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Fatec Garça
CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
PEDRO GUSTAVO ALVARENGA DA SILVA
CONTROLE DE PRODUÇÃO E QUALIDADE ATRAVÉS DE AUTOMAÇÃO E DISPLAY EM TEMPO REAL
GARÇA 2014
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Fatec Garça
CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
PEDRO GUSTAVO ALVARENGA DA SILVA
CONTROLE DE PRODUÇÃO E QUALIDADE ATRAVÉS DE AUTOMAÇÃO E DISPLAY EM TEMPO REAL
Relatório científico apresentado à Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC, como requisito para conclusão do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial.
Orientador: Prof. Laerte Edson Nunes.
GARÇA 2014
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Fatec Garça
CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
PEDRO GUSTAVO ALVARENGA DA SILVA
CONTROLE DE PRODUÇÃO E QUALIDADE ATRAVÉS DE AUTOMAÇÃO E DISPLAY EM TEMPO REAL
Relatório científico apresentado à Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC, como requisito para conclusão do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial. Examinado pela seguinte comissão de professores:
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Prof. Laerte Edson Nunes FATEC Garça
_________________________________
Prof. Dr. Edson Detregiachi Filho FATEC Garça
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Prof. Ms. José Augusto Ferraz de Campos FATEC Garça
Data da Aprovação: 15/07/2014
GARÇA 2014
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CONTROLE DE PRODUÇÃO E QUALIDADE ATRAVÉS DE AUTOMAÇÃO E
DISPLAY EM TEMPO REAL
Pedro Gustavo Alvarenga da Silva1
Prof. Laerte Edson Nunes2
ABSTRACT
The present work aims to conduct an industrial process automated for use in a
production line of soft drinks, which will be able to separate good parts of parts to be
reworked through a treadmill with sensors and actuators, and display all results
process in a display that will be quick and easy access. The work will focus on the
entire process and will feature the explanation of the equipment and the development
of a prototype. Aiming productivity and high quality control and using automation,
which implies quality of life.
Keywords: Industrial process, Automation, Production.
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo realizar um processo industrial automatizado
para ser utilizado em uma linha de produção de refrigerantes, que será capaz de
separar peças boas das peças que deverão ser retrabalhadas, através de uma
esteira com sensores e atuadores, e mostrará todo o resultado do processo em um
display, que será de fácil e rápido acesso. O trabalho focará todo este processo e
também contará com a explanação dos equipamentos e com o desenvolvimento de
um protótipo. Visando a produtividade e um alto controle qualidade e utilizando
automação, que implica em qualidade de vida.
1 Aluno do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial da Faculdade de Tecnologia de Garça. 2 Docente do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial da Faculdade de Tecnologia de Garça.
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Palavras-chave: Processo industrial, Automação, Produção.
1 INTRODUÇÃO
A qualidade é sem dúvida um fator muito importante nos produtos provindos
da indústria, graças a ela nós avaliamos se a empresa realmente está interessada
em seus clientes e com a satisfação deles.
Toda indústria tem como objetivo diminuir ao máximo o seu índice de defeitos,
ou até mesmo não deixar passar nenhum deles, mas isso é quase impossível, por
mais cuidadosos ou atenciosos que sejam os colaboradores da empresa e por mais
que seus processos sejam de última geração, algum tipo de defeito sempre acaba
chegando ao cliente.
A mecatrônica tem papel fundamental na resolução deste problema, pois
possui dispositivos altamente tecnológicos capazes de verificar o produto final com a
ajuda de seus sensores e se necessário movimentá-los para outros setores ou até
mesmo um depósito com o movimento de seus atuadores, tudo programado e
ordenado por uma unidade de processamento, tendo como vantagens a diminuição
dos defeitos, controle da quantidade, controle dos processos, melhorando a gestão
de todo o sistema da indústria.
