da escola pÚblica paranaense 2009 · centro reichiano: 2004. [...] utilizando a vivência do aluno...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
MARIA DE LOURDES SANTANA
UTILIZAÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS SOBRE SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR NA CONTEXTUALIZAÇÃO DE CONCEITOS QUÍMICOS
Trabalho apresentado à Secretaria de Estado da Educação, referente à conclusão do Programa de Desenvolvimento Educacional PDE, turma 2009; sob orientação da Profª Drª Sônia Regina Giancolli Barreto, do Departamento de Química da Universidade Estadual de Londrina.
Rolândia – Pr 2011
A UTILIZAÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS SOBRE SUPLEMENTAÇÃO
ALIMENTAR NA CONTEXTUALIZAÇÃO DE CONCEITOS QUÍMICOS
Maria de Lourdes Santana1
Sônia Regina Giancolli Barreto2
RESUMO
O presente estudo destaca a valorização do processo ensino e aprendizagem, enfatizando os elementos químicos, suplementação alimentar e contextualização em um artigo científico. O objetivo deste estudo foi aplicar diferentes estratégias metodológicas para desenvolver os conteúdos Estruturantes – Matéria e sua Natureza aos estudantes do Ensino Médio por Blocos de Disciplinas, no intuito de retomar os conceitos científicos na construção do saber. Dentre as estratégias metodológicas, destacamos a leitura de artigos científicos e bulas de medicamentos, construção de mapas conceituais na distribuição hierárquica, pautadas na contextualização, buscando sempre a inter-relação entre conceitos do cotidiano com conceitos científicos, cujo objetivo é exercitar e estimular o raciocínio, permitindo uma maior organização de informações, criando oportunidades de compreensão na construção do conhecimento. A análise dos resultados demonstrou que os alunos assimilaram e conseguiram relacionar os conteúdos estudados a sua realidade cotidiana, dando sentido no seu aprendizado.
Palavras-chave: Elementos Químicos; Suplementação Alimentar. Contextualização. Ensino de Química. ABSTRACT
The present study the importance of the teaching and learning process, emphasizing the chemical elements, food supplementation and contextualization in a scientific article. The aim of this study was to apply different methods for strategies in order to develop the structural content - Matter and its nature of high school students (Blocks subjects) regain scientific concepts for the building of knowledge. Among the methodological strategies we used the reading of scientific articles, medical recipes, drawing of conceptual maps based on the context, always finding the interrelation between the everyday scientific concepts that have the main objective to practice and stimulate reasoning, allowing a better organization, of information, creating
1 Professora, especialista em Química pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Arapongas. Participante do Programa de Desenvolvimento Educacional – 2009/2011 – SEED/PR. 2 Professora, Doutora em Ciências, Departamento de Química, Universidade Estadual de Londrina.
opportunities for the comprehension in the building of knowledge. The analysis of the results showed that the students were able to absorb and relate the studied contents within their everyday reality, giving meaning and stimulating their learning. Key-words: Chemical Elements; Supplementary Feeding; Context; Teaching of
Chemistry. 1 INTRODUÇÃO
Em todas as áreas do conhecimento humano, no séc. XX uma das
que mais se destacou quanto à evolução e descoberta foi à química, relacionando a
vida e a saúde.
Associado a isso, tem-se que os alimentos representam uma das
principais necessidades para o homem, visto que saúde humana é preservada com
a alimentação, pois esta colabora para a prevenção de doenças, e torna a vida mais
saudável. Dos 92 elementos químicos existentes na natureza, cerca de trinta são
necessários para os seres vivos e entram na composição do corpo humano. Cabe
ao ser humano usufruir desses elementos químicos essenciais à saúde e ao bem
estar físico, mental e social do organismo.
O ensino de Química possibilita ao estudante o desenvolvimento da
visão crítica do universo que o cerca, isto é, desenvolve a capacidade de analisar,
compreender e utilizar esses conhecimentos no cotidiano, tendo condições de
perceber e interferir em sua qualidade de vida, por intermédio de construções
contínuas do conhecimento.
Neste contexto, o professor deve ensinar o educando a navegar nas
informações adquiridas, buscando soluções para situações e problemas, obtendo
um saber mais amplo que o do senso comum, e assumindo a função de responder
às questões e aos interesses da sociedade na qual está inserido. A Química, como
parte da educação científica e geral do cidadão, é fundamental para torná-lo capaz
de interpretar o mundo e compreender a relação do homem com o meio em que vive
aprender a ler os conceitos científicos e relacionar aos conceitos cotidianos.
Em nossa sociedade, o que se espera do estudo da disciplina de
química é que a mesma, possibilite ao estudante o desenvolvimento de uma visão
critica, possibilitando analisar, criticar, experimentar e utilizar esses conhecimentos
em seu dia a dia, tendo condições de perceber, identificar, interferir em situações
que contribuam para sua qualidade de vida.
Para Oliveira (2001)3,
Os conceitos científicos devem contribuir para a formação do sujeito que compreende e questiona a ciência do seu tempo. O processo é planejado, organizado e dirigido pelo professor, numa relação dialógica, em que a aprendizagem e os conceitos químicos aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química para organizar esses conceitos.
Os conceitos, quando trabalhados, dependem dos objetivos
vinculados ao nível de aprendizagem dos estudantes e de seu aprofundamento com
o ensino contínuo na vivência dos alunos, levando-os a relacionar com os conceitos
do dia-a-dia. Desta forma, os alunos se sentem motivados, ampliando seus
horizontes culturais e sociais.
―Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada à
construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades
em sala de aula‖ (MALDANER, 2003, p.144)4. Assim, o ensino de Química, na
perspectiva conceitual, retoma a cada passo o conceito estudado, na intenção de
construí-lo com a ajuda de outros conceitos envolvidos, dando-lhe significado em
diferentes contextos.
Entre as várias atividades desenvolvidas no processo ensino e
aprendizagem que proporcionam melhoria no aprendizado estão os mapas
conceituais, que são explorados de maneira alternativa para obter informações, pois
é uma forma de exercitar, estimular o raciocínio, permitindo uma maior organização
de informações, que leva o aluno a um maior envolvimento na aprendizagem, pois o
estudante constrói representações e elabora suas próprias conclusões,
potencializando os conceitos no processo ensino aprendizagem.
Para Lima (2004)5 o mapa conceitual é:
3 OLIVEIRA, R. J. De Reflexões sobre a técnica, a ética e a educação no mundo de hoje. In:
CHASSOT, A. I. ; OLIVEIRA, R. J. Ciência, ética e cultura na educação. São Leopoldo: UNISINOS, 2001. 4 MALDANER, O. A.. A Formação Inicial e Continuada de Professores de Química. Ijuí: Ed.
UNIJUI, 2000. 5 LIMA, G. A. B. Mapa Conceitual como ferramenta para organização do conhecimento em
sistema de hipertextos e seus aspectos cognitivos. Perspect. Ciênc. v.9 n.2. Belo Horizonte: 2004, p. 134-145.
