da revoluÇÃo À estabelizaÇÃo da democracia

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  • 7/23/2019 DA REVOLUO ESTABELIZAO DA DEMOCRACIA

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    DA REVOLUO ESTABELIZAO DA DEMOCRACIA

    O MOVIMENTO DAS FORAS ARMADAS E A ECLOSO DAREVOLUO

    No incio dos anos 70, o impasse em que se encontrava a guerracolonial comeou tambm a pesar sobre o exrcito portugus, sendonecessrio aumentar o nmero de ofciais

    !em ter a"uda externa, devido ao seu isolamento internacional, ogoverno portugus publica, em #$7%, um &ecreto de 'ei para (ormarofciais milicianos num curto espao de tempo )sto permite que estesnovos militares passem * (rente de muitos ofciais de carreira

    +ssim, entre os ofciais de quadro surge o ovimento dos -apit.es,

    que comea uma onda de protestos (ace a este &ecreto -ontudo, noscontactos estabelecidos para discutir este problema, comea tambma abordar/se o problema da guerra colonial

    + realia.o do ) -ongresso dos -ombatentes do 1ltramar, em 2un3ode #$7%, organiado pelos conservadores que apoiam o governo namanuten.o da guerra colonial, origina um protesto por parte doovimento dos -apit.es

    esmo quando o 4overno satis(a as exigncias relativas * carreira, o

    ovimento dos -apit.es n.o abranda 5ace * obstina.o do regimeem persistir na manuten.o da guerra, o alto/comando do 6stado/aior das 5oras +rmadas, -osta 4omes c3e(e8 e +nt9nio !pnolavice/c3e(e8, recusou/se a participar, a #: de aro de #$7:, numamani(esta.o de apoio ao 4overno e * sua poltica 6sta atitude (/losser prontamente exonerados dos cargos, mas (e aumentar o seuprestgio "unto do ovimento dos -apit.es

    'iderado pelos generais -osta 4omes e +nt9nio !pnola, o originalovimento dos -apit.es cresce com a ades.o das principais unidades

    militares, tornando/se mais (orte e mais bem organiado +ssim, oovimento dos -apit.es evolui para o ovimento das 5oras+rmadas/ 5+

    +ssumindo claros ob"etivos de p;r fm * poltica do 6stado Novo, o5+ a realiar o golpe militar das -aldas da 5im/@A &6 +D

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    + a.o militar, sob coordena.o do ma"or Ctelo !araiva de -arval3o,teve incio cerca das @% 3oras do dia @: com a transmiss.o, pelardio, da can.o >6 &epois do +deus?, de Eaulo de -arval3o 6ra aprimeira indica.o aos envolvidos no processo de que as operaFes

    estavam a decorrer com normalidadeGs 0H@0 do dia @A de +bril, era transmitida a can.o >4rIndola, Jilaorena?, de 2os +(onso 6stava dado o sinal de que as unidadesmilitares podiam avanar para a ocupa.o dos pontos consideradosestratgicos para o sucesso do ato revolucionrio, como as estaFesde rdio e da

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    L neste ambiente de solidariedade que as Moristas do

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    6m #A de aio, para normaliar a situa.o poltica, +nt9nio de!pnola nomeado Eresidente da

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    VI Gove!o Pov"#$"o

    EresidenteH -osta 4omes

    #Q inistroH Ein3eiro de +evedo substitudo de (orma interina, devido

    a um problema de sade, por +lmeida e -ostaC RE6

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    +

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    + invers.o do processo deveu/se, em grande parte, ao (orte impulsodado pelo Eresidente !ocialista * e(ectiva realia.o, no praomarcado, das e*e"/7e# )o!#+"+."!+e# (o%e+"' (e*o (o5&%&'o MFA8

    6stas eleiFes, as primeiras em que (uncionou o #.965"ove'&'e"&%e!+e .!"ve#&*puderam votar os cidad.os com maisde #U anos, independentemente do sexo e do grau de escolaridade8realiaram/se no dia :; 'e A

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    (o'e 5icava &

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    e da liberdade sindical "untou/se a institui.o do salrio mnimonacional, o controlo dos preos dos bens de primeira necessidade, aredu.o do 3orrio de trabal3o, a mel3oria das pensFes e dasre(ormas, a generalia.o de subsdios sociais e a publica.o de

    medidas legislativas tendentes a promover as garantias de trabal3opela cria.o de difculdades aos despedimentos, sem ol3ar *s reaiscapacidades econ9micas e fnanceiras das empresas

    A OPO CONSTITUCIONAL DE =>?

    + @ de 2un3o de #$7A abriu, em sess.o solene, a +ssembleia-onstituinte 6ra a primeira que se reunia desde a elabora.o da-onstitui.o de #$## e, tal como acontecera, os seus trabal3os

    decorreram num ambiente p9s/revolucionrio

    +pesar de eleitos democraticamente, o# 'e(.+&'o# !0o (o##.&%+o+&* *"

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    C respeito pela vontade popular exprimiu/se ainda na concess.o de&.+o!o%"& (o*+")& # e5"7e# "!#.*&e#dos +ores e da adeirae na institui.o de um modelo de (o'e *o)&*descentraliado eeleito por via direta, as autarquiasH +ssembleia unicipal e

    +ssembleia de 5reguesia 9rg.os legislativos8 -Imara unicipal e2untas de 5reguesia 9rg.os executivos8

    + nova )o!#+"+."/0o e!+o. e% v"5o !o '"& :; 'e A&? que nortearam a revolu.oH &emocracia,&esenvolvimento e &escolonia.o8

    'ogo na noite do @A de +bril, por press.o do general !pnola, aafrma.o do Rclaro recon3ecimento do direito * autodetermina.oTdos territ9rios a(ricanos, que constava do programa previamenteelaborado pelo 5+, (oi eliminada 6m seu lugar declarava/se,apenas, a inten.o de implementar Ruma poltica ultramarina que

    condua * paT C pas dividiu/se no camin3o a tomar -omo opr9prio !pnola recon3eceria mais tarde, o tempo em que teria sidopossvel adoptar o modelo (ederalista que advogara em Eortugal e o5uturo tin3a, 3 muito, passado

    +inda no rescaldo do golpe militar, as pressFes internacionaiscomeam a (aer/se sentir + #0 de maio, a CN1 e a C1+Crgania.o da 1ni.o +(ricana8 apelam * 2unta de !alva.o Nacionalpara que, inequivocamente, consagre o princpio da independnciadas col9nias &urante os meses que se seguiram, a C1+ inter(eriu no

    processo negocial exigindo a independncia de todos os territ9riosCs movimentos de liberta.o unem/se no mesmo sentido

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    + nvel interno, a Rindependncia pura e simplesT das col9nias col3iao apoio da maioria dos partidos que se legaliaram depois do @A de+bril para (aer regressar os militares portugueses e para queinternacionalmente, n.o restassem duvidas sobre o caracter

    democrtico e anticolonial do novo regime Bambm nesse sentido seorientavam os apelos das mani(estaFes populares

    L nesta con"untura que o -onsel3o de 6stado aprova a 'ei 7[7:,recon3ecendo o direito das col9nias * independncia, decis.o que opresidente da

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    as o caso mais grave (oi, naturalmente, o de +ngola !endo aprovncia economicamente mais poderosa, os interesses dapopula.o branca eram mais (ortes, o que implica uma interven.opoltica mais cuidada por parte do 4overno portugus C governo

    portugus recon3ece os trs movimentos de liberta.o comointerlocutores, contudo, estes mostraram/se incapaes de ultrapassaros seus antagonismos + #A de !etembro de #$7A, ap9s algumasdifculdades, assina/se o +cordo de +lvor, mas * data daindependncia ## de Novembro de #$7A8 +ngola v surgir doisgovernosH o da retornados?6stes para (ugirem * guerra civil, deixam para trs quase todos osseus bens e transportam consigo a revolta -omo muitos n.o tmcasa, s.o alo"ados em 3otis ou em tendas, e alguns tambm ocupamcasa, tornando/se membros activos das -omissFes de oradores +reintegra.o dos >retornados?, num pas com desemprego crescente,devido * crise econ9mica, a que acresce a perda dos mercadoscoloniais, cria momentos de tens.o entre a popula.o

