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Relatório de monitorização do desenvolvimento e da atividade da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI)
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1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 8
2 IMPLEMENTAÇÃO RNCCI 2011 ...................................................................................................... 10
2.1 Tipologias de internamento ......................................................................................................................... 10 2.1.1 Evolução da capacidade contratada .................................................................................................................. 10 2.1.2 Acordos celebrados e entidades prestadoras ................................................................................................... 12
2.2 Equipas ....................................................................................................................................................... 13 2.2.1 Equipas de Gestão de Altas – EGA Hospitais / Equipas Referenciadoras dos CS .............................................. 13 2.2.2 Equipas Coordenadoras Locais ‐ ECL ................................................................................................................. 13 2.2.3 Número de Equipas domiciliárias de Cuidados Continuados Integrados ‐ ECCI e lugares de cuidados no domicílio ......................................................................................................................................................................... 14
2.3 Lugares na RNCCI: Unidades e Equipas ......................................................................................................... 15
2.4 Cobertura populacional da RNCCI ................................................................................................................ 17
2.5 Censo de 2011 ............................................................................................................................................. 20
2.6 Legislação, Diretivas Técnicas e Notas Informativas e outras orientações, publicadas em 2011 na RNCCI ...... 21
3 CIRCUITO DE REFERENCIAÇÃO: INTERVALOS TEMPORAIS ................................................ 22
3.1 Tempo de avaliação das propostas pelas ECL ............................................................................................... 22
3.2 Tempo de identificação de vaga nas Equipas Coordenadoras Regionais (ECR) ............................................... 23
4 CARATERIZAÇÃO DA REFERENCIAÇÃO DE UTENTES PARA A RNCCI ............................... 25
4.1 Utentes referenciados para a RNCCI ............................................................................................................ 25
4.2 Utentes referenciados para a RNCCI: evolução 2010 ‐ 2011 .......................................................................... 30
4.3 Número de utentes com condições de ingresso na Rede em relação aos utentes referenciados e número de utentes admitidos em relação aos utentes com condições de ingresso ..................................................................... 32
4.4 Número de utentes a aguardar vaga ............................................................................................................ 33
4.5 Motivo das propostas de referenciação para a RNCCI................................................................................... 34
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4.6 Perfil dos utentes da RNCCI – caraterização sócio‐demográfica .................................................................... 35 4.6.1 Sexo e Idade ...................................................................................................................................................... 35 4.6.2 Situação de convivência .................................................................................................................................... 36 4.6.3 Proveniência e tipo de apoio recebido .............................................................................................................. 36
5 ATIVIDADE ASSISTENCIAL .............................................................................................................. 37
5.1 Número de utentes assistidos por região e tipologia .................................................................................... 37
5.2 Motivos de alta da RNCCI ............................................................................................................................ 42
5.3 Destino dos utentes saídos por tipologia ...................................................................................................... 43
5.4 Demora média............................................................................................................................................. 44
5.5 Média de dias dos utentes ainda internados na Rede ................................................................................... 45
5.6 Taxa de ocupação ........................................................................................................................................ 47
6 RESULTADOS DA ATIVIDADE ASSISTENCIAL ........................................................................... 49
6.1 Caraterização de Avaliações ........................................................................................................................ 49 6.1.1 Incapazes e dependentes na admissão ............................................................................................................. 49 6.1.2 Evolução da Autonomia Física Global ............................................................................................................... 49
6.1.2.1 Evolução da Autonomia Física ‐ Convalescença ....................................................................................... 50 6.1.2.2 Evolução da Autonomia Física – Média Duração e Reabilitação .............................................................. 50 6.1.2.3 Evolução da Autonomia Física – Longa Duração e Manutenção .............................................................. 51 6.1.2.4 Evolução da Autonomia Física – ECCI ....................................................................................................... 51
6.1.3 Úlceras de Pressão ............................................................................................................................................ 51 6.1.4 Quedas .............................................................................................................................................................. 52
6.2 Utentes com avaliação de Dor ..................................................................................................................... 52
6.3 Óbitos ......................................................................................................................................................... 53
7 FORMAÇÃO ........................................................................................................................................... 54
7.1 Ensino Familiares ou Cuidadores Informais .................................................................................................. 54
7.2 Formação Profissional ................................................................................................................................. 54
8 RESUMO/CONCLUSÕES .................................................................................................................... 57
8.1 Tipologias de internamento da RNCCI .......................................................................................................... 57
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8.2 Equipas da RNCCI ........................................................................................................................................ 57
8.3 Referenciação para a RNCCI ......................................................................................................................... 58 8.3.1 Intervalos Temporais ......................................................................................................................................... 58 8.3.2 Utentes referenciados para a RNCCI ................................................................................................................. 59
8.4 Atividade Assistencial da RNCCI ................................................................................................................... 60
8.5 Evolução da Autonomia Física ...................................................................................................................... 61
8.6 Ulceras de Pressão ...................................................................................................................................... 62
8.7 Quedas ........................................................................................................................................................ 62
8.8 Óbitos ......................................................................................................................................................... 62
8.9 Formação .................................................................................................................................................... 62
8.10 Recomendações/Conclusões de estudos externos ........................................................................................ 63
9 RESUMO DE INDICADORES ESTRATÉGICOS .............................................................................. 64
INDICE DE TABELAS
Tabela 1: Nº de camas em funcionamento a 31‐12‐2011........................................................................................... 10
Tabela 2: Aumento do nº de camas contratadas por tipologia .................................................................................. 10
Tabela 3: Aumento percentual do nº de camas contratadas por tipologia e Região ................................................... 11
Tabela 4: Aumento do nº de camas contratadas por tipologia e Região .................................................................... 11
Tabela 5: Acordos celebrados e entidades prestadoras ............................................................................................. 12
Tabela 6: Variação do nº de acordos e camas contratadas por prestador em relação a 2010 ..................................... 12
Tabela 7: Distribuição das EGA de Centros de Saúde por Região ............................................................................... 13
Tabela 8: Distribuição de ECL por região e variação em relação a 2010 ..................................................................... 13
Tabela 9: Nº de ECCI por região e evolução em relação a 2010.................................................................................. 14
Tabela 10: Lugares em funcionamento na RNCCI ...................................................................................................... 15
Tabela 11: Lugares de internamento Paliativos ........................................................................................................ 16
Tabela 12: Camas UCP em falta ................................................................................................................................ 16
Tabela 13: Cobertura populacional de lugares de internamento e comparação com 2010 ......................................... 17
Tabela 14: Número de lugares de ECCI e cobertura populacional por região ............................................................. 18
Tabela 15: Cobertura populacional de ECL e EGA de Hospital e Centro de Saúde ....................................................... 20
Tabela 16: População com idade superior a 65 anos: Nacional e Regional ................................................................. 20
Tabela 17: Cobertura Populacional Nacional e Regional em 2011 com censo de 2001 e 2011 .................................... 21
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Tabela 18: Tempo de avaliação pelas ECL por região e tipologia 2010 2011 ............................................................... 22
Tabela 19: Tempo de identificação de vaga ECR 2010 2011 ....................................................................................... 23
Tabela 20: Utentes referenciados 2010 2011 e variação percentual .......................................................................... 30
Tabela 21: Utentes referenciados por região e origem/proveniência 2009 ‐ 2010 e variação percentual ................... 30
Tabela 22: Utentes referenciados por região, tipologia e origem 2010 2011 .............................................................. 31
Tabela 23:Utentes referenciados com condições de ingresso e a admitir .................................................................. 32
Tabela 24: Utentes com condições de ingresso admitidos ......................................................................................... 32