Uma forma de diagrama especificamente direcionado para fornecer uma linguagem visual parecida com as características da linguagem natural do texto, no sentido de que eles possam estar sujeitos às limitações sintáticas e semânticas, e sua capacidade de representação que pode variar de uma forma muito informal a uma forma extremamente formal. (LIMA, 2004, p.134-145).
Os mapas conceituais são formas facilitadoras para simbolizar o
conhecimento do aluno. São representações gráficas de um texto específico que
tem por finalidade relacionar conceitos e transformar o texto escrito em um texto
visual. São construídos por meios de objetos, palavras ou frases de ligações
(representados por figuras geométricas), sendo estas colocadas entre os objetos a
fim de dar sentido aos mesmos. As frases e as palavras de ligação são as principais
características que os diferenciam de outras formas de representações visuais. O
uso de mapa conceitual estimula o estudante a aplicar e a sistematizar os
conhecimentos prévios, associando ao novo conhecimento, podendo ser trabalhado
em grupo e, desta forma, compartilhando o seu aprendizado.
A utilização de mapas conceituais permite uma aprendizagem
significativa. As teorias de Ausubel, Vygotsky e Piaget se embasam nesta técnica e
demarcam um novo modelo de aprendizagem significativa:
O aprendizado significativo acontece quando uma informação nova é adquirida mediante um esforço deliberado por parte do aprendiz em ligar informação nova com os conceitos ou preposições relevantes preexistentes em sua estrutura cognitiva. (AUSUBEL et.al. 1978, p.159)
6.
Assim, segundo o autor, a aprendizagem significativa só se
concretiza quando os conteúdos são organizados, sequenciados, de forma que
estejam presentes as relações entre os conceitos, que visam facilitar a ocorrência
dessa aprendizagem e interagem com a estrutura do conhecimento. A nova
informação se ancora em conceitos relevantes preexistentes. A Química, na perspectiva de contextualização é um recurso que
auxilia na problematização dos saberes de ensinar, fazendo com que o aluno sinta a
necessidade de adquirir o aprendizado significativo.
6 AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Educational psychology. New York: Holt, Rinehart
and Winston, 1978.
A contextualização se apresenta como um modo de ensinar conceitos das ciências ligados à vivência dos alunos seja ela pensada como recurso pedagógico ou como princípio norteador do processo de ensino. A contextualização como princípio norteador caracteriza-se pelas relações estabelecidas entre o que o aluno sabe sobre o contexto a ser estudado e os conteúdos específicos que servem de explicações e entendimento desse contexto, utilizando-se da estratégia de conhecer as idéias prévias do aluno sobre o contexto e os conteúdos em estudo, característica do construtivismo. (SILVA, 2007, p.10)
7.
Neste trabalho entende-se que contextualizar significa a impressão
de significados aos conteúdos presentes. Nesse aspecto, o professor deposita no
aluno as dimensões a serem trabalhadas de forma global e relacionadas ao contexto
escolar, as quais constituem um desafio permanente a todos os envolvidos no
processo ensino e aprendizagem.
Nas palavras de BERNARDELLI (2004, p.2)8,
Devemos criar condições favoráveis e agradáveis para o ensino e aprendizagem da disciplina, aproveitando, o primeiro momento, a vivência do aluno, fatos do dia-a-dia, a tradição cultural e a mídia, buscando com isso reconstruir os conhecimentos químicos para que o aluno possa refazer a leitura de seu mundo.
A proposta de ensino de química desenvolvida neste projeto utilizou
um artigo científico como uma unidade temática de ensino, que permitiu
contextualizar alguns conteúdos da Química a despertar, no aluno, o gosto pela
leitura, incluindo-a no desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem.
Como postulam as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de
Química (2008), o conhecimento químico propiciará ao aluno compreender os
conceitos científicos para entender e criar condições favoráveis e agradáveis para o
ensino e aprendizagem da disciplina.
No que motiva o ensino de Química, Brasil (1999, p. 68)9 sugere:
7 SILVA, E. L. da. Contextualização no ensino de química: ideias e proposições de um grupo de
professores. 2007. xxx f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo. São Paulo: 2007. 8 BERNARDELLI, M. S. Encantar pra ensinar – um procedimento alternativo para o ensino de
química. In: Convenção Brasil Latino América, Congresso Brasileiro e Encontro Paranaense de Psicoterapias Corporais. 1.,4., 9. CD-ROM. Foz do Iguaçu. ANAIS... Centro Reichiano: 2004.
[...] Utilizando a vivência do aluno e os fatos do cotidiano, a tradição cultural, mídia e a vida escolar buscam-se construir conhecimento de conceitos químicos que permita refazer as leituras de mundo, que passa a ser instrumento necessário para o aluno entender, e modificar o meio social, onde vive.
Ao planejar um tópico de química, as estratégias de ação devem ser
encaradas pelo professor como uma forma operacional para desenvolver e organizar
cada uma dessas atividades direcionada pelo professor no conjunto que constituem
a aprendizagem significativa, quando observa que o aluno consegue relacionar nova
informação a ser aprendida com o seu processo cognitivo.
A estratégia de ensino utilizada nesta proposta foi diferente da usada
tradicionalmente. A diferenciação ocorreu na temática (assuntos do cotidiano,
envolvendo, privilegiando o desenvolvimento o raciocínio do aluno) por meio de
atividades que levassem a construir (reconstruir) o conhecimento por ações que
conduzissem à (re) descoberta.
Assim as unidades de aprendizagem possibilitam e organizam os
trabalhos aplicados, obtendo informações prévias sobre os suplementos alimentares
com atividades estrategicamente selecionadas, valorizando seus conhecimentos
prévios e possibilitando a compreensão mais ampla do tema estudado.
De acordo com Moraes e Gomes (2007, p. 276)10:
A Unidade de Aprendizagem é uma abordagem inovadora para se trabalhar com os alunos com o objetivo de se levantar questionamentos referentes a um tema proposto, leva em consideração conhecimentos já existentes, que são pontos relevantes, uma vez que a cada fala e através da fala é possível fazer reflexões, discussões e, portanto, buscar respostas e aprofundar esses conhecimentos iniciais.
As unidades de aprendizagem têm forte relação com as ações de
pesquisa, pois se propõe a problematizar o conhecimento inicial dos alunos,
desenvolvendo um questionamento dialógico e reconstrutivo, construindo
9 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros
Curriculares Nacionais do Ensino Médio: ciências da natureza, matemática e suas tecnologias; Brasília: MEC/SEMTEC, 1999.p.68. 10
Moraes, R. & GOMES, V. (2007). Uma Unidade de Aprendizagem Sobre Unidades de Aprendizagem. In: M. Galiazzi, M. Auth, R. Moraes & R. Mancuso (Ed.), Construção Curricular em Rede na Educação em Ciências: uma aposta de pesquisa na sala de aula. Ijuí: UNIJUI.
argumentos no intuito de promover a comunicação em especial a fala, a escrita, o
pensar, dar e ter suas opiniões. Assim, tornam o estudo dos conteúdos mais
prazeroso, levando o estudante a elaborar seus próprios conceitos, contribuindo com
o seu aprendizado.
