custos de acidentes
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Prof. Leonardo Sapucaia
Fisioterapeuta – EBMSP
Especialista Didática e Metodologia do Ensino Superior – FASSAL
Especialista em Tratamento Manipulativo da Coluna Vertebral
Consultor em Qualidade de Vida no Trabalho e Ergonomia
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Capítulo I
- O conceito de custo de acidentes sofreu uma enorme evolução nos últimos 70 anos.
1. Custo Direto e Indireto dos Acidentados com Lesão
- Os primeiros estudos sobre o assunto, focalizaram, apenas, o que hoje chamamos de “custo direto dos acidentados com afastamento”.
- Viu-se, porém, desde logo, que este custo não representava senão uma pequena parcela do custo total dos acidentes.
- Pois, além do custo direto ou aparente, existe um custo indireto ou oculto, causado pelos seguintes fatores:
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Custo Indireto: Quadro I
1. Perda de tempo dos companheiros de trabalho e dos gerentes das áreas envolvidas;
2. Perdas e danos sobre materiais;
3. Danos provocados sobre equipamentos e máquinas;
4. Tempo que esse equipamento fica parado;
5. Descoordenação do trabalho e queda de produtividade;
6. Atraso na prestação de serviços;
7. Dificuldades com autoridades governamentais.
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-Coube a Heinrich (EUA – 1931), o cálculo da relação custoindireto/custo direto (Heinrich determinou que o custo indireto édado pela fórmula CI = 4CD) e a Simond (EUA – 1963), aapresentação do primeiro método verdadeiramente científicopara o cálculo do Custo Indireto dos Acidentes do Trabalho;
- A partir de 1963 apareceu uma série de estudos feitos com oobjetivo de determinar o valor da constante (k) entre o custoindireto e o custo direto dos acidentes com lesões e danos apropriedade;
- A tendência desses estudos foi de atribuir um valor cada vez maior a esta constante.
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2. Custo Direto e Indireto dos Acidentes com Lesões sem Afastamento.
-Bird e Germain (EUA – 1966), realizaram o primeiroestudo em nível científico sobre os denominados “acidentescom lesões sem afastamento”, (acidentes sem lesão, ouseja, com danos apenas sobre equipamentos.);
- Estes estudos tiveram o mérito de chamar a atenção dospesquisadores sobre a enorme frequência deste tipo deacidente (avaliado como 5 vezes superior aos acidentescom lesões e com afastamentos) e o seu alto custo total(avaliado em igual custo dos acidentes com lesões e comafastamento) ser bastante alto.
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Estudos de Bird – Germain: Quadro II
1 100 500
Com lesões incapacitantes
Leves Sem lesõesAcidentes
Frequência
Custo $ $
Estimativa de um “Custo Total” interpolando os estudos de Heinrich e Bird
1
104
Custo TotalCusto Direto
Custo indireto
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-Interpolando os estudos de Bird – Germain, com os estudos deHeinrich, veremos que o custo total dos acidentes (com ou semlesão) é dez vezes superior ao custo dos acidentados comafastamento.
3. Acidentes de Baixa Frequência e Alta Gravidade
-Com efeito, se levantarmos as estatísticas de acidentes de umaempresa, por 10 anos, e calcularmos o seu custo, estaremosestudando apenas os acidentes de alta (ou média) frequência ebaixa (ou média) gravidade;
-Não estaremos levando em conta os acidentes de baixíssima frequência, mas que poderão ser de altíssima gravidade;
-Se lembrarmos que o custo potencial ou risco potencial é oproduto da frequência pela gravidade, poderemos compreenderque esta parcela do “risco investido” pode ser bastante alta.
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Limiares de Detecção e Probabilidade Estatística: Quadro III
P
G
Perda de Tempo
Dano Equipamento
Lesões Leves
Lesões + afastamentos
Colocando num eixo de abcissas e
ordenadas de um lado a Gravidade
dos acidentes e de outro a
Probabilidade, obteremos uma curva de aspecto parabólica. Isto
explica porque os pesquisadores
encontraram valores cada vez maiores
para a relação entre o custo indireto e o
direto.
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- O risco investido em acidentes de baixa frequência e alta gravidade está representado no quadro III pela área tracejada.
4. Custo Total dos Acidentes
- O custo total dos acidentes de trabalho deve ser calculado pela soma das seguintes parcelas:
1. Custo direto e indireto dos acidentes com lesões médias e graves;
2. Custo direto e indireto dos acidentes com lesões leves;
3. Custo indireto de acidentes sem lesão com dano exclusivo sobre o equipamento ou com simples interrupção do trabalho;
4. “Custo investido”, em acidentes de baixa frequência, porém de alta gravidade.
