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INQUÉRITO SOROEPEPIDEMIOLÓGICO COM O TESTE ML- FLOW NOS CONTATOS DE PACIENTES DE HANSENIASE NO PERÍODO DE 2006 A 2016 NOS MUNICÍPIOS DO OESTE PAULISTA, ESTADO DE SÃO PAULO. Autora: Angela Marques Barbosa Orientadora: Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu Programa de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista Mestrado em Ciências da Saúde

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INQUÉRITO SOROEPEPIDEMIOLÓGICO COM O TESTE ML- FLOW NOS CONTATOS DE

PACIENTES DE HANSENIASE NO PERÍODO DE 2006 A 2016 NOS MUNICÍPIOS DO

OESTE PAULISTA, ESTADO DE SÃO PAULO.

Autora:

Angela Marques Barbosa

Orientadora:

Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu

Programa de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista

Mestrado em Ciências da Saúde

Presidente Prudente

2017

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INTRODUÇÃO:

A hanseníase é uma moléstia infectocontagiosa, crônica, granulomatosa,

causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que acomete principalmente a pele e o

sistema nervoso periférico. Pode acometer outros órgãos e sistemas, exceto o

sistema nervoso central, e causar deformidades. É curável e se for diagnosticada e

tratada precocemente, não deixa sequelas (Lastoria, Morgado de Abreu, 2014).

A introdução da multidrogaterapia (MDT) no tratamento da hanseníase em

meados da década de 1980, resultou numa redução significativa na prevalência da

doença, de 5,4 milhões de casos naquela época a algumas centenas de milhares

atualmente. A Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 1991, busca atingir a

meta de eliminação da hanseníase como problema de saúde pública, estabelecida

como a prevalência de um doente para cada 10.000 habitantes. Estratégias globais

foram construídas em torno deste objetivo e este foi alcançado em 2000, a nível

mundial e, posteriormente, a nível nacional pela maioria dos países em 2005, mas,

isto ainda não ocorreu no Brasil. As estratégias globais da hanseníase para 5 anos,

desde então, têm-se centrado na redução da carga da doença, medida em termos de

novos casos com deformidades físicas visíveis ou grau 2 de deformidades

(Global leprosy update, 2015).

A prevalência da hanseníase em 136 países ou territórios, registrada pela

OMS no primeiro trimestre de 2015, foi 174.608 (0.29/10.000 habitantes) e o

coeficiente de detecção de 3.2/100.000 habitantes. O número absoluto de novos

casos detectados no mundo durante os últimos 10 anos (2006-2015) mostram

tendência ao declínio gradual, de 265.661 em 2006 para 210.758 em 2015

(Global leprosy update, 2015). O número de casos novos indica que a transmissão da

infecção continua.

No Brasil, em 2015, havia 20.702 doentes em registro ativo e foram

detectados 28.761 casos novos de hanseníase, dos quais 2.113 eram em menores de

15 anos. A maior proporção era para casos MB (68%), 44,2% afetava o gênero

feminino e 0,92/100.00 habitantes apresentava grau 2 de incapacidade física. Ainda

que se registre no país, decréscimos contínuos no coeficiente de prevalência (de 1,48

em 2005 para 1,01 em 2015) e no coeficiente de detecção (de 26,86 em 2005 para

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14,07 em 201% - o que denota ainda alta endemicidade), a situação nas regiões

Centro-Oeste, Norte e Nordeste ainda é preocupante e demandam intensificação

das ações para eliminação da doença (Brasil. Portal da Saúde. 2016).

No estado de São Paulo, em 31 de dezembro de 2015, haviam registrados

1.688 casos de hanseníase, correspondendo ao coeficiente de prevalência de

0,38/10.000 habitantes, sendo que das 28 GVEs (Grupo Técnico de Vigilância

Epidemiológica Estadual), apenas 4 não alcançaram a meta de eliminação: GVE de

Jales (2,92/10.000 hab.); GVE de Ribeirão Preto (1,17/10.000 hab.); GVE de

Presidente Venceslau (1,09/10.000 hab.) e GVE de Caraguatatuba (1,08/10.000

hab.). Na GVE de Presidente Prudente (XXI GVE), que compreende 24 municípios da

região, em uma população estimada de 457.635, haviam 33 casos em registro ativo e

um coeficiente de prevalência de 0,72/10.000 habitantes (Marziliac, 2015).

