cvra - empresasmais

16
Mensal - Distribuição gratuita com o jornal “Público” Encarte comercial da responsabilidade de Páginautêntica - Publicações, Lda e não pode ser vendido separadamente Edição n.º 31 AGOSTO 2016 CVRA Abre portas ao Vinho Alentejano

Upload: others

Post on 21-Oct-2021

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Men

sal -

Dis

tribu

ição

gra

tuita

com

o jo

rnal

“Púb

lico”

Enc

arte

com

erci

al d

a re

spon

sabi

lidad

e de

Pág

inau

tênt

ica

- Pub

licaç

ões,

Lda

e n

ão p

ode

ser v

endi

do s

epar

adam

ente

Edição n.º 31 AGOSTO 2016

CVRAAbre portas ao Vinho Alentejano

► A CVRA, sediada em Évora, é presidida por Francisco Mateus desde novembro de 2015. O seu presidente e todos os de-partamentos trabalham diariamente pa-ra ajudar os produtores vinícolas a me-lhorar e divulgar as suas marcas, para assim levar o nome do Alentejo o mais longe possível.

A históriaA presença de vinhas e de vinho no Alen-tejo já é anciã. Diversos povos do passa-do cultivavam a vinha, entre romanos, árabes e portugueses. Beja, Vila de Fra-des, Évora, Borba e Redondo, são referi-das no século XVI como zonas produtoras de bons vinhos e Monsaraz como região rica em vinhas.Entretanto travaram-se sucessivas guer-

ras que não ajudaram na evolução da cul-tura da vinha. Em meados do século XIX surge uma nova geração de agricultores, dando um novo alento à vinha e ao vinho. Irrompem as zonas da Granja-Amareleja, Moura e Reguengos de Monsaraz. Em 1895 nasce a primeira Adega Social, em Viana do Alentejo. Nesta altura a re-gião possuía cerca de vinte mil hectares de vinha, quase tanto como os atuais vin-te e dois mil. No século XX surgem as pra-gas, a guerra mundial e a campanha do trigo que proibiu a plantação de vinha. Nos anos setenta consegue-se um equilí-brio, tendo em vista o estudo e procuran-do uma cultura de vinha de qualidade. Isto leva a que se crie em 1983 a Asso-ciação Técnica dos Viticultores do Alente-jo (ATEVA). Com a entrada de Portugal na

CVRA - COMISSÃO VITIVINÍCOLA REGIONAL ALENTEJANA

II

CEE em 1986, existiu a necessidade de adequar as normas originando, em 1988, cinco zonas vitivinícolas alentejanas, de-nominada na altura de Vinhos de Quali-dade Produzidos em Região Determinada (VQPRD). Em 1991 são reconhecidas mais três zonas: Évora, Moura e Granja--Amareleja, perfazendo as atuais oito sub-regiões da região do Alentejo.A cultura da vinha na região alentejana ganhava novos rumos, como refere ao Empresas+® Francisco Mateus, presi-dente da CVRA: “Arrisco dizer que o Alen-tejo moderno, no que toca ao setor do vi-

nho, iniciou-se nesta altura, há cerca de 35 ou 40 anos.”

A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA)

Em 1989 nasce a CVRA, constituída por quatro departamentos: fiscalização e controlo, os laboratórios diretamente re-lacionados com a certificação dos vinhos; promoção e marketing, ligada à sala da rota dos vinhos que a entidade possui em Évora; e o departamento administrativo e financeiro. Ainda há outra vertente com que a comissão se preocupa, o Plano de

A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana emerge em 1989 com a finalidade de divulgar, certificar e promover os Vinhos de

Qualidade Produzidos em Região Determinada (VQPRD). O trabalho que tem vindo a ser desenvolvido visa levar os vinhos

da região alentejana ao consumidor, transmitindo também outros conhecimentos sobre a vinha, as castas e os produtores.

As iniciativas que realizam e as feiras que visitam têm como intuito levar ao público o conhecimento dos vinhos e todo o

processo que o envolve.

CVRA abre portas ao vinho alentejano

Francisco Mateus

Lagares de mármore em Estremoz Vinha sem herbicidas nem mobilização do solo

III

Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo, que conta com um coordenador próprio. “O objetivo é sermos uma região com re-putação e reconhecimento internacional, onde a produção de vinho salvaguarda o meio ambiente e está sustentada na ge-nuinidade, nas características naturais e ecológicas, na autenticidade e no blend de castas regionais”, refere o presidente da CVRA.No que concerne à Denominação de Ori-gem e da Indicação Geográfica, a gestão ao nível executivo é realizada pela dire-ção e a estratégia pelo conselho geral, onde estão presentes os representantes eleitos das associações relacionadas com a produção de uvas e a comercializa-ção dos vinhos.

MissãoA Comissão Vitivinícola Regional Alenteja-na quer “garantir a oferta de vinhos com DO Alentejo e IG Alentejana, com certifi-cação da garantia de origem e da quali-dade, aumentando o valor e a notorieda-de juntos dos mercados, sustentados pela origem e autenticidade alentejana. Para a certificação dos vinhos a CVRA es-tá acreditada pela norma ISO/IEC 17065 e os seus laboratórios pela norma ISO/IEC 17025:2005, garantindo desta forma que os processos internos são imparciais e conforme as melhores práticas interna-cionais de qualidade”, menciona Francis-co Mateus.

Divulgação A CVRA é determinante para levar os vi-nhos portugueses ao público. Através de iniciativas próprias ou presenças em eventos, o importante é levar a informa-ção e suscitar curiosidade sobre a região. “Queremos fomentar mais interesse so-bre o Alentejo e aproximar o consumidor às pessoas que estão ligadas ao vinho que estão a provar. Há sempre caracterís-ticas do vinho e histórias à sua volta, que só o produtor consegue transmitir. Quere-mos que as pessoas sintam os vinhos do Alentejo”, conta o presidente da CVRA.Existem ainda eventos realizados em ter-ritório nacional, direcionados para um público específico, entre eles potenciais compradores, jornalistas ou influenciado-res de opinião, em que o propósito é dar visibilidade aos produtores, aos vinhos e às respetivas diferenças das oito sub-re-giões da DOC Alentejo. A CVRA participa igualmente em iniciati-vas da Viniportugal, com a finalidade de proporcionar a degustação de vinhos

alentejanos de gama alta, destacando o que de melhor se faz na região. Na região associam-se e estão presentes em eventos, quer em apoios publicitários ou de comunicação, como aconteceu no ÉvoraWine realizado no passado dia 4 e 5 de junho. A nível internacional utilizam as feiras pa-ra estreitar relações entre as empresas e exportadores ou possíveis canais de dis-tribuição. O mais importante é que a mar-ca Alentejo - Portugal lhes fique no ouvi-do. Fora de portas, os vinhos alentejanos estão a ser divulgados no mercado em Angola, Brasil, Estados Unidos da Améri-ca e Suíça, e na União Europeia, na Ale-manha, Suécia, Reino Unido e Polónia.

