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Projeto
Tecnologias para construção habitacional mais sustentávelProjeto Finep 2386/04São Paulo2007
Habitaçãomais Sustentável
Documento
Levantamento do estado da arte:Canteiro de obras
2.6documento
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Tecnologias para construção habitacional mais sustentávelProjeto Finep 2386/04São Paulo2007
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Documento 2.6
Levantamento do estado da arte:Canteiro de obras
Autores
Francisco Ferreira Cardoso, Dr.
Viviane Miranda Araujo
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ProjetoTecnologias para construção habitacional mais sustentávelProjeto Finep 2386/04
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Instituições executoras
Instituições parceiras
SINDUSCON
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Levantamento do estado da arte: Canteiro de Obras
CoordenaçãoProf. Dr. Vanderley M. John
POLI / USP – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
PesquisadoresProf. Dr. Alex K. AbikoMsc. Clarice Menezes DeganiProf. Dr. Francisco F. CardosoProf. Dr. Orestes M. GonçalvesProf. Dr. Racine T. A. PradoProf. Dr. Ubiraci E. L. de SouzaProf. Dr. Vahan AgopyanProf. Dr. Vanderley M. John
BolsistasAirton Meneses de Barros FilhoCristina Yukari KawakitaDaniel Pinho de OliveiraDavidson Figueiredo DeanaJosé Antônio R. de LimaMsc. Vanessa M. TaborianskiViviane Miranda Araújo
UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas
PesquisadoresProf. Dra. Marina S. O. IlhaProf. Dra. Vanessa Gomes da Silva
BolsistasErica ArizonoLaís YwashimaMarcia Barreto Ibiapina
UFG – Universidade Federal de Goiás
PesquisadoraProf. Dra. Lúcia Helena de Oliveira
BolsistaRicardo Prado Abreu Reis
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
PesquisadorProf. Dr. Roberto Lamberts
BolsistaMaria Andrea Triana
UFU – Universidade Federal de Uberlândia
PesquisadorProf. Dr. Laerte Bernardes Arruda
BolsistaGabriela Salum
Msc.
Larissa Oliveira Arantes
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Levantamento do estado da arte: Canteiro de obrasFrancisco Ferreira Cardoso, Viviane Miranda Araujo
1. IntroduçãoA etapa de construção, no ciclo de vida de um edifício, responde por uma parcelasignificativa dos impactos causados pela construção civil no ambiente, principalmente osconseqüentes às perdas de materiais e à geração de resíduos e os referentes às interfe-rências na vizinhança da obra e nos meios físico, biótico e antrópico do local onde aconstrução é edificada.
As perdas de materiais, quer incorporadas ao edifício, quer pela formação de entulh
embora aqui citadas, são abordadas no documento “Consumo de materiais”.É bastante grande a importância dos resíduos gerados nos canteiros de obra, tanto peque representam - da ordem de 50% da massa total dos resíduos sólidos produzidurbanas - como pelos impactos que causam, principalmente ao serem levados inadequados. Por isso, são tratados por uma resolução federal, a de nº 307/2002 doConselho Nacional do Meio Ambiente (2002), que dispõe sobre o seu gerenciamconseqüência, o tema vem sendo estudado e soluções desenvolvidas cobrindo ponredução da produção de resíduos em obras (perdas por entulho), o gerenciamento inevitavelmente produzidos e a sua reciclagem e reúso. Destes, apenas o segundo p
neste texto, o do gerenciamento dos resíduos gerados, sendo o primeiro coberto no“Consumo de materiais” e os dois últimos no documento “Seleção de materiais”.
Já as interferências causadas pelos canteiros de obras não têm merecido a devida empresas e dos profissionais e acadêmicos, embora também causem impactos signifiincômodos à vizinhança (sonoros, visuais, etc.) e poluição (ao solo, à água e ao ar), imda obra (aos ecossistemas, erosões, assoreamentos, trânsito, etc.) e consumo de recupalmente água e energia). Essas interferências têm assim escala local – trabalhadoresecossistemas do terreno – e global (sociedade), principalmente a poluição. Neste catender aos grandes desafios globais da redução do efeito estufa (relacionado à emissã2) e de
se evitar a diminuição da camada de ozônio e as chuvas ácidas (relacionadas, por exemsolventes à base de acetona). Todas as interferências apontadas são cobertas neste trab
Embora a dimensão ambiental do conceito de sustentabilidade seja fundamental quacanteiros de obras, ela não é a única a ser considerada. Do ponto de vista social e ediversos pontos a serem levados em conta. O primeiro relaciona-se à saúde e à setrabalhadores e da vizinhança. Não cabe um trabalho sobre sustentabilidade tratar drespeito ao tema, que é motivo de legislação específica e para o qual existem disponíacadêmicos, manuais práticos, tecnologias específicas como equipamentos de proteçãé aqui tratado essencialmente quando os riscos à saúde e à segurança decorrem de
natureza ambiental. Além desse, há outros aspectos de natureza social e econômica acomo: geração de emprego e renda, interferências na economia local, modificaçãoimobiliária local, alterações no setor comércio e serviços, alteração no cotidiano da importação de doenças.
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2. Conceitos FundamentaisEste item discorre a respeito dos aspectos e impactos ambientais dos canteiros, seaspectos socioeconômicos.
2.1 Aspectos e impactos ambientais dos canteiros de obras
2.1.1 Identificação
É importante a redução dos impactos ou modificações adversos no ambiente causadde construção. Tais impactos resultam das atividades desenvolvidas durante a ediferentes serviços presentes numa obra. As atividades trazem como conseqüência epodem interagir com o ambiente, sobre os quais a equipe de obra pode agir e ter chamados “aspectos ambientais”.
Por exemplo, a atividade “Fundações”, presente na execução da infra-estrutura de umcomo um dos aspectos ambientais a “emissão de vibração”, que pode causar comambiental “incômodo para a comunidade”. Para se limitar tal incômodo, deve-se procmesmo eliminar a emissão de vibração, por exemplo, mudando-se o tipo de fundaestaca cravada para uma escavada) ou a sua tecnologia de execução (pelo uso de vibratório em vez de por gravidade), ou ainda agir sobre a percepção do incômofazendo-se as cravações em horários cujas conseqüentes vibrações incomodem o míàs pessoas.
Assim, embora os impactos sejam os problemas, devem-se conhecer suas causas –ambientais – e em quais atividades estes ocorrem e com que intensidade, para nminimizando suas conseqüências.
Por que então é importante se conhecer os impactos ambientais? Essencialmente paonde agir em primeiro lugar e para o quê dar prioridade, já que não se pode atuar sobnormalmente, os recursos disponíveis são limitados. Assim, deve se conhecer as inteimpactos e suas conseqüências para os meios físico, biótico e antrópico, para então pmais, deve-se ainda saber em que medida todos aqueles que sofrem impactos, as chaminteressadas”, consideram-se prejudicados, como o pessoal que trabalha na obra, os f
o empreendedor, os projetistas, a vizinhança e, mesmo, a sociedade como um todo.A priorização deve ainda considerar o contexto específico do canteiro: reduzir uecossistema local é fundamental em uma obra numa região de mangue, e perde impobra em terreno confinado no centro de São Paulo, conseguido após a demoliçãopreviamente existentes e remembramento dos lotes. Finalmente, a legislação apobrigatoriamente que ser respeitada.
Priorizados os impactos que precisam ser reduzidos ou eliminados, pode-se definir asas ações de natureza gerencial necessárias para tanto, estabelecendo os recursos que implementados – equipamentos a serem comprados, profissionais a serem treinadosdos, ferramentas gerenciais a serem implementadas, etc. – e os prazos e custo envestas as principais informações que interessam aos profissionais de obra preocupquestão da sustentabilidade.
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No caso de grandes canteiros, necessários em empreendimentos considerados pcausarem grandes impactos, a legislação - Resolução nº 001/1986 do CONAMA - ofeita uma avaliação mais completa dos mesmos, o Estudo de Impactos Ambientaisrelatório-resumo ‘Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)’. Este é o caso de esaeroportos, obras hidráulicas, dentre outros empreendimentos, e, no caso de projetostambém daqueles com área acima de 100 ha ou implantados em locais consideradosinteresse ambiental. Os EIA/RIMA envolvem estudos cobrindo todo o ciclo de vidamento, e não apenas a etapa de construção (BRAGA, 2002).