As manifestações clínicas da hanseníase dependem da resposta imune celular

do indivíduo ao M. leprae. O diagnóstico da doença é clínico, sendo característico a

presença de lesão na pele com perda de sensibilidade (Lastoria, Morgado de Abreu,

2014). Os pacientes podem ser classificados, conforme a classificação operacional da

OMS, em paucibacilares (PB) ou multibacilares (MB), segundo o número de lesões

na pele e/ou número de nervos acometidos, onde pacientes com até 5 lesões e/ou

apenas um tronco nervoso acometido são considerados PB e aqueles com 6 ou mais

lesões e/ou mais de um tronco nervoso acometido, MB. A baciloscopia é um exame

auxiliar importante e, quando disponível, no caso de ser positiva, classifica o caso

como MB, independentemente do número de lesões na pele (Brasil, Ministério da

Saúde, 2016).

Pacientes MB são a principal fonte de infecção pelo M. leprae, sendo a

infecção pelo bacilo mais prevalente que a doença, ou seja, a hanseníase é de alta

infectividade, mas de baixa patogenicidade; há uma estimativa de que 90% da

população tenha resistência natural ao M. leprae (Lastoria, Morgado de Abreu,

2014).

A principal via de eliminação e de entrada dos bacilos no organismo são as

vias aéreas superiores, sendo o contato íntimo e prolongado de indivíduo suscetível

com doente de hanseníase sem tratamento, apontado como o principal fator de

risco para a transmissão da doença, especialmente se o caso for MB leprae (Sarno et

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al, 2012). Esse risco é cerca de 5 a 10 vezes maior se um membro da família já

apresentou a doença (Santos et al, 2008). Entretanto, boa parte dos pacientes

diagnosticados nega contato prévio com hanseníase (Fine et al., 1997).

Deste modo, o exame dermatoneurológico de todos os contatos

intradomiciliares é de grande importância para a detecção precoce da hanseníase,

princípio fundamental para a interrupção da cadeia de transmissão e que evita o

surgimento de deformidades e incapacidades, aspecto inerente à evolução da

doença não tratada e que contribui para a estigmatização dos pacientes.

O exame dos contatos é uma atividade desenvolvida na Estratégia Saúde da

Família – ESF, por meio de ações de Vigilância em Saúde, os quais devem ser

avaliados, independente do tempo de convívio, prevendo a possível existência de

outros casos de hanseníase. Se nada for detectado, o indivíduo recebe a vacina BCG

e orientações quanto ao período de incubação, formas de transmissão e sinais e

sintomas da hanseníase, pois a doença pode se manifestar mais tardiamente, visto

que o seu período de incubação é longo, variando entre 2 a 7 anos. O ideal é que

todos os contatos, não doentes, quer sejam familiares ou sociais, posteriormente,

sejam avaliados anualmente, durante cinco anos (Lastoria, Morgado de Abreu, 2014;

Brasil. Ministério da Saúde, 2016).

A ausência de investigação de contatos pressupõe a perda de diagnóstico

precoce, consequentemente mantendo a cadeia de transmissão do bacilo. Porisso,

problemas relacionados a questões operacionais de cobertura e baixa resolutividade

dos serviços de saúde interferem de forma significativa na incidência da hanseníase.

Em 2015, 78,2% dos contatos foram examinados no Brasil, o que é considerado um

parâmetro bom (acima de 75%) (Brasil. Portal da Saúde, 2016).

A ultraestrutura do M. leprae é comum ao gênero Mycobacterium, possuindo

citoplasma, membrana plasmática, parede celular e cápsula. Esses componentes

contém elementos semelhantes ao de outras micobactérias. A cápsula, estrutura

mais externa, apresenta lipídios, principalmente o dimicocerosato de ftiocerol e o

glicolipídio fenólico (PGL-1). O PGL-1 possui um trissacarídeo ligado por uma

molécula de fenol aos lipídios e é específico do M. leprae (Draper, 1983; Hirata,

1985). Após a elucidação da sua estrutura química, verificou-se antigenicidade e,

devido à natureza glicolipídica, a resposta imune humoral induz à produção de

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anticorpos independentes de linfócitos T, sendo o isotipo formado

predominantemente IgM (Drapper,1983; Brennan, 1986; Brennan et al., 1994).

A descoberta do PGL-1 contribuiu para inovações na pesquisa em hanseníase.