CertificaçãoA CVRA acompanha todo o processo rela-cionado com o vinho. “Em toda a linha, desde a vinha até à garrafa, para que o vinho possa ir para o mercado com um

selo de garantia que ateste a origem Alentejo. A CVRA verifica as vinhas e as castas que lá estão plantadas, valida os limites de produção, recolhe amostras, faz análises ao vinho e realiza provas or-ganoléticas, acompanha os transportes e os stocks, a rotulagem e, finalmente, atri-bui os selos de garantia”, aponta Francis-co Mateus.Todo este processo minucioso e moroso dá confiança ao consumidor. “Os vinhos com garantia de origem Alentejo são con-trolados pela CVRA e ostentam um selo de garantia na rotulagem. Se não tiver este selo, não há garantia de ser da re-gião”, assegura Francisco Mateus.O presidente da Comissão defende que deve haver um relacionamento cordial entre as diversas entidades ligadas às vi-nhas e ao vinho, e que cada uma deve manter o seu papel. “As confrarias, natu-ralmente, são uma mais-valia na divulga-ção, desde que se mantenham fiéis aos

seus princípios. Aqui refiro-me em con-creto à atividade promocional de carácter mais comercial, que deve ser feita por aqueles que, de facto, têm marcas para gerar valor e produtos para vender. No entanto, não tenho nada contra a siner-gia entre empresas e confrarias. Estive-mos juntos com a Confraria dos Enófilos do Alentejo, numa feira regional em Évo-ra, onde o objetivo foi dar a conhecer o que são os Vinhos do Alentejo e não ven-der garrafas de vinho”, sublinha.

Mercado Interno e ExternoA nível nacional e segundo os dados da Nielsen, os vinhos alentejanos estão bem cotados, refletem 20% do mercado de vi-nhos tranquilos. Considerando só vinhos com indicação da região, os DO e os IG, a percentagem eleva-se para 50%. “Estes números indicam claramente que o Alentejo é a região que colhe a maior preferência dos portugueses o que, ob-viamente, traz o peso da responsabilida-de de continuar o trabalho de qualidade que aqui se tem feito”, conta Francisco Mateus. A nível internacional enquanto exporta-dor, a região alentejana corresponde a 10% das exportações do país. Ao analisar outros números podemos verificar que em relação aos países importadores, ve-rifica-se que em 2015 o Alentejo teve uma cota de 5,2% em Angola, 3,5% no Brasil e 1,4% na Polónia. “O mercado é muito competitivo, mas acho que os números mostram que estamos no bom caminho, para uma região com 22.000 hectares de vinha e situada em Portugal, que só mais recentemente pas-sou a surgir no cenário internacional do vi-nho”, conclui o presidente da CVRA.

“OS VINHOS COM GARANTIA DE ORIGEM ALENTEJO SÃO CONTROLADOS PELA CVRA E OSTENTAM UM SELO DE GARANTIA NA ROTULAGEM. SE NÃO TIVER ESTE SELO, NÃO HÁ GARANTIA DE SER DA REGIÃO”

Adega de Talhas em Reguengos de Monsaraz

O consumo de rosés de qualidade é uma tendência em crescimento a nível mundial

Na imensidão do Alentejo existe um local único e requintado, capaz de seduzir qualquer pessoa. O Alentejo Marmoris Hotel &

Spa, localizado na histórica vila alentejana de Vila Viçosa, é dos hotéis mais conceituados da região e do país. Neste autêntico oásis alentejano, poderá usufruir de uma estadia luxuosa, de

múltiplos serviços, onde o mármore de origem nacional assume um lugar de excelência.

► Projetado pelo arquiteto João Paulo e decorado pelo arquiteto Miguel Câncio Martins, e pelos proprietários Maria Ana Alves e António Manuel Alves, o Alentejo Marmoris Hotel & Spa é uma autêntica obra de arte. O hotel abriu portas aos pri-meiros hóspedes no ano de 2013. Foi nesta altura que começou a ser contada a história de glamour do Marmoris. Mais do que um hotel, o Alentejo Marmoris consegue ser um monumento dedicado ao mármore. É dos hotéis mais luxuosos em Portugal e com conceito único no mundo. “Todo o hotel respira a história do mármore. Somos de uma família que sempre esteve ligada aos mármores e decidimos abrir este hotel com este con-ceito”, explica a proprietária.Cada espaço do hotel transporta-nos para a cultura alentejana e do Médio Oriente. O Marmoris surgiu através da recuperação de um antigo lagar e é a simbiose perfeita entre o tradicional e o contemporâneo. Pa-ra Maria Ana Alves, esta mistura é uma das principais imagens de marca deste hotel e serve para demonstrar muitas das particularidades existentes no local. “Os colaboradores andam vestidos como ro-manos. O fator histórico conta muito para nós, mas também pretendemos moderni-zar, sempre que possível”, refere.A variedade de serviços é outra das mais-

-valias do Alentejo Marmoris. Para além de poder descansar nos luxuosos quartos, pode também usufruir de uma gastrono-mia de deixar água na boca, pode maravi-lhar-se com a piscina interior e exterior, re-laxar no Spa, apreciar toda a arte espalha-da pelos diferentes espaços e paredes do hotel e, claro, tem a oportunidade de apre-ciar um autêntico museu do mármore em forma de hotel. Pode ainda visitar um pa-trimónio histórico e cultural envolvente de “cortar a respiração”, e deliciar-se em pro-vas de vinhos na região que foi considera-da das melhores e mais bonitas regiões vi-nícolas do mundo.

QuartosNo que diz respeito aos quartos, existem 45 motivos para pernoitar no Alentejo Marmoris. São 45 os quartos e suites existentes neste hotel, capazes de deixar os hóspedes completamente relaxados e seduzidos pela comodidade e glamour. Entre estas autênticas 45 maravilhas existem 17 quartos modelo Clássico e 23 Deluxe. As suites são cinco: duas suites familiares, duas suites Júnior e o ex-líbris do Marmoris, a Suite Árabe. De salientar ainda que existem 45 casas de banho di-ferentes, todas elas em mármore.Em relação à taxa de ocupação, 65% dos hóspedes são nacionais. Os restantes 35%

são estrangeiros, destacando-se os espa-nhóis, canadianos, árabes e italianos.Outra das particularidades do Alentejo Marmoris, é a existência de um Spa único que está inserido numa pedreira. Este spa foi já galardoado com o prémio de “Best Luxury Emerging Spa 2015” da Europa, atribuído pela World Luxury Spa Awards.

Gastronomia“Procuramos ter o sabor do Alentejo no pra-to mas apresentado de uma forma diferen-te, através do toque especial do chef Carlos Galhardas”, é desta forma que se caracteri-

Oásis alentejanoALENTEJO MARMORIS HOTEL

IV

za a gastronomia servida no Marmoris. É uma cozinha de autor, onde os pratos, para além de saborosos, são verdadeiras escul-turas alentejanas gastronómicas. Com 34 funcionários, com a capacidade para orga-nizar casamentos, batizados, galas, confe-rências, entre outros, o Marmoris é um lo-cal de passagem e paragem obrigatória. Para o futuro, Maria Ana Alves revela: “No início do novo ano teremos um novo es-paço Marmoris, em Sintra, com o mesmo conceito”. São muitos os motivos para deixar a sua casa durante uns tempos. O Alentejo Marmoris espera por si.