A Unidade de Aprendizagem (UA) é uma metodologia que supera o
ensino tradicional, pois envolve o aluno na construção do saber. Na Unidade de
Aprendizagem valorizam-se os conhecimentos prévios dos estudantes.
O objetivo do projeto foi de proporcionar uma visão ampla do mundo
em que o aluno está inserido em que vive por meio de uma metodologia diferenciada
que enfatizam uma aprendizagem com significação a partir de um mapa conceitual,
unidades de aprendizagem e caderno pedagógico.
2 METODOLOGIA
O projeto desenvolvido no ano de 2009 e aplicado no decorrer do
segundo semestre do ano de 2010, no Colégio Estadual Professor Francisco
Villanueva – Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante, localizado no
Município de Rolândia Núcleo de Londrina Estado do Paraná, com estudantes do 1º
ano do Ensino Médio por Bloco de Disciplina no período matutino, e cujo público
alvo é constituído de adolescentes na faixa etária entre 14 e 15 anos, em sua
maioria.
O tema suplementação de elementos traço foi escolhido na
perspectiva deste assunto mesmo despertar no aluno o interesse pela ciência
química, pelas aulas de química e o gosto pela leitura e também para que a
construção e reconstrução dos conceitos químicos fossem contempladas por meio
de uma aprendizagem contextualizada.
Antes de iniciar o projeto foi aplicado um questionário (Questionário
1) para investigar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito da disciplina de
química e do tema suplementação alimentar.
Questionário 1
1 - A ciência Química é importante na sua vida pessoal? Comente.
2 - Cite alguns exemplos nos quais a química está presente em seu cotidiano.
3 - Como a química é usada no meu cotidiano?
4 - Onde podemos usar mais a química?
5 - Para que serve a química?
6 - Que tipo de química há nos alimentos?
7 - Todos os alimentos contêm produtos químicos?
8 - Qual a diferença entre os alimentos naturais e artificiais?
9 - Você come e bebe substâncias químicas?
10 - A substância cloreto de amônio é empregada desde a Antiguidade como
adubo para vegetais. Os egípcios, por exemplo, obtinham-na a partir do esterco de
camelo. Muitos dos fertilizantes atualmente produzidos em indústrias químicas
contêm essa substância em sua composição. Um químico informou que:
O cloreto de amônio sofre decomposição produzindo os gases amônia e
cloreto de hidrogênio.
Por decomposição, a amônia origina os gases nitrogênio e hidrogênio, e o
cloreto de hidrogênio.
Os gases nitrogênio, hidrogênio e cloro não sofrem decomposição.
a) Quantas substâncias químicas diferentes são mencionadas nas três
afirmações anteriores?
b) Quais delas são substâncias simples e quais são substâncias compostas?
11 - Qual é a substância que pode ser extraída da água do mar, é usada
como tempero de alimentos e quando adicionada à carne crua favorece a sua
conservação? Cite o nome dessa substância, e também outra fonte de obtenção.
12 - Uma classe importante de carboidratos ou hidratos de carbono são os
polissacarídeos: glicogênio, amido e celulose. O amido, substância presente em
vários alimentos, ao ser digerido, produz a glicose, que é a mais importante fonte de
energia para o nosso organismo. Cite cinco fontes de alimentos que contêm amido.
O artigo científico ―Suplementação de Elementos Traço‖ (BARAN,
2005) foi adaptado. A professora da turma fez um resumo do artigo e utilizou o texto
(Apêndice 1) como organizador introdutório. Para organizar os conteúdos estudados
no assunto ―Tabela Periódica‖, estes foram hierarquizados em um mapa conceitual,
conforme a Figura 1. No topo do mapa está a leitura e a interpretação do texto.
Figura 1 – Mapa conceitual
Em seguida foi elaborado um caderno pedagógico dividido em cinco
unidades de aprendizagem, cuja sequência de atividades obedeceu à hierarquia do
mapa conceitual. Este caderno pedagógico vem ao encontro das Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná (DCES 2008)11, pois permite ao estudante
11
PARANÁ – Secretaria de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Química. Curitiba: 2008.
estabelecer uma conexão entre a Química e o seu cotidiano. Este caderno permite
uma interação dos conteúdos com a realidade cotidiana do aluno, mediados pela
professora, sendo que os alunos se preparam para desenvolver uma leitura crítica
dos acontecimentos que os rodeia.
As cinco unidades de aprendizagem que compõem o caderno
pedagógico são mostradas a seguir.
1° UA (1 aula de 45min.) – Identificando os conhecimentos prévios dos
estudantes.
Introdução
Em nosso dia a dia é frequente encontrarmos indicações de
substâncias químicas nas embalagens de alimentos, em bulas de medicamentos,
nos frascos de cosméticos, nos rótulos de produtos de limpeza, etiquetas de roupas,
entre outros.
Caros alunos vamos trabalhar? Você terá 20 min para descrever a
seguinte situação: ―Certamente você já observou alguma pessoa próxima a você ou
já leu ou assistiu a alguma reportagem com pessoas que utilizam suplementação
alimentar para o melhor desenvolvimento do organismo. Descreva brevemente,
neste contexto, o que você entende por suplementação alimentar‖.
Você terá 20 min para debater com seus colegas e com o professor
o seu conhecimento sobre suplementação alimentar.
2° UA (1 aula de 45 min.) – Utilizando um organizador introdutório
Introdução
Você iniciará esta unidade fazendo a leitura do texto a seguir que
trata sobre ―SUPLEMENTAÇÃO DE ELEMENTOS TRAÇOS‖. Este texto foi
adaptado do artigo científico Enrique J. Baran, Química Nova na Escola, n. 6, julho
de 2005, p. 7-12.
Desenvolvimento da 2ª UA
Leia o texto (Anexo 1) e responda ao questionário (Questionário 2) a seguir.
Questionário 2
1 – A ciência Química é importante na sua vida pessoal? Comente.
2 – Cite alguns exemplos nos quais a química está presente em seu cotidiano.
3 – A vida orgânica seja ela vegetal ou animal depende de substâncias
inorgânicas do reino mineral para suportar sua existência. Com o auxílio do texto
―Suplementação de elementos traços‖, cite o nome desses micro minerais.
4 – Sou considerado o principal protetor do sistema de defesa do organismo,
importante no paladar, no odor e na visão. Quem sou?
5 – Quais os três metais de transição mais abundantes em todos os seres
vivos?
6 – Por que a porcentagem de meninas com anemia é maior do que nos
meninos? Discuta soluções que possam diminuir essas diferenças?
7 – Qual o metal de transição mais abundante no organismo humano e cuja
deficiência aparecem como problema nutricional mais frequente no mundo?
8 – Em sua cidade, quais campanhas estão sendo realizadas neste momento
para garantir a saúde da população?
9 – Em sua opinião, por que as pessoas podem receber tratamentos
diferenciados para se livrarem da mesma doença?
