da escola pÚblica paranaense 2009 - … · em algumas espécies de grande porte. É o caso da...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
1
FANNY CRISTINA DE OLIVEIRA MONTEIRO
UNIDADE DIDÁTICA:
PLANTAS MEDICINAIS E SABER POPULAR: A NATUREZA CUIDANDO DA
NOSSA SAÚDE
PONTA GROSSA
2010
ECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED
SECRETARIA DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO
SUPERIOR SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA – UEPG
2
FANNY CRISTINA DE OLIVEIRA MONTEIRO
PLANTAS MEDICINAIS E SABER POPULAR: A NATUREZA CUIDANDO DA
NOSSA SAÚDE
Unidade Didática apresentada como
requisito de avaliação parcial referente ao
Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE, promovido pela
Secretaria de Estado da Educação –
SEED – Pr.
Universidade Estadual de Ponta Grossa –
UEPG.
Orientadora: Profa. Dra Marta Regina
Barrotto do Carmo
PONTA GROSSA
2010
3
SUMÁRIO
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO................................................................... 04
2 TEMA DE ESTUDO DA INTERVENÇÃO: Plantas Medicinais.................. 04
3 TÍTULO: Plantas Medicinais e Saber Popular: A Natureza Cuidando da
Nossa Saúde.............................................................................................
04
4 MORFOLOGIA VEGETAL: Órgãos vegetativos das plantas.................... 06
5 CATÁLOGO DAS PLANTAS MEDICINAIS............................................... 27
6 ATIVIDADES............................................................................................. 45
7 REFERÊNCIAS......................................................................................... 47
4
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED
SECRETARIA DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO
SUPERIORSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA – UEPG
1- IDENTIFICAÇÃO
1.1- PROFESSOR PDE: FANNY CRISTINA DE OLIVEIRA
MONTEIRO
1.2- ÁREA: CIÊNCIAS
1.3- NRE: PONTA GROSSA
1.4- PROFESSOR ORIENTADOR IES: Profa Dra MARTA
REGINA BARROTTO DO CARMO
1.5- IES VINCULADA: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA
GROSSA
1.6- ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: ESCOLA ESTADUAL
GENERAL ANTÔNIO SAMPAIO
1.7- PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: ALUNOS DA 6ª
SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
2- TEMA DE ESTUDO DA INTERVENÇÃO:
PLANTAS MEDICINAIS.
3- TÍTULO:
PLANTAS MEDICINAIS E SABER POPULAR: A NATUREZA
CUIDANDO DA NOSSA SAÚDE.
4- INTRODUÇÃO
O homem sempre esteve intimamente relacionado à natureza, dela
depende diretamente o futuro dos seres vivos. Portanto, conhecê-la melhor,
além de ser fascinante, é de vital importância para a humanidade. Sendo
assim, dentre as inúmeras oportunidades de melhor conhecer a natureza
destaca-se o aprendizado botânico e com ele, as plantas medicinais que fazem
da nossa flora uma farmácia que a cada dia vem sendo descoberta.
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O emprego de plantas medicinais na recuperação da saúde vem
evoluindo ao longo dos tempos, desde as formas mais simples de tratamento
local, provavelmente utilizada pelo homem das cavernas até as formas
tecnologicamente sofisticadas da fabricação industrial utilizada pelo homem.
(Lorenzi, 2002, p2).
Dentro dessa proposta esse material didático irá abranger morfologia
vegetal, utilização de plantas medicinais, as precauções contra o mau uso das
plantas medicinais e catálogo das plantas medicinais.
Resgatar o saber popular, transmitir o saber cientifico e possibilitar a
formação de cidadãos com uma visão menos individualista, interagindo com a
comunidade e atuando na prevenção e proteção do ambiente em que estão
inseridos, essa é a proposta desde caderno pedagógico.
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Morfologia Vegetal
Órgãos vegetativos das plantas
Para uma planta se manter viva, há necessidade de diversos órgãos
estarem funcionando perfeitamente. Esses órgãos, cuja função é manter a
planta com vida, são denominados órgãos vegetativos e compreendem a raiz,
caule e a folha da planta.
Raiz
A raiz é o órgão encarregado da fixação da planta em um substrato e da
absorção da água e sais minerais.
Numa raiz, podem ser reconhecidas quatro regiões principais:
Coifa: é uma espécie de capuz que protege a ponta da raiz.
Região lisa ou de crescimento: é onde ocorre a produção, e o
alongamento das células que promovem o crescimento da raiz.
Região pilífera ou de pêlos absorventes: os pêlos absorventes retiram do
solo a água e os sais minerais.
Região de ramificação ou raízes laterais: é a região em que a raiz se
ramifica, originando outras raízes.
Tipos especiais de raiz:
Estudaremos algumas raízes com funções diferentes.
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Raiz axial: são as raízes que crescem perpendicularmente ao solo
e possuem um eixo principal do qual saem as ramificações são denominadas
axiais ou perpendiculares.
Raiz fasciculada: quando não há uma raiz principal e todas saem
do caule. Exemplo: capim.
