dados internacionais de catalogação na publicação...
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Ficha catalográfica elaborada por Elisângela Mota Pires – CRB 9/1824
001.4 Mostra de Inovação, Pesquisa, Ensino, Extensão e Cultura (2. : M915 2016 : União da Vitória, PR). Anais da II MIPEEC [recurso eletrônico] / Instituto Federal do Paraná (IFPR) Campus União da Vitória. − União da Vitória : IFPR, 2016. 65 p.
ISSN: 2448-4636
1. Pesquisa. 2. Iniciação científica. I. Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. II. Título.
Estes anais da II Mostra de Inovação, Pesquisa, Ensino, Extensão e Cultura
do Campus União da Vitória do Instituto Federal do Paraná são uma prova
contundente de que nada é tão bom que não possa ser aprimorado. Isto porque,
após o sucesso da I Mostra realizada em 2015, esta segunda edição de nosso
evento anual contou com a apresentação de quase o dobro de trabalhos de
pesquisa e extensão nas mais diversas áreas do conhecimento, com a presença
de quase mil visitantes ao longo dos dias do evento, com a apresentação de
excelentes peças de nossa cultura local e com a colaboração ativa de todos os
servidores de nosso campus. Nossos estudantes também aderiram
entusiasticamente a ideia, esforçando-se ao máximo não apenas na elaboração
e apresentação de seus trabalhos, mas também no auxílio logístico prestado à
comissão organizadora do evento. Em suma: mais um estrondoso sucesso!
Em um momento no qual, mais uma vez, o futuro da pesquisa e da
educação é colocado em xeque em nosso país, tais resultados nos enchem de
orgulho e de esperança. Esperança de que a comunidade que nos honrou com
sua presença ao longo dos dias 16 e 17 de setembro de 2016 continue apoiando
iniciativas voltadas para a promoção de uma formação integral e cidadã de
todos os nossos jovens. Esperança de que nossos estudantes possam aproveitar
as experiências vividas durante a preparação de seus trabalhos. E orgulho por
termos honrado o nome da rede federal de educação profissional e tecnológica
com a realização de mais um evento acadêmico que, certamente, será lembrado
por todos quantos tiveram a oportunidade de visitá-lo.
O caminho pela busca de uma educação de qualidade que considere o
ensino, a pesquisa e a extensão como elementos indissociáveis é longo e cheio
de obstáculos, mas é com coragem e perseverança que nos propomos a trilhá-lo
convencidos de que apenas ele nos levará à construção de uma sociedade mais
justa. Se o futuro guarda nossas grandes esperanças, é no dia a dia do presente
que nos cumpre construí-lo. Que venham novos desafios!
Prof. Dr. Vitor Marcos Gregório
Coordenador de Pesquisa e Extensão do Instituto Federal do Paraná, Campus União da Vitória
Sumário
Lazer e Entretenimento nas Cidades “Gêmeas do Iguaçu” ……………………... 6
Olimpíadas 2016: o legado para os brasileiros ……………………………………….. 7
Construção de coleção entomológica como instrumento didático-científico para aulas de Ciências Biológicas ……………………………….
8
Tênis de Mesa e Ping-Pong: diferenças e semelhanças entre o esporte e o jogo ……………………………………………………………………………………………………...
10
Experimentos lúdicos na Física ……………………………………………………………….. 12
Pêndulo simples: uma demonstração do MHS na física ………………………….. 14
A necessidade da utilização dos padrões de informática e interoperabilidade em sistemas de informação em saúde na região de União da Vitória – PR: uma proposta de pesquisa …………………………………...
16
Desenvolvimento de uma solução tecnológica para o controle de irrigação voltada a ambientes de agricultura familiar ……………………………..
18
Slender Logical – um jogo de raciocínio ………………………………………………….. 19
Ilex paraguariensis: Extração de cafeína da erva-mate …………………………….. 20
E agora, LED, Fluorescente ou Incandescente? Qual lâmpada devo/preciso comprar? …………………………………………………………………………...
21
Oficina de Matemática: medindo distâncias com um círculo ………………….. 24
Ácidos e bases: Uma proposta de aprendizagem facilitada ……………………. 26
O problema do chocolate infinito ……………………………………………………………. 28
Lixo eletrônico per capita no Brasil …………………………………………………………. 30
Casinhas para cachorro: minha caixa, minha vida! …………………………………. 32
Lixo – um problema social no espaço ……………………………………………………... 34
Análise de memórias do caboclo e do General: Um olhar sobre a Guerra do Contestado ………………………………………………………………………………………...
36
Discurso do Jornal O Globo sobre a Petrobras ……………………………………….. 37
Mais que um problema socioambiental, uma realidade de vida! ……………. 38
Terremotos: causas e efeitos ………………………………………………………………….. 40
As esquinas da desigualdade: um estudo sobre a concentração de
renda no Vale do Iguaçu …………………………………………………………………………. 42
Identidade em ruínas: uma questão de preservação ……………………………... 44
Porto União da Vitória sob as águas: um mergulho na História ……………... 46
Um grito de socorro! A saga dos refugiados em sua nova vida no Brasil ... 48
Contadores de Histórias do IFPR Campus União da Vitória: posso ler para você? ……………………………………………………………………………………………….
50
Análise da instituição das Políticas Institucionais de Informação e do registro no ROARMAP: um estudo dos Repositórios Institucionais brasileiros ………………………………………………………………………………………………..
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Formação Pedagógica: conhecendo a proposta do IFPR …………………………. 54
Música “verde” .................................................................................................... 57
Uns novos poetas ……………………………………………………………………………………. 58
“Cinema”: Arte que transmite vida através dos tempos ………………………….. 60
“Pé no Palco”: dança, música e teatro ……………………………………………………... 62
Pólvora, uma explosão artística ………………………………………………………………. 64
El Chavo del Ocho – sem querer querendo: uma representação da infância latino-americana ………………………………………………………………………..
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Abordagem intercultural no ensino de línguas ……………………………………….. 67
Lazer e Entretenimento nas Cidades “Gêmeas do Iguaçu”
Ana Maria Martins Barbosa 1 BARBOSA, Ana Maria Martins Barbosa. Lazer e entretenimento nas cidades “Gêmeas do Iguaçu”. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. União da Vitória/PR e Porto União/SC são municípios que proporcionam muitos espaços, lugares e equipamentos que a população utiliza por algum objetivo: desde a finalidade de ocupar seu tempo livre, aquele que não se caracteriza como trabalho, com algo para divertir/entreter; até o que relaciona atividade física e qualidade de vida. A presente pesquisa reúne informações sobre os equipamentos/espaços de lazer e entretenimento em União da Vitória/PR e Porto União/SC, situações de utilização, condições de infraestrutura e conservação, estratégias de divulgação desses equipamentos/espaços, objetivando a qualidade de vida da população. A fundamentação teórica se embasa nos estudos de Dumazedier (1976), Requixa (1980) e Marcellino (2001a) que tratam: o lazer como atividades que não se caracterizam como tempo de trabalho, e sim em horas disponíveis ou livres do indivíduo; o entretenimento pertencente às atividades que podem ser realizadas nesses períodos; e a Constituição brasileira de 1988 no seu Art. 6º esclarecendo que o lazer é um direito social, assim como a educação, a saúde, a segurança, entre outros. A metodologia adotada é de cunho qualitativo, que conforme Teixeira (2005) é possível desenvolver um processo de compreensão do contexto, não enfatizando números e sim detalhes do mais simples ao mais complexo, por meio de descrição, palavras e imagens. As etapas desenvolvidas até o momento são: encontros semanais entre os docentes envolvidos para a definição de estratégias de estudo; discussões sobre as temáticas “Lazer e Entretenimento” entre os envolvidos da pesquisa, especificamente nos meses de fevereiro e março, para que os conceitos e as especificações das respectivas temáticas fossem mais aprofundadas; as investigações dos equipamentos/espaços de lazer e entretenimento no Distrito de São Cristóvão e áreas centrais das cidades pesquisadas; e a realização de observação e registro por meio de descrição, imagens e filmagens. O objetivo geral é identificar os equipamentos de lazer e entretenimento em União da Vitória/PR e Porto União/SC, e suas implicações na qualidade de vida da população. Um dos resultados esperados é identificar os equipamentos/espaços dos municípios e verificar quais as suas relações com a qualidade de vida das pessoas. Palavras-chave: Equipamentos. Infraestrutura. Qualidade.
1 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. E-mail: [email protected]
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Olimpíadas 2016: o legado para os brasileiros
Taynara de Fátima Zatorski Ana Maria Martins Barbosa 2
ZATORSKI, Taynara de Fátima; BARBOSA, Ana Maria Martins Barbosa. Olimpíadas 2016: o legado para os brasileiros. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. As Olimpíadas Rio 2016, que aconteceram entre os dias 5 e 21 de agosto, deixaram um legado enorme em infraestrutura e tecnologia, não somente para a sua cidade-sede, mas para o país inteiro. Foram cerca de 37,6 bilhões de reais gastos de iniciativas públicas e privadas (57%), desde que o país foi anunciado como sede dos jogos. Apesar de todas as críticas de que as obras não terminariam a tempo, e que o país não apresentava condições de receber um evento grandioso como este, todas as expectativas foram superadas e foi mostrado, mais uma vez que, sim, é possível realizar um espetáculo desse porte em território brasileiro. O interesse de produzir este trabalho, surgiu após um seminário apresentado à disciplina de Educação Física, momento em que conheceu-se mais sobre as Olimpíadas e Paralimpíadas. A ideia central se baseia em apresentar, de modo fácil, as principais características dos Jogos Olímpicos enfatizando a questão econômica do Brasil atualmente, e mostrar como a infraestrutura será utilizada posteriormente, com todo o investimento feito e suas áreas de melhoria para a população. Além disso, serão apresentados aspectos positivos e negativos desse contexto. Assim como foram aproveitados os estádios reformados para a Copa do Mundo de 2014, as arenas e complexos esportivos construídos também serão aproveitados posteriormente, não somente pelas Paralimpíadas. Os espaços poderão servir como centro de treinamento, local de competições, além das obras que envolveram melhorias no transporte, por exemplo, que será um ganho utilizado diretamente no cotidiano da população. Referente a isso, concluiu-se que benefícios poderão ser usufruídos com relação a alguns aspectos, direitos do cidadão, como melhorias na educação, transporte, empregabilidade, entre outros, gerados pelo evento. Foram investidos no ensino de idiomas (para gerar empregos e para receber bem os turistas), reformas de escolas e formação de atletas, além de divulgar o país no exterior, visto que é o primeiro da América do Sul a sediar os Jogos Olímpicos. Palavras-chave: Jogos olímpicos. Infraestrutura.
2 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientadora da pesquisa. E-mail: [email protected]
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Construção de coleção entomológica como instrumento didático-científico para aulas de Ciências Biológicas
Marlon Frederico Schwebel 3Patrícia Cambrussi Bortolini 4
Rosana Maria Frey 5
SCHWEBEL, Marlon Frederico; BORTOLINI, Patrícia Cambrussi; FREY, Rosana Maria. Construção de coleção entomológica como instrumento didático-científico para aulas de Ciências Biológicas. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. Não há como falarmos de coleções entomológicas sem mencionarmos a grande biodiversidade de insetos no Brasil. Dentre todos os grupos animais, os insetos constituem o maior número de indivíduos e espécies. Do total de 1,7 milhões de espécies descritas em todo o mundo, 865 mil, em média, são insetos. Zoólogos estimam que, para o Brasil, sejam conhecidas entre 91 a 116 mil espécies de insetos. Há quem considere a atividade de colecionar insetos uma ameaça ecológica. Porém, se observarmos a realidade que a coleta pode representar em baixas na população de insetos, comparada ao que acontece na natureza, e à própria fecundidade destes invertebrados, o efeito da coleta é irrelevante. Boa parte do material que é destinado a pesquisas zoológicas costumam ser vistos muito mais como material de produção de conhecimento do que de divulgação no ensino de Ciências e Biologia. A coleção entomológica mantém a salvo a história das espécies e serve como uma rica fonte de aprendizado para os estudantes de Ciências. Quando bem conservadas, constituem um acervo duradouro que poderá ser utilizado como importante instrumento didático, possibilitando a observação e o manuseio de materiais que os alunos normalmente não teriam acesso. Acredita-se que o aprendizado é mais satisfatório quando o aluno está diante do material de estudo e pode enxergar o objeto. O aprendizado torna-se mais significativo quando o saber sistematizado é relacionado com a problemática originada de acordo com a realidade. Sendo assim, esse projeto objetiva construir uma coleção entomológica no campus União da Vitória, que sirva como apoio didático e científico, a fim de que acadêmicos e comunidade tenham a oportunidade de conhecer as espécies e suas relações ecológicas, auxiliando no conhecimento dos aspectos morfológicos e comportamentais dos insetos, além das informações acerca de temas como ecologia e taxonomia. Para tanto, a metodologia utilizada inicialmente foi a
3 Bolsista PBIS - Programa de bolsas de inclusão social. Fonte financiadora: IFPR. 4 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Co-orientadora da pesquisa. E-mail: [email protected] 5 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientadora da pesquisa. E-mail: [email protected]
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realização de pesquisas bibliográficas em livros e artigos de internet. Técnicas de coleta dos insetos estão sendo confeccionadas, como armadilhas entomológicas, dentre elas: bandejas coloridas, armadilha de cheiro, sugador entomológico, armadilha luminosa e rede entomológica. Após a coleta, parte-se para a conservação e montagem da coleção a partir dos insetos obtidos, seguindo as regras de entomologia. A fim de evitar infestações, são utilizados produtos repelentes como naftalina, além da manutenção de baixa umidade. Os insetos são limpos e organizados por classificação taxonômica, pelo menos em nível da categoria ordem. O projeto recebeu apoio do Laboratório de Abelhas Nativas da Universidade Federal de Santa Catarina - LANUFSC e do curso de Ciências Biológicas do IFPR - Campus Palmas, com doações de exemplares. Diante deste contexto, constata-se a relevância de uma coleção entomológica no cotidiano da sala de aula, despertando maior curiosidade nos alunos, contribuindo para um maior conhecimento sobre observação da natureza, morfologia, classificação biológica e importância dos diversos grupos de insetos presentes na natureza. Palavras-chave: Insetos. Coleção zoológica. Ensino. Morfologia.