Estudos sorológicos para a detecção de anticorpos IgM contra o antígeno PGL-1 têm

sido empregados para o diagnóstico da doença, primeiramente por Payne et al., em

1982. Vários antígenos sintéticos foram posteriormente desenvolvidos

proporcionando resultados semelhantes aos obtidos com o antígeno native

(Fujiwara et al., 1984; Chanteau et al., 1988; Brasil et al., 1998).

O teste mais usado é o ensyme linked immunosorbent assay-ELISA no soro.

Buhrer-Sékula et al., em 1998, desenvolveram um teste imunocromatográfico de

aplicação rápida, o teste de fluxo lateral (ML-flow), que utiliza soro ou sangue total e

não necessita de laboratório, equipamentos especiais ou refrigeração, pois os

reagentes são altamente estáveis e podem ser armazenados em temperatura

ambiente. O resultado é visto em 5 a 10 minutos. A concordância entre ELISA no

soro e o teste rápido no sangue total foi 94.1% e a concordância entre o teste rápido

no soro e no sangue total foi 85,9% (Buhrer-Sekula et al., em 2003). Analisando a

baciloscopia de esfregaço, observou-se concordância de 70% com o teste rápido

(Lyon et al., 2008). A sensibilidade do teste rápido é de 97,4% para hanseníase MB e

40% para PB, e a especificidade é 90,2% (Buhrer-Sekula et al., em 2003). Devido à

fácil execução, o Ml-flow é um teste viável de ser empregado pelos profissionais da

saúde em pesquisas de campo.

A positividade da sorologia para o PGL-1 é reflexo da carga bacilar, portanto

auxilia na classificação dos pacientes, sendo elevada nos MB (80-100%) e baixa ou

ausente (30-60%) nos PB (Barreto et al, 2011). Entretanto, como o PGL-1 é um

antígeno inssolúvel na água, pode permanecer nos tecidos por tempo prolongado,

estimulando a produção de anticorpos IgM na ausência de bacilos viáveis (Meeker et

al., 1990) e, apesar de os anticorpos IgM classicamente representarem uma resposta

a neoantígenos - a sua presença indica infecção recente – o encontro de anticorpos

IgM para o PGL-1 indica infecção presente ou passada pelo M. leprae e não significa

doença ativa (Barreto et al, 2011).

A pesquisa de anticorpos anti-PGL-1 em países endêmicos pode auxiliar na

identificação de indivíduos com infecção subclínica, capazes de disseminar M. leprae

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entre a população e com maior risco de desenvolver a doença no future (Araujo et

al., 2012). Entretanto, não há um ponto de corte para discernir entre infecção

subclínica e doença. Desta forma, testes sorológicos para detectar anticorpos contra

PGL-1, não podem ser usados como única ferramenta para screening de hanseníase

na população (Fine et al., 1988; Moura et al, 2008).

Estudos em contatos de pacientes com hanseníase mostram soropositividade

de até 18,4%, sendo que os maiores valores são encontrados entre os contatos de

pacientes MB (Moura et al., 2008). O acompanhamento desses contatos por 6 anos,

demonstrou risco 7,2 vezes maior de desenvolvimento de hanseníase nos

soropositivos para o PGL-I em comparação aos soronegativos, sendo o risco 24 vezes

maior de desenvolver formas MB nos soropositivos (Douglas et al., 2004). A vacina

BCG parece ter um efeito protetor, pois a maioria dos contatos soropositivos

vacinados desenvolve hanseníase PB (Duppre et al, 2008).

Diante do exposto, verifica-se que a detecção de anticorpos contra o PGL-1,

identificando contatos infectados pelo M. leprae, sem sinais clínicos aparentes de

hanseníase, pode ser uma ferramenta auxiliar nos programas de controle, podendo

proporcionar o diagnóstico precoce e permitir o seguimento de populações de alto

risco, visto que a presença destes anticorpos é sugestiva de uma infecção MB

corrente.

JUSTIFICATIVA

A “Global Leprosy Strategy 2016–2020”: "Acelerar para um mundo livre de

hanseníase", lançada em abril de 2016, tem como alvos (i) zero de deformidades

grau 2 entre crianças com hanseníase; (ii) redução de novos casos de hanseníase

com grau 2 de deformidades para <1 caso por milhão da população; (iii) zero países

com legislação permitindo discriminação na hanseníase (Global leprosy update,

2015).