Raízes tuberosas: armazenam grande quantidade de substâncias
nutritiva, são muito utilizadas na nossa alimentação. É o caso da cenoura,
mandioca, beterraba, rabanete, nabo e batata doce.
8
Raízes escoras: aumentam a superfície de fixação da planta. São
encontradas em plantas do mangue.
fonte:Fanny Cristina de Oliveira Monteiro.
Raízes tabulares: são achatadas como tábuas, estão presentes
em algumas espécies de grande porte. É o caso da sumaúma.
Raízes sugadoras: são raízes de plantas parasitas, que penetram
no caule de uma planta hospedeira sugando-lhe a seiva. Como exemplo: erva-
de-passarinho.
Raízes respiratórias: se desenvolvem em locais alagadiços. O
mangue – branco é um exemplo.
9
fonte:Fanny Cristina de Oliveira Monteiro.
Como vimos, as raízes são em geral, subterrâneas. Mas algumas são
aéreas (como as raízes escora) ou aquáticas (como a aguapé).
Caule
O caule é a parte da planta encarregada da condução da seiva e da
sustentação das folhas e órgãos de reprodução.
Gema apical – responsável pelo crescimento em altura.
Gema lateral – responsável pela formação de ramos, folhas e
flores.
Tipos de caule
Vamos estudar os caules aéreos e os caules subterrâneos.
Caules aéreos: crescem acima da superfície do solo. Estudaremos os
seguintes exemplos:
Tronco: caule resistente tipicamente encontrado nas árvores
(mangueira, jacarandá, seringueira, eucalipto).
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Estipe: não apresenta ramificações (palmeiras, coqueiros).
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro.
Colmo: apresenta nós e entrenós bem visíveis (bambu, cana-de-
açúcar e milho).
Haste: frágil, comum nas hortaliças (salsa, agrião).
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fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro
Caule rastejante: desenvolve-se horizontalmente em relação à
superfície do solo (melância, melão, pepino).
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Caule trepador: cresce apoiado num suporte. Exemplos: chuchu,
maracujá.
Caules subterrâneos: crescem sob o solo.
Rizoma: desenvolve-se horizontalmente (bananeira e gengibre).
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fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Tubérculos: ricos em substâncias nutritivas (batatinha).
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Bulbos: folhas modificadas que acumulam substâncias nutritivas
(cebola, alho).
Vamos praticar um pouco?
1. Você vai até a quitanda e observa que o comerciante montou uma única
barraca que contém batatinhas, beterrabas, mandiocas, gengibres, alhos,
batatas-doces, cebolas e rabanetes. Insatisfeito com essa disposição, o dono
da quitanda resolveu dividir esses alimentos em duas barracas e pediu sua
opinião sobre como deveria ser feita essa divisão.
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a) Qual o critério científico você poderia utilizar para dividir esses alimentos
em duas barracas diferentes?
_____________________________________________________________
___________________________________________________________
b) Quais alimentos você colocaria em uma das barracas, segundo o critério
que você estabeleceu?
_____________________________________________________________
___________________________________________________________
c) Quais alimentos você colocaria na outra barraca?
_____________________________________________________________
___________________________________________________________
2. Pesquise e escreva no caderno se os alimentos a seguir são raízes ou
caules.
a) Gengibre______________
b) Rabanete______________
c) Cenoura______________
d) Cebola_______________
e) Nabo_________________
f) Alho__________________
g) Mandioca______________
h) Batata-doce____________
i) Batata-inglesa__________
j) Mandioquinha__________
k) Beterraba______________
l) Inhame ou cará _________
Folha
As folhas são formações laminares, geralmente verdes, que
desenvolvem a partir de caule. Constituem órgãos encarregados de várias
funções importantes para as plantas: fotossíntese, respiração e transpiração.
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Fotossíntese: é por meio da fotossíntese que a planta produz o
alimento que necessita para se manter viva.
Veja a equação química simplificada da fotossíntese:
Gás carbônico +água glicose + gás oxigênio + água
Respiração: durante a respiração as plantas utilizam gás oxigênio
e desprendem gás carbônico.
Transpiração: a transpiração é o processo de eliminação de vapor
de água para o ambiente.
Partes da folha
Limbo: é a região em forma de lâminas.
Pecíolo: haste que sustenta a folha ao caule.
Bainha: é uma dilatação da base da folha que permite a sua
inserção ao caule.
Modificações foliares
Algumas plantas apresentam folhas modificadas, adaptadas ao
desempenho de funções específicas.
Brácteas: são folhas geralmente coloridas que protegem as flores.
Espinhos: folhas ou ramos modificados.
Insetívoras: são estruturas adaptadas para a captura e digestão
de certos insetos ou pequenos animais.
Luz
Clorofila
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Vamos treinar para não esquecer?
1. Responda:
a) Como as plantas terrestres obtêm gás carbônico e água, substâncias
necessárias à ocorrência da fotossíntese?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
b) Qual a fonte de energia para a realização da fotossíntese? Como essa
energia é “captada” pela planta?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
Órgãos reprodutores das angiospermas
As flores, os frutos e as sementes, são órgãos reprodutores, ou seja, os
órgãos responsáveis pela perpetuação das espécies.