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Tênis de Mesa e Ping-Pong: diferenças e semelhanças entre o esporte e o jogo
Alessandro Ailton Müller Celina Bellome Valles Emanuel Vitor Sônego
Giovane Gabriel Sebben de Jesus Guilherme Wonsowski João Victor Rockenbach
Léo Eduardo de Oliveira Meyer Luiz Felipe Vasconcelos da Silva
Nicole Schulz Marques Vítor Eduardo de Almeida
Ana Maria Martins Barbosa 6
MÜLLER, Alessandro Ailton. et al. Tênis de mesa e Ping-Pong: diferenças e semelhanças entre o esporte e o jogo. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
O Tênis de Mesa e o Ping-Pong são, atualmente, práticas desenvolvidas no âmbito escolar para crianças, jovens e adultos, sendo o Tênis de Mesa uma modalidade olímpica praticada e conhecida oficialmente, em diversos países, e o Ping-Pong um jogo em que as regras podem ser modificadas dependendo da localidade onde é praticado. A partir dessa constatação de que o Tênis de Mesa e o Ping-Pong não são idênticos, instigou-se a verificar em quais aspectos os temas se diferem e em quais aspectos se assemelham. A presente pesquisa tem como objetivo aprofundar os conhecimentos relacionados ao Tênis de Mesa e ao Ping-Pong e compreender as diferenças e semelhanças existentes entre as duas práticas. O Tênis de Mesa possui vários relatos de sua origem, no entanto, a mais difundida se deve a Grã-bretanha e a disseminação nas suas colônias. Sua prática, no início, aconteceu na metade do século XIX, concebida como uma adaptação do Tênis de Campo para espaços menores. A modalidade esportiva se caracteriza como uma prática individual e em dupla, que se baseia na velocidade de movimentos e raciocínio, auxiliando nas diversas capacidades físicas dos seus praticantes. Para o desenvolvimento da pesquisa, inicialmente, utilizou-se um levantamento bibliográfico com intuito de aprofundar os conhecimentos a respeito do Tênis de Mesa e do Ping-Pong, posteriormente, na fase de pesquisa de campo aplicou-se um questionário à vinte pessoas, escolhidas aleatoriamente, nos municípios de Porto União/SC e União da Vitória/PR. Nos resultados obtidos a partir da análise de dados, identificou-se que o Tênis de Mesa e o Ping-Pong são temas e práticas pouco conhecidas pelos entrevistados,
6 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientadora da pesquisa. E-mail: [email protected]
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sendo apreciados no meio escolar e através das mídias sociais, como a televisão e a internet. Como função social, percebeu-se que o esporte é vinculado como fator importante nos aspectos físico, motor e social de indivíduos nos seus diversos níveis de desenvolvimento. Palavras-chave: Modalidade esportiva. Regras.
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Experimentos lúdicos na Física
Amanda Gelinksi Loures das Chagas Arthur Pfeng
Eric Petry Fernanda Victoria Epifanio
Flavia Emily Bianchini Gabriel Utzig
João Roberto Goncalves Tack Leticia Skubisz
Wilgner José Car Sauran Luiz Sérgio Souza da Silva 7
CHAGAS, Amanda Gelinski Loures das. et al. Experimentos lúdicos na física. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. O Lúdico como ferramenta de ensino-aprendizagem lança em todas as situações de uso, um olhar diferenciado para o ensino. Trás para a situação didática pedagógica estudada, um enfoque de investigação qualitativa, onde o objeto de discursão deixa de ser somente a teoria envolvida e seu entendimento pelo aluno, mas também, resgata possibilidades da compreensão do conteúdo na pratica, onde durante o manuseio do objeto de estudo escolhido, o aprendizado se alicerça entre erros e acertos. Com essa linha de pensamento do lúdico como ferramenta na construção do saber, é que esse projeto tem como foco escolhido o estudo, a construção, apresentação e explicação de fenômenos naturais através de experimentos na física. Nesse trabalho, foram estudados experimentos voltados para a área da física termodinâmica. Os experimentos estudados são: Experimento de pressão: o projeto é voltado para apresentação de como a pressão atmosférica afeta tudo a nossa volta. O conceito físico estudado no experimento é a diferença de pressão, que é demonstrada utilizando no experimento uma garrafa plástica com vários furos. Bazuca a gás: projeto que tem como objetivo a compreensão da teoria cinética dos gases, através da construção de um canhão de batatas que utiliza basicamente de canos de PVC, cola e um ventil. Fonte de Heron: nesse projeto estão envolvidos conceitos de pressão atmosférica, teorema de Stevin e Pascal bem como o de energia potencial. Foram utilizados duas garrafas pets, uma bacia de plástico, dois metros de mangueira fina e transparente, cola quente, água, corante para a coloração, um conta-gotas para o efeito de chafariz, e também um suporte onde fica todos estes equipamentos. O efeito que se apresenta é de um chafariz que se mantém funcionando até que acabe toda a água da garrafa do meio do
7 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientador da pesquisa. E-mail: [email protected]
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aparato. A intenção maior deste trabalho é que os alunos entendam os conceitos físicos e os associe com o mundo que eles vivem, compreendendo como as coisas funcionam no contexto físico. Palavras-chave: Experimentos. Física. Ensino.
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Pêndulo simples: uma demonstração do MHS na física
André Ferreira Luiz Sérgio S Silva 8
FERREIRA, André; SILVA, Luiz Sérgio S. Pêndulo simples: uma demonstração do MHS na física. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
Em nossa volta existem várias situações onde movimentos ondulatórios podem ser observados. Pode-se citar o movimento de uma folha sendo balançada pelo vento, o pendular de um relógio de parede, nas ondas do mar, o balançar dos braços ao caminhar, ou seja, movimentos que se repetem depois de certo tempo. Esses tipos de movimentos são ditos movimentos periódicos. Uma série de pulsos que se repetem formam uma onda periódica. Podemos entender como onda uma perturbação capaz de se deslocar de um ponto a outro. Esse projeto tem como objetivo a construção e a utilização do um aparato capaz de simular um movimento ondulatório, movimento esse que se repete constantemente na natureza. Em particular neste trabalho é demonstrado o Movimento Harmônico Simples (MHS) através de uma série de pêndulos simples que descrevem de forma harmoniosa esse movimento. O aparato consiste de uma série de pêndulos com períodos crescentes de que, quando lançado simultaneamente, produzem o efeito de uma onda de mudança transversal. Um corpo que executa movimento periódico encontra-se sempre em uma posição de equilíbrio estável, quando ele é deslocado dessa posição e liberado surge uma força ou torque que o faz retorna a sua posição de equilíbrio. Este dispositivo apresenta um efeito hipnótico por ter uma série de pêndula com períodos de tempo cada vez maiores de tal forma que quando são simultaneamente liberados, produzem o efeito de uma única onda. Para se construir o aparato foi necessário várias tentativas para se obter as medidas corretas para o comprimento do fio de cada massa, pois de acordo com a teoria da física estudada, o período de cada oscilação depende neste caso (onde se tem massas iguais) apenas do comprimento L do fio. Para que se obtenha um movimento harmonioso para essa situação, tem-se que manter um comprimento específico para cada massa. Foi possível verificar que esse comprimento não corresponde a um intervalo linear entre as massas, necessitando ajustes de forma experimental para cada pêndulo separadamente. Este fato pode ser explicado pela grande dificuldade de se manter a diferença linear entres os comprimentos, visto que para fixar uma massa tem-se que dar um nó, e manter uma linearidade em cada nó passa ser humanamente impossível. Apesar das dificuldades encontradas este trabalho seguiu a proposta
8 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientador da pesquisa. E-mail: [email protected]
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de um projeto que privilegia a indissociabilidade entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão. Palavras-chave: Ondulatório. MHS. Pêndulo.
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A necessidade da utilização dos padrões de informática e interoperabilidade em sistemas de informação em saúde na região de
União da Vitória – PR: uma proposta de pesquisa
Francisco Machado Becker Isabella Tonial
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BECKER, Francisco Machado. et al. A necessidade da utilização dos padrões de informática e interoperabilidade em sistemas de informação em saúde na região de União da Vitória - PR: uma proposta de pesquisa. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
Registro Eletrônico em Saúde (RES) e Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), referem-se à um sistema eletrônico e digital padronizado para controle de registros clínicos e prontuários médicos, que possibilitam a interoperabilidade na comunicação de registros clínicos em ambientes hospitalares. A maioria dos sistemas de informação em saúde (SIS) eletrônicos não são interoperáveis devido à complexidade da representação das informações relacionadas à saúde, quanto a interseções de espaço, tempo e domínio. Outra grande complexidade está relacionada a representação semântica da informação, devido à grande quantidade de termos clínicos e a ambiguidade existente. A ocorrência de diversos registros médicos em papel, além de um grande número de arquivos físicos, é outro fator que dificulta a interoperabilidade. Para que diferentes SIS possam integrar as informações de um paciente, estas precisam ser transferidas de um SIS para outro, sendo atualmente este processo realizado por meio de interfaces adaptadas e customizadas. Esta tecnologia provoca sérios problemas com o aumento da quantidade de distintos SIS, pois o número de interfaces cresce aproximadamente como a metade do quadrado do número de SIS integrados. Frente a isto, a Fundação openEHR propõe a modelagem multinível para o desenvolvimento de SIS, onde o projeto da aplicação é desenvolvido basicamente em dois níveis, o modelo de informação, que define todos os tipos de conceitos, restrições, segurança e tipos de dados para a padronização do SIS e, o modelo de arquétipos, que estabelece um padrão para a representação e coleta de dados para cada procedimento clínico. Para possibilitar a troca de informações entre os SIS, o Instituto HL7 propôs o modelo Health Level 7 (HL7) para padronizar a extração de dados clínicos e compor um extrato de dados capaz de ser absorvido por qualquer SIS. Através
9 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientador da pesquisa. E-mail: [email protected]
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deste processo de troca de mensagens, o desenvolvedor não tem de se preocupar com quais tecnologias de armazenamento ou linguagens de acesso aos dados os demais SIS são implementados, pois todos os extratos serão convertidos para o modelo HL7 e posteriormente representados em suas devidas tecnologias. Para regulamentar o uso de padrões de interoperabilidade para SIS no âmbito do Sistema Único de Saúde, sistemas privados e setor de saúde suplementar, o Ministério da Saúde estabeleceu através da Portaria 2.073/2011 o modelo de referência OpenEHR como padrão para a definição do RES e, o modelo HL7 como padrão para a interoperabilidade entre SIS. Assim, os SIS, independentemente da área de atuação, devem possibilitar a interoperabilidade funcional e semântica entre os demais SIS e bases de dados existentes no ambiente clínico. Frente aos benefícios propostos pelos padrões de informática openEHR e HL7, assim como os demais modelos de terminologias, representação de imagens, exames laboratoriais, entre outros, já estabelecidos pelo Ministério da Saúde, propõe-se o levantamento dos SIS utilizados nos ambientes hospitalares do município de União da Vitória, com o objetivo de analisar o grau de interoperabilidade entre eles, propondo assim, a implementação de um protótipo interoperável entre os distintos ambientes clínicos que atenda à um domínio epidemiológico específico, principalmente devido ao desconhecimento e utilização destas tecnologias na região. Palavras-chave: Padrões de informática. Interoperabilidade. Sistemas de informação em saúde.
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Desenvolvimento de uma solução tecnológica para o controle de irrigação voltada a ambientes de agricultura familiar
Ana Vitória Kozan Kiedes
Andressa Burak Deividson Luiz Okopnik 10
KIEDES, Ana Vitória Kozan; BURAK, Andressa; OKOPNIK, Deividson Luiz. Desenvolvimento de uma solução tecnológica para o controle de irrigação voltada a ambientes de agricultura familiar. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. A automação agrícola tem a capacidade de auxiliar agricultores, em geral a melhorar sua produção e a diminuir o trabalho necessário em suas propriedades. Porém ainda vemos dificuldades em sua implementação, principalmente quando falamos de pequenos produtores, bem como de agricultura familiar. Esta pesquisa tem por objetivo o desenvolvimento de um equipamento, de baixo custo, que seja capaz de automatizar o processo de irrigação do solo, tendo como público alvo justamente os pequenos agricultores. Este equipamento tem como objetivo permitir um melhor controle, tanto dos recursos hídricos quanto da umidade no solo, evitando ao mesmo tempo o desperdício de água e irrigações insuficientes ou excessivas, ao utilizar sensores de umidade do solo, analisando a real necessidade da irrigação, ao invés de apenas utilizar agendamento por tempo, o que propicia uma maior sustentabilidade para a produção agrícola do usuário. Considerando que o Paraná conta com uma população rural de 14,67% (IBGE, 2010), sendo que o estado do Paraná conta com 302.907 áreas de agricultura familiar (IBGE, 2006). Estes agricultores familiares são os que menos possuem automação e equipamentos em geral em suas propriedades, principalmente devido a dificuldade de implantação e autos custos, sendo este o principal público alvo deste projeto, o que tende a auxiliar bastante em sua produção, pois, de acordo com a Lei nº. 11.326/2006 para se enquadrar como produtor rural familiar (e conseguir os benefícios que isto lhe garante), ele deve utilizar predominantemente, em sua propriedade, mão de obra familiar, sendo que este dispositivo tende a diminuir a necessidade de mão de obra para irrigação de canteiros, deixando-a livre para outras tarefas, ou para cultivar uma área maior em sua propriedade, levando a uma qualidade de vida maior. Palavras–chave: Automação agrícola. Irrigação. Necessidades hídricas. Agricultura familiar. Sustentabilidade.
10Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientador da pesquisa. E-mail: [email protected]
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Slender Logical – um jogo de raciocínio
Rafael Francisco Cechin Luan Victor Geller Turkot
Douglas Lusa Krug 11
CECHIN, Rafael Francisco; TURKOT, Luan Victor Geller; KRUG, Douglas Lusa. Slender logical - um jogo de raciocínio. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
A lógica é um conhecimento cada vez mais necessário nos dias de hoje, não apenas em se tratando de ciências exatas, mas em qualquer área do conhecimento. Atualmente o ensino de lógica é introduzido desde o ensino fundamental, sendo trabalhado em caráter interdisciplinar. Entretanto é mais comum estar presente em cursos voltados à área de Tecnologia da Informação, abrangendo desde o ensino médio profissionalizante até formação em nível superior. Com o intuito de auxiliar a compreensão de princípios da lógica, como por exemplo a lógica booleana, o jogo Slender Logical foi criado. Slender Logical é um jogo educativo em primeira pessoa, criado com o intuito de trabalhar o raciocínio lógico do jogador. O jogo nasceu a partir de um trabalho para a disciplina de Lógica e Linguagem de Programação, sendo apresentado para turma do 1º ano do curso de Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal do Paraná - IFPR do campus União da Vitória. O cenário do jogo simula uma trilha em uma floresta e no decorrer desta trilha são apresentados caminhos com bifurcações onde a direção correta é indicada em placas com expressões lógicas, a direção deve ser seguida com base no resultado das mesmas, sendo que se o resultado for verdadeiro o jogador deve ir para a direita, e se o resultado for falso o jogador deve ir para a esquerda. Caso o jogador erre o caminho a ser seguido ele voltará ao início do percurso. Atualmente o jogo conta com duas fases, sendo que o mesmo embora funcional ainda está em desenvolvimento. O jogo foi desenvolvido com o software Unity 5 versão pessoal, gratuita. Nele foram introduzidas linhas de código utilizando as linguagens de programação C# (C Sharp) e JavaScript. Acreditamos que o jogo Slender Logical que pode ser utilizado como material didático nas aulas que envolvem raciocínio lógico, principalmente para aqueles que estão iniciando o seu estudo na matéria. Palavras-chave: Lógica. Raciocínio Lógico. Jogo Educacional.
11 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientador da pesquisa. E-mail: [email protected]
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Ilex paraguariensis : Extração de cafeína da erva-mate
Luana Milena Marques Flávia Letícia Moissa 12
Drielly Nayara Olekszyszen 13
MARQUES, Luana Milena; MOISSA, Flávia Letícia; OLEKSZYSZEN, Drielly Nayara. Ilex paraguariensis : Extração de Cafeína da Erva-Mate. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
A região União Vitoriense é grande consumidora e produtora da erva mate (folha verde). A produção local alcança cerca de 2 250 toneladas anuais e a produtividade média chega a 10 000 kg ha -1. O consumo e produção de erva-mate (Ilex paraguariensis St Hill) foi iniciado com povos indígenas, principalmente pelos nativos Guaranis e Guaíra, concentrados na região do Paraguai, Argentina e Rio Grande do Sul. Inicialmente, a manipulação da erva-mate visava tratamentos fitoterápicos e mais tarde, iniciou-se o consumo da infusão de suas folhas produzindo chimarrão ou chá. Tais aplicações da erva-mate, justificam-se pelo fato de essa espécie possuir metabólitos que auxiliam no tratamento de hipertensão, obesidade, dor de cabeça, entre outras, além de apresentar propriedades estimulantes, agindo no sistema nervoso central, dentre os quais, destaca-se a cafeína. A cafeína está comumente relacionada ao café, mas é encontrada naturalmente em vários produtos, como guaraná e chás, ou acrescentada em refrigerantes e medicamentos. Entretanto, caso sua utilização seja feita em quantidade excessiva, pode se tornar prejudicial, pois, em se tratando de um composto psicoativo, seu consumo demasiado pode causar arritmia cardíaca, retardamento físico-motor e seu consumo, quando em doses superiores a 500 mg diários, pode levar a overdose. A cafeína é uma substância branca,f inodora, de caráter básico, pertencente à família dos alcalóides, da classe das xantinas, que são os estimulantes mais antigos conhecidos, dentre os quais, a cafeína figura entre um dos mais potentes. A região de União da Vitória é consumidora assídua da erva-mate na forma de chimarrão, entretanto, o teor de cafeína das amostras vegetais locais é desconhecido, e sabe-se que o total desses metabólitos varia de acordo com o clima, altitude, ritmo circadiano ao qual a planta está submetida. Sendo assim, no intuito de quantificar a cafeína da erva-mate produzida na região, realizou-se a extração desse composto para comparação com dados da literatura. A metodologia empregada na extração da cafeína, adaptada da literatura, é de fácil execução, constituindo uma ferramenta de ensino viável. As folhas de erva-mate foram colhidas na região de União da Vitória/PR e previamente secas.
12 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória.Co-orientadora da pesquisa. E-mail: [email protected] 13 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória.Orientadora da pesquisa. E-mail: [email protected]
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A massa vegetal foi submetida à fervura para hidrólise do sal de cafeína-tanino, na presença de carbonato de cálcio. Após a extração da cafeína da solução aquosa com diclorometano, através do procedimento de extração líquido-líquido, obteve-se a cafeína impura, num total de 98 mg. Essa amostra foi submetida ao processo de purificação por recristalização, originando cafeína purificada, que se apresentou como um pó branco, condizente com a literatura, num total de 15 mg. Baseada na massa vegetal seca utilizada inicialmente, o rendimento calculado foi de 0,1%, o que está dentro dos valores esperados. O procedimento será ainda realizado em triplicata, para avaliar o valor médio das amostras e desvio padrão.
Palavras-chave: Erva-mate. Cafeína. Chimarrão.
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E agora, LED, Fluorescente ou Incandescente? Qual lâmpada devo/preciso comprar?
Thiago Yves Silveira Wagner Mariana Aparecida Kuryluk
Luiz Sérgio S Silva 14
Giciélen Beatriz Retcheski Vicente 15
Ederson Marcelino da Silva 16
WAGNER, Thiago Yves Silveira. et al. E agora, LED, Fluorescente ou Incandescente? Qual lâmpada devo/preciso comprar? In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
As lâmpadas são muito utilizadas por todos nós diariamente e sua função é indispensável em nossas vidas, mas nós realmente sabemos como utilizá-las? Sabemos quais são suas principais características? Diante de várias informações sobre os tipos de lâmpadas mais comuns para venda ao consumidor, muitas vezes nos deparamos com a dúvida: qual lâmpada devo comprar? Quais informações e características devo levar em consideração na hora da compra? Diversas pesquisas afirmam que as lâmpadas LED são as mais econômicas e duráveis, entretanto, visto que estas são mais caras em comparação a suas concorrentes, precisamos nos questionar, quando elas passam a ser mais vantajosas que as Fluorescentes? Para responder à essas perguntas e fornecer exemplos mais próximos a realidade de União da Vitória, propusemos esse trabalho que visa esclarecer alguns parâmetros necessários para se pensar na hora de comprar uma lâmpada para nossas casas. Conhecimentos em Matemática, Física, Arte e Química, por exemplo, possibilitaram descobrir quanto tempo leva para que a utilização de determinado tipo de lâmpada se torne mais vantajosa que a outra, além de esclarecer informações importantes como potência, custo, consumo, temperatura da cor e fluxo luminoso. Para atingir os objetivos propostos, realizaram-se pesquisas nos comércios da região, analisaram-se valores cobrados pela companhia de energia elétrica local associados ao consumo em diversos meses do ano, visto que a tarifa varia conforme a capacidade de produção das companhias de energia, plotaram-se gráficos, utilizando-se o software de Geometria Dinâmica GeoGebra, com análises do consumo em função tempo de utilização das lâmpadas demonstrando o momento aproximado em que uma lâmpada passa a gerar
14 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória.Co-orientador da pesquisa. E-mail: [email protected] 15 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória.Co-orientadora da pesquisa. E-mail: [email protected] 16 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientador da pesquisa. E-mail: [email protected]
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um gasto maior que a outra e construiu-se um sistema de iluminação com os três tipos de lâmpadas analisadas para mostrar a diferença em um dos parâmetros que devem ser analisados no momento da compra, que é a temperatura da cor. Espera-se com esse trabalho, proporcionar parâmetros mais próximos a realidade local, demonstrar as possibilidades de escolha na hora de comprar uma lâmpada, levantar questionamentos sobre sua composição, utilização e descarte, além de colaborar com conhecimento técnico a respeito de um produto comum em nosso cotidiano, mas que por vezes, não tem a devida atenção que merece. Palavras-chave: Lâmpadas. Consumo. Matemática.
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Oficina de Matemática: medindo distâncias com um círculo
Kauana Gabriele Pereira Alan Gabriel Cordeiro Matulle Ederson Marcelino da Silva 17
PEREIRA, Kauana Gabriele; MATULLE, Alan Gabriel Cordeiro; SILVA, Ederson Marcelino. Oficina de matemática: medindo distâncias com um círculo. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. Diante das dificuldades encontradas por diversos alunos no que diz respeito à aprendizagem de Matemática, faz-se necessário, principalmente por parte do docente, procurar maneiras diferenciadas para proporcionar aos discentes oportunidades para alcançar o conhecimento esperado. Dessa forma, propôs-se a criação deste projeto de pesquisa que visa desenvolver e aprofundar conceitos matemáticos, em especial os de Geometria Plana e Espacial, com alunos do primeiro ano do curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal do Paraná, Campus União da Vitória, por meio de atividades que envolvam a construção de materiais didáticos manipuláveis (MDM). Para atingir tal objetivo, os alunos, gradativamente, no contraturno e com o intermédio do professor, realizam pesquisas bibliográficas e constroem os MDM previamente escolhidos, utilizando matéria prima de uso cotidiano e/ou baixo custo. Depois de diversas discussões sobre o processo de construção e como os MDM poderiam ser utilizados, os alunos criam atividades visando sua aplicação em sala de aula. Com isso, espera-se que os alunos desenvolvam habilidades psicomotoras, melhorem sua percepção espacial, reforcem o conhecimento sobre conceitos básicos de Matemática, ampliem a capacidade de raciocínio matemático e desenvolvam habilidades de pesquisa, estudo, organização e comunicação que são muito importantes tanto na vida acadêmica quanto na vida social. Atualmente participam do projeto, que teve início em junho de 2015, dois bolsistas do Programa de Bolsas Acadêmicas de Inclusão Social (PBIS) implantado pela Diretoria de Assuntos Estudantis e Atividades Especiais (DAES) da Pró-Reitoria de Ensino (PROENS) do IFPR. Neste ano os alunos realizaram pesquisas sobre a trena com roda que é utilizada para realizar medidas de comprimento através da rotação de uma roda que, ao completar uma volta, percorre um metro de distância. Para facilitar a contagem, desenvolveu-se um mecanismo em que uma Roda de Genebra (mecanismo que transforma movimento circular contínuo em movimento circular intermitente) fará a marcação da distância percorrida (com contagem máxima de 10 em 10 metros),
17 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientador da pesquisa. E-mail: [email protected]
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construíram protótipos e o modelo definitivo de uma trena. Além disso, espera-se elaborar uma atividade para ser aplicada em sala de aula e um vídeo explicando como foi realizada a construção da trena com roda. Por meio de uma análise qualitativa feita através das atividades desenvolvidas até o momento, puderam-se perceber diversos limites a serem superados como, por exemplo, a falta de habilidade dos alunos para aplicar os conhecimentos de Matemática em situações reais e a reduzida percepção espacial. É possível observar, entretanto, que os alunos começaram a ter ideia do que é ser um pesquisador, tentando melhorar seus argumentos, procurando por fontes fidedignas, dialogando mais e compartilhando tarefas e conhecimentos. Espera-se que com o passar do tempo os alunos consigam desenvolver suas habilidades de pesquisa tornando-se mais autônomos, que possam desenvolver um pensamento mais amplo com relação a utilização da matemática e que, por meio das atividades aplicadas em sala de aula, possam disseminar o conhecimento matemático. Palavras-chave: Materiais didáticos manipuláveis. Ensino e aprendizagem. Matemática. Geometria.
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Ácidos e bases: Uma proposta de aprendizagem facilitada.
Alessandro Ailton Muller Débora Cristina Diedrich
Karina Kalichak Vinicius Felipe Weber Flavia Leticia Moissa 18
MULLER, Alessandro Ailton. et al. Ácidos e bases: uma proposta de aprendizagem facilitada. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
A educação deve levar o aluno à reflexão sobre seu ambiente concreto que lhe oportunize transformar e intervir nessa realidade e nesse ambiente. Para que a educação se efetive, é necessário que o aluno, incorpore os conhecimentos adquiridos, os quais, a partir de então, se tornarão parte da sua vida e serão transferidos para a prática. Um dos conteúdos abordados no Ensino Médio que, em raras exceções, é relacionado com as outras áreas do conhecimento e com a própria vivência do aluno é o potencial hidrogeniônico (pH). Como, na maioria das vezes, a sua aplicação e importância não são contextualizadas, os alunos acabam por considerar o conteúdo sem sentido já que não conseguem estabelecer relações com o seu cotidiano. Em função disso, passam a apenas memorizar os conceitos e as fórmulas matemáticas. Dentro deste contexto, a realização de experiências para demonstrar na prática o que é o pH pode ser uma maneira de estimular a motivação dos alunos a aprender o conteúdo significativamente. Com base nisso, este trabalho teve por objetivo propor uma metodologia para a determinação do pH de determinadas substâncias, de tal modo que a mesma pudesse ser realizada no Ensino Médio, a fim de criar um ambiente de aprendizagem em que o aluno possa estabelecer relações entre questões ligadas ao meio ambiente e o referido conteúdo. A metodologia empregada na determinação do pH, adaptada da literatura, é de fácil execução. Em um liquidificador foram acrescentadas 5 (cinco) folhas de repolho roxo e um (1) litro de água, obtendo-se um suco que servirá como indicador de substâncias ácidas ou básicas. Em copos enumerados de 1 (um) a 8 (oito) foi adicionado 100 mL das seguintes substâncias na respectiva ordem: soda cáustica, água sanitária, sabão em pó, bicarbonato de sódio, sal amoníaco, açúcar, leite, detergente, vinagre e limão. Após, acrescentou-se 50 mL do suco de repolho roxo o obteve-se as seguintes cores: amarelo, verde claro, azul claro, azul claro, azul escuro, roxo, roxo, roxo claro, rosa e vermelho. As substâncias presentes nas folhas de repolho roxo que o fazem mudar de cor em ácidos e bases são as antocianinas. Em água (pH neutro = 7), esse indicador tem coloração roxa, em
18 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientadora da pesquisa. E-mail: [email protected]
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soluções ácidas (pH < 7) ela apresenta a cor que vai do rosa ao vermelho. Para soluções básicas (pH > 7 ) a cor varia entre verde e amarelo. Por meio da metodologia proposta neste trabalho, é possível fazer a determinação de pH de diferentes substâncias devido ao baixo custo envolvido no experimento e a facilidade do método, o qual pode ser realizado pelos próprios alunos. Para finalizar, vale ressaltar que a construção do conhecimento sobre pH, a partir desta atividade prática, depende do grau de entendimento prévio que o aluno tem sobre o assunto, sendo necessária uma aula sobre o tema, antes de se partir para a prática e o fechamento da atividade. Palavras-chave: Ensino médio. Ensino de química. Ácidos e bases.
