danilo tiisel - incentivos fiscais - abcr sp - fev/2011
DESCRIPTION
Apresentação de Danilo Tiisel em Fev/2011 sobre Incentivos Fiscais para o ciclo de palestras "Nutrindo Relações", promovido pela ABCR São Paulo.TRANSCRIPT
INCENTIVOS FISCAIS PARA A CAPTAÇÃO DE RECURSOS
OAB SP
Comissão de Direito do Terceiro Setor
Danilo Brandani [email protected]
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Atividade planejada e complexa : envolve marketing, comunicação, relações públicas, elaboração de projetos, questões jurídicas e ética
CAPTAÇÃO DE RECURSOSCaracterísticas da Atividade
projetos, questões jurídicas e ética
Objetivo : geração de diferentes recursos (financeiros, materiais e humanos)
Apoio à finalidade principal da organização (meio para que a entidade cumpra sua missão)
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro SetorINCENTIVOS FISCAIS
Modalidades e Conceito
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Imunidades
GOVERNOMobilização Indireta de Recursos
Benefícios tributários e incentivos fiscais
Isenções
Incentivos fiscais
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Imunidade
Imunidade é uma proibição aos entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios),
GERAÇÃO DE RENDAAspectos Jurídicos
5
Distrito Federal e Municípios), prevista na Constituição Federal, de tributar determinadas pessoas, atos e fatos.
Não é renúncia fiscal
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Imunidade de impostos
CF/1988 – artigo 150, inciso VI, alínea c : imunidade de impostos
GERAÇÃO DE RENDAAspectos Jurídicos
sobre o patrimônio, renda ou serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades de educação e assistência social sem fins lucrativos
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Isenção
Desobrigação do pagamento de determinado tributo, observados os
GERAÇÃO DE RENDAAspectos Jurídicos
determinado tributo, observados os requisitos legais; matéria regulada por legislação infraconstitucional
Pode ser revogada a qualquer tempo (prazo)
A obrigação tributária nasce, mas a entidade é dispensada de pagar o tributo; há o direito de cobrar, mas ele não é exercido
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
IMUNIDADE ISENÇÃO
Regida pela Constituição Federal. Regida por legislação infraconstitucional.
Não pode ser revogada, nem mesmo por Emenda
Pode ser revogada a qualquer tempo.
GERAÇÃO DE RENDAAspectos Jurídicos
8DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE IMUNIDADE E ISENÇÃO
mesmo por Emenda Constitucional.
tempo.
Não há o nascimento da obrigação tributária.
A obrigação tributária nasce, mas a entidade é dispensada de pagar o tributo.
Não há o direito de cobrar o tributo.
Há o direito de cobrar, mas ele não é exercido.
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Estímulos concedidos pelo governo, na área fiscal, para que recursos sejam canalizados para segmentos específicos (econômico, cultural, social)
INCENTIVOS FISCAIS
social)
Por um lado, os incentivos funcionam como estratégia de captação de recursos
Por outro lado, os incentivos promovem a criação de uma cultura de participação cidadã
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Doações para
Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
Operações de caráter cultural e artístico
INCENTIVOS FISCAIS FEDERAISPrincipais Modalidades
Operações de caráter cultural e artístico
Entidades sem fins lucrativos, deUtilidade Pública ou qualificadas comoOSCIPs
Atividade desportiva e paradesportiva
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Formas de dedução do investimento incentivado
Dedução da base de cálculo do Imposto de Renda como despesa
INCENTIVOS FISCAIS
Imposto de Renda como despesa operacional
Dedução direta do valor do Imposto de Renda devido
Combinação das duas formas anteriores
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS QUE PRESTAM SERVIÇOS GRATUITOS – DE
UTILIDADE PÚBLICA OU OSCIPs
Características
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Lei nº 9.249/95 - Beneficiários
Pessoas jurídicas podem fazer doações diretas a
INCENTIVOS FISCAISDoação para entidades sem fins lucrativos que prestam serviços gratuitos – de UPF ou OSCIPs
Pessoas jurídicas podem fazer doações diretas a entidades civis, sem fins lucrativos, constituídas no Brasil , utilizando incentivo específico
As entidades devem prestar serviços de interesse público
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Lei nº 9.249/95