► Ao chegar à Quinta Dona Maria somos remetidos para o passado. A casa apala-çada do século XVIII e a adega com laga-res de mármore transportam-nos para vi-vências anciãs. Júlio Bastos assume as rédeas dos negó-cios em 1986, após o falecimento de seu pai. Em 1992 forma uma sociedade com Domaines Barons de Rothschild (Lafite), da qual Júlio Bastos vendeu a sua partici-pação no ano 2000. A partir desse mo-mento centrou-se na quinta e inspirou-se na história da casa, que no passado o rei Dom João V teria ofertado a uma suposta amante chamada Dona Maria. Daí surge o nome adotado. Em 2003, Júlio Bastos faz a sua primeira colheita como proprie-tário único e, apesar da concorrência no mercado do vinho ser cada vez maior, os resultados foram positivos.A Quinta Dona Maria produz vinhos bran-cos, tintos e rosé, sendo que nos 80 hec-tares de vinha a produção assenta princi-palmente em vinhos tintos. As castas tin-tas predominantes são Alicante Boushet

e Touriga Nacional, para além do Caber-net Sauvignon, Syrah, Petit Verdot e Ara-gonês. Na uva branca, as castas são a Viognier, Viosinho, Arinto e Antão Vaz. Por ano a produção ronda as 400/420 mil garrafas, dependendo do ano, mas para Júlio Bastos a quantidade não é importan-te. “Procuro mais a qualidade”, refere. De toda a produção vinícola da quinta Dona Maria, Júlio Bastos destaca um vinho: “Aquele que dediquei ao meu pai, chama--se Júlio B. Bastos e é fruto da casta Ali-cante Bouschet, exclusivamente de vinhas velhas. Esse vinho foi considerado um dos 29 melhores vinhos do ano em 2015 pela revista Wine Advocate de Robert Parker”, melhor vinho do ano no evento Essência do Vinho 2016 perante 40 especialistas entre jornalistas, enófilos e bloggers de to-da a parte do mundo, em prova cega, e prémio de excelência na Revista de Vi-nhos, relembra o proprietário. Para se obter um vinho de qualidade são necessários vários cuidados com a vinha. Os bons resultados só aparecem após um

cuidado diário e minucioso de acompa-nhamento das culturas vinícolas. Como explica ao Empresas+® Júlio Bastos, “as épocas mais difíceis são as que se juntam calor e humidade. Há um risco maior de doenças nas vinhas, é nessa altura que te-mos de realizar tratamentos preventivos”. “Os meus vinhos são austeros, encorpa-dos e ao mesmo tempo elegantes. É a amplitude térmica a que estão sujeitas as vinhas que lhes dá essa elegância. Pa-ra mim a personalidade, complexidade e frescura do vinho é o mais importante. Tenho a sorte que os meus vinhos são apreciados pelo consumidor em geral”, refere o proprietário, caracterizando os vinhos da Quinta Dona Maria.Para além do trabalho permanente na vi-nha, até à colheita e entrada na adega, “a localização [amplitudes térmicas] e o terroir, onde é muito importante as mi-nhas vinhas não serem regadas senão não faria sentido estarmos a falar de ter-roir, desta região influenciam bastante na qualidade dos vinhos. Depois há o tra-balho de adega, mas sem boa matéria--prima não há milagres. O segredo está na vinha e depois no seguimento durante a produção e estágio na adega”, mencio-na o proprietário. A adega tem dois tipos de vinificação, aquele onde ainda funcio-na o método tradicional, a uva é pisada nos lagares de mármore do século XIX por homens e mulheres, e a vinificação em cubas de inox. Ambas vinificações com controlo da temperatura de fermen-tação. A vindima é morosa e delicada, tentando colher as uvas no seu melhor estado de maturação, por isso trabalha--se de dia e de noite.

QUINTA DONA MARIA

V

Para divulgar o seu vinho optaram também pela vertente do enoturismo. Atualmente proporcionam visitas aos espaços, provas de vinhos e almoços ou jantares no Palá-cio. Grande parte dos clientes vêm através de parcerias com agências de viagens na-cionais e internacionais, outros diretamen-te através do site. 90% dos visitantes são estrangeiros, com poder aquisitivo alto, principalmente brasileiros e americanos.Em Portugal, o leitor pode encontrar o vi-nho Dona Maria nas grandes superfícies, lojas gourmet e garrafeiras. Internacio-nalmente estão presentes em cerca de 25 países espalhados por toda a Europa, principalmente nos países da Europa Co-munitária e ainda Estados Unidos da América, Brasil, Canadá, China, Japão, Singapura e Coreia do Sul. A percenta-gem de importação e exportação está di-vidida em 50%. Para os vinhos Dona Maria o ano de 2015 foi excelente no que diz respeito á colheita e faturação. O balanço que Júlio Bastos faz dos últimos anos é muito posi-tivo, o crescimento ronda os 30% mas o trabalho não fica por aqui, porque é im-portante continuar a oferecer mais quali-dade aos consumidores.

A Quinta Dona Maria localiza-se na cidade de Estremoz, no Norte Alentejano. Na entrada da propriedade salta à vista a magnífica casa apalaçada, onde em tempos viveu Dona Maria, suposta amante do rei Dom

João V. Dos 80 hectares de vinha resultam vinhos brancos, tintos e rosé. A casta predominante é o Alicante Boushet trazida para o Alentejo pelos antepassados de Júlio Bastos no século XIX, encontrando nesta região o microclima mais favorável para demonstrar todas as suas qualidades. O terroir favorável de Estremoz influência positivamente a qualidade da uva e dos vinhos. A aposta é no enoturismo de alta

qualidade. A presença vinícola já se encontra na quinta há cerca de 150 anos.

Terras Que Produzem Vinho Há Cerca de 150 anos

Júlio Bastos

60 viticultores juntaram-se, e em 1971 criaram a CARMIM – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz. Esta região de vinhos é das mais famosas do país, e para tal muito tem contribuído o

trabalho desenvolvido pela CARMIM. Apesar do vinho ser “a personagem principal”, existem mais pontos de interesse envolvidos neste “enredo” agrícola.

A maior produtora de vinhos do Alentejo

CARMIM – COOPERATIVA AGRÍCOLA DE REGUENGOS DE MONSARAZ

VI

► É em Reguengos, maior sub-região do Alentejo em área de vinha, que mora a maior produtora de vinhos do Alentejo. A Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz produz mais de 70 referências de vinhos, possui cerca de 1000 associa-dos, e dispõe de um autêntico império de uva, correspondente a 3600 hectares de vinha. Esta empresa é uma referência a nível nacional no que ao vinho diz respei-to, conseguindo liderar o mercado no que toca aos vinhos de qualidade.

VinhosReguengos, Olaria, Monsaraz, Pátria, Ter-ras d’el Rei, Real Grei, Régia Colheita e Bom Juiz, são alguns dos nomes que es-palham a magia vitivinícola da CARMIM em Portugal e no mundo. Estas marcas

conceituadas fazem do vinho desta Coo-perativa, uma das melhores produções vi-tivinícolas do território alentejano. Todas estas marcas têm uma conexão patrimo-nial e histórica, possibilitando a cada amante do vinho uma viagem aromática inesquecível. “Gostamos de ter uma multi-plicidade de marcas, para podermos satis-fazer diferentes mercados e consumido-res”, enaltece Rui Veladas, enólogo da CARMIM. “O nosso vinho, catapultado por esta variedade de marcas, possui uma ex-celente projeção em Portugal e no estran-geiro. Os vinhos da CARMIM estão espa-lhados em cerca de 35 países, sendo os mais representativos os de expressão por-tuguesa, em particular o Brasil, os do Cen-tro, Norte e Leste da Europa, Estados Uni-dos da América e China”, acrescenta.

Em relação às infraestruturas da CARMIM, verificam-se mais alguns dados, capazes de explicar toda a grandiosidade desta cooperativa. Existem dois tipos de adegas, uma para os vinhos DOC e outra para os vinhos regionais, e ainda um pavilhão de engarrafamento. Estas instalações são ca-pazes de vinificar mais de um milhão de uvas por dia, engarrafar 21 mil garrafas por hora e armazenar até 33 milhões de li-tros. Para que tudo tenha um bom funcio-namento, a CARMIM conta com aproxima-damente 100 colaboradores. “Esta coope-rativa esteve sempre muito bem equipada e contou sempre com ótimos profissio-nais. Assim torna-se fácil e aliciante traba-lhar aqui”, revela Rui Veladas.