A automação industrial tem como objetivo aumentar a qualidade de vida da
sociedade em geral e também no próprio chão de fábrica, atendendo aos requisitos
de uma indústria com demanda de produção elevada, reduzindo o esforço humano e
aumentando a qualidade de seus produtos. Além de evitar a exposição humana em
ambientes insalubres, como lugares de altura elevada, estar próximo a altas
temperaturas, proximidade com elementos tóxicos ou ainda qualquer ambiente que
coloque em risco a saúde do colaborador, tudo isso utilizando equipamentos
inteligentes, que podem ser até mesmo ser robôs, provindos dos estudos que
envolvam mecânica, elétrica e programação.
Um grande quesito que sem dúvida é levado em conta no momento da
implementação da automação é a produção e o aumento da mesma, já que os
elementos de automação são programados para executar determinada tarefa e
possuem um grande grau de repetitividade, sendo assim, dificilmente erram durante
o tempo em que executam um determinado processo industrial.
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A produção de bens materiais no ambiente industrial existe desde a primeira
revolução industrial, no final do século XVIII, onde toda a matéria prima era
transformada em produtos, para isso, era utilizada em sua grande maioria, mão de
obra humana, além de outras energias provindas do carvão e do vapor, mas dessa
época para os tempos de hoje, ocorreram inúmeras mudanças nesse sistema de
produção, um dos principais responsáveis por essas mudanças foi Henry Ford.
Os sistemas de produção mais antigos eram de sobremaneira repetitivos e
exaustivos, sobrecarregados de tarefas árduas, o que prejudicava muito o
trabalhador, em diversos aspectos, um deles é o estresse de estar preso em
atividades obsoletas, de adquirir uma doença ou um problema com o passar dos
anos em tarefas repetitivas, daí surge uma preocupação com a saúde do ser
humano e as tarefas por ele executada. A ergonomia é a área que tem seu foco
principal nos aspectos acima citados e com o uso da tecnologia, esses problemas
podem ser reduzidos de maneira altamente significante.
Com o uso de uma esteira automatizada em uma linha de produção, já é
possível observar que grande parte dos problemas podem ser solucionados, já que
estará usando tecnologia para substituir a mão de obra humana e
consequentemente melhorar a saúde dos trabalhadores da linha de produção, além
de utilizar menos recursos para produzir mais, que também é um dos grandes
fatores a serem considerados.
Com o protótipo dessa esteira, que será implementado em uma linha de
produção de refrigerantes, será possível separar dois tipos de peças, uma aprovada
e a outra não conforme, além de gerar um levantamento com dados sobre a
produção obtida através do protótipo.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 História da produção
Ford e seu modelo T revolucionaram a indústria durante sua época,
praticamente dando início ao que futuramente viria a ser a produção industrial, que
ao longo do tempo, sofreria grandes mudanças, mas nunca conseguindo chegar a
um sistema de produção definitivo ou ideal, mesmo implementando novos
dispositivos, como sensores, atuadores e controladores inteligentes, sempre há
algum setor ou algum processo que poderá ser melhorado.
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Segue um gráfico com os principais atos de toda história da produção
industrial, com diversos fatos e pessoas fundamentais e suas contribuições:
Figura 1- História da Produção. Fonte: adaptado de Slack et all (Ed. Atlas, 2ª ed., 2002)
Note que pelo gráfico é possível perceber que sempre há algum aspecto que
melhorou conforme o passar dos anos, justamente pelo fato de descobrir novas
técnicas, novos métodos de produção, novas teorias de administração e com isso, a
produtividade também acompanha o crescimento e uso de novos componentes e da
tecnologia em si.
2.2 Elementos de automação
Todo sistema de produção inteligente conta com a automação industrial, que
pode ser dada desde a utilização de simples sensores de fim de curso até o uso de
robôs altamente tecnológicos na linha de montagem ou para outras tarefas, sendo
capazes de automatizar uma determinada ação. Dentre os principais elementos de
automação, podemos citar sensores, atuadores e controladores, todos estão
presentes no projeto e serão utilizados no protótipo, funcionando como elementos
essenciais.