Este manual, para a etapa de construção, não pretende cumprir o papel de um EIAporque é genérico, e não aplicado a uma obra de um empreendimento específico. Nalinha-se à parte das diretrizes gerais de um EIA/RIMA, na medida em que apontaambientais e socioeconômicos relevantes possíveis de serem gerados na etapa de conanalisa de forma genérica, ao trazer previsões de magnitudes e de importâncias (pe
reversibilidade, cumulatividade, sinergismo, etc.) e, sobretudo, nos casos de impactráveis, sugere medidas mitigadoras para os mesmos.
As informações estão primeiramente organizadas considerando-se a dimensão ambien-
tal e, posteriormente, a social e a econômica. Como se trata de um manual, o seu
conteúdo volta-se aos profissionais que atuam nos canteiros de obras. Assim, as
informações relacionadas à dimensão ambiental encontram-se estruturadas segundo
quatro grandes temas, cada qual agrupando aspectos ambientais correlacionados às
atividades desenvolvidas nos canteiros de obras:infra-estrutura do canteiro de obras;recursos; resíduos; e incômodos e poluição.
Os três primeiros temas são tratados de modo geral, sendo válidos para toda a duraAssim, aInfra-estrutura do canteiro de obrastrata, dentre outros pontos, de como proceder paque as construções provisórias do canteiro (áreas de produção, de apoio, de vivênciatos, proteções coletivas, etc.) sejam implementadas e funcionem de modo a minimpactos ambientais decorrentes e para que atividades desenvolvidas para ou durante o uso dessas instalações causem os menores impactos – remoção de edificações, svegetação, armazenagem de produtos, ocupação da via pública, circulação de veíc
tema ‘Recursos’ trata, dentro dos limites de decisão que a equipe de obra pode ter, do corecursos naturais e manufaturados (compras e contratações que considerem aspectossocioeconômicos como critério de decisão) e do consumo e desperdício de água, enegás natural no canteiro. Por sua vez, o tema 'Resíduos' trata do atendimento às exigências daResolução nº 307/2002 do CONAMA (2002), ou seja, do manejo e da destinação incluindo dos perigosos; como já dito, ele não cobre as perdas por entulho, tratadas n“Consumo de materiais”. Finalmente, os ‘Incômodos e Poluição’ referem-se às atividades detransformação da produção, as quais são tratadas nas diferentes fases de realizaçincluindo-se a execução de serviços em áreas comuns dos conjuntos habitaciona
preliminares; infra-estrutura; estrutura; vedações verticais; cobertura e proteção; rverticais; pintura; pisos; sistemas prediais; e redes e vias.
Para cada um dos quatro temas, são inicialmente identificados os aspectos ambientais
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a) Infra-estrutura do canteiro de obras? remoção de edificações;? supressão da vegetação;? risco de desmoronamentos;? existência de ligações provisórias (exceto águas servidas);? esgotamento de águas servidas;? risco de perfuração de redes;? geração de energia no canteiro;? existência de construções provisórias;? impermeabilização de superfícies;? ocupação da via pública;? armazenamento de materiais;? circulação de materiais, equipamentos, máquinas e veículos;
? manutenção e limpeza de ferramentas, equipamentos, máquinas e veículos.
b) Recursos? consumo de recursos naturais e manufaturados (inclui perda incorporada e embalag? consumo e desperdício de água;? consumo e desperdício de energia elétrica;? consumo e desperdício de gás.
c) Resíduos? manejo de resíduos;? destinação de resíduos (inclui descarte de recursos renováveis);? manejo e destinação de resíduos perigosos;? queima de resíduos no canteiro.
d) Incômodos e poluição? geração de resíduos perigosos;? geração de resíduos sólidos;? emissão de vibração;? emissão de ruídos;? lançamento de fragmentos;? emissão de material particulado;? risco de geração faíscas onde há gases dispersos;? desprendimento de gases, fibras e outros;
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? renovação do ar;? manejo de materiais perigosos.
Identificados os aspectos, o passo seguinte foi o daidentificação dos impactos ambientaiscorrespondentes causados aos meios físico, biótico e antrópico, neste último considerando ostrabalhadores do canteiro, a vizinhança e a sociedade como um todo. Os impactos são
a) Meio físico – solo? alteração das propriedades físicas;? contaminação química;? indução de processos erosivos;? esgotamento de reservas minerais.
b) Meio físico – ar? deterioração da qualidade do ar;? poluição sonora.
c) Meio físico – água? alteração da qualidade águas superficiais;? aumento da quantidade de sólidos;? alteração da qualidade das águas subterrâneas;? alteração dos regimes de escoamento;? escassez de água.
d) Meio biótico? interferências na fauna local;? interferências na flora local;? alteração da dinâmica dos ecossistemas locais;? alteração da dinâmica do ecossistema global.
e) Meio antrópico – trabalhadores? alteração nas condições de saúde;? alteração nas condições de segurança.
g) Meio antrópico – vizinhança? alteração da qualidade paisagística;? alteração nas condições de saúde;? incômodo para a comunidade;? alteração no tráfego de vias locais;
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? pressão sobre serviços urbanos (exceto drenagem);? alteração nas condições de segurança;? danos a bens edificados;
?
interferência na drenagem urbana.
g) Meio antrópico – sociedade? escassez de energia elétrica;? pressão sobre serviços urbanos (exceto drenagem);? aumento do volume aterros de resíduos;? interferência na drenagem urbana.
Foram assim constituídas matrizesAspectos & Impactos ambientaispara as atividades de1produção dos canteiros de obras do subsetor edificações. A primeira delas, que const
cobre os três primeiros temas. Considerando-se que se trata de canteiros de obras halevando-se em conta as magnitudes e importâncias (permanência, reversibilidade, cusinergismo, etc.) dos impactos negativos e as exigências legais, os mais significaselecionados.
Cabem duas observações. A primeira é a de que as relações cruzadas entre aspeimpactos não aparecerem de forma explícita na tabela. Por exemplo, a “supressão daumenta o risco de se “induzir processos erosivos”; em havendo estes, deve ocorr
quantidade de sólidos” nas águas, assim como “alteração da qualidade das águas sudos “regimes de escoamento”.
A segunda observação é a de que são apenas apontados os impactos causados por aplena responsabilidade da empresa construtora; por exemplo, não é ela quem especmadeira usada num revestimento de piso, não sendo, portanto, responsável pelaalterações causadas ao ecossistema global, caso seja uma madeira rara, por exemploela quem seleciona o fornecedor da madeira e, na compra, deve dar preferência comprovem a sua origem. A única exceção fica por conta de impactos que ocorrduração do canteiro, que não necessariamente sejam de plena responsabilidade
construtora; por exemplo, não é ela quem define a implantação do edifício a ser constdeterminada vegetação, mas é ela quem promove o corte necessário das árvores.
1. A doutoranda Clarice Menezes Degani e as mestrandas Fábia Cristina Segatto Marcondes e Priscila ddo PCC.USP, participaram da elaboração das tabelas 1 e 2.
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Tabela 1 - Matriz Aspectos & Impactos ambientais para as atividades de produção dos canteiros de obras – subsetoredificações. (DEGANI ,2003; ENVIRONMENT AGENCY, 2005; PULASKI, 2004; CASTEGNARO, 2003; ENTERPRISE, 2002)
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Remoção de edificações
Supressão da vegetação
Risco de desmoronamentosExistência de ligações provisórias (exceto águas servidas)
Esgotamento de águas servidas
Risco de perfuração de redes
Geração de energia no canteiro
Existência de construções provisóriasImpermeabilização de superfícies
Ocupação da via pública
Armazenamento de materiaisCirculação de materiais, equipamentos, máquinas eveículosManutenção e limpeza de ferramentas, equipamentos,máquinas e veículos
IMPACTOS AMBIENTAIS
Meio físico Meio biótico
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ASPECTOS AMBIENTAISTEMAS
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Impactos normalmente mais relevantes.
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Tabela 1 - (continuação)
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IMPACTOS AMBIENTAIS
Meio físico Meio biótico
Solo Ar Água
Meio antrópico
SociedadeVizinhançaTraba-lhador
ASPECTOS AMBIENTAISTEMAS
R e c u r s o s
Impactos normalmente mais relevantes.
Consumo de recursos naturais e manufaturados (incluiperda incorporada e embalagens)
Consumo e desperdício de água
Consumo e desperdício de energia elétrica
Consumo e desperdício de gás2Perda de materiais por entulho
Manejo de resíduos
Destinação de resíduos (inclui descarte de recursosrenováveis)
Manejo e destinação de resíduos perigosos
Queima de resíduos no canteiro
R e s
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2. Aspecto ambiental tratado no Documento 2.5 - ‘Consumo de materiais’.
