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Daniel Braga Fernandes Vieira REAN1MADOR DE MULLER NO TRANSPORTE LNTRA- HOSPITALAR DE PACIENTE CRlTICO. Urn estudo de caso no Hospital Getulio Vargas, em Teresina (PI) Monografia aprcscntada a Universidade Tuiuti do Parana como exigencia parcial para ccrtil1cm;ao no Curso de Especializ~l(;ao em Fisioterapia Cardio-respiratoria. Orientadora: Prof'. Ms. Ayrtes Ximcnes TERESINA (PI) 2005

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Daniel Braga Fernandes Vieira

REAN1MADOR DE MULLER NO TRANSPORTE LNTRA-

HOSPITALAR DE PACIENTE CRlTICO. Urn estudo de caso no

Hospital Getulio Vargas, em Teresina (PI)

Monografia aprcscntada a Universidade Tuiuti

do Parana como exigencia parcial para

ccrtil1cm;ao no Curso de Especializ~l(;ao em

Fisioterapia Cardio-respiratoria.

Orientadora: Prof'. Ms. Ayrtes Ximcnes

TERESINA (PI)

2005

wao lid naaa pennanente,

exs:etoa muaanra.

(Jferacfito, 501 a.C)

DEDICATORlA

Ao col ega Carlos Alberto Caelano Azeredo,

por ser um clemo cienlista e estimulador dos

trabalhos e pesquisas cientificas que

engrandecem a profissao de Fisioterapeuta.

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Raimundo Braga e Iranleide Fernandes Vieira.

que com muito csfon;o e dedica~ao me proporcionaram urna boa cducm;ao;

Aos colegas do Hospital Getulio Vargas, que possibilitaram a realiza~ao

desse Lrabalho;

A minha esposa Samara Karine, que ao meu lado furtalece cada dia;

Ao meu filho Francisco Franco, razao do meu viver e produzir;

A Prof!. Ayrtes Ximenes, que aiern de urna orientadora, foi em primeiro

lugar uma grande amiga e inccntivadora;

A Deus, por tcr me proporcionado muita saude, paz e disposic;ao para

reaJizar este trabalho.

RESUMO

o trans porte de pacientes intcmados em UTI pode apresentar algumascomplica~oes pulmonares que aumentam 0 risco de morbi-mortalidadc. A atuaryaoda Fisiotcrapia Respiraloria se consagrou oa terapcutica destes pacientes e, damcsma fonna, suas tecnicas e recursos, principaimentc, a ventilalf30 nao invasiva.o objetivo dcste eSludo foi camparar 0 cfcilo da utilizay30 do reanimador de Mullerem pacientes durante lranspOrle intra-hospitalar para a realiza9ao de exames. Foramconsiderados como amostra do estudo 9 transportes no perfedo de Janeiro a Julho de2005, no Hospital GctUlio Vargas, em Teresina (PI), sendo monitorizados osscguintes panimetros hemodinamicos e ventilatorios antes e depois do transporte:freqiiencia cardiaca, prcssao arterial media, freqiiencia rcspiratoria (Fr), modorcspiratorio, saturayao artcrial de oxigenio (Sa02), Fi02, assim como asintercorrcncias durante ° mesmo. Observou-se que, embora tcnha side registradovariayoes nas freqiiencias respiraloria e cardiaca, pressao arterial e satura~ao arterialde oxigenio, os pacientes submetidos ao Reanimador de Miiller aprcscntarampadroes de estabilidade durante 0 tmnsportc, cujo recurso utilizado foi capaz demanter valores dentro do espcrado.

Palavras-chave:

Fisioterapia respiratoria. Transporte Intra-hospitalar. Reanimador de Muller.

ABSTRACT

The transport of patients interned in UTI can present some pulmonarycomplications that increase the morbi-mortality risk. The performance of theRespiratory Fisioterapia if consecrated in the therapeutical onc of these patients and,in the same way, its techniques and resources, mainly, the not invasive ventilation.The objective of this study was to compare the eRect of the MUlier Reanimatorequipment in patients during intra-hospital transport for the accomplishment ofexaminations. 9 transports in the period between January and July of 2005, in theGetulio Hospital Vargas, in Teresina (PI), being monitorizados the followinghemodinamics and ventilometry, parameters before and aner the transport: cardiacfrequency, average arterial pressure, respiratory frequency (Fr), arterial saturation ofoxygen (Sa02), Fi02, as well as the intercorrencias during the same. It was observedthat, although he has been registered variations in the frequencies respiratory andcardiac, arterial pressure and arterial saturation of oxygen, the patients submitted tothe ReanimaLor of Muller had presented stability standards during the transport,whose used resource was capable to keep values of the waited onc inside.

Key-words:

Respiratory physiotherapy. Intra-Hospital Transport. Reanimator of Muller.

SUMARIO

IINTRODU<;:AO ... . 09

I. I Transporle de pacienles: contcxtualizac;ao historica ..

1.2 A inscn;iio do fisioterapcuta no transporte de pacicntes.

. 09

. 12

1.3 0 transporte Intra-Hospitalar ................................. 21

\.3.1 0 usa do reanimador de Muller no transporte lnlra-Hospitalar 24

2 MATERIAL E METODOS ....

5 REPERENCIAS BIBLlOGRAFlCAS

. 26

. 28

34

.............. 36

3 RESULTADOS .

4 CONCLUSAO ..

ANEXOS. . 38

1 INTRODUc;:Ao

o trans porte intra-hospitalar do doentc critico e urn procedimento

fTcqUente que reprcsenta urn risco adicional, devido it incapacidade de manter 0

mcsmo grau de vigiiancia, 0 mesma nlvel de intervenfYao e 0 mesma equipamenlo

especializado disponivei na Unidade de Terapia lntensiva. Por eSle motivQ deve ser

dada especial atcn~ao ao pessoal especializado, ao equipamento e tipo de

monitoriza~ao utilizados oeste tipo de transporte.

E importante razer a avalia.;ao do risco/beneficia e identificar os doentes

com risco de desenvolver complicac;:oes durante e apos 0 transporte.

Varios eSludos comprovam a prcscnc;:a de risco elcvado em pacientes criticos,

revelando uma incidencia de 6 a 70% de intercorrencias durante 0 trans porte intra-

hospitalar. Cerca de 8% destas sao situa.;oes agudas que amea.;am diretamente a

vida do doente, com neccssidadc de drogas vasoativas, b61us de fluidos e

reanima.;ao cardio-respirat6ria. No entanto, 0 transporte intra-hospitalar do docnte

critico e necessario para a realizac;ao de exames compiementares de diagn6stico e

e justificado, como demonstram alguns estudos, pelas modificac;oes terapeuticas

eretuadas nas 48 horas seguintes (MIR VIS ct aI., 1987; HURST et aI., 1997;

VALERO et aI., 1999).