10 – Pesquise no texto o que ocorre se faltar o cobalto, magnésio e cromo no
organismo.
11 – Faça uma lista dos possíveis benefícios originários dos estudos químicos
que trouxeram algum tipo de melhoria ou aumentaram a expectativa da vida das
pessoas.
12 – O que é um elemento traço?
13 – O que é um elemento essencial?
3° UA (2 aulas de 45 min.) – Obtendo informações sobre átomos e elementos
químicos.
Muito bom, agora você está desenvolvendo a 3° UA
Responda à indagação:
- ―No texto, o autor utiliza o termo átomo ou elemento para se referir ao ferro,
cromo,.......‖.
- Grife no texto e liste no caderno, em uma tabela (Tabela A), os nomes de todos os
elementos químicos citados.
- Localizem na tabela periódica os símbolos dos elementos químicos mencionados
no texto e escreva o símbolo de cada elemento na tabela A.
4.2 Tabela A
Nome do elemento químico Símbolo
Observe a Tabela A e identifique as regras para os símbolos dos
elementos químicos.
Preste atenção ao professor, que fornecerá alguns conceitos
importantes como de elemento químico, átomo, prótons, elétrons, nêutrons, número
atômico, isótopos e número de massa. Identifique os números atômicos dos
elementos químicos citados no texto e complete a tabela (A).
Tabela A
Nome (elemento químico)
Símbolo (elemento químico)
Número atômico (z)
Quantidade de prótons
Conclusão da 3º UA
A partir da bula do medicamento de complexo vitamínico, você deverá
localizar os elementos químicos, escrever os símbolos dos elementos e identificar o
número atômico.
Bula de medicamento
Centrum é um suplemento de vitaminas e minerais, completo de A a
Zinco. Sua fórmula foi desenvolvida sob medida para atender as necessidades
específicas do brasileiro, ajudando a completar a dieta com as vitaminas e minerais
essenciais que podem faltar na alimentação, alcançando assim os níveis mínimos
recomendados diariamente.
Composição (adaptado): 162 mg Cálcio, 18mg ferro, 109mg fósforo,
150mcg Iodo, 100mg Magnésio, 15mg Zinco, 20mcg Selênio, 2mg Cobre, 2mg
Manganês, 20mcg Crômio, 75mcg Molibdênio, 72mg Cloro e 80mg potássio.
4º UA (3 aulas de 45 min) – Estudando a Tabela Periódica.
Introdução
BEM-VINDO AO REINO PERIÓDICO
Os elementos químicos que constituem a tabela periódica são à base
dos planetas, das rochas, das vegetações, dos oceanos, dos animais, do ar e da própria
terra. Identifique a posição (família e coluna) dos elementos químicos citados no texto na
tabela periódica, completando a Tabela B.
Tabela B
Nome (elemento químico)
Símbolo (elemento químico)
Período Coluna
- Grife, no texto, os termos metais representativos e metais de transição.
- Identifiquem, no texto, os metais e os coloque na tabela C.
- Com o auxílio do texto, classifique os metais enumerados na Tabela C em metais
representativos e metais de transição.
Tabela C
Metal Representativo/Transição Grupo da Tabela Periódica
Respondam as seguintes perguntas:
- ―Quais são os grupos desses metais na tabela periódica?‖
- Escreva uma frase para identificar um metal representativo e um metal de transição na
tabela periódica.
Leia a seguinte frase retirada do texto:
―Hidrogênio, carbono, nitrogênio e oxigênio, componentes básicos da
matéria orgânica, são constituintes majoritários, assim como o enxofre, o fósforo, o cloro
e os quatro metais representativos biologicamente relevantes - sódio, potássio,
magnésio e cálcio. Ferro, zinco e cobre correspondem ao grupo de elementos traços, e
são também os três metais de transição mais abundantes em todos os seres vivos. Os
metais restantes e alguns outros elementos não metálicos (por exemplo, selênio e
iodo)..................‖
Responda as questões:
- ―Todos os elementos químicos são metálicos‖?
- Cite na tabela D, com base no parágrafo acima, os elementos não metálicos.
- Identifique o grupo destes elementos na tabela periódica.
Tabela D
Elementos não metálicos Grupo da tabela periódica
- Com base na posição dos elementos não metálicos na tabela periódica, esses
elementos são representativos?
- Com base na posição na tabela periódica, o que são elementos representativos e
elementos de transição?
Conclusão da 4º UA
Resolva o passatempo.
Para letras iguais, números iguais. Resolvido o passatempo, os
números com asterisco indicam o tema da unidade.
É um não metal do 3º período e grupo 5A. 1 2 3* 1 2 4 2
Ferro é o metal mais ............. no organismo humano.
5 6 7* 8 9 5 10 11
Símbolo do elemento fósforo. 13*
Elemento químico cujo símbolo é Al. 5 14* 7 15 16 10 16 2
O ......... pode ter relação com o sistema imunológico.
3 12* 14 12 8 16 2
Elemento de transição de número atômico 25.
15* 5 8 17 5 8 12 3
O magnésio (Mg) é um dos elementos mais abundantes no sistema biológico. Ele é um ........... representativo.
15 12* 11 5 14
É um elemento representativo cujo símbolo é O.
2 18 16 17 12 10* 16 2
Elementos de concentrações muito baixas no organismo.
11* 4 5 19 2
C, H, N e O são elementos fundamentais da Química ........
2 4 17 5 10 16 20 5*
Cobalto (Co) é um metal ..........
11 4 5 10 3 16 19* 20 2
A deficiência de ferro (Fe) afeta Cerca de 24% da ...................
21 2 21 7 14 5 19 20* 2
Indicar para os alunos os gases nobres e os elementos de
transição interna.
5º UA - (1aula de 45 min.) – Avaliando a aprendizagem
Texto: Resumo do artigo científico
―Ocorrência de metais-traço nos tanques dos pesque-pague na bacia do rio Corumbataí.”12
Resumo
No presente estudo procurou-se quantificar a concentração de metais
biodisponíveis (Cd, Cr, Cu, Fe, Zn, Ni, Pb, Al, Mn, Ca e Mg) nas amostras de água e
sedimentos dos pesque-pague da bacia do rio Corumbataí. Foram realizadas coletas de
água e de sedimento. O critério utilizado para avaliação da qualidade de água foi a
análise do enquadramento do corpo de água estudado às condições e padrões
estabelecidos na Resolução CONAMA N° 357/2005.Os resultados das análises de água
12 Sâmia Maria Tauk-Tornisielo a*, Diogo Barcot Tintor a, Eduardo Beraldo de Morais a. Centro de Estudos
Ambientais (CEA), Universidade Estadual Paulista, Av. 24-A, 1515, Rio Claro, Brasil. Disponível em: http://www.ambiente-augm.ufscar.br/uploads/A2-193.pdf
não detectaram Cd, Ni, Cr, Pb e Cu. Os metais detectados (Ca, Mg, Al, Zn, Mn e Fe) em
muitos pesque-pague apresentaram valores de suas concentrações acima dos limites da
Resolução para corpos de água classe 2. Apenas as concentrações de Zn, em todo o
pesque-pague, não ultrapassaram o limite permitido na lei. Não houve, na água,
diferença significativa das médias entre o período chuvoso e seco. A única exceção foi o
Zn, apresentando maior média no período seco. Alguns pesque-pague apresentaram
maiores médias das concentrações de metais, com exceção do Al. Nas amostras de
sedimento ocorreu a detecção de todos os metais analisados. Até o Cd, que é um metal
muito tóxico, foi encontrado em três amostras.