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A Tabela 2 volta-se aos aspectos ambientais relacionados a incômodos e poluição, trrelevantes em função da fase da obra e das atividades nelas desenvolvidas, e mindicando os impactos negativos mais significativos.
Ainda considerando os incômodos e poluição, a Tabela 3 apresenta os impacto
causados aos meios físico, biótico e antrópico correspondentes a cada aspectoorganizados pela atividade envolvida em cada fase da obra. Aqui também os impmais significativos foram indicados.
Tabela 2 - Aspectos ambientaisrelacionados a incômodos e poluição emfunção das diferentes fases de uma obrae de suas principais atividades - subsetoredificações.
Impactos normalmente mais relevantes.
INCÔMODOS E POLUIÇÃO
Aspectos ambientais
ATIVIDADESFASES DA OBRA
Serviços Preliminares
Infra-estrutura
Estrutura
Vedações Verticais
Cobertura e proteção
Revestimentos verticais
Pintura
Pisos
Sistemas prediais
Redes e vias
DemoliçãoLimpeza superficial do terrenoFundaçõesRebaixamento do lençolEscavações e contençõesEstruturaAlvenariasDivisóriasEsquadriasTelhadoImpermeabilizaçãoRevestimento verticalPinturaPisoSistemas prediaisRedes enterradas e aéreas
TerraplenagemPavimentaçãoDrenagem superficial
G
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Tabela 3 - Matriz Aspectos & Impactos ambientais para as atividades de produção dos canteiros de obras – subsetoredificações. Tema: Incômodos e Poluição – (DEGANI, 2003; ENVIRONMENT AGENCY, 2005; PULASKI, 2004;CASTEGNARO, 2003; ENTERPRISE, 2002)
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IMPACTOS AMBIENTAIS
Meio físico Meio biótico
Solo Ar Água
Meio antrópico
SociedadeVizinhançaTraba-lhador
ASPECTOS AMBIENTAIS ATIVIDADES
GERAÇÃO DE RESÍDUOS PERIGOSOSDemolição
Divisórias
Estrutura
Impermeabilização
Pintura
Piso
TerraplenagemPavimentação
GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOSDemolição
Limpeza superficial do terreno
Fundações
Rebaixamento do lençol
Escavações e contenções
Estrutura
Impactos normalmente mais relevantes.
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IMPACTOS AMBIENTAIS
Meio físico Meio biótico
Solo Ar Água
Meio antrópico
SociedadeVizinhançaTraba-lhador
ASPECTOS AMBIENTAIS ATIVIDADES
(continuação)GERAÇÃO DE RESÍDUOSSÓLIDOS
Alvenarias
Telhado
Revestimento vertical
Piso
Sistemas Prediais
Redes aéreas e enterradas
Terraplenagem
PavimentaçãoDrenagem superficial
EMISSÃO DE VIBRAÇÃODemolição
Fundações
Escavações e contenções
Redes aéreas e enterradas
Terraplenagem
Pavimentação
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Tabela 3 - (continuação)
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IMPACTOS AMBIENTAIS
Meio físico Meio biótico
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Meio antrópico
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ASPECTOS AMBIENTAIS ATIVIDADES
17
EMISSÃO DE RUÍDOSDemolição
Limpeza superficial do terreno
Fundações
Escavações e contenções
Estrutura
Revestimento vertical
Redes aéreas e enterradasTerraplenagem
Pavimentação
Drenagem superficial
LANÇAMENTO DE FRAGMENTOSDemolição
Estrutura
Alvenarias
Revestimento vertical
Tabela 3 - (continuação)
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IMPACTOS AMBIENTAIS
Meio físico Meio biótico
Solo Ar Água
Meio antrópico
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ASPECTOS AMBIENTAIS ATIVIDADES
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RISCO DE GERAÇÃO FAÍSCAS ONDE HÁ GASES DISPERSOS
EMISSÃO DE MATERIAL PARTICULADODemolição
Limpeza superficial do terreno
Fundações
Escavações e contenções
Estrutura
Revestimento vertical
PinturaPiso
Redes aéreas e enterradas
Terraplenagem
Pavimentação
Redes aéreas e enterradas
DESPRENDIMENTO DE GASES, FIBRAS E OUTROSDemolição
Divisórias
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ASPECTOS AMBIENTAIS ATIVIDADES
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Esquadrias
Telhado
Impermeabilização
Pintura
Piso
Sistemas prediais
Pavimentação
RENOVAÇÃO DO ARFundações
Pintura
Piso
MANEJO DE MATERIAIS PERIGOSOSDemolição
Impermeabilização
Pintura
Piso
Pavimentação
(continuação)DESPRENDIMENTO DEGASES, FIBRAS E OUTROS
Tabela 3 - (continuação)
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A partir dos impactos mais relevantes indicados nas Tabelas 1 e 3, serão identificadrecomendadas (tecnologias ou ações de natureza gerencial), que constarão do item tecnológicos e gerenciais.
As três tabelas são indicativas e devem ser empregadas de modo cuidadoso. Por seras particularidades de cada empreendimento específico têm que ser consideradas. Ptrazem também as relações aspectos x impactos (Tabelas 1 e 3) e atividades x impacque não foram consideradas mais significativas, chamando assim a atenção para elacomo vantagem a rapidez na manipulação e na identificação dos impactos mais prová
Finalmente, deve-se observar que, embora na identificação dos aspectos o foco tquestões ambientais, preocupações de natureza social, muitas relacionadas à saúde eacabam se fazendo presentes. Esse é o caso, por exemplo, do aspecto “ocupação dacujas implicações e razões para preocupação não têm relação com desafios como poluição ou do consumo de recursos, ou ainda de impactos como “alteração nas csaúde dos trabalhadores” e “alteração nas condições de segurança da vizinhança”.
2.1.2 Razões para se preocupar com os aspectos ambientais apontados
Conhecidos os aspectos ambientais e seus conseqüentes impactos ambientais negatiseguinte é o da definição das práticas recomendadas - tecnologias ou ações de naturepara mitigá-los ou ao menos reduzi-los. No entanto, antes de pensar-se nelas é impentender o que está implicado em cada aspecto, quais os desafios associados e as radestaque. Por exemplo, por que é relevante o aspecto “Existência de ligações provisexistência tem várias implicações como, por exemplo, há o risco de serem mal feitagerando vazamentos, que vão contaminar o solo ou levar ao desperdício de água. Ousido feita uma ligação incorreta de uma saída de águas servidas a uma rede de ágIdentificar essas questões permite entender os impactos e, o mais importante, visoluções para intervir nas atividades relacionadas e eliminar ou diminuir as conseimpactos.
Neste item são percorridos os diferentes aspectos ambientais, para levantar suas imprazões para se preocupar com cada um.
2.1.2.1 Tema: Infra-estrutura do canteiro de obras
Aspecto ambiental: Remoção de edificações
No Brasil, onde praticamente todas as construções têm estruturas de concreto armadem componentes revestidos de argamassa, a remoção de edificações gera um grandresíduos, o que implica em aumento do volume de aterros e utilização de muitos camrealização do transporte, dificultando o tráfego da vizinhança. Outra dificuldade sãotos utilizados que, por acidente, podem provocar danos a bens edificados vizinhosinadequada do processo de remoção pode levar ao carreamento de material por chuvaaumentando a quantidade de sólidos nas águas superficiais.
Aspecto ambiental: Supressão da vegetaçãoAlém da alteração da qualidade paisagística, a supressão da vegetação gera um proc
de alteração do ecossistema local, trazendo riscos à fauna e à flora. É importante rcomum, nos canteiros, que parte da vegetação seja preservada e, neste caso, devemprecauções para que não haja danos.
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HabitaçãomaisSustentável
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Outra conseqüência da supressão da vegetação é a retirada da camada superficial de e exposição de camadas inferiores que, em geral, são mais suscetíveis à erosão. O proem pequena escala, pode sujar as ruas vizinhas com solo, porém, em maior escala,desmoronamentos, acidentes, etc.
Aspecto ambiental: Risco de desmoronamentosOs desmoronamentos podem ter variadas dimensões e impactos. Além do risco de aos trabalhadores (por exemplo, soterramentos), há o risco às construções vizinhas, qcomo conseqüências um recalque diferencial, danos às fundações, etc., com imateriais, como também diminuindo o nível de segurança da vizinhança.
Aspecto ambiental: Existência de ligações provisórias(exceto águas servidas)As ligações provisórias mal executadas de energia elétrica podem causar acidentes, tà segurança do trabalhador. Já, as ligações provisórias de água podem causar escassna vizinhança ao demandar o recurso em excesso. Há também o incômodo causado pnos fornecimentos quando das ligações pelas concessionárias.
