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Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Júlio Julinho Marcondes de Moura”
CURSO TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
DAVIDSON ROQUE DA SILVA
GUILHERME VINICIOS DINIZ
ENERGIA EÓLICA PARA PEQUENO PRODUTOR RURAL
Garça - SP
2018
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Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Júlio Julinho Marcondes de Moura”
CURSO TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
DAVIDSON ROQUE DA SILVA
GUILHERME VINICIOS DINIZ
ENERGIA EÓLICA PARA PEQUENO PRODUTOR RURAL
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Faculdade de Tecnologia “Dep.
Julio Julinho Marcondes de Moura” – Fatec
Garça, como requisito para a conclusão do
Curso de Tecnologia em Mecatrônica
Industrial, examinado pela seguinte comissão
de Professores:
Data da Apresentação: 11/12/2018
_______________________________Prof. Dr. Edson Detregiachi Filho
FATEC – Garça
_______________________________Prof. Prof. Espec. Pedro Augusto daCunha
FATEC – Garça
_______________________________Prof. Prof. Dr. José Arnaldo Duarte
FATEC – Garça
Garça – SP
2018
ENERGIA EÓLICA PARA PEQUENO PRODUTOR RURAL
Davidson Roque da Silva1
Guilherme Vinicios Diniz
Prof. Dr. Edson Detregiachi2
Resumo — O trabalho de pesquisa pretende orientar a produção de energia elétrica
pelo método eólico e sua utilização de maneira otimizada. O sistema desenvolvido é
destinado principalmente aos pequenos produtores rurais com o objetivo de diminuir
os custos gerados pela utilização da energia elétrica e também, para aquelas
propriedades que não dispõem de rede de distribuição de energia. Esse projeto
proposto pode ser utilizado para iluminação e força em pequenas propriedades
rurais. A metodologia utilizada é o desenvolvimento experimental de um protótipo de
gerador eólico de baixa complexidade para verificar a viabilidade do projeto. Esse
trabalho é relevante, pois, contribui para o desenvolvimento econômico do segmento
de agricultura familiar e pequenos produtores rurais. Além disso, esse trabalho
contribui com a sustentabilidade por tratar-se de utilização de energia renovável.
Palavras-chave: Energia Eólica. Preservação. Economia.
Abstract - This work aims to guide the production of electric energy by the wind
method and its use in an optimized way. This operating system intended for small
producers and it aims to decrease electric energy costs and it also intended for being
used by farmers who don´t have an electricity distribution system in their properties.
The methodology used for the development of this paper was the experimental one.
A prototype was developed to prove its efficacy and feasibility. This work is relevant
because it can contribute to the economic development of the family agriculture
1 Alunos do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial – Fatec - Garça.
2 Docente da Fatec - Garça.
segment and small farmers. In conclusion, this work contributes to sustainability due
to the use of a renewable energy: wind energy.
Keyword: Wind Energy, Preservation, Economics.
1. INTRODUÇÃO
O tema escolhido para a construção do Projeto de Pesquisa para conclusão
do TCC é atual, está no contexto do curso de Mecatrônica Industrial, pois, utiliza
conceitos de Eletrônica e Mecânica, tem relevância social por contemplar as
pessoas que necessitam de energia diariamente, e o acesso à tecnologia em
questão, pois, a intenção é a economia e diminuição de custos.
Em países desenvolvidos e, também, em países do terceiro mundo como
Brasil, a cada ano é de fundamental importância os investimentos em energias
renováveis, a necessidade de utilização da mesma se dá por conta do aumento do
consumo de energia devido à crescente população nas cidades e também o mundo
cada vez mais tecnológico que acarreta um consumo maior, mais o principal motivo
para investimentos nesse tipo de energia é o fato de ser uma das mais limpas e sem
muito desgaste da natureza. Pode-se citar como exemplo o maior parque eólico do
Brasil e da América Latina: os Complexos Eólicos Campos Neutrais, localizados nos
municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí no estado do Rio Grande do Sul.