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A automatização tem grandes implicações socioeconômicas pois permite libertar o Homem de tarefas de rotina, melhorar a fiabilidade dos processos automatizados, e a qualidade e quantidade dos produtos fabricados. Não será excessivo dizer que a existência e o nível de vida das sociedades (pós)-industriais depende criticamente da automatização conseguida em todo o tecido produtivo. (GARRIDO, 2012).
3 DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO
3.1 Detalhes do protótipo
O protótipo tem como um de seus principais objetivos a aquisição de
informações altamente relevantes sobre os sistemas de produção nas indústrias, tais
como a eficácia, os processos utilizados, a velocidade, o controle de qualidade,
entre outros.
Sendo de suma importância implementar uma esteira automatizada em uma
indústria do ramo alimentício, funcionando com sensores e atuadores que serão
capazes de controlar a produção e a qualidade de uma linha, e fornecendo esses
dados através de um display em tempo real.
Também será necessário conferir e analisar a fundo as vantagens e
desvantagens da implementação da mecatrônica, tendo em vista que o investimento
inicial é relativamente alto, reduzirá bruscamente o número de colaboradores da
empresa, a manutenção deverá ser feita por profissionais de alto nível, tudo deve ser
muito bem planejado para saber se realmente vale a pena a implementação de
sistemas automatizados na empresa.
Para poder explicar melhor o funcionamento do protótipo, daremos uma breve
aprofundada nas áreas de Mecânica, Elétrica e na programação do sistema.
3.2 Mecânica, materiais e processos
Começaremos especificando quais os materiais e seus principais processos
de fabricação pelos quais foram submetidos até ficarem conformes para que
pudessem ser utilizados no protótipo.
A estrutura mecânica será a base de todo o sistema, onde serão alojados
todos os equipamentos e dispositivos, como o motor elétrico, sensores display e a
parte móvel da esteira, junto com seus rolos, essa estrutura será de metalon,
também conhecido como metalão.
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O metalon é uma liga metálica composta de minério de ferro e carbono,
tornando-o resistente e leve, ele também é submetido aos processos de serragem e
soldagem por eletrodo.
Qualquer corpo metálico ou não metálico quando em bruto poderá ser submetido a uma série de operações mecânicas simples ou complexas de modo a obtermos uma peça com a forma pretendida. Assim no decorrer das várias operações mecânicas vai-se arrancando racionalmente o material em excesso, este arranchamento pode ser feito manualmente ou mecanicamente por meio de elementos tecnológicos chamados ferramentas de corte. Assim, quando se pretende peças com dimensões aproximadas para posteriormente serem manufaturadas, recorre-se à serragem dos materiais. Serrar consiste numa operação de corte dos materiais a retirar, utilizando para o efeito os instrumentos de corte adequados ao tipo de operação pretendido, esses instrumentos chamam-se serrotes. (WEISS, 2011).
O metalon que será utilizado aqui é o que possui características 30 por 20,
(30 milímetros de altura por 20 milímetros de largura), e foi serrado em quatro partes
de 150 mm. (Milímetros) cada, mais duas partes de 500mm. Além de mais duas
partes de 200 mm. Tudo foi unido através do processo de soldagem por eletrodo.
O processo de soldagem por arco elétrico com eletrodo revestido consiste, basicamente, na abertura e manutenção de um arco elétrico entre o eletrodo revestido e a peça a ser soldada. O arco funde simultaneamente o eletrodo e a peça. O metal fundido do eletrodo é transferido para a peça, formando uma poça fundida que é protegida da atmosfera (O2 e N2) pelos gases de combustão do revestimento. O metal depositado e as gotas do metal fundido que são ejetadas, recebem uma proteção adicional através do banho de escória, que é formada pela queima de alguns componentes do revestimento. (Disponível em http://www.infosolda.com.br)
As barras de metalon serão soldadas com toda a técnica e segurança no
processo, para que o mesmo ocorra com a maior perfeição possível e para que
obtenhamos êxito no trabalho.