Tabela 25: Utentes que aguardavam vaga a 31‐12‐2011 ........................................................................................... 33
Tabela 26: Motivos de referenciação ........................................................................................................................ 34
Tabela 27: Distribuição por Idade e Sexo 2010 2011 ................................................................................................. 35
Tabela 28: Utentes assistidos 2011 e variação em relação a 2010 ............................................................................. 37
Tabela 29: Utentes referenciados 2011 e variação em relação a 2010 ....................................................................... 38
Tabela 30: UCP: Utentes referenciados e admitidos em 2011 ................................................................................... 39
Tabela 31: UCP: Tempo de identificação de vaga pelas ECR em 2011 ........................................................................ 39
Tabela 32: UCP: Utentes a aguardar vaga em final de 2011 ....................................................................................... 39
Tabela 33: UCP: Utentes referenciados não admitidos .............................................................................................. 40
Tabela 34: Utentes assistidos com necessidade de cuidados paliativos ..................................................................... 40
Tabela 35: Utentes assistidos com necessidade de cuidados paliativos por região e tipologia ................................... 41
Tabela 36: Acumulado Utentes assistidos 2010 2011 ................................................................................................ 41
Tabela 37: Motivo de Alta – atingidos os objetivos ................................................................................................... 42
Tabela 38: Destino dos utentes saídos ...................................................................................................................... 43
Tabela 39: Demora média 2010 por região e tipologia .............................................................................................. 44
Tabela 40: Percentagem de utentes ainda em seguimento em relação aos assistidos 2011 ....................................... 45
Tabela 41: Tempo de permanência na RNCCI dos utentes ainda internados .............................................................. 46
Tabela 42: Taxa de ocupação ................................................................................................................................... 47
Tabela 43: Incidência de ulceras de pressão ‐ domicílio e unidades ........................................................................... 51
Tabela 44: Prevalência de quedas ‐ domicílio e unidades .......................................................................................... 52
Tabela 45: Utentes com avaliação de Dor ................................................................................................................. 52
Tabela 46: Óbitos na RNCCI: Total, 1os 10 dias e 1º mês ........................................................................................... 53
Tabela 47: Percentagem de familiares ou cuidadores informais a quem é ministrado ensinos ................................... 54
Tabela 48: Horas de formação 2010 e 2011 .............................................................................................................. 55
Tabela 49: Formação 2011. Fonte: Informação fornecida pelas ARS .......................................................................... 56
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INDICE DE FIGURAS
Figura 1: Crescimento do nº de camas em relação a Dezembro de 2010 por Região .................................................. 11
Figura 2: Cobertura populacional para lugares de internamento, lugares de ECCI e lugares totais ............................. 19
Figura 3: Tempo de identificação de vaga ECR 2010 2011 ......................................................................................... 24
Figura 4: Acumulado de utentes referenciados ......................................................................................................... 25
Figura 5: Proveniência da referenciação para a RNCCI por entidade referenciadora 2010 2011 ................................. 25
Figura 6: Proveniência da referenciação para a RNCCI por entidade referenciadora por região ................................. 26
Figura 7: Percentagem regional da referenciação nacional ....................................................................................... 26
Figura 8: Percentagem regional do total nacional de utentes referenciados por origem ............................................ 27
Figura 9: Distribuição percentual da origem da referenciação para ECCI nacional e regional ..................................... 27
Figura 10: Percentagem dos utentes referenciados para cada tipologia de Cuidados ‐ 2011 ...................................... 28
Figura 11: Percentagem de referenciados para ECCI dos utentes referenciados em cada região ................................ 28
Figura 12: Percentagem regional do total nacional de referenciados para ECCI ......................................................... 29
Figura 13: Utentes com idade superior a 65 anos ‐ evolução ..................................................................................... 35
Figura 14: Motivo de Alta – atingidos os objetivos .................................................................................................... 42
Figura 15: Taxa de ocupação ECCI ............................................................................................................................. 47
Figura 16: Taxa de ocupação UCP ............................................................................................................................. 48
Figura 17: Evolução de incapazes/dependentes na admissão na RNCCI global .......................................................... 49
Figura 18: Percentagem de utentes que melhoraram a autonomia física na RNCCI ................................................... 50
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SIGLAS
ARS – ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE AVD – ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA CS – CENTRO DE SAÚDE CCI – CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS ECCI – EQUIPAS DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS ECL – EQUIPAS DE COORDENAÇÃO LOCAL EGA – EQUIPAS DE GESTÃO DE ALTAS ECR – EQUIPAS DE COORDENAÇÃO REGIONAL LVT – LISBOA E VALE DO TEJO Nº ‐ NÚMERO PNCP – PROGRAMA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS PII – PLANO INDIVIDUAL DE INTERVENÇÃO RNCCI – REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS UC – UNIDADE DE CONVALESCENÇA UMDR – UNIDADE DE MÉDIA DURAÇÃO E REABILITAÇÃO ULDM – UNIDADE DE LONGA DURAÇÃO E MANUTENÇÃO UCP – UNIDADE DE CUIDADOS PALIATIVOS UMCCI – UNIDADE DE MISSÃO PARA OS CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
INTRODUÇÃO
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1 INTRODUÇÃO O presente relatório tem como objetivo principal efetuar uma descrição da monitorização do desenvolvimento e atividade da RNCCI ao longo do ano de 2011.
Encontra‐se estruturado/dividido em 8 partes, onde:
1. Introdução ao relatório – explicação da pertinência do documento e sua estrutura;
2. Implementação 2011 – descritivo sobre dados de implementação/nº de respostas de internamento e domiciliárias da RNCCI;
3. Circuito de referenciação – breve análise dos tempos de referenciação entre as várias estruturas da RNCCI;
4. Caraterização da referenciação de utentes para a RNCCI – caraterização sócio demográfica dos utentes referenciados para a RNCCI em 2011 e comparativo com o ano de 2010; identificação dos motivos de referenciação para a RNCCI no ano de 2011;
5. Atividade assistencial – informação relativa a utentes assistidos na RNCCI em 2011, motivos e destino pós‐alta, demora média de internamento e taxas de ocupação das unidades de internamento e equipas domiciliárias da RNCCI.
6. Resultados da atividade assistencial – onde se encontra uma caraterização da autonomia física, nº de úlceras de pressão, de quedas, de avaliação da dor e óbitos ocorridos dos utentes admitidos na RNCCI em 2011;
7. Formação – breve análise sobre os ensinos prestados aos cuidadores informais dos utentes admitidos na RNCCI em 2011 bem como das sessões formativas desenvolvidas ao longo desse ano, dirigidas aos prestadores de cuidados formais/profissionais; 8. Conclusões – resumo do relatório – principais conclusões a considerar relativamente a atividade da RNCCI em 2011 Desde 2008 que tem sido efetuada uma monitorização contínua a diferentes níveis com o objetivo de cumprir a Visão, Missão e Valores, que são partilhados por todos os intervenientes que constituem a RNCCI. Tendo por base os fatores chave de sucesso para a atividade da Rede que incluem, nomeadamente:
• Envolvimento de familiares e cuidadores informais;
• Habilitações e competências dos diversos níveis da RNCCI;
• Intervir com base no PII;
• Correta e atempada referenciação;
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• Correta e atempada avaliação e intervenção multidisciplinar;
• Monitorização do cumprimento de normas e orientações;
• Excelência de Resultados dos prestadores;
• Satisfação dos utentes;
• Articulação Saúde / Segurança Social;
• Desenvolvimento e consolidação dos cuidados domiciliários e desenvolvimento de respostas em
ambulatório;
• Parceria para respostas adequadas da RNCCI;
• Desenvolvimento de lugares de internamento;
• Desenvolvimento de Cuidados Paliativos;
• Desenvolvimento de Respostas para a Demência;
Relativamente ao ano de 2011, verificamos que se mantém como prioritário (tal como no ano
anterior), o desenvolvimento das Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI), para prestação de cuidados domiciliários, englobando na sua atividade a prestação de Cuidados Paliativos, desde que integrem profissionais com formação nesta área.
A RNCCI implementa o seu crescimento, de acordo com os objetivos definidos, tendo presente a
necessária adequação em relação à procura bem como à situação em que cada região se encontra em termos de oferta.
IMPLEMENTAÇÃO RNCCI 2011
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2 IMPLEMENTAÇÃO RNCCI 2011 A análise tem como objetivo evidenciar a evolução obtida em relação aos valores presentes no relatório de 2010, para a dimensões de recursos e resultados obtidos.
2.1 Tipologias de internamento O número de camas contratadas em funcionamento a 31 de Dezembro de 2011, por região e
tipologia, encontra‐se na figura seguinte:
Tabela 1: Nº de camas em funcionamento a 31‐12‐2011
2.1.1 Evolução da capacidade contratada O número de camas contratadas até 31 de Dezembro de 2010 e a situação alcançada (evolução) a 31
de Dezembro de 2011 apresenta‐se na tabela seguinte:
Tabela 2: Aumento do nº de camas contratadas por tipologia
O crescimento 2009‐2010 foi de 17,4%, sendo em 2011 de 21% o que representa 970 novos lugares
de internamento.
O maior crescimento em valor absoluto verifica‐se na tipologia de Longa Duração e Manutenção (ULDM), continuando a representar cerca de 50% do total de camas existentes na RNCCI. As 466 camas da tipologia de Longa Duração e Manutenção representam 48% do total
das novas camas contratadas.
TIPOLOGIAS Norte Centro LVT Alentejo Algarve TOTAL
Convalescença 332 202 157 135 80 906Média Duração e Reabilitação 518 581 385 159 104 1747Longa Duração e Manutenção 891 779 571 292 219 2752Paliativos 43 45 75 17 10 190TOTAL 1784 1607 1188 603 413 5595
Nº DE CAMAS CONTRATADAS EM FUNCIONAMENTO ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE 2011
UC 682 906 224 32,8%UMDR 1497 1747 250 16,7%ULDM 2286 2752 466 20,4%UCP 160 190 30 18,8%
TOTAL 4.625 5.595 970 21,0%% longa 49,4% 49,2% 48,0%
Tipologia de Internamento
N.º camas contratadas até 31.12.10
N.º camas contratadas até 31.12.11
VariaçãoAumento
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A evolução por tipologia e região mostra (tabela seguinte) que a região Norte cresceu mais nas respostas da tipologia de Longa Duração e Manutenção, o Centro, Alentejo e Algarve na tipologia de Convalescença e Lisboa e Vale do Tejo (LVT) em Média Duração e Reabilitação:
Tabela 3: Aumento percentual do nº de camas contratadas por tipologia e Região
O crescimento (do nº de camas) em valor absoluto, presente na figura seguinte, mostra que o maior crescimento se encontra em camas de Longa Duração e Manutenção no Norte, seguido de Longa Duração e Manutenção em LVT, representando também estas 2 regiões as que apresentaram maior crescimento em valor absoluto:
Tabela 4: Aumento do nº de camas contratadas por tipologia e Região
O crescimento a nível regional a 31 de Dezembro de 2011, 31‐12.2011 em relação a 31 de Dezembro de 2010, 31‐12‐2010 apresenta‐se na figura seguinte:
Figura 1: Crescimento do nº de camas em relação a Dezembro de 2010 por Região
Em relação ao crescimento percentual regional, LVT foi a região que mais cresceu: 33,3%.