Aspecto ambiental: Esgotamento de águas servidasO esgotamento de águas servidas do canteiro pela rede pública, quando mal feito, povazamento e, conseqüentemente, percolação do esgoto através do solo, contaminandáguas superficiais como subterrâneas.
Quando o esgotamento é feito por ligação errada à rede de drenagem, pode haver ristrabalhador e da vizinhança, por causa do contato com o esgoto; incômodo para a como odor e proliferação de vetores; e poluição de águas superficiais. A falta de manutenuso de fossas sépticas, causa incômodos semelhantes.
Aspecto ambiental: Risco de perfuração de redesA perfuração de redes causa incômodos à comunidade pela interrupção do fornecimegás, interdição de ruas e outras áreas e piora do tráfego, quando da execução dos cons
No caso das redes de esgoto, a perfuração e conseqüente percolação de esgoto pelolevar à contaminação de águas subterrâneas. Já, a perfuração de redes de água popropriedades físicas do solo e indução de processos erosivos e, conseqüentementrecalques diferenciais, desmoronamentos, etc., além de contribuir para a escassez de
Aspecto ambiental: Geração de energia no canteiro
A geração de energia no canteiro pelo emprego de geradores de combustão pode casonora, causando incomodo para a vizinhança.
Aspecto ambiental: Existência de construções provisóriasAlém do impacto paisagístico causado à comunidade, as construções provisórias mpodem trazer riscos à saúde, pelas condições precárias de higiene, e à segurança dopor causa de possíveis acidentes.
Aspecto ambiental: Impermeabilização de superfíciesA impermeabilização de superfícies causa alteração dos regimes de escoamento diminuição da infiltração de água pelo solo. Com o aumento do escoamento superficconseqüências, há o aumento da solicitação da rede de drenagem local.
Aspecto ambiental: Ocupação da via públicaA ocupação da via pública, seja por caçambas colocadas junto ao meio fio ou avan
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HabitaçãomaisSustentável
Levantamento do estado da arte: Canteiro de Obras
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ções do canteiro sobre a calçada, gera incômodos para a comunidade e pode causaprincipalmente pela alteração do tráfego nas vias locais, que obriga os veículos a dcaçambas, além de diminuir os locais para estacionamento na rua.
Aspecto ambiental: Armazenamento de materiaisO armazenamento incorreto de materiais, principalmente os perigosos, pode causar química do solo, no caso de vazamentos; deterioração da qualidade do ar pela emexemplo, compostos orgânicos voláteis; poluição de águas subterrâneas, no caso de substâncias no solo; alteração da qualidade das águas superficiais, pelo carreamentoas perigosas pela água; e alterações nas condições de saúde dos trabalhadores. O superficial também pode carrear materiais incorretamente estocados, como agregacausar aumento da quantidade de sólidos presentes nos corpos d'água.
Aspecto ambiental: Circulação de materiais, equipamentos, máquinas e veículosA circulação de materiais, equipamentos, máquinas e veículos, pode causar diversentre eles estão: a deterioração da qualidade do ar pela emissão de gases ou materiapoluição sonora, por causa da magnitude dos ruídos gerados; interferências na principalmente no caso de áreas rurais, em que o ruído emitido interfere no ecossistepara a comunidade, tanto pelo ruído como excesso de veículos circulando pelasalteração nas condições de segurança da vizinhança, ou mesmo danos a bens edificadpor exemplo, pelo movimento errado de um guindaste que alcance edificação vizinha
Aspecto ambiental: Manutenção e limpeza de ferramentas, equipamentos, máquinas
A manutenção e limpeza de ferramentas, equipamentos, máquinas e veículos, se fepermeável, pode gerar contaminação química do solo e alteração da qualidade de águ
as, por exemplo, pelo derramamento de óleo ou produtos de limpeza. Estes produpodem causar alteração da qualidade de águas superficiais pelo escoamento superfici
A falta de manutenção, por outro lado, pode causar deterioração da qualidade do ar,emissão de poluentes; poluição sonora, que também pode afetar a fauna local; vacombustível ou óleo; incômodos para a comunidade (pelo ruído, veículos quebalteração das condições de segurança do trabalhador e da comunidade (por causa dedanos a bens edificados, por exemplo, um imóvel vizinho atingido por um guindaste
2.1.2.2 Tema: Recursos
Aspecto ambiental: Consumo de recursos naturais e manufaturados(inclui perda incorpora-da e embalagens)O consumo de recursos naturais, principalmente em excesso (caso das perdas inco“inutilmente” (como as embalagens que possam ser diminuídas ou reaproveitadasaceleração do esgotamento de jazidas minerais ou de recursos naturais. Especificamárvores de áreas não manejadas gera uma cadeia de impactos ambientais, que altera ao ar, etc.
Aspecto ambiental: Consumo e desperdício de águaO consumo desnecessário de água colabora para a escassez desse recurso cada vez m
Aspecto ambiental: Consumo e desperdício de energia elétricaO consumo desnecessário de energia elétrica é particularmente penoso nos horáriodemanda, ao final do dia.
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Aspecto ambiental: Consumo e desperdício de gásO gás é um recurso não renovável, e todo consumo desnecessário deve ser evitado. por vazamento põe em risco o trabalhador da obra e a vizinhança e leva à deterioraçdo ar.
2.1.2.3 Tema: ResíduosAspecto ambiental: Perda de materiais por entulhoOs resíduos de construção civil representam um significativo percentual dos resíproduzidos em áreas urbanas. As perdas por entulho, além de representar um alconstrutor, impactam duplamente o meio ambiente: ao levar ao aumento do consume ao aumentar os volumes enviados às áreas de destinação, como aterros e, no caso ilegais, às áreas não adequadas, como terrenos baldios, córregos, encostas, etc.
Aspecto ambiental: Manejo de resíduosO manejo de resíduos inclui as atividades de caracterização, triagem, acondici
transporte. Sabe-se que estas atividades são fundamentais no gerenciamento dpossibilitando a valorização dos mesmos pelo reúso e reciclagem.
O manejo inadequado, portanto, gera diversos impactos, por exemplo: esgotamentaumento do volume de aterros, pois, por causa da triagem incorreta, materiais que reutilizados ou reciclados não o serão; alteração da qualidade das águas superficiaisquantidade de sólidos nos corpos d'água, por causa do carreamento de sólidos codispositivos inadequadamente protegidos pela água de chuva; alteração das condiçõetrabalhador, por exemplo, pelo acondicionamento inadequado, expondo-o à poeirapara a comunidade, no caso da queda de resíduos no momento do transporte, por exem
Aspecto ambiental: Destinação de resíduos (inclui descarte de recursos renováveis)
A disposição de resíduos em locais inadequados contribui para a degradação dambiental, impactando significativa e negativamente o meio físico, biótico e antrópicdos locais de destinação como de áreas mais extensas. Os resíduos devem ser clconforme determina a resolução CONAMA nº 307/2002 em A, B, C ou D e desticorreto. Não é permitida a disposição em aterros de resíduos domiciliares, áreas deencostas, corpos d'água, lotes vagos e áreas protegidas por lei.
Aspecto ambiental: Manejo e destinação de resíduos perigosos
O manejo e a destinação inadequados de resíduos perigosos podem trazer graves consaúde do trabalhador e da vizinhança, pelo contato com substancias tóxicas. Devetomar precauções para que não haja contato de tais resíduos com a flora e fauna localnuma área rural, por causa do derramamento de resíduos perigosos ou seu carreaáguas. Da mesma forma, o resíduo pode causar impactos no meio físico ao entrar emsolo, águas subterrâneas ou águas superficiais. A destinação incorreta traz também cextremamente danosas para comunidades mais distantes.
Aspecto ambiental: Queima de resíduos no canteiroA queima de resíduos nos canteiros, além de proibida, provoca deterioração da qu
além da possibilidade de geração subprodutos perigosos, como a queima do PVC eEsses fatores prejudicam a saúde dos trabalhadores e da vizinhança, além de causaresignificativos para a comunidade.
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2.1.2.4 Tema: Incômodos e Poluição
Aspecto ambiental: Geração de resíduos perigososOs resíduos perigosos podem impactar o meio ambiente de diversas maneiras. Avalipontos críticos: contaminação química do solo, por exemplo, com a penetração detóxicas nos vazios do solo devido ao vazamento de tintas e solventes estocados deterioração da qualidade do ar, por exemplo, pelo desprendimento de gases tóxcompostos orgânicos voláteis; poluição de águas subterrâneas, pela percolação perigosos pelo solo atingindo o lençol freático; e alteração das condições de saúde dpor exemplo, pela inalação ou manejo inadequado de substancias nocivas à saúde adesivos.