    A REVISO CONSTITUCIONAL DE =>: E O FUNCIONAMENTODAS INSTITUIES DEMOCRTICAS

    !eis anos ap9s a entrada em vigor, (oi e(ectuada a primeira revis.oconstitucional, pois o E!, E!& e -&! que acusavam a constitui.o deser demasiado socialista, (ormulando, ent.o um novo acordo

    +s principais alteraFes ocorreram na organia.o do poder poltico,uma ve que se conservaram as disposiFes de carcter econ9mico

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    nacionaliaFes, intervencionismo do 6stado, planifca.o, re(ormaagrria8

    +boliram o -onsel3o de

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    ]-oncede ao 4overno autoriaFes legislativas

    ]O Gove!o^ o 9rg.o executivo ao qual compete a condu.o da

    poltica geral do Eas anda a constitui.o que o primeiro/ministrose"a designado pelo presidente da

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    -om o processo de descolonia.o encerrado, a -66 surge comopossibilidade de a"uda (undamental * estabilia.o da situa.oecon9mica, e o E! encabea o movimento de ades.o -ontudo, imposta como condi.o de entrada a consolida.o da democracia, o

    que difcultado pela instabilidade governativa dos primeiros anos dadcada de U0

    + ades.o, assinada em 2un3o de #$UA, concede a Eortugal as verbasnecessrias para apostar na modernia.o, principalmente ao nveldas in(ra/estruturas do pas C re(oro das verbas, a baixa do d9lar edo preo do petr9leo, aliados * estabilidade poltica E!&8, permitema recupera.o da economia portuguesa, registando/se uma quebra dadvida externa e da inMa.o +s exportaFes aumentam, assim comoo investimento estrangeiro -ontudo, isto n.o se (a sem o

    agravamento do desemprego nos setores agrcola e piscat9rio, queprecisam de se restruturar para en(rentar a (orte concorrnciaeuropeia

    + sade verifcou grandes mel3orias C nmero de mdicos aumentoue consequentemente a assistncia aos cidad.os +umentou o nmerode partos assistidos, (aendo diminuir taxa de mortalidade in(antil

    Na 6duca.o verifcou/se um aumento do corpo docente, assim comodo corpo estudantil, uma ve que (oi instituda a escolaridade

    obrigat9ria #Q ciclo, tendo vindo a aumentar desde ent.o8, quepermitia o acesso * educa.o a todas as camadas sociais e aos doissexos C grande ob"etivo era diminuir a taxa de anal(abetismo queera altssima quando comparada a outros pases europeus -om opassar dos anos esta (oi baixando

    Cutra grande altera.o ocorreu nas 3abitaFes 4rande parte dapopula.o portuguesa vivia em barracas sem gua canaliada,electricidade, sem esgotos e sem instalaFes sanitrias 5e/se ent.oum es(oro para alterar esta realidade, sendo que muitas (amliasdeslocaram/se para prdios com as condiFes mnimas +pesar deainda existirem barracas, s.o em menor nmero

    + verdade estaH para a maioria dos portugueses, o @A de +bril n.ose sentiu na explos.o de liberdade dos dias seguintes !entiu/se de(orma pro(undssima nos anos seguintes na sua vida concreta )ssoconseguiu/se com um aumento signifcativo dos seus rendimentos /que (oi determinante para o desenvolvimento da nossa economia /,mas, acima de tudo, com a constru.o rpida dos pilares do 6stado

    !ocial

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    O SIGNIFICADO INTERNACIONAL DA REVOLUO PORTUGUESA

    Cs ventos democrticos que, na primavera de #$7:, sopraram deEortugal, alimentaram os dese"os de mudana noutros pases

    Na 6uropa, 5ranco sabia que com a sua morte acabaria o (ascismo na6span3a, ent.o 5ranco designa como seu sucessor no poder & 2uan-arlos, preparando/o para a restaura.o da monarquia, de (orma aque n.o se caia no radicalismo do processo revolucionrio portugusC rei 2uan -arlos ) permite progressivamente a legalia.o dospartidos, a amnistia dos presos polticos e a autonomia das regiFes,

    sendo a nova constitui.o aprovada em #$7U +dol(o !ure, braodireito do rei, uma fgura muito importante neste processo

    Bambm a 4rcia assiste ao abandono do poder pelos corneis, ap9salgumas contestaFes, iniciando -onstantin `aramanlis a restaura.oda democracia

    Na O(rica +ustral, a independncia das ex/col9nias portuguesasprovoca alteraFes em vrios pases oambique apoia directamentea guerril3a na

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    de cuba, mas na 6uropa +ssim se explicam os es(oros diplomticosrealiados pelos pases ocidentais para a(astar este 3omem do poder,pois consequentemente a(astavam o comunismo

    AS TRANSFORMAES SOCIAIS E CULTURAIS DO TERCEIRO

    UARTEL DO SQCULO

    A "%(o+!)"& 'o# (o*o# ).*+.&"# &!5*o-&%e")&!o#

    + prosperidade econ9mica americana durante a dcada de @0 (e deNova )orque uma cidade (ervil3ante do ponto de vista cultural e umimportante p9lo de atra.o para os artistas vanguardistas 6m #$@$ criado o useum o( odern +rt, onde se ir divulgar as grandes obrasdo modernismo europeu

    -omeam/se a expor as obras dos grandes artistas europeusinspiradores de alguns talentos locais, pois vendo a arte como uminvestimento capitalista, grandes coleccionadores actuavam comoautnticos mecenas, acol3endo e protegendo os artistas

    -om o advento do naismo na 6uropa e as suas perseguiFes * arte eaos artistas, N comea a atrair cada ve mais artistas europeus devanguarda, roubando o papel at a desempen3ado por Earis nomundo das artes

    6xpressionismo abstrato

    !urge em N na dcada de :0e passa da amrica para a 6uropa Bemuma (orte inMuncia nas dcadas de A0 e =0, 3avendo uma exposi.opor toda a 6uropa denominada >+ Nova Eintura +mericana?

    !em ttulo?

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    Eop +rt

    -orrente artstica que se inicia nos anos =0 que concentrava a suaaten.o na cultura popular

    C consumismo americano contrasta com a austeridade europeia dop9s/guerra e comea a ser reproduido em obras de tom ir9nico pelobritInico

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    &entro da +rte -onceptual, pode inserir/se o minimalismo inimal+rt8, de !ol 'e itt e

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    + grande separa.o entre a flosofa existencial e a clssica aRoposi.o entre o concreto e o abstractoT

    Eara os existencialistas, o indivduo n.o pode ser diludo num todo,uma ve que cada um um ser concreto, nico e de valor

    insubstituvel Eor isso, nesta reMex.o, o 3omem sempre entendidocomo um ser individual e concreto, na sua vida quotidiana, no seucontexto particular, e nunca entendido como uma entidademeta(sica e abstracta

    Cutra contribui.o importante do existencialismo a n(ase naresponsabilidade do \omem perante as suas acFes, uma ve quepossui livre/arbtrio +inda que esta liberdade ten3a concepFesdi(erentes entre os existencialistas

    Cs existencialistas n.o tm um pensamento unifcado, dividem/se porvrias variantes -ontudo, a maior distin.o (a/se entre a correnteateia e a corrente crist.