TIPOLOGIAS Norte Centro LVT Alentejo Algarve TOTAL
Convalescença 19,4% 17,4% 26,6% 132,8% 60,0% 32,8%Média Duração e Reabilitação 2,8% 13,7% 37,0% 25,2% 40,5% 16,7%Longa Duração e Manutenção 27,8% 7,9% 35,0% 11,9% 19,7% 20,4%Paliativos 22,9% 12,5% 19,0% 41,7% 0,0% 18,8%TOTAL 17,8% 11,2% 33,3% 31,7% 30,3% 21,0%
EVOLUÇÃO Nº DE CAMAS 2010 - 2011
TIPOLOGIAS Norte Centro LVT Alentejo Algarve TOTALConvalescença 54 30 33 77 30 224Média Duração e Reabilitação 14 70 104 32 30 250Longa Duração e Manutenção 194 57 148 31 36 466Paliativos 8 5 12 5 0 30TOTAL 270 162 297 145 96 970
EVOLUÇÃO 2010 - 2011
11,2%
17,8%
30,3%31,7%
33,3%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
Centro Norte Algarve Alentejo LVT
Crescimento nº camas 2010 ‐ 2011 por região
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2.1.2 Acordos celebrados e entidades prestadoras
Na figura seguinte apresenta‐se a distribuição dos acordos celebrados desde o início da rede até 31 de Dezembro de 2012 31‐12‐2011 (256 acordos), por titularidade da entidade prestadora:
Tabela 5: Acordos celebrados e entidades prestadoras
O desenvolvimento das respostas de internamento da RNCCI, com base no estabelecimento de acordos de prestação de serviços, com Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), representa 67% do total (69% em 2010) de acordos celebrados, representando a contratação de 3.643 camas, 65% da oferta. No âmbito das IPSS, as Santas Casas da Misericórdia (SCM) representa 51% do total (53% em 2010) de acordos celebrados, com 2.569 camas contratadas, correspondendo a cerca de 46 % do total de camas.
O SNS abrange 13 % do total de acordos celebrados (32 acordos), com a contratação de 9% da capacidade instalada da RNCCI (529 camas). Com as Entidades privadas com fins lucrativos foram celebrados 52 acordos, representando 20% (18% em 2010) de acordos celebrados, com 1.423 camas contratadas, representando 25 % da capacidade instalada da RNCCI.
A evolução face a 2010 mostra um acréscimo de 17% no número de acordos, e de 21% de camas contratadas, conforme tabela seguinte:
Tabela 6: Variação do nº de acordos e camas contratadas por prestador em relação a 2010
N.º de acordos celebrados
N.º de camas contratadas
(31.12.11) (31.12.11)
32 13% 529 9,5%SCM 131 51% 2.569 45,9%
OUTRAS 41 16% 1074 19,2%
172 67% 3.643 65,1%52 20% 1423 25,4%256 5.595
Entidade Prestadora % total acordos celebrados
% camas por acordos
celebrados
IPSS
TOTAL IPSS
PRIVADA com fins lucrativos
TOTAL
SNS
Legenda: IPSS - SCM: Santa Casa da Misericórdia; IPSS - Outras: Instituição Particular de Solidariedade Social; SNS: Serviço Nacional de Saúde
O maior crescimento é nos acordos estabelecidos com Entidades Privadas representando um acréscimo de 30% em relação ao nº de acordos e 25,3% em camas contratadas. Em relação ao número de camas as
IPSS outras são a que têm maior crescimento com variação de 30,5% de camas contratadas
N.º de acordos N.ª de camas contratadas
N.º de acordos N.ª de camas contratadas
acordos camas contratadas
27 425 32 529 19% 24,5%SCM 116 2.241 131 2.569 13% 14,6%OUTRAS 35 823 41 1074 17% 30,5%TOTAL IPSS 151 3.064 172 3.643 14% 18,9%
40 1136 52 1423 30% 25,3%218 4.625 256 5.595 17% 21,0%
Variação
TOTAL
Entidade Prestadora31.12.10 31.12.11
SNS
IPSS
PRIVADA com fins lucrativos
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2.2 Equipas
2.2.1 Equipas de Gestão de Altas – EGA Hospitais / Equipas Referenciadoras dos CS
No que respeita às equipas referenciadoras hospitalares ‐ Equipas de Gestão de Altas (EGA), mantém‐se a cobertura total dos hospitais existentes.
Em relação à referenciação pelos Centros de Saúde – Entidades Referenciadoras ou “EGA de Centros de Saúde”, existem 293 a nível nacional, representando um crescimento de 65,5% em relação a 2010, sendo o Centro a região que mais cresceu, seguida do Norte e Algarve. LVT cresce 2,4%:
Tabela 7: Distribuição das EGA de Centros de Saúde por Região
Importa realçar que os Centros de Saúde sem Entidades Referenciadora/EGA podem referenciar através da ECL.
2.2.2 Equipas Coordenadoras Locais ECL
Em relação ao ano de 2010 o nº de ECL teve um acréscimo de 8%. Este valor deve‐se sobretudo ao crescimento do Alentejo, com um total de 93 equipas em funcionamento no final de 2011, conforme tabela seguinte:
Tabela 8: Distribuição de ECL por região e variação em relação a 2010
Ano Região
2010 2011 variação
Norte 37 91 145,9%
Centro 25 64 156,0%
LVT 84 86 2,4%
Alentejo 14 19 35,7%
Algarve 17 33 94,1%
TOTAL 177 293 65,5%
EGA Centros de Saúde
Ano Região
2010 2011 variação
Norte 27 28 4%
Centro 16 17 6%
LVT 23 23 0%
Alentejo 17 22 29%
Algarve 3 3 0%
TOTAL 86 93 8%
ECL
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2.2.3 Número de Equipas domiciliárias de Cuidados Continuados Integrados ECCI e lugares de cuidados no domicílio
Em relação ao número de ECCI, existe um aumento de 214 para 253 ECCI, representando um
crescimento de 18%. Este crescimento tem assimetrias regionais, tendo crescido 133% no Alentejo e sem crescimento em LVT. A capacidade assistencial das ECCI, refletida em número de lugares domiciliários na Rede, sofreu adequação do número de lugares por parte das ECR, o que se traduziu num decréscimo de lugares no Algarve, LVT e menos acentuado no Centro, com decréscimo Nacional de 9%.
Tabela 9: Nº de ECCI por região e evolução em relação a 2010
Mantém‐se uma assimetria no número médio de lugares por ECCI, oscilando entre um mínimo de 18 lugares no Alentejo para 50 lugares no Algarve, com uma média nacional de 29 lugares por ECCI.
Da capacidade média mínima – a do Alentejo – para a máxima – a do Algarve, existe uma diferença de 32 lugares por ECCI. Esta diferença é maior que a capacidade média das ECCI a nível nacional.
O desenvolvimento das respostas domiciliárias é uma prioridade. As ECCI dependem dos recursos dos Centros de Saúde e da decisão das ARS.
2010 2011 variação 2010 2011 variação 2010 2011 variaçãoAlentejo 15 35 133% 402 617 53% 27 18 ‐34%
Norte 71 86 21% 1410 1660 18% 20 19 ‐3%Centro 42 45 7% 1557 1522 ‐2% 37 34 ‐9%Algarve 28 29 4% 1950 1440 ‐26% 70 50 ‐29%
LVT 58 58 0% 2744 2093 ‐24% 47 36 ‐24%
TOTAL 214 253 18% 8063 7332 ‐9% 38 29 ‐23%
Lugares Nº médio Lugares
Nº de ECCI, Lugares e capacidade média das ECCI por região 2010 ‐ 2011
Nº ECCI
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2.3 Lugares na RNCCI: Unidades e Equipas Em relação ao número total de lugares existentes na RNCCI, a tabela seguinte mostra por região e
tipologia, o número de lugares de ECCI, de internamento e total de lugares por região e total nacional, valor sobreponível ao de 2010, apesar da subida dos lugares de internamento, devido à diminuição do número de lugares de ECCI.
Tabela 10: Lugares em funcionamento na RNCCI
Em relação a Cuidados Paliativos, o PNCP define que 30% dos lugares estarão localizados em Hospitais de agudos, 50% em Unidades específicas de Cuidados Paliativos da RNCCI e 20% de camas
devem ser em Unidades da RNCCI, fora das Unidades de Cuidados Paliativos. Foi solicitado às ARS a identificação das Unidades de Internamento que têm profissionais com
formação em Cuidados Paliativos bem como as ECCI que prestam Cuidados Paliativos. As Unidades identificadas pelas ARS totalizam 117 a nível nacional, repartindo‐se por 40 no Norte,
33 no Centro, 26 em LVT, 11 no Alentejo e 7 no Algarve, não se encontrando identificadas no entanto o número de camas que poderiam estar afetas à prestação deste tipo de cuidados.
