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Cursos NTC
COMO CALCULAR
CUSTOS E FRETES
CUSTOS OPERACIONAIS
001
Neuto Gonçalves dos Reis
Mestre em Engenharia de Transportes pela EESC-USP
Pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV
Pós-graduado em Engenharia Econômica pelo IPUC-MG
Extensão em Logística e Distribuição pela FGV
Engenheiro Civil pela EEUFMG
Jornalista especializado em Transportes
Ex-Diretor de “Transporte Moderno”
Ex-Professor da Mauá e FMU
Consultor Técnico da NTC
Grande experiência em custos e fretes
Medalha JK Ordem do Mérito do Transporte, da CNT
Medalha NTC do Mérito do Transporte
Tel 11 XX 6632-1530
E-mail [email protected]
002
Objetivos e requisitos
1. Apresentar, conceitos, critérios e fórmulas para cálculo
(previsões, orçamentos, estimativas) de custo operacional
padrão ou custo de referência por veículo ou por unidade de
peso ou volume.
2 . Apresentar critérios e fórmulas para a formação de tabelas
de fretes pelas empresas (referências interna) e pela NTC/Fipe
(referência institucional).
3. Apresentar noções de gerenciamento e de operação
de transportes relacionadas com a formação de custos
Não constitui objetivo do curso discutir comercialização
e mercado de fretes (referência externa)Serão apresentadas, no entanto, maneiras de reduzir custos.
4. Requisito: conhecimentos básicos de matemática;
noções de resoluções de expressões, álgebra, potenciação
etc.
Plano de trabalho
CUSTOS OPERACIONAIS
Despesas Operacionais de Transferência (DOT)
• Introdução e histórico
• Esquemas operacionais/fluxogramas do processo
• Componentes do frete
• Custos fixos
• Custos variáveis
• Planilha do Decope/NTC
• Esclarecimento de dúvidas
• Discussão em grupo
004
Plano de trabalho
FRETES
• Despesas Administrativas e de Terminais (DAT)
• Cálculo do frete-peso
• Exercícios
• Custos de coleta e entrega
• Frete valor
• Gerenciamento de riscos (GRIS)
• Taxas
• Pedágios
• Acréscimos e decréscimos
• Planilha referencial Fipe
• Esclarecimento de dúvidas
• Discussão em grupo
005
Material contido no CD ROM
• PPWs do roteiro:
a) Custos Operacionais
b) Fretes
• Manual do Sistema Tarifário da NTC/Acréscimos e
Decréscimos
• “Como Calcular Custos e Fretes”
• Planilha Referencial Fipe Carga Fracionada
• Planilha de Custos da NTC
• Pesos dos componentes no frete rodoviário (INCTA)
• Relatório Fipe do INCTA
• Planilha de encargos sociais
006
Introdução
CUSTOS LOGÍSTICOS
D = T + CLF + CLV + VP
D = Custo total de distribuição do sistema proposto
T = Custo de transporte (frete) = 70% de D
CLF = Custos logísticos fixos (armazenagem, embalagem de
transporte, preparação de pedidos, etiquetagem, embalagem,
emissão de notas fiscais, fracionamento de carga,
atendimento ao cliente etc.)
CLV= Custo logísticos variáveis
VP = Custo total de perdas de vendas, devido à demora das
entregas
007
Introdução
CARACTERÍSTICAS DO RODOVIÁRIO
POSITIVAS• Custos fixos (baixos)
• Rapidez (alta)
• Confiabilidade, pontualidade ou consistência (alta)
• Disponibilidade (alta)
• Freqüência (alta)
• Velocidade (alta)
• Capacidade para diferentes volumes (media)
NEGATIVAS
• Custo variável alto
• Escala média
008
Introdução
COMPARAÇÃO DOS MODAIS
- +
LEITURA RECOMENDADA
Logística Empresarial, a Perspectiva Brasileira
Capítulo 4 – Administração do Transporte
Vários autores, Coppead, Editora Atlas
Velocidade Duto Aquav Ferro Rodo Aéreo
Confiabilidade Aéreo Aquav Ferro Rodo Duto
Capacidade Duto Aéreo Rodo Ferro Aquav
Disponibilidade Duto Aquav Aéreo Ferro Rodo
Freqüência Aquav Aéreo Ferro Rodo Duto
Introdução
Importância dos custos e fretes rodoviários
- Excesso de oferta, diesel barato, fretes baixos
- Caminhão movimenta 60,5% das t.km
- Fretes rodoviários são baixos
Frete (US$/1.000 t. km) Brasil EUA
Rodoviário 18,00 56,00
Ferroviário 11,00 14,00 Fonte: CEL
- Profissionais de transporte e de logística precisam dominar
as técnicas de formação de custos:
a) Custo real
b) Discutir planilhas
010
Introdução
Por que calcular custos em vez de usar tabelas de revistas e
entidades?
Variáveis e peculiaridades são muitas:
• Quilometragem percorrida
• Tipo de operação
• Tipo manutenção
• Tipo de estrada
• Local de operação
• Tipo de carga
• Tipo de tráfego
• Porte do veículo
• Velocidade
• Tempo de carga e descarga
• Existência ou não de carga de retorno
011
Introdução
Por que calcular custos (cont.)
Fixação de preços CIF (x)
Fim da publicação de tabelas Conet
Avanço da informática
Estabilização econômica
Estreitamento das margens de lucro
Panilhas abertas x
012
Introdução
Custos x decisões empresariais
Investimentos alternativos
Arrendar ou comprar (x)
Renovação de frotas
Padrões de desempenho
Benchmarking
Avaliações econômico/financeiras
Outras decisões
013
HistóricoD
1968 – Controle de preços pelo CIP
- Tabelas de fretes empíricas da NTC
- NTC começa a calcular custos
- Revista Transporte Moderno começa a
publicar custos
1980 – Manual do sistema Tarifário NTC
1982 – NTC cria tarifas por tipos de serviços.
- Valores em R$/t eram superestimados
- Percentuais de aumento ratificados pelo CIP serviam
para reajustar fretes
014
Histórico
D
1990 – Tabelas abolidas. Voltam a ser publicadas
mais tarde.
1996 - Deixam novamente de ser publicadas
Perda da referência institucional
Enfraquecimento do frete valor
Proliferação do frete integrado
1996 - É lançado o software “Custo Real”
2001 – Planilha referencial de custos Fipe
015
Histórico (cont.)
D
INCT
- Lançado em 1983, com no nome de INPT
- Mais tarde, muda de nome para INCT
- A partir de 1994, passa a ser calculado pela Fipe
- Em fev. 2.000, é feita uma reponderação
INCT passa a se chamar INCTA.
São criados o INCTR e o INCTCE.
016
Gastos, custos e despesas
Gasto = termo geral
Custo = relacionado com a produção
Despesa = gastos não relacionados com a produção
Investimentos = gastos que derivam do ativo
Custos diretos
- Podem ser atribuídos a um produto ou serviço
Custos indiretos
- Exigem rateio entre produtos ou serviços
017
Custos fixos e variáveis
Custos fixos (R$/mês)
Cargas de estrutura, independem da quilometragem rodada.
Necessárias para criar a capacidade de transporte.
Anteriores ao transporte.
Relacionados com o tempo de uso do equipamento.
Custos variáveis (R$/km)
Proporcionais ao percurso
Realizadas durante o transporte
Custos semi-variáveis
Custos em degraus (fixo e variável)
Custos afundados
018
Sistemas de Custeios
Custos total
Custo unitário resulta da soma de todos os custos dividida pelo
volume (flutuações)
Custo por rateio ou absorção
Rateia os custos indiretos (over-head) segundo critérios
subjetivos (geralmente, pelos volume de vendas)
Custeio direto
Separa custos fixos dos variáveis
Trabalha com o conceito margem de contribuição =
preço unitário – custo variável unitário
Trabalha com o custo fixo agregado, sem rateio
019
Sistemas de Custeios
Custo baseado em atividade (ABC)
Os recursos são atribuídos às atividades e estas aos produtos.
Os recursos diretos são atribuídos diretamente a cada produto.
As atividades indiretas são atribuídas a cada classe de produto ou
a cada produto conforme o grau de sua utilização.
Este conceito elimina as distorções de rateio por volume e por
centro de custos (departamentos).
O rateio por volume, muitas vezes, eleva os custos dos produtos
mais vendidos e baixa os custos dos produtos menos vendidos.
