. Incl. Para Esq. Dir. Alt. Prof. Obs.

    De Dist. Az. Incl. Para Esq. Dir. Alt. Prof. Obs.

  • 52

    CCCooonnnvvveeennneeesss EEEssspppeeellleeeooommmtttrrr iiicccaaasss pppaaarrraaa PPPlllaaannntttaaa PPPlllaaannnaaa

  • 53

  • CURSO BSICO DE ESPELEOLOGIA www.espeleogrupodebrasilia.org 54

    BBBiiibbblll iiiooogggrrraaafff iiiaaa

    AULER,A . 1997. Espeleologia no Brasil: Uma abordagem histrica. Espeleo-

    Tema, vol. 18 , p. 23-30

    AULER, A .1986. Carste e Endocarste. Espeleologia, p. 2-45

    AYRTON, J.1986. Espeleotemas .Espeleologia, p. 01-70

    BARROS, A. 2000. Apostila do Curso de Espeleologia.

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