Os lugares de internamento definidos no PNCP são: para o final do processo de implementação
cobertura de 80 % dos padrões internacionais (entre 64‐80 camas por milhão de habitantes) no total das tipologias de recursos de internamento (localizados em hospitais de agudos e na RNCCI).
A população Portuguesa é de 10.047.083 habitantes, devendo assim existir entre 643 e 804 camas,
repartidas em 30% dos lugares em Hospitais de agudos fora da RNCCI – 193 a 241 camas; 50% em Unidades específicas de Cuidados Paliativos da RNCCI – 322 a 402 camas e 20% em Unidades da RNCCI não específicas de Cuidados Paliativos – 129 a 161 camas.
Significa que com o número de unidades referidas pelas ARS esta dotação poderia estar cumprida,
estando em falta camas de UCP, com exceção do Alentejo que cumpriu já o valor de cobertura de 64 camas/milhão de habitantes no que respeita aos 50% de Camas UCP/ RNCCI.
ECCI Camas TOTALNorte 1660 1784 3444
Centro 1522 1607 3129LVT 2093 1188 3281
Alentejo 617 603 1220Algarve 1440 413 1853TOTAL 7332 5595 12927
LUGARES EM FUNCIONAMENTO ATÉ 31.12.11
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A tabela seguinte mostra a distribuição de camas a existir de acordo com o PNCP:
Tabela 11: Lugares de internamento Paliativos
Na tabela seguinte identificam‐se as camas em falta referentes aos 50% de Camas UCP / RNCCI de acordo com o PNCP:
Tabela 12: Camas UCP em falta
Cerca de metade dos utentes com necessidade de Cuidados Paliativos foram assistidos fora das UCP (Unidades de Internamento e ECCI), tendo as ECCI assistido 27% do total de utentes com necessidade de Cuidados Paliativos, e 55% dos utentes não assistidos em UCP.
A informação das ARS identifica as ECCI que prestam Ações/Cuidados Paliativos, separando algumas regiões, caso do Centro LVT, Alentejo e Algarve, as que prestam Ações Paliativas e Cuidados Paliativos. O Centro refere 20 ECCI que prestam Ações Paliativas, 5 das quais prestam Cuidados Paliativos; LVT refere 40 ECCI que prestam Ações Paliativas, 5 das quais prestam Cuidados Paliativos; no Alentejo 33, 13 das quais prestam Cuidados Paliativos. No Algarve as ECSCP prestam suporte a todas as ECCI. O Norte refere 56 ECCI que prestam Ações/Cuidados Paliativos, não efetuando esta separação. Em relação a ECSCP, existem 1 no Norte, 1 no Centro, 3 no Alentejo e 2 no Algarve.
Em relação a Equipas Intra‐Hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos (EIHSCP) existem 18 a nível nacional, 2 no Norte, 1 no Centro, 9 em LVT, 3 no Alentejo e 2 no Algarve. De realçar que as EIHSCP e as ECSCP dão apoio de consultoria às ECCI. Este apoio é extensivo a todos os prestadores, i.e., todas as Unidades de Internamento da Rede.
64 80 64 80 64 80Norte 3.689.609 71 89 118 148 47 59Centro 1.737.059 33 42 56 69 22 28LVT 3.659.669 70 88 117 146 47 59Alentejo 509.741 10 12 16 20 7 8Algarve 451.005 9 11 14 18 6 7Total 10.047.083 193 241 322 402 129 161
Região População
Hospitais ‐ Camas fora da RNCCI
30%
Camas UCP RNCCI
50%
Camas em Unidades não UCP
20%
Racios: 64 a 80 camas / milhão de habitantes
64 80 64 80Norte 118 148 43 75 105Centro 56 69 45 11 24LVT 117 146 75 42 71Alentejo 16 20 17 ‐1 3Algarve 14 18 10 4 8Total 322 402 190 132 212
Região
Camas UCP RNCCI
50% ExistentesEm Falta
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2.4 Cobertura populacional da RNCCI
A tabela seguinte mostra a cobertura populacional por 100.000 habitantes com idade ≥ 65 anos, relativa a lugares de internamento nas diferentes Unidades e Regiões, existente em final de 2010 e final de 2011.
Tabela 13: Cobertura populacional de lugares de internamento e comparação com 2010
2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011Norte 512.445 278 332 54 65 504 518 98 101Centro 348.055 172 202 49 58 511 581 147 167LVT 568.609 124 157 22 28 281 385 49 68
Alentejo 125.874 58 135 46 107 127 159 101 126
Algarve 73.613 50 80 68 109 74 104 101 141
TOTAL 1.628.596 682 906 239 56 1.497 1.747 92 107
2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011Norte 512.445 697 891 136 174 35 43 7 8Centro 348.055 722 779 207 224 40 45 11 13LVT 568.609 423 571 74 100 63 75 11 13
Alentejo 125.874 261 292 207 232 12 17 10 14
Algarve 73.613 183 219 249 298 10 10 14 14
TOTAL 1.628.596 2.286 2.752 140 169 160 190 10 12
2010 2011 2010 2011Norte 512.445 1514 1.784 295 348Centro 348.055 1445 1.607 415 462LVT 568.609 891 1.188 157 209
Alentejo 125.874 458 603 364 479
Algarve 73.613 317 413 431 561
TOTAL 1.628.596 4.625 5.595 284 344
Região
N .º de habitantes co m idade ≥ 65 ano s
UC UMDR
N .º de camas
N .º camas po r 100.000 hab. ≥ de
65ano s a 31/ 12N .º de camas
N .º camas po r 100.000 hab. ≥ de 65ano s a
31/ 12
Região
N .º de habitantes co m idade ≥ 65 ano s
N .º de camasN .º camas po r
100.000 hab. ≥ de 65ano s a 31/ 12
N .º camas po r 100.000 hab. ≥ de
65ano s a 31/ 12N .º de camas
N .º camas po r 100.000 hab. ≥ de 65ano s a
31/ 12
Região
N .º de habitantes co m idade ≥ 65 ano s
ULDM UCP
N .º de camas
21,0%
TOTAL
Variação
17,8%11,2%33,3%31,7%30,3%
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Verifica‐se que em relação a camas de Convalescença a maior cobertura populacional existe na região do Algarve, como já acontecia em 2010.
Em relação a camas de Média Duração e Reabilitação, a região que apresenta maior cobertura é a região Centro, situação já existente em 2010.
Em relação a camas de Longa Duração e Manutenção, Paliativos e total Nacional, a região do Algarve é que apresenta maior cobertura.
A região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) tem a menor cobertura populacional em todas as tipologias, exceto em UCP, apresentando também a menor cobertura global. Globalmente foi a região que mais cresceu em lugares de internamento – 33,3%
Apesar do Algarve e Alentejo terem das maiores coberturas populacionais, são as regiões que mais cresceram a seguir a LVT – 30,3% e 31,7%.
Em relação à cobertura populacional por 100.000 habitantes com idade ≥ 65 anos, de lugares de
ECCI, a tabela seguinte mostra, por região, o número de camas e cobertura populacional, o número de lugares de ECCI e cobertura populacional bem como o número total de lugares e cobertura populacional.
Verifica‐se que o Algarve tem a maior cobertura populacional em todos os itens. Os lugares domiciliários representam 57% dos lugares totais da RNCCI.
Tabela 14: Número de lugares de ECCI e cobertura populacional por região
A figura seguinte mostra a cobertura populacional para lugares de internamento, lugares de ECCI e lugares totais, estando a ordenação no gráfico efetuada por ordem crescente das regiões em termos de cobertura total.
Norte 512.445 1660 324
Centro 348.055 1522 437
LVT 568.609 2093 368
Alentejo 125.874 617 490
Algarve 73.613 1440 1956
TOTAL 1.628.596 7332 450
RegiãoN.º de habitantes com
idade ≥ 65 anosNº Lugares
ECCI
N.º Lugares ECCI por 100.000 hab. ≥
de 65anos a 31.12.11
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Figura 2: Cobertura populacional para lugares de internamento, lugares de ECCI e lugares totais
Verifica‐se uma homogeneidade no número de lugares de internamento (nº de camas) e de lugares
ECCI (capacidade assistencial domiciliária) no Norte, Centro e Alentejo com assimetria desta relação de lugares em LVT com 176% mais lugares de ECCI do que camas, sendo no Algarve de 349%. Embora LVT tenha apresentado o maior crescimento em relação a 2010, mantém‐se a necessidade de um aumento do número de respostas.
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Em relação à população média abrangida, com idade ≥ 65 anos, por EGA de Hospital/ Equipa
referenciadora do Centro de Saúde e de ECL a tabela seguinte mostra essa cobertura por Região:
Tabela 15: Cobertura populacional de ECL e EGA de Hospital e Centro de Saúde
Uma menor população média abrangida por EGA de Centro de Saúde sugere uma maior capacidade de os Centros de Saúde identificarem e referenciarem a população com necessidade de Cuidados Continuados Integrados. A população média abrangida no Algarve é cerca de 3 vezes menor que LVT e Alentejo e cerca de 2,5 vezes menor que Norte e Centro.
O Alentejo é a região em que existe menor população média abrangida pelas ECL e LVT a região em que se verifica uma maior população média abrangida, situação sobreponível no Algarve, sendo cerca de 4,5 vezes superior à do Alentejo.