Considerando a importancia deste tema, 0 presente estudo teve como

objetivo analisar a influencia do reanimador de Muller no transporte intra-

hospitaiar, bern como a avaliar os parametros ventilat6rios e hemodimlmicos do

doente critico, a influencia da modalidadc de suporte ventilat6rio c da presenc;a Oll

ausencia de intercoIT<!nciasnesses parametros.

10

1.1 Tnmsporte de pacientes: contextualiza~ao historiea

A assistencia e 0 lransporte de pessoas constituem urna preocupa~ao da

ray3 humana ja ha muitos sceulos. Urn dos exemplos que podemos citar a esse

respeito e a Parabola do Bom Samaritano, descrita por Jesus Cristo no livro de

Lucas, capitulo 10 e versfculo 25, onde urn homem ferido e atcndido e lransportado

ate um abrigo por um viajanle caridoso, natural da regiao de Samaria. De maneira

mais concreta, ja na IdadeMedia, nos chega a primeira descri9ao de urna

carruagem para transporte de reridos e enfermos, construfda pelos anglo-saxaos,

por volta de 900 d.C. 13 os nonnandos utilizaram liteiras conduzidas por homens

ou animais, destinada ao transporte de doentes, islO ocorrido por volta do ano de

1100 d.C. Em 1300 d.C. os ingleses ja usavam carruagens para transportar

pacientes.

Os romanos comec;aram a ter 0 primeiro exercito a possuir servic;o

medico militar organizado. Seus feridos eram transportados para barracas onde

recebiam 0 socorro necessario. Possufam hospitais fixos, destinados ao atendimento

de militares, gladiadores e atielas. Em 1461 ocorreu a primeira mencrao ao

tratamento de feridos por annas de fogo que consta da obra do cirurgiao militar

bavaro Henrich Von Polfs Peundt, que fez breve referencia a este tipo de paciente.

A ideia de transportar doenles ao mesmo tempo em que Ihes provia

cuidados iniciais, com a finalidade de manter a vida ate ehegar a urn hospital eom

maiores reeursos, roi de urn jovem frances, estudante de medieina, ehamado

Dominique Jean Lafrey, que viveu na epoca da Revoluc;ao Francesa e adquiriu

experiencia tralando de pessoas feridas por ocasiao das agitacroes populares que

eclodiram naquela epoca, par volta do ano de 1795, considerado 0 mais completo

cirurgiao, criando a primeira ambuhincia sobre rodas.

Tambem e digno de regist'ro, no final do seculo XIX, os feitos de um dos

grandcs names da medicina militar, Jean Franc;ois Percy, medico militar frances que

apcrfcic;oou a padiola ou maca tomando-a desmontavcl e mais leve.

11

o surgirnento do transporte aereo se deu no ano de 1870 na guerra

franco prussiana, sendo resgatados por halOes de aT 160 soldados reTiclos.

Nos pr6ximos cern aoos que se seguiram poueo houve de avan~o, sen do relatado

algo nn Guerra Civil Americana e na I guerra mundial por meio de voluntarios.

Ocorrendo a evoluc;ao da remoc;ao 3erea na IT guerra mundial, os feTiclos

cram transportaclos em avioes de carga, com 3 leitos de cada lado. Da mesma forma

que a guerra trouxe grande catastrofe para a humanidade, trouxe tambem varios

progressos nas ciencias medicas.

Urn avanc;o maior e definitivo em lennos de doutrina veio acontecer

somcnle na Guerra da COf(!ia, atraves do transportc de feTidos de guerra com 0 uso

de hclicopteros e posterionnente na Guerra do Vietna, onde se conseguiu uma

rapidez maior no alendimenlo, sendo conseguido 0 recorde de 16 minutos da frente

de batalha ate a sala de cirurgia do hospital. Porem verificou-se que iSlOnao era por

si s6 suficiente para reduzir 0 numero de mortes c seqUelas. Com islo foi utilizado

pessoal nao medico treinado em emergencias onde conseguiu uma diminui~ao em

50% no numero de morte e de 70% no numcro de seqUelas. Com 0 tennino da

guerra, 0 pessoal empregado durante aqueJe contlito foi empenhado na "guerra das

ruas", onde 0 numero de mortes por ana supcrava, e ainda hojc supera, em muito 0

numero de mortes em toda a guerra do Vietna.

Com iSlO0 pcssoaJ treinado nao medico foi aproveitado e em 1973 foi

criando Iegalmcmc 0 Emergency Medical Service (EMS), sistema similar, utilizando

tambem pessoal nao medico treinado. Hoje e utilizado em dez dos rnais

desenvolvidos paises da atualidade com 6timos resultados.

No interior dos hospitais pacientes crfticos eram removidos tendo

como pontos de origem e destino somente do Pronto Socorro, Centro Cirurgico e

Unidade de Terapia Intensiva.

Com 0 avancyo tecnol6gico surgiram aparelhos sofisticados de exames

complement ares nos hospilais, como caleterismo, tomografia computadorizada e

12

ressomi.ncia magnetica. Tendo em vista que estes aparelhos nuo tern condirroes de

sercm deslocados em dirc'rao ao paciente beira leila, pelo seu tamanho e pela

precisao de lcr uma arca de isolamento contra radiac;5es provocadas pelo proprio,

essas maquinas foram fixadas em setOfes com lodos os recursos ncccssarios como

fonna de seguran~a. Foonou assim, mais pontos de origem e destino para 0

deslocamento desses pacienles criticos nos hospitais, e como conseqi.iI!ncia

comcc;ou a aparecer mais compJic3yOeS e mortalidade durante 0 transportc.

A equipe de remoryao fonnada por medico, enfenneiro, auxiliar de

enfennagern e fisioterapeuta intensivista, comcc;ou a ser mais cautelosa e

prcocupada com a gravidade que pode ocorrcr durante 0 transporte intra-hospitalar.

1.2 A inser~ao do fisioterapeuta no trans porte de pacientes

Na Antiguidade, mais ou menos entre 4000 a.C. e 395 d.C., havia uma

Corte preocupa~ao com as pessoas que apresentavam as chamadas "diferen~as

incomodas", exprcssao utilizada para abranger 0 que enta~ era considerado doem;:a.

Havia uma prcocupafYao em eliminar essas diferen~as incomodas por meio de

recursos, tecnicas, instTumentos e proccdimentos, como a utilizafYiio de agentes

fisicos como 0 sol, luz, calor, agua e eletricidade. massagens e exercicios fisicos.

o habito de usar as formas de movimento como recurso terapeutico

remonta ha varios scculos antes da era crista. De acordo com Sanchez (1984)

os medicos na antiguidade conheciam os agentes fisicos e os empregavam em

terapia, utilizando a eletroterapia, sob a forma de choques com urn peixe eletrico,

no tratamento de certas doen~as. Ainda nessa epoca, a China registra obras de

cinesioterapia em 2698 a.C. Na mesma epoca na india eram utilizados exercicios

respirat6rios para evitar a constipa~ao e a obstrU(;:ao de 6rgaos. Na medicina

Grega, a terapia pelo movimento constituia uma parte do tratamento medico.