    Existencialismo de Sartre

    C representante principal do existencialismo ateu 2ean/Eaul !artre,fl9so(o (rancs, tendo publicado obras signifcativas como'6xistentialisme est un \umanisme C 6xistencialismo um\umanismo8 de #$:= e 'jtre et 'e Nant C !er e o Nada8 de #$:%

    &e acordo com !artre, a existncia precede a essncia, ou se"a, o\omem primeiramente existe, isto , surge no mundo e s9 depois sedefne

    !endo !artre ateu, para ele o 3omem primeiramente nada N.o3avendo um &eus para conceber a naturea 3umana, o 3omem seraquilo que ele mesmo fer de si durante a sua existncia Cu se"a, o indivduo quem cria a sua pr9pria essncia >C 3omem n.o maisque o que ele se (a?

    1ma ve que o \omem existe sem que o seu ser se"a pr/defnido, asua existncia est em aberto e tendo livre/arbtrio, signifca que o3omem tem a liberdade de escol3er como quer ser

    Kuando !artre (ala de escol3a, ele n.o (ala das escol3as menores,tais como, a que partido poltico aderir ou qual carreira seguir ele sere(ere a uma escol3a (undamental, que atinge todas as outrasescol3as particulares 6ntre estas escol3as (undamentais est aop.o por valores morais (undamentais estilo de vida8 como, por

    exemplo, a de ser bandido ou santo, fel, ou traidor +s decisFesmenores ser.o sempre orientadas por esta op.o primordial

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    Nisto consiste a sub"ectividade, entendida por !artre como um modode valoria.o do pr9prio 3omem Eor isso, o existencialismo um3umanismo, " que de(ende que o 3omem deve Ber liberdade pararealiar o seu pro"ecto de vida

    6sta liberdade implica que o 3omem se"a responsabiliado pelas suasescol3as

    !e o \omem defne a sua essncia a cada momento, n.o existe umaessncia universal da 3umanidade, pois cada indivduo defne/seatravs da sua existncia, que pessoal 6nt.o, n.o 3 como preverqual atitude tomar o \omem nem quais valores ir seguir

    6stes s.o os (undamentos da concep.o que !artre tem do 3omemH o3omem n.o um ser em si mas um ser para si

    Eara !artre a vida um absurdo, uma ve que a morte inevitvel e(aa o 3omem o que fer estar a camin3ar para um vaio

    Na sua Insia de trans(ormar o mundo, !artre apoia a causacomunista, o que leva ao a(astamento de alguns compan3eiros quec3egaram a trabal3ar com ele, muitos 3orroriados com a crueldadede regime sovitico

    Angstia/Desamparo

    C existencialismo est ligado * angstia e ao desamparo

    Eara !artre o peso da liberdade aparece em certas situaFes/limite,isto , em situaFes em que o \omem tem de tomar decisFesimportantes

    +o sermos livres para escol3er, estamos desamparados, isto , n.otemos muletas, desculpas ou quem culpar pelas nossas escol3as, poissegundo este n.o existe &eus

    Eara alm disso, como !artre disse, a morte inevitvel e (aa o3omem o que fer estar a camin3ar para um vaio

    Bambm o existencialismo crist.o se liga * angstia, pois todas aspessoas so(rem a angstia da indecis.o at que (aam um _salto de(_, e comprometam/se a uma escol3a particular Eara alm disso,nen3uma estrutura imposta / mesmo os mandamentos bblicos / podealterar a responsabilidade de cada indivduo em procurar agradar a&eus

    Existencialismo Na Arte e na Literatura

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    5ieram/se sentir ainda em vrios aspectos da cultura, atravs dasartes plsticas, com Jan 4og3, Eicasso, -eanne, etc e na literaturacom &ostoievs, Daudelaire, `a(a,

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    + Esicoterapia 6xistencial centra/se na auto/express.o autntica, nocompromisso do indivduo consigo mesmo, no sentimento deresponsabilidade pela pr9pria existncia e na liberdade para oindivduo (aer as suas pr9prias escol3as, descobrindo quem ele de

    (acto e construindo quem ele quer ser

    O (o5e##o )"e!+)o e & "!ov&/0o +e)!o*$5")&

    L num quadro de desenvolvimento da competitividade econ9mica eda competitividade poltica entre os estados que, a partir dos anosA0, se assiste * recupera.o do poder da cincia e * aplica.o das

    suas descobertas * inova.o tecnol9gica, em particular nos seguintesdomniosH + energia nuclear, a electr9nica, in(ormtica e ciberntica,os progressos mdicos e alimentares

    A energia nuclear

    &epois de experimentada para fns destrutivos, nosbombardeamentos at9micos, no 2ap.o, em #$:A, novos estudoslevam ao aproveitamento da energia libertada na (us.o at9mica parafns pacfcos, como produ.o de electricidade em centrais nucleares,

    de (orma mais ecol9gica e muito mais barata, alimenta.o de navios,submarinos e satlites artifciais que passaram a ser movidos por estetipo de energia aplicaFes na prtica mdica de diagn9stico eteraputica de muitas doenas tumorais, originando novos eimportantes desenvolvimentos de um novo ramo mdico / a medicinanuclear

    +pesar de se tratar de uma energia limpa e de baixo custo, a suautilia.o tem suscitado grande polmica pelo (acto de a suaprodu.o se revestir de enormes perigos + radioactividade libertada

    no normal manuseamento de material radioactivo ou provocada porum possvel acidente numa central de produ.o, a acumula.o delixos t9xicos e o possvel aproveitamento dos programas nuclearespara a produ.o, a acumula.o de lixos t9xicos e o possvelaproveitamento dos programas nucleares para a produ.o de armasat9micas colocam as maiores reservas * utilia.o desta (onte deenergia

    A electr"nica# in$orm%tica e ci&ern'tica

    Cs avanos nas investigaFes no campo da electr9nica conduiram,em #$:U, * descoberta de um amplifcador dos sinais elctricos ^ o

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    transstor trans(er resistor8, cu"a associa.o a outros componenteselectr9nicos originou o aparecimento dos circuitos integrados,vulgarmente denominados por c3ips + aplica.o destes elementosnos mais variados equipamentos electr9nicos e nas telecomunicaFes

    e in(ormtica produiram as mais surpreendentes consequncias naorgania.o da vida na segunda metade do sculo

    &esde o 6N)+- 6letronic Numerical )ntegrator +nalser and-omputer8, de#$:=, equipado com vlvulas, at aos computadoresequipados por circuitos integrados, a partir de #$==, (oi umarevolu.o que se operou no tratamento electr9nico da in(orma.o

    quinas em que o aumento da capacidade de armaenamento e develocidade de tratamento da in(orma.o evolui numa propor.o

    inversa ao seu volume e preos, tornam/se acessveis anovas (aixasde mercado, que v.o desde as empresas, universidades e centros depesquisa, com as vantagens que todos n9s 3o"e con3ecemos e quetodos usu(rumos, graas *s vertiginosas evoluFes posteriores e *ssurpreendentes quedas nos preos

    6m #$:U, o matemtico americano Norbert ienner c3egou *conclus.o deque a circula.o de in(orma.o e de ordens de comandonos circuitos elctricos e no sistema nervoso 3umano apresentavamgrandes semel3anas Nascia a ciberntica, como mani(esta.o

    prtica da inteligncia artifcial

    (s progressos da medicina e da alimenta)o

    +s pesquisas bioqumicas do sc devem/se grandes progressos namedicina ena alimenta.o, que preservaram a vida e a prolongaram

    &escoberta por 5leming em #$@U, + penicilina (oi produidaindustrialmente na dcada de :0, permitindo salvar imensas vidas6(eito semel3ante tiveram as vacinas

    Cs transplantes cardacos, iniciados em#$=7, registaram uma taxaraovel de sucesso, suscitando a confana progressiva na medicinacirrgica

    !urge a primeira criana cu"a concep.o ocorreu (ora do corpo3umano

    ^ >5ertilia.o in vitro?