Promove -se a dedução do valor das doações como
INCENTIVOS FISCAISDoação para entidades sem fins lucrativos que prestam serviços gratuitos – de UPF ou OSCIPs
Promove -se a dedução do valor das doações como despesa operacional até o limite de 2% do lucro ope racional
A declaração de Imposto de Renda da doadora deve ser com base no Lucro Real (vedado às de lucro presumido ou Simples)
34% da doação é “recuperada” (deixa-se de pagar ao Governo e investe-se na entidade); 66% da doação é efetiva
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Lei nº 9.249/95 - Requisitos
Doações em dinheiro: crédito na conta corrente diretamente em nome da beneficiária
INCENTIVOS FISCAISDoação para entidades sem fins lucrativos que prestam serviços gratuitos – de UPF ou OSCIPs
nome da beneficiária
A Pessoa jurídica doadora deverá manter em arquivo declaração (modelo IN SRF 87/1996) da beneficiária comprometendo-se a aplicar integralmente os recursos na consecução dos objetivos sociais e não distribuir l ucros, bonificações ou vantagens
Beneficiária reconhecida como de Utilidade Pública Federal ou OSCIP
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
INCENTIVOS FISCAISOrganizações de Utilidade Pública Federal
O Título de Utilidade Pública Federal é concedidos às organizações sem fins lucrativos (Lei no 91/1935) pelo Ministério da Justiça
Para organizações que:Para organizações que:
– Atendam ao interesse público comprovadamente
– Promovam a educação
– Exerçam atividades de pesquisas científicas, de cultura, inclusive artísticas, ou filantrópicas de caráter geral ou indiscriminado (Decreto 50.517/61)
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
INCENTIVOS FISCAISOrganizações da Sociedade Civil de Interesse Público
Qualificação outorgada pelo Ministério da Justiça
A entidade deverá cumprir os A entidade deverá cumprir os requisitos que repercutem principalmente no teor do estatuto social e nas práticas de gestão adotadas
Entidades que possuam uma das finalidades contidas no artigo 3º da lei de OSCIP
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro SetorINCENTIVOS FISCAIS PARA
CRIANÇA E ADOLESCENTE
Histórico
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
A luta pela defesa dos direitos da criança e do adolescenteganhou força no Brasil a partir dos anos de 1970 (movimentos pelo “direito a ter direitos”)
CRIANÇA E ADOLESCENTEHistórico do Incentivo
Principais ideais relacionados:
– Rompimento com a idéia de “seres incompletos”; deixam de ser questão de âmbito privado
– São pessoas em condição peculiar de desenvolvimento
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Conquistas
A Constituição Federal de 1988
– O artigo 227 da Constituição Federal de 1988 inaugura
CRIANÇA E ADOLESCENTEHistórico do Incentivo
– O artigo 227 da Constituição Federal de 1988 inaugura a garantia da prioridade absoluta (proteção integral) à criança e ao adolescente
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - 1990
– As disposições do ECA são consideradas avanços “revolucionários” na redefinição da visão da infância na sociedade brasileira (Lei 8.069/90 - proteção integral e origem do incentivo)
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Conquistas
Brasil assinou a Convenção Internacional sobre os Direitos
CRIANÇA E ADOLESCENTEHistórico do Incentivo
Internacional sobre os Direitos da Criança 1989 - assumiu o compromisso de proteger a infância
– A criança e o adolescente são o maior valor da sociedade
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Conquistas
Conselhos de Direitos nasceram para coordenar ações relacionadas a crianças e adolescentes
CRIANÇA E ADOLESCENTEHistórico do Incentivo
Fundos dos Direitos foram criados para receber recursos
O incentivo criado pelo ECA (art. 260) começou a estimular a contribuição da sociedade com políticas públicas em benefício de crianças e adolescentes
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Os conselhos são canais legais de participação da sociedade civil e podem ser municipais, estaduais ou federal
CONSELHOS DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
federal
São órgãos deliberativos e controladores paritários (a sociedade civil e o poder público têm igual número de representantes)
Controlam os Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Funções do Conselho (linhas gerais)
Formular políticas públicas
Definir a forma de utilização dos recursos dos Fundos