Recursos/ Atividades/ Produtos
São estabelecidos direcionadores ou geradores (cost drivers) de
recursos e direcionadores ou geradores de atividades
020
Sistemas de CusteiosExemplo de Custeio ABC:
CD com classes diferentes de produtos
Recursos Direcionador ou gerador
Mão-de-obra Número de empregados
Supervisão % de tempo
Equipamentos Locação direta
Instalações Área ocupada pelo setor
Atividades básicas Direcionador ou gerador
Recebimentos Número de notas
Armazenagem Número de posições
Inspeção e controle Fator de complexidade x no notas
Expedição Número de caixas despachadas
021
Atividades do transporte
Fluxograma do processo
Coleta de mercadorias
· Solicitação de coleta
· Verificação da disponibilidade de veículos
- Roteirização
· “Apanha” da carga
· Transporte até o armazém do transportador
022
Atividades do transporte
Manuseio nos terminais
- Recepção, descarga e conferência das mercadorias
- Triagem e classificação das mercadorias recebidas, por
“praça” de destino
- Transporte interno até os boxes reservados para cada
“praça”
- Transporte interno dos boxes até a plataforma de
embarque (outra conferência)
- Carregamento dos veículos por destino
- Conferência e arrumação das cargas nos veículos
023
Atividades do transporte
Transferência (expedição de cargas)
- Programação de veículos
- Transporte da carga da origem ao destino
(transferência)
- Descarga da mercadoria no terminal de
destino
- Rotas mistas
024
Atividades do transporte
Entrega
- Programação de entregas por rota
- Seleção dos veículos disponíveis
- Seleção por destinatário
- Carregamento
- Conferência e arrumação nos veículos
- Transporte até os destinatários
- Descarga nas “casas” dos destinatários
- Registro de controle de entrega, processamento da
documentação fiscal, informação e cobrança do
embarcador
025
Esquemas operacionais
- - Entrega e coleta
- - Lotação ou carga direta
- - Carga fracionada, distribuição local
- - Carga fracionada via terminais (consolidação)
Quanto mais complexo o transporte, maior o número de
operações de manuseio. Portanto, maiores os custos.
026
Componentes do freteFrete não é só custo do caminhão
Frete-peso
Custos relacionados com a atividade de transporte (peso/volume e
distância).
Frete-valor
Custos relacionados com o valor da mercadoria e a responsabilidade
do transportador por acidentes e avarias
GRIS
Custos relacionados com o gerenciamento de riscos e roubos de carga
Taxas (generalidades)
Valores específicos não previstos no frete (coleta, entregas e outras).
Pedágio
Destacado do conhecimento (vale-pedágio)
Lucro027
Componentes do frete-peso
- · Despesas Operacionais de Transferência (DOT)
-
- Custos fixos
-
- Custos variáveis
- · Despesas Administrativas e de Terminais (DAT)
-
- Custos indiretos
- - Lucro
028
Despesas operacionais de
transporte (DOT)
CT = CF + Cv.q
C/km = (CF/q) + Cv
q = quilometragem mensal
CF = custo fixo mensal
Cv = Custo variável/km
Se q tender para infinito, o custo/km tende para o custo variável
029
Despesas operacionais de
transporte (DOT)Margem de contribuição
mc = p – cv
P = preço unitário de venda
Lucro = L = pq – CF - cv.q = q(p – Cv) - CF
Lucro = q. mc - CF
Ponto de equilíbrio (L = 0)q.mc – CF = 0
q = CF/mc
030
Despesas operacionais de
transporte (DOT)
Exemplo: 031
CF = 8.550,00 por mês Cv = 0,7297/km p = 2,15/km
PE = 8550/(2,1500 – 0,7297) = 8550/1,4203 = 6.020 km
(a)
km/mês
(b) =CF/km
8.550,00/(a)
(c) =
Cv/km
(d)=(b)+(c)
CT/km
(e)= (a)x(c)
CV/mês
(f)= CT/mês
= 7.150,00 + (e)
1.000 8,5500 0,7297 9,2792 729,70 9.279,70
3.000 2,8500 0,7297 3.5797 2.187,60 10.737,60
5.000 1,7100 0,7297 2,4397 3.646,00 12.196,00
7.000 1,2214 0,7297 1,9511 5.104,40 13.654,40
9.000 0,9500 0,7297 1,6797 6.562,80 15.112,80
11.000 0,7773 0,7297 1,5070 8.021,20 16.571,20
Variação do custo/km com a quilometragem mensal
0,0000
1,0000
2,0000
3,0000
4,0000
5,0000
6,0000
7,0000
8,0000
9,0000
10,0000
1000 3000 5000 7000 9000 11000
km/mês
R$
/km
R$/km
Ponto de equilíbrio
0,00
5.000,00
10.000,00
15.000,00
20.000,00
25.000,00
30.000,00
0 3000 6000 9000 12000
Quilômetros rodados por mês
R$/m
ês
Custo f ixo
Custo varável
Custo total
Receita
Despesas operacionais de
transporte (DOT)Exercício: Mercedes 1620 trucado com furgão alumínio Cv =
CF = 6.320,00
Cv = 0,61 por quilômetro
p = 1,76
Calcule:
- Custo fixo por quilômetro (quatro decimais)
- Custo total por quilômetro (quatro decimais)
- Custo variável por mês (duas decimais)
- Custo total por mês (duas decimais)
Para: 1.000/ / 5.000/ /9.000/ 11.000 km/mês
034
Despesas operacionais de
transporte (DOT)Esquema de cálculos 035
CF = 6.320,0 por mês Cv = 0,61 por quilômetro
PE = CF/(p-Cv) =
(a)
km/mês
(b) =CF/km
6.320/(a)
(c)=Cv/km
0,6100
(d)=(b)+(c)
CT/km
(e)= (a)x(c)
CV/mês
(f)= CT/mês
= 6.320,00 + (e)
1.000 6,3200 0,6100
5.000
9.000
Despesas operacionais de
transporte (DOT)Exercício resolvido 036
CF = 6.320,00 por mês Cv = 0,6100 por quilômetro
P = 1,76
PE =6.320/(1,76-0,61) = 6.320/1,16 = 5.448 km
(a)
km/mês
(b) =CF/km
6.320,00/(a)
(c)=Cv/km
0,6100
(d)=(b)+(c)
CT/km
(e)= (a)x(c)
CV/mês
(f)= CT/mês
= 6.320 + (e)
1.000 6,3200 0,6100 6,9300 610,00 6.930,00
5.000 1,2640 0,6100 1,8740 3.050,00 9.370,00
9.000 0,7022 0,6100 1,3122 5.490,00 11.810,00
Custos operacionais de
transporte (DOT)
Custos fixos (R$/mês)
· Depreciação do veículo
· Remuneração do capital empatado
· Licenciamento e IPVA
· Seguro obrigatório (DPVAT)
· Seguro contra danos materiais e pessoais a terceiros
(facultativo)
. Seguro contra colisão, incêndio e roubo (facultativo)
- Salário e encargos motoristas/ajudantes
- Salários e encargos de pessoal de oficina
037
Custos operacionais de
veículos
Custos variáveis (R$/km)
· Combustível
· Pneus, câmaras, recapagens e protetores
· Peças e material de oficina
· Óleo de cárter
· Óleo de cambio e diferencial
· Lavagens e graxas
038
Depreciação
x
· Operacional
Perda de valor comercial no mercado
· Econômica
Retorno do capital investido
· Legal
Necessidades contábeis e fiscais
036\9
DEPRECIAÇÃO OPERACIONALTaxa média anual
Usado nas planilhas NTC/FipeQUANDO USAR
- - Distribuição da frota por idade equilibrada
- - Não há interesse na variação do custo com a idade
D = (P – L)/n
D = Depreciação por ano (ou por mês)
P = Preço de compra do veículo ou implemento
L = Valor residual
n = Vida útil em anos (ou meses)
Fazendo-se (L/P) = k, tem-se:
D = P(1 – k)/n se r = (1 – k)/n, vem D = r.P
Se n = 6 e k = 0,20: r = (1,00 – 0,20)/6 = 0,80/6 = 0,1333 ano ano
r = (0,1333/12) = 0,0111 ao mês
Preço exclui pneus, câmaras e protetores, mas inclui terceiro-eixo
rodoar e outros equipamentos.
