A ARTE

DE PREG

AR

“Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade

e doutrina.” (2 Timóteo 4. 2)

Um líder que deseja ter sucesso integral em seu trabalho na Igreja deve exercer o ministério da Palavra. Precisa aprender a expor as Sagradas Escrituras. Precisa lê-la, estudá-la e, à semelhança de Felipe, ensinar à Palavra àqueles que não a entendem (At 8. 30-35).

Pregar não significa simplesmente fazer dis cursos .

A pregação bíblica é a comunicação da verdade de Deus feita pelo homem para os homens.

OS OBSTÁCULOS À PREGAÇÃO 

• Evangelístico• Doutrinário• Devocional• Consagração• Ético e Moral• Pastoral

• Desinteresse

• Preguiça

• Orgulho

• Teoria

OBJETIVOS DA PREGAÇÃO

DEFINIÇÃO DE HOMILÉTICA

“A homilética é, portanto, uma ciência que estabelece regras básicas para a preparação de discursos. Ela aplica os princípios da oratória, da eloquência e da retórica para que haja, na preparação e comunicação do sermão, clareza de ideias, lógica nos pensamentos, melhor inter-relação dos pontos expostos com o tema central e facilidade para cronometrar o tempo do sermão”.

Elienai Cabral

A palavra deriva de “homilia” termo grego que significa: “um discurso com a finalidade de convencer e agradar”, e também “conversar”. Hoje pode ser definida com “ciência da pregação e da entrega de um discurso baseado nas escrituras”. Ela é um auxiliar na pregação.

Ler o texto

Aplicar o texto

Explicar o texto

Os três Verbos de um Sermão

Ler o textoA Parte mais importante do sermão é o

TextoLeia várias vezes

Observe os sinais e acentuações do texto

Pratique a entonação distinta para cada personagem e situação

Dinâmica

O Mistério da Herança 

Um homem rico estava muito mal, agonizando. Dono de uma grande fortuna, não teve tempo de fazer o seu testamento. Lembrou, nos momentos finais, que precisava fazer isso. Pediu, então, papel e caneta. Só que, com a ansiedade em que estava para deixar tudo resolvido, acabou complicando ainda mais a situação, pois deixou um testamento sem nenhuma pontuação. Escreveu assim:

O Mistério da Herança 

Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres

O Mistério da Herança 

A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito :Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

Irmã

O Mistério da Herança 

O sobrinho fez a seguinte pontuação:

Deixo meus bens, à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

Sobrinho

O Mistério da Herança 

O padeiro puxou a brasa pra sardinha dele:

Deixo meus bens, à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

Padeiro

O Mistério da Herança 

Então, chegaram os pobres da cidade. Espertos, fizeram esta interpretação:

Deixo meus bens, à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais ! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Pobres

Vídeo

Segunda Aula

...Aplicar o texto

Explicar o texto...

Para explicar o texto, é preciso entendê-lo, a melhor forma de entendê-lo é

estudando-o.

Como estudar um texto visando tirar uma mensagem?

 • Leia várias vezes o texto. (pelo menos 10 vezes)

 • Faça a leitura do contexto imediato e mais

amplo. 

• Consulte pelo menos três versões bíblicas

47 Ao anoitecer, o barco estava no meio do mar, e Jesus se achava sozinho em terra. 48 Ele viu os discípulos remando com dificuldade, porque o vento soprava contra eles. Alta madrugada, Jesus dirigiu-se a eles, andando sobre o mar; e estava já a ponto de passar por eles.

47 Quando chegou a noite, o barco estava no meio do lago, e Jesus estava em terra, sozinho. 48 Ele viu que os discípulos estavam remando com dificuldade porque o vento soprava contra eles. Já de madrugada, entre as três e as seis horas, Jesus foi até lá, andando em cima da água, e ia passar adiante deles.