A estrutura dos metalões cortados e unidos através da soldagem ficou como
mostra o diagrama representativo, em simulação das três vistas, elaborado no
software de projetos mecânicos AutoCAD, da empresa Autodesk, representado na
próxima figura:
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Figura 2- Esquema representativo das 3 vistas da estrutura mecânica.
Fonte: O autor
O material utilizado nas partes móveis da esteira, que no caso são os rolos, é
o Alumínio.
O alumínio é um elemento químico de símbolo Al e número atômico 13 (treze prótons e treze elétrons) com massa 27 u. Na temperatura ambiente é sólido, sendo o elemento metálico mais abundante da crosta terrestre. Sua leveza, condutividade elétrica, resistência à corrosão e baixo ponto de fusão lhe conferem uma multiplicidade de aplicações, especialmente nas soluções de engenharia aeronáutica. Entretanto, mesmo com o baixo custo para a sua reciclagem, o que aumenta sua vida útil e a estabilidade do seu valor, a elevada quantidade de energia necessária para a sua obtenção reduzem sobremaneira o seu campo de aplicação, além das implicações ecológicas negativas no rejeito dos subprodutos do processo de reciclagem, ou mesmo de produção do alumínio primário. (Disponível em http://www.dicio.com.br/aluminio/).
Segundo suas próprias características, o alumínio é facilmente desbastado e
faceado em um torno ou no centro de usinagem, por uma ferramenta de aço rápido
HSS (High Speed Steel) ou uma ferramenta de cerâmica ou metal duro, nesse
protótipo, foram utilizados duas barras cilíndricas de alumínio, ambas ocas. Para que
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pudesse ser acoplado o rolamento com maior precisão, foi necessário um pequeno
desbaste interno no cilindro de alumínio, veja na imagem a seguir como o cilindro
ficou ao ser acoplado com os rolamentos:
Figura 3- Rolo de alumínio acoplado ao rolamento.
Fonte: O autor
Os rolos de alumínio possuem as dimensões de 200 mm. De altura e 38 mm.
De diâmetro, esses rolos foram unidos a estrutura mecânica anteriormente
mencionada, além de ser soldada uma chapa de aço para fazer a base da esteira,
Veja a estrutura após a união dos rolos e da chapa de aço:
Figura 4- Estrutura mecânica com rolos de alumínio.
Fonte: O autor
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Os processos já descritos são todos pelo qual a estrutura mecânica necessita
para que fique pronta, a partir de agora, falta somente a junção dos dispositivos, que
na sua grande maioria, são elétricos, segue a especificação sobre eles a seguir.
3.3 Instalações elétricas e eletrônica
A energia elétrica será essencial no protótipo, pois vários componentes
funcionarão através dos estímulos elétricos, que basicamente são o fluxo da carga
elétrica em uma certa direção. Vejamos alguns dos principais aspectos da
eletricidade:
Carga elétrica: Toda a matéria é composta por átomos, que por sua vez são constituídos de prótons, nêutrons e elétrons. Os prótons e os nêutrons localizam-se na parte central do átomo, e formam o chamado núcleo. Os elétrons giram em torno do núcleo na região chamada de eletrosfera. Os prótons e os elétrons apresentam uma importante propriedade física, a carga elétrica. Corrente elétrica: O deslocamento livre de elétrons no interior do material provoca a aparição da chamada corrente elétrica, a qual origina efeitos físicos diversos, tais como o efeito de Joule (calorífico), a eletrólise (químico) ou a indução magnética (magnético). (Disponível em http://sofisica.com.br).
Os primeiros estudos sobre a eletricidade foram realizados por Tales de
Mileto, (624 a.C – 558 a.C).
(...) Teve o grande mérito de antecipar algumas teorias evolucionistas, quando afirmou que o mundo poderia ter surgido da água, e que dessa substância, teria havido evolução, por processos naturais. Foi o primeiro filósofo a estudar astronomia e em suas observações sobre o sol e a lua, previu e explicou o eclipse solar, ao verificar que a lua era iluminada por ele, no ano de 585 a.C, o que foi comprovado pelos astrônomos. Tales de Mileto foi considerado o precursor do pensamento filosófico, por que pensou a matéria de maneira diferente de como era pensada antes, com inferências divinas e invocações a deuses superiores. Ele acreditava que a coisa material sofria transformações ao longo do tempo (...) (Disponível em http://www.e-biografias.net).