    6m #$A% descobre/se a estrutura do +&N e do c9digo gentico +s

    in(ormaFes genticas contidas nos flamentos de +&N auxiliaram naspesquisas patol9gicas e imunitrias

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    Gs portas do in(erno?, revelou ao

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    ocidente o cinema "apons Eor sua ve, a 6uropa (oi, no perodo deque nos ocupamos, bero de importantes realiadores e movimentoscinematogrfcos 6m )tlia, desenvolveu/se o neo/realismo C cinemaneo/realista contestava o universo artifcial dos estdios Cutro

    movimento europeu digno de men.o nasceu em 5rana, que sec3amou >Nouvelle vague? e pugnou pelo cinema >como arte? 6stesdois ltimos pretendem abordar as difculdades de uma 6uropaacabada de sair da guerra e as di(erentes realidades sociais

    6m Eortugal surge anoel de Cliveira que em #$:@ realia o seuprimeiro flme >+nii Dob9?

    O "%(&)+o '& +e*ev"#0o e '& %#")& !o 2.o+"'"&!o

    +p9s #$:A a televis.o se "unta ao cinema e rdio como grande meio

    de comunica.o &esde ent.o, os 61+ assumem a dianteira no quetoca a progressos tecnol9gicos que embaratecem a televis.o e atornam mais atractiva Dem cedo, a televis.o assumiu/se como umveculo privilegiado de entretenimento +o entretenimento, atelevis.o associou o papel de (onte de in(orma.o e de con3ecimentodos grandes acontecimentos internacionais em >tempo real? -ientesdo poder da BJ, os polticos n.o a negligenciam &esde a campan3apresidencial americana de #$=0, fcou provado o impacto da televis.onos comportamentos eleitorais + pr9pria guerra do Jietname, teve

    um desenvolvimento que muito fcou a dever televis.o + guerrapassou a travar/se tambm com a opini.o pblica Eoderosa emanipuladora, a BJ permanece o media mais necessidades satis(a

    C roc and roll, em tudo a(astado da lin3a mel9dica e associada dacan.o dos anos :0, parecia ser a msica que mel3or exprimia arebeldia e o anticon(ormismo de uma nova "uventude +postados emse demarcarem das geraFes paternas, muitos "ovens dos anos A0c3ocavam tanto pelos gostos musicais, como pelo vesturio ecomportamentos 5oi ainda em #$A= que, na cena nacional dos 61+,emergiu a primeira superestrela do roc and rollH 6lvis Eresle C >reido roc?, cantava com notvel vigor (sico e, (aendo rodar as ancas,produia um resultado sexualmente electriante +t #$=@, asestrelas americanadas bril3aram no programa do roc and rollNaquele ano, a situa.o mudou como o aparecimento dos Deatles,um grupo britInico que, durante U anos, construiu uma das mais(ulgurantes carreiras de que " memoria na msica ligeira Cs Deatlesproduiram uma msica original, como arran"os diversifcados, sonselectr9nicos e letras de aprecivel criatividade Cs perigosos degenerados?, que os demarcou dos

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    Deatles + can.o converteu/se em instrumento de crtica social epoltica, denunciando a pobrea, o racismo, a destrui.o da naturea,as armas nucleares e a guerra do Jietname C roc continuava aassumir/se como um dos pilares da contesta.o "uvenil

    A e5e%o!"& 'o# 6american a o( li(e? Eara os pequenosburgueses que con3eceram as difculdades dos anos da guerra,possuir uma casa individual e ter um carro na garagem s.o son3osque (aem viverk +s donas de casa rendem/se aos ca(s solveis, s

    sopas instantIneas e s comidas previamente coin3adas que l3ealiviam a >escravatura? do lar +pesar de criticadas pelosconservadores, a -oca/-ola torna/se a bebida (avorita Kuanto aos"ovens, usam e abusam dos blue*eans, dos blusFes de couro e, comuma pastil3a elstica da boca

    L a americania.o do mundo

    A*+e&/7e# !& e#+.+.& #o)"&* e !o# )o%(o+&%e!+o# A+e)"&"&/0o '& #o)"e'&'e

    + expans.o econ9mica dos >trinta gloriosos? repercutiu/se naestrutura da popula.o ativa Nos pases capitalistas liberais, asitua.o inverteu/se Cs progressos tcnicos verifcados tornaram,entretanto desnecessrios muitos dos agricultores C setor primriorecuou de tal modo que se anunciou a >morte do campesinato? Nospases desenvolvidos, as massas rurais e os imigrantes encontraramemprego na indstria No entanto os trabal3adores empregues nosetor secundrio n.o registaram um aumento signifcativo +

    terciaria.o , com e(eito, a caracterstica mais relevante a assinalarna evolu.o social do mundo desenvolvido, durante as trs dcadasde prosperidade + explos.o do tercirio relacionou/se com umasubida da qualifca.o das massas trabal3adoras, devido ao aumentoda escolaridade + classe mdia cresce nas sociedades capitalistas eaumento dos salrios provocam uma altera.o nos padrFes deconsumo e nos comportamentos sociais \ uma mel3oria geral daqualidade de vida

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    O# &!o# e & 5e#+&/0o 'e .%& !ov& %e!+&*"'&'e Po).&'e !ovo# e9ee!+e# "'eo*$5")o#

    C ecumenismo

    +p9s a guerra, a )gre"a v/se >obrigada? a acompan3ar as mudanasocorridas na sociedade 6sta preocupa.o expressa pelo Eapa 2o.o))) na abertura do -onclio Jaticano )) #$=@8 Eara este vieramimportantes representantes de todo o mundo Berminados ostrabal3os do -onclio #$=A8, " sob a vigncia do Eapa Eaulo J), s.onot9rias as renovaFes da )gre"a

    &ecide/se que a missa deve ser celebrada em todas as lnguas e n.os9 em latim, ainda que contestada pelos mais conservadores Cspadres devem ter uma (orma.o sacerdotal !alienta/se a

    importIncia dos media na vida da )gre"a, pois permite que a suamensagem c3egue a todos +posta/se numa rela.o entre crist.os en.o/crist.os, para (omentar a caridade entre as pessoas, sendotambm recon3ecida a liberdade de escol3a de religi.o +posta/sesobretudo na promo.o da unidade entre todos os crist.o,aproximando as duas )gre"as cat9licas

    Neste conclio tambm se abordaram os temas do celibatos dospadres e do uso do preservativo, que negado, pois um casal deve

    procriar e n.o deve ceder aos praeres carnais+ partir de Eaulo J), os papas, n.o deixando de exercer o seupontifcado espiritual, comportam/se como c3e(es de 6stado !aemdos muros do Jaticano para e(ectuarem viagens de evangelia.opelo mundo e participarem em (9runs internacionais, apelando avalores 3umanitrios

    Cutras bandeiras, que n.o as da religi.o, e outros re(erentesideol9gicos motivar.o a 3umanidade

    + ecologia

    + partir dos anos =0, a ecologia passa a ser um tema muito presentena sociedade + grande industrialia.o e a crescente sociedade deconsumo s.o criadoras de uma enorme polui.o Cs petroleiros s.olavados em alto/mar e muitas vees ocorrem acidentes que provocamas mars negras +s pessoas s.o cada ve mais contra a energianuclear, pois esta um grande risco para todas as (ormas de vida,

    sendo uma das causadoras das c3uvas cidas -ada ve maisob"ectos e desperdcios s.o depositados nos oceanos e rios,

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    danifcando a qualidade das guas, assim como dos peixes para apesca, podendo mat/los, assim como a qualquer outra (orma de vidaque usu(rua dessas guas Bambm a caa excessiva coloca vriasespcies de animais em vias de extin.o Bambm os !pras s.o

    pre"udiciais ao ambiente, principalmente para a camada de oono quetem visto o seu buraco aumentar, o que provoca um crescenteaquecimento global que leva ao desgelo das calotes polares e,consequentemente, ao aumento do nvel das guas

    -onsciente da necessidade de preven.o do ambiente, a pr9pria CN1cria, em #$:U, a 1)-N 1ni.o )nternacional para a -onserva.o daNaturea8