A detecção precoce e o tratamento completo com MDT continuam a ser os

princípios fundamentais do controle da hanseníase. Os processos-chave na

implementação da estratégia global incluem: a cobertura de bolsões altamente

endêmicos de hanseníase com os métodos inovadores e ativos de detecção de casos;

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a integração da estratégia em outros programas de controle de doenças; a melhoria

da monitorização do programa de hanseníase, particularmente a nível subnacional; a

inclusão de pessoas afetadas pela hanseníase; e medidas para eliminar a

discriminação contra as pessoas afetadas pela hanseníase e seus familiares

(Global leprosy update, 2015).

A busca ativa de novos casos entre os contatos de pacientes de hanseníase,

especialmente se incrementada com o emprego do teste ML-flow, pode trazer à

tona uma endemia oculta que precisa ser diagnosticada e tratada precocemente

(Pinto et al, 2000). Isto contempla direta ou indiretamente todos os processos-chave

da implementação da estratégia global, contribuindo, sobremaneira, com a

eliminação da hanseníase como problema de saúde pública no Brasil de forma mais

efetiva.

Convém ressaltar que estudo semelhante não foi ainda realizado na região do

Oeste Paulista, SP e que os resultados subsidiarão ao município informações

relevantes que poderão contribuir para a formulação e implementação de

estratégias de controle da hanseníase.

OBJETIVOS

Objetivo geral:

Analisar a ocorrência de hanseníase entre contatos aparentemente saudáveis

de indivíduos tratados ou em tratamento de hanseníase, nos municípios do Oeste

Paulista, SP, no período de 2006 a 2016, através do exame clínico e emprego do

teste ML-flow, como método auxiliar de diagnóstico.

Objetivos específicos:

1. Verificar a frequência de indivíduos com lesões clínicas de hanseníase entre

os contatos.

2. Verificar a frequência de indivíduos com infecção subclínica pelo M. leprae,

detectada pelo teste ML-flow, entre os contatos.

3. Comparar os índices de positividade do teste ML-flow entre contatos com e

sem sinais e sintomas clínicos de hanseníase.

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4. Verificar a concordância entre o resultado do teste ML-flow e a classificação

da hanseníase pelo número de lesões cutâneas nos doentes identificados.

5. Verificar a relação entre o resultado do teste ML-flow e os dados

demográficos (idade e gênero), tipo de contato (domiciliar, peridomiciliar e

social), grau de parentesco, tempo de convivência com o caso índice e

vacinação com BCG.

6. Selecionar indivíduos com risco de adoecer para seguimento clínico.

MATERIAIS, MÉTODOS E CASUÍSTICA

Este é um estudo transversal para estimar a prevalência da soropositividade nos

contatos de pacientes de hanseníase, tratados ou em tratamento vigente, no

período de 2006 a 2016, nos municípios do Oeste Paulista, SP. Trata-se de um

inquérito soroepidemiológico, onde será utilizado um teste sorológico rápido, o teste

de fluxo lateral (ML-flow).

Cenário do estudo

Presidente Prudente é um município do estado de São Paulo, localizado na

região do Oeste Paulista, a 558 km da capital. A população estimada para 2016 é de

223.749 habitantes (IBGE, 2016) e área territorial de 560.637km². Segundo

parâmetro oficial no estado de São Paulo, em 2015, a GVE XXI - Presidente Prudente,

teve a população estimada de 457.635, com 33 casos de hanseníase em registro

ativo e taxa de prevalência de 0,72/10.000 habitantes (Marzliak, 2016).

Definições

Caso índice: caso primário de hanseníase, notificado ao SINAN do município

(Brasil. Ministério da Saúde, 2016). Se coexistir mais de um caso no mesmo

domicilio, será considerado “caso índice” o primeiro doente diagnosticado e

notificado no SINAN.

Contato domiciliar: todos indivíduos da mesma família ou não familiares que

residam ou tenham residido no domicílio, independente do tempo de convívio, até

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os últimos 5 anos antes do diagnóstico de hanseníase do caso índice (Brasil.

Ministério da Saúde, 2016).

Contato peridomiciliar: : indivíduos que habitaram no mesmo terreno no período

de tempo citado acima.

Contanto social: indivíduos que frequentavam o domicílio do caso índice, mas

que não habitavam no domicílio ou peridomicílio ou aqueles que com ele

mantinham relação profissional ou de amizade fora do domicílio ou peridomicílio.