47 Durante a noite, enquanto os discípulos estavam no barco lá no meio do lago, e Ele estava sozinho em terra, 48 viu que se encontravam em sérios apuros, remando muito e lutando contra o vento e as ondas. Lá para as três da madrugada, Ele caminhou para eles por cima da água. Começou a passar-lhes à frente,

VivaNVI NTHL

Marcos 6: 47-48

Hermenêutica Ela tem sido definida como: Ciência ou Teoria da Interpretação. Ela nos conduzirá à interpretação correta dos tipos, figuras, símbolos, bem como das situações sociais, culturais, religiosas, políticas, etc. dos tempos bíblicos. Ou seja, a Hermenêutica nos impões as regras para uma correta interpretação bíblica.

Não podemos ignorar as regras de interpretação dos textos Bíblicos.

1ª Regra: A Bíblia interpreta a própria Bíblia2ª Regra: A Bíblia deve ser interpretada em seu sentido Literal3ª Regra: Para determinar o significado do texto é preciso analisar o contexto4ª Regra: Para fundamentar uma doutrina cristã é preciso mais de um texto5ª Regra: Uma doutrina cristã não pode ser fundamentada em figura de linguagem6ª Regra: Respeite o sentido usual das palavras7ª Regra: Deve-se Atentar especialmente para o propósito do autor8ª Regra: Recorrer às línguas originais é de extrema relevância9ª Regra: Cada texto bíblico tem um único significado (não confundir com aplicação)10ª Regra: O Novo Testamento explica o Antigo Testamento e Antigo Testamento Valida o Novo TestamentoTodo hermeneuta deve partir da exegese bíblica para chegar à compreensão do texto.

ExegeseA palavra exegese vem do Grego exegese, de ek + agéomai. ek - (fora) agéomai (conduzir); conduzir fora, fazer aparecer.

A exegese é o trabalho pelo qual o exegeta faz aparecer o sentido de um texto.

Faça as seguintes perguntas ao texto: Quem está falando? Quando foi dito?Para quem está sendo dito?Qual é o lugar?O que mais aconteceu ali?Qual a finalidade, o objetivo para que se foi escrito? Consulte vários comentários teológicos, e dicionários bíblicos.

Consulte vários comentários teológicos, e dicionários bíblicos. Através dos questionamentos acima citados, o pregador terá condição de interpretar o texto bíblico segundo as regras da hermenêutica. Gramática: O pensamento do texto é expresso por palavras, daí a sua relação com a gramática. Deve o intérprete das Escrituras conhecer as gramáticas das línguas originais e, deve ter também certo domínio da vernácula.  Lógica: A lógica é a ciência do correto pensar. O exegeta precisa ter pensamentos bem ordenados e lógicos. A Bíblia apresenta a lógica de Deus para o homem, nela nada é sem propósito, tudo tem um sentido real e lógico, mesmo quando revestido de um tom espiritual ou, mesmo, miraculoso.

Geografia Bíblica: É a geografia que estuda a topografia da Palestina e de todo o mundo bíblico; cidades, habitantes, planícies, montanhas, rios mares e desertos e regiões em redor, bem como, a sua numismática, produtos agrícolas, minerais, etc. É necessário este conhecimento para se interpretar bem certos textos.  História: Conhecer as relações entre o povo escolhido e as nações vizinhas, especialmente as grandes monarquias como: Egito, Assíria, Caldéia, Babilônia, Média, Pérsia, Grécia, Macedônia e Roma. É necessário, especialmente, conhecer a história e cultura dos hebreus, como por exemplo: seus usos e costumes, suas instituições civis, seus ritos e cerimônias religiosas, etc.  Cronologia: A cronologia bíblica abrange questões difíceis e complicadas. Seu conhecimento é necessário para uma boa interpretação.

Línguas originais: É necessário conhecimento das línguas originais (hebraico, aramaico e grego), para uma correta exegese. Um domínio fundamental seria a capacidade ler e um conhecimento geral das gramáticas; levando-se em conta o uso de fermentas voltado para o uso acadêmico da Bíblia, como as bíblia on-line, como, por exemplo, a Bible Workes, Logos Bible, Sword de Lord, Davar, The Word, etc.  Arqueologia: A arqueologia bíblica é importantíssima, principalmente, a partir do século XVIII, quando descobertas importantes no campo da arqueologia vêm incidir luz sobre o texto bíblico, principalmente, sobre o texto veterotestamentário, como por exemplo, os MM (Manuscritos do Mar Morto).  Enfim, não sobra tempo para referir todas as fontes da exegese bíblica. É então, importante ressaltar, que o exegeta deve, despido de preconceitos e dogmas, olhar em todas as direções, e analisar o texto sobre todos os ângulos possíveis.