040
Taxa média anualExercício
1. MBB 1620 trucado...............................................R$ 111.114,00
2,,Quantidade do pneus (veículo)............................. 10
3. Valor do pneu......................................................... R$ 775,79
4, Valor da câmara....................................................... R$ 63,37
5. Valor do protetor .................................................... R$ 26,83
6. Valor pneu completo ............................................. R$ 865,99
7. Valor do jogo de pneus = 10 x(6)............................ R$ 8.659,90
8. Rodoar ........................................................................ R$ 663,40
10. Valor do veículo sem pneus (1)+(8)+(9) – (7) ...... R$ 109.117,50
1. Coeficiente mensal de depreciação
2. Custo médio mensal da depreciação
No prazo de 108 meses, com residual de 20%. 041
Taxa média anualExercício resolvido
Prazo de depreciação .................................... 108 meses
Valor residual ................................................. 20%
Valor do veículo sem pneus
(1) + (7) + (8) – 6 x (2) .......................... R$ 109.117,50
1. Coeficiente mensal de depreciação
0,80/108 = 0,0074074
2. Custo médio mensal da depreciação
0,00741 x 109.117,50 = R$ 808,28/mês
042
Depreciação operacional:
métodos decrescentes
Refletem melhor a realidade:
- · Perda grande no início, decresce com o tempo;
- - Transportadora espera retorno rápido;
- · A eficiência reduz-se com o tempo.
- · Veículos mais modernos e eficientes
- · Compensar aumento de manutenção com redução da
- depreciação;
- . Evita erros na distribuição dos custos ao longo do tempo
043
Depreciação Operacional
(mercado) 044
Ano Valor (R$) Perda (R$) Perda
(%)
Índice
0 43.900 - - 100,00
1 30.000 13.900 31,66 68,34
2 28.000 2.000 4,56 67,38
3 27.000 1.000 2,28 61,50
4 25.875 1.125 2,56 58,94
5 24.700 1.175 2,68 56,26
6 23.260 1.440 3,28 52,98
7 22.000 1.260 2,87 50,11
8 20.800 1.200 2,73 47,38
Modelo exponencial
Vn = (1 – r)n.C
C = Custo de reposição do equipamento
(sempre igual a Vo)
Vn = Valor no fim do ano n
r = Taxa de valor residual ao fim do
último ano
Dados C e Vn, pode-se calcular (1 – r):
( 1 – r )n = Vn/C
(1 – r) = (Vn/C)(1/n)
045
Modelo exponencial - exemplo
1 – r =
0,9109
(1 - r)8=
0,4738
r =
0,0891
N 0,9109n Valor (R$) Perda (R$) Perda (%) Índice
0 1,0000 43.900 - - 100,00
1 0,9109 39.987 3,913 8,91 91,09
2 0,8297 36.422 3.565 8,12 82,97
3 0,7558 33.175 3.247 7,40 75,57
4 0,6884 30.218 2.957 6,74 68,83
5 0,6271 27.524 2.964 6,14 62,70
6 0,5712 25.071 2.454 5,59 57,11
7 0,5203 22.836 2.235 5,09 52,02
8 0,4738 20.800 2.036 4,64 47,38
Depreciação de mercado versus exponencial
versus linear
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
45.000
50.000
0 1 2 3 4 5 6 7 8Ano
Va
lor d
o v
eíc
ulo
Mercado
Exponencial
Linear
Exponencial - Exercício
n = 5
C = 100.000
V5 = 45.000
Calcular valores e perdas anuais
Usar quatro decimais para os coeficientes
Não usar decimais no valor do veículo.
(1-r)5 = 0,45
1 – r = 0,451/5 = 0,450,20 = 0,8524
log[(1 – r)5] = log 0,45
5log (1 – r) = - 0,34679
log ( 1 – r) = (- 0,34679/5) = 0,06936
(1 - r) = antilog (- 0,06936) = 0,8524 048
Exponencial - Exercícion = 5 C = 100.000 V5 = 45.00
(1-r)5 =0,45
1 – r = 0,8524
n
0,8524nValor (R$) Perda (R$) Perda
(%)Índice
0 1,0000 100.000 - 100,00
1 0,8524
2
3
4
5 0,4500 45.000 45,00
Exponencial – Solução
n 0,8524n Valor (R$) Perda (R$) Perda
(%)Índice
0 1,0000 100.000 - 100,00
1 0,8524 85.240 14.760 14,76 85,24
2 0,7266 72.658 12.582 12,58 72,66
3 0,6193 61.934 10,724 10,72 61,93
4 0,5279 52.792 9.142 9,14 52,79
5 0,4500 45.000 7.792 7,79 45,00
Método dos dígitos dos anos
r = (n – N + 1)(1 - k)/ n
n = n (an + a1)/2
n = n(n + 1)/2
r = Fator de depreciação anual
N = Idade do veículo
n = Vida útil total
n – N + 1 = Vida útil remanescente
k = Fator de valor residual = L/P
- Método usado pela ANTP/extinta EBTU
- Site www.geipot.gov.br (custos de ônibus urbanos)
- Grupar a frota por idade e multiplicar número de veículos de cada
faixa pelo coeficiente acima
051
Método dos dígitos do anos
(exemplo numérico)
Ano n-N+1 n Quociente Quoc. x0,8
01 6-1+1=6 21 (6/21) = 0,286 0,229
02 6-2+1=5 21 (5/21) = 0,238 0,190
03 6-3+1=4 21 (4/21) = 0,190 0,152
04 6-4+1=3 21 (3//21)= 0,143 0,114
05 6-5+1=2 21 (2/21) = 0,095 0,076
06 6-6+1=1 21 (1/21) = 0,048 0,039
Soma 21 21 (21/21) =1,000 0,800
052
Dígito dos anos versus linear
0,000
0,200
0,400
0,600
0,800
1,000
1,200
0 1 2 3 4 5 6
Anos
Valo
r r
ela
tiv
o
Dígito anos
Linear
Método dos dígitos do anos
(exercício )
Calcular os coeficientes de depreciação anuais e
acumulados pelo
método do dígito dos anos, com prazo de sete anos e
residual de
20%. Usar quatro decimais.
Soma dos 7 primeiros números inteiros:
Sn= n(n + 1)/2
S7 = (7x8/2) = 28
054
Método dos dígitos do anos
(Esquema de cálculos)
055
Ano (N) 7 – N +1 7 Q =
(7-N+1)/ 7
Q x 0,8 Acum.
1 28
2 28
3 28
4 28
5 28
6 28
7 28
Soma 28
Método dos dígitos do anos
(exercício resolvido)
Ano (N) n-N+1 n Quociente Quoc.x0,8 Acum
01 7-1+1=7 28 (7/28) = 0,2500 0,2000 0,2000
02 7-2+1=6 28 (6/28) = 0,2143 0,1714 0,3714
03 7-3+1=5 28 (5/28) = 0,1786 0,1429 0,5143
04 7-4+1=4 28 (4/28) = 0,1429 0,1143 0,6286
05 7-5+1=3 28 (3/28) = 0,1071 0,0857 0,7143
06 7-6+1=2 28 (2/28) = 0,0714 0,0571 0,7714
07 7-7+1=1 28 (1/28) = 0,0357 0,0286 0,8000
Soma 28 28 (28/28) =1,000 0,8000
056
Depreciação de uma frota pelo
método do dígito dos anos20 veículos de R$ 100 mil cada
048
Ano
(a)
Frota
(b)
Depreciação
anual por
veículo (c)
(Tb. ant.)
Depreciação
anual da
Frota (d)
(b)x(c)
Depreciação acumulada
por veículo (e)
Soma (c)
Depreciação acumulada
da frota (f)
(b)x(e)
Valor residual da frota
(b) - (f)
1 2 0,229 0,457 0,229 0,457 1,543
2 3 0,190 0,571 0,419 1,257 1,743
3 6 0,152 0,914 0,571 3,429 2,571
4 4 0,114 0,457 0,686 2,743 1.257
5 2 0,076 0,152 0,762 1,524 0,476
6 3 0,038 0,114 0,800 2,400 0,600
21 20 0,800 2,667 11,810 8,190
Valor R$ mil 266,7 1.181,0 819,0
Coeficientes de depreciação pelo
método do dígito dos anos049
n 5 6 7 8 9 10 12
1 0,2000 0,1857 0,1750 0,1667 0,1600 0,1545 0,1385
2 0,1600 0,1548 0,1500 0,1458 0,1422 0,1391 0,1269
3 0,1200 0,1238 0,1250 0,1250 0,1244 0,1263 0,1154
4 0,0800 0,0929 0,1000 0,1042 0,1067 0,1082 0,1038
5 0,0400 0,613 0,0750 0,0833 0,0889 0,0927 0,0923
6 0,310 0,0500 0,0625 0,0711 0,0773 0,0808
7 0,0250 0,0417 0,0533 0,0618 0,0692
8 0,0208 0,0356 0,0464 0,0577
9 0,0178 0,0309 0,0462
10 0,0155 0,0462
11 0,0364
12 0,0231
Soma 0,6000 0,6500 0,7000 0,7500 0,8000 0,8500 0,9000
Depreciação legal
ou contábil- Rateio correspondente à perda de valor contábil:
- desgaste pelo uso
- ação da natureza
- desgaste natural.