O dispositivo mecânico que fará o movimento da esteira é um motor elétrico,
conforme descrição, esse motor é um modelo comumente utilizado no
funcionamento e fechamento de vidros elétricos automatizados e já está adaptado e
acoplado na estrutura mecânica, como mostra a figura:
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Figura 5- Motor elétrico de vidros automatizados.
Fonte: O autor
Como em qualquer transmissão mecânica ocorrem perdas de rendimento,
devido a ruídos, mal encaixe, dissipação de temperatura, no protótipo também
ocorreram, já que foram utilizados mancais de rolamento, deixando seu rendimento
entre 0,96% e 0,99% de sua potência de entrada.
Para descobrirmos o torque do motor no sistema, segue a seguinte fórmula:
Torque: MT=71.620 x N/n, onde MT- Momento torçor; 71.620- constante da fórmula;
N- Potencia em CV. (cavalo vapor); n- rotação em rpm. (Rotações por minuto). O
resultado obtido será em Kgf.cm. (Quilograma força por centímetro).
MT=71.620 x N/n > MT=71.620 x 0,01386 / 60 > MT=16,553 Kgf.cm.
A detecção da peça será feita por sensores capacitivos não faceados, que
enviarão sinais elétricos de 6 Volts, fazendo parte das entradas do sistema. Vejamos
melhor o que são sensores.
Sensor é um dispositivo que muda seu comportamento sob a ação de uma grandeza física, podendo fornecer diretamente ou indiretamente um sinal que indica esta grandeza. Quando operam diretamente, convertendo uma forma de energia, são chamados transdutores. Os de operação indireta alteram suas propriedades, como a resistência, a capacitância ou a indutância, sob ação de uma grandeza, de forma mais ou menos proporcional. O sinal de um sensor pode ser usado para detectar e corrigir desvios em sistemas de controle. (Disponível em www.termopares.com.br).
Já que no protótipo serão utilizados garrafas plásticas para simular o
funcionamento da esteira, será necessário utilizar de sensores capacitivos, que são
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capazes de detectar não somente materiais metálicos, como também os não
metálicos. Seguem imagens do sensor utilizado no protótipo:
Figura 6- Sensor capacitivo não faceado.
Fonte: O autor
Também será necessário um atuador para movimentar uma parte específica
da esteira, para que as peças defeituosas sejam removidas do curso das peças
aprovadas, que poderão ser retrabalhadas futuramente. O atuador será de
acionamento elétrico 12 Volts corrente contínua, provindo de um solenoide trava
elétrica, como ilustra a figura:
Figura 7- Atuador de trava elétrica solenoide.
Fonte: O autor
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Para que possa ser possível acompanhar todas as peças que o sistema
aprovou ou deixou de aprovar, será necessário utilizar um display, que terá seu
funcionamento dado através de um micro controlador, esse display é provindo da
tecnologia LCD (Liquid Crystal display), esse display possui o fundo azul negativo e
é 16x2 (16 colunas por 2 linhas), segue a imagem do mesmo:
Figura 8- Display LCD
Disponível em http://www.dimensaobynet.com.br/
Agora que todos os dispositivos já estão unidos ao sistema, cada um em seu
lugar exato de funcionamento, falta estabelecer o “cérebro” do sistema, um micro
controlador, que será explicado proximamente.
3.4 Programação e desenvolvimento do sistema
Para que o sistema possa funcionar corretamente, será utilizado um micro
controlador, que através da programação, será responsável por executar um
“raciocínio”, sabendo distinguir diferenças entre peças aprovadas e peças
reprovadas, necessário no sistema, além de ser capaz de fazer a leitura das
entradas, que na maioria dos casos são os sensores e dar as respostas, sinais de
saídas, realizando o movimento dos atuadores.