APLICAR O TEXTOA aplicação é o processo retórico mediante o qual se aplica, direta e pes soalmente, a verdade ao indivíduo, a fim de persuadi-lo a reagir de modo favorável.

Esta definição envolve tanto o pregador quanto o ouvinte.

O pregador nunca deve se esquecer de que a aplicação é o elemento mais importante do sermão.

Mediante este processo, apresentamos aos ouvintes as rei vindicações da Palavra de Deus a fim de obter sua reação favorável à mensagem.

Requisitos indispensáveis ao pregador para uma aplicação

eficaz

•Ter intimidade com Deus.

•Ter boa compreensão da natureza humana.

•Possuir boa educação formal.

•Conhecer as condições e necessidades da sua congregação.

DEFINIÇÃO DE HOMILÉTICAA palavra deriva de “homilia” termo grego que significa: “um discurso com a finalidade de convencer e agradar”, e também “conversar”. Hoje pode ser definida com “ciência da pregação e da entrega de um discurso baseado nas escrituras”. Ela é um auxiliar na pregação. Até aqui vimos como escolher e tratar o texto ou os textos bíblico para preparar um sermão. É como uma receita de bolo, podemos dizer que os ingredientes nesse caso seriam o texto mais as regras da hermenêutica aliada à aplicação dessas regras que seria a exegese. Mas agora é hora de desenformar esse bolo dividi-lo e servi-lo. E é aí que a Homilética nos auxilia.

Segundo as regras da Homilética um

sermão pode ser:

TEMÁTICO

TEXTUAL

EXPOSITIVO.

1. O Sermão Temático

O sermão temático é aquele cujas divisões principais derivam do tema.As divisões principais devem ser extraídas do próprio tema do sermão. Isto significa que o sermão temático tem início com um tema ou tópico, e suas par tes principais consistem em ideias derivadas desse assunto.

Fica clara na definição que o sermão temático não requer um texto como base de sua mensagem. Isto não significa que a mensagem não seja bíblica, mas apenas que a fonte do sermão temático não é um texto bíblico.

Desvantagens:• Existe o perigo de usar determinados textos fora do contexto• Corre-se o risco também de se ordenar os argumentos fora de uma ordem

progressiva.

Vantagens:• São infinitas as opões de tema• Muitos também as opções de textos

bíblicos

2. O Sermão Textual O sermão textual é aquele em que as divisões principais são derivadas de uma breve porção da Bíblia. Cada uma dessas divisões é usada como uma linha de sugestão, e o texto fornece o tema do sermão. No sermão textual as linhas principais de desenvolvimento são tiradas do próprio texto. Assim, o esboço principal mantém-se estritamente dentro dos li mites do texto. O texto pode ser apenas uma linha de um versículo bíblico ou o versícu lo todo, ou até mesmo 2 ou 3 versículos.

Vantagens:• Evidencia a palavra de Deus• Edifica tanto que prega como quem ouve• Fixa a atenção em um trecho da Palavra• Ajuda o ouvinte a acompanhar as ideias do sermão (não tem

muitas citações)• É fácil prepararDesvantagens:• Risco de artificialismo• Risco de desinteresse• A aplicação pratica se torna mais difícil.

3. O Sermão Expositivo

O sermão expositivo é aquele em que uma porção mais ou menos exten sa da Escritura é interpretada em relação a um tema ou assunto.

A maior parte do material desse tipo de sermão provém diretamente da passagem. O esboço consiste em uma série de ideias progressivas que giram em tor no de uma ideia principal.Vantagens:

• É o método primitivo de sermão (Jesus e os discípulos deram exemplos)

• Garante o conhecimento das escrituras por parte do pregador

• Transmite também conhecimento aos ouvintes• Doutrina e edifica a igrejaDesvantagens:• Não há desvantagens neste tipo de sermão, só que é mais

difícil de elaborar por exigir mais tempo mais estudo.

• Se mal preparado, ao invés de aproximar o ouvinte da bíblia, o pregador pode afastá-lo. 