- Não tem relação com o valor de mercado
- Não há desencaixe
- Taxa % é constante
- Quanto maior a taxa, maior a recuperação fiscal
- RF depende da atividade da empresa
IR sobre lucro: 15% mais 10% sobre o que excede R$ 20 mil
CSSL = 12% sobre 9% = 1,08% sobre lucro
Órgão do governo não tem RF
- Prazo: vida útil econômica do bem
- Desgaste e obsolescência l afetam capacidade de produção
059
Depreciação legal
Exemplo
- Veículo de R$ 100.0000, depreciado em 5 anos, gera
despesa anual de R$ 20.000,00, creditados na conta
Depreciação
- Pelo processo das partidas dobradas, a cada ano, serão
debitados R$ 20.000,00 na conta Veículos.
- No fim de cinco anos, zera-se a conta Veículos.
- A venda do veículo usado gerará lucro tributável.
- Com IR de 15% e Contribuição Social de 1%, a recuperação
fiscal será de R$ 3,2 mil por ano, totalizando R$ 16 mil em
cinco anos de economia de impostos.
- 060
Depreciação legal
ExercícioCalcular, sem decimais:
- depreciação legal anual,
- depreciação acumulada
- recuperação fiscal anual
- recuperação fiscal acumulada
para um veículo adquirido por R$ 80.000,00.
Supor taxa de depreciação de 20% e recuperação
fiscal de 16% ao ano sobre as despesas.
061
Depreciação legal
Exercício resolvido055
.Ano Valor
inicial
Deprec
anual
Deprec.
Acum.
Rec.Fisc,
anual
Rec.Fisc.
acum.
1 80.000 16.000 16.000
2
3
4
5
Depreciação legal
Exercício resolvido060
.Ano Valor
inicial
Deprec
anual
Deprec.
Acum.
Rec.Fisc,
anual
Rec.Fisc.
acum.
1 80.000 16.000 16.000 2.560 2.560
2 64.000 16.000 32.000 2.560 5.120
3 48.000 16.000 48.000 2.560 7.680
4 32.000 16.000 64.000 2.560 10.240
5 16.000 16.000 80.000 2.560 12.800
Depreciação econômica =
Custo de propriedade
- Não existe relação entre depreciação, valor do
veículo, vida útil ou serviço prestado
- Velocidade de recuperação do capital
- Taxas podem ser altas:
- Instabilidade econômica
- Risco de obsoletismo
- Riscos técnicos ou mercadológicos elevados
- Depreciação econômica engloba Custos de
Propriedade (depreciação mais remuneração)
- 064
Remuneração do capital próprio
ARGUMENTOS A FAVOR
· Remuneração mínima;
· A inflação aumenta valor nominal do retorno
· Abrir mão de embolsar lucro
· Custo de oportunidade
· Risco
065
Remuneração do capital próprio
ARGUMENTO CONTRÁRIO
- Preço cobrado já inclui a depreciação
- Aplicação do fundo de reserva assegura renovação
- Remuneração não é custo, mas parte do lucro
FÓRMULAS DE CÁLCULO
= Que taxa adotar?
= Sobre que base aplicar esta taxa?
066
Remuneração do capital próprio
Taxas e bases
TAXA= Taxa de retorno médio da empresa
= Rentabilidade média dos produtos mais lucrativos
= Mercado competitivo
= Empresário é o juíz
= NTC usa 12% a/a mais 1% a/a sobre estoques de peças
= Revistas especializadas usam 18% sobre inversão média anual
BASE OU MÉTODO DE CÁLCULO
= Método da prestação equivalente (custo de propriedade =
depreciação + remuneração)
= Valor do veículo novo
= Valor do investimento médio anual
= Dígito dos anos
= Exponencial
= Etc 067
Remuneração do capital próprio
TAXA SOBRE VALOR INICIAL
Método adotado pela NTC/Fipe
C = P. i
C = Prestação anual (ou mensal)
i = Taxa anual (mensal) de retorno
P = Preço do veículo novo, incluindo pneus, câmaras,
protetores, terceiro eixo, rodoar, quinta-roda etc.
Exemplo: Veículo de R$ 100.000,00 a 1% ao mês:
C = 100.000 x 0,01 = R$ 1.000,00 mês
Remuneração constante com a idade do veículo
068
Remuneração do capital próprio
TAXA SOBRE VALOR INICIAL
Exercício
Adotar taxa de 13% ao ano (1% para estoque de peças)
1. MBB 1620 truicado (Fipe) R$ 111.114,00
2. Preço do Rodoar R$ 663,40
3. Preço do furgão R$ 11.785,00
Preço do veículo completo: (1) +2) + (3)
= R$ 123.564,40
Custo médio mensal da reumeração do capital:
123;564.40 x( 0,13/12) = R$ 1.338,61 por mês 069
Remuneração do capital próprio
pelo investimento médio anualSe cada ano existe a desimobilização de uma parcela do
investimento correspondente a
Desimobilização anual = (P – L)/n
Investimento médio anual = [(P – L)(n + 1)/2n] + L
JUROS ANUAIS = [(P – L)(n + 1)/2n]i + Li
P = Preço do veículo novo mais implementos
L = Valor residual
n = Vida útil em anos
i = Taxa anual de juros
k = L/P
Coeficiente de juros mensais:
r = {[2 + (n – 1)(k +1)]/24n}i 070
Remuneração do capital próprio
pelo investimento médio anual
Admitindo-se n = 5 anos, resulta:
r = {[1 + 2(k +1)]/60}i
Se i = 18% ao ano, vem:
r = {[1 + 2(k + 1)]/60}18/100
r = 3 [1 + 2(k + 1)]/1000
Se k = 0,35, vem
r = 3 (1 + 2x1,35)/1000 = 0,0111 ao mês
Para um veículo de R$ 100 mil de valor, a remuneração mensal
do capital seria:
R = 100.000 x 0,0111 = R$ 1.110,00.
X 071
Remuneração do capital próprio
pelo investimento médio anual
ExercícioCalcular a remuneração do capital pelo método do
investimento médio anual para os seguintes valores:
P = R$ 123.564,40 (MBB 1620 trucado furgão)
n = 6 anos
k = 20% = 0,20
j = 1% ao mês = (1,0212 – 1) = 12,6825% ao ano
Comparar o resultado com o obtido pelo método
NT/Fipe
r = {[2 + (n – 1)(k +1)]/24n}i072
Remuneração do capital próprio
pelo investimento médio anual
Exercício resolvidoP = R$ 119.124,17 (L 1620 trucado) n = 7 L =10% k = 0,20
j = 1% ao mês = 1,0212 – 1= 12,6825% ao ano
Coeficiente de juros mensais:
r = {[2 + (n – 1)(k +1)]/24n}i
r = [2 + (6x1,20)]/24x7)]x0,126825
r = (9,20/168)x0,126825 = 0,00604
Juros mensais = 123.564,40 x 0,00604
Juros mensais = R$ 746,33 por mês
Juros mensais = R$ 1.338,61 (método Fipe)
Redução = 44,25%
073
Remuneração do capital próprio
pelo método do dígito dos anos
Valor = R$ 100.000; Residual 20%; 6 anos; j = 12% 074
Ano
(a)
Depreciação
Anual (b)
Depreciação
Acumulada
(c )
Valor
Inicial
(d)
Remuneração
do capital(e) = 0,12x100.000x(d)
1 0,229 0,229 1,000 12.000,00
2 0,190 0,419 0,771 9.252,00
3 0,152 0,571 0,581 6.972,00
4 0,114 0,686 0,429 5.148,00
5 0,076 0,762 0,314 3.768,00
6 0,038 0,800 0,238 2.856,00
Remuneração do capital próprio
pelo método do dígito dos anos
ExercícioCalcular a remuneração pelo método do dígito dos
anos para o caminhão MBB 1620 trucado
P = 123.564,40
n = 7 anos
k = 0,8
j = 12% ao mês
0,12 x 123.564,40 = 14.828,00
075
Remuneração do capital próprio
pelo método do dígito dos anos
Esquema de cálculo076
Ano
(a)
Dep. Anual
(b)
Dep. acum.
(c)
Valor inicial
(d)
Remuneração
do capital
(e) = 14.828(d)
1 0,8x(7/28 )= 0,2000
2
3
4
5
6
7
Remuneração do capital próprio
pelo método do dígito dos anos
Exercício resolvido 077
Ano
(a)
Dep. Anual
(b)
Dep. acum.