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O problema do chocolate infinito
Otávio Muller da Maia Guilherme Wonsowski
Marcelo de Freitas Bortoli 19
MAIA, Otávio Muller da; WONSOWSKI, Guilherme; BORTOLI, Marcelo de Freitas. O problema do chocolate infinito. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
O processo de ensino-aprendizagem da matemática é tema frequente na conversa entre professores que ministram essa disciplina. Dentre as inúmeras questões que geram discussão sobre o tema, surgem alguns exemplos de como ensinar matemática com auxílio de situações problemas lançadas como desafios de alunos para o professor. Logo, é possível trabalhar com resolução de problemas e abordar diversos conteúdos de matemática, com o objetivo de “encontrar” respostas para o problema proposto. Nesse contexto, esse trabalho apresenta a resolução para o problema do chocolate infinito por alunos do IFPR campus União da Vitória, por meio do cálculo de áreas planificadas em papel milimetrado. O trabalho teve início com a visualização de um vídeo disponível na internet intitulado “nem a matemática explica isso”, o qual mostra uma barra de chocolate sendo recortada, remontada com uma nova disposição e, ao final, tem-se a mesma barra de chocolate, porém sobrando um pequeno pedaço, deixando o entendimento de que a forma de recortar gera o “chocolate infinito”. Para resolver o problema do chocolate infinito, primeiramente os alunos buscaram outros vídeos que descrevessem o processo como um todo, bem como a explicação do problema. Entretanto, percebeu-se que existem muitos vídeos sobre “chocolate infinito”, porém a maioria dos que foram visualizados buscavam mostrar a inconsistência do problema por meio de “apelação” visual, isto é, o “tamanho” do pedaço que sobra não é o mesmo do que alguns pedaços remontados e alguns vídeos abordavam a questão do volume da barra de chocolate. Como nenhum dos vídeos assistidos apresentaram a prova “numérica” para o problema, os alunos, sempre orientados pelo professor, realizaram os cortes realizados no primeiro vídeo visualizado; posicionaram os pedaços sobre o papel milimetrado e; em seguida definiram o contorno das formas geométricas, sendo um retângulo e três trapézios. Depois, realizaram o cálculo de área da barra de chocolate inteira (14.400mm2) e, também, das formas geométricas separadamente (trapézios 1, 2 e 3, respectivamente, 7.320mm2, 4.320mm2 e 2.100mm2; e o retângulo, com 700 mm 2). Após o cálculo das áreas, os alunos realizaram a montagem da barra de chocolate, conforme apresentado no vídeo, a qual também foi planificada em papel milimetrado e
19 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientador da pesquisa. E-mail: [email protected]
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calculada, obtendo o valor de 13.700mm 2. Com isso, foi possível concluir que: 1) apesar do cálculo da área apresentada no vídeo, a qual utilizou unidade de medida para definir a as dimensões do retângulo, as marcas existentes na própria forma da barra de chocolate, manter-se o mesmo, as dimensões dos retângulos são diferentes e, logo, o valor numérico da área também é diferente; 2) o valor da área do pedaço restante, 700 mm2, é exatamente o complemento da barra remontada e; 3) o problema pode ser estudado de forma mais aprofundada utilizando outros conceitos de matemática como por exemplo: funções e progressão geométrica, além de poder utilizar outras metodologias de ensino, como por exemplo a modelagem matemática. Palavras-chave: Ensino-aprendizagem de Matemática. Resolução de problemas. Cálculo de áreas.
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Lixo eletrônico per capita no Brasil
Alan Felipe Schwebel Ederson da Silva Moreira Everton Ricardo Pedron
Giovani Emerson Gonçalves Jeniffer Kelly da Silva Moreira
Samuel Jung Sebastião Vitor Rodrigues
Douglas Lusa Krug 20
Marcelo de Freitas Bortoli 21
SCHWEBEL, Alan Felipe. et al. Lixo eletrônico per capita no Brasil. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
Quem nunca descartou algum tipo de produto eletrônico? Essa pergunta pode ser considerada corriqueira para muitas pessoas e, aos olhos de quem descarta o material eletrônico, inofensiva ao meio ambiente. Entretanto, o aumento da quantidade de lixo eletrônico vem acarretando graves problemas ambientais, os quais estão sendo discutidos no mundo todo. No Brasil, é fácil perceber que nem sempre o lixo eletrônico possui um destino correto para seu descarte, sendo que, em alguns lugares, você encontra o acúmulo de lixo dessa natureza em terrenos baldios. Preocupados com esse cenário, buscou-se mostrar nesse trabalho quanto cada brasileiro produziu de lixo eletrônico no ano de 2014, quando realizado o cálculo per capita de quilogramas de lixo eletrônico no Brasil. O levantamento de dados para a aplicação do cálculo per capita de quilogramas de lixo eletrônico no Brasil consistiu na divisão de três grupos de alunos do Curso Técnico em Manutenção e Suporte em Informática Integrado ao Ensino Médio, na modalidade EJA, do IFPR campus União da Vitória, com o objetivo de obter as seguintes informações: 1) o que é considerado lixo eletrônico e quais notícias sobre esse tema existiam na Internet; 2) a quantidade de lixo eletrônico produzido no Brasil e 3) a quantidade populacional brasileira. Com a divisão dos grupos, todos os alunos buscaram entender melhor o tema e obter as informações destinadas a cada um. Após o levantamento de dados, foi realizado um pequeno debate sobre eles, sendo que de todos os sites visitados, foi apontado como confiável o estudo realizado em 2014 pela Associação de Empresas da Indústria Móvel (GSMA), em parceria com a Universidade das Nações Unidas (UNU), o qual descreve que a América Latina foi responsável por 9% de todo o lixo eletrônico produzido no mundo, e que o Brasil produziu, aproximadamente, 1,412 milhão de toneladas, sendo responsável por 36,16% do
20 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientador da pesquisa. E-mail: [email protected] 21 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Co-orientador da pesquisa. E-mail: [email protected]
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lixo eletrônico da América Latina. Com essas informações, foi possível calcular a produção “estimada” de lixo eletrônico no mundo, sendo de aproximadamente 43,333 milhões de toneladas. Dando sequência no tratamento dos dados encontrados, com relação às estimativas populacionais brasileira e mundial, sendo que no ano de 2014 a população brasileira era de 203,2 milhões de pessoas e a população mundial era de 7,2 bilhões de pessoas. Isso permitiu realizar o cálculo per capita de lixo eletrônico no Brasil, de 6,95 kg, e no mundo, de 6,01 kg. De acordo com os dados pesquisados, é possível concluir que a média de lixo eletrônico produzida por um cidadão brasileiro é, aproximadamente, 1 kg maior do que a média produzida mundialmente. Além disso, ao considerarmos o peso médio de 150 gramas de um telefone celular, um brasileiro descartou aproximadamente 46 telefones celulares no ano de 2014. Palavras-chave: Produção lixo eletrônico. População brasileira. Meio ambiente.
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Casinhas para cachorro: minha caixa, minha vida!
Aline Bueno Andréa Daniele Muller Mariano
Cristina Maria Pescarini Gregório Fabiana Huergo Forte
Fábio Nazari Flávia Rzewuski Isabella Tonial
Kathleen Priscila de Souza Luana Milena Marques
Thiago Yves Silveira Wagner Elisângela Mota Pires 22
BUENO, Aline. et al. Casinhas para cachorro: minha caixa, minha vida! In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. A crença popular diz que os cães são os melhores amigos do homem e não é para menos, tamanho é o companheirismo destes animais. Mas isso não impede que o animal homem abandone inúmeros animais nas ruas das cidades. Em União da Vitória/PR, infelizmente, não é diferente, e no inverno quando as temperaturas são demasiadamente baixas, estes sofrem com a geada e o frio congelante das terras do sudoeste paranaense. Com o objetivo de acalentar estes animais nas madrugadas frias, uma ação de extensão foi proposta pela biblioteca do Instituto Federal do Paraná - IFPR Campus União da Vitória, inspirada por iniciativas nas redes sociais, a construção de casinhas para cachorro feitas com papelão e cobertas com embalagens de leite. Com a frase inspiradora de Machado de Assis “Felizes os cães que pelo faro descobrem os amigos”, vários alunos, servidores do Campus e voluntários, juntaram embalagens de leite que somaram-se as caixas de papelão do acervo recém-chegado na biblioteca, para a realização do projeto “Minha caixa, minha vida”. A iniciativa do IFPR Campus União da Vitória está pautada na missão da instituição, que visa promover a educação profissional e tecnológica, pública, de qualidade, socialmente referenciada por meio do ensino, pesquisa e extensão. Baseados nessa proposta, o grupo de voluntários revestiu as 38 caixas de papelão disponibilizadas pela biblioteca com sacos plásticos e fita adesiva. Com as embalagens de leite doadas pela comunidade, produziram os telhados que foram afixados com grampos e cola quente. Os voluntários dividiram-se em grupos de trabalho, enquanto uns revestiam as caixas com o plástico, a fim de possibilitar maior durabilidade, outros recortavam e colavam o que fosse necessário. Este projeto contou com a parceria do Departamento de Defesa e
22 Bibliotecária-documentalista no Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientadora da pesquisa. E-mail: [email protected]
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Proteção Animal da cidade, o qual recolheu o material produzido e distribuiu as caixas/casa pela cidade, principalmente para as regiões mais carentes e também na casa/ abrigo Coala, onde inúmeros animais que são resgatados pela cidade recebem acolhimento, amor e carinho, procurando sempre por uma adoção, um lar que possa dar-lhes melhores condições de vida. O IFPR Campus União da Vitória com esta iniciativa e tantas outras, promove mudanças na comunidade onde está inserido, respeitando sempre as características regionais, procurando conscientizar a população da necessidade de carinho e respeito pelos animais. Palavras-chave: Ação cultural. Dinamização de bibliotecas escolares. IFPR Campus União da Vitória. Solidariedade. Adoção de animais.
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Lixo – um problema social no espaço
André Rafael Mendes da Silva Bernard Tonegawa Winter Jefferson Edi dos Santos
José Junior de Moura Márcia Aparecida P. R. Pasko
Marcos Zancanal Margarete P. Rodrigues Sidnei Natan Kosloski
Cybelle de Lara Martins Cardozo 23
Leandro Bianchini 24
SILVA, André Rafael Mendes da. et al. Lixo - um problema social no espaço. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. No dia-a-dia de uma cidade pequena do interior paranaense, assim como no cotidiano de grandes cidades brasileiras, podem-se observar inúmeras situações em que atitudes sociais acabam por se transformar em problemas ambientais. Os órgãos governamentais, instituições de ensino e pesquisa, ONG’s e associações, entre outras organizações, já realizaram inúmeros estudos e ações que buscam registrar, divulgar, denunciar, problematizar ou ainda amenizar os resultados negativos ou positivos oriundos dessa relação. Dentre a gama de situações ocasionadas nesse contexto, destacamos a questão do lixo produzido nas cidades e o sistema descarte e coleta realizado ou não nos municípios brasileiros. Com base nessa mazela espaço/social e o sentido lógico que o ambiente compreende a área que o ser humano/sociedade transforma em diferentes escalas de análise (no caso da geografia, o espaço geográfico e no caso da sociologia, a configuração socioeconômica do lixo e daqueles que o descartam), evidencia-se a existência de um problema interdisciplinar: a geração de lixo. Nesse sentido, partindo-se dos seguintes termos teóricos e suas definições: paisagem natural e antrópica; consumismo; resíduos sólidos e educação ambiental foi proposta, ao longo de oficinas interdisciplinares realizadas no mês de agosto de 2016, a realização de um trabalho local com enfoque na problemática do lixo. Dessa forma, pretende-se, divulgar neste evento o trabalho de coleta de material fotográfico realizado por alunos do curso de técnico em manutenção e suporte em informática oferecido na modalidade de educação para jovens e adultos (PROEJA) no âmbito de percepção, registro e análise do problema. Assim, os mesmos podem
23 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientadora da pesquisa. E-mail: [email protected] 24 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Co-orientador da pesquisa. E-mail: [email protected]
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problematizar social e geograficamente o lixo produzido em sua própria cidade, fazendo com que assim, se conscientizem do que ocasiona e pensem em diferentes formas de combater tal problema social. Os resultados obtidos induzem ao fato de que, no município de União da Vitória, principalmente em áreas adjacentes ao Rio Iguaçu e em outras áreas dos bairros São Cristóvão, São Braz e São Sebastião onde foi coletado o material fotográfico, o lixo é um problema bastante visível tanto no espaço quanto no modo de geração e descarte realizado pela população. Palavras-chave: Consumismo. Resíduos sólidos. Educação ambiental.