O micro controlador utilizado no protótipo é um ATmega328, com 14 pinos de
entrada ou saída, provindo de um kit arduino uno, que foi utilizado pela sua interação
fácil, rápida e acessível, além de oferecer um vasto campo de utilidades de acordo
com sua capacidade.
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Figura 9- Kit arduino Uno
Disponível em http://arduino.cc/en/Main/arduinoBoardUno
A programação será feita através da linguagem de programação “C” que junto
a linguagem Assembly, são as mais comuns quando se trata de programação de
micro controladores.
A linguagem C foi criada por Dennis Ritchie nos laboratórios da Bell
Telephone em 1972. Essa linguagem foi criada com um propósito:
ser usada no desenvolvimento de uma nova versão do sistema
operacional Unix. A primeira versão do Unix utilizava Assembly.
Então podemos dizer, que desde o princípio C foi uma linguagem
criada por programadores a fim de ser usada por programadores. A
linguagem C é considerada de propósito geral, ou seja é uma
linguagem capaz de ser usada para praticamente qualquer tipo de
projeto. É extremamente portável, ou seja um programa escrito
linguagem C pode ser facilmente usada em qualquer plataforma.
Utilizando linguagem C podemos criar sistemas operacionais,
aplicativos de todos os tipos, drivers e outros controladores de
dispositivos, programar micro controladores, etc. (CASAVELLA,
Eduardo- disponível em http://linguagemc.com.br).
Existem vários comandos a serem utilizados na linguagem C voltada para
programação de micro controladores em eletrônica, segue uma breve lista com
alguns de seus principais comandos:
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-scanf() “Faça leitura”
-printf() “Escreva”
&& “Condição E”
|| “Condição OU”
! “Não”
If-else “Condição SE, SE NÂO”
Muitos outros comandos são largamente utilizados na programação, mas um
dos quais será como um processo chave nesse sistema é o comando If-else.
Seguindo a lógica do funcionamento da esteira, os sensores capacitivos
ficarão alinhados de maneira que fiquem alojados um sobre o outro (Verticalmente),
as peças que simularão garrafas são de 2 tipos, a conforme, que é a maior, e a não
conforme, que será a menor, sendo assim, quando os dois sensores detectarem a
peça, ela será aprovada, quando somente o sensor inferior detectar a peça, a
mesma será reprovada.
Figura 10- Exemplo de peça não conforme e conforme, respectivamente.
Fonte: O autor
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Seguindo a programação, serão estabelecidas duas variáveis quaisquer para
que possam funcionar sincronizada aos sensores, além de uma outra para acionar o
atuador, segue uma breve lista com os comandos da função If-else:
#include <stdio.h> /////Definindo bibliotecas utilizadas.
int main () /////Estabelecendo variáveis, no caso, inteiras.
{
int std; /////definir variável "std" como inteira.
scanf ("%d",&std); /////faz a leitura e altera o valor da variavel "std".
if (std==2) /////SE o valor da variável "std" for igual a 2.
{
printf ("1 peça aprovada.\n");
}
else /////SE não for.
{
printf ("1 peça reprovada.\n"); /////Acionar atuador.
}
return(0);
}
Esses códigos representam uma lógica de programação relativamente
simples, se o sensor inferior detectar a peça, o atuador será acionado, se os dois
sensores detectarem a peça, o atuador não será acionado e a esteira continuará
ligada, dando continuidade ao processo.
As peças defeituosas não poderão seguir o mesmo caminho das peças
aprovadas, o próprio sistema será capaz de mudá-las de caminho, mais uma vez
graças a seus dispositivos altamente tecnológicos.
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Figura 11- Caminho para peças aprovadas e reprovadas, respectivamente.
Fonte: O autor
Agora com o protótipo montado, podemos fazer um levantamento de alguns
aspectos importantes que deverão ser consultados e analisados antes de tomar a
decisão de implementá-lo em uma indústria.