A geração de resíduos perigosos na construção civil, hoje, não pode ser totalmente epode ser minimizada ou controlada.
“O controle efetivo da geração, do armazenamento, do tratamento, da reciclagem e r
transporte, da recuperação e do depósito dos resíduos perigosos é de extrema imposaúde do homem, a proteção do meio ambiente, o manejo dos recursos naturais e o deto sustentável.”
Aspecto ambiental: Geração de resíduos sólidosA geração de resíduos num canteiro de obras é inevitável, no entanto, segundo CONAMA nº 307/2002, a prioridade deve ser a não geração de resíduos e, secundredução, reutilização, reciclagem e destinação final.
Certamente, um dos impactos mais relevantes é o aumento do volume de aterros. Acidades como São Paulo, a disposição final do resíduo já representa um problema, disponíveis estão acabando. E necessária a conscientização de todos os trabalhadoreque a geração seja minimizada. Vale lembrar a geração de resíduos gera incômodospela circulação de caminhões, caçambas, ou disposição em lotes vazios nos arredoponto crítico é o do aumento da quantidade de sólidos nas águas, devido a possívecausado por uma gestão incorreta dos resíduos.
Aspecto ambiental: Emissão de vibraçãoA vibração dos equipamentos e máquinas utilizados pelos trabalhadores, principalmruído, pode causar diversos problemas à saúde, como a diminuição da audição. Jávizinhança, as vibrações podem causar estresse psicológico e problemas à saúde.
Nas edificações, as patologias verificadas são decorrentes de danos estruturais ouestruturais são aqueles que afetam a capacidade resistente da estrutura (como trincvigas ou pilares e alteração das condições das fundações), enquanto danos não estruacontecer por conseqüência de danos estruturais (como reflexão de trincas) ou em defeito da vibração nas camadas de revestimento e vedação (como trincas em forropisos).
Aspecto ambiental: Emissão de ruídosComo no caso das vibrações, a poluição sonora é a alteração do meio ambiente causa
Sua ação pode prejudicar a saúde e o bem estar dos trabalhadores e da comunidadcanteiro, podendo provocar estresse, dificuldades mentais e emocionais ou até surdeprogressiva. Desse modo, faz-se necessária a manutenção do ruído em valoresminimizando os impactos comentados.
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Aspecto ambiental: Lançamento de fragmentosNão é difícil de imaginar que o lançamento de fragmentos, como blocos, lascas de cocerâmicas, madeira, etc., cause riscos aos trabalhadores e à vizinhança. Deve-se fatento e utilizar os equipamentos de proteção individuais e coletivos corretos, de moo risco de acidentes. Fragmentos de maior porte podem também causar danos a bens e
Aspecto ambiental: Emissão de material particuladoO material particulado é formado por partículas sólidas cujo diâmetro pode variar detros a 100 micrometros. As partículas entre 0,1 micrometro e 3 micrometro causproblemas respiratórios aos seres vivos. Além de problemas de saúde, o material inconveniente e causa perturbações na atmosfera (diminuição de visibilidade). Ncanteiros de obras, o material particulado pode ser constituído por pó de cimentoargamassa industrializada, poeira devido às escavações ou circulação de veículos ou e outras fontes. A vizinhança sofre grande incômodo por este aspecto.
Aspecto ambiental: Risco de geração faíscas onde há gases dispersosEm decorrência das atividades realizadas nos canteiros de obras, podem ocorrerinesperados de gases, com origem em tubulações perfuradas durante demolição e esaté mesmo desprendimento de gases do subsolo, como na escavação de tubulões. Pocomum entre atividades de canteiro que haja geração de faíscas por algum equimáquina. Portanto, para evitar acidentes, deve-se manter equipamentos elétricos quefaíscas, como motores, em bom estado, e devem-se tomar precauções contra desprengases inflamáveis e, se ocorrer, deve haver um procedimento pré-estabelecido divulgado aos trabalhadores.
Aspecto ambiental: Desprendimento de gases, fibras e outrosNas atividades realizadas nos canteiros de obras é comum o desprendimento de gmaterial particulado (conforme já exposto), entre outros. O gás carbônico e os compovoláteis são exemplos de gases que podem ser prejudiciais à saúde do trabalhadoirritações nos olhos e pele, doenças ou morte. Já as fibras, como amianto, sílicisolantes e lãs minerais são responsáveis por diversos males, entre eles a silicose e pse. É recomendável que não haja exposição do trabalhador a esses elementos; no enfor inevitável, devem ser utilizados equipamentos de proteção. Embora mais distantvizinhança pode também sofrer impactos prejudiciais à saúde.
Aspecto ambiental: Renovação do arO ar no interior das edificações em construção não deve apresentar riscos à saúde dnem desconforto. A falta de renovação do ar impacta diretamente a saúde do trabalhainterior da edificação, causando desconforto, danos à saúde, sonolência, perda da creação, asfixia, ou até morte.
Os riscos têm origem externa ou interna à edificação, através do desprendimen(compostos orgânicos voláteis, CO2 de motores, até fumaça de cigarro, etc.), fibparticulado (asbestos, sílica, etc.). A umidade excessiva nos ambientes internos tambprejudicial, principalmente quando são considerados os refeitórios e as áreas de v
muitas vezes, estão localizados em subsolos e estão suscetíveis ao calor e à umidacausar doenças respiratórias e outros problemas à saúde devidos, por exemplo, ao desde fungos.
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Para preservar a boa qualidade do ar interno é necessário preocupar-se com dois fatorda emissão de poluição na sua origem e a boa ventilação.
Aspecto ambiental: Manejo de materiais perigososAlgumas doenças geradas pelo contato com materiais perigosos são: pneumoconioirritações, alergias, queimaduras, etc. No manejo destes materiais é preciso tomar anecessárias e utilizar equipamentos de proteção de modo a evitar riscos à saúde.
2.1.3 Priorização
Uma vez entendidas as implicações e razões para se preocupar com cada aspecto amse adequar as relações e os graus de importância indicados nas Tabelas 1 e 3 às condicanteiro de obras. Sugere-se para tanto que a aplicação das tabelas seja acompanhadaum grupo ad hoc pela empresa construtora, que discuta seus conteúdos, os valide e os comte, considerando-se as especificidades da obra em questão – legislação específica, empreendedor e demais partes interessadas, características do local, características d
mento, etc. Do grupo de discussão ad hoc devem fazer parte representantes da construtora e principais subcontratados, do empreendedor, dos principais projetistas, de empresa getc.; técnicos com formação acadêmica ou experiência profissional sobre temas espeser envolvidos, conforme o caso, de modo a subsidiar as decisões.
Tal grupo deve analisar os diferentes aspectos e avaliar as implicações e razões paratem preocupações. Não obstante, como podem ser muitos os impactos negativoenfrentados, e escassos os recursos para mitigá-los, uma técnica possível, após a idenmesmos, é a da sua ponderação relativa. Para se ponderar, é necessário antes se prioridades – que meios privilegiar, físico, biótico ou antrópico? Que preocupaçsignificativas, emissão de CO2, poluição à água, preservação do ecossistema, economirecursos não renováveis, valorização da reciclagem, diminuição de áreas de aterros, e
Essa mesma técnica pode ser usada na escolha de alternativas para a minimização causados. Voltando-se ao exemplo da atividade “Fundações” e do aspecto ambientavibração”, causando o impacto ambiental “incômodo para a comunidade”, a opção smaneira de reduzir ou eliminar tal vibração, envolvendo a mudança do tipo de funestaca cravada para uma escavada), de sua tecnologia de execução (pelo uso de bvibratório) ou agindo sobre a percepção do incômodo causado (cravações em hincomodem o mínimo possível às pessoas), pode se dar segundo critérios e priorestabelecidas – custos, redução dos impactos negativos ou potencialização dos impacEmbora possua limitações, esta postura permite uma ordenação rápida das alternatise que seja possível associar-se uma escala de ponderação representativa dos interesdos envolvidos.