    Nos fnais dos anos =0, vrios governos, devido a vrias pressFes,

    adoptam legisla.o protectora do ambiente +inda assim, os gruposambientalistas continuam a desenvolver aFes de sensibilia.o daopini.o pblica e de press.o sobre os governos

    C 4reenpeace, um dos mais poderosos grupos ambientalistas,desenvolve acFes mediticas que l3e d.o grande publicidade emtodo o mundo 5a campan3as contra a energia nuclear, contra a caa*s baleias e outras espcies ameaadas, assim como pelapreserva.o das Morestas )ndia8, conseguindo a proibi.o do abatede rvores para fns comerciais

    6m #$7@, rene/se em 6stocolmo mais de um centena de pases,para a primeira -on(erncia )nternacional sobre o +mbiente, sob agide das NaFes 1nidas, fcando consignadas algumasrecomendaFes (undamentais para a preserva.o dos recursosterrestres e do ambiente do planeta

    +o longo dos anos outras cimeiras v.o/se realiando

    C movimento pacifsta

    + luta pelos direitos civis mobilia pessoas de todo o mundo Nos 61+artin 'ut3er `ing lidera o movimento pacifsta em de(esa dosdireitos civis e da igualdade entre brancos e negros Cs seus mtodosde ac.o direta n.o violenta consistem em marc3as pacfcas,boicotes e mani(estaFes sentadas, ou se"a, a permanncia de negrosem locais que, * partida, l3es est.o interditos, como transportespblicos, escolas, restaurantes ou ca(s

    -ontudo, nos bairros pobres de maioria negra alastra um movimento,de carcter mais violento, de(ensor do poder negro, cu"o lder

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    alcolm , que se torna dolo da "uventude negra +caba por serassassinado

    6m #$=U assassina do artin 'ut3er `ing, n.o sem que a sua lutativesse obtido alguns resultados, nomeadamente o alargamento do

    voto a um maior nmero de cidad.os negros 1ma das grandesmarcas de `ing o seu discurso >) 3ave a dream?

    + 4uerra do Jietname tambm mobilia vrios movimentos deprotesto 6m #$=U, o boicote ao recrutamento acaba em uma violentarepress.o policial contra os estudantes que se mani(estavam +nosmais tarde, quatro estudantes s.o mortos ao protestarem em C3io,despoletando inmeras mani(estaFes estudantis por todo o pas

    A )o!+e#+&/0o .ve!"*

    C bab/boom do p9s/guerra determina, nos anos =0, a existncia, nomundo ocidental, de um excedente considervel de "ovensErocurando um estilo de vida alternativo ao dos progenitores, os"ovens protagoniam um poderoso movimento de contesta.o

    C protesto teve as suas origens em universidades americanas eeuropeias Nos estados unidos da +mrica, as universidades de

    Derele, e de -olumbia, (oram ocupadas, em #$=:, pelos estudantesque exigiam mudanas radicais nos (uncionamentos dos cursos

    +poiavam activamente a luta dos negros pela conquista dos direitoscvicos, a emancipa.o da mul3er e viriam a envolver/se no vastomovimento pacifsta que se insurgiu contra a participa.o dosestados unidos na guerra do Jietname

    -on3ecida pelo nome de >maio de =U?, a revolta estudantil parisienseiniciou/se na universidade de Nanterre e logo atingiu !orbonne +

    crise, que comeou por ser um problema estudantil, gan3ourapidamente (oros de subleva.o social e poltica +pesar de(racassado, pela reposi.o pronta da ordem, o >maio de =U? tornar/se/ia o smbolo de um combate em que se amolgaram o conMito degeraFes, o descontentamento social e a rea.o ao autoritarismo

    1ma outra (aceta da contesta.o "uvenil (e/se sentir na revolu.odos costumes desencadeada pelo movimento 3ippie, que teve o seucora.o nas cidades de 'os +ngeles e !.o 5rancisco, na -ali(9rnia+bandonando os lares paternos, os "ovens levavam uma vida

    alternativa em comunas +deptos da liberdade sexual, do amor livre eamantes da pa, os 3ippies evidenciavam total despo"amento e

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    despreocupa.o, visveis no vesturio leve, coloridos e Morido, noconsumo de drogas que os >libertavam? da terra e conduiam ao>paraso?

    6stas mensagens s.o largamente di(undidas pela msica roc, em

    (estivais como o de oodstoc

    A%&/7e# 'o# '"e"+o# '& %.*e

    +o longo dos anos de =0, os movimentos (eministas, que 3aviammarcado as primeiras dcadas do sculo com as suas aFessu(ragistas, receberam um impulso notvel Eor entre mani(estaFes,o (eminismo dos anos =0 tornou/se particularmente activo na luta

    pela igualdade de direitos da mul3er 6ssa igualdade pretendeu/secivil, no trabal3o, na educa.o, em casa e na vida a(etiva

    -om a vida (acilitada pela vulgaria.o dos electrodomsticos, asmul3eres passam a ter novas oportunidades de estudar e detrabal3ar C trabal3o (eminino n.o s9 uma (onte de rendimento(amiliar, mas tambm uma afrma.o de independncia e valoria.opessoal C direito a um salrio igual ao dos 3omens passa a ser umareivindica.o central da luta das mul3eres

    Eara as (eministas das dcadas de A0 e =0, a quest.o da igualdadepassa pelo controlo da (ertilidade, isto , reclamasse o direito *contracep.o plula8 e * legalia.o do aborto, como (orma de (aervaler as escol3as das mul3eres, consideradas donas do seu corpo Lna dcada de =0 que se comea a vender a plula No fnal da dcadaa contracep.o " legal na maioria dos pases da 6uropa uitasmul3eres passam a re"eitar o casamento e a constitui.o de uma(amlia, a(astando/se do papel de esposa e m.e, o que provoca umaqueda na natalidade Eara alm de que o casamento passa a ser visto

    de uma (orma mais livre e independente

    O FIM DO SISTEMA INTERNACIONAL DA GUERRA-FRIA E APRESISTNCIA DA DICOTOMIA NORTE-SUL

    &e #$UA a #$$#, a \ist9ria undial so(reu modifcaFes pro(undasH a4uerra 5ria terminou de (orma inesperada, as democracias populares

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    europeias aboliram o comunismo, as duas +leman3as (undiram/senum s9 6stado e a 1

    O % 'o %o'e*o #ov"W+")o

    Dre"nev lana a 1

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    C (acto de a notcia ter sido aba(ada pelo governo sovitico provocavrias crticas a nvel internacional, pois este era um assuntoimportante e de interesse mundial

    4orbac3ev retira da catstro(e ensinamentos, levando/o a ampliar o

    alcance da glasnost, ao procurar os responsveis pela situa.o enoutros aspetos da vida sovitica )nicia, tambm, um debateinternacional sobre a segurana do programa nuclear No entanto, o!oviete !upremo s9 manda (ec3ar o complexo em #$$0

    6mpregam/se todos os es(oros para prosseguir com a poltica dedesarmamento C Bratado de as3ington, em #$U7, condu *primeira destrui.o de msseis de curto e mdio alcance na 3ist9rianuclear, atravs de um controlo mtuoH a coexistncia pacfca em

    ac.o6m #$UU, inicia/se a retirada das tropas soviticas do +(eganist.o,cu"os custos 3umanos e econ9micos tin3am (ragiliado o oramentosovitico + determina.o de 4orbac3ev em n.o inter(erir nodesenrolar dos acontecimentos neste pas poder inserir/se nadecis.o de anular a @&outrina Dre"nev?, que consistia limitar aomximo a soberania dos pases do Eacto de Jars9via + partir deCutubro de #$UU dada aos pases de 'este a autonomia paradecidirem acerca do rumo das suas polticas

    + nvel interno, 4orbac3ev aposta na descentralia.o do regime,medida que acaba por agudiar as tensFes nacionalistas na 1

    + transi.o para a democracia pacfca em quase todos os pases de'este, mas 3 outros casos especfcos