Galeno (130 a 199 d.C.) eonseguiu por meio de wna gimistiea planifieada do troneo

e dos pulmoes corrigir 0 t6rax deform ado de urn rapaz ate chcgar a condi.;:oes

nonnais.

13

Sanchez (1984) cita que a Idade Media, caractcrizada por uma ordem

social estabelecida no plano divino, roi uma epoca de lacuna em tcrrnos de evolw;ao

nos estudos e na atuayao na area da saude. Neste perfodo, as "difcrenyas

incomodas" cram vistas como alga a ser exorcizado. Foi urn periodo onde ocorreu

uma interruP9ao dos estudos na area da saude.

No Renascimenlo volta a aparccer alguma preocupa.yao com 0 Corpo

saudavcl. 0 humanismo e as artcs desenvolveram-se e pennitiram paralelamente a

retomada dos estudos relativos aos cuidados com 0 corpo e 0 culta ao fisico.

A alta valoriz3yao da alma neste periodo e 0 interesse pelo desenvolvimcnto da

capacidade fisica pelas camadas mais privilegiadas parecem ler side responsaveis

por essa mudan~a. Dcscnvolveu-se, portanto nesta epoca uma cultura destinada

a outros fins que nao 0 curativo e sim 0 de incremento da potencia fisica.

Apos urn periodo de estagna~ao dos estudos, com 0 surgimento do

Renascimento, periodo entre os seculos XV e XVI, e descrito como um momento

de crescimento eientffico e literario, ha uma retomada dos estudos onde 0

interesse nao destina-se apenas a COnCepyaOeurativa, mas lambem a manuten~ao

do estado nonnal existente em individuos saos.

Entre os seculos XVIII e XIX ocorre a industrializayao, momenta

earacterizado por um avan~o na utilizayao dc maquinas e uma transfonna~ao social

detenninada pelo produyao em larga cscala. I-Iouve 0 descnvolvimento das cidades.

bcm como surgiram eondi~oes sanitarias precarias, jornadas de trabalho cstafantcs e

condi~ocs aiimenlares insatisfatorias que provoearam a proJifcra~ao dc novas

docn~as. 0 surgimento de novas patologias e epidemias exigiral11 da medicina um

dcsenvolvimento nos estudos.

Nessa epoea pareee que todos os estudos na arca de saude concentraram

sua alen~ao ao tratamcnto das doen~as e seqilelas e deixaram de lado as outTas

vertentes iniciadas na epoca Tenascentista, a manuten~ao de uma condic;ao

satisfatoria e a prevenc;ao de doen~as.

atendimento hospitalar.

14

Mais tarde, ainda no seculo XIX, surgem as especializacroes medicas.

A Fisioterapia parece tcr seguido a mesma dire~ao dividindo-se em diferentes

especialidades. No decorrer da historia percebemos que a fisioterapia sofreu tadas

essas oscila~5es, passando pcJa atuac;ao curativa na antigtiidade, pcJa estagnayao na

ldade Media, pcla atcncrao preventiva concornitante a curativa durante 0

Renascimcnlo e novamcntc pelo direcionamento puramente curativo durante a

industrializa~iio (SANCHEZ, 1984).

No Brasil, a fisiolerapia surgiu como urna fonna de soluyao para os altos

indices de acidentes de trabalho (REBELA ITO e BOTOME, 1999).

Rebelatto e Botome (1999) citam que, com a vinda da familia real para 0

Brasil em 1808, vieram os oobres e 0 que havia de recursos humanos de varias arcas

para servir a elite portuguesa.

Dentre todas as contribuicroes do reinado, a surgimento das primeiras

escolas de ensino medico destacam-se como a obra dos portugueses no pais, em

particular os avan~os obtidos na cidade do Rio de Janeiro. No seculo XIX, as

recursos t-isioterapicos fhziam parte da terapeutica medica, e assim ha registros da

criacrao, no periodo compreendido entre 1879 e 1883, do servicro de eletricidade

medica, e tambem do servicro de hidroterapia no Rio de Janeiro, existente ate os dias

de hoje, sob denominayao de "Casa das Duchas".

o medico Arthur Silva, em 1884, participa intensamenle da criacrao do

primeiro servicro de Fisiolerapia da America do Sui, organizado enquanto tal, mais

precisamente no Hospital de Miseric6rdia do Rio de Janeiro. Em Sao Paulo, 0

medico Raphael Penteado de Barros funda 0 departamento de eletricidade

medica, no que hoje pode ser considerada a Universidade de Sao Paulo (USP)

em 1919. Dez anos apcs, em 1929,0 medico Waldo Rollim de Moraes coloca

em funcionamento 0 servicro de Fisioterapia do Instituto do Radium Arnaldo

Vieira de Carvalho.

15

De acordo com Rebelatto e BOlome (1999) nu decada de 30, Rio Janeiro

e Sao Paulo possuiam servi~os de Fisioterapia idealizados por medicos que

tomavam para si a terapeulica de fonna integral, experimentando recursos fisicos

que QuirOS medicos, it epoca, nao ousavam buscar para minimizar as seqUelas de

sellS pacientes.

Esses medicos cram distintos dos outros por estarcm prcocupados nao

apenas com a estabilidadc clinica de seu paciente, mas com sua recupecm;ao fisica

para que pudessem voltar a viver em sociedade. com iguais au parecidas fun~5es

anteriores ao agravo da saudc. Essa visua ampla de compromisso com 0 paciente,

cngajando-se num tratamenlo rnais eficaz que promovesse sua reabilitayao, uma vez

que as incapacidades fisicas por vezes excluiam-no socialmente, levou aqueles

medicos a screm denominados medicos de reabilita'Yao.

As faculdades de Medicina Ihes cram uteis para embasar cicntiftcamcnte

sua pnitica medica, pelo acesso ao conhecimento adquirido pcJos cientistas

europeus sobre fisioiogia humana e 0 emprego crescente dos recursos hidricos,

eletricos e tennicos. Atraves de trabalhos e apresentac;oes de leses, criou-se uma

cultura de aten.yao di ferenciada as deftciencias nao apenas fisicas, mas tambern

menta is c sensoriais. Esse foi urn periodo valioso no senti do de tornar possivel

recuperar funr;oes de seres humanos que, em perfodo nao muito distante, nao tinham

perspectiva de melhora das suas incapacidades.

Para Define e Feltrin (1986), a n Guerra Mundial tern como novidade 0

envolvimento direto do Brasil, com 0 envio de pracinhas para a frente de combate

dos Aliados, diferentemente da I Guerra. as reflexos dessa participa.yao esUio no

desenvolvimento da Fisiolerapia enquanto pnitica recuperadora das seqilelas fisicas

de guerra, com a moderniza.yao dos servit;os de Fisioterapia no Rio de Janeiro e em

Sao Paulo e cria~ao de novos em outras capitais do pais.