CONSELHOS DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Definir a forma de utilização dos recursos dos Fundos
Aprovar programas e projetos
Fiscalizar e monitorar os órgãos governamentais e não governamentais que prestam serviços públicos na área da infância
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Os Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente são instrumentos para captação de recursos (promoção e defesa da criança e do
FUNDOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
defesa da criança e do adolescente)
Podem ser municipais, estaduais ou federal
Os recursos dos fundos só podem ser movimentados pelos Conselhos
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Destinações de recursos por pessoas físicas ou jurídicas incentivadas ou não por leis de renúncia fiscal (artigo 260 do ECA)
FUNDOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTEOrigem dos Recursos
Outras fontes, tais como convênios, doações de governos e outros organismos nacionais ou internacionais, resultados de aplicações financeiras
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Apenas as organizações credenciadas nos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente podem ter
FUNDOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTEAplicação dos Recursos
Adolescente podem ter acesso aos recursos dos Fundos (cada Conselho pode definir a aplicação dos recursos)
A aprovação de um projeto é necessária
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
FUNDOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTEAplicação dos Recursos
Projetos - Linhas Gerais
Crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social (situação de rua, drogadição, vítimas de abuso sexual, físico e psicológico)físico e psicológico)
Acompanhamento de medidas socioeducativas destinadas a reinserir adolescentes autores de ato infracional
Erradicação do trabalho infantil e profissionalizaç ão de jovens
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Linhas Gerais
Incentivo à guarda e adoção de crianças e adolescentes
FUNDOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTEAplicação dos Recursos
crianças e adolescentes
Estudos e diagnósticos
Qualificação de membros dos Conselhos
Divulgação dos Direitos da Criança e do Adolescente
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Pessoa física
Dedução de doações feitas aos fundos da criança e do adolescente limitadas a 6% do imposto de Renda devido
FUNDOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTEComprovação da Doação
adolescente limitadas a 6% do imposto de Renda devido (declaração completa)
Pessoa jurídica
Dedução do imposto de renda das doações feitas até o limite de 1% do valor do imposto devido (lucro real)
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro SetorINCENTIVOS FISCAIS DE CARÁTER
CULTURAL E ARTÍSTICO
Histórico e Lei Rouanet
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Origem
Roma Antiga – Ministro Caius Mecenas . Idéias:
– Poder e cultura são questões indissociáveis
CARÁTER CULTURAL E ARTÍSTICOPanorama Geral
– Poder e cultura são questões indissociáveis
– A criação artística e do pensamento legitimam o poder
– Cabe ao governo a proteção às manifestações de arte
O Nome de "Mecenas" gerou a derivação "mecenato", utilizada hoje pelo MINC para caracterizar projetos em que se concede incentivo fiscal
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Estados Unidos
Política de incentivos iniciou em 1917 (tax deduction) -abatimento de 100% do valor efetivamente doado do imposto de renda
CARÁTER CULTURAL E ARTÍSTICOPanorama Geral
renda
Sistema vigorou por cerca de setenta anos
Reflexos
– Sistema cultural desenvolvido e com grande expressão, bem como uma política forte de investimento em cultura
– Importantes investidores surgiram nesse período: Fundação Rockefeller, Fundação Guggenheim, famílias como Carnegie, Morgan, Vanderbit, Ford e tantas outras
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Brasil
Incentivos fiscais surgiram tardiamente, na década de 1980
CARÁTER CULTURAL E ARTÍSTICOPanorama Brasileiro
1980
Antes dos incentivos legais, investimento dos mecenas eram movidos mais pelo prestígio, pelo reconhecimento no círculo social
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Início dos Incentivos
Lei Sarney (Lei nº 7.505, aprovada em 02 de julho de 1986), que durou até 1990, primeiro mecanismo de
CARÁTER CULTURAL E ARTÍSTICOPanorama Brasileiro
até 1990, primeiro mecanismo de incentivo fiscal do Brasil