EnoturismoA CARMIM não leva só o vinho a sua casa, também se preocupa em fazer com que se sinta em casa. Estando dotada de ins-talações de excelência, com uma multipli-cidade de serviços, esta cooperativa faz com que disfrute do vinho da casa, num ambiente bastante acolhedor, onde tem a oportunidade de verificar a beleza do meio envolvente de Reguengos de Monsaraz e ainda de provar algumas iguarias típicas da região. O Alentejo tem cada vez mais turistas e o Enoturismo está cada vez mais na ordem do dia em terras alentejanas, e

a CARMIM não foge à regra e possibilita aos seus visitantes, uma fantástica via-gem enoturística. O Enoturismo CARMIM oferece uma série de atividades, que vão desde a prova de vinhos, visitas à adega, caves, linha de engarrafamento, enogas-tronomia, roteiros turísticos e ainda um Programa Vindimas. Poderá ainda adquirir produtos CARMIM através da sua wine shop e realizar casamentos, batizados, aniversários, entre outros, na sala de ban-quetes da cooperativa. Prometendo continuar a ser líder do setor na região alentejana, a CARMIM “conti-nuará o esforço diário para continuar a ser bem recebida no mercado, garantin-do assim, um futuro de sucesso”, finaliza Rui Veladas.

Rui Veladas

► Num país que faz tantos e bons vi-nhos, João Portugal Ramos faz jus ao no-me e representa o nosso país com vinhos de requinte e qualidade inegável. A sua empresa caracteriza-se pela produção vi-nícola de excelência e com uma identida-de muito própria.“Esta paixão de fazer vinhos nasceu co-migo. O vinho é uma fantástica e bonita arte e é com enorme prazer que consigo transmitir isso ao consumidor final”, diz João Portugal Ramos.Em 1997, na localidade alentejana de Es-tremoz, surgiu a primeira adega, denomi-nada Vila Santa. A partir desta adega co-meçou a ser espelhado o sabor da quali-dade dos vinhos assinados por si, combi-nando tradição com modernidade. Foi as-sim dado o mote para a expansão da em-presa, conseguindo produzir vinhos de norte a sul do país.

A história da João Portugal Ramos Vinhos começou a ser contada em Estremoz. Nos anos seguintes foram sendo alarga-dos os pontos de produção de vinhos, através de adegas situadas no Tejo, Bei-ras, Douro e Região dos Vinhos Verdes. “Temos crescido imenso. A qualidade de um vinho é a soma de todos os pequenos detalhes e estamos presentes nos locais de referência”, sublinha o administrador.

Portefólio de vinhosExistem muitas razões para começar uma autêntica história de amor com os vinhos de João Portugal Ramos. A oferta é muito variada. No que diz respeito aos vinhos alentejanos pode encontrar o Loios, o Pouca Roupa, o Marquês de Bor-ba, o Vila Santa Reserva, o Quinta da Vi-çosa e a grande novidade, o Estremus. Em relação aos vinhos do Douro, pode usufruir do Tons Duorum, Duorum Colhei-ta, Duorum Reserva Vinhas Velhas, Duo-rum O.Leucura, Duorum Vintage e Duo-rum LBV. No que toca aos vinhos das Bei-ras, pode encontrar o Quinta de Foz de Arouce e o Quinta de Foz de Arouce Vi-nhas Velhas de Santa Maria. Ao nível dos vinhos do Tejo, o Conde Vimioso é a mar-ca de eleição. Por fim, mas não menos importante, existem os vinhos do Minho,

conhecidos por serem vinhos verdes de enorme qualidade.Os 1000 hectares de vinha da João Portu-gal Ramos Vinhos, nas diversas regiões, contribuem para colocar os vinhos portu-gueses no topo das preferências mundiais e são um fator importante para tornar a paisagem do nosso país, ainda mais bela.Presente em supermercados, restauração e na indústria hoteleira, esta empresa tem feito as delícias dos consumidores nacio-nais e estrangeiros. Podem-se encontrar os vinhos de João Portugal Ramos um pouco por todo o lado. Além-fronteiras, a Escandinávia é o destino predileto destes vinhos, tendo inclusive o Vila Santa con-quistado prémios de melhor vinho interna-cional, em anos consecutivos, na Suécia. Todo o processo de produção de vinho é analisado com bastante rigor desde a plantação da videira, até à aceitação por

JOÃO PORTUGAL RAMOS VINHOS

VII

parte do consumidor final. Na altura das vindimas, é dada especial atenção ao ti-ming da mesma, juntando-se aos 130 funcionários permanentes, mais 100 co-laboradores. É feita também uma grande aposta em estagiários. “É com gente no-va que vamos renovando o setor”, afirma João Portugal Ramos.A João Portugal Ramos Vinhos marca também pela diferença através da execu-ção de um trabalho ecológico e solidário, apoiando algumas instituições locais e respeitando cada vez mais o ambiente, praticando uma agricultura sustentável, protegendo a biodiversidade e o seu ecossistema.Com um passado de excelência, com um presente sustentado na excelência do passado, os próximos tempos da João Portugal Ramos Vinhos adivinham-se prósperos.

Falar em vinhos de qualidade é falar em João Portugal Ramos Vinhos. Esta empresa começou a dar os primeiros passos em

terras alentejanas, mas rapidamente se expandiu para o resto do país. Para além de Estremoz, a João Portugal Ramos Vinhos conta

com vinhas e adegas no Tejo, Beiras, Douro e Vinhos Verdes. Sendo tinto ou branco, passando pelo rosé, ou até mesmo pelo

espumante, esta empresa vinícola proporciona aos amantes do vinho momentos saborosos e inesquecíveis.

O sabor do requinte

João Portugal Ramos

A Vidigueira é terra de pão, cante, gentes de paz e, claro, de vinho. Nesta sub-região do Baixo Alentejo, são inúmeros os

locais de interesse, repletos de história, património e iguarias infindáveis. A associação Vidigueira Wine Lands veio enaltecer

o que de bom esta terra tem para oferecer, transportando as pessoas para uma viagem enoturística de excelência, com uma

meta bem clara, ser um importante guia turístico da região, e dando grande ênfase ao vinho.