Todos os trabalhos que envolvem energia compõem um dos grandes desafios
da humanidade no mundo nos dias de hoje. O aproveitamento deste tipo de energia
renovável ainda não chegou a um patamar satisfatório, tendo em vista que a maioria
da energia utilizada no planeta é de origem não renovável, sejam elas de fontes
minerais, atômicas ou térmicas. Pode ser utilizada de uma forma mais educada e
com menor consumo, por meio de fontes renováveis, como eólica, solar, entre outras,
dentre os tipos de energias renováveis, nosso estudo centrará na energia eólica.
Diante desse cenário, a energia eólica torna-se ainda mais importante nas
vidas das pessoas, permitindo que a natureza esteja em um patamar privilegiado,
isso acontece porque a tecnologia não causa muitos danos e não altera a forma
natural do espaço a ser ocupada na sua instalação.
Todos os temas são desenvolvidos mediante o confronto de opiniões, com o
objetivo de apresentar alternativas para as ações de implantação desse sistema e
mostrar as dificuldades de tratar de uma tecnologia com valores elevados. E avaliar
como as pessoas lidam com o consumo de energia sustentável, se está engajado
em melhorar aspectos naturais do planeta, sem que, as normas se regulamentos
vigentes sejam prejudicados, uma das principais práticas diagnosticadas,
concomitantemente, cumprindo - se as leis referentes à Agência Nacional de Energia
Elétrica é outra prática de suma importância.
Porém, as empresas e a população reconhecem o valor de ir além da simples
observância, em contrapartida, esse pensamento ajuda com que se identifique e se
estude a redução do consumo de energia, antes do surgimento dos problemas, ao e
avaliar alguns estudos, que se baseiam sobre os resultados, tais efeitos podem ser,
pelo menos, tão importantes quanto os impactos naturais e sociais, o século XXI
está marcado por estratégias utilizadas pelas empresas na administração da energia.
Desta forma, este trabalho tem relevância na medida em que, busca
compreender, se na energia renovável utiliza-se da tecnologia para garantia a
qualidade e a segurança de seus usuários, também procura amenizar a falta de
energia em pequenas propriedades rurais onde ainda não à distribuição ou até
mesmo reduzir o custo de instalação.
Segundo Villalva e Gazoli(2012, p.31), “O uso de sistemas de geração
distribuída baseada em fontes renováveis traz inúmeros benefícios para os usuários
e para o sistema de abastecimento de eletricidade dos países que empregam essa
modalidade de geração”.
Esse sistema traz muitos benefícios para os pequenos produtores, o principal
deles é a luz e também amenizar a falta de redes elétricas em locais mais afastados.
1.1 Problema de pesquisa
O problema se constitui na falta de redes de energia elétrica em algumas
áreas rurais, impossibilitando o produtor de utilizar alguns equipamentos elétricos. A
questão é como transformar energia cinética do vento, em energia mecânica, que é
convertido em energia elétrica através de um gerador elétrico.
1.2 Objetivos
1.2.1 Geral
Identificar os problemas apresentados com a ausência de redes.
De energia elétrica em algumas áreas rurais e propor um sistema de energia limpa
renovável, por meio de um protótipo que gere energia através de uma turbina eólica
de pequeno porte.
1.2.2 Objetivos Específicos
Estabelecer as melhores regiões para instalação desse protótipo e melhores
regiões como maior probabilidade de funcionamento.
Pretende-se demonstrar um sistema que mostre conhecimentos adquiridos
durante a formação acadêmica, visando fazer um protótipo confiável, e que torne o
consumo de energia mais consciente e econômica. Realizar o desenvolvimento de
um dispositivo que tenha seu custo/benefício baixo.
Agregar novas pesquisas à área de energias renováveis.
Aprimorar o conhecimento acadêmico e pessoal.
Utilizar material reciclável ou mais baratos.
Verificar a funcionalidade do sistema proposto.
1.2.3 JUSTIFICATIVA
Este trabalho se justifica, pois, pode evitar mais danos à natureza por meio da
conscientização das pessoas, propondo um sistema de energia eólica para pequeno
produtor rural. Além disso, apresentam-se, os benefícios em utilizá-lo, salve-se que
dia após dia a degradação das reservas naturais do planeta se agrava e uma
possível destruição maior poderia ser amenizada ao utilizar o protótipo sugerido. O
trabalho atua na geração de energia renovável limpa evitando os constantes
investimentos em energias não renováveis, como as hidroelétricas, comum no Brasil.