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Análise de memórias do caboclo e do General: Um olhar sobre a Guerra do Contestado
Fernanda Victória Epifanio
Cybelle Martins de Lara Cardozo 25
EPIFANIO, Fernanda Victória; CARDOZO, Cybelle Martins de Lara. Análise de memórias do caboclo e do General: um olhar sobre a Guerra do Contestado. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
A Guerra do Contestado foi um conflito armado ocorrido entre os estados de Santa Catarina e Paraná, com a participação do exército brasileiro contra caboclos pobres e religiosos organizados nos anos de 1912 a 1916. Trata-se de uma guerra civil em que o exército brasileiro foi chamado a intervir contra seu próprio povo a serviço de interesses de empresas norte-americanas como a Brazil Railway Company e a Southern Brazil Lumber and Colonization, ambas pertencentes ao megaempresário norte-americano, Percival Farquar, o mesmo que construiu a ferrovia Madeira-Mamoré. É importante ressaltar que, em números de mortos a Guerra do Contestado assemelha-se a de Canudos, mesmo assim uma ainda é mais conhecida que a outra, principalmente devido a escrita do reconhecido romance “Os Sertões” de Euclides da Cunha. Nesse sentido, nossa pesquisa busca em fontes primárias observar o discurso feito pelo exército brasileiro em contraposição ao que contam os caboclos da região, pois assim poderemos melhor observar o que era discurso de guerra e o que foi realmente registrado sobre este conflito tão traumático para a região. Para isso, definiu-se como trajeto de pesquisa, contrapor o discurso do General Vieira da Rosa, testemunha ocular da guerra, participante de importante expedição de extermínio dos revoltosos com o dos caboclos da região do Contestado. A ideia é fazer isso para demonstrar como a mesma guerra pode ter visões diferentes dependendo do ponto de vista e do lado de quem conta a história. Desejamos também com esta pesquisa, identificar quais adjetivos são utilizados pelos dois lados envolvidos para palavras tão relevantes quando tratamos de tal episódio: O caboclo, o soldado e a Guerra do Contestado. Ao fim, com este estudo, buscar-se-á demonstrar a relevância da análise do discurso para compreender e mapear ideologicamente as memórias escritas e faladas de um conflito tão dramático para nossa região do Contestado. Palavras - chave: Análise do discurso. Guerra do Contestado. Memórias.
25 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientadora da pesquisa. E-mail: [email protected]
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Discurso do Jornal O Globo sobre a Petrobras
Graciella Caliandra Melnik João Vitor Lino Bugenski
Cybelle Martins de Lara Cardozo 26
MELNIK, Graciella Caliandra; BUGENSKI, João Vitor Lino; CARDOZO, Cybelle Martins de Lara. Discurso do Jornal O Globo sobre a Petrobras. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
A Petrobras, Petróleo Brasileiro. S.A, é uma empresa brasileira de capital aberto, cujo acionista majoritário é o Governo do Brasil. Assim sendo, é uma empresa de capital misto operando em 25 países no segmento de energia: exploração, refino, comercialização, produção e transporte de petróleo, gás e derivados. Criada em 3 de outubro de 1953 pelo presidente Getúlio Vargas, a estatal sempre teve uma relação turbulenta com a mídia que, em todas as suas épocas parece demonstrar uma descrença na capacidade brasileira de gerir e modernizar sua produção petrolífera. No que tange ao petróleo, trata-se de uma área de grande interesse estratégico para todos os países e, assim sendo, frequentemente fonte de grandes disputas geopolíticas nacionais e internacionais desde sempre. Nesse sentido, buscamos em nossa pesquisa mapear as reportagens do Jornal “O Globo”, desde 1953, ano da sua criação, buscando observar como a mídia influencia no debate público sobre as questões de seu interesse a respeito deste assunto energético para o país, já que além de tudo, a mídia é uma empresa privada, e, sendo assim, com interesses também privados. Nosso objetivo, ao realizar esta análise, é contrapor o discurso feito pela imprensa ao discurso oficial da empresa sobre suas conquistas, pois assim poderemos responder às seguintes perguntas: O que a mídia quer com esta narrativa? Qual a imagem da empresa que se busca construir? Quem seria diretamente beneficiado pelo que o jornal “O Globo” solicita dos sucessivos governos a respeito da empresa? Para isso, apresentaremos uma linha do tempo com reportagens sobre a empresa desde a sua criação, até chegarmos ao início da operação lava-jato que diz investigar o maior esquema de corrupção encontrado dentro da mesma. Com esta pesquisa, buscamos colaborar para a análise do discurso da imprensa para assim, compreendermos sua posição política a respeito da necessidade ou não de termos soberania na exploração do petróleo e gás. Palavras - chave: Análise do discurso. Petrobras. Mídia.
26 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientadora da pesquisa. E-mail: [email protected]
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Mais que um problema socioambiental, uma realidade de vida!
Thiago Yves Silveira Wagner Mariana Aparecida Kuryluk
Patricia Baliski 27
WAGNER, Thiago Yves Silveira; KURYLUK, Mariana Aparecida; BALISKI, Patrícia. Mais que um problema socioambiental, uma realidade de vida! In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
Diariamente nos deparamos com diversos problemas socioambientais urbanos que afetam a qualidade de nossas vidas. Exemplos desses são pavimentação inadequada, iluminação pública ineficiente, saneamento básico insatisfatório, entre muitos outros. Muitas vezes por justamente tornarem-se cotidianos passam despercebidos por todos nós, por isso, dada sua relevância, foram abordados no presente trabalho . Assim, o objetivo principal do projeto foi criar um sistema organizado de informações, dados, fotos, gráficos e catálogo dos problemas socioambientais urbanos em Porto União e União da Vitória, a partir da percepção de parte de sua população. Dado o objetivo, nossa primeira medida foi criar um mapa com base em análises feitas a partir de mapas construídos por alunos do 1° ano do curso de Técnico Integrado em Informática do IFPR - Campus União da Vitória, por meio da metodologia da cartografia da ação social. Dessa forma, pudemos observar a abrangência de tais questões, pois nesses mapas os alunos tinham o objetivo de realmente demonstrar como tais problemas estão presentes em suas vidas, sendo que pudemos constatar as suas percepções sobre o tema. A partir disso catalogamos tais mapas, para quantificar os problemas socioambientais de forma organizada, e em seguida, organizá-los em uma tabela. Logo após, iniciamos o estudo de forma minuciosa dos mapas, identificando a localização geográfica dos problemas com o objetivo de desenvolver um único mapa online para registrar onde eles se encontram. Para corroborar o levantamento realizado, buscamos informações e dados sobre tais aspectos socioambientais e urbanos nas prefeituras e nos órgãos responsáveis (Copel, Sanepar, setores de obras e ambiental das prefeituras) por tais áreas nos municípios de União da Vitória e Porto União. Além disso, construímos também gráficos em que se representou a quantidade de problemas socioambientais identificados que diminuem a qualidade de vida da população para ambos os municípios e também para seus respectivos bairros. Dessa forma, União da Vitória é o município com maior número de registros, 41, e Porto União, com 23. Os bairros com maior número de problemas foram: Rocio, em União da Vitória e Pintado, em Porto União. E também os problemas urbanos mais observados para ambos os municípios e bairros foram saneamento básico insatisfatório, pavimentação inadequada, iluminação pública
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ineficiente, áreas de inundação, alagamento, enxurrada ou enchente e inexistência de arborização. Destaca-se que a consulta de dados nas prefeituras de ambos os municípios fortaleceu o resultado apresentado pelo mapa, pois justamente os problemas mais evidentes na pesquisa são os que as prefeituras mais estão com metas para investir, pois ainda há problemas em tais áreas. Temos ainda o objetivo de que nossos esforços possam ser utilizados para criar uma via de mão dupla entre cidadãos que possam registrar suas percepções sobre os problemas socioambientais, e também para que o poder público possa procurar soluções para os mesmos, a partir do mapa confeccionado pela pesquisa. Palavras-Chave: Problemas socioambientais urbanos. Cartografia. União da Vitória. Porto União.
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Terremotos: causas e efeitos
Letícia Bianca dos Passos Patrícia Baliski 28
PASSOS, Letícia Bianca dos; BALISKI, Patrícia. Terremotos: causas e efeitos. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. Os terremotos ou abalos sísmicos provocam muitas vezes mudanças na paisagem como também destruições e, em alguns casos, até mortos e feridos. Outras consequências são os tsunamis que além da devastação que ocasionam podem levar a um leve encurtamento do dia em 1,6 microssegundos. Para tanto, é de suma importância o estudo desses fenômenos, e sua compreensão torna possível desde investigar o interior da Terra até projetar sistemas de alarme de terremotos que podem salvar milhares de vidas. Dada a importância do tema, o presente trabalho objetiva principalmente destacar como ocorrem os terremotos e porque acontecem em pequena escala no Brasil, pois muitas pessoas acreditam que estamos livres deste fenômeno. A metodologia deste trabalho baseia-se em pesquisas bibliográficas e fatos ocorridos com base em livros, sites e artigos. Dessa forma, os terremotos são enormes liberações de energia que ocorrem onde grandes blocos de rocha quebram ao longo da superfície aproximadamente plana, chamadas de falhas geológicas. A grande energia liberada se propaga em ondas, denominadas ondas sísmicas. O ponto onde se gerou a ruptura se chama hipocentro, ou seja, é o ponto de origem ou foco da placa que está sob pressão. Já o epicentro é a projeção das ondas na superfície. Os limites das placas são de três tipos: divergente (se afastam), convergente (colidem) e transformante (uma placa desliza paralelamente a outra). As regiões mais vulneráveis aos terremotos estão próximas às interfaces das placas tectônicas. Dentre os países da América do Sul, o Peru, o Chile e o Equador são os que mais sofrem com a ocorrência de terremotos, pois estão próximos a uma região onde duas placas tectônicas se encontram. O Brasil está situado na parte central da placa Sul-Americana, onde ocorrem pequenos terremotos que têm origem nos desgastes na placa tectônica, causando falhas, as quais existem em todo o território brasileiro gerando terremotos de pequena magnitude, a maioria imperceptível. Podemos citar o exemplo do terremoto em Porto dos Gaúchos no Mato Grosso (1955), o maior registrado, com 6,2 graus na escala Richter. A primeira morte ocorrida no Brasil foi em Itacarambi – Minas Gerais (2007), com a escala de 4,9 graus. Ao todo foram 7 terremotos de maior importância registrados no Brasil: Mato Grosso (1955); Espírito Santo (1955); Rio Grande do Norte (1980); Pacajus- Ceará (1980); Itacarambi - Minas Gerais (2007); divisa entre Acre e Amazonas (2007); e, em São Paulo (2008), onde o tremor refletiu nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
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Outros desastres mundialmente conhecidos são o do Haiti em 2010 e do Japão em 2011. O maior terremoto registrado ocorreu no Sul do Chile (1960), com um tremor de 9,5 graus, causando a morte de 5.700 pessoas. Conclui-se que é de grande importância estudos como este, pois compreendemos melhor a magnitude desse fenômeno naturalmente raro, mas que pode ocorrer a qualquer momento. Dessa forma, difundir o conhecimento sobre os terremotos nos auxilia para que saibamos nos proteger quando ocorrem, bem como nos capacitemos para construir edifícios mais imunes a esses abalos. Palavras-chave: Terremotos. Placas tectônicas. Brasil.
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As esquinas da desigualdade: um estudo sobre a concentração de renda no Vale do Iguaçu
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BUGENSKI, João Vitor Lino; GREGÓRIO, Vitor Marcos. As esquinas da desigualdade: um estudo sobre a concentração de renda no Vale do Iguaçu. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
Pobreza. Esta pesquisa tem como objeto de pesquisa essa palavra em sua relação com as cidades gêmeas do Iguaçu - Porto União (SC) e União da Vitória (PR), analisando-a sob o ponto de vista de uma abordagem social na qual dúvidas e lágrimas se mesclam a um sentimento de curiosidade. Cidades nas quais 56% de suas riquezas estão concentradas nas mãos de poderosos empresários, enquanto uma numerosa população de baixa renda clama por mais oportunidades de melhoria em suas vidas. O objetivo dessa pesquisa é problematizar uma questão social, formular boas perguntas e apresentar hipóteses audaciosas através da apresentação de dados estatísticos obtidos, sobretudo, a partir do recenseamento nacional realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Não pretendo com este trabalho comover ninguém, mas convidar a todos para que reflitamos sobre a situação de nossos irmãos de pátria, uma vez que a iniciativa da mudança deve partir de todos nós. Precisamos ser corajosos e sonhar novos horizontes com respeito a essa situação, e tendo este objetivo em mente espero contribuir humildemente para fornecer a base sobre a qual possa ser iniciada a construção de uma nova sociedade, mais igualitária. O principal enfoque deste trabalho não está colocado sobre a crítica gratuita e sem fundamento de algo ou alguém, mas sobre o esforço necessário para a remoção de uma espécie de camada de poeira que paira sobre o conhecimento da desigualdade social existente em nossas cidades, sobre suas causas e consequências. Com anseio de contribuir com a reforma dessa situação, e visando a auxiliar de algum modo na melhoria das condições de vida destes cidadãos que constituem a matéria prima fundamental dos elevados índices de pobreza verificados em nossas cidades, busco respostas a indagações como as seguintes: como pode duas cidades tão pequenas possuírem níveis tão elevados de pobreza? O que teria influenciado esses índices para que se tornassem superiores, sob um ponto de vista relativo, aos verificados na maior capital do país, São Paulo, por exemplo? Se nada for feito para alterar esta situação, como será – ou continuará sendo – a vida dessas pessoas, daqui para a frente? Obtidas por meio da análise de gráficos construídos a partir dos dados estatísticos fornecidos por órgãos oficiais do
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Estado brasileiro, cada nova informação traz consigo inquietantes revelações e um desejo cada vez maior de mudança. Os projetos de um arquiteto, as grandes revoluções, as cartas de alforria, tudo enfim, começa em um pequeno pedaço de papel. E com um sentimento de desejo pela busca do conhecimento, também início minha pesquisa neste pequeno pedaço de papel, me comprometendo com a conclusão desta jornada até que eu possa encontrar respostas pelas quais tanto anseio. Palavras-chave: Pobreza. Mudança. Melhorias. Conhecimento. Reflexão.