Sua sistemática, pautada no simples cadastramento do proponente , deu margem a uma seqüência de fraudes
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Início dos Incentivos
Em 1991, o Secretário da Cultura da Presidência da República, Sérgio Paulo Rouanet, cria o Lei Rouanet
CARÁTER CULTURAL E ARTÍSTICOPanorama Brasileiro
Paulo Rouanet, cria o Lei Rouanet
Diferencial: maior rigor formal no cadastramento do projeto, na análise de conteúdo e do proponente e prestação de contas
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Início dos Incentivos
Entre 1992 a 1994, somente 72 empresas investiram em cultura;
CARÁTER CULTURAL E ARTÍSTICOPanorama Brasileiro
empresas investiram em cultura; não havia apoio dado por pessoas físicas (faltava estímulo)
Em 1995 começa o estímulo à profissionalização das atividade de produção cultural e captação de recursos
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Lei Federal de incentivo à cultura (nº 8.313/91)
Dedução do imposto de renda de investimentos (pessoas físicas e
LEI ROUANET
investimentos (pessoas físicas e jurídicas) em projetos culturais
Projetos têm que ser previamente aprovados pelo MINC (critérios legais)
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Lei Federal de incentivo à cultura (nº 8.313/91)
Três são os mecanismos para canalização de recursos públicos e/ou privados:
LEI ROUANET
– Fundo Nacional da Cultura (FNC); financiamento de até 80% do valor dos projetos
– Fundos de Investimento Cultural e Artístico (Ficart); inativo
– Incentivo a Projetos Culturais (Mecenato); financiamento de até 100% do valor dos projetos através de patrocínio ou doação
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Quem pode propor projetos
Pessoas físicas que tenham atuação na área cultural
LEI ROUANET
Pessoas jurídicas de direito privado com ou sem fins lucrativos
Fundações públicas
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Formas de investimento
A DOAÇÃO é a transferência definitiva e irreversível de dinheiro ou bens em favor de pessoas físicas ou
LEI ROUANET
bens em favor de pessoas físicas ou jurídicas de natureza cultural, sem fins lucrativos
O investidor não pode utilizar publicidade nem exigir gratuitamente parte do produto cultural
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Formas de investimento
O PATROCÍNIO é a transferência definitiva e irreversível de dinheiro ou serviços, ou a cobertura de gastos
LEI ROUANET
serviços, ou a cobertura de gastos ou a utilização de bens móveis ou imóveis do patrocinador. Pode ser dado a pessoas físicas, ou jurídicas de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos.
O objetivo geral do patrocinador é divulgar sua marca (publicidade)
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Benefícios aos patrocinadores
Caso haja mais de um patrocinador, a distribuição dos produtos resultantes do projeto deve ser feita proporcionalmente ao investimento feito, respeitando-se o
LEI ROUANET
proporcionalmente ao investimento feito, respeitando-se o referido limite de 10% para o conjunto de incentivadores
O patrocinador pode inserir sua marca no produto cultural e em todo material de divulgação
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Quem pode investir: PESSOA FÍSICA
Apenas com declaração completa do imposto de renda
LEI ROUANET
O percentual máximo de abatimento do imposto de renda é de 6%
Pode deduzir 80% do montante investido quando estiver fazendo doação
Pode deduzir 60% do montante investido quando estiver fazendo patrocínio
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Quem pode investir: PESSOA JURÍDICA
Tributadas pelo do lucro real
O percentual máximo de abatimento do imposto de renda é de
LEI ROUANET
O percentual máximo de abatimento do imposto de renda é de 4%
Pode-se deduzir 40% do montante investido quando estiver fazendo doação
Pode-se deduzir 30% do montante investido quando estiver fazendo patrocínio
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Casos de dedução de 100% do montante investido (art igo 18 da Lei Rouanet )
Artes cênicas e exposição de artes visuais
Livros de valor artístico, literário ou humanístico
LEI ROUANET
Livros de valor artístico, literário ou humanístico
Música erudita ou instrumental
Doação de acervos para bibliotecas públicas, museus, cinematecas
Produção de obras cinematográficas e videofonográficas de curta e média metragem
Preservação do patrimônio cultural material e imaterial