A flor é o órgão de reprodução, é nela que ocorre a fecundação.
Estruturas de reprodução:
Pedúnculo e receptáculo floral
Pedúnculo: haste de sustentação que fixa a flor ao caule. Na
porção superior o pedúnculo se dilata, formando o receptáculo floral.
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Sépalas e pétalas
Sépalas: são folhas modificadas e geralmente verdes. O conjunto
de sépalas forma o cálice da flor.
Pétalas: são folhas modificadas e, muitas vezes, coloridas.
O conjunto de pétalas forma a corola da flor.
Estames e carpelos
Os estames são folhas modificadas formadas, basicamente, por duas
estruturas:
Antera: região dilatada é nela que se formam os grãos de pólen.
Filete: haste que sustenta a antera.
O conjunto de estames forma a parte masculina da flor,
denominada androceu.
Os carpelos são folhas modificadas formadas, basicamente, por três
estruturas:
Estigma: parte situada na extremidade superior do carpelo.
Estilete: tubo que liga estigma ao ovário.
Ovário: é nessa estrutura que se formam os óvulos.
O conjunto de carpelos forma a parte feminina da flor,denominada
gineceu.
Flores solitárias e inflorescência
Flores solitárias: são flores que se apresentam sozinhas no ramo
ou caule.
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Inflorescência: são várias flores presas no mesmo lugar do ramo
ou caule. Girassol, copo-de-leite
Agora é a sua vez!!!!!!
1) Observe o esquema de uma flor:
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Responda:
a) Qual o nome das folhas modificadas A, B, C ,D? que nomes recebem os
conjuntos formados por cada uma dessas estruturas?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
b) Quais as partes da estrutura C? Por que ela é importante para a planta?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
c) Quais as partes da estrutura E? Por que ela é importante para planta?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
d) Quais as partes da estrutura D? O que ela produz?
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____________________________________________________________
Frutos
É o ovário desenvolvido da flor. O fruto é formado por duas partes
básicas pericarpo e semente.
O pericarpo contém:
Epicarpo: porção externa do fruto “casca”.
Mesocarpo: geralmente é a parte carnosa e comestível dos frutos
carnosos.
Endocarpo: porção interna que envolve a semente.
Tipos de frutos:
Frutos carnosos: são comestíveis, rico em substâncias nutritivas.
Entre eles citamos: laranja, limão, goiaba, mamão, melância, tomate, abóbora,
berinjela, pepino, azeitona, manga, ameixa, pêssego, abacate, cereja.
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Frutos secos: apresentam pericarpo seco. Destacamos: vagem do
feijão,soja e ervilha, grãos de milho, trigo, arroz.
Falsos frutos: em certas plantas, não é o ovário da flor e sim
outras partes que se desenvolvem depois da fecundação, originando
estruturas carnosas e suculentas, que lembram frutos verdadeiros, mas não
são. Por isso são chamados de pseudofrutos Como por exemplos temos: caju,
morango e maçã.
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Desafio!!!!
1) Um fruto é formado por duas partes básicas: pericarpo e semente. Na
gravura abaixo identifique-as:
__________________________________
__________________________________
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Sementes
É o óvulo da flor desenvolvido após a fecundação. A semente é
composta de tegumento e amêndoa. O tegumento é a camada externa (casca)
que recobre e protege a semente. A amêndoa apresenta duas partes:
Embrião: forma a nova planta quando a semente germina.
Endosperma ou albúmen: contém substâncias nutritivas que
alimentam a plantinha nas primeiras fases de seu
desenvolvimento
Testando seus conhecimentos
1. O pinheiro- do- paraná e a gralha azul estão intimamente relacionados,
pois as sementes servem de alimento para o pássaro. Você saberia
dizer por que o desaparecimento de uma espécie pode acarretar
prejuízos para outra?
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2. Um fruto normalmente tem gosto ruim enquanto não está maduro. Qual
é a vantagem disso?
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Utilização de plantas medicinais
As formas de utilização de plantas medicinais (Lorenzi, 2002 p 6,7,8) são
as seguintes:
1. Aluá: tritura-se a raiz bem limpa e a coloca dentro de meio litro de
água. Depois de um dia, em repouso, coa-se e toma-se adoçado e gelado.
2. Cataplasma: usa-se em furúnculos, contusões e entorses. A
preparação é feita com farinha e água quente, com a adição da planta triturada.
3. Chás:
Infusão: os chás, juntamente com água fervente, são misturados
com pedacinhos de ervas. Deixa-se em repouso por 5 a 10 minutos. Usados no
tratamento de resfriados, para males do aparelho digestivo, estômago, diarréia.
Os chás devem ser preparados de preferência, em doses individuais para
serem usados logo em seguida. Quando, porém, as doses são muito
frequentes, podem ser preparados em quantidade maior, para o consumo no
mesmo dia. Neste caso, além do cuidado de usar todo o material muito bem
limpo, deve-se manter o recipiente com o chá bem fechado e guardado na
geladeira e não usá-lo mais no dia seguinte, quando se prepara nova
quantidade se for necessário.