Atividades a serem desenvolvidas:
1. Selecionar os símbolos dos elementos químicos citados no texto e
escrever, ao lado do símbolo, o nome do elemento químico.
2. Identificar o número atômico dos elementos químicos citados.
3. Definir número atômico.
4. Diferenciar os metais representativos e os metais de transição.
5. Qual o critério utilizado?
6. No texto foi citado algum gás nobre?
7. Quais são os gases nobres?
8. Quais são os elementos representativos.
9. Qual a posição dos gases nobres na tabela periódica?
10. O texto fez referência a algum não metal.
11. Você poderia citar 5 exemplos de não metais?
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
No início do projeto foi aplicado o questionário 1 com objetivo de
investigar os conhecimentos dos alunos a respeito da disciplina de química. As
respostas foram dadas na forma escrita e os 36(trinta e seis) alunos responderam ao
questionário. A maioria dos alunos respondeu que a química não é importante na
sua vida pessoal, porém não justificaram as respostas. Mas quando as questões
foram discutidas pela turma, ocorreram respostas como a presença da química nos
medicamentos e alimentos. Porém, observou-se uma ênfase em respostas com
relação à finalidade da química no que diz respeito às bombas e armas.
Outros aspectos importantes observados nas respostas foram que
as mesmas se restringiam às palavras sim ou não e que os alunos não estavam
habituados a responder questões contextualizadas, isto é, eles têm resistência à
leitura deste tipo de questão que contém em geral um texto, e que exige uma
interpretação.
Essa estratégia de questionamento é importante, pois permite
identificar o conhecimento prévio dos alunos, e também de acordo com Galiazzi e
Ramos (2004) implica na transformação, interpretação e a compreensão do que já
foi apreendido e a partir disso surgem outras dificuldades que contribuem com o
aprendizado e a formação do aluno.
Na 1ª UA, os alunos escreveram sobre o conhecimento que eles
tinham sobre suplementação alimentar. Essa atividade foi realizada em grupo de
dois alunos, sendo formados 18 grupos. A maioria dos alunos já tinha conhecimento
do termo. Os resultados mostraram que a maioria dos alunos associou o tema à
atividade física desenvolvida em academias, obtenção de um corpo sarado e a
manutenção da forma física. A seguir estão transcritas as opiniões de alguns alunos.
Grupo A – ―Entendo por suplemento alimentar que ele pode vir em cápsula ou em pó
(o que é muito comum é se ver em academia, ou tomado até mesmo por
atletas)........................Eu acho que ele serve para completar a dieta de pessoas que
necessita, ou utilizam mais energia no dia a dia‖.
Grupo B – ―Suplementação alimentar está principalmente nas academias já que as
pessoas tomam algum desses suplementos para ficar com mais energia e praticar
mais exercício‖.
Grupo C – ―Eu entendo que um suplemento alimentar sirva para repor as vitaminas
que seu corpo precisa. Exemplo: Uma pessoa que faz academia toma para ganhar
massa muscular e vitaminas.........‖
Um grupo citou que é necessário observar a tabela atrás do produto
e conferir as substâncias químicas de sua composição; outro grupo que o
suplemento alimentar é um alimento químico; outro grupo citou o Biotônico Fontora e
a Creatina 5000 como suplementos e demais focaram nas academias, força física e
corpo sarado.
Em seguida o tema foi debatido em sala e os alunos participaram
fornecendo exemplos, relacionando ao senso comum, e com a discussão, foi
possível enfatizar o conhecimento empírico com o conhecimento cientifico. Falar
sobre o tema suplementação alimentar despertou o interesse dos alunos e houve
diversas perguntas, mas o que mais questionaram foi sobre os suplementos
energéticos. Alguns deram testemunhos de colegas que usaram e outros que
pararam por ordem médica. Houve outro questionamento sobre o que realmente os
energéticos fazem no metabolismo do corpo humano.
Nesta etapa do trabalho pudemos perceber que a maioria dos
alunos naquele momento não associou os suplementos alimentares como uma
mistura de substâncias químicas. Isso sugere o distanciamento que os alunos
apresentam entre a ciência química e o cotidiano.
Na 2ª UA, a turma também foi dividida em duplas. O texto foi
entregue aos grupos e foi solicitado que os mesmos iniciassem a leitura. Diante da
ausência de motivação para a leitura, o professor resolveu ler o texto em voz alta e
os alunos o acompanharam no seu próprio material. A cada parágrafo a leitura foi
interrompida para questionamentos e interpretações.
As palavras que os alunos não conheciam e as mais complexas
foram pesquisadas no dicionário, melhorando o vocabulário. A interação entre a
realidade cotidiana do estudante e os conceitos científicos da química, deu-se por
meio de um questionário resolvido em sala.
As respostas ao questionário 2 permitiram perceber o avanço dos
alunos em relação à associação da química com o cotidiano. A questão sobre se
existe importância da química na sua vida pessoal, foi neste momento respondida
com sim por 100% dos grupos e todos conseguiram justificar as suas respostas. Por
exemplo: ―Está cada vez mais presente nos dias atuais, nos remédios, nos
alimentos, indústrias como nos naturais com os agrotóxicos, na cura de doenças
tanto nas coisas mais simples como numa pasta de dente e em remédios para o
coração‖; ―Está presente no nosso cotidiano, nos alimentos, vestiários, utilidades
domésticas e cosméticos‖, entre outros.
Todas as questões do questionário 2 foram respondidas
corretamente e discutidas entre a turma e o professor. Com essa atividade,
promoveu-se a aprendizagem significativa no processo do conhecimento, como a
mediação dialógica entre os saberes diversos. No entanto observou-se que há muito
que se fazer no que diz respeito à leitura, a uma rejeição por parte de alguns alunos.
3ª Unidade de Aprendizagem – Obtendo informações sobre átomos
e elementos químicos. Esta unidade de aprendizagem iniciou com a pergunta. ―No
texto, o autor utiliza o termo átomo ou elemento para se referir ao ferro, cromo,
.......‖? Por meio das respostas dadas pelos alunos no caderno pedagógico verificou-
se que o texto foi lido por todos os alunos, pois 100% responderam corretamente à
questão, embora a princípio os alunos tenham manifestado certa rejeição à leitura,
problema este que foi solucionado pela professora conscientizado sobre a
importância da leitura.