VAMOS ENTÃO À ESTRUTURA DO SERMÃO:

  

TEMA

INTRODUÇÃO

DIVISÕES

APLICAÇÃO

CONCLUSÃO

A INTRODUÇÃO

Na introdução o pregador procura preparar a mente dos ouvintes e pren der-lhes o interesse na mensagem que vai proclamar.

 O que caracteriza uma boa introdução?

• Conquista a boa vontade dos ouvintes.• Desperta o interesse pelo tema.• Em geral é breve.• É interessante.• Leva a ideia principal da mensagem.• Consiste em palavras breves e objetivas.

AS DIVISÕES DO SERMÃO

Qual a importância da divisão do sermão para o pregador? 

• As divisões promovem a clareza de ideias e a unidade de pen

samentos;

• As divisões ajudam o pregador a descobrir o tratamento correto

de um assunto;

• As divisões ajudam o pregador a lembrar-se dos pontos prin cipais

do sermão.

O QUE FAZER? 

O QUE EVITAR? 

Devem ser coordenadas e conclusivas 

Argumentos repetitivos 

Devem ser fortes em conteúdo bíblico Ser prolixo e usar de rodeios

Devem possuir argumentos claros e breves 

Tom polémico 

Devem ter relação lógica com o tema Demorar muito num tópico

Devem ser iguais na duração  A antecipação de algum argumento

Devem partir sempre do argumento mais fraco para o mais forte 

Argumentação fraca e inaplicável ao tema. 

A APLICAÇÃO DO SERMÃO

O pregador nunca deve se esquecer de que a aplicação é o elemento mais importante do sermão. Mediante este processo, apresentamos aos ouvintes as rei vindicações da Palavra de Deus a fim de obter sua reação favorável à mensagem.

Requisitos indispensáveis ao pregador para uma aplicação eficaz

•Ter intimidade com Deus.

•Ter boa compreensão da natureza humana.

•Possuir boa educação formal.

•Conhecer as condições e necessidades da sua congregação.

A CONCLUSÃO DO SERMÃO 

A conclusão é o clímax do sermão. Nela o pregador deixa evidente, de forma vigorosa, qual é seu objetivo. A conclusão é, sem dúvida, o elemento mais poderoso de todo sermão.

Como o pregador pode concluir o sermão?

•Fazendo a recapitulação da mensagem pregada;•Usando uma boa ilustração;•Fazendo aplicação ou apelo;• Motivando os ouvintes.

Como preparar a conclusão do sermão?a) Em geral deve ser breve;b) A conclusão deve ser feita com simplicidade;c) As últimas palavras da conclusão devem ser bem escolhidas.  Sugestões:• Reproduzindo com vivacidade o pensamento principal do sermão;• Citando o próprio texto;• Fazendo menção de uma outra passagem bíblica apropriada ao sermão;• Citando um poema apropriado ou uma ou duas estrofes de uma música;• Fazer um apelo ou desafio imperioso. (Obs.: O apelo não é apenas para o não convertido, todo sermão deve culminar em um apelo; conversão, mudança de atitude, exercício da fé, etc...)

 É bom que a conclusão esteja expressa no esboço, como poucas pa lavras ou frases.

O USO DE ILUSTRAÇÕES NO SERMÃO

"Os argumentos são a coluna da fábrica de um sermão, mas as ilustra ções são as janelas que dão as melhores luzes " (Thomas Fuller)

Qual a importância das ilustrações?

•As ilustrações dão clareza ao sermão

•Dão vida à verdade

•Elas tornam o sermão interessante

•São uma ferramenta para enfatizar a verdade

Onde encontrar ilustrações para os sermões?

•Na Bíblia, fonte riquíssima•Nos relatos de outros pregadores•Em jornais, revistas e livros•Nas experiências e observações pessoais•Na história geral e da igreja•Nos acontecimentos do cotidiano

Cuidados no uso de ilustrações• Devem ser sempre apropriadas;• Devem ser claras;• Não deve ser lida, porque perde a sua força;• Devem ser breves e exatas.Cuidado com o exagero ao contar uma ilustração

Agora passo a oportunidade Para o (a) Ir...