Caso novo: um caso de hanseníase que ainda não recebeu qualquer tratamento

específico (Brasil. Ministério da Saúde, 2016).

Relações de parentesco: parentesco de primeiro grau (pai, mãe, filho, irmão); de

segundo grau (tios, sobrinhos, avós); cônjuge; não consanguíneos (enteados,

cunhados, esposa do tio, amigo, etc.) (Durães e cols., 2010).

Tempo de convívio: o tempo de convívio do contato com o caso índice será

considerado como o número de meses de convivência, anteriores ao tratamento do

caso índice, e estabelecido como: 06 a 12 meses; 13 a 24 meses; 25 a 36 meses; 37 a

48 meses; 49 a 60 meses; ≥ 61 meses.

Procedimentos e aspectos éticos

O estudo terá início após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE).

Inicialmente, serão obtidos dados a partir do setor de informática e informação

em saúde, localizado na Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente, SP.

As informações serão extraídas do SINAN, correspondendo às fichas de notificação

dos casos de hanseníase no município, no período de janeiro de 2006 a dezembro de

2016. Após a identificação dos casos, será verificado nos prontuários os contatos

examinados e se algum apresentou manifestação da doença.

Posteriormente, será feito contato telefônico ou uma visita no endereço

constante no prontuário (caso não haja número de telefone) ao caso índice

selecionado e agendamento de uma consulta para o fornecimento das explicações

sobre a pesquisa. Se concordar em participar, o caso índice indicará os contatos a

serem examinados. Estes serão agendados em uma determinada data na Clínica

Particular da autora desta pesquisa ou, caso seja preferência de algum participante,

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a pesquisadora fará uma visita ao(s) domicílio(s) para realização dos exames clínico e

sorológico.

Todos os pacientes e contatos serão informados dos objetivos da pesquisa e

darão autorização prévia para a realização do exame clínico e sorológico por meio da

assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (para maiores de

18 anos ou para representantes legais para menores de 18 anos) e do Termo de

Assentimento (para maiores de 14 anos e menores de 18 anos) (anexos A, B e C).

O sigilo sobre a condição do caso índice será mantido sempre que solicitado.

Para isso, será confeccionado outro termo de consentimento direcionado ao contato

peridomiciliar, que fornecerá explicações sobre o trabalho sem referências à doença

do caso índice (anexo D).

Recursos humanos

O trabalho contará com uma equipe, compostas por um dermatologista e sua

orientadora. A coordenação do projeto será da professora Marilda Aparecida

Milanez Morgado de Abreu (linha de pesquisa de Doenças Infecciosas do Curso de

Mestrado em Saúde da UNOESTE).

Critérios de Inclusão: para inclusão no estudo, os indivíduos precisarão ser

contato de um caso índice, residir em Presidente Prudente ou na região do Oeste

Paulista, ter idade igual ou superior a um ano e residir ou ter residido com o caso

índice de hanseníase.

Recursos materiais

Teste sorológico de fluxo lateral (ML-flow)

Os testes ML-flow serão produzidos sob a supervisão da Dra. Samira Buhrer-

Sékula (Goiânia, GO). Utilizará o antígeno semi-sintético, um trissacarídeo, ligado à

albumina de soro bovino (NT-P-BSA). Apresenta-se como dispositivo que contém

uma fita porosa marcada em uma de suas extremidades com o anticorpo

(representado pelo reagente de detecção, formado de partículas móveis de ouro

coloidal). No centro, há uma linha em que está inserido o antígeno semi-sintético e

uma linha de controle marcada com IgM humana.

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Execução e interpretação do teste ML-flow

Após a assepsia, será coletado amostra de 5 ul de sangue do dedo indicador de

cada contato com uma micropipeta. O sangue será colocado no receptáculo redondo

do dispositivo e acrescido de 130 ul de solução de tamponamento, para diluir a

amostra. O reagente de detecção se ligará aos Ac IgM na amostra e juntos se

moverão através da membrana porosa até a zona de teste.

A leitura do teste será realizada em cinco minutos. Nos casos positivos o Ac se

ligará ao Ag, e uma segunda linha aparecerá na zona de teste. Se a amostra for

negativa, isto é, não tiver nenhum Ac IgM específico ao M. leprae, a amostra e o

reagente passarão sobre a zona de teste, e não aparecerá a segunda linha. A

interpretação será considerada negativo ou positivo (1+ a 4+) (Buhrer-Sékula cols.,

2003)6.