Decocção ou cozimento: coloca-se a planta na água fria e leva a
fervura. O tempo de fervura pode variar de 10 a 15 minutos dependendo da
consistência da planta. Após o cozimento, deixar em repouso de 10 a 15
minutos e coar em seguida. Esse método é indicado quando se utilizam partes
duras como cascas, raízes e sementes.
Maceração: coloca-se a planta amassada ou picada depois de
bem limpa na água fria.
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4. Inalação: deve-se tomar muito cuidado por causa do risco de
queimaduras. Aqui, aproveita-se o vapor dos aromas como eucalipto, bamburra
e alecrim de tabuleiro.
5. Infuso (ver chá, por infusão).
6. Lambedor ou xarope: é uma preparação espessada com açúcar e
usada geralmente para o tratamento de dores de garganta, tosse e bronquite.
Junta-se parte do chá por infusão ou do cozimento, conforme o caso, com uma
parte de açúcar do tipo cristalizado. Embora possa ser usado por vários dias,
pois se conserva bem, seu uso deve ser suspenso se aparecerem mofo,
aparência de coalhado ou cheiro azedo.
7. Maceração. (ver chá por maceração)
8. Pós: o pó é muito fácil de fazer; é feito secando-se a planta, para
que fique bem quebradiça. Pode ser preparado deixando-a sobre a chapa do
fogão ou forno. Depois de seca pode ser misturado ao leite ou mel e, para o
uso tópico, cobre-se o ferimento com uma camada fina do pó.
9. Sinapismo: é um tipo de cataplasma que se adiciona à mostarda,
pimenta malagueta, gengibre ou outras plantas que tornam a pele vermelha. É
usado no caso de inflamações internas.
10. Tintura: é um tipo de maceração no qual é usado alcoóis de
cereais ao invés de água. Em geral deixam-se as partes vegetais frescas ou
secas grosseiramente trituradas mergulhadas em álcool a 92 GL durante 8 a 10
dias.
11. Tisana: nome genérico de chás, usado desde antiguidade.
12. Vinho medicinal: é uma preparação estimulante feita com vinho
tinto, no qual se deixa em maceração as plantas, conforme o caso, como se faz
na prática caseira com as sementes de sucupira branca.
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Fique mais informado
Na sua cartilha sobre plantas medicinais pesquise sobre “chás” e
escreva no caderno quais são as indicações terapêuticas dos seguintes chás:
-chá de erva – cidreira_____________________________________________
-chá de hortelã___________________________________________________
-chá de boldo___________________________________________________
-chá de camomila________________________________________________
Pesquise e descubra
1. Todas as pessoas têm os mesmos costumes e formas de usar as
plantas medicinais? Explique.
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2. Além de chás, algumas das plantas citadas na sua cartilha possuem
outras funções? Cite nome dessas plantas e suas funções.
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Duniau (2003, p.58) cita como princípios a serem observados.
1. Nunca esquecer que a planta é remédio, muitos remédios
de alopatia derivam de plantas; então só o médico deve
prescrever e definir a dose certa para cada pessoa.
2. O medicamento fitoterápico precisa de comprovação
cientifica para garantir sua eficácia e segurança.
3. Para se obter eficácia e mínima toxicidade, deve-se
certificar a sua procedência; em cada planta deve se ter o
cuidado com o plantio, coleta, secagem e
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armazenamento. Cada parte da planta (raiz, caule, folhas,
flores) tem diferentes concentrações e efeitos colaterais.
4. Não misture remédio (fitoterápicos e/ou outros) por conta
própria. Podem ocorrer interações medicamentosas de
efeito, às vezes, desastroso.
5. Qualquer medicamento é, a priori, contraindicado na
gestação, lactação e para crianças pequenas (abaixo de 2
anos), inclusive os fitoterápicos. Muitas plantas têm
propriedades abortivas, ou são altamente tóxicas para o
feto ou lactante, pois certos compostos passam para o
leite.
6. Respeite a posologia prescrita: quer se trate de chás, de
cápsulas ou de tinturas, a dose prescrita é a dose de
eficácia terapêutica comprovada.
7. Respeite a duração do tratamento prescrito pelo seu
médico: a maioria das ervas medicinais deve ser usada
por períodos que variam de 1 a 3 meses, com
interrupções, em geral de 15 a 20 dias.
8. Respeitando esses princípios básicos, o usuário que fizer
tal opção de tratamento terá certamente mais condições
de aliviar seus males, sem sofrer efeitos colaterais.
Esclarecendo
Algumas palavras não são do seu conhecimento, então vamos pegar o
dicionário e iniciar uma pequena pesquisa.
Pesquise
– Fitoterápico: ______________________________________________
– Eficácia: _________________________________________________
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– Toxicidade: _______________________________________________
– Priori: ___________________________________________________
– Lactação: ________________________________________________
– Posologia: _______________________________________________
– Efeito Colateral: ___________________________________________
É evidente o uso das plantas enquanto remédio, cabendo ao poder
público o esclarecimento do uso, cultivo e controle de qualidade. Lorenzi (2002,
p.23) destaca as recomendações da Organização Mundial da saúde (OMS):
a) Procedam levantamentos regionais das plantas usadas na
medicina popular tradicional e identifique-as
botanicamente;
b) Estimulem e recomendem o uso daquelas que tiverem
comprovadas sua eficácia e segurança terapêuticas;
c) Desaconselhem o emprego das práticas da medicina
popular consideradas inúteis ou prejudiciais;
d) Desenvolvam programas que permitam cultivar e utilizar as
plantas selecionadas na forma de preparações dotadas
de eficácia, segurança e qualidade.