Nesta unidade de aprendizagem retomou-se o texto e pediu-se para
os alunos grifarem todos os elementos químicos encontrados. Seguindo o modelo
da tabela contida no caderno pedagógico, os alunos construíram uma nova tabela
contendo o nome e o símbolo de todos os elementos que foram grifados no texto.
Pode-se constatar que 89% dos grupos realizaram esta tarefa com sucesso e 11 %
dos grupos embora tenham conseguido também localizar o nome dos elementos no
texto e os seus símbolos na tabela periódica, duas palavras chamaram a nossa
atenção, pois estes grupos grifaram ―anemia‖ e ―majoritário‖ como sendo o nome de
elementos químicos.
A professora indagou estes dois grupos quanto à presença dessas
duas palavras na tabela, ao que respondeu que essas palavras eram tão diferentes
para eles quanto o nome dos elementos químicos. Para solucionar este episódio,
solicitamos que os alunos desses grupos investigassem o significado das palavras
no dicionário, e estes conceitos foram construídos pelo próprio aluno. Além disso,
essa retomada do texto despertou a curiosidade dos alunos, e em sala de aula
formou-se um debate sobre a importância dos elementos químicos para o ser
humano e sua relação com a realidade cotidiana. Por exemplo, a importância do
feijão na alimentação, devido à presença do ferro que auxilia no combate à anemia.
A próxima tarefa desta UA do caderno pedagógico foi para que os
alunos observassem a Tabela A e identificassem as regras referentes aos símbolos
dos elementos químicos. Exceto por um aluno que questionou ao observar o
resultado da Tabela A ―Professora, por que o símbolo de alguns elementos não
começa com a inicial do seu nome?‖, os demais não tiveram nenhum tipo de
manifestação. Acreditamos que os alunos se calem para não serem taxados de
―puxa saco‖ da professora, entre outros comentários. Esse comportamento pode
também estar associado ao fato de participarem a maior parte do tempo de um
ensino que prioriza as aulas expositivas, uma vez que, nesse modelo de ensino, não
estão habituados a participar da construção do seu conhecimento.
Para discutir os conceitos químicos como elemento químico,
modelos atômicos, átomo, prótons, elétrons e nêutrons foi utilizada uma aula
experimental do teste de coloração de chama vinculado ao tema fogos de artifício.
Esta atividade foi extra caderno pedagógico. Os alunos foram questionados: ―De
onde vêm as cores dos fogos de artifícios?‖ Mesmo com uma aula experimental e
com a contextualização dos conceitos citados anteriormente, não notou uma
participação ativa por parte dos alunos.
Em outro momento trabalhou-se a importância dos isótopos na
medicina, agricultura, indústria e previsão do tempo. Nesse momento, observou
maior participação dos alunos na sala de aula e para a discussão do conceito de
isótopo. Os temas discutidos foram muito próximos dos alunos, pois a região na qual
a escola está inserida é predominantemente agrícola e este tema também está
relacionado à previsão do tempo. No caso da medicina, verificou-se que na turma a
maioria dos alunos tinha um parente doente de câncer. Contrapondo-se ao
parágrafo anterior, percebe-se que a estratégia da contextualização foi eficiente,
neste caso, para o processo de ensino e aprendizagem, pois os temas fizeram
sentido para os alunos.
Na tabela A, os alunos acrescentaram mais duas colunas uma para
o número atômico e a outra para o número de massa. Os alunos que já tinham
identificado os elementos químicos e seus símbolos, e também consultando a tabela
periódica, identificaram os números atômicos dos elementos químicos (Z) e o
número de massa (A). E como tarefa de casa, os alunos preencheram outra coluna
com a quantidade de prótons.
Para verificar a aprendizagem dos conceitos envolvidos na 3º UA,
um exercício foi solicitado aos alunos envolvendo uma bula de medicamento
chamado de complexo vitamínico. Os resultados mostraram que todos realizaram a
tarefa e manifestaram domínio no manuseio da tabela periódica. Foi ainda
acrescentada, como tarefa de casa a seguinte questão: ―Dentre os alimentos
naturais, quais você conhece que contêm os elementos químicos citados no
medicamento?‖ Todos os alunos trouxeram alguns exemplos, inclusive um deles se
interessou pela composição da goiaba. E outro fez um comentário interessante
―Professora, por que na mesa dos atletas sempre tem banana?‖
4ª Unidade de Aprendizagem Estudo da Tabela Periódica – Bem
Vindos ao Reino Periódico. A metodologia aplicada para esta unidade de
aprendizagem foi à utilização de uma tabela periódica em branco e preto. Os alunos
reunidos em grupo coloriram as partes da tabela e construíram uma legenda, para
compreender melhor as informações. A tabela foi colorida nas seguintes partes
metais (alcalinos e os terrosos), metais de transição, metais representativos, não
metais representativos metais de transição interna, gases nobres e hidrogênio, cada
uma deles recebendo uma cor diferente. Explicamos aos alunos que, embora os
metais alcalinos e alcalinos terrosos fossem coloridos com cores distintas eles
pertenciam grupo dos metais representativos.
Em seguida, retomou-se a leitura do artigo do caderno pedagógico,
e construíram-se duas novas tabelas, B e C. A tabela B continha quatro colunas com
os nomes: elemento químico, símbolo, período e coluna, e a tabela C continha três
colunas com os nomes: metal, elemento representativo/transição e grupo da tabela
periódica. Paralelamente à construção das tabelas B e C, alguns aspectos da
história da tabela periódica foram discutidos. Nesse momento os alunos, já
adaptados ao projeto, mostraram-se mais participativos.
Quanto à atividade referente ao parágrafo que foi extraído do texto,
os alunos preencheram corretamente a tabela D contendo duas colunas com os
nomes elementos não metálicos e grupo da tabela periódica, com base em outro
parágrafo que foi extraído do mesmo texto do caderno pedagógico, responderam
corretamente à pergunta. ―Todos os elementos químicos são metálicos?‖
Para avaliar esta aprendizagem, os alunos resolveram um jogo de
passatempo, rapidamente e com empolgação. Acreditamos que este comportamento
se deve à atividade lúdica, estratégia esta que eles não estão habituados, e pelo
domínio do conteúdo.
Avaliando o Conhecimento.
A 5ª UA foi realizada para que o aluno tivesse a oportunidade de
sintetizar todos os conceitos desenvolvidos no projeto. Para isso foi entregue aos
alunos um texto, no qual os elementos químicos foram citados no contexto do lago
de um pesque pague juntamente com um questionário com questões referentes ao
conteúdo da tabela periódica. Todos os alunos resolveram corretamente as
questões e de forma participativa. Esse resultado mostra que o mapa conceitual
para a organização dos conteúdos e o caderno pedagógico promoveu a
aprendizagem significativa, pois os alunos conseguiram identificar os elementos
químicos em qualquer contexto.
Ainda como atividade avaliativa, fizeram uma pesquisa sobre a
presença dos elementos químicos nos alimentos de que eles mais gostam. Os
resultados de duas pesquisas realizadas por dois alunos são mostrados no Anexo II.