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Identidade em ruínas: uma questão de preservação
Aline Bueno 30
Vitor Marcos Gregório 31
BUENO, Aline; GREGÓRIO, Vitor Marcos. Identidade em ruínas: uma questão de preservação. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
A identidade de uma cidade pode ser percebida a partir de seus patrimônios históricos, costumes e memórias. Para que uma identidade sobreviva, a história é um meio de grande valia pois através dela conseguimos perceber a importância de preservar bens que à primeira vista parecem sem valor. Em uma região na qual não há história preservada, seus monumentos acabam ficando desprotegidos, provocando a perda de personalidade por parte das cidades que os hospedam. Processo tanto mais nocivo porque seguido da perda de interesse dos próprios moradores por sua trajetória histórica, levando à desvalorização de sua bagagem cultural e à perda de oportunidades políticas e econômicas a ela vinculadas. Infelizmente isso acontece com frequência nas cidades de União da Vitória, Porto União e seu entorno. A região contém uma grande riqueza histórica principalmente na área ferroviária: Porto União da Vitória já foi ponto de entroncamento ferroviário, o que fez a região se desenvolver e abrigar fatos de grande importância - como a passagem de Getúlio Vargas e outras personalidades por suas estações. Histórias interessantes e de grande importância para todo o país permanecem, assim, desconhecidas: muitos creem que aqui não existe nada de importante que mereça ser preservado. Uma solução para essa questão é o incentivo à preservação dos monumentos históricos da região, como um meio de buscar resgatar a importância de sua história. O objeto central desta pesquisa é o trecho da chamada Ferrovia do Contestado localizado entre as estações União e Matos Costa, com o objetivo de ressaltar a importância de seu restauro e conservação, uma vez que seus trilhos e estações estão em péssimo estado e, caso deixem de existir, levarão com eles toda a história que envolve o nascimento e desenvolvimento das cidades a que pertencem. Para que isso aconteça a ferramenta jurídica do tombamento pode ser um instrumento de grande relevância, uma vez que consiste em uma lei segundo a qual bens de importância histórica, cultural ou artística devem ser preservados em suas características originais. Deste modo, as estações que estão abandonadas ou mal utilizadas serão restauradas e podem virar um local de convívio social; os trilhos deteriorados poderão ser reformados e receber composições destinadas à realização de viagens turísticas; a população será
30 Bolsista PIBIC-JR - Programa de iniciação científica Júnior. Fonte financiadora: Capes. 31 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientador da pesquisa. E-mail: [email protected]
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beneficiada e sua história será preservada. A consecução desses objetivos constituem um primeiro passo para que os moradores de nossas cidades passem a valorizar sua história, baseando nisto a melhora de sua autoestima e a construção de um futuro mais promissor não apenas para si mesmos mas também para seus filhos e netos. Palavras-chave: Identidade. Ferrovia. Estações. Memória. Tombamento.
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Porto União da Vitória sob as águas: um mergulho na História
Arthur Pfeng Vitor Marcos Gregório 32
PFENG, Arthur; GREGÓRIO, Vitor Marcos. Porto União da Vitória sob as águas: um mergulho na história. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. Nas cidades de Porto União e União da Vitória a abordagem do tema enchentes não é incomum, pois trata-se de um mal com o qual elas convivem desde suas criações. De fato, nas últimas décadas foram várias as que chegaram à região: algumas menores que não causaram danos maiores; outras, contudo, quase destruíram ambas as cidades por completo. Tendo este histórico em mente, nesse trabalho pretendo apresentar a história da maior enchente já registrada nas Gêmeas do Iguaçu: a ocorrida em 1983. Nesta ocasião, cerca de 70% das duas cidades ficaram submersas, tendo o rio Iguaçu alcançado 10,42m de profundidade. O fenômeno foi causado por 22 dias de chuva intensa, correspondendo a precipitação referente a apenas um mês daquele ano (julho de 1983) ao valor que seria esperado de seis meses de chuvas (algo em torno de 800mm). Famílias perderam suas casas, outras tantas ficaram completamente isoladas sem luz, comida ou água potável. A muitos parecia que o fim do mundo - ou pelo menos o fim das cidades gêmeas – havia chegado. Como ocorrera durante a Guerra do Contestado (1912-1916), muitos fugiam levando suas famílias para longe da cidade e do rio outrora vizinho amistoso, agora tornado cruel destruidor. Trata-se da maior tragédia enfrentada pela região desde o conflito caboclo ocorrido no início do século XX. A enchente, então, passou. E com o tempo a cidade voltou ao seu ritmo normal, criando-se a partir daquele momento um sentimento de que novas cheias da mesma magnitude pudessem ocorrer. Receio que, contudo, não levou à adoção de medidas que prevenissem a repetição da destruição então vivenciada. E sem essa prevenção chegou o ano de 1992, no qual novamente o grande Iguaçu despertou para mostrar o seu poder. E, mais recentemente, o fato se repetiu em 2014, também com grandes estragos. A metodologia adotada para este trabalho baseia-se no levantamento bibliográfico em sites de internet, jornais e álbuns de fotos históricas. O material coligido na internet serviu como base para o trabalho, a partir da qual iniciou-se um exercício de “mergulho intelectual” nos detalhes sobre a enchente, através da pesquisa de fotos e livros sobre o tema. Com isto pretende-se relembrar uma das maiores catástrofes já acontecidas em nossa região, com o objetivo de chamar a atenção para o fato de que este acontecimento faz parte da nossa história e de que devemos conhecer mais a trajetória de nossas cidades. Ao mesmo tempo, pretende-se fazer um alerta para o fato de que, mesmo com
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tantos investimentos realizados pelo poder público nas áreas atingidas pelas cheias, as coisas não mudaram tanto quanto seria desejável, tornando imprescindível a conscientização para a necessidade da busca por uma melhor prevenção contra este fenômeno natural que, de tempos em tempos, chega às nossas cidades e destrói casas, lojas e tudo que as águas encontram pela frente.
Palavras-chave: Rio Iguaçu. 1983. Enchente. Gêmeas do Iguaçu. Destruição.
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Um grito de socorro! A saga dos refugiados em sua nova vida no Brasil
Amanda Gelinski Loures das Chagas Vitor Marcos Gregório 33
CHAGAS, Amanda Gelinski Loures das; GREGÓRIO, Vitor Marcos. Um grito de socorro! A saga dos refugiados em sua nova vida no Brasil. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
Refugiados. Quem são estas pessoas? Por que fogem? Sofrem? Perguntas que muitas pessoas fazem dia após dia, geralmente após cruzarem com estas pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, apenas para logo em seguida deixá-las de lado, esquecendo-se delas e seguindo seu caminho sem maiores preocupações, pois para a maioria este assunto simplesmente não possui grande importância quando comparado com os afazeres de seu cotidiano. Notícias variadas sobre este tema estão sendo veiculadas na mídia com grande frequência, nem sempre relatando, contudo, todos os aspectos importantes da questão. Esta é a principal razão pela qual decidi realizar esta pesquisa, na qual tenho por objetivo entender melhor todos os ângulos da questão que envolve os refugiados e sua vinda para o Brasil. Primeiramente foi realizado um levantamento de fontes que incluiu vídeos, documentários e notícias atuais, através dos quais foi possível descobrir que os refugiados são pessoas que fugiram de guerras, rebeliões, atentados terroristas e desastres naturais que destruíram as regiões nas quais viviam, buscando auxílio em países que lhes possibilitem recomeçar suas vidas com mais segurança e qualidade de vida mais digna. Na busca por uma segunda chance, essas pessoas muitas vezes se valem de métodos de transporte perigosos (tais quais barcos infláveis sem as mínimas condições de segurança, viagem em locais inapropriados de aviões, etc.) levando consigo toda a família constituída, comumente, por idosos, crianças e portadores de deficiências físicas. Deste modo entram em contato com doenças e obstáculos que dificultam ainda mais a chegada deles em algum dos países mais desenvolvidos. A metodologia utilizada para este trabalho foi a realização de pesquisas em sites na internet, além da realização de conversas com pessoas com conhecimento nesta área. Para além disso, assisti a documentários produzidos pela Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) e por outros órgãos oficiais de grande importância, os quais mostram a vida destas pessoas e os obstáculos por elas enfrentados. Pretendo, com isso, apresentar informações sobre vários lugares do mundo, sobre o modo de vida de seus habitantes, sobre as razões que os fazem abandonar seus lares, um pouco sobre o porquê de tantas guerras e conflitos nessas regiões. Deste modo, procuro entender o modo pelo qual estas pessoas conseguem se adaptar aos países que permitem a entrada em seu território, e também conscientizar as pessoas sobre a existência
33 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientador da pesquisa. E-mail: [email protected]
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de pessoas que tem uma vida de sofrimento e que precisam de ajuda. Muitas vezes não fazemos sequer ideia do quanto elas estão sofrendo, razão pela qual procurarei, através de exemplos práticos e teóricos, mostrar que temos como ajudar estas pessoas sempre com segurança e procurando os melhores e mais acessíveis métodos a todos, tornando, deste modo, o mundo um lugar cada vez melhor. Para que isso ocorra é necessário somente um pequeno esforço e alguma dedicação de cada um de nós, porque se ficarmos de braços cruzados nada será feito e os refugiados continuarão a sofrer, e isso seria injusto pois, afinal de contas, a culpa do que lhes aconteceu não é deles. Palavras- chave: Refugiados. Países. Guerras.
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Contadores de Histórias do IFPR Campus União da Vitória: posso ler para você?
Aline Cristiane Kosera Luzzi
Luana Milena Marques Vanessa Fernanda Glovacki Sabrina Marschalk Kaminski
Fábio Nazari Aline Bueno
Flávia Emily Bianchini Fernanda Victória Epifanio
Julien de Paula Arthur Pfeng
Kauana Gabriele Pereira Caroline Ribeiro da Silva
Andressa Emanueli Doopiat Tainã Hoffman
Taynara de Fátima Zatorski Mikael Posselt
Kamyla Gabrielle de Mattos Amanda de Loures Chagas
Letícia Skubizs Andréa Daniele Muller Mariano
Elisângela Mota Pires 34
LUZZI, Aline Cristiane Kosera. et al. Contadores de Histórias do IFPR Campus União da Vitória: posso ler para você? In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. No cenário atual, andar na rua e de repente ser abordado por adolescentes leitores não é tão comum. As tecnologias e tantas outras modernidades ocuparam espaços que estavam ociosos, pela falta do hábito da leitura, do incentivo dos pais e da própria leitura compartilhada entre pais e filhos e também nas escolas. Nestas nem se deve argumentar, infelizmente as bibliotecas escolares são geralmente depósitos de livros, nada atrativos e sem leituras e iniciativas que sejam agradáveis aos jovens. Assim, esses espaços ociosos são ocupados e a leitura vira uma coisa chata e sem graça. Na expectativa de possibilitar o reencontro dos estudantes com a leitura, a biblioteca do Instituto Federal do Paraná – IFPR Campus União da Vitória, propôs no dia 29 de outubro de 2015, data instituída pela Lei nº 5.191, de 13 de dezembro de 1966, como o Dia Nacional do Livro, uma ação de extensão
34 Bibliotecária-documentalista no Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientadora da pesquisa. E-mail: [email protected]
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inusitada. Os jovens invadiram as principais ruas do centro da cidade de União da Vitória/PR, trajados como contadores de histórias e partilharam suas leituras com a população transeunte. A iniciativa, parte de uma política institucional de incentivo à leitura, fez parte da I Semana do Livro e da Biblioteca promovida pelo IFPR Campus União da Vitória. A metodologia do trabalho consistiu na confecção de aventais com bolsos frontais identificados pelo logotipo do IFPR, onde eram armazenados minicontos, que como o próprio nome já diz, um tipo de conto muito pequeno. Os alunos foram orientados a respeito da importância do hábito da leitura e do poder de transformação que esta é capaz. Saíram em direção as principais ruas e praças da cidade, interpelando a população, ofereciam um pouco de seu tempo às pessoas que passavam pelas ruas, convidando-os a alguns instantes de leitura. Com a pergunta “Posso ler para você?”, os alunos levaram às pessoas da cidade, instantes de magia, encantamento e alegria, sentimentos estes que a leitura possibilita. O retorno recebido foi emocionante e empolgante, momentos únicos de contentamento. Palavras-chave: Incentivo à leitura. Jovens leitores. Minicontos. Dia Nacional do Livro. Semana do Livro e da Biblioteca.