2.5 Censo de 2011 O censo de 2011 mostra crescimento da população com idade superior a 65 anos, conforme tabela
seguinte:
Tabela 16: População com idade superior a 65 anos: Nacional e Regional
Este crescimento é mais acentuado no Norte e LVT, sendo o Alentejo a que tem menor crescimento, tendo impacto na cobertura populacional da RNCCI.
A comparação da cobertura populacional manteve‐se com o censo de 2001 para se poder avaliar o crescimento face ao ano de 2010, em que os cálculos foram efetuados com esse censo.
De futuro esta análise (2011 – 2012) será efetuada com o censo de 2011.
2001 2011 Variação
Norte 514.758 634.756 23,3%Centro 345.742 395.294 14,3%
LVT 568.609 702.070 23,5%Alentejo 125.874 129.033 2,5%Algarve 73.613 88.404 20,1%
Total 1.628.596 1.949.557 19,7%
População com mais de 65 anos
Norte 512.445 28 18.302 24 21.352 91 5.631Centro 348.055 17 20.474 17 20.474 64 5.438LVT 568.609 23 24.722 29 19.607 86 6.612
Alentejo 125.874 22 5.722 5 25.175 19 6.625Algarve 73.613 3 24.538 3 24.538 33 2.231TOTAL 1.628.596 93 17.512 78 20.879 293 5.558
RegiãoN.º de habitantes com idade ≥ 65
anosECL
População por ECL
EGA Hospital
População por EGA H
EGA Centro Saúde
População por EGA CS
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De forma a avaliar o impacto do envelhecimento da população na cobertura da RNCCI, a figura seguinte compara a cobertura com censo de 2001 e 2011, dos lugares existentes em 2011.
Tabela 17: Cobertura Populacional Nacional e Regional em 2011 com censo de 2001 e 2011
2.6 Legislação, Diretivas Técnicas e Notas Informativas e outras orientações, publicadas em 2011 na RNCCI
A Legislação relevante no âmbito da RNCCI, Diretivas Técnicas, Notas informativas e Outras Orientações encontra‐se no site da UMCCI www.umcci.min‐saude.pt em http://www.umcci.min‐saude.pt/Paginas/Legislacao.aspx e http://www.umcci.min‐saude.pt/documentacao/profissionais/Paginas/dirtecnicas.aspx
Norte 634.756 1784 281 1660 262 3444 543
Centro 395.294 1607 407 1522 385 3129 792
LVT 702.070 1188 169 2093 298 3281 467
Alentejo 129.033 603 467 617 478 1220 945
Algarve 88.404 413 467 1440 1629 1853 2096
TOTAL 1.949.557 5595 287 7332 376 12927 663
Norte 512.445 1784 348 1660 324 3444 672
Centro 348.055 1607 462 1522 437 3129 899
LVT 568.609 1188 209 2093 368 3281 577
Alentejo 125.874 603 479 617 490 1220 969
Algarve 73.613 413 561 1440 1956 1853 2517
TOTAL 1.628.596 5595 344 7332 450 12927 794
C enso s 2001 C enso s 2011 C enso s 2001 C enso s 2011
Norte 512.445 634.756 672 543 ‐19,3%Centro 348.055 395.294 899 792 ‐12,0%LVT 568.609 702.070 577 467 ‐19,0%
Alentejo 125.874 129.033 969 945 ‐2,4%Algarve 73.613 88.404 2517 2096 ‐16,7%TOTAL 1.628.596 1.949.557 794 663 ‐16,5%
N.º Lugares TOTAIS por 100.000 hab. ≥ de
65anos a 31.12.11Variação
N.º de habitantes com idade ≥ 65 anos
N.º de habitantes com idade ≥ 65 anosRegião
N.º Lugares TOTAIS por
100.000 hab. ≥ de 65anos a 31.12.11
2011 ‐ COBERTURA POPULACIONAL COM POPULAÇÃO CENSOS 2001 ‐ UTILIZADA ATÉ 2011
2011 ‐ COBERTURA POPULACIONAL COM POPULAÇÃO CENSOS 2011
Nº Lugares TOTAIS
N.º Lugares TOTAIS por 100.000 hab. ≥ de
65anos a 31.12.11
Nº Lugares ECCI
N.º Lugares ECCI por 100.000 hab. ≥ de 65anos a 31.12.11
Nº Lugares TOTAIS
Nº Lugares ECCI
N.º Lugares ECCI por 100.000 hab. ≥ de 65anos a 31.12.11
RegiãoN.º de habitantes com
idade ≥ 65 anos Nº de Camas N.º Camas por
100.000 hab. ≥ de 65anos a 31.12.11
N.º Lugares TOTAIS por 100.000 hab. ≥ de
65anos a 31.12.11
RegiãoN.º de habitantes com
idade ≥ 65 anos Nº de Camas N.º Camas por
100.000 hab. ≥ de 65anos a 31.12.11
CIRCUITO DE REFERENCIAÇÃO: INTERVALOS TEMPORAIS
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3 CIRCUITO DE REFERENCIAÇÃO: INTERVALOS TEMPORAIS O circuito do utente na RNCCI inicia‐se com a chegada à ECL, por via eletrónica, do processo de
referenciação elaborado pela EGA. A ECL valida o processo e a ECR identifica vaga. A análise destes tempos permite identificar alguns dos constrangimentos existentes que possam
contribuir para uma admissão menos célere na RNCCI. Assim estes 2 tempos representam o tempo de espera para os utentes acederem à RNCCI.
3.1 Tempo de avaliação das propostas pelas ECL A ECL deverá analisar as propostas bem como garantir que toda a informação/documentação
(nomeadamente o cálculo da comparticipação, se aplicável) dos utentes esteja completa, de modo a garantir que a entrada na tipologia adequada, seja o mais célere possível.
Na tabela seguinte mostram‐se os tempos por região e tipologia em 2010 e 2011 bem como as variações percentuais existentes. A tabela para além dos tempos e variação tem uma sinalização de cor que permite analisar de forma mais rápida os tempos existentes. O tempo de avaliação pelas ECL deveria situar‐se no máximo de 3 dias, representado na tabela pela cor verde. Atendendo a que existe uma grande variabilidade de tempos por tipologia e por região, analisa‐se também os tempos de 3 dias a 1 semana, entre 1 e 2 semanas e superior a 2 semanas conforme legenda da tabela.
Tabela 18: Tempo de avaliação pelas ECL por região e tipologia 2010 2011
O Norte tem uma diminuição em todos os tempos, com exceção de ECCI. LVT é a pior região em relação a tempos de ECL e agrava esses tempos em UCP, ULDM e em UMDR. O Alentejo agrava em UCP.
2010 2011 2010 2011 2010 2011UC 2,24 2,00 ‐11% 1,12 1,00 ‐11% 4,83 4,73 ‐2%UCP 2,20 2,00 ‐9% 5,76 2,77 ‐52% 4,05 4,98 23%UMDR 5,18 4,90 ‐5% 7,24 6,66 ‐8% 10,89 11,83 9%ULDM 5,19 4,90 ‐6% 7,86 8,00 2% 11,09 13,10 18%ECCI 2,98 3,00 1% 0,91 0,91 0% 4,86 3,87 ‐20%
2010 2011 2010 2011UC 3,26 2,98 ‐9% 2,85 0,80 ‐72%UCP 1,91 2,90 52% 2,15 1,98 ‐8%UMDR 8,06 7,39 ‐8% 5,85 3,99 ‐32%ULDM 9,82 7,23 ‐26% 39,85 6,00 ‐85%ECCI 2,98 3,00 1% 0,65 0,71 9%
variação
tempos que aumentaram em relação a 2009
ALENTEJOvariação
ALGARVEvariação
Tempos de Avaliaçãoinferior a 72 horas (3 dias)entre 3 e 5 dias entre 5 e 10 dias ( 1 a 2 semanas)mais que 2 semanas
NORTE CENTRO LVTvariação variação
TEMPO AVALIAÇÃO ECL 2010 2011 ‐ Mediana
CIRCUITO DE REFERENCIAÇÃO: INTERVALOS TEMPORAIS
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UMCCI
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O Centro melhora todos os tempos exceto em ULDM. O Algarve melhora todos os tempos e mesmo com agravamento em ECCI é inferior a 1 dia. Existem tempos superiores a 3 dias. 5 regiões e 5 tipologias diferentes originam 25 tempos. 10
destes tempos são verdes, i.e., cumpre‐se o prazo de 3 dias em 40% dos casos. O facto de as ECL terem outras funções para além das atribuídas à RNCCI, tanto na vertente Saúde
como na de Segurança Social, com acréscimo nesta ultima do tempo necessário aos procedimentos para o cálculo de comparticipação dos utentes, nas tipologias de UMDR e ULDM, poderão contribuir para estes tempos. As ECR e ECL deverão refletir sobre os fatores que condicionam estes tempos.
3.2 Tempo de identificação de vaga nas Equipas Coordenadoras Regionais (ECR)
Na tabela seguinte encontram‐se os tempos de identificação de vaga pelas ECR em 2010 e 2011 bem como a variação percentual de tempo.