CONCLUSÃO
O texto que foi utilizado como organizador introdutório de fato serviu
como ancoradouro dos conteúdos sobre tabela periódica, e o mapa conceitual
permitiu a organização hierárquica desses conceitos durante a realização das
atividades previstas no caderno pedagógico na construção dos mesmos.
As unidades de aprendizagens que compõem o caderno pedagógico
proporcionaram maior participação e curiosidade em sala de aula.
O uso de temas geradores auxiliou na melhor compreensão a dos
conceitos específicos da química, na associação a outros instrumentos facilitadores
da aprendizagem contextualizada, além de enriquecer o trabalho docente.
O tema Suplemento Alimentar permitiu ao professor desenvolver
diversas propostas de atividade no ensino da química, desenvolvendo no aluno o
pensamento critico com uma visão de mundo mais articulada e menos fragmentada.
Assim, ensinar química é despertar no estudante a capacidade de
questionar, pensar sobre o que ele já sabe, levando-o a relação teoria-prática, é
substituir o conhecimento do cotidiano pelo cientifico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Educational psychology. New York: Holt, Rinehart and Winston, 1978. BERNARDELLI, M. S. Encantar pra ensinar – um procedimento alternativo para o ensino de química. In: Convenção Brasil Latino América, Congresso Brasileiro e Encontro Paranaense de Psicoterapias Corporais. 1.,4., 9. CD-ROM. Foz do Iguaçu. ANAIS... Centro Reichiano. 2004. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio: ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999.p.68. Carvalho, C.G.; SOUZA L.C. Química De Olho no Mundo do Trabalho, Vol. Único. Editora Scipione, 2004 HERNÁNDEZ, F.; VENTURA, M. A organização do currículo por projetos de trabalho. Trad. Jussara Haubert Rodrigues. 5 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. LIMA, G. A. B.; Mapa Conceitual como ferramenta para organização do conhecimento em sistema de hipertextos e seus aspectos cognitivos. v.9 n.2 Perspect. Ciênc. inf. Belo Horizonte: 2004, p. 134-145. MALDANER, O. A.. A formação inicial e continuada de professores de Química: Professores/Pesquisadores. 2. ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2003. ________, O. A.. A formação Inicial e continuada de professores de Química. Ijuí: Ed. UNIJUI, 2000. Moraes, R. & GOMES, V. (2007). Uma Unidade de Aprendizagem Sobre Unidades de Aprendizagem. In: M. Galiazzi, M. Auth, R. Moraes & R. Mancuso (Ed.), Construção Curricular em Rede na Educação em Ciências: uma aposta de pesquisa na sala de aula. Ijuí: UNIJUI. MORAES, R.; RAMOS, M. G. Construindo o conhecimento uma abordagem para o ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra 1988. MORAES, Roque; GALIAZZI, Maria do Carmo. Análise textual discursiva. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2007.
OLIVEIRA, R. J. De Reflexões sobre a técnica, a ética e a educação no mundo de hoje. In: CHASSOT, A. I. ; OLIVEIRA, R. J. Ciência, ética e cultura na educação. São Leopoldo: UNISINOS, 2001.
Paraná – Secretaria de Educação – Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Química, Curitiba, 2008. SILVA E.R.; NOBREGA O.S.; SILVA R.R.H. Química: Conceitos Básicos. São Paulo; Ática, 2001.
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www.net-mulher.com/showthread.php?p=34557 acesso em: 2010
www.amemoria. tripod.com/id70.html - acesso em: 2010
APÊNDICE
Apêndice I
“SUPLEMENTAÇÃO DE ELEMENTOS TRAÇOS”
Nos seres vivos predominam o carbono, hidrogênio, nitrogênio e
oxigênio. Como esses são os elementos fundamentais da Química Orgânica,
acreditou-se durante muito tempo que somente os compostos orgânicos e as
reações que os envolviam eram indispensáveis para a Vida, e que os elementos e
compostos comumente chamados ―inorgânicos‖ tinham escasso ou nenhum
significado para os sistemas vivos. Havia algumas exceções como o
reconhecimento da presença de ferro no sangue, ou de cálcio nos ossos e dentes, e
a participação do fósforo em numerosos processos metabólicos.
Só recentemente tomou-se consciência clara de que muitos outros
elementos inorgânicos, sobretudo metais de transição, presentes geralmente em
baixas concentrações (traços), são essenciais para todos os seres vivos. Hoje
sabemos que certas alterações no metabolismo desses elementos-traços são causa
de várias doenças e desordens fisiológicas. Em razão das concentrações muito
baixas desses elementos, a importância biológica de muitos deles só foi
determinada há pouco tempo, pois foi necessário dispor de métodos analíticos muito
sensíveis para detectá-los e de ferramentas bioquímicas capazes de confirmar seu
caráter essencial. Um elemento é essencial para um determinado organismo
quando a deficiência de sua ingestão produz desordens em certas funções, e
quando sua recuperação aos níveis fisiológicos é capaz de reverter essas
desordens. Atualmente, cerca de trinta elementos são reconhecidos como
essenciais para os seres vivos. O quadro 1 apresenta a composição elementar
média de um ser humano adulto normal (Baran, 1995).
Quadro 1: Composição elementar media de uma pessoa adulta normal de
70Kg.
Elemento g/ 70 kg. Peso
Elementos majoritários O 43.500
C 12.600
H 7.000
N 2.100
Ca 1.050
P 700
S 175
K 140
Na 105
Cl 105
Mg 35
Elementos-Traços Fé 4.2
Zn 2.3
Cu 0.1
F, Si, B, Br. <0.5
Elementos ultramicro-traços V, Mn, Ni,Cr, Co,Mo, Se, As, I.
?
De acordo com a sua abundância relativa no organismo, esses
elementos se classificam como majoritários traços e ultramicro-traços. Hidrogênio,
carbono, nitrogênio e oxigênio, componentes básicos da matéria orgânica, são
constituintes majoritários, assim como o enxofre, o fósforo, o cloro e os quatro
metais representativos biologicamente relevantes - sódio, potássio, magnésio e
cálcio. Ferro, zinco e cobre correspondem ao grupo de elementos traços, e são
também os três metais de transição mais abundantes em todos os seres vivos. Os
metais restantes e alguns outros elementos não metálicos (por exemplo, selênio e
iodo) encontram-se em concentrações extremamente baixas, mas possuem uma
extraordinária importância para a vida. O estudo dos modos de ação e do
comportamento desses elementos nos sistemas biológicos constitui uma nova área
interdisciplinar da Química, comumente chamada Química Bioinorgânica.
Suplementação de elementos-traços e ultramicro-traços
Ferro
Como mostrado no Quadro 1, o ferro é o metal de transição mais
abundante no organismo humano e participa de uma variada série de processos e
funções, entre as quais o metabolismo do oxigênio (hemoglobina, mioglobina,
oxigenasses), o transporte de elétrons (citocromos, ferredoxinas). Isso o torna um
daqueles elementos cuja deficiência gera maiores desordens e disfunções.