Usando e Ampliando seus Conhecimentos
A OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta sobre os cuidados que
devemos ter quanto o cultivo e controle de qualidade das plantas medicinais.
Na sua cartilha foram citadas as letras a, b, c, e d. escolha 2 letras que para
você são as principais e explique com suas palavras o que elas significam .
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Lorenzi (2002, p.10) relata As Precauções contra o mau uso das plantas
medicinais.
De forma a usufruir plenamente da potencialidade das plantas
medicinais alguns passos básicos devem ser observados.
1. Plantas medicinais devem ser usadas corretamente, e que
seu uso incorreto pode ser perigoso.
2. Usar sempre que possível a planta fresca para o preparo
de chás, cozimento ou outras formas de uso.
3. Plantas secas somente devem ser usadas quando forem
adquiridas de forma segura, ou que seja indicada por
especialistas em fitoterapia ou farmacognosia.
4. Nunca usar uma planta seca que tenha sinais de
preparação mal feita, ou que esteja mofada ou que
apresente aspecto diferente do normal.
Silva et al.(1995, P.12) ainda relata que após a coleta deve proceder-se à
limpeza (retirada de insetos, areia, pedras, teia de aranha, etc.) a lavagem do
material, e seleção da matéria- prima a ser secada (separa folhas, flores, caule
e raízes).
A secagem de folhas flores e caules finos deve ser realizada à sombra,
em local ventilado e desprovido de umidade. Não se deve amontoar as plantas
ou agrupá-las em maços grandes, para não dificultar a secagem e para não
favorecer o surgimento de mofo. O escurecimento e as alterações da cor são
indícios de degradação ou alterações da composição química dos princípios
ativos.
Cascas e raízes podem ser secas ao sol, inteiras ou rasuradas
grosseiramente.
Assim, o potencial risco de intoxicação justifica cuidados especiais na
preparação e consumo de plantas medicinais. O conceito errôneo de que as
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plantas são remédios naturais, e, portanto livre de riscos e efeitos colaterais
deve ser reavaliado. Como as plantas podem representar remédios poderosos
e eficazes o risco de intoxicação causada pelo uso indevido deve ser sempre
levado em consideração. A obediência às dosagens prescritas e o cuidado na
identificação precisa do material utilizado pode evitar uma série de acidentes.
(Lorenzi, 2002, p.10).
Pesquise e Descubra
Todas as pessoas têm os mesmos costumes e formas de usar as plantas
medicinais? Explique.
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______________________________________________________________
Catálogo das plantas medicinais
Plantas medicinais tradicionalmente empregadas pela comunidade escolar da
Escola Estadual General Antônio Sampaio, Município de Ponta Grossa, Estado
do Paraná.
Abacate
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome científico: Persea americana L.
Família: Lauraceae
Nomes populares: abacate – branco, abacate - roxo, aguacate, guaclite,
agnata.
Parte usada: folhas, frutos e sementes.
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Indicações terapêuticas: diurético, aumenta a produção de urina, estimula a
liberação de bile e melhora a digestão, facilita à menstruação, indicado para o
tratamento de bronquite, combate inflamações ou dores nas articulações ou
juntas, tônico do couro cabeludo e antibiótico para o tratamento de eczemas
(erupções da pele ou grosseira), dores articulares e musculares antirraquítico.
Agrião
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome científico: Nasturtium officinale R. Br
Família: Brassicaceaa.
Nomes populares: agrião do brejo, agrião d’agua corrente, agrião da europa,
agrião-da-ponte, agrião-de-lugares-úmidos.
Parte usada: toda planta.
Indicações terapêuticas: abscesso, ácido úrico, anemia, cabelos (caspa, fios
oleosos, fortalecer, quebrados, evita queda), coração, febre, feridas, fígado,
cistite, cálculos, frieiras, manchas, sardas, pulmão, catarro, expectorante.
Efeitos colaterais: pode causar irritações no estômago e vias urinárias de
gestantes e em grandes quantidades, pode provocar aborto.
Cuidados: o agrião que cresce junto a águas paradas, pode transmitir tifo.
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Alcachofra
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro.
Nome científico: Cynara scolymus L.
Familia: Asteraceae
Nomes Populares: Alcachofra hortense
Parte usada: folhas, brácteas, (cabeça), raízes.
Indicações terapêuticas: raquitismo, colesterol, hemorróidas, prostatite,
uretrite, bronquite asmática.
Alecrim
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro.
Nome Científico: Rosmarinus officinalis L.
Família: Lamiaceae
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Nomes Populares: alecrim, alecrim-de-jardim, rosmarinho, alecrim-de-cheiro,
alecrim-de-horta, alecrim-de-casa, rosa-marinha, erva-coroado, flor-do-campo.