(c)
Valor inicial
(d)
Remuneração
do capital
(e) = 14.828x(d)
1 0,8x(7/28 )= 0,2000 0,2000 1,000 14.828,00
2 0,8x(6/28 )= 0,1714 0,3714 0,800 11.862,00
3 0,8(5/28) = 0,1429 0,5143 0,6286 9.321,00
4 0,8x(4/28) = 0,1143 0,6286 0,4857 7.202,00
5 0,8x(3/28) = 0,0857 0,7143 0,3714 5.507,00
6 0,8x(2/28) = 0,0571 0,7714 0,2857 4.236,00
7 0,8x(1/28) = 0,0286 0,8000 0,2286 3.390,00
Remuneração pelo método
exponencial
F-4000 (1 - r) = 0,9109 (1-r)(1/8) = 0,4739
Vo = 43.900,00 i = 12% ao ano 078
Ano
(a)
Valor
Inicial (R$)
(b)
Remu-
neração
(R$/ano)
0,12 x (b)
Ano
(a)
Valor
(R$)
(b)
Remu
-neração
(R$/mês)
0,12 x (b)
1 43.900,00 5.268,00 5 30.218,00 3.626,16
2 39.987,00 4.798,44 6 27.542,00 3.305,04
3 36.422.00 4.370,64 7 25.071,00 3.302,88
4 33.175.00 3.981,00 8 22.836,00 3.008,52
Remuneração pelo método
exponencial – caminhão trucado
12% de 123.564,40= 14.828,00 076
Ano
(a)
Valor inicial
(b) a multiplicar por por
R$ 14.295,00
Remuneração
Anual (R$)
14.295 x (b)
1 0,79460 = 1,0000 14.828,00
2 0,79461 = 0,7946 11.782,00
3 0,79462 = 0,6314 9.63,200
4 0,79463 = 0,5017 7.439,00
5 0,79464 = 0,3986 5.910,00
6 0,79465 = 0,3168 4.724,00
7 0,79466 = 0,2517 3.732,00
Custos de propriedade(Remuneração mais depreciação)
Elementos de matemática financeira
1. Montante L de um empréstimo Lo, após n períodos à taxa de juros i:
L = Lo(1 + i)n = Lo.vn (fez-se 1 + i = v)
2. Valor presente Lo de um montante L, a ser recebido após n períodos à taxa de juros i:
Lo = L/(1 + i)n = L/vn
Exemplo:
L = 30.000,00 i = 2% n = 60 meses
vn = (1 + i)n = (1 + 0,02)60 =(1,0260) = 3,2810
Lo = (30.000,00/3,2810) = 9.144,00080
Custos de propriedade(Remuneração mais depreciação)
Elementos de matemática financeira
3. Fator que converte um valor presente VP em nprestações à taxa de juros i:
FP = [(ivn/(vn – 1)] = fator de prestação
Exemplo:
n = 60 meses, i = 2% v = 1,02
ivn = 0,02 x 1,0260 =0,02 x 3,2810 = 0,06562
vn – 1 = 1,0260 – 1 = 3,2810 – 1 = 2,2810
FP = 0,06562/2,2810
FP = 0,02877
Um caminhão cujo preço à vista fosse de R$ 100.000,00
Seria pago em 60 prestações de R$ 2.877,00, à taxa de 2%
ao mês. 081
Remuneração do capitalCálculo do custo de propriedade
P = Preço de compra = valor presente do veículo
L = Valor residual após n anos (ou meses)
R = Prestação anual (ou mensal)
i = Taxa anual (mensal) de retorno
v = 1 + i
n = Período de depreciação em anos (ou meses)
Valor presente do residual: Lo = L/vn
VP líquido da compra à vista = P – (L/vn)
Fator de prestação = ivn/(vn – 1)
Multiplicando-se um pelo outro:
R = [(P – (L/vn)] [(ivn/(vn – 1)]
R = Valor presente x fator de prestação
082
Remuneração do capitalExemplo
Caminhão no valor de R$ 100 mil, utilizado durante cinco anos, com
valor residual de 35%, e taxa de retorno de 20% ao ano (já
embutida a inflação), terá como custo de capital:
Valor presente do residual:
Lo = (35.000/1,205) = (35.000/2,4883) = 14.065,72
Valor presente líquido a amortizar
P – Lo = 100.000 – 14.065,72 = 85.934,28
Fator de prestação
ivn = 0,20x1,205 = 0,4977
vn – 1 = 1,205 – 1 = 1,4883
(0,4977/1,4883) = 0,3344
Valor da prestação anual
85.934,28 x 0,3344 = 28.734,68 por ano
083
Remuneração do capitalExemplo (cont.)
Para calcular a prestação mensal, usar a taxa mensal equivalente:
1,20(1/12) - 1 = 0,01531 = 1,531% a/m em 60 meses.
Valor presente do residual:
Lo = (35.000/1,0153160) = (35.000/2,4883) = 14.065,72
Valor presente a amortizar
P – Lo = 100.000 – 14.065,72 = 85.934,28
Fator de prestação
ivn = 0,01531x1,0153160 = 0,038395
vn – 1 = 1,01531660 – 1 = 1,4883
(0,038395/1,4883) = 0,02596
Valor da prestação anual
85.934,28 x 0,02596 = 2.199,96 por mês
Média = (28.734,68/12) = 2.394,56 por mês
084
Remuneração do capitalExemplo
Caminhão no valor de R$ 100,000,00, durante três
anos mediante leasing, com taxa de 2% ao mês e
valor residual de 40%.
- VP = 100.000 – (40.000/1,0236) = (40.000,00/2,0399)
- VP = 80.391,07
- Fator de prestação = (0,02x1,0236)/(1,0236 – 1)
- Numerador = 0,02 x 2,0399 = 0,04080
- Denominador = (1,0236 – 1) = 2,0399 – 1 = 1,0399
- Fator de prestação = (0,04080/1,03988) = 0,03923
- Custo do leasing = 0,03923 x 80.391,07
- Custo do leasing = R$ 3.153,97 por mês 085
Remuneração do capitalExercício
Caminhão MBB 1620 trucado
P = 123.564,00
i = 1% ao mês
n = 72 meses
k = 0,20
L = 0,20 x 123.564,40 = 24.713,00
Precisão: unidades de Reais
1. Calcular Lo = L/ivn = 24.713,00/1,0172
2. Calcular P – Lo
3. Calcular ivn = 0,01 x 1,0172
4. Calcular vn – 1 = 1,0172 - 1
5. Calcular ivn/(vn –1) = Coeficiente
6. Multiplicar o coeficiente por P – Lo 086
Remuneração do capitalExercício - Esquema
Variável Fórmula Cálculo Resultado
1.Preço à vista P 123.564,00
2. Valor residual L 0,2 x (1) 23.825,00
3. Vida útil (meses N 72
4. Taxa de juros i 0,01
5. Vn (1 + i)n 1,0172
6. Lo L/vn 24.173/(5)
7. Valor presente P - Lo (1) – (6)
8. Numerador Ivn 0,01x(5)
9. Denominador vn - 1 (5) - 1
10. Coeficiente FP (8)/(9)
11. Prestação mensal (10)x(7)
Remuneração do capitalExercício resolvido
Valor presente do valor residual
L = 24.173,00
Lo = 24.173,00/(1,0172) = (24.173,00/2,0471= 11.808,00
Valor presente do fluxo de caixa
P - Lo = 123.564,00 – 11.638,00 = 111.926,00
Coeficiente de prestação
ivn = 0,01x1,0172 = 0,01x 2,0471 = 0,02047
vn –1 = 2,0471 – 1 = 1,0471
[ivn/(vn –1)] = (0,02047/1,0471) = 0,01955
Prestação mensal
111.926,00 x 0,01955 = R$ 2.188,00
088
Salários de motorista e
encargos sociais
- Variam como tipo de serviço: rodoviário, urbano, carga
perigosa etc.
- Variam com o porte do veículo.
- Devem sofrer acréscimo para cobrir refeições, uniformes,
motoristas de reserva e motoristas locais (de manobras)
- Horas extras são pagas com acréscimo.
- Se são usados mais de um motorista (pontes rodoviárias ou
operações 24 horas), eles devem ser incluídos na planilha.