Segundo o engenheiro eletricista (PÓVOA, p.11, 2014), a iluminação
responde por aproximadamente 23% do consumo de energia elétrica no setor
residencial, 44% no setor comercial e serviços públicos e 1% no setor industrial.
Figura 1: Consumo em megawatts até
2024
Fonte: (blog.bluesol.com.br – julho 2018)
1.2.4 METODOLOGIA:
Desenvolver um protótipo funcional para demonstrar a eficácia do projeto.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Revisão de literatura.
Conceitos teóricos utilizados para desenvolver o projeto proposto, com
descrição e justificativa de uso dos materiais incluídos no projeto.
2.1.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA
O primeiro moinho de vento para gerar eletricidade foi construído em julho de
1887 na cidade escocesa de Glashow pelo engenheiro eletricista e professor James
Blyth (1839-1906), do Anderson’sCollege, atual Universidade de Strantclyde. Em
1891, Blyth conseguiu a patente britânica da turbina.
A máquina, de 10 m de altura e eixo vertical, foi instalada na casa de campo
de Blyth em Marykirk, Kincardneshire, e era utilizada para carregar os acumuladores
franceses Camille Alphonse Faure, Alimentado a iluminação da casa, que se tornou
assim primeira casa do mundo a ter sua eletricidade fornecida por energia eólica.
POUL LA COUR
Como nenhum outro, o nome do meteorologista e físico e dinamarquês [...]. É
dele o mérito de aperfeiçoar a tradicional tecnologia dos moinhos de vento e colocá-
la em princípios científicos. Ele foi o pioneiro da geração de eletricidade por meio do
vento, isso no século XIX. La Cour é tão importante para a energia eólica,
principalmente na Dinamarca. A primeira metade do século XX, viu a construção ou
a idealização de um grande número de turbinas, que terminaram influenciando o
desenvolvimento da tecnologia de hoje. Com fundos do governo dinamarquês, que
estava procurando meio de fornece eletricidade às áreas rurais do país, Ia Cour em
1891, construiu uma turbina eólica experimental que acionava um dínamo. Ele usou
a corrente continua gerada pela turbina para eletrolise e armazenou o hidrogênio
então produzido. De 1885 a 1902, lâmpadas de gás usando esse método iluminou
terrenos de escolas em Askov.
Umas das principais razoes técnicas para o sucesso do uso da energia eólica
na geração de eletricidade foi o fato de muitas das às áreas rurais da Dinamarca
eram alimentadas com corrente continua, mesma após a Segunda guerra mundial. A
operação de uma turbina eólica em paralelo com uma usina com motor a diesel ou a
gás era tecnicamente mais fácil gerando correntes continua do que gerando corrente
alternada. (PINTO, p.15, 2013).
2.1.2 MERCADO EÓLICO MODERNO
O Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) divulgou o relatório Global
Wind Report – Annual Market Update, atualizando o status da indústria global,
juntamente com as projeções do mercado para os anos 2014-2018. Nesse período,
o Brasil deverá ter um crescimento exponencial nos próximos dois anos, liderando a
performance da América Latina, e passando a integrar, muito em breve, o ranking
dos dez maiores países produtores de energia eólica.
Globalmente, o Conselho espera instalação de, pelo menos, 94 GW em 2017,
um aumento em relação aos níveis de 2016. O mercado será liderado por a China,
mas com forte recuperação no mercado dos EUA, instalação recorde no Canadá e
no Brasil e centenas de MW na África do Sul. “O mercado mundial está de volta no
caminho certo para 2017”, disse (STEVESAWYER,2016).