Figura 12- Protótipo finalizado.
Fonte: O autor
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3.5 Análises de estatísticas e fatores críticos:
Produção: Com este protótipo, uma linha de produção poderá produzir
aproximadamente 6 peças por minuto, levando em conta que sua escala é
compatível e que o processo executado é o mesmo descrito ao longo do trabalho, a
máquina deverá trabalhar 22 horas por dia, 6 dias por semana, além de também
termos de levar em conta o ritmo da produção, a quantidade média de peças
defeituosas que o próprio sistema separará, evitando que produtos com não
conformidades cheguem até o cliente.
Manutenção: Todo o sistema está projetado para trabalhar normalmente, mas
qualquer imprevisto pode acontecer, como algum setor do sistema parar de
funcionar por conta de outros defeitos, para solucionar esse tipo de problema, será
necessário um especialista em retrofit, para descobrir e consertar os defeitos da
máquina.
Segue uma tabela com as estatísticas do sistema:
Figura 13- Estatísticas periódicas da produção do sistema.
Fonte: O autor
Também deverá ser levado em conta que haverá um número menor de
paradas para manutenção, já que os problemas ocorreram por ainda se tratar de um
protótipo, e os dados obtidos de tempo de produção do mês e de dois meses foram
estabelecidos estatisticamente.
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4 Considerações finais
Por meio deste trabalho, podemos afirmar que implementar tecnologia na
indústria é um processo que deve ser muito bem analisado, visando custo benefícios
e a mão de obra humana que será substituída por elementos de automação
industrial.
O custo total do protótipo que será aqui estabelecido, será baseado nos
maiores componentes e nos processos mais complexos e fundamentais para o
sistema, que são: 1 motor elétrico, R$50,00; 2 sensores capacitivos R$79,00 cada; 1
atuador de trava elétrica solenoide R$20,00; 1 kit arduino uno R$59,90; elementos
da estrutura mecânica (metalon, rolamentos, soldagem, furos...) R$186,00;
Componentes eletrônicos (micro controladores, display LCD, resistores, capacitores,
transistores...) R$ 58,00. Totalizando algo próximo de R$ 531,90.
Foi gratificante a maneira pela qual adquiri conhecimentos tanto nas áreas de
mecânica quanto elétrica e programação, pois foi uma ótima maneira de colocar em
prática conhecimentos obtidos ao longo do curso e até mesmo dos conhecimentos
adquiridos por pesquisas em livros, internet e outras pessoas experientes em suas
respectivas áreas. Além de aprender sempre focar em melhorias não somente no
ambiente industrial, mas também para a sociedade da qual fazemos parte.
5 Referencias
ALUMÍNIO, definição. Disponível em: <http://www.dicio.com.br/aluminio/>. Acesso em 12 fev. 2014. CARGA ELÉTRICA, CORRENTE ELÉTRICA. Disponivel em: <http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/cargas.php>. Acesso em 05 nov. 2013. CASAVELLA, Eduardo. O que é linguagem C. Disponivel em: <http://linguagemc.com.br/o-que-e-linguagem-c/>. Acesso em 14 jan. 2014. GARRIDO, Paulo- Elementos de automação. Disponivel em: <dei-s1.dei.uminho.pt/lic/AUT/sebenta/ElementosdeAutomação_1_.pdf>. Acesso em 18 mar. 2014.
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SENSORES, o que são. Disponivel em: <www.termopares.com.br>. Acesso em 22 dez. 2013. SOLDAGEM POR ARCO ELÉTRICO COM ELETRODO REVESTIDO. Disponivel em: <http://www.infosolda.com.br/artigos/processos-de-soldagem/352-soldagem-por-eletrodo-revestido.html>. Acesso em 26 jan. 2014. TALES DE MILETO, quem foi. Disponivel em: <http://www.e-biografias.net/tales_de_mileto/>. Acesso em 17 mar. 2014. WEISS, Almiro. Processos de Fabricação Mecânica. Editora LT. Edição 1. 2011.