2.2 Aspectos e Impactos sociais e econômicos dos canteiros de obras
2.2.1 Identificação
A etapa de construção não causa apenas impactos ambientais, mas também outrossocial e econômica. Parte dos de natureza social já estão incluídos nas tabelas antecomplementados pelos da Tabela 4, que traz aMatriz Aspectos & Impactos sociais e econômi-cos decorrente das atividades de produção dos canteiros de obras, para o subsetor edifi
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Tabela 4 - Matriz Aspectos & Impactossociais e econômicos decorrente dasatividades de produção dos canteiros deobras – subsetor edificações (DEGANI,2003; COMPAHIA DE TRANSPORTE DESALVADOR, 2004; NIGERIA LIQUEFIEDNATURAL GAS LIMITED)
Essa tabela não considera um impacto muito significativo, por não ser conseqüência de uma obra
em si, mas de uma prática sistemática do setor, que tem como resultado o fato de os canteiros de
obras serem uma das manifestações mais marcantes das desigualdades existentes no país, já que
os operários que neles trabalham possuem dentre os mais baixos índices de desenvolvimento
humano considerando-se os assalariados brasileiros, sem contar a elevada parcela de trabalho
informal neles observada.
2.2.2 Razões para se preocupar com os aspectos sociais e econômicosapontados
Como no caso dos aspectos ambientais, também aqui é importante bem entender o que está
implicado em cada aspecto social e econômico, quais os desafios associados e as razões do seu
destaque. Embora se conhecer tais aspectos e os respectivos impactos seja importante, este
trabalho não vai tratá-los com mais detalhes, focando-se, a partir daqui, apenas nos impactos de
natureza ambiental, para apresentar os instrumentos tecnológicos e gerenciais comumente
empregado para mitigá-los.
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Impactos sociais e econômicos
ASPECTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS
Contratação de trabalhadores locais
Contratação de serviços locais
Deslocamento de pessoas de outras regiões para o local
Alteração na circulação de veículos e pessoasIncentivo ao mercado local de reciclagem
Formação de mercado local de reuso
G e r a ç
ã o d e e m p r e g o e
r e n
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I n t e r f e r ê n c
i a n a e c o n o m
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b i l i á r i a l o c a l
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A l t e r a ç ã o n o c o
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3. Caracterização e análise crítica das práticas existentes nomercado nacional
Conhecidos os impactos ambientais negativos normalmente mais relevantes relaciona-
dos à etapa de construção, do ciclo de vida de um empreendimento, o passo seguinte é oda definição das práticas recomendadas – emprego de tecnologias ou ações de naturezagerencial – para mitigá-los ou ao menos reduzi-los.
Algumas dessas práticas serão aqui apresentadas, devendo este item ser ainda appróximo relatório do projeto.
No entanto, são desde já apresentados alguns elementos de um instrumento gerencpara empresas construtoras ou subcontratadas que atuam na obra, o Plano de RImpactos causados pelo canteiro.
3.1 Práticas recomendadas e recursos para mitigação de impactosambientais negativosNeste item serão abordadas as práticas recomendadas para a etapa de construção. serão expostas em função dos aspectos ambientais envolvidos, que, novamente, esnos quatro temas: infra-estrutura do canteiro de obras, recursos, resíduos e incômodNo quarto tema, as práticas serão tratadas, também, de acordo com as atividades dação, limpeza superficial do terreno, fundações, rebaixamento do lençol, escavaçõesestruturas, alvenarias, divisórias, esquadrias, telhado, impermeabilização, revestimpintura, piso, sistemas prediais, redes enterradas e aéreas, terraplenagem, pavimdrenagem superficial.
3.2 Plano de redução dos impactos ambientaisA empresa construtora é responsável pela proteção do ambiente, o controle dos impapor suas atividades, a prevenção de acidentes e a promoção de uma construção mais para tanto, deve disponibilizar os recursos financeiros, os equipamentos e a estruturae implantar práticas gerenciais necessários em seus canteiros de obras.
Uma das maneiras adequadas para planejar e direcionar todos esses esforços é pelinstrumento gerencial, o Sistema de Redução dos Impactos Ambientais. São aqui alguns elementos deste Sistema. Os mesmos podem também ser usados por empreeno estabelecimento de um caderno de encargos “ambiental” ou “de sustentabilidade”verde”, tratando do tema e usada para orientar a contratação e a atuação da empresa co
Implementar umSistema de Redução dos Impactos Ambientaiscausados pelo canteiro de obrassignifica pensar a longo prazo, o que é muito importante quando se trata da susten
Sistema deve assim estar alinhando com o sistema de gestão da empresa (NBR ISO 14001, etc.). A direção da empresa deve se envolver, de modo a sensibilizar e obter omento de funcionários e fornecedores no sentido de tornar o Sistema efetivo nas difeempresa.
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O Sistema deve cobrir três partes. A primeira objetiva “conhecer e saber controlar os impac-tos”, permitindo à empresa saber de que modo e com que intensidade suas atividades de obras causam impactos ao ambiente e à saúde e conhecer a legislação aplicável,ainda não são muito disseminadas no setor; a segunda parte visa a “reduzir os impactos aoambiente e à saúde”, voltando-se para a minimização efetiva dos mesmos, graças ao mento das tecnologias e dos instrumentos gerenciais disponíveis e ao papel ativo dbusca de soluções efetivas e inovadoras. Já a terceira, voltada aos “aspectos e impactos sociais eeconômicos”, procura valorizar os impactos de natureza sócio-econômica positivos e mnegativos.
O Sistema deve ter seus desdobramentos em cada obra em que a construtora atue. Asconstrutora deve elaborar e documentar oPlano de Redução dos Impactos Ambientaisde umaobra específica, consistente com o seuSistema de Redução dos Impactos Ambientais. Paratanto, a empresa deve inicialmente definir os seguintes elementos:
a) objetivos de sustentabilidade específicos;
b) responsáveis pelas ações ambientais da empresa e dos subcontratados;
c) preocupações ambientais relevantes para a obra, expressas pela suas matrizes dimpactos ambientais para as atividades de produção dos canteiros de obras (aTabelas1 e 3);
d) especificidades da obra quanto à infra-estrutura do canteiro de obras e das soluções adotadas, estabelecidas a partir das práticas recomendadas e recumitigação de impactos ambientais negativos apresentadas no item anterior, conprojeto do canteiro;
e) especificidades da obra quanto aos recursos consumidos e as respectivas soluçõestabelecidas a partir das práticas recomendadas e recursos para mitigação dambientais negativos apresentadas no item anterior;
f) especificidades da obra quanto aos resíduos gerados e das respectivas soluçõeestabelecidas a partir das práticas recomendadas e recursos para mitigação dambientais negativos apresentadas no item anterior, consolidadas no Plano de Gede Resíduos da obra;
g) especificidades da obra quanto aos incômodos e poluição causados e das respectiadotadas, estabelecidas a partir das práticas recomendadas e recursos para miimpactos ambientais negativos apresentadas no item anterior;
h) pontos de risco críticos da obra, para cada atividade identificada como problemárando os aspectos ambientais, mas também de saúde e segurança das pessoaindiretamente envolvidas, e de suas formas de prevenção e reação em caso deincluindo de reparação de danos;
i) preocupações sociais e econômicas relevantes para a obra, expressas pela suasaspectos e impactos sociais e econômicos para as atividades de produção dos cobras (a partir da Tabela 4).
Notar que a proposta acima inclui a valorização de medidas que preocupações sociairelevantes para a obra.
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Cumprir tal tarefa não é simples, já que um dos desafios para a empresa construtora qobra é obter as informações para que possa implementar um Plano adequado, prinquando não é sócia do empreendimento, por exemplo, sendo seu incorporador. Elapartir das informações contidas nos documentos do contratante, que podem conteambientais. Tem que considerar o seu próprio Sistema de Redução dos Impactos Amb
como levantar toda a legislação local pertinente. Finalmente, tem que conhecer perlocal da obra, incluindo:
a) condições do terreno, como natureza do solo e do subsolo e sua permeabilidade; dpresença de cursos d'água no terreno ou nas suas divisas; nível do lençol freáticomente se este for próximo da superfície;
b) informações precisas sobre as vegetações existentes, principalmente as de pecossistemas a proteger; estas informações devem se mais precisas no caso de regiões com ecossistemas complexos (próximas a mangues, cursos d'água, preservação ambiental, etc.);
c) condições da vizinhança da obra (níveis de ruídos, circulação de veículos, difiestacionamento, presença de edifícios de uso especial como escolas e hospitahábitos dos vizinhos;
d) presença de fontes externas de riscos, como linhas elétricas ou de alta tensão no tvizinhança;
e) informações sobre ventos dominantes (freqüências, velocidades e direções dominantes), condições do relevo e construções vizinhas que influenciem os vento
f) nível de poluição do subsolo, devendo a empresa, se constatado um nível elevadimediatamente o fato ao empreendedor da obra;
g) riscos naturais a que está sujeito o terreno, como desmoronamentos e inundações;
h) possíveis fornecedores locais de materiais e serviços;
i) expectativas das demais partes interessadas, como trabalhadores da obra, subcfornecedores de materiais, empreendedor, projetistas, vizinhos, etc.;
j) áreas para disposição dos resíduos e as possíveis formas de reaproveitamento dos m
Esse levantamento permite que a empresa elabore um Plano e um projeto de canteiincorporando as medidas adequadas de minimização de impactos, antecipando-se situações futuras ao longo da obra, evitando surpresas, que possam ter como conimpactos negativos significativos, reclamações e pedidos da vizinhança, problemasegurança com funcionários, multas, embargos por causas ambientais, custos de despo
É também com base no Plano, e de sua experiência registrada em obras anteriores, sodo tratamento das diferentes classes de resíduos, considerando a seleção, o trandestinação, incluindo o reaproveitamento, que ela será capaz de estimar o custo da imdas medidas mitigadoras, podendo incluir em seu orçamento ou corrigir um prébaseado em índices médios anteriores. Dele resultará o Plano de Gerenciamento deobra.