► A associação Vidigueira Wine Lands (VWL) tem sido um impulsionador desta sub-região alentejana, desde 2013. Esta associação promove a Vidigueira e é ca-paz de juntar alguns dos mais importan-tes produtores de vinho do Alentejo. A Adega Cooperativa da Vidigueira Cuba e Alvito, a Casa Agrícola HMR - Herdade Monte da Ribeira, a Herdade Grande, a Herdade da Lisboa - Paço dos Infantes, a Quinta do Quetzal e a Ribafreixo Wines são os seis produtores que estiveram na génese desta associação, bem como, a Câmara Municipal da Vidigueira, como sócia-honorária.Esta união tem contribuído para a constru-ção de um autêntico guia turístico da re-gião, essencial para a sustentabilidade dos

terrenos da Vidigueira, para o crescimento socioeconómico, para a divulgação além--fronteiras e para a otimização do trabalho desenvolvido por cada produtor. Um dos importantes impulsionadores da Vidigueira Wine Lands é o administrador da Quinta do Quetzal, Reto Jorg. “Em conjunto somos mais fortes. Conseguimos mais facilmente alcançar os nossos objetivos. Através desta união, todos ganham, produtores, consumi-dores, comerciantes, região e como é ób-vio, o vinho”, realça Reto Jorg.“É um projeto dinâmico, que irá impulsio-nar o turismo da região. É bastante grati-ficante fazer parte da Vidigueira Wine Lands. É preciso continuar o bom traba-lho que tem sido feito e que tem tido óti-mos resultados. Vamos conseguir atrair

mais turistas para o Alentejo”, acrescen-ta a responsável de marketing e comuni-cação da associação, Susana Fialho. Em cooperação com a Rota dos Vinhos do Alentejo, esta associação chama a si pontos de interesse da Vidigueira, que servem como cartão de visita da sub-re-gião. O vinho abre o caminho para a des-coberta desta magnífica terra, demons-trando que existem imensos locais de pa-ragem obrigatória. Saltam à vista adegas, restaurantes, unidades hoteleiras, em-presas de animação turística, museus, empresas ou associações de artesanato, entidades de turismo ou outras entida-des públicas ou privadas, que estejam li-gadas ao setor dos vinhos e que sejam benéficos para a Rota dos Vinhos. Desta forma, a Vidigueira Wine Lands torna-se ainda mais multifacetada.Presente numa das melhores regiões viti-vinícolas do país e inserida na mais anti-ga região dos vinhos brancos do Alentejo, onde é espelhado todo o encanto da cas-ta Antão Vaz, a Vidigueira Wine Lands

A união faz o vinhoVIDIGUEIRA WINE LANDS

VIII

aproveita o património histórico da Vidi-gueira, para dar ainda mais relevo ao tra-balho desenvolvido pela associação. Um dos navegadores mais importantes do nosso país, Vasco da Gama, foi o primeiro Conde da Vidigueira. Este facto serve co-mo inspiração para a associação, seguin-do o exemplo do navegador, conseguindo descobrir e conquistar novos mundos.No que diz respeito ao futuro, “pretendo que todos os produtores da Vidigueira fa-çam parte da Vidigueira Wine Lands. Queremos tornar a Vidigueira na região vitivinícola mais conhecida do país”, as-sume Reto Jorg. “Vamos ter um espaço fí-sico para receber os turistas no antigo posto de turismo da Vidigueira, junto às piscinas municipais e pretendemos inse-rir na associação a Vidigueira Wine Lands Tours”, acrescenta.A Vidigueira, através da Vidigueira Wine Lands, promete continuar a andar nas bocas do mundo.Parta à descoberta da Vidigueira, as ter-ras do vinho estão à sua espera.

Equipa da Vidigueira Wine Lands

Susana Fialho e Reto Jorg

A Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito é um dos expoentes máximos da qualidade vitivinícola do Alentejo. As

origens da Cooperativa remontam ao ano de 1960, e é das cooperativas em Portugal com mais histórias para contar.

Presente numa região emblemática do Alentejo, esta Adega Cooperativa transforma milhões de quilos de uvas, produz e

comercializa os mais variados tipos de vinho e estabelece uma relação bastante equilibrada entre a qualidade e a quantidade, e

entre a adega e o consumidor final.

► Na génese desta Adega Cooperativa estiveram viticultores da Vidigueira, Cuba e Alvito. Esta Cooperativa é a maior de to-da a zona do Baixo Alentejo e Algarve, re-cebendo cerca de nove milhões de quilos de uvas por ano, provenientes dos 1500 hectares de vinha dos seus 304 associa-dos. Toda esta dimensão catapulta a Cooperativa para um nível elevadíssimo de notoriedade, conseguindo produzir os seis milhões de litros de vinho que co-mercializa em média por ano.“Estamos numa posição privilegiada e muito importante. Conseguimos ser o sustentáculo da região, pois a nossa Coo-perativa revela-se vital para o desenvolvi-mento económico desta parte do Alente-jo”, explica o presidente da Adega Coope-rativa, José Miguel Almeida.Numa terra ligada a históricos navegan-tes, nomeadamente Vasco de Gama, Conde da Vidigueira, José Miguel Almeida é o “homem do leme” desta Cooperativa desde 2012. Para o presidente, “tem si-do um desafio bastante aliciante, dado ter assistido a alguns momentos marcan-tes da história desta Cooperativa. A evo-lução tem sido constante e temos supe-rado todas as expectativas”, assume.

VinhosEntre os “tesouros” vinícolas comerciali-zados pela Cooperativa, destacam-se os DOC (Denominação de Origem Controla-da) Alentejo branco e tinto, da sub-região Vidigueira, como por exemplo o Vila dos Gamas, Vidigueira Antão Vaz, Vidigueira Grande Escolha e Vidigueira Reserva. Dotada de excelentes instalações e de maquinaria com tecnologia de alta per-formance, esta adega tem capacidade para engarrafar seis mil garrafas por ho-ra. Estas técnicas modernas de acondi-cionamento permitem prolongar a quali-dade do vinho ao longo do ano, tornando--o mais facilmente vendável no país e no estrangeiro. De salientar, que existem duas salas de prova de vinhos, autênti-cas peças vinícolas de museu.Em relação à comercialização, José Mi-guel Almeida revela: “Passámos a inte-grar o capital social de uma empresa cha-mada Viticale, Vinhos e Azeites de Vidi-gueira, que tem como missão única co-mercializar os nossos vinhos. Através desta parceria conseguimos especializar--nos no mercado, negociar e entrar em mais operadores”. A grande maioria dos vinhos destina-se ao mercado nacional,

dado podermos encontrar vinhos desta Cooperativa em supermercados e no ca-nal Horeca. Além-fronteiras estes vinhos fazem as delícias de angolanos, chine-ses, brasileiros e suíços, entre outros.

EnoturismoO Enoturismo é outra das valências mais desenvolvidas pela Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito. “A nossa adega não pode servir unicamente para produzir vinho. Tem também de ser reconhecida e visitável, e por isso temos de comunicar constantemente com as pessoas e verificar qual o feedback do consumidor em relação aos nossos vinhos”, explica o presidente.Esta cooperativa tem sido muito galardoa-da. Em 2016 os prémios têm “chovido” e até ao momento são mais de 60 as meda-lhas (muitas de ouro) atribuídas, desta-cando-se o título de “Cooperativa do Ano”.

Branco ou Tinto? Vidigueira!ADEGA COOPERATIVA DE VIDIGUEIRA, CUBA E ALVITO

IX

Tudo graças à dedicação dos cooperado-res, e aos 26 funcionários permanentes, a que se juntam os 20 que dão uma precio-sa ajuda na altura das vindimas.Resultado do cumprimento das medidas de Controlo da Segurança Alimentar, a Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito foi reconhecida como Organização de Produtores (OP). Outros dos fatores re-levantes desta Cooperativa é o estabele-cimento de protocolos com universida-des, como por exemplo a de Évora. “Que-remos dar oportunidades aos jovens. Re-cebemos estagiários de Turismo, Enolo-gia, Gestão, entre outros”, acrescenta o presidente da Adega.No futuro, José Miguel Almeida promete a “mesma dedicação, inovação e divulga-ção. Pretendemos ainda expandir esta Cooperativa, e levar os nossos vinhos a ainda muitos mais mercados”, finaliza.

Renato Ramalho, José Miguel Almeida e Ricardo Oliveira

A Casa Agrícola da Herdade do Monte da Ribeira é uma propriedade alentejana do concelho da Vidigueira, conhecida pela

tradicional produção vitivinícola. É responsável pela criação de marcas como “Pousio” ou “Marmelar”, que correm o mundo à

conquista do palato dos apreciadores. O ano de 2015 foi histórico para a Herdade que foi eleita Produtora Vinícola do Ano.