Parte usada: folhas frescas, ou secas.
Indicações terapêuticas: estimulante, estimula a produção e a liberação de
bile e melhora a digestão, facilita a menstruação, relaxa a musculatura lisa e
combate cólicas, promove a eliminação do catarro, indicado para o tratamento
da bronquite, antisséptico, combate microrganismos das vias respiratórias,
diurético, aumenta a produção de urina, dores articulares, contusões ( manchas
roxas decorrentes de pancadas) , fadiga muscular, anti-caspa, condimento.
Efeitos colaterais: pode causar aborto, irritação gástrica e em doses
excessivas pode levar à irritação renal. É contra – indicado para pessoas com
gastroenterite,( inflamações do aparelho digestório, geralmente com
manifestação diarréica ) e dermatoses( afecções da pele).
Alevante
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro.
Nome Científico: Achillea millefolium L
Família: Asteraceae (=Compositae)
Nome Popular: mil-folhas, erva-de-cortaduras, mil-em-rama, erva-de-
carreteiros, surcil-de-vênus, anador, pronto-alívio, cibalene.
Parte usada: caule, folhas e sumidades florais.
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Indicações terapêuticas: analgésico( contra dor), relaxa a musculatura lisa e
combate cólicas, sudorífico (para suar e baixar a temperatura), digestivo,
diurético, aumenta a produção de urina, hipotensor( abaixa a pressão arterial),
facilita a menstruação, combate microrganismos de vias urinárias, tratamento
de hemorróidas, adstringente (amacia a pele, mucosa e fezes), cicatrizante.
Arruda
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro.
Nome Científico: Ruta graveolens L
Família: Rutaceae
Nome Popular: arruda, arruda-doméstica, arruda-dos-jardins, ruta-de-cheiro-
forte, ruta.
Parte usada: folhas e sumidades florais.
Indicações terapêuticas: pediculose (infestação de piolhos), micose nas
unhas, hemorróidas,varizes.
Efeitos colaterais: deve-se evitar o uso interno devido aos efeitos tóxicos, que
são marcados pelo aparecimento de convulsões. É considerada popularmente
como abortiva.
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Babosa
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome Científico: Aloe arborescens Mill
Família: Asphodelaceae
Nome Popular: babosa, aloé, babosa-de-jardim, azevae, caraguatá, erva-
azedra, erva-babosa, lenho-aloé.
Parte usada: folhas frescas ou secas.
Indicações terapêuticas: laxante, cicatrizante, tônico para os cabelos, anti-
caspa, antimicrobiano( contra infecções por bactérias) e anti-inflamatório,
hidratante e protetor solar, contusões( manchas roxas decorrentes de
pancadas), entorses( lesão das articulações) e dores articulares.
Efeitos colaterais: pode causar dores abdominais, nefrite aguda ou
hemorróida gástrica.
Boldo
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome Científico: Coleus barbatus Benth
33
Família: Lamiaceae (=Labiatae)
Nome Popular: falso-boldo, boldo – nacional, malva-santa, tapete-de-oxalá,
folha-de-oxalá, boldo silvestre, boldo-do-reino, hortelã-graúdo, malva amarga,
hortelã-homem, sete-dores.
Parte usada: folhas e flores.
Indicações terapêuticas: azia, queimação, e má digestão.
Efeitos colaterais: pode causar irritação gastrointestinal e elevação da
pressão arterial.
Camomila
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome científico: Matricaria chamomilla L.
Família: Asteracea
Nome Popular: camomila, camomila-alemã, camomila comum, camomila
vulgar, marcela-galega, matricaria.
Parte usada: sumidades florais.
Indicações terapêuticas: contra gases intestinais, relaxa a musculatura lisa, e
combate cólicas, sudorífico (para suar e abaixar a temperatura), digestivo,
contra alergias, contra febre, anti-inflamatório das gengivas, anti-inflamatório
local.
Efeitos colaterais: em doses elevadas promove a paralisia da musculatura
lisa.
34
Capim- Limão
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome científico: Cymbopongon citratus Stapf.
Família: Poaceae (=Gramineae)
Nome Popular: capim-limão, capim- cidreira, capim cheiroso, capim-santo,
jacapé, yacapé, capim-cidro.
Parte usada: folhas frescas ou secas e rizomas
Indicações terapêuticas: contra gases intestinais, sudorífico(para suar e
abaixar a temperatura), relaxa a musculatura lisa e combate cólicas.
Cavalinha
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome científico: Equisetum sp. L.
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Família: Equisetaceae.
Nome Popular: cavalinha, rabo-de-caval, sola-de-cavalo, lixavegetal, erva-
canudo, milho-de-cobra, cauda-equina, cavalinha-dos-campos.
Parte usada: caules vegetativos.
Indicações terapêuticas: diurético (aumenta a produção de urina),
antianêmico, fraturas e descalcificação, tônico capilar.
Efeitos colaterais: não ultrapassar a dose recomendada, pois pode provocar
hipotensão( queda da pressão arterial).
Coração- de- Bananeira
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome Científico: Musa paradisiaca L.