Tabela 19: Tempo de identificação de vaga ECR 2010 2011
O tempo de identificação de vaga para ECCI é no máximo de 1 dia em todas as regiões, sugerindo vagas disponíveis, o que é evidente através das taxas de ocupação em ECCI em todas as Regiões.
Existe agravamento dos tempos de identificação de vaga pelas ECR no Norte para UMDR, no Alentejo para UCP e Algarve para Média e Longa Duração.
O Centro tem diminuição de todos os tempos, com exceção de um agravamento de 35% em Longa. O Norte é a região que apresenta melhores tempos a nível nacional, exceto em UCP, sendo no
entanto inferior a 1 dia. LVT é a região que apresenta piores tempos a nível nacional, em relação possível com o facto de ser
a região que apresenta pior cobertura populacional.
2010 2011 2010 2011 2010 2011UC 0,7 0,8 10% 2,2 1,2 ‐44% 14,2 12,1 ‐14%UCP 2,4 0,8 ‐66% 11,0 1,6 ‐86% 50,0 56,7 13%UMDR 1,2 4,3 251% 11,2 6,0 ‐46% 51,1 28,9 ‐43%ULDM 7,1 7,0 ‐1% 14,0 18,9 35% 89,0 54,2 ‐39%ECCI 0,1 0,1 0% 0,1 0,1 0% 0,4 1,0 155%
2010 2011 2010 2011UC 8,2 6,9 ‐16% 1,1 1,1 ‐4%UCP 0,4 9,1 2300% 0,9 0,2 ‐81%UMDR 22,3 22,4 0% 0,8 5,9 641%ULDM 43,0 40,8 ‐5% 1,3 12,5 871%ECCI 0,4 0,4 0% 0,8 0,3 ‐63%
Tempos de Aval iação
tempos que aumentaram em relação a 2010
ALENTEJOvariação
ALGARVEvariação
Tempo de Identificação de vaga ECR 2010 2011 ‐ MedianaNORTE
variaçãoCENTRO
variaçãoLVT
variação
CIRCUITO DE REFERENCIAÇÃO: INTERVALOS TEMPORAIS
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Na figura seguinte apresentam‐se estes tempos para maior facilidade de visualização, em que se torna evidente os tempos mais elevados de LVT em todas as tipologias, seguidos do Alentejo para ULDM e UMDR, como já acontecia em 2010.
Figura 3: Tempo de identificação de vaga ECR 2010 2011
0
10
20
30
40
50
60
NORTE CENTRO LVT ALENTEJO ALGARVE
Dias
TEMPO IDENTIFICAÇÃO VAGA ECR 2011
UC UCP UMDR ULDM ECCI
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4 CARATERIZAÇÃO DA REFERENCIAÇÃO DE UTENTES PARA A RNCCI
4.1 Utentes referenciados para a RNCCI
O total de utentes referenciados para a Rede durante o ano de 2011 foi de 30.103 utentes. A figura seguinte mostra o crescimento do acumulado de utentes referenciados de 2010 para 2011:
Figura 4: Acumulado de utentes referenciados
A distribuição nacional da proveniência da referenciação por entidade referenciadora em 2010 e
2011 encontra‐se na figura seguinte, em que se verifica um aumento percentual da referenciação pelos Centros de Saúde, subindo de 30 para 34%:
Figura 5: Proveniência da referenciação para a RNCCI por entidade referenciadora 2010 2011
O crescimento é de 40,1% com 105.257 utentes referenciados desde o início da RNCCI
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%
HOSPITAIS
CS
70%
30%
66%
34%
Utentes referenciados por entidade referenciadora
2011 2010
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A figura seguinte mostra a distribuição percentual da origem da referenciação a nível regional, em que as regiões Centro e Alentejo apresentam maior equilíbrio relativamente a referenciação dos Hospitais e Centros de Saúde. O Norte mostra a maior assimetria de referenciação com os Hospitais a referenciarem cerca de 3 vezes mais utentes que os Centros de Saúde.
Figura 6: Proveniência da referenciação para a RNCCI por entidade referenciadora por região
Na figura seguinte mostra‐se o peso de cada região na referenciação nacional. O Norte foi a região que mais referenciou, representando 38% dos utentes referenciados em 2011. LVT e Centro apresentam um peso semelhante. Mais de 80% dos utentes foram referenciados pelo Norte, Centro e LVT, situação sobreponível a 2010.
Figura 7: Percentagem regional da referenciação nacional
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%
NORTE
CENTRO
LVT
ALENTEJO
ALGARVE
25%
41%
36%
46%
32%
75%
59%
64%
54%
68%
Distribuição percentual da origem da referenciação em cada região
HOSPITAL CS
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%
NORTE
CENTRO
LVT
ALENTEJO
ALGARVE
37,9%
20,6%
22,7%
10,4%
8,3%
Percentagem regional do total nacional de referenciados
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Quando se analisa o peso nacional das referenciações por entidade referenciadora a nível regional, verifica‐se que a referenciação hospitalar no Norte foi responsável por 28,3% do total de referenciados a nível nacional. Apesar da distribuição percentual da origem da referenciação a nível regional ser semelhante entre referenciação Hospitalar e de Centro de Saúde no Norte e Algarve, o peso nacional é diverso, representando os Hospitais nesta última região 5,6% do total de referenciados a nível nacional, presente na figura seguinte.
Figura 8: Percentagem regional do total nacional de utentes referenciados por origem
A figura seguinte mostra a distribuição percentual da origem da referenciação para ECCI nas diferentes regiões e a nível nacional.
Figura 9: Distribuição percentual da origem da referenciação para ECCI nacional e regional
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%
NORTE
CENTRO
LVT
ALENTEJO
ALGARVE
9,6%
8,4%
8,1%
4,8%
2,7%
28,3%
12,2%
14,7%
5,6%
5,6%
Percentagem regional do total nacional de referenciados por origem
HOSPITAL CS
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Verifica‐se que, a nível nacional, os Hospitais e Centros de Saúde referenciaram aproximadamente a mesma percentagem de utentes para ECCI, com 62% a serem referenciados pelos Centros de Saúde.
LVT, Alentejo e Centro são as regiões do País em que os Centros de Saúde assumem um maior peso percentual na referenciação para ECCI, relativamente ao total dos referenciados para esta tipologia na região.
23,1% dos utentes referenciados a nível nacional foram para ECCI, assumindo esta tipologia de cuidados um peso sobreponível a Convalescença e Média duração, conforme figura seguinte:
Figura 10: Percentagem dos utentes referenciados para cada tipologia de Cuidados ‐ 2011
Em relação ao total dos referenciados por região, o Algarve referencia 44,3% dos seus utentes para
ECCI.
Figura 11: Percentagem de referenciados para ECCI dos utentes referenciados em cada região
9,6%
19,6%
23,1% 23,6% 24,1%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
UCP ULDM ECCI UC UMDR
Percentagem dos utentes referenciados para cada tipologia de Cuidados ‐ 2011
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O total nacional de referenciados para ECCI é de 6.952 utentes, tendo o Norte referenciado quase metade do total nacional – 3.306 utentes.
Figura 12: Percentagem regional do total nacional de referenciados para ECCI
Os Centros de Saúde no Norte referenciaram 25,3% do total nacional de utentes referenciados para
ECCI. Quando se compara o número de referenciados por EGA de Centro de Saúde por região e o número
de EGA de Centros de Saúde por região verifica‐se que existe uma tendência de o número de referenciados aumentar com o aumento do número de EGA de Centro de Saúde por região:
• Para ECCI com uma correlação de R=0,75.
• Para todas as tipologias para onde foi efetuada a referenciação, com uma correlação de R=0,87.
Existe relação muito forte quando R> 0,7. Assim o aumento de entidades referenciadoras nos Centros de Saúde contribui para uma maior
referenciação comunitária para a RNCCI, com proveniência do domicílio, enfatizando este nível no Sistema Nacional de Saúde, que pode responder a algumas situações sem necessidade de recurso ao Hospital.
0% 10% 20% 30% 40% 50%
NORTE
LVT
ALGARVE
ALENTEJO
CENTRO
47,6%
23,2%
15,9%
8,5%
4,8%
Percentagem regional do total nacional de referenciados para ECCI
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4.2 Utentes referenciados para a RNCCI: evolução 2010 2011 Os utentes referenciados por tipologia, a nível nacional, durante o ano de 2011, e comparação com
2010 encontra‐se na tabela seguinte:
Tabela 20: Utentes referenciados 2010 2011 e variação percentual
De realçar que o crescimento mais acentuado se situa na referenciação para ECCI, mais do dobro que em 2010.
O resumo da referenciação a partir dos Centros de Saúde e Hospitais encontra‐se na tabela seguinte:
Tabela 21: Utentes referenciados por região e origem/proveniência 2009 ‐ 2010 e variação percentual
O Norte é a região do País que mais cresce em referenciação, sendo esse crescimento mais evidente na referenciação dos Centros de Saúde.
O Algarve cresce em referenciação à custa da referenciação dos Centros de Saúde, com a referenciação hospitalar praticamente inalterada.
A referenciação em LVT faz‐se também por um maior crescimento a partir dos Centros de Saúde. A nível nacional a referenciação dos Centros de Saúde tem um acréscimo de 41,5% e os Hospitais um
crescimento de 18,6% sugerindo um papel cada vez mais importante do nível comunitário na referenciação para a RNCCI.