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Análise da instituição das Políticas Institucionais de Informação e do registro no ROARMAP: um estudo dos Repositórios Institucionais brasileiros
Elisângela Mota Pires 35
PIRES, Elisangela Mota. Análise da instituição das Políticas Institucionais de Informação e registro no ROARMAP: um estudo dos repositórios institucionais brasileiros. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
O presente trabalho visa demonstrar os dados referentes aos repositórios institucionais (RIs), contemplados pelo edital chamada FINEP/PCAL/XBDB nº. 002/2009, sob o enfoque da constituição das políticas institucionais de informação e seus registros no ROARMAP - Registry of Open Access Repository Mandates and Policies . A comunicação científica envolve diversos processos para que seu objetivo seja alcançado. É constituído por um fluxo de produção, avaliação, comunicação e insumo para novas produções. A partir do desenvolvimento das Tecnologias da Informação e da Comunicação - TICs, novas ferramentas auxiliares neste processo foram implantadas. Os periódicos eletrônicos e os repositórios institucionais - RI constituem as duas vias possíveis de uma filosofia global, o movimento pelo Acesso Aberto ou Open Access. O emprego dos repositórios institucionais, como forma de ampliar a visibilidade, salvaguardar a produção e dar insumos para a produção de novos conhecimentos foi apontada pelos principais estudiosos da área como a principal solução para a comunicação científica a partir da crise dos periódicos na década de 1980, e também, o acesso ilimitado ao conhecimento produzido, particularmente, com financiamentos públicos. Os repositórios institucionais necessitam de políticas institucionais de informação que orientem quais as diretrizes a serem seguidas e consigam cumprir suas obrigações. Estas é que norteiam e auxiliam na gestão da ferramenta, na tomada de decisões e no fomento à quantidade e a qualidade dos depósitos nos RIs. Estas políticas que tornam os RIs viáveis e sustentáveis a longo prazo . O método científico empregado nesta pesquisa consistiu na observação sistemática, analisando o registro das políticas institucionais de informação nos repositórios contemplados e/ou através da ferramenta de buscas na Internet Google e o registro das respectivas políticas no ROARMAP. Quanto às suas classificações, é uma pesquisa de natureza básica. Quanto à abordagem do problema é uma pesquisa quantitativa, do ponto de vista dos objetivos e procedimentos técnicos trata-se de um levantamento descritivo. Dos resultados obtidos, verificou-se nos Ris analisados que do universo da pesquisa de 33 instituições analisadas, apenas 48% instituíram e disponibilizaram suas políticas institucionais de informação. No universo pesquisado apenas 10 instituições efetuaram o registro das políticas
35 Bibliotecária-documentalista no Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. E-mail: [email protected]
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no ROARMAP. A falta da instituição dessas políticas de informação e a efetivação de seus registros publicamente, implica no povoamento, na quantidade e qualidade dos depósitos nos repositórios institucionais. E também na visibilidade da ferramenta que assegura a preservação do conhecimento produzido dentro das instituições de ensino e pesquisa, fomenta novas pesquisas e dá visibilidade à produção científica nacional, financiada com recursos públicos. A ausência destas políticas institucionais e de uma política nacional de acesso aberto denota falta de engajamento da comunidade científica brasileira.
Palavras-chave: Repositórios institucionais. Política Institucional de informação. ROARMAP.
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Formação Pedagógica: conhecendo a proposta do IFPR
Andréa Daniele Muller Mariano 36
MARIANO, Andréa Daniele Muller. Formação pedagógica: conhecendo a proposta do IFPR. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. O presente trabalho constitui-se em uma ação de extensão, organizada em forma de curso, como uma ação pedagógica de formação continuada destinada aos servidores (docentes e TAEs) do Campus União da Vitória e outros trabalhadores em educação oriundos de instituições educativas que ofertam educação profissional do município. A principal finalidade do curso foi proporcionar a ampliação de conhecimentos e discussão acerca da temática da Educação Profissional e Tecnológica, que é elemento central no âmbito de atuação do IFPR, buscando promover a capacitação e o aperfeiçoamento da equipe de trabalho do campus e demais trabalhadores da educação de outras instituições, permitindo que a sua atuação esteja alinhada a função social do IFPR, considerando as necessidades educacionais da população atendida. O curso foi desenvolvido por meio da realização de encontros presenciais com periodicidade ajustada as condições dos participantes e também atividades não presenciais para leituras antecipadas de textos e materiais selecionados para os encontros. A abordagem metodológica utilizada buscou contextualizar e problematizar as temáticas estudadas, primando pela articulação entre teoria e prática. A formação realizada buscou a reflexão, problematização, estudo e discussão dos principais aspectos acerca da relevância da rede federal de educação profissional e tecnológica no cenário da educação brasileira e sua expansão; as configurações da educação profissional na década de 1990; os impactos da reestruturação produtiva e acumulação flexível; as configurações da educação profissional no Governo Lula; as disputas e contradições em torno do texto inicial das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio oriundo do Conselho Nacional de Educação; além da análise de dados e indicadores sobre educação profissional no Paraná. Também buscou ampliar a discussão acerca do Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (EMI), concepção e materialização, além de possibilitar a problematização dessa forma de oferta no IFPR e outras instituições, bem como no Campus União da Vitória. A amplitude das discussões gerou a necessidade de discutir, inclusive, aspectos como a inclusão educacional e uma breve reflexão acerca do processo de ensino-aprendizagem na perspectiva inclusiva. A formação voltada para a temática da educação profissional, direcionada para a reflexão e entendimento da proposta dos institutos federais de educação mostrou-se relevante, considerando o contexto de recente criação do Campus
36 Pedagoga no Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. E-mail: [email protected]
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União da Vitória e, desse modo, composição da equipe de profissionais, e a necessidade de aproximação com a comunidade. A experiência acumulada com a realização do curso, revelou o grande interesse dos participantes em discutir as temáticas propostas, conhecer a história, as políticas públicas e os programas na área de educação profissional, discutir o projeto de educação que está na base dos institutos federais de educação, bem como uma concepção de educação crítica, na perspectiva de uma formação integral.
Palavras-chave: Capacitação. Educação profissional e tecnológica. Ensino médio integrado.
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Música “verde”
Cleiton André Alves Gustavo Renato Reck
Marcos Alexandre Polzin Mayquel Anderson Baptista da Luz
Rafael Farias Richard William Carpes dos Santos
Rodrigo Cabral Celso Canteri 37
Carlos Augusto de Negreiros 38
Giciélen Beatriz Retcheski Vicente 39
ALVES, Cleiton André. et al. Música “verde”. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. Muitas têm sido, atualmente, as discussões em torno do tema “Sustentabilidade”. Umas dessas discussões, iniciadas há algumas décadas, diz respeito aos i mpactos da crise hídrica sobre os reservatórios das usinas hidrelétricas, aos efeitos ambientais e econômicos das termelétricas, à necessidade de diversificação da matriz energética e de investimentos em fontes alternativas (que não afetem prejudicialmente o meio ambiente). Outra discussão ainda atualíssima toca no problema (que já está se tornando crônico) do desmatamento da Floresta Amazônica. Numa terceira linha de frente, o problema da poluição, com a consequente geração de lixo e seu devido tratamento, tem sido tema constante das pautas governamentais nos níveis municipal, estadual e federal. Nessa vertente, o problema da geração de lixo eletrônico tem se tornado mais sério nas últimas décadas, especialmente naqueles países em que o desenvolvimento de novas tecnologias e equipamentos tem sido possível mas também nos países escolhidos como “destinatários” do descarte do lixo eletrônico gerado em função de uma ideologia de consumo desenfreado. Por outro lado, nós, cidadãos, temos sido constantemente alertados sobre a necessidade cada vez mais premente de mudarmos nossa relação com o meio que nos cerca. Uso de produtos orgânicos e recicláveis, seleção e reciclagem de lixo, campanhas educativas nas escolas e nos meios de comunicação, consumo consciente, entre outras, são algumas das iniciativas que têm sido feitas no sentido de mantermos limpos e saudáveis a nossa rua, a nossa cidade, as nossas matas, o nosso planeta. Conscientizar os
37 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Orientador da pesquisa. E-mail: [email protected] 38 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Co-orientador da pesquisa. E-mail: [email protected] 39 Docente do Instituto Federal do Paraná Campus União da Vitória. Co-orientadora da pesquisa. E-mail: [email protected]
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alunos do Proeja do campus de União da Vitória do Instituto Federal do Paraná sobre os problemas ambientais tem sido um dos objetivos do seu corpo docente. Este, atuando de maneira interdisciplinar, propôs aos alunos aprofundarem a pesquisa sobre o problema ecológico e ambiental sob um triplo ponto de vista: estatístico, geográfico/sociológico e artístico, o que gerou pesquisas específicas determinadas e orientadas por professores de diferentes áreas. O presente trabalho objetiva mostrar aos leitores a pesquisa feita sobre o tema sob o ponto de vista artístico. Estiveram envolvidos nesta pesquisa os professores de Artes, Língua Portuguesa e Literatura e Sistemas de Informação. Os alunos nela envolvidos foram desafiados a pesquisar canções da música popular brasileira que tratassem do tema ecológico/ambiental. Metodologicamente o trabalho guiou-se por uma garimpagem dessas músicas utilizando-se dos computadores do laboratório de informática do nosso campus e de computadores pessoais. Cronologicamente, optou-se por uma pesquisa que abrangesse as décadas de 1970, 1980, 1990 e os anos 2000. Procurou-se levantar o que de mais significativo se produziu na música popular brasileira nesse período relacionado ao meio ambiente e preservação da natureza. As canções cujas letras reproduzimos em banner (e que poderão também ser acompanhadas em vídeos) são exemplos do tratamento dado por diversos artistas ao tema nos últimos quarenta anos. O desejo dos produtores deste trabalho é que possamos nos conscientizar da importância de preservarmos o meio ambiente e lançarmos mão de práticas “limpas” e “verdes”. Só assim poderemos preservar tudo de belo e de bom que a Natureza nos proporciona. Palavras-chave: Meio ambiente. Lixo. Sustentabilidade. Arte. Música.
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Uns novos poetas
Ana Vitória Kozan Kiedes Eduardo Ramires de Castilho
Thiago Ramos de Oliveira Carlos Augusto de Negreiros 40
KIEDES, Ana Vitória Kozan. et al. Uns novos poetas. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. Um dos desafios dos professores de Língua Portuguesa e Literatura é incentivar seus alunos a tornarem-se íntimos dos textos literários e usufruírem as riquezas que ele proporciona tanto na leitura quanto no processo de criação. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo apresentar resultados preliminares obtidos por três alunos do Ensino Médio Integrado do Instituto Federal do Paraná, campus União da Vitória, em seu processo de criação de textos poéticos. Instigados pela beleza de alguns poemas lidos e comentados em sala de aula, alguns alunos se dispuseram a expor ao mundo seus sentimentos mediante esse gênero textual. Metodologicamente, a maneira de fazerem isso foi por intermédio de “oficinas de poemas”. Nestas, em alguns encontros semanais realizados nos meses de junho, julho e agosto de 2016, eles puderam participar do processo de criação literária e exercitar suas habilidades poéticas. As oficinas tiveram um caráter absolutamente informal e nelas teve-se oportunidade de trabalhar recursos poéticos como a rima, a assonância, a aliteração, as figuras de linguagem, o paralelismo sintático, a sinonímia, o ritmo, o verso livre, entre outros, além da leitura de poemas de poetas consagrados, brasileiros e estrangeiros. Os poemas que são apresentados aqui têm a marca da originalidade desses novos escritores. Apesar de alguns ajustes feitos pelo professor nos textos dos alunos durante as oficinas, o estilo e a visão do mundo de cada um deles foram respeitados. Certamente esses textos ainda serão retrabalhados visando a adequações estilísticas, formais e conceituais da palavra escrita até atingirem sua forma definitiva. Nos textos de Ana Kozan explicita-se a temática amorosa. A jovem poetisa mostra-se, às vezes, uma verdadeira conselheira sentimental; preza o poema rimado. Eduardo Castilho traz a marca da maturidade de olhar a vida com olhos tão jovens. Seus textos são repletos de humanidade e formalmente denotam a ausência de rimas. Os textos de Thiago Ramos beiram o pessimismo e o olhar filosófico para a vida fica evidente. Assim como Eduardo Castilho, seus poemas não trazem métrica regular e o verso é mais livre. Para esses alunos tem sido um desafio enorme revelar, na transfiguração que a poesia permite, o olhar que eles têm da realidade que os circunda. Que o leitor possa se deliciar com a leitura dos
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textos dessa nova safra de poetas e poetisas que o IFPR está permitindo despontar! Palavras-chave: Literatura. Oficina. Poesia. Poema.
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“Cinema”: Arte que transmite vida através dos tempos
Eduardo Ramires de Castilho Kathleen Priscila de Souza
Giciélen Beatriz Retcheski Vicente 41
CASTILHO, Eduardo Ramires de; SOUZA, Kathleen Priscila de; VICENTE, Giciélen Beatriz Retcheski. “Cinema”: arte que transmite vida através dos tempos. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. Como surgiu o cinema? Quem o inventou? Que equipamentos foram utilizados para a reprodução das imagens? O que é cinema de animação? Essas são algumas das perguntas mais frequentes realizadas pelos amantes da arte cinematográfica, porém, nem todos têm a oportunidade de desenvolver um estudo meticuloso sobre o tema. Sendo assim, este trabalho intitulado “ CINEMA”: Arte que transmite vida através dos tempos, tem por objetivo oportunizar aos leitores e ouvintes do mesmo, um maior contato com a Sétima Arte, bem como, a sua história, equipamentos e técnicas. Metodologicamente o trabalho guiou-se por uma busca das informações utilizando-se de livros e dos computadores pessoais, optou-se por uma pesquisa que abrangesse o início do cinema até a atualidade.Tudo começou em uma sala escura no final do século XIX, com a ideia de que se fossem colocadas várias fotos em sequência e lhes atribuísse movimento verias uma imagem em ação. Seus idealizadores, foram Auguste e Louis Lumière, que inventaram o cinematógrafo em 28 de dezembro de 1895, na cidade de La Ciotat, localizada no sudeste da França. Com a tecnologia em mãos, produziram o seu primeiro vídeo, “ A chegada do trem na estação”. Foram de fundamental importância para que o cinema se inventasse mas não viam o vídeo como uma forma de contar histórias, pois faziam filmagens aleatórias. A ideia de se contar algo surgiu com o mágico francês George Mèliès, que introduziu efeitos especiais e novas técnicas aos vídeos. George Meliés e suas tecnologias e técnicas foram um grande passo dado rumo a evolução do que é o cinema como conhecemos hoje. Produziu cerca de 500 filmes, mas sendo o de maior prestígio “Viagem a lua”, lançado em 4 de outubro de 1902 onde apresentou a ficção científica, a aventura e a fantasia ao mundo do cinema. Alguns dos nomes que impulsionaram a evolução do cinema foram George Albert smith e David W. Griffth, que produziram grandes filmes em sua época. Outro, foi Charles Chaplin, considerado um gênio do cinema, que ao começar a produzir seus próprios filmes fez enorme sucesso. No início do século XX o cinema era inferiorizado. Os filmes eram em sua maioria cômicos e
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alguns tinham furor erótico. Essa visão começou a mudar quando surgiram as primeiras grandes salas de cinema e o mercado começou a ser mais competitivo e requisitado. Apesar da baixa na guerra, após o acontecido os 20’s foram a década de ouro de Hollywood, e o cinema se tornou a sétima arte. Surgiu neste período o cinema falado, premiações, grande manifestações na área de animação, entre outras coisas. Nos anos vindouros a evolução foi ainda maior. Os anos 80 obtiveram filmes que foram marcaram o uso dos efeitos especiais e da computação gráfica, precursora da febre da animação dos anos 90, tanto em 2D, como em 3D, com filmes como Toy Story, que marcou tanto por sua história, quanto por ter sido o primeiro filme a animar pessoas, pois o custo dos efeitos era mais caro para isso. Dos anos 90 até hoje, o mercado do cinema live action e o de animação, continua crescendo exponencialmente, por ser uma opção de lazer adorada por muitos. A área da animação é bem explorada nesse sentido. São métodos modernos empregados a cada detalhe do processo, mesmo que passe despercebido pelos olhos do espectador. Prova disso é o enorme sucesso da Disney Pixar, que ano após ano, desde 1937, com Branca de Neve e os Sete Anões, alimenta o lado infantil de gerações que adoram suas histórias e personagens, sejam eles completamente desenhados, pessoas reais ou a mistura dos dois. Isso é mágico, cinema é algo mágico, e surgiu para tal propósito: encantar e surpreender as pessoas com a arte do movimento. Palavras-chave: Cinema. Animação. Movimento.