    Na pol9nia, desde os anos 70, desenvolve/se uma luta reivindicada

    pela mel3oria das condiFes de vida dos trabal3adores, inMuenciadapela )gre"a -at9lica 6sta governada, desde #$7U, por 2o.o Eaulo )),um papa polaco de origem operrio, o que re(ora a sua importInciano pas Nos anos U0, o !indicato Solidariedadeinicia uma greve querapidamente se trans(orma numa greve geral, demonstrado umcrescente a(astamento relativamente aos ideais comunistas Cgoverno acaba por recon3ecer a liberdade de express.o, a liberdadede associa.o sindical e a liberdade religiosa +pesar disso, decreta/se uma ditadura, em &eembro de #$U#, sendo preso 'ec3 alesa,dirigente do Solidariedade !9 em #$U$ o governo polaco recon3ece

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    ofcialmente o sindicato 6m #$$0, ap9s o derrube do regimecomunista, 'ec3 alesa torna/se presidente da Eol9nia

    C processo na \ungria muito mais pacfco, dissolvendo/se o Eartido-omunista 3ngaro 4orbac3ev cumpre as promessas a >&outrina

    !intra?, garantido a n.o interven.o nos processos de transi.o epermitindo que cada pas siga o seu camin3o

    X queda do muro de Derlim materialia o colapso do bloco soviticoC Bratado @:, de #$$0, assinala o recon3ecimento internacional dareunifca.o alem. 6ric3 \onecer, governador da antiga parteoriental alem., est contra o tratado, pois queria continuar no poder\elmut `o3l torna/se o c3anceler alem.o ap9s a queda do muro deDerlim e da assinatura do tratado

    Na Dulgria, o ditador comunista Bodor V3ivov renuncia ao poder,acabando/se por revogar o domnio absoluto do Eartido -omunista

    Na -3ecoslovquia inicia/se, em #$U$, um con"unto de mani(estaFespacfcas que levam o Eartido -omunista a extinguir o regime departido nico Jclav \avel eleito presidente provis9rio da

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    + democratia.o da 1

    +perestroi+a tin3a prometido aos !oviticos uma mel3oria acentuadae rpida do nvel da vidaH mel3ores subsdios, mais bens de consumo,mel3or assistncia social as, ao contrrio do previsto, a passagempara uma economia de mercado (oi um (racasso e a economiadeteriorou/se rapidamente

    C fm da economia planifcada signifcou, o fm dos subsdios estatais*s empresas, que se viram na necessidade de se tornarem lucrativasou en(rentarem a (alncia +ssim, muitas unidades desapareceram,

    outras extinguiram numerosos postos de trabal3o e as mais rentveispetr9leo, gs, ouro e carv.o8 s.o adquiridas por privados a preo de>saldo?

    C descontrolo econ9mico e a liberalia.o dos preos os bens deprimeira necessidade deixaram tambm de ser subsidiados pelo6stado8 desencadearam uma inMa.o galopante que a subida desalrios n.o acompan3ou

    C desemprego, o atraso nos pagamentos das pensFes e dos salrios

    dos (uncionrios pblicos, bem como a rpida perda de valor do rublo

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    signifcaram o fm das poupanas de muitas (amlias soviticas, querapidamente se viram sem meios de subsistncia

    No entanto, a liberalia.o econ9mica enriqueceu um pequeno grupoque, em pouco tempo, acumulou (ortunas (abulosas &e uma (orma

    geral, a riquea passou para as m.os de antigos altos (uncionriosque souberam aproveitar a posi.o/c3ave em que se encontravam6m meados dos anos $0, :AZ do rendimento nacional encontrava/senas m.os de menos de AZ da popula.o, 3avendo, assim, umagrande clivagem social

    -om a redu.o da qualidade de vida, surge o ercado Negro e afa

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    OS PLOS DE DESENVOLVIMENTO ECONMICO

    -om o fm da 4uerra/5ria e o colapso do bloco sovitico, deixa deexistir uma bipolaria.o do mundo, passando a existir uma\iperpotncia 61+8

    C balano da 6ra de republicano 4uerra das 6strelas?, trans(ormado em prioridade da polticaamericana, ao acelerar a queda do imprio sovitico, >)mprio doal? segundo nova ordem mundial?, de(endida por Dus3, em que os 61+ se vemcomo os >polcias do mundo?

    L neste sentido que (aem uma interven.o militar na 4uerra do4ol(o, em #$$#, contra o )raque, por ter invadido o viin3o `uait,grande (ornecedor de petr9leo ao Ccidente 6sta e outras acFes dos61+ no mundo muulmano provocam uma rea.o violenta de gruposislImicos radicais, que culmina nos ataques terroristas de @00# aos61+

    + administra.o seguinte, presidida por Dill -linton, retira do poder osrepublicanos +s intervenFes americanas no estrangeiro neste

    perodo e(ectuam/se sob o lema da >interven.o 3umanitria? +presidncia de -linton n.o descura o combate ao terrorismo + suapresidncia bem menos beligerante do que a anterior Dus3 pai8contribui muito para a mel3oria da imagem americana a nvelinternacional Bambm devido aos seus es(oros na rea do ambientee no derrube de barreiras comerciais N+5B+/ Bratado Norte/+mericano de 'ivre -omrcio8 6nviou es(oros para combater oconMito israelo/palestiniano

    + nvel interno, tenta levar a cabo uma srie de re(ormas, algumasacabam por n.o vingar devido a (ortes oposiFes -linton tenta, numa

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    primeira (ase, (ortalecer o governo e o 6stado, tornando/os maisactuantes, o que n.o totalmente conseguido devido * tradi.oliberal do pas, como a cria.o de um verdadeiro sistema estatal desade, coordenado pela sua mul3er Numa segunda (ase, -linton

    desiste da ideia inicial conseguindo mais apoios o que l3e permitelevar a cabo algumas medidas sociais importantes baixar odesemprego acabar com a descrimina.o racial8

    Cs ataques terroristas de @00# aos 61+, durante a administra.o deDus3 fl3o8, originaram uma resposta imediata !.o (eitos ataques ao+(eganist.o, onde supostamente se esconde o crebro da opera.oterrorista, Csama bin 'aden !egue/se a opera.o de derrube doregime de !addam \ussein, em @00%, e a ocupa.o do )raque"ustifcada pela suposta existncia de armas de destrui.o macia por

    parte do regime iraquiano C (acto de n.o serem descobertas armasdesse tipo retira apoios aos 61+ -ada ve mais isoladointernacionalmente, Dus3 passa a agir con(orme os pareceres dasinstituiFes internacionais CN18 +os problemas polticos externos"unta/se as crticas internas, devido *s consequncias econ9micas daguerra num pas t.o endividado como os 61+

    + prosperidade econ9mica

    -onstitudos como na.o independente sob a bandeira do liberalismo,os americanos feram da livre iniciativa e da livre concorrncia osprincpios orientadores da sua actividade econ9mica 6mconsequncia, (oram afrmando/se como a potncia lder da economiamundial

    Cs governos de

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    consumo crescentes da popula.o, mas tal compensado pelasexportaFes em tecnologias de ponta e pelo triun(o da economia demercado em muitas outras onas do mundo

    -ontudo, a prosperidade da economia americana (ortemente

    abalada pelo atentado terrorista de ## de !etembro de @00# e ,principalmente, pelas medidas de segurana adoptadas, tal comouma restri.o da entrada e sada de pessoas e uma maior escrutniosobre os capitais

    +ssim, o sucesso da administra.o de -linton no controlo do dfceoramental dos 61+, assim como as suas medidas ambientais, s.oapagadas pela administra.o de Dus3 fl3o8, que tendo uma polticamarcadamente neoliberal, recusa aplicar medidas sociais e

    ambientais importantes No entanto, gasta grandes quantias nasguerras

    KuestFes v.o surgindo * medida que o governo se v incapa deassistir efcamente a popula.o a nvel social e * medida que v.osurgindo outros problemas internos, como o aumento da dvida,tambm devido * crise fnanceira e econ9mica mundial que surge em@00U