A modemiza.yao dos servi'Yos, com 0 consequente aumenlo da oferta e da

procura, vai lcvar a que os chamados medicos de reabilitar;ao se preocupassem com

a resolutividade dos lralamentos. Com este objetivo, empenharam-se para que 0

16

ensino da Fisioterapia como recurso terapeutico, entaD restrito aos bancos escalares

das faculdades medicas nos campos teorico e pratico, deveria ser difundido entre os

paramedicos, que cram os praticantes da arte indicada pel os doutores de entaD.

Assim, em 1951 e realizado em Sao Paulo, na USP. 0 primeiro curso no

Brasil para a fonnm;:ao de tecnicos em Fisioterapia, com duraryao de urn ano em

perforlo integral, acessivel a atunos com 20 grau completo e ministTado por medicos,

homenageando 0 professor de fisica bio16gica da Faculdade de Medicina, que eriau

urn servir;o de eletrorradiologia na referida cadeira em 1919, 0 curso param6dico

levau 0 nome de Raphael de Barros, fonnando os primeiros fisioterapistas,

denomina9ao da cpoca.

Curiosamente, os cursos de Fisiotcrapia iniciam-se em Sao Paulo

antes do Rio, apesar dos primeiros servi.;:os terem se desenvolvido na antiga

capital federal. S6 em 1952 e que a catedra de Fisioterapia e retomada na

Faculdade de Ciencias Medicas do Rio de Janeiro e e criada, em 1954. a

Associa.;:ao Beneficente de Reabilita~ao que 2 anos depois ministra 0 curso de

tecnico em reabi1ita~ao.

Entidades como a Associa~ao de Assistencia a Crian.;:a Defeituosa.

Lar Escola Sao Francisco e as Casas da Esperan~a surgem absorvendo esse

novo conceito de assistencia diferenciada, incorporando em seu meio os

paramedicos dos novos cursos.

As primeiras tunnas fonnam os que estarao nos consult6rios e clfnicas

auxi1iando os medicos, que prescreviam os exercfcios com e sem carga, as

massagcns, 0 uso do calor, da luz, dos banhos e dos rudimentares recursos

eletroteriipicos disponiveis para a recupera.;:ao do paciente.

Diferentemente dos paises da Europa, como na Fran~a, que em 1927 ja

possuia faculdade de Fisioterapia, no Brasil 0 ensino de Fisioterapia restringia-se a

aprender a ligar e desligar aparelhos, reproduzir mecanicamente determinadas

tecnicas de massagem e exercfcios, tudo sob prescriyao.

17

Os primeiros profissionais cram auxiliares do medico, seus ajudantes de

ordem; nao possuiam as conhecimentos necessarios para 0 diagnostico, 0

funcionamento nonnal e patol6gico avalia<;i'io do carpo humano, nem as

mecanismos de lesao e conduta terapeutica. E curiosa observar que, hci pOlleD mais

de 40 aoos alms, as primciros profissionais nao passavam de meros aplicadores de

aparelhos, 56 dominavam a arte, nao a ciencia, e uma arte rudimentar, ha anos-Iuz do

que se pensa e se faz atualmente oa fanna de proccdimentos fisioterapcuticos.

A prcocupa<;ao crescente com a quaJidade do atendimento oferecido fez

com que esses cursos paramedicos se ampliassern. Em 1959, com a funda<;ao do

Instituto Nacional de Reabilila<;ao, denominay3o intluenciada pelo grupo norte-

americano que veio a Sao Paulo, organizado pela se9ao latina da Organiza9ao

Mundial de Smide (OMS), 0 eurso da USP foi ampliado para 0 periodo de 2 anos,

embora nao fosse ainda considerado de nivel superior. Quando 0 Instituto Nacional

de Reabilita9ao transmuta-se para Tnstituto de Rcabilita9ao, em 1964, criam-se os

cursos superiores de Fisiotcrapia e de Terapia Ocupacional.

E lao claro 0 papeJ secundario da Fisiolerapia nos idos de 50 e 60,

entendida como modalidade inlegrante da terapeutica medica, que 0 Conselho

Federal de Eduea~ao emile no Pareeer 388/63 a primeira defini~ao ofieial da

ocupa9ao do fisioterapeuta: e definido como auxiliar medico; explicita que Ihe

compete a realiza~ao apenas de tarefas de carater lerapeutico (ou seja, incapaz de

avaliar 0 paciente); e que a execw;:ao das mesmas larefas deve ser precedida de uma

prescri~ao medica - 0 exercicio pro fissional e desempcnhado sob a orienta~ao e

responsabilidade do medico.

Referendando a concep9ao de medico de reabilita9ao, sendo submetido a

este, 0 fisioterapcuta faria, junto com outros profissionais de saude, membro de uma

equipe de reabilita~ao, portanlo nao competindo ao fisiolerapeuta 0 diagnostico da

doen~a ou da deficiencia a ser corrigida, mas ao cumprimento das tarefas ordenadas

pelos medicos.

18

Os primeiros acadcmicos de nlvel superior tern sua fonnac;ao imbufda

com essa concepc;ao medico-rlepenrlente, 0 que nos permite entender porque alguns

chegarn a defende-Ia. A Associac;:ao dos Fisiolerapislas do Estado de Sao Paulo,

fundada em 19 de agosto de 1959 e hoje denominada Associac;:ao Brasileira de

Fisioterapia, vai desempenhar urn papel importante naD apenas na transformac;:ao do

curso de nivel tecnico para nlvel superior, mas na referencia pro fissional visando

organizac;:aoda categoria para reconhecimento pela Uniao.

o reconhecirnento como profissionai de nivel superior e tao au mais

importante que a exclusividade de atu3<;30, e com ccrteza cssa conquista nao deve

ser esquecida, Fruln da atuac;:ao direta junto iis autoridades por fisioterapeutas

conscientes do papel profissional da categoria, provavelmente inspirados nas

associa~oes cientificas e profissionais. Por mais contraditorio que seja, em plena

vigencia do AI-5, perfodo onde mais se desrespeitaram os direitos humanos no

Brasil desde a proclama~ao da declarac;:ao universal em 1948, os direitos dos

usmirios de Fisioterapia puderam ser mais rcspeitados, garantindo-se em lei 0

profissional mais adcquado para sua recuperaf;ao.

Em 1969, a Organiza~ilo Mundial de Saude e World Confederation of

Physical Therapy promovem no Mexico 0 primeiro curso de Mestrado em

Fisioterapia, do qual sao egressos Danilo Vicente Define e Eugenio Lopez

Sanchez. A Resolu,ilo n.o 4 do Conselho Federal de Educa,ilo, em 28 de

fevereiro de 1983, fixou os cursos de Fisioterapia para, no minimo, 4 an os de

durat;:ao. 0 fisioterapeuta tern sua maioridade reafirmada pela justi~a e os 6rgaos

formadores referendam-na, nos currfculos.