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Custo total dos Acidentes: Quadro IV
1- Custo direto e indireto dos acidentes com lesão eafastamento;
2- Custo direto e indireto dos acidentes com lesões leves;
3- Custo dos acidentes sobre materiais e equipamentos;
4- Custo de interrupções não programadas do trabalho;
5- Risco imediato em acidentes de baixa freqüência e altagravidade.
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Capítulo II: Algumas outras abordagens do Problema do Custo de Acidentes
- Procuramos até agora mostrar como foi evoluindo, ao longo dos últimos 70 anos, o conceito de acidente e os métodos para quantificação do seu custo.
Algumas outras abordagens do Problema de custo de Acidentes
I. Custo quantificável X Custo não quantificável;
II. Controle Total de Perdas;
III. Análise de sistemas em função dos riscos potenciais. Teoria do custo total dos sistemas.
Quadro 1:
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- O assunto poderia ser, entretanto, abordado sobre outros aspectos:
1) Custo não quantificável.
2) Controle total de perdas.
3) Teoria do risco potencial.
I. Custo Quantificável x custo não quantificável
- Além do custo quantificável, que analisamos, existe também para a empresa um custo não quantificável (ou pelo menos não quantificado até agora por nenhum autor).
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1) Aspectos Psicológicos:
-Trauma psicológico produzido nos funcionários de umaempresa devido a ocorrência de um acidente grave;
-Como quantificar isto? É muito difícil. Quem poderá,entretanto, negar sua influência negativa sobre o grau demotivação, para o trabalho, dos funcionários e sobre aProdutividade?
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Aspectos Psicológicos não quantificáveis – Quadro 2:
•Quanto aos próprios funcionários
-trauma psicológico imagem interna negativa queda de motivação queda de produção.
• Quanto ao público
- trauma psicológico imagem externa negativaqueda de vendas.
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2) Aspectos Fisiológicos:
-Passemos dos aspectos psicológicos para os fisiológicos.Trata-se do problema do “Stress”;
- Stress é um conjunto de reações fisiológicas hormonais queocorrem no organismo sob forte medo, tensão ou pavor;
-Qual a produtividade de um funcionário sujeito a um estadocontínuo de stress, no momento em que encontra umainexistente condição de trabalho ou um perigo direto eiminente;
-Quais os efeitos dos chamados incidentes críticos, isto é, dosacidentes que quase aconteceram, (mas não se efetivaram)sobre o organismo? Qual o efeito disto, ao longo de anos eanos, na queda do rendimento de uma empresa? Sãoperguntas que devem ser levantadas.
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Aspectos Fisiológicos não quantificáveis – Quadro 3:
Queda da produtividade global
Trauma Psicológico
Acidente
Incidente
Stress
Tensão / Medo
Condições de Trabalho
Comprometimento do Estado Físico
Queda progressiva da eficiência individual
Diminuição momentânea da eficiência
Absenteísmo
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3) Aspectos Orgânicos e Laborativos:
- Qual a produtividade de um funcionário dado como“apto” pelo INSS, após um acidente grave e umafastamento prolongado? Pode-se dizer que ela é igualà sua produtividade antes do acidente?
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Aspectos psicossociais de difícil quantificação – Quadro 4:
Acidente
Lesão
Afastamento
Cura
Reintegração
Incapacidadetotal
Parcial
Seguro
readaptação
(Processo de 1 ano)
? ?
(Cerca de 20% dos acidentados não se consideram aptos)
?
Qual a produtividade de um acidentado após a reintegração no serviço?
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4) Imagem Externa no Mercado:
-O que representa para uma empresa, em termos de imagem externa e de mercado, a ocorrência de um acidente grave?
-O imposto de um acidente grave, internamente representa diminuição da produtividade, e externamente das vendas.
5) Aspectos Individuais e Sociais:
- O nosso tema é o papel da prevenção de acidentes na economia das empresas, por isso, apenas citaremos dois outros aspectos importantíssimos, para não dizer capitais:
a) O que representa o acidente do trabalho para sua vítima?
b) O que representa o acidente do trabalho para a nação em termos do chamado custo social da incapacidade?
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II. Controle Total de Perdas
-Podemos perceber que ao lado do aperfeiçoamento dosmétodos da detecção dos custos, houve também, ao longodesses 70 anos, evolução do próprio conceito de acidente;
-Inicialmente foi considerado como um fato ocorrido durante otrabalho do qual decorreria lesão corporal;
-Depois, como é lógico, o seu conceito passou a abrangertambém os danos sobre equipamentos e materiais.
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- A importância da perda de tempo ou da interrupção doprocesso, mesmo nos casos em que o dano material édesprezível;
- O conceito de perda vai mais longe. “Perda é todo o fatonegativo que distorce um processo de trabalho,impedindo o que foi programado”.