    +ssim, o rumo da -asa Dranca altera/se 6sta altera.o visvel a

    partir do discurso do novo presidente americano, Darac Cbama, em@00$ + crise era mais grave do que se pensava inicialmente, com umaumento acentuado de desemprego, o que mostra a necessidade daaplica.o de medidas sociais C presidente n.o pFe em causa asvirtudes do mercado livre, mas afrma que para resolver os problemassociais da +mrica o 6stado ter de intervir +s medidas desegurana, que colocaram a +mrica numa posi.o desprestigiante,tm de ser alteradas uma ve que v.o contra os ideais americanosas o aspecto mais impressionante o (acto de o presidente afrmarque o domnio americano sobre o mundo est em declnio -ontudo, aeconomia mundial ainda est muito dependente da economiaamericana >quando a economia americana espirra, a economiamundial constipa/se?8

    C dinamismo cientfco/tecnol9gico

    +o nvel tecnol9gico e cientfco, os 61+ continuam a ter a primaiamundial, e(ectuando a maior parte da investiga.o de ponta e

    continuando a ser um p9lo de atra.o para cientistas de todo omundo

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    eleiFes autrquicas e europeias noutro 6stado/membro direito depeti.o perante o Earlamento 6uropeu, etc L complementar dacidadania nacional, n.o a substitui 6ste tratado estabelece tambmas bases de uma Eoltica 6xterna e de !egurana -omum

    )ntegra.o das novas democracias da 6uropa do !ul

    +s condiFes essenciais para aderir * -omunidade, estabelecidas noBratado de

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    + # de maio de @00:, a 6uropa en(renta o desafo de unir o 'este e oCeste, o Norte e o !ul enos de trs anos depois, em 2aneiro de@007, a 16 acol3e dois outros pases de lesteH Dulgria e

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    das medidas tomadas para a tornar quotidiana e presente smbolos,programas de intercImbio e pro"etos escolares, escol3a anual de umacidade europeia da cultura, entre muitos outros8, a 6uropa apareceainda como uma realidade longnqua e abstracta cu"o (uncionamento

    pouco di ao cidad.o comum -omo prova existem as eleiFes para oEarlamento 6uropeu, que apesar de todos os es(oros tm umaparticipa.o muito in(erior *s eleiFes nacionais

    +s difculdades de uma uni.o poltica viram/se substancialmenteacrescidas pelos sucessivos alargamentos da comunidade, queobrigam a con"ugar os interesses de pases muito di(erentes e a revero (uncionamento das instituiFes

    +ssim, (ace * descoordena.o da poltica exterior, o -onsel3o

    6uropeu de 'aeen decidiu convocar, para @00@, uma -onven.o!obre o 5uturo da 6uropa &esta -onven.o resultou um pro"eto deconstitui.o europeia que previa entre outras soluFes inovadoras, acria.o de um ministro dos Neg9cios 6strangeiros da 6uropa,responsvel pelas posiFes em matria de poltica externa e oprolongamento do mandato do presidente do -onsel3o 6uropeu quepassaria de seis meses a dois anos

    O ESPAO ECONMICO DA SIA-PACFICOC sucesso do 2ap.o serviu de incentivo e de modelo * primeiragera.o de Novos Eases )ndustriais NE)8 do 'este asitico Bal como oseu viin3o nip9nico, estes pases tin3am poucos trun(os em que seapoiarH careciam de terra arvel, de recursos mineiros e energticos,bem como de capitais 6n(rentavam ainda, os problemas desobrepopula.o

    6m contrapartida, n.o (altava vontade poltica, determina.o e

    capacidade de trabal3o Bendo como ob"etivo o crescimentoecon9mico, os governos procuraram atrair capitais estrangeiros,adoptaram polticas proteccionistas, concederam grandes incentivos* exporta.o e investiram (ortemente no ensino

    -ompensando a escasse de capitais, a industrialia.o asiticaexplorou uma m.o/de/obra abundante e disciplinada, capa detrabal3ar longas 3oras dirias por muito pouco din3eiro 6sta m.o/de/obra es(orada e barata permitiu produir, a preos imbatveis, txteise produtos de consumo corrente, que inundaram os mercados

    ocidentais -om o capital assim arrecadado, desenvolveram/se outrossetores como autom9vel, constru.o naval e as novas tecnologias

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    6sta primeira vaga de NE) teve tanto secesso, aumentando aqualidade de vida, que os seus integrantes ^ -oreia do !ul, Baian,!ingapura e \ong `ong ^ receberam a denomina.o de >os : tigres?[>os : dragFes?

    +pesar do seu enorme xito, os Novos Eases )ndustrialiados NE)8 daOsia con(rontavam/se com dois problemasH excessiva dependncia(ace *s economias estrangeiras em termos fnanceiros, energtico esobretudo na es(era comercial e a intensa rivalidade que os separava," que concorriam com os mesmos produtos, nas mesmas onas

    Kuando a economia ocidental abrandou, nos anos 70, os pasesasiticos (oram induidos a procurar mercados e (ornecedores maispr9ximos da sua rea geogrfca Joltaram/se ent.o para os membros

    da +!6+N, organia.o econ9mica que aglutinava alguns pases do!udoeste +sitico

    +garrando a oportunidade, as duas partes deram incio a umacoopera.o regional estreita 6ste intercImbio permitiu a emergnciade uma segunda gera.o de pases industriais na OsiaH BailIndia,alsia e a )ndonsia, sobretudo, desenvolveram a sua produ.o,apoiada numa m.o/de/obra ainda mais barata, em virtude do seumaior atraso

    + regi.o comeou, assim, a crescer de (orma mais integrada C 2ap.oe os >quatro dragFes? produem mercadorias de maior qualidade epreo, a +!6+N dedica/se a bens de consumo, de preo e qualidadein(erior, destinados, em grande parte aos mercados americano easitico

    C crescimento asitico alterou a balana de economia mundial, masem contrapartida o crescimento teve custos ecol9gicos e sociaisH aOsia tornou/se a regi.o mais poluda do undo e a sua m.o/de/obrapermaneceu, maioritariamente, pobre e explorada

    -om a crise, apesar do NE) mostrarem resistncia, o 2ap.o comea amostrar mais difculdades devido * concorrncia da -3ina

    A 2.e#+0o 'e T"%o

    + il3a de Bimor era, desde o sculo J), um territ9rio administradopelos portugueses 6m #$7: a >revolu.o dos cravos? agitou tambmBimor leste, que se preparou para encarar o (uturo sem Eortugal Na

    il3a, nasceram trs partidos polticosH 1&B de(endia a uni.o comEortugal8, +EC&6B) de(endia a integra.o na )ndonsia8 e 5

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    de(endia a independncia total e incondicional8 C ano de #$7A (oimarcado pelo con(ronto entre os trs pases, cu"a violncia Eortugaln.o conseguiu conter

    C nosso pas acabou por se retirar de Bimor, sem recon3ecer, a

    legitimidade de um novo governo 6m 7 de &eembro de #$7A,reagindo contra a tomada de poder pela 5

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    abolirem a antiga poltica colectivista, virada para a autarcia, em prolda >modernia.o? do pas + -3ina integrou/se nos sistemas deeconomia de mercado

    + era >&eng?