Tais fatos VaGconsoli dan do a profissao de maneira irreversivel, seodo

necessario expandir sua autonomia e con qui star 0 espatyo que a Fisioterapia pode

e deve ocupar.

A Fisioterapia passa a fazer parte da cham ada area da saude e come~a

a evoluir no decorrer da historia, voltando seus recursos e farm as de atua.yao

quasc que exclusivamente para 0 atendimento do individuo doente, para

19

reabilitar ou recuperar as boas condi((5es que 0 organismo perdeu.

Hoje a fisioterapia atua nas mais diversas areas como Ortopedia, Neurologia,

Estetica, Ginecoiogia e Obstetricia, Fisiotcrapia Preventiva, Pediatria, Geriatria,

Reumato!ogia, Cardioiogia, Respiraloria e Fisioterapia Esportiva (DEFINE e

FELTRlN, 1986).

Moriyama ct 31. (1999) citam que a fisioterapia respiratoria surgiu em

1901, quando se relatou 0 beneficia da drenagem postural no tratamenla da

bronquiectasia. Nessa epoca, a tomada de decisao na clinica diaria baseava-se em

estudos cienlificos em sua maioria realizados com metodos rudimentares,

no conhecimento fisiopatol6gico das doen~as. em experiencias pessoais e em

infonnayocs obtidas atraves de livros e opinioes de professores ou peritos.

A fisioterapia respirat6ria tern como objetivo a remo.;ao de secre'Yoes das

vias aereas, reduzindo a obstru'Yao bronquica e a resistencia das vias aereas,

facilitando as trocas gasosas e reduzindo 0 trabalho respirat6rio. Em afec'Yoes

agudas, visa a encurtar 0 perfodo de doen'Ya ou de repercussao funcional.

Em processos cronicos, visa a retardar sua progressao ou mante-Ios estacionados

(WALLiS, 1999).

Por sua vez, a fisioterapia intensiva, dedicada aD paciente critico tem seu

inicio no mundo na decada de 1950 com a crise da poliomielite. Iniciaimente tinha

seu enfoque na assistencia ventilat6ria com manuseio dos ventiladores nao

invasivos chamados de pulmao de a'Yo (Iron Lung).

Apos estc perfodo, vem sido incorporada ao atendimento dos pacientes

principaimente no aspecto respiratorio, a chamada fisioterapia pneumo-funcional, e

a neuroJogica entao neuro-funcional. Em 2001, 0 Conselho Federal de Fisiolerapia e

Terapia Ocupacionai (COFFITO) rcconhece os primeiros cursos de Fisioterapia

Lntensiva no Brasil, dando inicio a conceitua'Yao modcma da alua'Yao do

fisioterapeuta intensivista, este com atua~ao exclusiva nas unidades de Terapia

intensiva e Semi-Intensiva.

20

o crescimento da compJexidade aliado aD desenvolvimento tecnol6gico

na aten~ao ao paciente criticamente doente exige urna fonnac,;ao profissional

aprofundada, reflexiva c critica que pennita ao fisioterapeuta descnvolver ac;5es

assistenciais que 0 permitam superar os desafios cHoicos e funcionais dos pacientes,

os quais apresentam quadros cHnicos flutuantes, exigindo urna maior complexidade

nos processos diagnoslicos e tcrapeuticos de tomadas de decisoes.

A assistencia vcntilat6ria do paciente critico, a monitoriz3ltao vcntilo-

respiratoria, a prevenc;ao dos efeitos decorrentes do rcpouso prolongado no leita,

assim como a atcOirao dos disturbios e lesoes musculoesqueleticos, neurofuncionais,

metab61icos e cardiovasculares imprimem uma gama de conhecimentos que

transcende a Fisioterapia Pneurnofuncional, apontando para a necessidade do

treinamento na area de Fisioterapia tnlensiva, especiaIidade de maior nivel de

complexidade e que, se devidamente administrada proporciona melhora

significativa de indicadores de qualidade assistencial, tais como: morbidade,

mortalidade e taxa de permanencia, representando ganhos funcionais importantes e

otimizando a rela~ao custo-beneficio da assistcncia.

o Fisioterapeuta na Unidade de Terapia lntensiva realiza 0 tratamento

em pacientes graves au potencialmente graves, sendo porladores de varias

complicayoes sistemicas, como no sistema respiratorio, osteomioarticular,

circulatorio, cardiaco e neurol6gico. A maioria dos transportes intra-hospitalares e

realizado com pacicntes que podem desencadear estas mesmas complica'Yoes, com

isso, tendo a indicatyao da presenya do fisioterapeuta em pacientes subrnetidos aventila~ao rnecanica (ou dispneia com dependencia de oxigenio) podeni rninirnizar

as intercorrencias e ate 0 6bito durante 0 trans porte.

Porlanto tendo conhecirnentos das alterayoes que levam 0 aumento da

gravidade dos pacientes da UTI, que se assemelham com as rnesmas situa.yoes dos

pacientes rernovidos no interior do hospital, 0 Fisioterapeuta lnlensivisla tern

condi.yoes de participar com a equipe de transporte a realizar remoyao intra-

hospitaiar.

21

1.30 transporte Intra-Hospitalar

o Transporte lntra-hospitalar de pacientes crfticos e definido como a

transferencia lcmpon'iria au definitiva de pacientes por profissionais de saude

dentro do ambiente hospitalar. Transportar pacientes e uma atividade usual e

complexa que cxige experiencia e compelcncia dos profissionais envolvidos.

E fundamental que os materiais e os equipamentos estejam em perfeitas

condicroes de uso. 0 ato de transportar deve reproduzir a extensao da unidade de

origem do paciente.

o principal motive de remover pacientes enfennos esta na necessidade

de utilizar os cuidados, a tecnologia e os especialistas nao disponiveis no local de

origem e favorecer ao c1iente 0 restabelecimento quanta antes. 0 transporte

intra-hospitalar de pacientes criticos e recomendado para realiza~ao de exames

complementares como fonna diagn6stica au procedimentos que nao podem ser feito

a beira do leito, tendo como necessidade a transferencia deste para outro

departamento do mesmo hospital.

Define-se como doente critico aquele que, por disfun~ao ou falencia

profunda de urn mais argaos ou sistemas, a sua sobrevivencia depende de meios

avanc;ados de monitorizaC;aoe terapeutica. 0 trdnsporte destes doentes envolve alguns

riscos, mas justifica-se, entre hospitais e entre servic;os de urn mesmo hospital, pela

necessidade de facultar urn nivel assistencial superior, ou para realizac;ao de exames

complementares de diagnostico e/ou terapeutica nao efetuaveis no servic;o ou

instituic;:aoonde 0 doente se encontra internado.

A Lei n' 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto

n' 44.045, de 19 de julho de 1958 disp5e sobre 0 transporte inter-hospitalar de

pacientes salienta que pacientes com risco de vida nao podem ser removidos sem a

previa realiza~ao de diagnostico medico, com obrigatoria avaliac;ao e atendimento

busico respirat6rio e hemodinamico, alem da realizac;ao de outras medidas urgentes

e especfficas para cada caso, devendo ainda ser avaliado 0 risco

transporte em relac;ao a permanencia do paciente no local de origem.