Tabela 1: Capacidade em países Latinos de energia eólica instalada – Distribuição
Regional
América Latina e Caribe
Final 2016 Novo 2017 Total 2017
Brasil 10,741 2,022 12,763
Chile 1,424 116 1,54
Uruguai 1,21 295 1,505
Costa Rica 319 59 378
Panamá 270 - 270
Peru 243 - 243
Argentina 204 24 228
Honduras 180 45 225
RepúblicaDominicana
135 - 135
Caribe 200 18 218
Outros 386 - 386
Total 15,312 2,578 17,891
Fonte:(Revista; GWEC Global Wind Report_April 2018_Final_)
Gráfico 1: TOP 10 CAPACIDADE ACUMULADA – dezembro 2017.
Fonte: (Revista; GWEC Global Wind Report_April 2018_Final_).
2.1.3 VENTO
O vento é o ar em movimento. Simples assim, direto assim. O que gera tal
movimento é a circulação das camadas de ar provocada pelo aquecimento desigual
do planeta. Dizemos que a energia cinética desse movimento é a energia eólica.
Há varias escalas de vento. Uma das mais famosas é a escala de Beaufort,
criada em 1805 pelo irlandês Francis Beaufort (1774-1857). [...] A escala de Beaufort
quantifica a intensidade dos ventos, tendo em conta a sua velocidade e os efeitos
resultantes das ventanias no mar e em terra. Vai de 0 (calmaria< 1 m/h) a 12
(furacão, ventos > 120 km/h). Alcançando a magnitude 8, quebram-se galhos de
árvores, e, os atingir o valor 9, torna-se impossível andar contra o vento. (PINTO,
p.49, 2013).
2.1.4TURBINAS EÓLICAS
Turbinas eólicas são equipamentos que absorvem parte da energia cinética
do vento, convertendo-a em energia mecânica através de um eixo, que é convertida
em energia elétrica em um gerador elétrico acoplado, são classificadas em:
Horizontais;
Verticais;
Vertical
Vantagem: A maior vantagem é o fato de que a direção do vento não tem um
fator muito importante para a eficácia desse tipo de turbina e podem ser fixados no
chão ou em telhados.
Desvantagem: A altura de instalação torna esse tipo de turbina depende de
ventos com níveis mais baixos.
Horizontal
Vantagem: São um pouco mais eficientes do que as turbinas verticais, geram
mais energia.
Desvantagem: necessitam de mais manutenção.
2.1.5 A CONVERSÃO DE ENERGIA
As turbinas eólicas são usadas para converter a energia do vento em energia
elétrica. Essa conversão segue duas etapas: 1) primeiramente na turbina, que
remove a porção da energia cinética disponível para conversão em energia
mecânica, e 2) no gerador, que recebe a energia mecânica e a converte em energia
elétrica, que é então transmitida para a rede da concessionária.
As condições de funcionamento de uma turbina eólica dependem
principalmente das condições de vento, sobre as quais nenhuma ação é possível. [...]
O controle de potência fornecida pelo sistema pode ser realizado em cada uma das
duas etapas de conversão de energia. (PINTO,2013, p 79).
2.1.6 SAVONIUS- TURBINAS COM EIXOS VERTICAIS
Um meio para classificar as turbinas eólicas são em termos do eixo ao redor
do qual as pás das turbinas giram. A maioria delas é de eixo horizontal, porem
existem algumas cuja pá gira na vertical.
Onde optamos por utilizar o modelo de SAVONIUS, turbina com eixo vertical,
pelas suas vantagens, primeiro por não precisar que qualquer tipo de controle de
ajuste para manter suas pás na direção do vento e por conseguimos colocar todo o
sistema junto a sua base próxima ao solo.
O rotor de Savonius tem sua pá em forma de “S”, e opera como anemômetro
de copo com o vento passando entre suas pás, que se dispõem como folhas
dobradas, como semicilindros. [...], é uma turbina de baixa rotação e alto torque, que
pode trabalhar com baixa velocidade do vento e tem o predomínio de força de
arrasto.
A turbina de Savonius só é útil e econômico para sistemas de pouca potência,
como o bombeamento de água, pouca iluminação ou ventilação, que é o intuito do
nosso projeto. Também é comumente usado como medidor de correntes oceânicas
e como carregador de bateria em faróis e torres de telecomunicações. A tecnologia
necessária para projetar e fabricar um rotor de Savonius é muito simples, e esse
rotor é recomendado para aplicações em países em desenvolvimento ou em regiões
isoladas sem energia elétrica. (PINTO,2013, p 83).