    + miss.o de mudar a (ace da -3ina (oi assumida por &eng iaoping,um comunista da vel3a guarda que ao a(astara durante a

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    C pas integrou/se nos circuitos econ9micos mundiaisH em #$U0,aderiu ao 5) e Danco undial e em #$U= candidatou/se ao 4+BB

    -om mais de um mil3.o de 3abitantes, a competitividade do pasalicera/se numa massa inesgotvel de trabal3adores mal pagos e

    sem regalias sociais, que Mui nos campos

    + popula.o comea a crescer, sendo necessrio ocupar antigoscampos agrcolas com 3abitaFes, a certa altura comea a ser di(cil(aer a produ.o acompan3ar a natalidade

    Neste pas socialista, as desigualdades entre o litoral e o interior eentre os ricos e os pobres cresceram exponencialmente C podercomunista mantm/se nas rdeas do poder, como partido nico e em#$U=, grandes mobiliaFes em (avor da liberalia.o poltica (oram

    reprimidas, n.o 3avendo respeito pelos direitos 3umanos

    Borna/se ainda um pas extremamente poludo

    + integra.o de \ong `ong e acau

    + aproxima.o da -3ina ao Ccidente (avoreceu as negociaFes para aintegra.o dos dois enclaves que se encontravam, ainda, em m.oseuropeiasH \ong `ong sob a administra.o britInica e acau sobadministra.o Eortuguesa #AA78

    &epois de vrios anos de negociaFes, os )ngleses acordaram, em#$U:, a trans(erncia da soberania de \ong `ong para a -3ina, apartir de # de 2ul3o de #$$7 C acordo institua uma >

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    Pe%&!X!)"& 'e 9o)o# 'e +e!#0o e% e5"7e# (e"9W")

    + O(rica !ubsarianaH + degrada.o das condiFes de existncia

    >-ontinente de todos os males?, a O(rica tem sido atormentada pela

    (ome, pelas epidemias, por 9dios tnicos, por ditaduras (eroes&esde sempre muito dbeis, as condiFes de existncia dos +(ricanosdegradaram/se pela combina.o de um complexo de (atoresH

    ]C crescimento acelerado da popula.o, que aba(a as pequenasmel3orias na escolaridade e nos cuidados de sade

    ]+ deteriora.o do valor dos produtos a(ricanos C progressivoabaixamento dos preos das matrias/primas reduiu a entrada dedivisas e tornou ainda mais pesada a disparidade entre asimportaFes e as exportaFes

    ]+s enormes dvidas externas dos 6stados a(ricanos

    ]+ difculdade em canaliar investimentos externos e a diminui.odas a"udas internacionais Cs programas de a"uda diminuram, emparte sob o pretexto de que os (undos eram desviados para a comprade armas e para as contas particulares de governantes corruptos

    )magens c3ocantes de uma (ome extrema n.o cessam de atormentar

    as conscincias dos Ccidentais C atraso tecnol9gico, a desertifca.ode vastas onas agrcolas e, sobretudo, a guerra s.o responsveispela subnutri.o cr9nica dos +(ricanos

    + peste c3egou sobre a (orma da sida, que tem devastado ocontinente

    G (ome e * >peste? "unta/se a guerra Nos anos $0, os conMitosproli(eraram e, apesar dos es(oros internacionais, mantm/se acesosou latentes

    + instabilidade polticaH etnias e 6stados

    C sentimento nacional n.o teve, em muitos casos, outras raes quen.o (osse a luta contra o domnio estrangeiro 6ra uma base muito(rgil, que conduiu, desde logo, a tentativas de secess.o e a terrveisguerras civis

    C fm da 4uerra 5ria trouxe ao subcontinente alguma esperana dedemocratia.o, " que os soviticos e americanos deixaram de

    apoiar os regimes totalitrios que consideravam seus aliados+bandonados * sua sorte, muitos n.o tardaram a cair

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    6m muitas regiFes, as grandes difculdades econ9micas, asrivalidades tnicas e religiosas, bem como a Insia de apropria.o deriqueas, feram aumentar a instabilidade

    + persistncia de uma sociedade em que os laos tribais se mantm

    vivos e (ortes tem (acilitado as explosFes de violncia 6mbora otribalismo concorra para estas explosFes de 9dio, a verdade quepoucos s.o os casos em que, por trs, n.o se escondem ambiFespolticas ou interesses econ9micos

    TribalismoH sistema de organia.o social caracteriado pela (ortecoes.o entre os membros de um grupo tnico tribo8 que, no casoa(ricano, tem difcultado a (orma.o de identidades nacionais, namedida em que a partil3a da O(rica

    + +mrica 'atinaH + descolagem contida e endividamento externo

    Cs pases latino/americanos procuraram libertar/se da sua extremadependncia (ace aos produtos manu(aturados estrangeiros6ncetaram, ent.o, uma poltica industrial proteccionista com vista *substitui.o das importaFes Crientado pelo 6stado este (omentoecon9mico realiou/se com recurso a avultados emprstimos

    Nas dcadas seguintes, estes emprstimos, mal geridos, tornaram/seum (ardo di(cil de suportar

    6sta situa.o (e/se sentir com mais (ora nas naFes latino/americanas, as mais endividadas do undo

    + divida externa reMectiu/se no agudiar da situa.o econ9mica daspopulaFes latino/americanas, pois (oi necessrio tomar medidas deconten.o econ9mica como despedimentos e redu.o dos subsdios edos salrios

    5ace a t.o maus resultados, a salva.o econ9mica procurou/se numapoltica neoliberal Erocederam * privatia.o do setor estatal,su"eitando/o * lei da concorrncia e procuraram integrar as suaseconomias nos Muxos do comrcio regional e mundial

    C comrcio registou um crescimento notvel e as economiasrevitaliaram/se No entanto, em @00#, @#: mil3Fes de latino/americanos viviam ainda mergul3ados na pobrea

    &itaduras e movimentos de guerril3a C advento das democracias

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    6m #$7A, s9 a -ol;mbia, a Jeneuela e a -osta

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    +poiados pelos 6stados 1nidos e pelos "udeus de todo o mundomobiliados pelo sionismo internacional, os israelitas tmdemonstrado uma vontade inMexvel em construir a ptria quesentem pertencer/l3es

    Sionismo:Bermo derivado de !i.o Ealestina8 que designa omovimento internacional surgido no sculo ) com o ob"etivo deconstruir um estado "udeu na Ealestina e que, ap9s a cria.o do6strado de )srael #$:U8, adquiriu uma conota.o negativa emresultado da repress.o sobre as populaFes rabes os Ealestinianos8que permaneceram no novo 6stado 2udaico

    No campo oposto, os rabes de(endem igualmente a terra que 3sculos ocupam + sua determina.o em n.o recon3ecer o 6stado de

    )srael desembocou em conMitos repetidos que deixaram patente asuperioridade militar "udaica Bal situa.o induiu os )sraelitas aocuparem os territ9rios reservados aos Ealestinianos onde instalaramnumerosos colonatos

    Neste contexto, a revolta palestiniana cresceu e encontrou express.opoltica na C'E ^ Crgania.o de 'iberta.o da Ealestina

    Na sequncia de uma violenta revolta "uvenil nos territ9rios ocupados/ a inti(ada /, os 6stados 1nidos pressionaram )srael para abrir

    negociaFes com a C'E que, conduidas secretamente desembocamno primeiro acordo israelo/palestiniano

    +ssinado em #$$%, em as3ington, o acordo estabeleceu orecon3ecimento mtuo das duas partes, a renncia da C'E * lutaarmada, a constitui.o de uma +utoridade Nacional Ealestiniana e apassagem progressiva do controlo dos territ9rios ocupados para aadministra.o palestiniana

    1ma escalada de violncia tem martiriado a regi.o +os atentados

    suicidas, cada ve mais (requentes, sobre alvos civis israelitas, oexrcito "udaico responde com intervenFes destruidoras, nos ltimosredutos palestinianos

    Nacionalismos e con(rontos poltico/religiosos nos Dalc.s

    -riada ap9s a # 4uerra undial, a 2ugoslvia correspondeu ao son3o

    srvio de unir os >6slavos do !ul?, mas (oi sempre uma entidadeartifcial que aglutinava di(erentes nacionalidades, lnguas e religiFes

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    6m 2un3o de #$$#, a 6slovnia e a -rocia declaram a independncia