22

Quando nao bern conduzido como quando ha falha no equipamento de

trans porte, desprcparo da equipe, mau planejamento, vibrac;ao, aceierayao e

desacelerac;ao de maca, assim com 0 estado psicol6gico do pacientc, podem

acarretar efeitos adversos como hipotennia, aitera'Yao na freqGencia cardiaca,

pressao arterial, freqlh~ncia respirat6ria. saturayao de oxigenio, e compJicac;6es

durante 0 lransporte, como arritmias cardiacas podcndo levar a parada cardio

respiraloria (peR), trombo embolismo pulmonar (TEP), infarto agudo do miocardio

(lAM), hipoxemia, elc.

Tendo como cuidados gerais, nao deve tcr nem uma contra indicac;ao

para 0 transporte desles pacientes; certificar se os equipamentos tanto ventilat6rio

quanta monitores e bomba de infusao estejam funcionando corretamente; evitar

transtomos na colocac;ao de equipamentos para nao interromper 0 trajeto que sera

percorrido; separar material como mascara com reservatorio de oxigenio; comunicar

aos profissionais do local de destino 0 eSlado geral do paciente; antes de ser

transportado 0 paciente deve estar hemodinamicamente estavel.

Para os proiissionais que realizam este procedimento, ha a necessidade

de treinamenlo e conhecimentos de urgencia e emergencia avanc;ados para evitar

uma fatalidades durante a remoc;ao destes pacientes. Esta equipe deve ser composta

pelo medico, enfenneiro, auxiliar de enfermagem, e ja em alguns hospitais 0

fisioterapeuLa. 0 proccdimcnto do fisioterapeuta intesivista diz respeito il avaliac;ao

do estado gcral do pacicnte (indicac;ao e contra indicaCao); em pacientes submetidos

em intubac;ao endotraqueal, certiticar se 0 posicionamento do tuba esta correto, e

bern fixado; observar 0 posicionamento adequado para 0 paciente; antes de realizar

a remoC;3o deve teslar os equipamentos: ventilador de trans porte, eletrodos de

monitorizac;ao de ECG, oximetro de pulso, bolsa ma.scara; estabiliazac;ao do quadro

respiratorio e hemodimimico do paciente.

Estudos mostram a importancia da oxigenacao adequada, monitorizaC;3o

e ventilac;ao ideal durante 0 transporte intra-hospitalar. Em 1996 Hero J. Brokalaki e

colaboradorcs realizaram urn lrabalho como grupo controle de pacientes que eram

23

transpot1ados do leita para 0 laborat6rio e vice-versa em rcspirayao espontanea com

e scm uso de Qxigenio, sen do coletado a gasometria arterial pre cpos removao com

durayao do lransporte em media de 15 minutos, e observa~ao da parte de

monitorizacrao hemodinamica destes pacientes.

Fai constado que pacientes que nao cram submetidos ao suportc de

Qxigenio, tiveram alterm;:oes importantcs. como aiterayao da gasometria arterial

tendo aumento do valor nannal do pH, diminuiy8.o do valor nannal do P02•

diminui.yao do peo2, e consequentemente a diminuiyao da SaTOz abaixo de 87%.

Com isso a maioria destcs obtiveram repercussao hemodinamica, como alterayao na

diminuiyao da prcssao arterial e aumento oa freqUencia cardiaca. como fonna de

compensa~ao da falta de suprimento de oxigenar;ao dos tecidos do sistema organico.

o autor relatou tambern, devido 0 aurnento dos batirnentos cardiacos a presen~a de

arritmias importantes com extra sistoie e depressao do segmento ST.

Outro trabalho realizado no mesmo ana pelo medico Sally C. Palmon

e colaboradores constou it importancia da monitoriza~ao no transporte de pacientes

criticos e nao somente naquclcs que necessitam urn controle rigido de PC02

(pressao intracraniana aumentada ou hipertensao pulmonar).

Desenvolveram urn grupo de 10 pacientes sendo removido com

ventilayao manual atraves de monitorizac;ao, e outro grupo de 10 pacientes com

ventilac;ao manual atraves de monitorizaC;30 por capnografia. Foi coletado a

gasometria arterial deste pacientes pre e pas trans porte, constaram que as medidas

do grupo controle submetido a ventilac;ao manual com monitorizac;ao pas remoc;ao,

tiveram em media a alterac;ao do pH abaixo de seu valor nonnal e a aiterac;ao do

PCOl acima do seu valor nonnal, coocluindo que estes pacientes nao foram

ventilados adequadamente durante seu transporte, seodo que 0 grupo contrale

submetido a ventilac;ao manual com monitorizac;ao por capnogratia mantcve as

medidas com valores nonnais da gasometria arterial. Par tanto, concluiram que, 0

usa do monitor no transporte de paciente, ajuda a guiar uma ventilac;ao adequada

evitando cOll1plica~Oes durante as rell1o<;Oes.

24

1.3.10 uso do reanimador de Muller no transporte Intra-Hospitalar

o transporte do paciente critico e seguro e eficiente quando: sabe-se

quando faze-Io e como realiza-lo; avalia-se 0 riscolbeneficio da realiz3t;ao do

transporte; assegura-sc a integridade do paciente; hii treinamento adequado da

equipe envoi vida. desenvolvendo habilidade no procedimento; c desenvolvida urna

rotina operacional para 0 trans porte; hii conhecimento das condi~oes clinicas do

paciente que sera transportado.

Cuidados com 0 paciente que sera transportado podem ser tornados no

sentido de evitar au reduzir complica~oes. A manuten~ii.o das condic;5es vitais do

pacientc toma-se 0 ponto-chave para a eficacia do trans porte. A avalia~ao das

condh;:oes clinicas do pacientes e fundamental. As principais complica<;oes

esHio relacionadas a: a) instabilidade hcmodinamica e respiratoria; perda de drenos

e cateteres; falha tecnica de equipamentos.

Com rela'Yao aos equipamentos, e importante comentar que nao basta

somente utilizar-se da alta tecnologia para realiza<;ao do transporte; e preciso saber

manipula-Ios e mante-Ios em reais condiyoes de uso. Equipamentos rnais simples

em algumas ocasioes sao mais resolutivos em cornparayao aos que possuem mais

recursos operacionais.

o Reanimador de MUlier e urn equipamento medico-hospitalar

desenvolvido pela ENG ESP para terapia respiratoria de crian'Y3s e adultos de

qualqucr tamanho e peso.

Usado de maneira intennitente au continua, com oxigenio ou ar

comprimido, para reexpansao pulmonar. Possui injelor, micronebulizador, conexao

em T, valvula de acionamento manual e valvula reguladora de pressao.