- Quantificar os seguintes tipos de perdas:
1) Perdas quanto ao fator humano;
2) Perdas quanto ao material;
3) Perdas quanto ao equipamento;
4) Perdas quanto ao processo.
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Custo Social da Incapacidade – Quadro 5:
crédito
idade
débito
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Geralmente o acidente do trabalho incapacita o homem, justamente no momento em que ele se tornaria mais produtivo para a nação.
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Controle Total de Perdas – Quadro 6:
O elemento humano como fator de perdas
Absenteísmo
Punições
Faltas
Atrasos
Acidentes
Doenças
Preparação Deficiente
Conhecimentos Gerais, Conhecimentos Específicos, Experiência, Habilidade, Destreza
Fatores Físicos (seleção)
Estatura, Peso, Idade, Estado Físico, Outros
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Controle Total de Perdas – Quadro 7:
O material como fator de perdas
Na seleção
Falhas de abastecimento
Descoordenação do processo;
Deficiências no Controle de Estoques;
Deficiências no Armazenamento.
Falhas no controle de qualidade
Limitações de recursos
Má utilização
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Controle Total de Perdas – Quadro 8:
O equipamento como fator de perdas
Planejamento;
Seleção;
Manutenção;
Substituição
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Controle Total de Perdas – Quadro 9:
O processo como fator de perdas
Localização;
Sequencialidade;
Deficiências de Sensores;
Supervisão;
Descoordenação.
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Capítulo IV: Intrepretação e Cálculo do Custo de Acidentes
A) Metodologia Moderna Incluindo Todas as Variáveis
Apresentaremos uma metodologia, que entre outras coisas, passará a ser ponto de referência da Atuação dos ServiçosEspecializados de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho aplicando o conceito do Custo x Benefício.
Assim sendo, sugerimos a seguinte equação:
1) Cálculo do Custo Direto dos Acidentados: (CD)
- O custo direto representa os acidentados com afastamento eacidentados sem afastamentos, ambos com lesões leves,médias ou graves, além do pagamento do seguro acidente dotrabalho.
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-Define-se acidentado sem afastamento aquele trabalhador quesofreu lesão com tratamento inferior a 15 dias.
-Define-se acidentado com afastamento aquele trabalhador quefica afastado por mais de 15 dias e vai para o seguro do INSS.
-Toda empresa de acordo com sua atividade e grau de risco jádefinidos em seu objetivo social recolhe as seguintes taxas aoINSS para terem direito ao tratamento pelo seguro de seustrabalhadores acidentados conforme segue:
T.S.A.T = Taxa de Seguro Acidente do Trabalho
1% - Risco Leve
2% - Risco Médio
3% - Risco Grave
OBS:Todo trabalhador acidentado com tempo inferior a 15 dias a empresa arca com todos os custos ambulatoriais de tratamentomédico que devem ser calculados e colocados no custo direto.
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-Assim sendo o custo segurado será calculado pela seguinte fórmula:
C. Seg = TSAT x TFSC / 100, onde:
C. Seg = Custo segurado
TSAT = Taxa de Seguro Acidente do Trabalho
TFSC = Total da Folha de Salário Contribuição
-Custo Ambulatorial – (C.Amb.) –É arcado pela empresa que trata diretamente esse trabalhador.
-Assim o Custo Direto (CD) será calculado pela seguinte fórmula:
CD = Custo Segurado + Custo Ambulatorial
Nota: O custo segurado cobre despesas médicas hospitalares, indenização e o transporte do acidentado.
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2) Cálculo do Custo Indireto – (CI)
-O cálculo do custo indireto depende basicamente dapercepção que o Analista do Acidente possuir.
-Depende de uma série de variáveis conforme o tipo de acidente que se materializou.
-Está associado aos valores calculados para a produção quena realidade não foram alcançados os respectivos índices.
-Representa portanto a Improdutividade gerada.
-Para melhor equacionamento aditamos os seguintes cálculos:
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CI = TI + HP+Prod.não efetuada + OD+MPC, onde:
TI = taxa de improdutividade
HP =Horas perdidas
Prod. não efetuada = Produção não Efetuada
OD = Outras despesas
MPC = Investimentos em medidas de proteção coletiva.
1) Horas Perdidas = HP
Esse cálculo é feito para cada acidente que o trabalhador ou a máquinaficaram parados ou ambos conforme o caso. É portanto, a soma de todas horas paradas por acidente que foram pagas ao trabalhador, maisas horas de máquina parada por acidente de trabalho.
2) Taxa de Improdutividade = TI
Ela é medida pela seguinte fórmula:TI = HP/HT x 100
Esse cálculo representa a improdutividade do setor. Essaimprodutividade jamais poderá ser recuperada, apesar de ser possível a recuperação da produção calculada, desde que a empresa abra mão do seu lucro.