- Veículos urbanos geralmente têm baixa quilometragem
- Veículos rodoviários geralmente rodam altas
quilometragens. 089
Salários de motorista e
encargos sociaisIncidência dos encargos sobre a folha de pagamentos:
99,18% NTC
102,06% Pastore & Gandra
Tipos de encargos sociais:
Grupo A - Obrigações sociais
Grupo B - Tempo não trabalhado, com reincidência
Grupo C – Tempo não trabalhado, sem reincidência
Grupo D - Reincidências de A sobre B
Hipóteses de cálculo:
Dias trabalhados: 250 dias Feriados: 11 dias
Dias úteis de férias: 25 Domingos: 53
Sábados: 52 ½ dias
090
Salários de motorista e
encargos sociais
Grupo A – Obrigações sociais 091
1. Previdência social 20,00
2. FGTS 8,50
3. Salário Educação 2,50
4. Acidentes de trabalho (estimativa) 3,00
5. Sest 1,50
6. Senat 1,00
7. Sebrae 0,60
8. Incra 0,20
9. INSS sobre décimo-terceiro salário 2,40
Total Grupo A 39,70
Salários de motorista e
encargos sociaisGrupo B – Tempo não trabalhado, com reincidência
092
10. Repouso semanal remunerado (53/250)x100 21,20
11. Férias (25 x 1,33/250)x100 13,30
12. Feriados (11/250)x100 4,40
13. Aviso Prévio trabalhado [(12/44)(30/250)]x100
(2 horas por dia = 12 horas por semana)
3,27
14. Auxílio-enfermidade (15/250)x100 0,60
15. Auxílio patermidade [(5/250) x0,5] x 100 0,10
16. Semana de 44 horas (26/250)x100 10,40
Total Grupo B
Total Grupo B – (10) – (12)53,27
27,67
Salários de motorista e encargos
sociais090
Grupo C – Tempo não trabalhado, sem reincidências
17. Décimo terceiro salário (30/250)x100 12,00
18. FGTS por rescisão (8,5x1,5327x0,50) 6,51
Total do Grupo C 18,51
Grupo D – Reincidências
19. FGTS sobre 13o. Salário (8,5x0,12) 1,02
20. Reincidências de A sobre B (39,70% x 0,5327) 21,15
Total do Grupo D
Total geral sobre dias trabalhados22,17
133,65
Salários de motorista e
encargos sociaisTotal de encargos sobre a folha de pagamentos
094
Grupo A 39,70
Grupo B 27,67
Grupo C 18,51
Reincindências A sobre B (39,70x0,2767) 10,98
FGTS sobre 13o. Salário 1,02
Subtotal 97,88
Vale-transporte 1,30
Total sobre a folha 99,18
Salários de motorista e
encargos sociaisEXERCÍCIO – Fipe MBB 1620
1.Salário médio mensal ........................R$ 1.1152,00
2. Taxa de encargos sociais (%) 99,18
Salário de motorista = (1)x[ 1+ (2)/100)]
= 1.1152,00 x 1,9918 =
R$ 2.295,00 por mês
095
Salários e encargos de pessoal de oficina
Custos devem ser levantados a partir das ordens de serviço e
apropriados por categoria e idade.
Na ausência de dados, podem ser estimados a partir do salário
médio de oficinas e da relação veículos/funcionário de oficina x
- Custo mensal = S. (1 + e/100)/nS = Salário médio mensal
e = encargos sociais em % sobre salário
n = número de veículos atendidos por funcionário 096
Categoria n Categoria n
Pesado 3 Médio toco 4
Sempesado 4 Leves 5
Médio trucado 4 Furgões (Kombi) 6
Salários e encargos de pessoal de oficina - Exercício
MBB 1620, Fipe
1. 1. Salário de oficina ............................................. R$ 925,00
2. 2. Encargos sociais (%)................................................ 99,18
3. Veículos atendidos por mecânico ......................... 2,00
Custo mensal = (1) x (2)/[100x (3)] = 925,00x1,9918/2,00
Custo mensal = R$ 921,20 por mês
097
Imposto sobre Veículos
Automotores (IPVA)
Alíquota anual sobre o valor do do veículo
IPVA/mês = P.a/12
P = valor do veículo
a = alíquota anual = 1,0% no PR, PE, MG, DF. RJ, SC, RS
e RN
= 1,5% em São Paulo
= 2,0% no Espírito Santo
Opcionalmente, pode ser usada a tabela de valores publicada
pelos jornais no final de cada ano e disponível no site da
Secretaria da Fazenda:
www.ipva.com.br
098
Valores do IPVA em
São Paulo (%)6,0 automóveis de passeio movidos a diesel;5,0 embarcações, aeronaves e automóveis de
corrida a gasolina/diesel; 4,0 automóveis de passeio e camionetas de cabine
dupla.3,0 automóveis de passeio, de esporte, de corrida,
camionetas, exceto utilitários, movidos a álcool, álcool/GNC, elétrico, gasolina/GNC e gás metano;
2,0 camionetas de carga, motocicletas, ciclomotorese similares, ônibus/microônibus e tratores;
1,5 caminhões com capacidade de carga superior a 1 tonelada.
1,0 embarcações com mais de 20 anos de fabricação.
099
Exemplo de cálculo do IPVA100
Ano Valor IPVA anual IPVA mensal
2002 122.400 1.836,00 153,00
2001 114.600 1.719,00 143,25
2000 103.500 1.552,50 129,38
1999 92.000 1.380,00 115,00
1997 87.500 1.312,50 109,38
Média 130,00
Licenciamento e DPVAT
LICENCIAMENTOPequena taxa por ano
Pode ser acrescida ao IPVA, para simplificar os cálculos.
DPVAT – DANOS PESSOAIS VEÍCULOS
AUTOMOTORES
Cobre riscos contra terceiros em acidentes.
Cobrado junto com o IPVA.
Valor: R$ 55,43, já incluído IOF.
Também pode ser acrescida ao IPVA101
Licenciamento e DPVAT
Exercício
LICENCIAMENTO MBB 1620 Fipe
1. Taxa de IPVA em São Paulo ..............................R$ 1.756,72
2. DPVAT ................................................................. R$ 55,43
3. Taxa de licenciamento................................... ... R$ 13,86
Licenciamento por mês = [ (1) +( 2) +(3)]/12 = (1.826,01/12)
Licenciamento por mês = R$ 152,17 por mês
102
Seguro de responsabilidade
civil facultativo
- - RCF-DM – Cobre danos materiais contra terceiro x
- - RCF – DP – Cobre danos pessoais contra terceiros
Os valores do prêmios (PR) são fornecidos pelas
seguradoras em função da importância segurada.
O cálculo usa a fórmula:
RCF = [ PRDP + PRDM + CA)x1,07]/12
RCF = Seguros de responsabilidade civil facultativo por mês
PRDP = Prêmio de dados pessoais
PRDM = Prêmio de danos materiais
CA = Custo da apólice = R$ 60,00
1,07 = Inclusão do IOF
0103
Seguro de responsabilidade
civil facultativo
MBB 1620 trucado
Danos materiais................................................R$/ano 449,17
Danos pessoais ................................................R$/ano 367,51
Apólice .............................................................. R$/ano 60,00
Soma ..................................................................R$/ano 876,68
IOF ..........................................................................% 7,00
Custo mensal = 1,07 x 876,68/12 = 78,17
104
Seguro do casco
- Cobre colisão, incêndio e roubo x
- É facultativo.
- Taxa varia, mas é elevada.
- Inclui um percentual alto sobre o valor ideal (VI) e outro menor
sobre a importância segurada (IS).
- Inclui ainda IOF e custo da apólice
- Custo total pode chegar a 10% do valor do veículo
- Exige franquia.
- Despesa só se justificaria se houvesse uma perda total por ano a
cada 10 veículos.
- Maioria das transportadoras retém este risco.