Com exclusivo botao de acionamento manual, pennite trabalhos prolongados sem

fadiga do operador. A pressao maxima regulada de ventilayao nunca e excedida, 0

que garante a seguran<;3 do paciente e maior economia de oxigenio.

25

De pequeno tamanho, leve e acondicionado em balsa, e ideal para 0 uso

em ambui<incias e primeiros socarras. Pode ser conectado em mascara facial, dinula

endotraqueal au com bocal para exercicios respiratorios. A simpJicidade de suas

pCty3S pennite Facil montagem e faciJita a esteriliza9ao ap6s 0 usa. Fabricado com

matcriais resistentes, pode ser utilizado por grandes perfodos sem necessidadc de

manuteny3o.

A prcssao de trabalho do reanimador de Muller e ajustada alraves da

valvula reguJadora, responsavel pel a intensidade de prcssao endotraqueal gerada

durante a ventilayao dos pacientcs na propOfyaO de 10 ern J-hO de prcssao

endotraqueal para cada IKgflcm2.

Quando 0 operador aciona 0 batao da valvula urn fluxa de oxigenio

abastece sill1ultaneamente a micronebulizador e a injetor. A m!voa gerada pel a

micronebulizador e aspirada pe]o injetor e enviada sob pressao controlada para a

paciente. 0 mesmo injetor atua como valvula de seguran~a quando a pressao

maxima regulada for atingida, considerando que a fluxo antes enviado para a

paciente passa a ser desviado para a ambiente.

Vale ressaltar que a sistema ainda permite que 0 pacientc realize

respira~5es espontaneas nos intervalos da ventila~ao manual.

26

2 MATERIAL E METODOS

Foi feito urn estudo prospectivo a lodos os doentes criticos intcmados fla

Unidade de Terapia lntensiva submetidos a transporte intra-hospitalar no perfodo de

Janeiro a Julho de 2005, no Hospital Getulio Vargas, totalizando 9 casos, tendo sido

quanti ficado 0 numcro de transportes efetuados e nao 0 numero de doentes

transportados.

Excluhnos os doentes transportados para 0 BIDeD Opcratorio por

aprescntarem aitera90es hcmodinamicas e ventilat6rias no intra-operat6rio nao

relacionadas com 0 transporte.

Foram monitorizados as seguintes panimetros hemodinamicos e

ventilatorios antes e depois do transporte: freqUencia cardiaca, pressao arterial

media, freqUencia respirat6ria (Fr), modo respirat6rio, satura~ao arterial de Dxigenio

(8a02), Fr02• assim como as intercoIT<!nciasdurante 0 mesmo.

As condh;6es do trans porte dependeram dos recursos humanos e

malcriais disponiveis, do contacto previo com 0 servil;o receptor e da estabilidade

do doente.

Antes de cada transporte roi realizada fisioterapia desobstrutiva

broncopulmonar associada a tecnicas dcsobstrutivas e aspira~ao de TOT ou TQT.

Tcnninado 0 procedimento era aguardada uma estabilidade hemodinamica do

pacicnlc para rcalizar 0 transportc.

Todos os doentcs foram monitorizados com 0 reanimador de Muller.

Durante 0 transportc mantevc-se a monitoriza'Yao SAT O2 e freqUencia cardiaca

atraves de urn oximetro de pulso portatil. Toda a terapeutica em perfusao roi

mantida por bombas ou scringas infusoras durante 0 transporte.

27

A escolha da modalidade de supoTte ventilat6rio durante 0 transporte

foi feita por decisao clinica, de acordo com a situa9iio ventilat6ria de cada

doentc.

A equipe de transpone roi constituida pelo medico residenle na UTI,

uma enfermeira e urn fisioterapeuta.

Foram consideradas intercorrencias: agila¥ao psicomotora, alterayoes

hemodim'imicas (prcssao arterial media < 80 mmHg e freqi.il~ncia cardiaca

< 60 ppm), aitera((oes ventilat6rias (desadaptay30 ventilat6ria e Pa02 < 60

nunHg) e outras.

A compara9ao dos panimetros hemodinamicos e ventilat6rios antes e

depois do lrunsporte foi fcita em fun-rao da distribuiyao dus amostras.

3 RESULTADOS

28

Durante 0 periodo do estudo foram efetuados 9 ITansportes da Unidade de

Tcrapia Intensiva (UTI) para a sala do tomografo, sendo os pacientes

aproximadamente 80% de homens e 20% de mulheres, com idade media entre

45 e 75 anos.

No diagnoslico dos pacientes foram sugeridas as seguintes palologias:

traumatismo cranio-enceHilico (2), fralura + insuficicncia respiratoria (1), acidente

vascular cerebral (3), doen9a de Parkinson (I), hemorragia subaracnoidea (I),

sindromc neuroleptica + insuficiencia respiratoria (1).

o tempo media de lransporte de pacientcs roi de aproximadamente

22 minu[os (26-18).

CAve.Par1o:inson

DFratura+ Ins'resp

DTCEBlHSA

.SdNeurolep+ Insfresp

Diagn6stico das patoiogias dos pacientes transportados

A compara~ao dos parametros ventilatorios e hemodinamicos antes e

apcs 0 transporte encontra-se na Tabela I.

NOME DIAG MODO TEMPO FRVENTILAT TRANS? Anles Dc~ois

lOS AVC AC 26' IS rpm IS rpm

AJJS AVC AC 20' IS rpm 15 rpm

AFS AVC AC 25' 15 rpm 15 rpm

MRPS Parkinson AC 25' 15 rpm 15 rpm

MRS Fralura + Ins Rcsp AC 22' 15 rpm 15 rpm

MPS TCE AC 18' 16 rpm 16 rpm

MLON HSA AC 20' 15 rpm 17 rpm

GSC Sind Neurolcpica AC 24' 17 rpm 17 rpm

MMS TCE AC 25' 18 rpm 23 rpmFOnle: Pcsqllisa Din:lallospital G~uilioVargas (IKJV). T~resina(PI). 2005

25,------------------------------------,

20t-----------------------------~L-~~L

15~~~~-.---+--~~~~~~~~----~,-----~1!-+-Antes

10 +-- ---1 --+- Depois

29

30

Tabela 2. Distribui.;ao dos pacientes transportados da UTI para a sala de tomografo

no I-IGY segundo 0 tempo de transporte e a frcqOcncia cardfaca.

NOME OiAG MODO TEMPO FCVENTILAT TRANSP Antes Dc~ois

lOS AVC AC 26' 91 bpm 101 bpm

AJJS AVC AC 20' 100 bpm 86bpm

AFS AVC AC 25' 95 bpm 100 bplll

MRPS Parkinson AC 25' 103 bpm 106 bpm

MRS Fratura + Ins Resp AC 22' 87 bpm 81 bpm

MPS TCE AC 18' 90 bplll 103 bpm

MLON HSA AC 20' 108 bplll 116 bpm

GSC Sind Ncurolcpica AC 24' 121 bpm 104 bpm

MMS TCE AC 25' 105 bpm 100 bpmFonle: Pesquisa Din.:la. Hospital Gc\ulio Vargas (HGV). Tcn:sina (rl), 2005

140

120

100

80

60

40

20

~ ~~ ~

4

-+-Antes___ Depois

31

Tabela 3. Dislribui9iio dos pacienles transportados da UTI para a sala de lom6grafo

no HGY segundo 0 tempo de transporte e a pressao arterial.