► As terras alentejanas já há muito nos habituaram a gostar do bom vinho portu-guês, não tivesse esta região uma longa tradição no que toca à sua produção. É no concelho da Vidigueira que se insere a Ca-sa Agrícola da Herdade do Monte da Ribei-ra, uma casa que também já nos habituou ao bom vinho alentejano. E isto porque to-do o seu conjunto representa uma relíquia do tesouro vitivinícola nacional e que até lhe tem garantido alguns prémios. O últi-mo, por exemplo, veio da “Revista de Vi-nhos”, que elegeu a propriedade como Produtora Vinícola do Ano.As marcas Pousio, Pousio Escolha, Pou-sio Reserva e Marmelar são as marcas que representam a Casa Agrícola da Her-dade do Monte da Ribeira. Para a produ-ção destes vinhos foram selecionadas as

castas mais nobres, recomendadas para a região em questão, e que beneficiam de um clima mediterrânico seco, que per-mite maturações consistentes e graus de acidez elevados comparativamente a ou-tros vinhos alentejanos. São estes fato-res que fazem com que os vinhos da pro-priedade sejam muito apetecíveis e apre-ciados nacional e internacionalmente. A marca Marmelar, referente à colheita de 2012 foi este ano distinguida com o pré-mio de excelência 2015 também pela “Revista de Vinhos”.A herdade não é das mais antigas do Alentejo, mas tem já alguma tradição no que respeita à distinção do produto. A pri-meira vinha foi plantada na década de 80, e algures na década de 90 procedeu--se à sua primeira colheita. A Casa Agríco-la da Herdade do Monte da Ribeira está também habituada a ser premiada desde os tempos das suas primeiras colheitas. Logo nos quatros anos iniciais, os vinhos ganharam o troféu da Confraria dos Enó-filos do Alentejo. Diz quem sabe que à época, eram os melhores vinhos do Alen-tejo. O mercado dos vinhos em Portugal é, por si só, muito exigente. Atenta a esta realidade, a adega foi fortemente inter-vencionada ao longo dos anos e hoje dis-põe de equipamentos que estão na van-guarda da produção vitivinícola em Portu-gal. Algumas vinhas foram renovadas e

outras substituídas. No total, ocupam 47 hectares da propriedade e tem uma ca-pacidade produtiva de 400 mil litros de vinho, o que representa meio milhão de garrafas por ano. A consistência dos pro-dutos é o que mais importa preservar. Is-so e o patamar elevado daquilo a que chamam “qualidade mínima”. O segre-do? Coincide com o trabalho e com o for-te sentido de responsabilidade.Em termos comerciais, os vinhos da Casa Agrícola da Herdade do Monte da Ribeira fazem uma cobertura total de todo o país através de distribuidores regionais. Exter-namente estão fortemente presentes em 16 países e o objetivo é chegar a mais três ou quatro frentes até ao final do ano. O mercado chinês, seguido da Suíça, Ale-

A produtora do anoCASA AGRÍCOLA DA HERDADE DO MONTE DA RIBEIRA

X

manha, Bélgica e Holanda, são os mais representativos. A empresa iniciou recen-temente uma outra atividade através da loja online que pode ser acedida através de diversas plataformas. A ideia é difun-dir cada vez mais a marca e estar cada vez mais próximo de quem aprecia verda-deiramente os vinhos da herdade. E por falar em apreciadores, em breve a Casa Agrícola irá lançar o Clube Herdade do Monte da Ribeira, para estes precisa-mente. Muitas vezes existem pequenos lotes excecionais de vinhos que não es-tão destinados, e a partir daí surgiu a ideia de ter um clube onde se pudesse, através dessas quantidades muito limita-das, oferecer esse prazer aos verdadei-ros amantes da herdade.

António Nora

► Carinhosamente denominada pelos alentejanos como herdade mítica, a Her-dade da Lisboa é das mais simbólicas da Vidigueira. Para se conseguir perceber to-do o simbolismo associado a esta herda-de, é necessário recuar ao início da déca-da de 80. Esta herdade pertenceu à Casa Agrícola Almodôvar, e teve alguns anos caída no esquecimento, porém, em 2011, João Cardoso, seu atual proprietá-rio, adquiriu a herdade, e está a contri-buir para fazê-la regressar aos bons tem-pos de outrora, em que foi pioneira na produção de vinhos na região. Não menos sonante é a marca de vinhos e azeites, Paço dos Infantes, foi das pri-meiras a ser criada no sul do Alentejo e consegue transmitir todo o património inerente à herdade. O Paço dos Infantes é uma marca que tem sido bastante ga-lardoada, não só em Portugal como tam-bém no estrangeiro, tendo sido em 1991 considerado o melhor vinho do mundo. Em relação ao azeite Paço dos Infantes, já ganhou medalhas de ouro em concur-sos em Nova Iorque, Israel e no Japão. Outra distinção que reforça a qualidade dos azeites foi o facto de terem sido se-lecionados para fazer parte das refei-

ções do Comité Olímpico dos Estados Unidos da América. Mais recentemente surge na Herdade da Lisboa a marca de vinhos Convés, um nome que se tem vin-do a revelar a cada dia como uma boa aposta, e que está a fazer o seu cami-nho de implementação no mercado. Os vinhos brancos, tintos, rosés e espu-mantes, produzidos e comercializados pela Herdade da Lisboa, são originários de castas de reconhecido valor, quantita-tivo e qualitativo. Por entre as diversas castas da Herdade da Lisboa, sobres-saem a Trincadeira, Aragonez, Touriga Nacional, Syrah, Cabernet Sauvignon, An-tão Vaz e Alvarinho. No que toca ao azei-te, é virgem extra e corresponde, maiori-tariamente, ao tipo de azeitona Cobran-çosa, Galega a Arbequina e Picual.

Transformação do vinho“Fazer um bom vinho, começa muito an-tes da vindima”, é desta forma que o enó-logo da Herdade da Lisboa, Tiago Alves, dá o mote em relação ao processo de transformação do vinho. Até ao vinho an-dar de garrafa em garrafa e de copo em copo, está sujeito a uma série de fatores responsáveis pela sua qualidade e proje-

ção no mercado. “É necessário um traba-lho criterioso na vinha e posteriormente na adega. Há muitos cuidados a ter du-rante a fase de crescimento da videira e do fruto. É necessário ter atenção ao cli-ma, fazer tratamento contra as pragas, controlar a rega, entre outros”, explica Tiago Alves. Na fase das vindimas, é feita vindima mecânica e manual.Quando o vinho chega à adega, beneficia do grande esforço feito na parte da viti-cultura. Basicamente o trabalho na ade-ga vai no seguimento da matéria-prima que foi trabalhada nas vinhas ou nos oli-vais. “Quanto melhor for feito o trabalho no exterior, mais fácil é o trabalho na ade-ga”, realça Tiago Alves. Neste espaço existe um controlo de temperaturas bas-

HERDADE DA LISBOA

XI

tante minucioso. Nas cubas de fermenta-ção dos vinhos, os tintos são trabalhados numa temperatura máxima de 26 graus e os brancos de 14. “Gostamos de ter um perfil de vinho bastante frutado”, acres-centa Tiago Alves.Quem quiser deliciar-se com os produtos da Herdade da Lisboa, pode encontrá-los nas superfícies comerciais espalhadas por todo o país. Internacionalmente, a Herdade da Lisboa, está focada na co-mercialização de vinhos no Norte da Eu-ropa e Estados Unidos da América.João Cardoso revela ainda que “está a ser desenvolvido um projeto turístico e museológico que irá completar este con-ceito que alia produção e natureza, man-tendo a identidade alentejana”.