- Mas o custo deve ser incluído na planilha
- 105
Seguro do casco
Fórmula de cálculo
- SV = (PRxC1 + ISxC2 + CA)x1,07/12
- SV = Seguro do veículo
- PR = Prêmio de referência
- IS = Importância segurada
- C1 e C2 = Coeficientes técnicos
- CA = Custo da apólice
- 1,07 = Fator de IOF
- 106
Seguros - ExercícioMBB 1620 trucado1, Valor total do veículo ............................................ 111.114,00
2. Valor do rodoar ......................................................... 663,00
3. Valor do veículo....................................................... 111.785,00
4. Valor total do furgão ............................................. 11.785,00
5. Taxa de seguro do veículo ...................................... 6,60%
6. Taxa de seguro do furgão ...................................... 9,97%
7. RCF-DP do veículo .,................................................ 449,17
8. RCF-DM do veículo ................................................. 367,51
9. Custo da apólice .................................................... 60,00
10. IOF ........................................................................... 7%
Seguro mensal veículo = (3) x(5)/(100x12) = 648,18
Seguro mensal furgão = (4) x (6)/(100x12) = 97,91
Seguro RCF-DP = (6)/12 = 37,43
Seguro RCF-DM = (7)/12 = 30,62
Custo mensal da apólice = (9)/12 5,00
11 .Custo total mensal (soma x 1,07) 772,21
Custo mensal com IOF = [(11)x (um + (10)] = 826,15
107
Custos variáveis
- Combustível
- Pneus, câmaras, recapagens e protetores
- Peças e material de oficina
- Óleo de cárter
Óleo de cambio e diferencial
Lavagens e graxas
108
Combustíveis
DC = PC/RM
DC = Despesa com combustível
PC = Preço médio do combustível por litro
RM = Rendimento médio, em km/litro
EXEMPLOPC = R$ 1,51/litro
RM = 2,50 km/litro
DC = (1,51/2,5) = R$ 0, 604/ km
EXERCÍCIO – MBB 1620PC = R$ 1,3551litro
RM = 3,58 km/litro
DC = (1,355/3.56) = R$ 0,3785/km 109
Combustíveis
Alguns fatores que influem no consumo:
- Maneira de dirigir
- Tecnologia do motor
- Regulagem do motor e da bomba
- Estado dos pneus
- Qualidade do combustível
- Tipo de rodovia
- Velocidade
- Rampa (greide)
- Carga (carregado, meia carga, vazio)
110
Combustíveis
A equação de consumo pode ser determinada por regressão
linear levando-se em conta as variáveis:
G = Greide (%) V = velocidade L = Carga
F = Consumo ml por segundo
F = Ao + (A1 + A2C+ A3I)A
4V
Ao, A1, A2, A3 e A4 = coeficientes
C=0 para veículo vazio C =1 para veículo carregado
Consumo do Scania, estrada pavimentada, aclives:
C = 1,35 – 0,403L+ 0,054)L + 1)1,32V + 0,026(L+1)1,32GV
Consumo do Scania, estrada não pavimentada, aclives:
C = 1,02 – 0.3L + 0,072(L +1)V + 0,03(L + 1)1,45GV
11Fonte: PICR, Geipot. 111
INFLUÊNCIA DO GRADE POSITIVO E DA VELOCIDADE
NO CONSUMO - SCANIA CARREGADO
Fonte: PICR, Geipot
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
10 20 30 40 50 60 70
VELOCIDADES (km/h)
CO
NS
UM
OS
(lit
ro
s/h
ora
)
0%
2%
4%
INFLUÊNCIA DO GREIDE NEGATIVO E DA VELOCIDADE NO
CONSUMO - SCANIA - Fonte: PICR, Geipot
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
10 20 30 40 50 60 70
Velocidade (km/h)
Co
ns
um
o (
litr
os
/ho
ra
)
0%
-2%
-6%
-7%
INFLUÊNCIA DA CARGA NO CONSUMO
SCANIA - Fonte: PICR, Geipot
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
10 20 30 40 50 60 70
Velocidade (km/h)
Co
ns
um
o (
litr
o/h
ora
)
Carregado
Vazio
CombustíveisControle e redução de consumo D
- -Escolha de motores
- -Ajuste da bomba injetora, manutenção dos bicos
- -Ao abastecer, complete o tanque e anote os dados
- - Convênios com postos
- - Sistemas eletrônicos de controle (CTF)
- - Evita desvios de rotas - Reduz papelada (NF)
- - Dispensa dinheiro vivo - Elimina fraudes
- -Relatórios mensais de consumo por veículo
- - Tanques sobressalentes (ida e volta)-
- - Roteiros para entregas urbanas, planejamento do itinerário, de
- forma a evitar vias congestionadas, mesmo com percurso maior.
- - Treinamento de motoristas
- - Controle da pressão dos pneus
- 115
Combustíveis
Controle e redução de consumo D
- - Dirigir com vidros fechados
- - Não ficar parado com motor ligado
- - Regular motor periodicamente em função da altitude;
- - Instalar conta-giros e dirigir na faixa econômica (verde)
- Realizar manutenção do motor de acordo com as
instruções do manual;
- Verificar periodicamente a cor da mistura ar-combustível
fumaça cinza clara = combustão perfeita
fumaça preta, branca ou azul = desperdício
- Manter em ordem as válvulas termostáticas, para permitir
ao motor funcionar na temperatura ideal
- Instalar bomba própria
116
Combustíveis
Controle e redução de consumo D
- - Evitar arrancadas e freada bruscas
- - Dirigir acelerando suavemente e usando o freio o mínimo
- possível
- - Usar freio-motor nas descidas (marcha engrenada)
- - Evitar altas velocidades, para reduzir a resistência
- aerodinâmica;
- - Evitar sobrecargas
- - Reduzir ao mínimo possível as trocas de marchas
- - Uso de defletores de ar
- 117
Pneus e recauchutagens
PR ={[1,2(P + C +PP)xNP] + RxNPxn)}/VP
PR = Custo dos pneus/km
1.2 = Coeficiente que inclui 20% de perda
P = Preço do pneu novo
C = Preço da câmara
PP = Preço do protetor
NP = Número de pneus do veículo (exceto estepe)
R = Preço da recuperação de um pneu
VP = Vida útil total do pneu x
n = número médio de recuperações
118
Pneus e recauchutagens
Exemplo de cálculo
Cavalo 4x2 tracionando carreta de 3 eixos, com
pneus 11.00Rx22
P = R$ 1.094,09 C = R$ 72,27 PP = R$ 38,38
P + C + PP = 1.204,74
NP = 18
R = R$ 250,00
VP = 80.000 + 60.000 + 60.000 = 200.000 km
n = número médio de recuperações = 2
PR ={[1,2(P + C +PP)xNP] + RxNPxn)}/VP
PR = {[1,2x (1.94,09 + 72,27 + 38,38)x18] + (250,00x18x2)]}/200.000
PR + (1,2x18x1.204,74 +9.000,00)/200.000
PR = (26.022,38 +9.000,00)/200.000 = 35.022,38/200.000
PR = R$ 0,1751/km
119
Pneus e recauchutagens
ExercícioCaminhão MBB L 1620 trucado pneus 10.00Rx22
(Planilha Fipe janeiro 2.002)
P = R$ 775,79
C = R$ 63,37
PP = R$ 26,83
P + C + PP = 865,99
NP = 10
R = R$ 232,40
VP = 243.640 km
n = número médio de recuperações = 1
Coeficiente de perdas prematura de carcaças = 20%
PR ={[1,2(P + C +PP)xNP] + RxNPxn)}/VP120
Pneus e recauchutagens
Exercício resolvido
PR ={[1,2(P + C +PP)xNP] + RxNPxn)}/VP
PR = (1,2 x10 x 865,99 + 232,40 x 10)/243.640
PR = (9.632,76 + 2.017,80)/243.640 =
(10.391,88 + 2.324,00)/243.640
PR =12.715,88/243.640
PR = 0,0522/km
121
Pneus e recauchutagens
Regras de otimização- Evitar velocidades excessivas
- Evitar partidas rápidas, derrapagens e
travamento de rodas
- Evitar “raspadas” nas guias
- Manter a pressão correta
- Fazer rodízio periódico para uniformizar desgaste
- e detectar cortes, rachaduras, sobrecargas etc
- Alinhar e balancear rodas, regular freios, “casar”
bem os pneus.
- Não deixar pneus desgastados nos eixos de
tração e direcionais.
122
Pneus e recauchutagens
Regras de otimização- Radiais sem câmara, de baixo perfil, com rodas de Dalumínio, embora com maior valor inicial, são muito mais
duráveis e vantajosos:
- Menor aquecimento
- Maior rendimento quilométrico
- Menor deformação em altas velocidades
- Maior aderência ao solo
- Maior estabilidade do veículo
- Menor espaço de frenagem
- Melhor resposta à potência do motor
- Menor custo por quilômetro rodado
Desvantagens
- Exige suspensão apropriada
- Mais duro, transmite para a suspensão todas as deficiências da rua e
estrada, o que limita seu uso no Brasil.
123
Pneus e recauchutagens
Regras de otimização
- Remolde permite maior aproveitamento da carcaça e é D
solução ecologicamente correta.
- Máquinas substituem as mãos na montagem e desmontagem
- Fazer uma boa manutenção do veículo
Acertar bem a suspensão
Evitar jogo nos terminais da barra de direção
Evitar folgas nos rolamentos de rodas
Evitar deformações do chassi
Substituir molas avariadas
Substituir amortecedores em mau estado
Evitar eixos deformados
Não usar pino-mestre com desgaste
- Distribuir bem a carga e evitar sobrecargas
- 124
Pneus e recauchutagens
Estrada, temperatura e acidentes
ESTRADA D- Pavimentação irregular aumenta abrasão e choques contra o piso
- Curvas fechadas sobrecarregam rodas externas, devido à força centrífuga
- Tipo de piso influi na vida útil: terra, macadame, asfalto etc.