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
9.250
7.7638.335
6.5876.309
6.783
9.402
8.000
10.000
MECENATO: Quantitativo de projetosNÚMEROS ABSOLUTOS
MECENATO: Quantitativo de projetosNÚMEROS ABSOLUTOS
Apresentado Aprovado Captado
4.856
5.726
4.230 4.069
4.958
5.9906.587
6.309
1.371 1.5422.040
2.4742.913
3.199 3.065
5.405
0
2.000
4.000
6.000
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Por Área
Artes Cênicas20%
Patrimônio Cultural18% 20%
Artes Plásticas9%Audiovisual
9%Humanidades
15%
Música19%
18%
Artes Integradas10%
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Formas de dedução do investimento incentivado
Dedução da base de cálculo do Imposto de Renda como despesa
LEI ROUANET
Imposto de Renda como despesa operacional
Dedução direta do valor do Imposto de Renda devido
Combinação das duas formas anteriores
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
INCENTIVOS FISCAISLei Rouanet Pessoa Jurídica
Dedução (% sobre investimento)
Benefícios 100% Doação Patrocínio
Dedução do IR 100 40 30
*Dedução como despesa operacional
0 34 34
Total dos benefícios 100 74 64
Desembolso do investidor 0 26 36
* CSLL (9%), IR (15%) e adicional de IR sobre o lucro real que excede a R$ 240.000 (10%)
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Dicas
A apresentação de carta de intenção de patrocínio não priorizará a tramitação do projeto
Pessoas Físicas: valor do projeto deve estar limitado a 1.000
LEI ROUANET
Pessoas Físicas: valor do projeto deve estar limitado a 1.000 salários mínimos (até 04 por ano)
O prazo para a captação não poderá ser prorrogado por mais de 24 meses, no caso de captação inferior a 20% do valor aprovado
Necessidade de apresentação do projeto pedagógico quando estiverem previstas atividades educacionais e/ou oficinas
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Dicas
É importante que o proponente planeje bem a execução, inclusive no detalhamento do orçamento. Podem ser indeferidos os projetos que:
LEI ROUANET
os projetos que:
─ Tiverem valores inadequados aos preços de mercado
─ Tenham recomendação técnica de cortes iguais ou superiores a 50% do orçamento proposto
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
LEI ROUANET
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro SetorINCENTIVOS FISCAIS PARA
O ESPORTE
Características e Requisitos
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Lei Federal 11.438/06, regulamentada pelo Decreto 6 .180 de 03.08.2007
Incentivo específico para projetos desportivos e paradesportivos
INCENTIVO AO ESPORTE
paradesportivos
Destinado à implementação, à prática, ao ensino, ao estudo, à pesquisa e ao desenvolvimento do desporto
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Lei Federal 11.438/06, regulamentada pelo Decreto 6.180 de 03.08.2007
Os projetos devem:
INCENTIVOS FISCAISESPORTE
Os projetos devem:
— Promover a inclusão social por meio do esporte
— Dar preferência às comunidades de vulnerabilidade social
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Formas de desporto
Desporto educacional : complementar às atividades educacionais e com a finalidade de alcançar o desenvolvimento integral do indivíduo e o exercício da cidadania
INCENTIVOS FISCAISESPORTE
desenvolvimento integral do indivíduo e o exercício da cidadania
Desporto de participação : finalidade de contribuir para a integração dos praticantes na plenitude da vida soc ial , na promoção da saúde e preservação do meio ambiente
Desporto de rendimento : finalidade de obter resultados e integrar pessoas e comunidades do país, e estas com as de outras nações
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Proponente
Entidade de natureza desportiva: pessoa jurídica de direito privado ou público, com fins não econômicos, cujo ato constitutivo disponha expressamente sobre sua finalidade
INCENTIVO AO ESPORTEQuem pode propor projetos
constitutivo disponha expressamente sobre sua finalidade esportiva
Deve estar em funcionamento há pelo menos 1 ano
O proponente deve ter o projeto aprovado pelo Ministério do Esporte
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Proponente
Será responsável pela apresentação, execução e prestação de contas de projetos desportivos ou paradesportivos (proponentes)
INCENTIVO AO ESPORTEQuem pode propor projetos
(proponentes)
Deverá comprovar regularidade fiscal e tributária nas esferas federal, estadual, distrital e municipal
Deverá cadastra-se e manter seu cadastro atualizado junto ao Ministério do Esporte