2010 2011 variação 2010 2011 variação 2010 2011 variação
NORTE 1.738 2.893 66,5% 6.576 8.531 29,7% 8.314 11.424 37,4%CENTRO 2.206 2.522 14,3% 3.146 3.683 17,1% 5.352 6.205 15,9%LVT 1.569 2.434 55,1% 3.922 4.413 12,5% 5.491 6.847 24,7%ALENTEJO 1.172 1.455 24,1% 1.533 1.678 9,5% 2.705 3.133 15,8%ALGARVE 460 807 75,4% 1.682 1.687 0,3% 2.142 2.494 16,4%NACIONAL 7.145 10.111 41,5% 16.859 19.992 18,6% 24.004 30.103 25,4%
HOSPITAIS GLOBAL
UTENTES REFERENCIADOS POR REGIÃO E ORIGEM ‐ 2010 2011CENTROS DE SAÚDE
Tipologia Acréscimo
2010 2011ULDM 5550 5896 6,2%UMDR 6483 7240 11,7%UCP 2593 2897 11,7%UC 5903 7118 20,6%ECCI 3475 6952 100,1%TOTAL 24004 30103 25,4%
Utentes Referenciados
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Na tabela seguinte mostram‐se os utentes referenciados por região, tipologia e origem, com comparação com 2010:
Tabela 22: Utentes referenciados por região, tipologia e origem 2010 2011
O Norte é a região que mais cresce na referenciação para ECCI diminuindo a referenciação para ULDM a partir dos Centros de Saúde, podendo sugerir uma opção mais direcionada para a permanência no domicílio.
Verifica‐se que o crescimento de LVT em relação a utentes referenciados para ECCI se faz sobretudo à custa da referenciação dos Centros de Saúde.
O Alentejo e Algarve têm uma diminuição de referenciação para ECCI a partir dos Hospitais. O Alentejo tem uma diminuição de referenciação para UMDR
Região H / CS2010 2011 variação 2010 2011 variação 2010 2011 variação
CENTRO DE SAÚDE 367 1.756 378% 299 318 6% 128 132 3%HOSPITAL 476 1.550 226% 2.415 3.022 25% 541 544 1%CENTRO DE SAÚDE 287 244 ‐15% 208 210 1% 108 141 31%HOSPITAL 115 89 ‐23% 956 1.149 20% 222 343 55%CENTRO DE SAÚDE 554 1.272 130% 60 54 ‐10% 226 275 22%HOSPITAL 201 342 70% 990 1.035 5% 1.044 1.084 4%CENTRO DE SAÚDE 263 445 69% 88 141 60% 77 76 ‐1%HOSPITAL 240 148 ‐38% 438 623 42% 62 122 97%CENTRO DE SAÚDE 278 585 110% 4 25 525% 13 18 38%HOSPITAL 694 521 ‐25% 445 541 22% 172 162 ‐6%CENTRO DE SAÚDE 1.749 4.302 146% 659 748 14% 552 642 16%HOSPITAL 1.726 2.650 54% 5.244 6.370 21% 2.041 2.255 10%
Região H / CS2010 2011 variação 2010 2011 variação 2010 2011 variação
CENTRO DE SAÚDE 705 469 ‐33% 239 218 ‐9% 1.738 2.893 66,5%HOSPITAL 1.242 1.491 20% 1.902 1.924 1% 6.576 8.531 29,7%CENTRO DE SAÚDE 873 1.054 21% 730 873 20% 2.206 2.522 14,3%HOSPITAL 507 540 7% 1.346 1.562 16% 3.146 3.683 17,1%CENTRO DE SAÚDE 475 509 7% 254 324 28% 1.569 2.434 55,1%HOSPITAL 753 686 ‐9% 934 1.266 36% 3.922 4.413 12,5%CENTRO DE SAÚDE 483 543 12% 261 250 ‐4% 1.172 1.455 24,1%HOSPITAL 276 350 27% 517 435 ‐16% 1.533 1.678 9,5%CENTRO DE SAÚDE 143 144 1% 22 35 59% 460 807 75,4%HOSPITAL 93 110 18% 278 353 27% 1.682 1.687 0,3%CENTRO DE SAÚDE 2.679 2.719 1% 1.506 1.700 13% 7.145 10.111 41,5%HOSPITAL 2.871 3.177 11% 4.977 5.540 11% 16.859 19.992 18,6%
ECCI UC UCP
LVT
NORTE
TOTAIS
NACIONAL
ULDM UMDR
CENTRO
UTENTES REFERENCIADOS POR REGIÃO, ORIGEM E TIPOLOGIA ‐ 2010 2011
UTENTES REFERENCIADOS POR REGIÃO, ORIGEM E TIPOLOGIA ‐ 2010 2011
ALENTEJO
ALGARVE
NACIONAL
NORTE
CENTRO
LVT
ALENTEJO
ALGARVE
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4.3 Número de utentes com condições de ingresso na Rede em relação aos utentes referenciados e número de utentes admitidos em relação aos utentes com condições de ingresso
Até 31 de Dezembro de 2011, foram referenciados para a RNCCI 30.103 utentes. Nesta data
encontravam‐se em avaliação 517 utentes. Dos 29.586 utentes restantes, tinha sido tomada uma decisão em relação à existência de critérios para admissão na RNCCI. Foram identificados 2.419 utentes sem critérios de admissão (3.052 em 2010), ficando 27.167 utentes com condições de ingresso, o que significa que 92% dos utentes referenciados tinham condições de ingresso na RNCCI (87% em 2010).
Do número de utentes referenciados com condições de ingresso na Rede, foram retirados os utentes
que recusaram, os episódios de referenciação cancelados pela entidade referenciadora e os óbitos, totalizando 24.708 utentes a admitir, conforme tabela seguinte:
Tabela 23:Utentes referenciados com condições de ingresso e a admitir
O número de admissões na RNCCI em 2011 foi de 24.017, significando que foram admitidos 97% dos utentes com condições de ingresso na Rede (95 % em 2010), conforme tabela seguinte:
Tabela 24: Utentes com condições de ingresso admitidos
Referenciados 30.103Em avaliação 517
TOTAL 29.586Sem critérios 2.419Com critérios 27.167 92%recusam 439
cancelados 1.298óbitos 722TOTAL 2.459
utentes a admitir 24.708
utentes com condições de ingresso / referenciados 2011
Utentes a admitir 24.708 %Admitidos 24.017 97%
utentes admitidos / utentes com condições de ingresso
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4.4 Número de utentes a aguardar vaga A 31 de Dezembro de 2011 existiam 691 utentes em espera, o que representa uma diminuição de
32% em relação ao final de 2010.
Tabela 25: Utentes que aguardavam vaga a 31‐12‐2011
Como já foi referido LVT tem a menor cobertura populacional em todas as tipologias, exceto em UCP (situação idêntica a 2010), apresentando no entanto também o maior número de utentes a aguardar vaga para esta tipologia, representando 82% dos utentes a nível nacional.
LVT é também a região com mais utentes a aguardar vaga, em todas as tipologias, com exceção de UC no Alentejo. Os utentes a aguardar vaga em ECCI não se relacionam com a taxa de ocupação atendendo a que esta é de 58% em relação aos lugares disponíveis.
52% dos utentes a aguardar vaga a nível nacional encontram‐se em LVT.
UCAguardam
vaga% utentes em espera UMDR Aguardam vaga
% utentes em espera
Norte 9 8% Norte 22 13%Centro 19 16% Centro 8 5%
LVT 22 18% LVT 112 64%Alentejo 51 43% Alentejo 30 17%Algarve 19 16% Algarve 2 1%
Total 120 Total 174
ULDMAguardam
vaga% utentes em espera UCP Aguardam vaga
% utentes em espera
Norte 33 16% Norte 11 7%Centro 24 12% Centro 10 7%
LVT 86 41% LVT 121 82%Alentejo 65 31% Alentejo 5 3%Algarve 0 0% Algarve 0 0%
Total 208 Total 147
ECCIAguardam
vaga% utentes em espera TOTAL Aguardam vaga
% utentes em espera
Norte 7 17% Norte 82 12%Centro 1 2% Centro 62 9%
LVT 20 48% LVT 361 52%Alentejo 12 29% Alentejo 163 24%Algarve 2 5% Algarve 23 3%
Total 42 Total 691
2011 2010691 1010Aguardam vaga
Decréscimo ‐32%
Utentes que aguardam vaga a 31‐12‐2011
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4.5 Motivo das propostas de referenciação para a RNCCI Em relação aos motivos das propostas de referenciação, cada um dos utentes referenciados pode
apresentar mais do que um motivo de referenciação. A tabela seguinte mostra as percentagens dos motivos de referenciação para a RNCCI paras as
diferentes tipologias, ordenadas de forma decrescente de frequência a nível nacional.
Tabela 26: Motivos de referenciação
Entre os motivos das propostas de referenciação de utentes para a RNCCI, a Dependência de AVD é, a nível nacional, o principal motivo de referenciação 90% (igual em 2010), seguido de Ensino utente/Cuidador informal 61% (85% em 2010).
Na UC a Dependência de AVD (93%), a Reabilitação (87%) e o Ensino utente/Cuidador informal (66%) são os principais motivos. A necessidade de Reabilitação apresenta a maior percentagem a nível da Rede.