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“Pé no Palco”: dança, música e teatro
Felipe Rodrigues Mikael Pietro Posselt
Giciélen Beatriz Retcheski Vicente 42
RODRIGUES, Felipe; POSSELT, Mikael Pietro; VICENTE, Giciélen Beatriz Retcheski. “Pé no Palco”: dança, música e teatro. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. Considerando a relevância de atividades integradoras artístico-culturais para os alunos do Ensino Médio, conforme prescreve a Resolução nº 2 de 30 de janeiro de 2012 que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, e a viabilidade da continuação das atividades com o grupo de teatro já constituído no campus no ano de 2015, optou-se por ampliar o trabalho e propor o presente projeto, incluindo também outras manifestações artísticas como a dança e a música, para oportunizar aos alunos do campus vivências artístico-culturais importantes na socialização, desinibição e desenvolvimento da criatividade, proporcionando assim, um espaço profícuo de produções artístico-culturais para serem apresentadas em eventos realizados no campus. Desta forma, o objetivo deste é p roporcionar aos estudantes do IFPR - Campus União da Vitória, a oportunidade de realizar atividades que aprimorem a socialização, criatividade, expressão oral e corporal, por meio das linguagens artísticas e do conhecimento cultural, o que pode contribuir para a participação em eventos e demais programações do campus através de espetáculos teatrais, apresentações musicais e de dança. Para atingir tal objetivo, os alunos, gradativamente, no contra turno e com o intermédio da orientadora, realizam pesquisas bibliográficas, participam das práticas artísticas propostas e discutem sobre as linguagens artísticas supracitadas. O Projeto “Pé no Palco” adota como metodologia o modelo de aulas coletivas e em diferentes ambientes, por entender que ele promove o despertar de habilidades de comunicação e interação, estimulando o desenvolvimento cognitivo, afetivo, sensorial e motor. Atualmente participam do projeto, que teve início em abril do corrente ano, 17 alunos voluntários e dois bolsistas do Programa de Bolsas Acadêmicas de Inclusão Social (PBIS) implantado pela Diretoria de Assuntos Estudantis e Atividades Especiais (DAES) da Pró-Reitoria de Ensino (PROENS) do IFPR. Até o momento os discentes realizaram pesquisas sobre a obra clássica “Romeu e Julieta” e suas diferentes versões, discorreram sobre William Shakespeare, desenvolveram a leitura oral e mental do texto teatral acima citado, analisando as cenas, trabalhando a percepção auditiva, e a entonação vocal. Apreciaram o filme “Romeu e Julieta” para a profundar
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conceitos sobre a linguagem cênica, perceber maiores possibilidades de expressão corporal, entender como o corpo é veículo de comunicação e expressão. Analisaram a cultura de diferentes povos em diferentes manifestações artísticas e os padrões vigentes na época. Esta pesquisa resultou em um debate e na produção de um estudo crítico comparativo, onde, alunos e orientador puderam explicitar seu ponto de vista e fazer uma análise meticulosa das formas de abordagens de um mesmo tema e seus diferentes públicos, alargando assim, os saberes relacionados à linguagem acometida. O benefício de se trabalhar desta forma é fomentar o sentimento de fazer parte de um grupo, com cada um cumprindo seu papel por um objetivo comum. O próprio aprendizado passa a ser mais valorizado, bem como a visão que o aluno passa a ter sobre a importância do conhecimento e do estudo. Espera-se que os alunos consigam desenvolver suas habilidades artísticas, obter um pensamento mais amplo sobre a arte e suas linguagens. Palavras-chave: Ensino. Arte. Cultura. Socialização.
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Pólvora, uma explosão artística
Vanessa Fernanda Glovacki Giciélen Beatriz Retcheski Vicente 43
GLOVACKI, Vanessa Fernanda; VICENTE, Giciélen Beatriz Retcheski. Pólvora, uma explosão artísitica. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. Esta pesquisa surgiu após o contato com as obras do artista chinês Cai Guo- Qiang, o qual utiliza a pólvora como um novo meio de expressão artística. Apreciando suas obras nasceram várias inquietações: a que nos referimos quando falamos em pólvora? Onde foi criada? Qual a sua finalidade? Como o artífice transformou este material em uma técnica artística? A partir deste ponto, e com o objetivo de sanar as dúvidas, informar a comunidade sobre o uso da pólvora como expressão artística e promover a sensibilização e reflexão sobre a arte e seus materiais, efetivou-se uma pesquisa em livros, periódicos e internet sobre o tema elencado. Após, foram realizados alguns experimentos com o material supracitado com a finalidade de contribuir ainda mais na exposição do tema. A pólvora, foi descoberta no século XIX por alquimistas chineses que tentavam criar uma fórmula para a imortalidade. Por volta do século X a pólvora começou a ser usada com propósitos militares na China, na forma de foguetes e bombas explosivas lançadas de catapultas. Ela pode ser classificada em: propelente (queima mais lentamente e constante, utilizada em munições) e explosiva (queima média e de alta velocidade, utilizada em fogos de artifício). A pólvora clássica, a primeira descoberta, é chamada de pólvora negra, já a sem fumaça foi uma grande evolução em relação à pólvora negra, pois é um material que não deixa tanto resíduo e não faz aquela enorme cortina de fumaça como à pólvora antiga. As experiências realizadas no âmbito da arte com este material iniciou com o artista chinês Cai Guo-Qiang, entre 1986 e 1995. Segundo relatos do artista, as explosões têm como objetivo estabelecer intercâmbio entre o universo do artista e do observador. Cada projeto tem um tema relacionado à cultura ou à história do local onde se realiza a criação das obras. O trabalho deste artesão consiste em distribuir a pólvora ao longo da superfície formando desenhos, depois de terminada a colocação do material, ele ateia fogo na obra resultando em uma criação artística. Diante deste contexto, torna-se necessária a divulgação de informações sobre a pólvora, procurando esclarecer aos observadores que a pólvora não é utilizada somente para a proliferação do mal, mas sim, como um meio de expressão artística. Palavras - chave: Arte. Pólvora. Experiência. Inovação
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El Chavo del Ocho – sem querer querendo: uma representação da infância latino-americana
Leonardo Iglesias Leripio Filho
Luana Kelly Schneider Luiz Gustavo Arndt Pivotto Maiara Carolina Gonçalves Ana Caroline Guimarães
Andréa Gruber Claudemiro Soares de Oliveira
Claudinei Zelavir Gastaldon Dolores Scphil
Igor Kravicz Jazinni Manoel Messias Pereira dos Santos
Manoela Stafi Lima Maria Eduarda Pivotto
Nelinho Kukla Nilton de Mattos
Patricia Luana Zamboni Thais Rosana de Jesus
Vinícius Gregorio Kusma Vivian Bialetzki Stafi
Mara Regina Gregorio Kusma 44
LERÍPIO FILHO, Leonardo Iglesias. et al. El chavo del ocho - sem querer querendo: uma representação da infância latino-americana. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016. Este trabalho apresenta um relato de experiência pedagógica vivenciada com alunos do curso FIC – Formação Incial e Continuada de Espanhol Básico do Campus União da Vitória, cujas aulas acontecem semanalmente. O mesmo refere-se à utilização de episódios do seriado El Chavo del Ocho como ferramenta pedagógica para o ensino da Língua Espanhola. A razão da escolha é que o seriado El Chavo del Ocho, conhecido como Chaves no Brasil, apresentado e reprisado em mais de 90 países, completa em 2016, quarenta e cinco anos de sua primeira exibição, coincidindo com a morte do ator Rubén Aguirre, o Professor Girafales. Buscou-se com este trabalho, além de aprender vocabulário e expressões na Língua Espanhola, conhecer o autor Roberto Bolaños e a motivação que o levou a criar sua principal personagem, El Chavo del Ocho. Além de buscar nesta personagem traços de representação da infância latino-americana e dos problemas sociais comumente vivenciados por ela.
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Possivelmente, a razão de tanto sucesso do seriado. Partindo do conhecimento prévio dos estudantes sobre as principais personagens e seus bordões, realizaram-se pesquisas sobre o seriado, com apresentação dos elementos encontrados através de apresentações orais dos grupos em sala de aula. Realizou-se, então, a leitura de El Diario del Chavo del Ocho em que Roberto Bolaños narra a experiência de quando conheceu em uma praça na Cidade do México, um garoto pobre que engraxava sapatos, adorava sanduíche de presunto e atendia pelo apelido Chavo que, em Espanhol praticado no México, quer dizer menino. Chavo usava um caderno sujo e rabiscado, em que anotava fatos de sua vida; uma espécie de diário. Após esquecê-lo na praça, Bolaños lê os registros e resolve criar uma personagem com o mesmo nome e características, além das outras personagens que convivem com El Chavo na vila e vivenciam juntos, problemas sociais diversos. Além de pesquisar sobre a biografia do autor e as personagens, buscou-se conhecer a razão porque no Brasil El Chavo del Ocho recebe o nome de Chaves. Compreendeu-se que não houve a tradução literal do termo para o Português, por haver variação linguística de nível vocabular, optou-se, assim, pelo uso de um apelido: Chaves por constituir-se, na cultura brasileira, fator de aproximação e familiaridade. Dedutivamente, concluiu-se que Bolaños produziu em El Chavo del Ocho, ainda que sem querer querendo, uma representação da infância latino-americana, permeada por problemas sociais diversos como a pobreza, a fome, a orfandade, o analfabetismo e os conflitos. Problemas comuns a toda sociedade latino-americana, porém, vivenciados com a inocência e ternura próprias da infância, além de uma boa dose de comicidade. Palavras- Chave: Aprendizagem. Língua Espanhola. El Chavo del Ocho. América Latina.
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Abordagem intercultural no ensino de línguas
Maria Eduarda Bortolini Arruda Nurian Heuko Carstens
Samuel Checozzi Claudinei Gastaldon
Mara Regina Gregório Kusma Silvana Gogolla de Mattos
Suelen Mattoso Aline Minski
Gabriel Pritzsche Marvin Ruckl
Luana Kelly Schneider Ederson Marcelino da Silva Jeniffer Fernanda Silveira
João Paulo Taraciuk Lucas Bryan Treuke
Valéria Karine Wisniewski Ana Alice Witiuk Wowcsuk
Alessandra Bernardes Bender 45
ARRUDA, Maria Eduarda Bortolini. et al. Abordagem intercultural no ensino de línguas. In: MOSTRA DE INOVAÇÃO, PESQUISA, ENSINO, EXTENSÃO E CULTURA, 2., 2016, União da Vitória. Anais… União da Vitória: IFPR, 2016.
O aprendizado de uma língua estrangeira, em especial a inglesa, ainda é tido por muitos como uma negação das raízes pessoais e uma suposta valorização do outro e do seu modo de expressão. Entretanto, a Abordagem Intercultural tem como objetivo propiciar que o conhecimento de outros modos de ver e compreender a realidade promova, também, uma reflexão sobre si próprio. A literatura referente a essa abordagem explicita a experiência enriquecedora que o aprendizado de uma língua estrangeira pode trazer: ao entrarmos em contato com uma nova cultura, relacionamos essa com a nossa própria, e formamos um terceiro tipo – mais abrangente, mais crítico e menos hegemônico. O presente projeto está sendo aplicado com o curso de Formação Inicial e Continuada de Inglês Intermediário, do Instituto Federal do Paraná, Campus União da Vitória. A metodologia tem envolvido a vivência, em sala de aula, de princípios da Abordagem Intercultural, por meio do reconhecimento da linguagem como ferramenta de contestação de empoderamento cultural. As atividades desenvolvidas até o momento versaram sobre a compreensão do conceito de interculturalidade; a superação de estereótipos nacionais; a discussão sobre a temática esportiva sob as perspectivas de gênero, diversidade, regionalidade,
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dentre outras; e o uso de estrangeirismos. Os resultados englobam, principalmente, uma maior capacidade de enxergar o mundo sob outras perspectivas – relativizando valores, crenças e comportamentos próprios, sem assumir que eles são os únicos possíveis e/ou corretos – e a adoção de uma atitude mais aberta ao diálogo entre culturas. Por meio dessa experiência, ainda em andamento, percebeu-se que a Abordagem Intercultural pode ser implementada por meio de técnicas simples, que proporcionem aos alunos momentos de reflexão sobre valores e significados implícitos no material utilizado e nas temáticas abordadas. A aula de língua estrangeira se transforma, assim, em um ambiente que não pretende fazer com que o aluno se esqueça de sua língua e cultura maternas, mas que aspira a um diálogo entre modos diferentes de se entender o mundo. Palavras-chave: Reflexão. Sala de aula. Relativização.
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