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
A Lei veda
Remuneração de atletas de rendimento profissionais com os recursos advindos do incentivo
INCENTIVOS FISCAISESPORTE
do incentivo
Destinação de recursos incentivados a pessoa jurídica ligada ao doador ou patrocinador – da qual este seja administrador, gerente, acionista ou sócio, na data da doação ou nos 12 meses anteriores –, bem como a cônjuge ou parente até o terceiro grau
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Formas de investimento
O PATROCÍNIO permite a transferência gratuita de numerário com finalidade promocional e institucional de publicidade, bem como a cobertura de gastos ou a utilização
INCENTIVOS FISCAISESPORTE
publicidade, bem como a cobertura de gastos ou a utilização de bens sem transferência de domínio para o proponente do projeto
A DOAÇÃO é a transferência gratuita de numerário, bens ou serviços, desde que não empregados em publicidade
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Pessoas jurídicas
Tributadas pelo lucro real podem deduzir até 1% do Imposto de Renda
INCENTIVOS FISCAISESPORTE
deduzir até 1% do Imposto de Renda devido
Pessoas físicas
Com modelo de declaração completa podem deduzir até 6% do Imposto de Renda
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
CADASTRAMENTO DO PROPONENTE
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Cadastramento das entidades
Entidades devem fazer o cadastramento eletrônico no site do Ministério do Esporte
INCENTIVO AO ESPORTECadastramento
do Ministério do Esporte
http://portal.esporte.gov.br/leiIncentivoEsporte/or ientacoesCadastro.jsp
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS PROJETOS
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Avaliação e aprovação dos projetos
Feita por COMISSÃO TÉCNICA composta por seis membros indicados pelo Ministro do Esporte
INCENTIVO AO ESPORTEAnálise dos projetos
membros indicados pelo Ministro do Esporte
─ Três representantes governamentais, indicados pelo Ministro de Estado do Esporte
─ Três representantes dos setores desportivo e paradesportivo, indicados pelo Conselho Nacional do Esporte.
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Na análise dos projetos, a Comissão Técnica observa rá os seguintes parâmetros
Não-concentração por proponente, por modalidade
INCENTIVO AO ESPORTEAnálise dos projetos
Não-concentração por proponente, por modalidade desportiva ou paradesportiva, por manifestação desportiva ou paradesportiva ou por regiões geográficas nacionais;
Capacidade técnico-operativa do proponente;
Atendimento prioritário a comunidades em situação de vulnerabilidade social
Inexistência de outro patrocínio, doação ou benefício específico para as ações inseridas no projeto
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
CAPTAÇÃO DE RECURSOS
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Os limites máximos para despesas de contratação de serviços destinados à captação de recursos são os seguintes
– Projetos de desporto educacional , até 10% do valor total do projeto
INCENTIVO AO ESPORTECaptação de recursos
total do projeto
– Projetos de desporto de participação , até 7% do valor total do projeto
– Projetos de desporto de rendimento , até 5% do valor total do projeto.
O limite máximo para as despesas é de R$ 100.000,00
Valor para captação de pessoa física: sempre até 10%
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
O proponente só poderá efetuar despesas após a captação integral dos recursos autorizados
Para início da execução do projeto desportivo com valor captado abaixo do valor autorizado para captação, o
INCENTIVO AO ESPORTECaptação de recursos
captado abaixo do valor autorizado para captação, o proponente deverá apresentar plano de trabalho ajustado, que não desvirtue os objetivos do projeto autorizado e comprove a sua viabilidade técnica.
Nos casos de nenhuma captação ou captação parcial dos recursos autorizados no prazo estabelecido, os projetos poderão ser prorrogados
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
Os recursos captados deverão ser depositados e movimentados em conta bancária específica, no Banco do Brasil S.A. ou na Caixa
INCENTIVO AO ESPORTECaptação de recursos
do Brasil S.A. ou na Caixa Econômica Federal, que tenha por titular o proponente do projeto desportivo ou para desportivo aprovado
OAB OAB SPComissão de Direito do Terceiro SetorComissão de Direito do Terceiro Setor
INCENTIVO AO ESPORTECaptação de Recursos