É na freguesia de Selmes, concelho da Vidigueira, um dos locais mais emblemáticos do vinho alentejano, que se encontra a Herdade da Lisboa. Com mais de 300 hectares, é dos locais

alentejanos onde mais se verifica a apaixonante arte de fazer vinho. Aqui renascem os vinhos da marca Paço dos Infantes e

surgem os azeites com o mesmo nome.

O regresso do Paço dos Infantes

Hugo Cardoso, João Cardoso e Tiago Alves

► A Herdade Grande possui uma história grandiosa. É o terceiro produtor de vinhos mais antigo do Baixo Alentejo, onde são produzidos, anualmente, 350 mil litros. Igualmente grandiosa é a experiência e dedicação do seu proprietário, o enge-nheiro agrónomo António Lança. Com uma ligação de muitas décadas ao vinho e à Herdade Grande, António Lança sen-te-se como “peixe na água” neste setor. “Fui-me habituando aos vinhos desde muito novo e a minha formação está rela-cionada com este setor. Há 20 anos lan-cei-me no mundo dos vinhos como produ-tor”, realça o proprietário. Esta herdade imponente, numa fase inicial da sua história, não era aquilo que é nos dias de hoje. À medida que o negócio foi prosperando, a herdade foi alargando a

sua área, instalações e as suas valências. Atualmente, dos 350 hectares que possui, 60 correspondem a uma zona de vinha, 40 ao olival e os restantes fazem parte de uma zona de pastoreio que engloba também uma área de caça turística, que se prolon-ga a outras propriedades confinantes. Nes-ta Reserva de Caça Turística, as espécies mais abundantes são perdizes, lebres e coelhos. Desta forma, através da Herdade Grande é demonstrada a junção entre a na-tureza, o negócio e o lazer. “É bastante gra-tificante fazer desenvolver todos os setores da Herdade Grande. Esta herdade significa muito para mim e para a minha família, em especial para a minha filha e colega Maria-na que se dedica a este projeto de alma e coração”, revela António Lança.

VinhosEspalhado por grandes superfícies co-merciais de norte a sul do país, garrafei-ras e restaurantes, está o vinho produzi-do na Herdade Grande. A marca mais im-portante é a que aproveita o nome da herdade, o Herdade Grande. Poderá usu-fruir, do Branco, Gerações Branco, Bran-co Reserva. Por entre os tintos, o Tinto, 15 Vindimas, Gerações Tinto e Tinto Re-serva. Outras marcas que embelezam a

Herdade Grande são o Condado das Vi-nhas, o Monte das Talhas e o Audaz. Estes vinhos alentejanos são dos mais in-ternacionais, estando espalhados por um vasto número de países, tais como Brasil, Perú, Estados Unidos da América, Canadá, Japão, China, Angola, Luxemburgo, Alema-nha, Holanda, Bélgica, entre outros. A Her-dade Grande já foi bastante galardoada, tendo variadíssimos prémios em relação ao vinho Herdade Grande e dois prémios respetivos ao Condado das Vinhas. Para que todos estes vinhos estejam sem-pre com níveis qualitativos acima da mé-dia, a Herdade Grande conta com funcio-nários bastante dedicados. Na adega exis-tem três colaboradores permanentes, ou-tros três a tempo inteiro nas vinhas e mais alguns distribuídos por diferentes setores

HERDADE GRANDE

XII

que são essenciais ao negócio, comerciais e administrativos. De salientar ainda, que na altura das vindimas, o número aumen-ta consideravelmente. Outra matéria-prima digna de destaque na Herdade Grande é o azeite. Preservando os aromas e sabores das azeitonas das variedades Cobrançosa e Galega, o Azeite HG também tem sido um grande sucesso em termos de produção e vendas. Para António Lança, no que toca à proje-ção do futuro, o objetivo passa por “conti-nuar a produzir vinhos e azeites de quali-dade e a fazer mais investimentos, em prol da melhoria das condições da vinha, do olival e da adega”, conclui.Na Herdade Grande esperam-se tempos grandiosos. Para além de Herdade Grande, continuará a ser uma grande herdade.

A Herdade Grande é uma propriedade agrícola, localizada na Vidigueira, que prima pela história e imponência. Com cerca de um

século de existência e com uma área total de 350 hectares, faz parte dos locais mais emblemáticos do Alentejo. A grande diversidade de castas e a preservação das características tradicionais, fazem dos

seus vinhos um importante cartão de visita da herdade.

A grande montra agrícola do Alentejo

Mariana e António Lança

Por entre belas encostas alentejanas, surge a Quinta do Quetzal. Em pleno terroir da Vidigueira, bem junto à Vila de Frades, esta quinta

exemplifica na perfeição a arte de fazer bom vinho. Aqui poderá usufruir de vinhos únicos, acompanhados por deliciosos pratos com o sabor do Alentejo, um deslumbrante centro de arte contemporânea e

paisagens capazes de o transportar para um mundo paradisíaco.

► A Quinta do Quetzal está desde o início do milénio a marcar pela diferença. O ca-sal holandês Inge e Cees de Bruin, que mantém há várias décadas uma forte li-gação ao nosso país, fundou esta empre-sa inserida numa região próspera do Alentejo. Essa mesma prosperidade tem--se verificado até aos dias de hoje, sendo cada vez mais um local multifacetado. Aproveitando algumas vinhas existentes no terreno com mais de 25 anos de histó-ria, acrescentaram novas, que foram plantadas entre 2001 e 2006. No total, são 50 os hectares de vinha plantados nesta quinta.A partir de 2006, verificou-se um “upgrade” na Quinta do Quetzal, através da constru-ção da adega que potenciou a concretiza-ção de vinhos com uma qualidade supe-rior. Alicerçada pela “gravidade” e pela modernidade, a adega da Quinta do Quetzal prima pela eficiência e contemporaneida-de. Esta adega foi construída numa zona de declive, daí o fator gravidade ser tão im-

portante para a produção única. “A adega foi projetada numa zona com condições únicas a uma produção de vinho de exce-lência. A tecnologia de ponta, nos dias de hoje, é fundamental, e veio ajudar à otimi-zação de todo o processo”, explica o dire-tor e enólogo da Quinta do Quetzal, Reto Jorg. “A grande revolução de uma adega é o frio, é uma excelente forma de fazermos um controlo de temperatura eficaz e ter-mos assim um vinho de grande qualida-de”, acrescenta.A adega é dotada de uma arquitetura su-blime, estando dividida em três patama-res que garantem a boa qualidade dos vi-nhos. O nível mais alto corresponde à se-leção das uvas, a fermentação é feita num patamar intermédio e, por fim, exis-te a zona de estágio dos vinhos no andar inferior. Nesta zona figuram inúmeras barricas, verificando-se uma particulari-dade, a existência de música clássica ambiente. “Acreditamos que a música acalma o vinho”, revela Reto Jorg.

VinhosAs marcas Quinta do Quetzal e Guadalu-pe, nas vertentes tinto, branco e rosé, são as que dão nome aos vinhos desta quinta. Para além de serem comercializa-dos em todo o território nacional, estes vi-nhos são exportados para as Filipinas, Canadá, Brasil, Estados Unidos da Améri-ca, Suíça, Holanda e Cabo Verde.