Para poder elaborar Planos de qualidade, o Sistema da empresa deve implementar matualização de informações sobre produtos, processos, legislações, normas, novas te
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equipamentos, etc., de forma que ela seja sempre capaz dispor das soluções mais reso ambiente. Essa busca deve considerar as diferentes etapas do ciclo de vida, comaplicação, funcionamento, perdas, disposição de resíduos, etc.
A todo início de obra, a construtora deve implantar um programa de sensibilizaçãotrabalhadores e subempreiteiros, comprometendo-os quanto: aos materiais perigosoensinando-lhes formas de minimizar os impactos sobre a saúde e o ambiente; à corretdos materiais, seleção dos resíduos gerados e destinação aos recipientes; ao interessdo gerenciamento de resíduos; à importância em se manter o canteiro e suas instalaçõpráticas para redução dos consumos de água, energia e combustíveis e gases; às caravizinhança e à importância em respeitá-la; às maneiras para se reduzir os ruídos e empoeiras e fragmentos; à importância do uso de equipamentos de proteção (poeira, getc.).
Neste momento, um documento de sensibilização e de boas práticas deve ser entregnovo trabalhador, próprio ou de terceiros subcontratados, contendo elementos comodo canteiro e de suas instalações; acessos à obra e meios de transporte público; locaiseus acessos; objetivos ambientais (e de qualidade) da obra; princípios de prevençãosaúde; gerenciamento dos resíduos da obra; etc.
No caso de subempreiteiros, é fundamental a participação e o comprometimentoempresa, além de seu mestre-de-obras ou encarregado.
É importante se conseguir o comprometimento efetivo dos fornecedores de matdestinação dos resíduos gerados por seus produtos (logística reversa) e com o desenvembalagens reaproveitáveis.
A participação na busca de soluções para a melhoria ambiental deve ser aberta a toddores de materiais e serviços e funcionários da empresa, e incentivada, com base eadequadas.
Para a compra de materiais ou a contratação de serviços de execução, a construtora deuma política de suprimentos adequada. Quanto aos produtos, existem no mercinformações disponíveis fornecendo resultados de análises de ciclo de vida, que permprocesso de compras. Aqui, se assegurar da procedência do produto e se ter o maioinformações que garantam sua qualidade são informações importantes na decisão pede um produto ou fornecedor em relação a outro, assim como a construtora deve optae fornecedores locais, quando comparáveis a produtos e serviços de regiões maisrenováveis ou recicláveis. Atenção deve ser dada para a escolha da madeira empregajá há no mercado selos que permitem assegurar sua origem e o fato de serem provenisujeitas a técnicas de manejo adequadas; atentar também para o fornecimento de areipodem ser provenientes de jazidas ilegais. A política de suprimentos deve ainda valdores que: não pratiquem concorrência desleal (participar do respectivo ProgramQualidade é um excelente indicador); sigam a legislação e as normas técnicas; comportamento ético quanto à contratação de sua mão-de-obra. Tal política deve ainmercado local de reciclagem e de reuso.
Deve ser estabelecido um modo eficiente de comunicação na empresa para manternível de conhecimento de todos sobre as questões ambientais e relacionadas à saúde e
Atenção deve ser dada à comunicação com terceiros, como fornecedores, que deve s
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credibilidade, na sinceridade e no longo prazo. Para que um fornecedor possa de fatoprocesso de redução dos impactos ambientais é necessário prever antecipadamenecessidades, para então ser capaz de lhe fornecer as informações sobre os produtos os resíduos que gera, os custos associados aos resíduos, as novas tecnologias dispoDeve-se também apoiá-lo na busca de informações faltantes e na viabilização dos recconsiga implementar as medidas mitigadoras necessárias. Finalmente, não se pode todo fornecedor ou subcontratado é um parceiro do entendimento e busca de soluproblemas ambienteis, tais como as perturbações que a obra pode causar na rotina dincluindo ruídos e poluição e suas conseqüências, riscos potenciais para a saúde e setrabalhadores e de vizinhos, definição de itinerários de caminhões, etc.
As experiências bem sucedidas de cada canteiro devem ser registradas, assim como que precisaram ser solucionados, para que possa usar tais registros em obras futurasbásicos a serem sempre levantados são os custos dos resíduos, consumos de recursoscom o programado, eventuais custos de despoluição e benefícios ou perdas de imageempresa.
A construtora deve se preocupar em transmitir àquele que a contrata, assim comusuários da obra que constrói ou aos que serão responsáveis pela sua operação e manuas informações obtidas durante a construção que concorram para a sua durabilidadfuncionamento, incluindo instruções sobre equipamentos e instalações como aqsistemas de abastecimento de água, áreas para armazenamento de resíduos devifreqüências de manutenção, etc., e que facilitem operações futuras de manutenção, demolição. Ela deve ser proativa no sentido de sensibilizar os usuários quanto à imaspectos ambientais relacionados ao edifício que vão ocupar (obedecer às instruçõepela economia no uso dos recursos, assegurar as corretas manutenções, preservar alocais, etc.). Deve haver perfeita coerência entre as informações fornecidas e ocomponentes e sistemas efetivamente empregados (projetoas built ).
As redes dos diferentes sistemas prediais devem ser corretamente identificadas, tantquanto nas próprias instalações. Cálculos sobre desempenho e consumos de equisistemas devem ser fornecidos, assim como toda informação necessária ao correto fe manutenção.
A construtora pode também avançar na implementação de um sistema de gestão a
pode se basear nos requisitos da NBR ISO 14001 e mesmo ser certificado.O canteiro deve ser dotado dos equipamentos necessários para se agir caso algumacidental venha a ocorrer e de plano de emergência (inclui fácil obtenção de telefonbombeiros, por exemplo).
Finalmente, um dos grandes desafios do Plano é conseguir tratar os vários impacreduzidos ou eliminados, considerando-se as diferentes partes interessadas (travizinhos, ecossistema local, etc.). O ótimo local quase nunca é o ideal, devendo-se suma abordagem global e sistêmica, e a melhor solução surge de um compromisso.
Uma vez implementado o Plano, deve haver um controle permanente durante toaplicação das medidas estabelecidas. Para tanto, deve-se integrar nas reuniões dpreferência semanalmente, ações de acompanhamento e controle das medidas impcom a participação de fornecedores.
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Devem ser feitas avaliações quanto a aspectos como eventuais incidentes ambientpedidos e reclamações de vizinhos, correto gerenciamento dos resíduos, consumenergia e gás, etc. Deve-se programar novos treinamentos, se necessário.
No final da obra, deve-se fazer uma reunião de avaliação global quanto aos aspectos dade, com registro formal das conclusões, por uma ata, por exemplo.
4. Metodologias de avaliaçãoEsse documento tem como objetivo apresentar um levantamento do estado da aimpactos ambientais nos canteiros de obras tais como são considerados pelas metoavaliação de desempenho ambiental de edifícios selecionadas neste Projeto. Outros jmetodologias quanto a aspectos diversos (TODD, 2001; FOLIENTE et al., 2004; Lsobretudo os relacionados aos princípios e às características das mesmas, mas nã
preocupações específicas, e menos ainda quanto ao tema canteiro de obras.
4.1 Método de PesquisaTrata-se de um estudo exploratório, baseado em referenciais normativos estrangeirotendo como estratégia de pesquisa o levantamento de dados e como questão de pesqatividades desenvolvidas nos canteiros de obras e os impactos ambientais delas deconsiderados nas diferentes metodologias de avaliação da sustentabilidade de edifícAs fontes de obtenção dos documentos foram os sítios da internet dos organismos
pelas metodologias, conforme relacionado nas referências bibliográficas.