As desordens associadas ao metabolismo do ferro são basicamente
de dois tipos: por um lado anemias e processos similares associados a deficiências
do metal e, por outro, problemas de toxidez relacionados à presença de ferro em
excesso nos tecidos e fluidos biológicos. A deficiência de ferro aparece como o
problema nutricional mais frequente no mundo, afetando em torno de 24% da
população. Os compostos utilizados na suplementação de ferro por via oral incluem
diversos sais simples de ferro, de ácidos orgânicos ou inorgânicos.
Zinco
Entre os elementos-traços o zinco é, depois do ferro, o metal mais
abundante em sistemas biológicos. As deficiências de zinco são comuns, porém
difíceis de reconhecer. Essas deficiências têm um forte impacto no crescimento, na
cicatrização de feridas, na resposta imunológica e na reprodução, e afetam os
órgãos gustativos, a visão e o tato. O composto mais utilizado como suplementação
é o sulfato de zinco (ZnSO4).
Cobre
Tal como o ferro, o cobre participa de uma ampla gama de funções e
sistemas biológicos. Pacientes que padecem de artrite reumatóide, úlceras
gástricas, tumores cancerígenos ou episódios epilépticos usualmente apresentam
concentrações elevadas de cobre no soro ou plasma. Outro problema, desta vez
relacionada à deficiência de cobre, é a doença de Menkes, uma desordem de
origem genética que conduz a uma degeneração cerebral.
Magnésio
Os metais alcalinos sódio e potássio e os alcalino-terrosos magnésio
e cálcio são os quatro metais mais abundantes nos sistemas biológicos.
Consequentemente, síndromes de deficiência associadas a esses elementos são
relativamente raras, pois virtualmente qualquer dieta padrão garante uma ingestão
normal de todos eles. Não obstante, essa situação tem começado a mudar
drasticamente nas sociedades modernas onde, por exemplo, muitos animais são
criados em ambientes controlados com dietas de crescimento estritamente
reguladas e os seres humanos estão notavelmente sujeitos à perdas continuadas de
eletrólitos, devido a situações de estresse, excesso de atividades esportivas ou
importantes mudanças nos hábitos alimentares.
Essas situações afetam particularmente os níveis de magnésio, que
é o menos abundante dos quatro elementos acima citados (ver Quadro1). Por essa
razão, a suplementação de magnésio tem-se transformado em um aspecto relevante
na Medicina e na Farmacologia contemporâneas. A utilização de águas minerais
ricas em Mg é uma das possibilidades mais simples e habitualmente empregadas.
Cromo
Atualmente, uma grande parte dos estudos de suplementação é
realizada utilizando-se fermento de cerveja, que é um produto muito rico em cromo
biologicamente ativo.
Figura 2 – Estrutura esquemática do complexo tris(picolinato)cromo(III)
O complexo tris-picolinatocromo (III) cuja estrutura é mostrada na
Figura 2 aparece atualmente como um dos mais importantes e mais populares
suplementos nutricionais, cuja comercialização mundial gera anualmente mais de
100 milhões de dólares. Esse composto está sendo utilizado nos tratamentos de
obesidade e para o fortalecimento muscular e foi também recomendado nas terapias
de diabetes de tipo II.
Selênio
A maioria das desordens originadas de deficiências de selênio está
relacionada com os mecanismos de defesa celular frente ao ataque por radicais
livres (Baran, 1995, 1997). Assim, o selênio parece ter alguma relação com os
sistemas imunológicos. Nos seres humanos, a deficiência tem-se associado
frequentemente a doenças cardíacas e a problemas nas articulações e na estrutura
óssea.
Cobalto
A chamada anemia perniciosa é uma desordem que se apresenta
geralmente em adultos que carecem de vitamina B12. Inicialmente essa doença se
manifesta com quadros de fadiga e debilidade extrema, dores de língua e
dificuldades motrizes. Simultaneamente, aparecem diversas desordens
hematológicas, entre as quais uma importante diminuição no número de eritrócitos
(células vermelhas do sangue). A vitamina B12 é uma das biomoléculas mais
complexas que se conhece (Figura 3), sendo o único sistema bioinorgânico presente
no organismo humano que contém cobalto.
Figura 3 – Estrutura esquemática da vitamina B12
Apêndice II
Pesquisa do alimento que ele gosta
A alface
A alface é uma planta herbácea rica em nutrientes e clorofila; e tem
a função de alcalinizar e desintoxicar o corpo — principalmente o fígado. Esta
hortaliça constitui uma importante fonte de vitaminas (A, C e niacina) e sais minerais
(sais de enxofre, fósforo, ferro, cálcio e silício).
As vitaminas são importantes para o bom funcionamento dos órgãos
como visão, pele, mucosas, aparelho digestivo, sistema nervoso e vasos
sanguíneos; além de evitar a má formação dos dentes, combaterem infecções e
ajudar na cicatrização dos ferimentos.
Os minerais são vitais para a saúde dos cabelos e do tecido
cutâneo. O cálcio e o fósforo participam na formação dos ossos e dentes, ajudam na
coagulação do sangue e na construção muscular. O ferro contribui para a formação
do sangue.
A alface tem propriedade calmante, sendo capaz de tratar casos de
insônia. A hortaliça ajuda as pessoas a ter um sono reparador e a controlar os
acessos de histeria. Aconselha-se consumir alface à noite para dormir melhor,
principalmente quando seu suco é adicionado a uma bebida quente que contenha
mel. Ela também é considerada uma hortaliça benéfica em tratamentos faciais.
Em casos de inflamação e inchaços, fazem-se aplicações tópicas de
cataplasmas quentes de alface.
A alface é uma hortaliça que estraga rápido. Fora da geladeira, deve
ser mantida com a parte de baixo dentro de uma vasilha com água ou dentro de
saco plástico aberto, em local bem fresco por até um dia. Quando conservada em
geladeira, deve ser mantida em saco plástico ou em uma vasilha de plástico
tampada, retirando-se as folhas de acordo com a necessidade de consumo.
A Uva
Propriedades Nutricionais:
É rica em carboidratos, mas também apresenta pequenas
quantidades de vitaminas do complexo B e vitamina C. Fornece boas doses de
minerais como potássio, cálcio, fósforo, magnésio, cobre e iodo.
Valor Calórico:
100 gramas de uva fornecem 68 calorias.
Propriedades Medicinais:
Ajuda a ativar os rins, é um suave laxante e atua contra várias
enfermidades do intestino, fígado e abdômen, além de estimular as funções
cardíacas. A uva também é um rico depósito de compostos antioxidantes e
anticancerígenos. Uva vermelha: possui alto teor do antioxidante quercetina. A
casca da uva aumenta o colesterol HDL, considerado o bom colesterol e
contém resveratrol, que comprovadamente inibe o agrupamento de plaquetas e,
consequentemente, a formação de coágulos sanguíneos. Uva verde: tem
poderes antibacterianos e antivirais. O óleo da semente da uva também
aumenta o colesterol HDL, considerado o bom colesterol.