- Ondulações, montanhas e lombadas
TEMPERATURA- Temperaturas elevadas dificultam a dissipação do calor
- Quando combinadas com altas velocidades, levam ao descolamento da banda de
rodagem ou das lonas, neste último caso, com risco de rompimento dos cordonéis.
- Vida da banda reduz-se 50% em regiões sujeitas a grande variações de temperaturas
ACIDENTES- Pregos e materiais metálicos
- Choques contra obstáculos (trilhos, pedras, buraco, meio-fio etc).
CONFIGURAÇÃO (Arraste)
- Eixos distanciados (varões) x bitrens
125
Pneus e recauchutagens
RecuperaçãoTÉCNICAS DE RECUPERAÇÃO
Recapagem x recauchutagem
Recuperação a quente x “a frio” (premoldado)
Remanufatura do pneu
ECONOMIA x SEGURANÇA
- Do ponto de vista econômico, a recuperação é sempre vantajosa, pois
reaproveita a carcaça, que representa mais de 70% do custo
-Para conciliar este aspecto com a segurança, é preciso selecionar com
critério o prestador de serviço.
-É preciso selecionar com critério também as carcaças que serão
recuperadas severas (estradas ruins e sobrecargas) não são bons
candidatos à recuperação.
6126
Pneus e recauchutagens
Recuperação
PNEUS QUE NÃO DEVEM SER RECUPERADOS D
- Desagregação na zona do flanco, com levantamento ou queima dos
cordonéis (sobrecarga ou baixa pressão).
-Avaria no talão (baixa pressão, sobrecarga, aros inadequados, montagem ou
desmontagem inadequadas).
- Cortes extensos na carcaça .
- Deslocamento entre as lonas e a banda de rodagem (baixa pressão,
sobrecarga, velocidade excessiva, infiltração de pedras)
-Banda de rodagem excessivamente desgastada (90% dos acidentes com
pneus ocorrem nos 10% finais de uso. Deve-se retirar o pneu com sulco
de 1,6 mm.
- Retirada dentro desse limite evita acidentes, evita comprometimento das
lonas e permite a raspagem necessária para a reforma.
- 127
Pneus e recauchutagens
Controle
- Maneiras de controlar custos para escolher modelos D
- mais adequados para cada serviço: fichas e softwares
- Pneus devem ser identificados (chips, marcação a fogo).
- SISTEMA DE FICHAS
- - Cartão de troca de pneus (com desenho)
- - Registro do veículo – Pneus do veículo e sua posição
- - Ficha de quilometragem do pneu (ativos, em reparados,
- no estoque e mortos)
- - Registro diário de quilometragem do veículo – Cavalo e
- carreta devem ter fichas separadas.
- SOFTWARES
- RD TALENTUM, Produsoft, Vipal, Softran, Ad Hoc etc.
- 128
Peças e material de oficina
- PM = P.k/DM
- PM = Custo/km de peças e material de oficina
- P = Preço do veículo novo sem pneus
- k = Coeficiente mensal de consumo (entre 0,9 e 1,4%)
- DM = Quilometragem média mensal.
- EXEMPLO
- P = R$ 100.000,00
- k = 1,2%
- DM = 10.000 km por mês
- PM = 100.000 x 0,012/10.000 = R$ 0,1200 km
- ALTERNATIVA
- Usar os dados da própria empresa
- 129
Peças e material de oficina
Exercício
MBB 1620 trucado Fipe
Valor do veículo completo sem pneus.......... 109.117,50
Taxa mensal de consumo de peças .................. 1,35%
Quilometragem mensal ....................................... 9.553
Custo/km =123.570,00x 1,35/(100 x 9.553)
Custo/km = 0,1722
- 130
Peças e material de oficina
Noções de manutenção
- MANUTENÇÃO DE OPERAÇÃO (motorista) D-
- - Condução adequada
- - Observação constante do veículo, recorrendo à oficina
- sempre que constatar alguma irregularidade
- - Verificação constante dos instrumentos, indicadores,
- níveis de óleo, nível de água do radiador,
- - Limpeza geral
- - Guarda do veículo
- 131
Peças e material de oficina
Noções de manutenção
- MANUTENÇÃO PREVENTIVA D
- - Prolongar a vida e reduzir paradas através de troca
- antecipada de peças ou conjuntos
- - Vistoria do veículo a partir de planos progressivos
- baseados em quilometragem ou tempo (horas)
- - Aumenta a produtividade e melhora a qualidade
- (especialização)
- Melhora o desempenho do veículo e aumenta sua vida
- Permite padronização dos tempos dos troca e melhor
controle da vida de peças e conjuntos.
132
Peças e material de oficina
Noções de manutenção
MANUTENÇÃQ CORRETIVA (de emergência) D
- Consertos provocados por quebra de peças, desgaste anormal,
curtos circuitos, estradas ruins, freadas bruscas, choques etc.
- Além de reparar o veículo, é preciso identificar as causas, para que
o defeito não se repita;
- Exige mão-de-obra qualificada e experiente, para identificar e
corrigir os defeitos.
- 133
Peças e material de oficina
Noções de manutenção
MANUTENÇÃO DE CONJUNTOS D
- Recuperação dos conjuntos fora do veículo, em bancadas apropriadas, a
base de troca
- Reduz horas ociosas do veículo e dos mecânicos
- Melhora a qualidade do serviço
- Exemplos: motor, câmbio, diferencial, motor de arranque, alternador,
bateria, pneus, caixa de direção, panela de freios etc.
CONTROLE DA MANUTENÇÃO
- - Essencial para determinar a vida útil econômica
- - Levantados a partir das ordens de serviços, documento
- onde se registram custos das peças e mão-de-obra
134
Óleo de cárter
L M = [PLM x (VC + VR)]/QM
LM = Custo do óleo do motor por quilômetro
PLM = Preço por litro do óleo de motor
VC = Capacidade do cárter (em litros)
VR = Reposição entre trocas (remonte) em litros (pode ser
estimada em 0,5% do consumo de diesel).
QM = Quilometragem entre trocas
EXEMPLO: MBB L 1620 – Fonte: Fipe
PLM = 4,74
QT = 15.000 km x
Capacidade do cárter = 15 litros
Reposição entre trocas = 9 litros
LM = [4,74 x (15 + 9)]/15.000 = 4,74/15.000
LM = R$ 0,0076
135
Óleo de câmbio e diferencial
LCD = (PLC x VC)/QT
LCD = Custo do óleo de câmbio e diferencial por quilômetro
PLC = Preço por litro do óleo de câmbio e diferencial
VC = Capacidade do câmbio e diferencial (em litros)
QT = Quilometragem entre trocas
EXEMPLO: MBB L 1620 – Fonte: Fipe
PLC = 9,27
QT = 45.000 km x
Capacidade do câmbio e diferencial = 10,25 litros
LCD = [9,27 x 10,25]/45.000
LCD = R$ 0,0021/km
136
Lavagem e graxas
LG = PL/PQLG = Custo de lavagem e graxas por quilômetro
PL = Preço de uma lavagem (postos de serviço)
PQ = Quilometragem entre duas lavagens
EXEMPLO: MBB L 1620 – Fonte: Fipe
PL = 89,48
QL = 4.536 km
LG = 89,48/4.536
LG = R$ 0,0197/km
137
Planilha NTC de custos
- Banco de dados com cálculos vinculados
- Residual fixo
- Remuneração sobre preço zero: 12% mais
1% para peças;
- Depreciação exclui pneus
- Pneus com 2 recapagens, perda de 20%
- Seguro de casco
- RCFDP e DM
- Outras características
138
Plano de trabalho
FRETES
• Despesas Administrativas e de Terminais (DAT)
• Cálculo do frete-peso
• Exercícios
• Custos de coleta e entrega
• Custo Valor
• Custo de Gerenciamento de Riscos (GRIS)
• Taxas
• Pedágios
• Acréscimos e decréscimos
• Esclarecimento de dúvidas
• Discussão em grupo
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Temas para discussão
- Dúvidas remanescentes
- Transportadoras presentes que calculam custos ou usam custos
calculados por outras fontes (NTC, revistas etc)
- Critérios de depreciação usados nas empresas
- Critérios de remuneração de capital usados nas empresas
- Fazem seguro de casco? Incluem no custo?
- Incluem seguros DM e DP?
- Experiência com pneus: durabilidade, número de recapagens,
controles etc.
- Combustível: controle, medidas de economia tomada pelas
empresas.
- Outros assuntos.
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