Família: Musaceae
Nome Popular: umbigo de bananeira
Parte usada: a parte de dentro da casca.
Indicações terapêuticas: tuberculose, bronquite, icterícia.
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Erva- Cidreira
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome científico: Lippia alba N.E.Br
Família: Verbenaceae
Nome Popular: alecrim, alecrim-do-campo, alecrim-do-mato, camaré, chá-da-
febre, cidrão, cidreira-brava, cidro, erva-cidreira-do-campo, salva-brava, erva-
cidreira-brava, alecrim-do-campo, alecrim-grande, alecrim-pimenta, chá-de-
tabuleiro.
Parte usada: folhas frescas ou secas e sumidades florais.
Indicações terapêuticas: relaxa a musculatura lisa e combate cólicas, contra
febre, tônico e depurativo do sangue. Bactericida e antisséptico( combate
bactérias e previne infecções bucal), adstringente, cicatrizante, bactericida e
anti-séptico.
Obs. não aplicar sobre feridas.
Erva - de- Santa- Maria
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
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Nome científico: Chenopodium ambrosioides L.
Família: Amaranthaceae
Nome Popular: erva- de- santa- maria, mastruço, mastruz, menstruz,
mentrasto, quenopódio.
Parte usada: frutos, folhas, e flores.
Indicações terapêuticas: utilizado no combate de áscaris( lombrigas) e tênias(
solitárias), contusões( manchas rochas decorrentes de pancadas) e dores
musculares.
Efeitos colaterais: o óleo é bastante tóxico para os rins e para o fígado, tendo
ainda ação depressora sobre os aparelhos circulatório e respiratório. Os
sintomas de intoxicação consistem de náusea, vômito, e finalmente, convulsão
e coma.
Espinheira- Santa
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome científico: Maytenus ilicifolia Mart.
Família: Celastraceae
Nome Popular: espinheira- santa, cancerosa, cancrosa, espinho- de- deus,
espinheira- divina, sombra- de- folha, salva-vidas, coromilho- de- campo.
Parte usada: folhas frescas ou secas.
38
Indicações terapêuticas: azia, queimação, náusea, enjoos, excessos de
saliva, gastrite, dor no estômago, gases intestinais.
Efeitos colaterais: contra indicado para gestantes
Figatil
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome científico: Vernonia condesata Baker.
Família: Asteraceae (=Compositae)
Nome Popular: figatil, boldo- baiano, aluman, alonça, boldo- do- chile,
macelão, mecróton, heparem, chantinom, boldo- goiano.
Parte usada: folhas
Indicações terapêuticas: utilizado como analgésico( contra dor), estimula a
produção e liberação de bile , melhora a digestão, no tratamento de cefaléia
(dor de cabeça) de origem digestiva e de gastrite.
Funcho
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
39
Nome científico: Foeniculum vulgare Mill.
Família: Apiaceae (=Umbeliferae)
Nome Popular: funcho, erva doce, fiolho, fiolho- de- florina, fiolho- doce, aniz,
funcho- oficial, funcho- romano.
Parte usada: frutos, folhas e sementes.
Indicações terapêuticas: contra gases intestinais, facilita a menstruação,
estimula a liberação de leite, digestivo, relaxa a musculatura lisa e combate a
cólica, condimento, salada.
Guaco
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome científico: Mikania glomerata Spreng.
Família: Asteraceae (=Compositae)
Nome Popular: guaco, cacalia, cipó-caatinga, cipó- sucurijú, coração- de-
jesus, ermos- das- serpentes, ermos- de- cobras, gaiaco, guaco- da- caatinga,
guaco- de -cheiro, guaco- liso, guaco- trepador, huaco, uaco.
Parte usada: folhas frescas ou secas.
Indicações terapêuticas: tosse produtiva (com catarro), gripe, rouquidão,
resfriado, dermatite e micose.
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Efeitos colaterais: pode provocar hipertensão( pressão arterial alta). O xarope
não deve ser utilizado por diabéticos, devido ao alto teor de açúcar.
Hortelã
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome científico: Mentha piperita L.
Família: Lamiaceae (=Labiatae)
Nome Popular: hortelã- pimenta, menta, vique, erva-boa, hortelã- cheirosa,
hortelã- chinesa, hortelã- da- horta, hortelã- de- tempero, hortelã- rasteira,
mentrasto, hortelã- de- panela.
Parte usada: folhas e flores frescas e secas, pó da planta toda.
Indicações terapêuticas: analgésico (contra dor), anti-inflamatório, estimula a
produção de bile e melhora a digestão, relaxa a musculatura lisa e combate
cólicas, contra vômitos, contra gases intestinais, anti sépticos, combate a
protozoários, giardíase e amebíase.
Efeitos colaterais: o mentol pode causar reações alérgicas.
41
Laranjeira
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome Científico: Citrus sinensis L
Família: Rutaceae
Nome Popular: laranja, laranja-doce, laranja-de-umbigo, laranja-bahia, laranja-
pêra, laranja- natal.
Parte usada: folhas, flores, cascas e sementes.