NOME DlAG MODO TEMPO PAVENTILAT TRANSP Antes Dceois

lOS AVC AC 26' 17 x 18 mmHg 15 x 9 mmHg

AJJS AVC AC 20' 12x7mmHg 12x7mmHg

AFS AVC AC 25' 11 x 7 mmHg 121x 7 mmHg

MRPS Parkinson AC 25' 12 x 8 mmHg 11 x6 mmHg

MRS Fratura + Ins Rcsp AC 22' 13 x5 mmHg 13 x 6 rnmHg

MPS TCE AC IS' 13x7mmHg 11 x 7 mmHg

MLON HSA AC 20' 16 x 10 mmHg 15x8mmHg

GSC Sind Neurolepica AC 24' 12 x 7 mmHg 11 x 7 mml-lg

MMS TCE AC 25' 15x9mmHg 17 x 9 mmHgFontc: I'csquisa Dircla. Hospital GClulio VlUgas (HGV). Tcrcsina (PI). 2005

18

16

14

12

10

•... ,'" /""'-.. /.,~

"\. ~/ '-.."'-/~ ~ 'it

-+-Antes

--+-Dcpois

32

Tabela 4. Distribuh;ao dos pacientes transportados da UTI para a sala de tomografo

no HGV segundo 0 tempo de transporte e satura~ao arterial de oxigenio (Sa02).

NOME DIAG MODO TEMPO SaT02VENTILAT TRANSP Antes De~ois

lOS AVC AC 26' 97% 100%

AJJS AVC AC 20' 98% 97%

AFS AVC AC 25' 95% 96%

MRPS Parkinson AC 25' 98% 96%

MRS Fratura + Ins Resp AC 22' 93% 94%

MPS TCE AC 18' 98% 97%

MLON HSA AC 20' 97% 98%

GSC Sind Neurolcpica AC 24' 96% 90%

MMS TCE AC 25' 94% 90%Foote: I"':squisaDildll. Ilospital G~til'ioVargas (I-IGV)_Tcrcsina (PI). 200S.

102%

~-~/_\ ~V ~/ \ ~

>i \\

100010

98%96%94%92%

90%

88%

86%

84%

--+-Antes

-+-Depois

33

Tabela 5. Distribuic;ao dos pacientes transportados da UTI para a sala de lomografo

no HOY segundo 0 tempo de transporte e Fr02.

NOME DIAG MODO TEMPO Fr02VENTILAT TRANSP Antes De~ois

lOS AVC AC 26' 21 % 21%

AJJS AVC AC 20' 40% 40%

AFS AVC AC 25' 30% 30%

MRPS Parkinson AC 25' 30% 30%

MRS Fratura + Ins Resp AC 22' 30% 30%

MPS TCE AC 18' 20% 30%

MLON HSA AC 20' 30% 30%

GSC Sind Ncuroicpica AC 24' 30% 30%

MMS TCE AC 25' 35% 40%FOllte:Pcsquisa Direla. Hospital Gt:lulio Vargas (IIGV). Tercsina (1'1), 2005.

45%

4()% 1'-....35%

30% / '-....

25%/

20%j

15%

U)OIo

5%

0010-

/

I--+-Antes

I~L- --"'\./?- ---I -+--Depo',

34

4CONCLUSA.O

A fisiolerapia pneumofuncional VCIll reconhecidamente awnenlado a

magnitude de suas atua~5cs em especial a nivel das unidades de terapia intensiva, aode

os pacicntes atendidos peto protissionai fisiolerapeuta estiio clinicamentc instaveis e

necessitam de tomadas de decisao e atu3r,;:Oescom embasamento solido e nao hesitantc.

A indic3930 do lransporle intra-hospitalar e necessaria para 0 paciente

que prccisa rcalizar Qutros procedimentos terapeuticos que nao podem sec fcitos

no local ande 0 pacicnte se enconlrl1. Apresenta como contra-indic39aO a

instabilidade hemodimimica e respiratoria. estado psicol6gico c emocional

aJterado (agita9ao).

I-Jaja vista a dura9ao e a distfmcia das rern~oes intra-hospitaiares,

que ern geral, sao de curto prazo, a equipe e obrigada a oterecer adequado suprimento e

monitorizaryao para pacientes graves ou mesrno instaveis, sendo 0 reanirnador de

Muller urna boa escolha para a estabiliade dus fum;Oesvitais do pacicnte.

No presente estudo eslao represenlados nas tabelas 1, 2. 3 e 4 os

resultados da analise da intluencia da presen~a ou ausencia de intercorrencias em

cada uma das variaveis em estudo, antes e depois do transporle.

Apesar de se terem veriticado intercorrencias em alguns transportes

efeluados, como variaryao da pressao arterial, aurnento da freqUencia respiratoria, da

freqUencia cardiaca e da saturaryao arterial de oxigenio, nao se encontraram

diferenryas estatisticamente signiticativas quando comparados com os transportes

em que nao houve intercorrencias. Durante 0 transporte foram tomadas atitudes

lerapeuticas de acordo com as intercom!ncias surgidas.

35

Em analise retTospectiva rai observada a irnportancia que se deve lomar

para realiza~ao do transporte intra-hospitalar, em todo tipo de paciente e ventila~ao

espontanea ou nao. 0 manejo da via acrea e controle do sistema respiratorio,

fornecendo frac;oes altas de oxigenio, implementando oximetria e monitoriz8yaO

ampia, evita os efeitos deleterios da hipoventilac;ao e hip6xia.

Nao ha duvida que 0 fisiotcrapeuta, colaborando com a muJtiprollssionalidade,

ajudando na qualidade das remoc;oes, participando ativamente da equipc.

Evitar lesao cercbral, arritmias, hipcrcapnia e hipoxemia durante 0 transporte ainda

e desafio. Em analise conclusiva, no minima em lodos pacientes submetidos a

ventilac;ao medinica, a presclwa da fisioterapia deveria ser de carater obrigat6rio.

Portanto 0 fisioterapcuta definitivarnente deve razer parte da cquipe ernergencial,

incluindo atendimento inicial ao transportc.

E importante salicntar que atua..-:ao do profissionai fisioterapeuta e a

tecnoiogia adequada disponivel, a exemplo do reanimador de Muller, que associ ado

aos exercicios respiralorios e outros inumeros aparelhos, toma-se mais urn recurso

na tentativa de amenizar ou corrigir aitera..-:oespulmonares do paciente critico.

36

5 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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38

ANEXOS

REANIMADOR DE MULLER

39

I§881.,;:

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