2.1.7 EFICIÊNCIA DE UMA TURBINA
Os rotores de Savonius, com sua alta solidez, trabalham a uma baixa
velocidade de ponta (TSR). Embora, teoricamente, seja mostrado que o pico de
eficiência dos rotores Savorius não pode ultrapassa o limite de 20%, já se alcançou
uma eficiência máxima de 31% sob testes em túnel de vento e 37% no fluxo de ar
livre. Eficiente de 25 a 35% são relatadas em diversas investigações, valores que
são bem impressionantes, tendo em vista que esse rotor é mais fácil de fabricar e a
um custo relativamente barato. (PINTO, 2013).
2.1.8 CUSTOS DA ENERGIA EÓLICA
Gráfico 2: Custo de expansão dasFontes
Fonte: (ecycle).
O investimento médio realizado na energia eólica no Brasil foi de R$ 4,46
milhões por MW instalado, o Parque Eólico de Osório, instalado no interior do Rio
Grande do Sul, tem capacidade de gerar energia elétrica para 240 mil habitantes.
Possui 150 aerogeradores de 2 MW cada, totalizando 300 MW. Destes, apenas 51
MW condizem à geração de energia elétrica, efetivamente. Ocupando três grandes
regiões, nos municípios de Osório, Índios e Sangradouro, com área total de130 km²,aproximadamente.
No entanto, apenas 5% dessa área é tomada por aerogeradores, ou seja,
0,043 km² por MW instalado ou 0,127 km² por MW gerado. Esse exemplo de parque
Eólico mostra como é pouco danificada a área onde são instalados esses geradores.
(Eletrobrás, 2017).
2.1.9 POTENCIAL EÓLICO BRASILEIRO
Segundo a (Revista Cobertura), até o ano de 2012 o Brasil ocupava o 15º
lugar na geração de energia eólica, em 2018 passou a ocupar o 8º lugar no
Cesário mundial, já somando a potência instalada que é de 13 gigawatts,
quase a mesma capacidade de a hidrelétrica de Itaipu que é de 14 gigawatts,
com um total de 518 parques eólicos, que consegue abastecer 10% do país e
mais de 60% da região nordeste. De acordo com a Associação Brasileira de
Energia Eólica (ABEEólica), está em construção ou contratados mais de 4,8
gigawatts, que se divide em 213 parques, que serão entregues até 2023,
elevando para próximo de 19 GW, superando Itaipu.
Também é importante mencionar que, no ano passado, a
Bloomberg New Energy Finance estimou o investimento do setor
eólico no Brasil em US$ 3,57 bilhões (R$ 11,4 bilhões),
representando 58% dos investimentos realizados em renováveis no
País (eólica, solar, biomassa, biocombustíveis e resíduos, PCH e
outros). (Agência ABEEólica, 2018).
Gráfico 3: (Distribuição do Potencial Eólico
Brasileiro) .
Fonte: (Atlas do Potencial Eólico Brasileiro).
2.1.10 IMÃ DE NEODÍMIO
Esse ímã é a combinação de neodímio, ferro e boro são muito mais fortes do
que ímãs comuns, muito usados em motores, servindo também na geração de
energia, apesar de serem fortes também são frágeis e acabam se quebrando com
temperaturas em torno dos 80 ºC. Os NdFeB são anisotrópicos sintetizados ímãs – a
liga é moagem a jato para um pó fino e é então compactada na presença de um
campo magnético para lhe - dar uma direção preferida de magnetização.
Irmã de neodímio foi inicialmente desenvolvido para motores de
bobina de voz em discos rígidos de computadores. Outras aplicações
incluem motores de alto desempenho, motores DC sem escovas,
geradores, separação magnética, ressonância magnética, sensores e
alto-falantes. Eles estão se tornando cada vez mais populares, com
uma ampla gama de produtos inovadores de varejo. (Imã e Neodímio,
p.1, 2014).