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-O valor da improdutividade é dado em porcentagem e é mais lógicosob o ponto de vista de entendimento por parte do empresariado.
3) Outras Despesas = OD
-Esses valores dependem do grau de percepção de quem investiga oacidente causado, e consegue ter acesso à informação dos valoresdesejados;
4) Produção não Efetuada
-Esse cálculo deverá medir o índice de produtividade. Como tanto amão de obra como equipamentos e máquinas estão parados, deve-se colocar esses índices como não realizados pois caracterizam asperdas do Processo Produtivo;
5) Medidas de Proteção Coletiva = MPC
-São valores que devem ser alocados, para se proteger o trabalhador das máquinas e equipamentos;
-Geralmente é um investimento necessário para que não se produzao chamado Acidente.
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6) Danos a Máquinas e Equipamentos = DME
-Esse é o custo que a empresa arca, decorrente de acidente com equipamento.
-São dados pelos seguintes valores:
1- Custo de reparos;
2-Horas de máquinas e equipamentos não trabalhadas, eprogramada no planejamento para estar em operação;
- Geralmente quando uma máquina se acidenta, ela vai paraconserto na oficina mecânica, e esse custo entra de maneira erradapara o setor de manutenção.
- Manutenção só existe quando separa de acordo com oplanejamento, pois quando a máquina para por acidente comequipamento, esse custo deve ser um centro de custo separado,chamado de custo acidente e não de custo de manutenção.
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7) Custo de Responsabilidades = CR
-É o custo decorrente das obrigações e responsabilidades cíveis,trabalhistas e penais;
-Em alguns casos a indenização cível, é julgada em “Ad Perpetuam”,ou seja, o valor julgado que a empresa tem de arcar é o tempo devida que existir do reclamante;
-Por outro lado toda ação cível gera uma ação penal, cuja pena, é oda prisão daquele que deu causa;
-Assim sendo, precisamos estar bem atentos aos processos que geramas ações indenizatórias, que obrigam as empresas arcarem com oscustos dela decorrentes.
8) Custo Fixo = CF
-Esse é o custo decorrente da mão-de-obra, equipamentos e materiaisnecessarios à proteção de máquinas e dos trabalhadores em geral;
-Considera-se mão-de-obra: a contratação dos componentes dosServiços Especializados em Engenharia de Segurança do Trabalho eem Medicina do Trabalho (SESMT).
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- Considera-se Equipamentos e Materiais:
a) Os equipamentos de proteção individual (EPI) necessários a cadatarefa executada pelos trabalhadores;
b) Dispositivos de proteção coletiva;
c) Despesas ambulatoriais – remédios mais equipamentos necessáriosao atendimento dos trabalhadores.
OBS: Esse custo, é um investimento para se fazer a proteção dos trabalhadores, a fim de se evitar o Acidente do Trabalho.
- Toda empresa tem que investir esse valor por dois motivos conforme segue:
1) Evitar o agravamento do custo social;
2) Evitar o aumento das despesas empresariais com o chamado aumento da produtividade;
- É portanto, o valor que trata do investimento versus o retorno, ou simplesmente chamado de custo versus benefício.
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9) Lucro Cessante = LC
- Toda a vez em que ocorrer esses eventos, a empresa deixade faturar o calculado e em consequência o lucro perdido, epara isto não há retorno nunca, pois a produtividade, ou seja,os resultados calculados e esperados nunca se concretizarão.Esse valor sempre tem que ser aferido de acordo como asituação se apresenta e o histórico das empresas nessa área.
10) Custo Social = CS
-É o custo decorrente de indenização aos acidentados porincapacidade permanente ou parcial nos locais de trabalho,bem como os acidentados com óbito;
-Esse custo onera a Previdência Social, aumentando o DéficitPúblico com impacto negativo no chamado Superavit Primário eportanto, com grande prejuízo à Nação Brasileira, que vê osseus investimentos sociais serem diminuidos reduzindo acapacidade do governo investir nas chamadas obras de infraestrutura, necessárias ao desenvolvimento do país.
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-Em conseqüência há uma maior taxação dos impostos que a sociedade teráque arcar e pagar, e portanto com grande perda de seu poder aquisitivo.
-É um ciclo vicioso, pois esse custo só é administrado pelo governo, mas pagopor toda a sociedade.
-Portanto, podemos definir a fórmula real do custo de um acidente do trabalho, como segue:
CA = CD+CI+DME+LC+CF, onde:
CA = custo de acidente do trabalho
CD = custo direto dos acidentados no trabalho
CI = custo indireto dos acidentes do trabalho
DME = Danos à máquinas e equipamentos
LC = Lucro Cessante
CF = Custo Fixo
CS = Custo Social
- O custo fixo servirá para medir o desempenho dos serviços especializados e o custo social, para o governo saber direcionar os seus investimentos.