Indicações terapêuticas: contrações musculares, indigestão, cólicas,
epilepsia, calmante do sistema nervoso, estomatite, insônia, febre, gripes,
resfriado, anemia.
Losna
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome científico: Artemisia absinthium L.
Família: Asteraceae(=Compositae)
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Nome Popular: absinto, erva- dos- vermes, losna- maior, grande- absinto e
absinto- comum.
Parte usada: sumidades florais e folhas.
Indicações terapêuticas: digestivas, devido a ação estimulante das secreções
biliar, pancreática e salivar e laxativa.
Efeitos colaterais: possui ação sobre o sistema nervoso central, produzindo
crises alucinatórias e convulsões quando ingerida em doses excessivas.
Bebidas alcoólicas preparadas a partir do absinto, quando ingeridas em largas
doses causam problemas psíquicos, estando por isso proibido a fabricação em
alguns países.
Malva
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome Científico: Malva sylvestris L
Família: Malvaceae
Nome Popular: malva-botica, malva-maria, malva- selvagem.
Parte usada: folhas, flores, raízes e sementes.
Indicações terapêuticas: afecções da garganta, ouvidos, cordas vocais,
prisão de ventre, colite, recompõe a mulher após o parto, gengivite, úlceras,
gastrite e queimaduras do sol.
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Pata- de- Vaca
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome científico: Bauhinia candicans Benth.
Família: Fabaceae (=Leguminosae)
Nome Popular: pata de vaca, unha- de- anta, unha- de- boi, unha- de- vaca,
pé- de -boi, mororó, bauínia, capa- bode, unha- de- veado, casco- de- burro.
Parte usada: folhas e flores
Indicações terapêuticas: reduz o colesterol sanguíneo, hipoglicemiante
(coadjuvante no tratamento de diabetes melito, não insulinodependente).
Obs: não deve ser confundida com outra do mesmo gênero, que é usada na
ornamentação e possui flores rosas.
Quebra- Pedra
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome científico: Phyllantus niruri L.
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Família: Euphorbiaceae
Nome Popular: arranca- pedra, arrebenta- pedra, conami, erva –de-
pombinha, fura- parede, saúde- da -mulher, saudade- da- mulher, saxifraga.
Parte usada: raiz e folhas
Indicações terapêuticas: destrói cálculos renais, estimula a eliminação de
ácido úrico pela urina, relaxa a musculatura lisa e combate cólicas, estimula a
produção de bile e melhora a digestão.
Efeitos colaterais: doses exageradas levam a intoxicação, devido a presença
de alcalóides.
Sálvia
fonte: Fanny Cristina de Oliveira Monteiro .
Nome científico: Salvia officinalis L.
Família: Lamiaceae (=Labiatae)
Nome Popular: salva, salva- das- boticas, salva -ordinária, salveta.
Parte usada: folhas frescas ou secas e sumidades florais.
Indicações terapêuticas: anti-séptico bucal, contra gases intestinais, contra
vômito.
45
Agora é sua vez
Fique mais informado
Na sua cartilha sobre plantas medicinais pesquise sobre “chás” e escreva no
caderno quais são as indicações terapêuticas dos seguintes chás:
a) Chá de quebra-pedra
_______________________________________________________________
______________________________________________________________
b) Chá de capim-limão
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
c) Chá de hortelã
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
d) Chá de camomila
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Desafios
Agora pesquise na sua cartilha o nome popular dessas plantas medicinais :
Coleus barbatus Benth_____________________________________________
Artemisia absinthium L._____________________________________________
Rosmarinus officinalis L____________________________________________
Persea americana L._______________________________________________
Mikania glomerata Spreng__________________________________________
46
Vamos inverter?
Cite o nome científico dessas plantas medicinais:
Funcho________________________________________________________
Figatil_________________________________________________________
Arruda________________________________________________________
Erva cidreira____________________________________________________
Babosa_______________________________________________________
Agora é com você!
Além de chás, algumas plantas citadas na sua cartilha possuem outras
funções? Cite o nome dessas plantas e suas funções.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Revendo tudo o que você pesquisou!
Você e seus colegas pesquisaram com seus responsáveis através de um
questionário distribuído em sua sala de aula, qual (is) as plantas que vocês
mais utilizam. Na sua cartilha estão as fotos das plantas medicinais que foram
citadas.
Vamos identifica-las? Pegue sua cartilha e desenhe as plantas medicinais que
você e o seu responsável citou no questionário. Coloque o nome popular
dessas plantas medicinais e suas indicações terapêuticas.
47
Referências
BARROS, C. PAULINO, W. R. Ciências: Os Seres Vivos, 6ª série - Ed.
Reform. - São Paulo: Ática, 2006.
GOWDAK, D. MARTINS, E. Ciências: novo pensar, 6ª série - 2. Ed. Renovada
- São Paulo: FTD, 2006.
LORENZI, H. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Instituto Plantarium: São Paulo, 2002. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. TV Multimídia.
Disponível em:
<http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?>.
Curitiba, Paraná, Brasil. Acessado em: 20 de Julho de 2010.
SILVA, I; et al. Noções sobre o organismo humano e utilização de plantas medicinais. Cascavel: Assoeste, 1995. p.203.