2.2 METODOLOGIAS DO PROTÓTIPO
A metodologia utilizada é o desenvolvimento experimental de um protótipo,
utilizando os recursos da Mecatrônica Industrial para desenvolver um equipamento
que transformará energia cinética em energia mecânica que por final transforma em
energia elétrica através de uma turbina eólica vertical que carregará uma bateria
estacionaria em corrente continua posteriormente utilizando a carga da bateria, que
alimentará a iluminação do local.
Figura 1: (Material PVC e ACM utilizado para montagem das hélices).
Fonte: (Os Autores, 2018)
Na Figura 2: optamos pela utilização de três pás, para um melhor
desempenho onde estão ligadas no eixo em 120º, sistema responsável por captar o
vento e transformar energia cinética em mecânica.
Figura 2: (Hélice Savonius)
Fonte: (Os Autores, 2018)
Na figura 3: Reutilizamos motor de lavadora de roupas, com tensão de
entrada de 127 volts AC, utilizado com a função reversa na transformação da
energia mecânica em elétrica.
Figura 3: (Motor de lavadora 127v).
Fonte: (Os Autores, 2018).
Na Figura 4, demonstra a alteração feita no rotor do morto para encaixe de
ímãs Neodímio para melhorar o desempenho.
Figura 4: (Motor Alteração no Rotor)
Fonte: (Os Autores, 2018)
Na figura 5 os ímãs de neodímio utilizados para gerar um campo magnético,
função essa que eleva sua geração de energia em menor espaço, transferindo maior
potencia, e menor custo.
Figura 5: (Imã de Neodímio).
Fonte: (Os Autores, 2018)
Na figura 6 baterias serão utilizadas para armazenar a energia gerada. A
ligação feita entre o motor e a bateria é através de um circuito que regula a tensão
emitida pelo gerador, com a função de deixar a bateria em seu estado de flutuação,
ideal para carregamento da sua carga, interligado no mesmo terminal do circuito de
iluminação.
Alnicos (Al, Ni, Co, Fe): este ima trabalha até 150 kW e sua
temperatura é limitada a 520°. É facilmente magnetizados e
desmagnetizado.
Ferrites de bário e estrôncio trabalha com potência de até
5HP e temperatura de 450°. Seu custo é mais baixo por serem
provenientes da metalurgia do pó.
Imã de terras raras: Estes são os mais caros e amplitude de
temperatura mais baixa (350°). Contudo, seu rendimento é bem
maior que os demais. Em uma segunda geração dos ímãs de terras
raras, o neodímio, torna-se mais barato e tão eficaz quanto o
primeiro. O que possui como vantagem é sua temperatura de
trabalho que gira em torno de 250° e sua susceptibilidade à
corrosão.(WEG, 2015).
Figura 6: (Bateria para Armazenamento).
Fonte: (Os Autores, 2018).
Na Figura 7 o Módulo Regulador de Tensão XL6009, utilizados para elevar a
tensão adquirida pelo gerador, tecnicamente conhecido como conversor DC-DC
(Step-Up).
Os conversores DC-DC são dispositivos eletrônicos utilizados para
converter uma fonte de tensão continua de um nível para outro.
Trata-se de uma classe de conversores de potência que utilizam
comutação de sinal e armazenamento de energia através de
elementos semicondutores e armazenadores (indutor ou capacitor).
(Chryssis, 1984).
A tensão de saída pode ser ajustada entre 5 a 35V e corrente máxima de 4A.
Com as seguintes Características:
Tensão de entrada: 3V à 32V.
Tensão de saída: Ajustável de 5V a 35V (sempre maior que a tensão deentrada).
Corrente de Entrada: Máximo 4A.
Corrente de saída: Nominal: 2A, Máximo 4A (Para consumo acima de 15Wutilizar dissipador no módulo).
Eficiência de conversão: 83% (mínima), 88% (típica), 92% (máxima).
Temperatura de trabalho: -40 °C - +85 °C.
Acréscimo de Temperatura em plena carga: 40ºC.
Figura 7: (Módulo Regulador de Tensão).
Fonte: (http://www.tiggercomp.com.br/novaloja/product_info.php?products_id=9128).