4.2 Análise dos resultados
Como se vê pela Tabela 5, a heterogeneidade no tratamento dado aos impactos causadospelo canteiro de obras pelas diferentes metodologias analisadas é flagrante. As duasmetodologias de avaliação francesas HQE® e H&E preocupam-se bastante com osmesmos, e podem ser usadas como benchmarking para o tema; BREEAM, GBTool e
LEED® for Homes lhes conferem uma certa impor tância, o que não é o caso de CASBEE,Eco-Homes e LEED-NC; uma das metodologias identificadas nem trata do tema e nãoconsta da tabela (Green StarTM).
Tabela 5 (próxima página) – Síntese das
medidas a serem implementadas paramitigar os impactos ambientais causadospor atividades desenvolvidas noscanteiros de obras, segundo as diferentesmetodologias de avaliação dasustentabilidade de edifícios.
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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL
Ações a serem implementadas B R E E A M
C A
S B E E
H Q E ®
H & E
E c o - H o m e s
G B T o l l
L E E D - N
C
L E E D ®
f o r H o m e s
R e f e r ê n c i a s
Reduzir a produção de resíduos
Quantificar os resíduos por classes
Avaliar o custo das destinações finais dos resíduos por classe
Organizar triagem e coleta (“plano de gerenciamento”)
Assegurar a qualidade da triagem
Assegurar a rastreabilidade dos resíduos transportados
Limitar a deposição em aterros, privilegiando a reciclagemLimitar os incômodos sonoros
Limitar os incômodos visuais
Limitar os incômodos de veículos
Limitar os incômodos diversos
Limitar a poluição do solo
Limitar a poluição da água
Limitar a poluição do arAssegurar a proteção do ecossistema local
Limitar as erosões
Limitar o consumo de água
Limitar o consumo de energia
Usar recursos locais
Usar madeira de plantação manejada, de reúso ou reciclada
Implementar um Sistema de Gestão do EmpreendimentoCriar mecanismo de comunicação com vizinhança e tratamento queixas
Contratação levando em conta aspectos ambientais
Preparação do canteiro, levando em conta aspectos ambientais
Realizar o balanço ambiental do canteiro ao final da obra
Implementação de medidas para o controle da qualidade da construção
Minimizar acidentes de trabalho que causem ferimentos ou mortes
Age de modo proativoPrevê a certificação do edifício
TOTAL de referências 8 2 1 5 14 1 7 4 6 57
PLANO PLANO
REÚSO
? SIMSIM
SIMSIM
SIMSIM
SIMSIMSIM
SIMSIM
NÃONÃONÃO
SIMSIM
REÚSO
2
4
1
5
1
1
42
1
2
2
3
3
43
3
1
1
1
3
11
2
1
1
3
1
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A dimensão do conceito de sustentabilidade que merece a atenção das metodologiaapenas a ambiental. As dimensões econômica e social são explicitamente evocadaduas delas, uma em cada caso.
Quanto ao conteúdo, é possível se estabelecer alguns conjuntos de preocupações, queforma mais ou menos explícitas nas oito metodologias que tratam dos canteiros de ob
1. redução da produção de resíduos– exigida apenas por duas delas, embora seja fundamen
2. gerenciamento dos resíduos do canteiro– presente em seis das sete metodologias, queexplicitam ou não aspectos com quantificação dos resíduos (4 delas), avaliação ddestinação (1), definição de plano de gerenciamento dos resíduos ou a organização dcoleta (5), qualidade da triagem (1), rastreabilidade dos resíduos transportados (1);
3. valorização da reciclagem e do reúso(4), sendo que três se preocupam explicitamente coorigem da madeira usada nas construções temporárias (3);
4. limitação dos incômodos causados pelo canteiro(sonoros, visuais, etc.) (3);5. limitação da poluição causada pelo canteiro(solo, água, ar, etc.), incluindo exigências paa proteção do ecossistema local da obra e para se evitar erosões e assoreamentos (6);
6. limitação dos consumos de recursosdemandados pelo canteiro (água e energia) (1);
7. criação de instrumentos gerenciais que minimizem os impactos– idéias complementaresaparecem em quatro das metodologias: implementação de um Sistema de GEmpreendimento (2); criação de um conjunto de procedimentos (mecanismo de coma vizinhança e de tratamento de queixas; contratação das construtoras levando em coambientais; realização da etapa de preparação do canteiro e realização de balanço canteiro ao final da obra) (1); implementação de medidas de controle da qualidade (2);
8. minimização de acidentes de trabalhoque causem ferimentos ou mortes (1).
Finalmente, seis das oito metodologias, quatro das quais levam à certificação do edimodo proativo, explicando o contexto do problema, trazendo orientações tecnológicis, fazendo sugestões de soluções, fornecendo bibliografias de referência, etc. Ninformação quanto a este aspecto sobre uma das metodologias, que também leva à ce
O estudo exploratório permitiu se chegar a conclusões úteis para serem aplicadas metodologia brasileira de avaliação da sustentabilidade de empreendimentos; as duaas francesas mostraram-se as mais completas quanto ao tema canteiro de obras, poisempreendimento como um todo, podendo servir debenchmarking.
Assim, tendo em vista o baixo nível de organização dos canteiros de obras brasileirolimitados voltados aos trabalhadores das obras (segurança, higiene, conforto, etexperiência acumulada sobre a legislação ambiental aplicável (a Resolução CONAMcomeça agora a ser atendida), a escassez de legislações sobre incômodos e poluição causados pelos resíduos de construção e demolição e o volume de obras a ser empreeatender às necessidades em habitação e infra-estrutura, recomenda-se que uma futurade avaliação brasileira implemente exigências abrangentes quanto aos canteiros de oos seguintes itens: incorpore todos os seis conjuntos de preocupações de natureza amlistados (1 a 6); exija do empreendedor a criação de instrumentos gerenciais que m
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impactos (7); avance na definição de exigências que cubram de modo mais complesocial do conceito de sustentabilidade; haja de modo pró-ativo, trazendo informaçõeos agentes da cadeia produtiva a atenderem às exigências da metodologia.
Notar que tais proposições alinham-se com o que foi apresentado nos itens anterioreacabadas. A evolução da pesquisa que deu origem a este documento permitirá concpróximo relatório do projeto.
5. Considerações finaisComo foi apontado ao longo do texto, o trabalho de levantamento do estado da arte socanteiros de obras ainda está incompleto, devendo a pesquisa continuar complempontos indicados.
Os principais pontos cuja pesquisa está em andamento e serão completados são:? razões se preocupar com os aspectos ambientais e sociais e econômicos apontadcríticos;? práticas recomendadas (tecnologias ou ações de natureza gerencial) para mitigincômodos e poluição apontados, causados aos meios físico, biótico e antrópico;? proposição de exigências para uma metodologia brasileira.
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%d0%b1%d1%80%d0%be%d1%88%d1%8e%d1%80%d0%b0 %d0%bf%d0%be %d0%b3%d0%b5%d0%be%d1%82%d0%b5%d1%80%d0%bc%d
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%d0%9f%d1%80%d0%b5%d0%b7%d0%b5%d0%bd%d1%82%d0%b0%d1%86%d1%96%d1%8f %d0%92%d1%96%d0%b9%d0%bd%d0%b0 %d
%d0%93%d0%b0%d1%81%d1%82%d1%80%d0%be%d0%a7%d0%b8%d1%82%d0%b02013 %d1%84%d0%b8%d0%bd%d0%b0%d0%bb%d1%8
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%d0%91%d1%96%d0%be%d0%b3%d1%80%d0%b0%d1%84%d1%96%d1%87%d0%bd%d0%b0 %d0%b4%d0%be%d0%b2%d1%96%d0%b4%d0
%d1%81%d0%b8%d1%81%d1%82%d0%b5%d0%bc%d0%b0 %d1%81%d0%bd%d0%b5%d0%b3%d0%be%d1%82%d0%b0%d1%8f%d0%bd%d0
%d0%b4%d0%b8%d1%81%d1%81%d0%b5%d1%80%d1%82%d0%b0%d1%86%d0%b8%d1%8f%20%d0%94 %d0%9d %20%d0%97%d0%b0%d
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%d1%81%d0%b8%d1%81%d1%82%d0%b5%d0%bc%d0%b0 %d1%83%d0%bf%d1%80%d0%b0%d0%b2%d0%bb%d0%b5%d0%bd%d0%b8%d1
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