Abertura de novo espaço A Quinta do Quetzal não para de crescer. São cada vez mais os motivos para a vi-sitar. Abriu recentemente um espaço que engloba arte contemporânea, loja de produtos locais, peças de design, en-tre outros onde não poderiam faltar o vi-nho e um restaurante confortável e des-contraído. Em relação à arte, terá a oportunidade de visualizar a primeira exposição com obras de três conceituados artistas in-ternacionais. Uma composição de fil-mes surpreendentes e surrealistas do

O paraíso alentejanoQUINTA DO QUETZAL

XIII

bem-humorado cineasta experimental Pat O'Neill, bem como exemplares artís-ticos de Robert Heinecken e Trisha Ba-ga, com uma componente audiovisual única no mundo. Para que a sua visita à Quinta do Quetzal se torne ainda mais saborosa, poderá de-liciar-se com as iguarias da região, confe-cionadas com um toque especial. À mesa chega o sabor do Alentejo, salpicado com deliciosos detalhes contemporâneos do chef Pedro Mendes, acompanhados pe-los bons vinhos da quinta. “Queremos de-monstrar que Portugal não tem só vinho, há muito mais para descobrir. Pretende-mos proporcionar aos nossos turistas, uma experiência diferente e enriquecedo-ra”, refere Reto Jorg, acrescentando que a Quinta do Quetzal é “o primeiro enotu-rismo em Portugal que combina vinho e arte contemporânea”.Vinho, gastronomia, lazer, turismo, arte, não faltam razões para fazer da Quinta do Quetzal, o seu destino de sonho.

“QUEREMOS DEMONSTRAR QUE PORTUGAL NÃO TEM SÓ VINHO, HÁ MUITO MAIS PARA DESCOBRIR. PRETENDEMOS PROPORCIONAR AOS NOSSOS TURISTAS UMA EXPERIÊNCIA DIFERENTE E ENRIQUECEDORA”

Reto Jorg

► Mário Pinheiro, viajado, visionário, e Nuno Bicó, engenheiro agrónomo, con-cretizam na Ribafreixo Wines o seu so-nho. Consideram-se privilegiados pela oportunidade que tiveram de realizar tu-do à medida e de raiz. O objetivo era es-sencialmente a produção de vinhos bran-cos e assim começaram por plantar as castas portuguesas, Antão Vaz, Alvari-nho, Verdelho, sendo posteriormente in-cluída a casta Chenin Blanc, uma es-treante no nosso país. Esta casta, até en-tão inexistente em Portugal, originou um vinho único que inicialmente seria expor-

tado na sua totalidade, mas rapidamente o desejo de novidade por parte do consu-midor português fez com que se tornasse um sucesso no nosso país. Todos os anos esta edição limitada desaparece rapida-mente do mercado, esgotando em pou-cas semanas depois do seu lançamento. A Vidigueira oferece características úni-cas para a produção vinícola. O seu mi-croclima e o seu terroir são autênticos, o que influencia em muito a qualidade dos vinhos. “Esta linha – Serra do Mendro – cria um corredor de ventos frios no inver-no e frescos no verão a que chamamos de ‘atlânticidade’, criando ainda uma am-plitude térmica muito grande entre as temperaturas diurnas e noturnas, que é a primeira condição para uma região de vi-nhos brancos. O terroir xistoso e o micro-clima transmitem muita frescura, minera-lidade e aroma no vinho, o que faz com que os vinhos aqui produzidos sejam bas-tante diferentes”, explica Mário Pinheiro.O processo de vinificação também se re-vela bastante importante na adega, daí a aposta em tecnologia de ponta. Para além do sistema gravitacional instalado, das prensas especializadas em vácuo,

das cubas de inox, das barricas de ma-deira ou do laboratório, a Ribafreixo con-ta ainda com câmaras de frio, linha de ro-tulagem e engarrafamento, tendo capaci-dade imediata para produção de um mi-lhão de garrafas. Aqui, e em todas as fa-ses de produção, há uma grande aposta no pormenor e na perfeição.Mas fazer um bom vinho resulta sobretu-do de uma matéria-prima sã. “Acredita-mos que quase 80% do bom vinho resulta da forma como se apresenta a uva à porta da adega, esse é o segredo. Tudo está re-lacionado com o clima, o terroir, com a casta e com a condução da vinha durante o ano inteiro. A nossa política de produção integrada tem normas bastantes rígidas de tratamento da vinha, sem impacto no ambiente e com uma visão extremamente sustentável”, refere Mário Pinheiro. Os vinhos produzidos na Ribafreixo estão à venda no país e além-fronteiras. São “Vegan Fiendly”, ou seja, no processo de clarificação dos mesmos são só utilizados componentes de origem vegetal. O porte-

RIBAFREIXO WINES

XIV

fólio é constituído por quatro gamas, Pato Frio, Gáudio, Connections e Barrancôa.Nesta herdade há ainda uma forte aposta no Enoturismo. Os visitantes podem disfru-tar da gastronomia regional disponível no Restaurante da Adega. Aqui, apreciando uma vista panorâmica sobre as vinhas de cortar a respiração, podem ainda degustar os belíssimos vinhos do produtor, adquiri--los na loja a preços convidativos e culmi-nar com uma visita guiada às vinhas e à Adega. Quem visita esta herdade quer sem-pre voltar, seja pela sua majestosa beleza, pela simpatia de quem os acolhe ou pelos aromas únicos a Alentejo presentes na gas-tronomia e no vinho que aqui se produzem. Sejam bem-vindos à Vidigueira.

A Ribafreixo Wines nasce em 2007, resultado de uma amizade e um cruzar de sonhos. Rapidamente reuniram 114 hectares na

Vidigueira, com plantação de 96 hectares de vinhas. Em 2009 é produzido o primeiro vinho, sendo que o foco foi sempre produzir

vinhos brancos de qualidade. A adega onde o vinho é produzido conta com tecnologia de ponta, que em complemento com o

microclima característico da Vidigueira, o terroir, os cuidados diários nas vinhas e a colheita, resulta em vinhos de uma

qualidade ímpar. O restaurante panorâmico que oferece uma fabulosa vista, é também uma das muitas mais-valias que lhes

garantiu o prémio de melhor Enoturismo no ano de 2015.

Um sonho tornado vinhoNuno Bicó e Mário Pinheiro

FICHA TÉCNICA Propriedade, Edição, Administração e Autor: Páginautêntica – Publicações, Lda Administração, Redação e Departamento Gráfico: Rua Barros Lima, 754, 2º andar - 4300-061 Porto, Tel. 225 360 898 [email protected], www.empresasmais.pt Editor: André Manuel Mendes Produção de Conteúdos: Carina Pereira, Carla Brandão, Isabel Oliveira, Tiago Lacerda Paginação e Design: Isaac Correia

Gestão de Comunicação: Alberto Santos, Hugo Midão, Licínio Figueiredo, Liliana Pereira, Rui Barbosa Secretária de Direção: Andreia Dias Periodicidade: Mensal Depósito Legal: 370221/14 • Os artigos nesta publicação são da responsabilidade dos seus autores e não expressam necessariamente a opinião do editor. Reservados todos os direitos, proibida a reprodução, total ou parcial, sem prévia autorização do editor. A paginação é efetuada de acordo

com os interesses editoriais e técnicos da revista, exceto nos anúncios com localização obrigatória paga. O editor não se responsabiliza pelas inserções com erros, lapsos ou omissões que sejam imputáveis aos anunciantes. Quaisquer erros ou omissões nos conteúdos não são da responsabilidade do editor.