Na figura 8 o circuito funciona da seguinte maneira, ao receber a tensão nos
terminais “C1” e “C2” a tensão passa por uma ponte retificadora (Transforma
corrente alternada em contínua), entrega essa tensão no modulo (XL6009), que
elava essa tensão, onde é transferida para um regulador de tensão, depois de
regulado entre a faixa de 13,5 ~ 13,8 V o circuito entrega a tensão ideal para a
bateria ser carregada, com sua carga completa, o circuito aciona seu estado de
funcionamento conhecido como flutuação ou modo estacionário, que por sua vez
tem a função de dissipar em calor a tensão que não é consumida pela carga.
O dispositivo LM317 é um terminal triplo ajustável regulador
de tensão positiva capaz de fornecer mais de 1,5 A em uma faixa de
tensão de saída de 1,25 V a 37 V. Requer apenas dois resistores
externos para definir voltagem de saída. O dispositivo possui uma
linha típica regulação de 0,01% e regulação de carga típica 0,1%.
Inclui limitação de corrente, sobrecarga térmica A proteção contra
sobrecarga permanece funcional mesmo se o terminal ADJUST está
desconectado. (Texas Intruments, 2016).
Figura 8: (Circuito)
Fonte: (Os Autores, 2018).
2.3 RESULTADOS
Com o projeto em andamento e testes realizados, verificou-se que o sistema
cumpriu com o esperado nos propósitos iniciais, que a princípio será a iluminação
utilizando-se lâmpadas de led 12 volts, mas a principal ideia para construção do
protótipo é a demonstração e a eficiência dos geradores eólicos e como são
benéficos para o futuro do planeta.
Com o projeto em andamento possibilitou-se mais aprendizado sobre novas
tecnologias, sendo elas:
Desenvolver e testar um dispositivo que proporcione a geração de
energia.
Desenvolvimento de um dispositivo que tenha seu custo baixo.
Verificar o funcionamento do sistema apresentado.
Projetar placa do circuito impresso.
Utilização de materiais baixo custo.
2.4 DIFICULDADES APRESENTADAS
A dificuldade apresentada foi encontrar a distância correta entre os ímãs de
neodímio e as bobinas para uma melhor geração de energia.
3 CONSIDERAÇÕES FINAISCom a utilização do sistema proposto, conclui-se que o projeto conseguiu
gerar energia suficiente para alimentação das lâmpadas, levando ao usuário menos
gasto gerados pela energia elétrica, tanto para sua instalação quanto para seu uso,
também podemos alcançar a tensão necessária para o carregamento das baterias.
O protótipo é viável pelo seu baixo custo e tem resultados positivos para quem utiliza
ou trabalha na área de Mecatrônica Industrial, o projeto proporcionou aos
pesquisadores mais conhecimentos na área e uma possível continuidade na
pesquisa para aprofundar seus conhecimentos.
4 REFERÊNCIAS
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eolica-ultrapassa-marca-de-14-gw-de-capacidade-instalada/>. Acesso em: 10 de nov.
2018.
Blogbluesol. Custos da energia eólica. Disponível em:
<https://blog.bluesol.com.br/energia-solar-e-eolica/>. Acesso em: 15 de jun. 2018.
CHYSSIS, G. High-frequency switching power supplies, Mcg RAW-hIll,
1984, Inc, 221p.
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https://www.ecycle.com.br/component/content/article/63-meio-ambiente/5249-eolica-
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Acesso em: 15 jun. 2018.
GAZOLI, Jonas Rafael, VILLALVA, Marcelo Gradella. Fundamentos daEnergia Elétrica. São Paulo Érica 2012.
Imã e neodímio. Neodimio Disponível
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neodimio/>. Acesso em: 15 set. 2018.
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Ministério de Minas e Energia. Anuário estatístico de Energia Elétrica 2018 –Ano base 2017. Disponível em: <http://www.epe.gov.br/pt/imprensa/noticias/epe-
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PINTO, Milton Fundamentos da Energia Eólica. São Paulo: LTC, 2012.
PÓVOA, Marcos Cortez Brito Leite. Fatores de Influência na EficiênciaEnérgica. Disponível em:
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