Exame dermatoneurológico dos contatos

Após a realização do teste ML-flow, todos os contatos serão avaliados para a

busca de sinais e sintomas de hanseníase, com base na anamnese e exame

dermatoneurológico. O diagnóstico se baseará no encontro de pelo menos um dos

seguintes sinais e sintomas: a) lesão(ões) e/ou área(s) da pele com alteração de

sensibilidade; b) acometimento de nervo(s) periférico(s), com ou sem espessamento,

associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas.

Avaliação dos resultados

O contato que apresentar sinais ou sintomas de hanseníase no exame

dermatoneurológico, independentemente do resultado do teste ML-flow, será

considerado “caso novo de hanseníase”. O indivíduo será classificado segundo a

classificação operacional da OMS em PB ou MB (WHO, 1982) e encaminhado para

tratamento.

O contato com diagnóstico duvidoso no exame dermatoneurologico e que

necessite de exames complementares para firmar o diagnóstico,

independentemente do resultado do teste ML-flow, será considerado “caso

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suspeito de hanseníase”. O indivíduo será encaminhado ao Hospital Regional de

Presidente Prudente para a conclusão da investigação.

O contato sem sinais ou sintomas de hanseníase no exame dermatoneurológico

e com teste ML-flow negativo, será considerado “Contato normal”.

O contato sem sinais ou sintomas de hanseníase no exame dermatoneurológico

e com teste ML-flow positivo será considerado “portador de infecção subclínica”.

Análise estatística

Os dados do caso índice referentes à identificação, gênero, idade no

diagnóstico da hanseníase, ano do diagnóstico, tipo da hanseníase (PB ou MB),

número de contatos avaliados na época, número de casos diagnosticados entre os

contatos e número de contatos a serem examinados serão colocados na ficha clínica

1 elaborada para esta pesquisa.

Os dados de cada contato de cada caso índice referentes à identificação,

idade, gênero, grau de parentesco, tipo de contato, tempo de convívio, vacinação

com BCG, resultados do teste ML-flow e exame dermatoneurológico serão colocados

na ficha clínica 2.

Posteriormente, os dados do caso índice e dos contatos serão digitados em

planilha Excel e correlacionados. A análise estatística será realizada nas informações

qualitativas e quantitativas constantes no trabalho. Para medir a associação entre

variáveis discretas ou de classificação será utilizado o teste Qui-quadrado ou o Teste

Exato de Fisher, de acordo com a natureza dos dados. Para verificar se houve

diferenças significativas entre os grupos, será utilizada a análise de variância ou o

teste não-paramétrico de Wilcoxon para amostras independentes. O nível mínimo

de significância considerado para esta análise será de 5%. Os resultados serão

ilustrados através de tabelas e gráficos.

Estudo longitudinal para verificar o desenvolvimento de hanseníase nos

indivíduos soropositivos

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Os indivíduos com infecção subclínica serão acompanhados por esta

pesquisadora, anualmente, por um período de 5 anos, para exame

dermatoneurológico a fim de verificar o possível desenvolvimento da doença.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Araújo S, Lobato J, Reis Ede M, Souza DO, Gonçalves MA, Costa AV, et al Unveiling

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Ficha clínica 1: Dados do caso índiceNome do caso índice No Gênero Forma

ClínicaIdade

no diagnóstico

(anos)

Ano do

diagnóstico

No decontatos

examinados na época

No de casos de hanseníase

diagnosticados entre os contatos

No decontatos a serem

examinados

M F PB MB CD CP CS

CD: contatos domiciliares; CP: contatos peridomiciliares; CS: contatos sociais

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Ficha clínica 2: Dados dos contatos

Nom

e

No d

o CI

Tipo

de

cont

ato

Gêne

ro

Idad

e (a

nos)

Grau

de

pare

ntes

co

Tem

po d

e co

nvív

io

(mes

es)

Aval

iado

na

époc

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BCG

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de

BCG

ML-

flow

Exam

e De

rmat

o

C

D

C

P

C

S

M F Sim Não sim Não 0 1 2 - + CN

CI: Caso índice; Contato Domiciliar: CD; Contato Peridomiciliar: CP; Contato Social: CS; Masculino: M; Feminino: F; CN: Caso

novo; CS: caso suspeito; N: normal: IC: infecção subclínica

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