Na UMDR a Dependência de AVD representa 93% dos motivos de referenciação, o mesmo que na Convalescença, a Reabilitação em 77% e o Ensino utente/Cuidador informal está presente em 64% dos utentes referenciados, sobreponível a Convalescença. A Doença Cardiovascular apresenta a maior percentagem a nível da Rede – 16%.
Na ULDM verifica‐se que os dois motivos principais de referenciação para a RNCCI são os mesmos que em UC e UMDR: a Dependência de AVD e o Ensino utente/Cuidador informal. O Descanso do Cuidador apresenta nesta tipologia a maior % da Rede, bem como a Manutenção de dispositivos.
Nas ECCI verifica‐se que a Dependência de AVD (86%) e o Ensino utente/Cuidador informal (66%) são os principais motivos, com percentagens sobreponíveis às tipologias anteriores referidas.
O Tratamento de Feridas/Úlceras de pressão e Úlceras de pressão múltiplas representam a maior % da Rede nas ECCI, superior às outras tipologias, sendo assim a tipologia de cuidados com valor mais elevado nestes itens.
A Deterioração Cognitiva apresenta a maior % na ULDM (6%).
ECCI UC UCP ULDM UMDR Nacional
MOTIVOS
Dependencia AVD 86% 93% 81% 89% 93% 90%Ensino utente/Cuidador informal 66% 66% 32% 56% 64% 61%
Reabilitação 41% 87% 4% 29% 77% 57%Cuidados pós‐cirurgicos 15% 41% 5% 5% 20% 21%Tratamento de Feridas/Ulceras de pressão 36% 4% 8% 17% 10% 16%Doença Cardiovascular 12% 13% 2% 13% 16% 13%Gestão regime terapeutico 10% 5% 56% 25% 6% 13%Portadores de SNG/PEG 9% 2% 11% 22% 7% 9%Ulceras de pressão multiplas 15% 1% 3% 8% 7% 7%Descanso do Cuidador 2% 0% 3% 26% 3% 6%Manutenção de dispositivos 6% 2% 10% 13% 2% 5%DPOC 3% 2% 3% 3% 2% 3%Cuidados pós‐traumaticos 3% 4% 0% 2% 4% 3%Deterioração Cognitiva 2% 1% 3% 6% 2% 3%Hepatopatia 1% 1% 3% 1% 1% 1%Desnutrição 1% 0% 3% 1% 1% 1%Ventilação assistida 1% 0% 1% 1% 0% 1%
Motivos de Referenciação 2011
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4.6 Perfil dos utentes da RNCCI – caraterização sóciodemográfica
4.6.1 Sexo e Idade Na tabela seguinte encontra‐se a distribuição por sexo e grupo etário, comparativos entre 2010 e
2011, sendo sobreponível a 2010.
Tabela 27: Distribuição por Idade e Sexo 2010 2011
A figura seguinte mostra a evolução do número de utentes da Rede com idade superior a 65 anos, em que os valores são sempre próximos de 80%, tendo em 2011 passado para 85,4%, uma percentagem elevada de população envelhecida, com maior probabilidade de doenças crónicas e de incapacidade, o que terá reflexos na capacidade de recuperação e no tempo de permanência na RNCCI.
Figura 13: Utentes com idade superior a 65 anos ‐ evolução
85,4% dos utentes referenciados em 2011 tem mais de 65 anos
Grupo etário 2010 2011 2010 2011
18‐49 2% 2% 4% 3%50‐64 6% 6% 9% 4%65‐79 21% 25% 19% 22%>80 25% 21% 15% 18%Total 54% 54% 46% 46%
Idade e Sexo
Feminino Masculino
79,3%
80,5%79,9%
85,4%
75,0%
80,0%
85,0%
90,0%
Ano 2008 Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011
Utentes com idade > 65 anos
CARATERIZAÇÃO DA REFERENCIAÇÃO DE UTENTES PARA A RNCCI
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Em 2011, o grupo etário com idade superior a 80 anos representa 39% dos utentes de ambos os sexos, representando 42% em 2009 e 40% em 2010.
4.6.2 Situação de convivência Em 2008, a percentagem de pessoas das pessoas que viviam sós e que ingressaram na RNCCI, era de
13%. Em 2010 foi de 21,7%, sobreponível a 2009 (20,7%) e em 2011 ‐ 21%, evidenciando o papel da RNCCI nas respostas a situações de isolamento que simultaneamente têm necessidades de Saúde e Sociais
72% vive com família natural.
4.6.3 Proveniência e tipo de apoio recebido
Na distribuição do número de utentes referenciados por origem de apoio aquando da sua referenciação para a RNCCI, verifica‐se que os familiares constituem o principal suporte destes utentes em 62% dos casos (51% em 2010), seguido da ajuda domiciliária de tipo social, em 15% dos casos (11% em 2010).
Em relação ao tipo de apoio, verifica‐se que o apoio em termos de alimentação ocorre em 52% dos
utentes referenciados, em 50% dos casos tem apoio de higiene de roupa e higiene pessoal, e apoio em medicamentos em 42% casos, mostrando uma população carenciada.
De realçar que um utente pode receber mais do que um tipo de apoio.
O perfil mais frequente do utente da RNCCI apresenta as seguintes características:
39% dos utentes referenciados em 2011 tem mais de 80 anos
Predominância do sexo feminino, idade superior a 65 anos, baixa escolaridade (28% sem escolaridade, 61% com escolaridade até 6 anos, com um total de 89%), reside com família natural e que apresenta dependência, que como se evidenciará, os utentes incapazes e dependentes
representam 94% do total de utentes.
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5 ATIVIDADE ASSISTENCIAL
5.1 Número de utentes assistidos por região e tipologia
O número de utentes assistidos em 2011 inclui, para além dos referenciados em 2011, os utentes transitados de 2010 (a quem já se prestavam cuidados em UCCI ou ECCI), os admitidos em 2011 cujas referenciações ainda tinham sido efetuadas em 2010, os que estavam em avaliação na ECL em final de 2010 e foram posteriormente admitidos em Unidades/Equipas da RNCCI em 2011.
O número de utentes assistidos em 2011, comparativamente com 2010, cresceu de 25.990 para
32.713, representando um acréscimo de 26%, conforme tabela seguinte, onde se apresenta também a variação em relação a 2010 por região e tipologia:
Tabela 28: Utentes assistidos 2011 e variação em relação a 2010
2010 2011 2010 2011
ALENTEJO 537 773 43,9% 619 695 12,3%ALGARVE 637 806 26,5% 401 495 23,4%CENTRO 1.461 1.665 14,0% 2.308 2.603 12,8%LVT 852 941 10,4% 912 1.232 35,1%NORTE 2.800 3.559 27,1% 2.432 2.716 11,7%NACIONAL 6.287 7.744 23,2% 6.672 7.741 16,0%
2010 2011 2010 2011
ALENTEJO 648 737 13,7% 173 142 ‐17,9%
ALGARVE 362 419 15,7% 243 158 ‐35,0%CENTRO 1.757 1.981 12,7% 239 234 ‐2,1%LVT 817 1.018 24,6% 571 596 4,4%NORTE 2.218 2.334 5,2% 725 470 ‐35,2%NACIONAL 5.802 6.489 11,8% 1.951 1.600 ‐18,0%
2010 2011 2010 2011
ALENTEJO 650 891 37,1% 2.627 3.238 23%ALGARVE 2.193 2.205 0,5% 3.836 4.083 6%CENTRO 799 686 ‐14,1% 6.564 7.169 9%LVT 805 2.247 179,1% 3.957 6.034 52%NORTE 831 3.110 274,2% 9.006 12.189 35%
NACIONAL 5.278 9.139 73,2% 25.990 32.713 26%
ASSISTIDOS 2010 E 2011
ASSISTIDOS 2010 E 2011UCP
variação
UC variação UMDR variação
ULDMvariação
Região
Região
Região
ASSISTIDOS 2010 E 2011ECCI
variaçãoTOTAL variação
total
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• O Norte é a região que mais utentes assistiu em todas as tipologias, exceto em UCP em que foi LVT a região que mais utentes assistiu.
• Do total de utentes assistidos em ECCI, o Norte e LVT contribuíram com 59% do total nacional, tendo sido as regiões que mais cresceram em relação a 2010.
• Do total de utentes assistidos em Convalescença, a região Norte contribuiu com 46% do total nacional e juntamente com o Centro 67% do total nacional. A região que mais cresceu percentualmente em relação a 2010 foi o Alentejo, com um acréscimo de 43,9%.
• Do total de utentes assistidos em Média Duração e Reabilitação, a região Norte contribuiu com 35% do total nacional. O Região Norte e Centro juntas assistiram 69% dos utentes a nível nacional nesta tipologia. A região que mais cresceu percentualmente em relação a 2010 foi LVT, com um acréscimo de 35,1%.
• Do total de utentes assistidos em Longa Duração e Manutenção, a região Norte contribuiu com 36% do total nacional. O Região Norte e Centro juntas assistiram 66% dos utentes a nível nacional nesta tipologia. A região que mais cresceu percentualmente em relação a 2010 foi LVT, com um acréscimo de 24,6%.
• Do total de utentes assistidos em Unidades de Cuidados Paliativos, LVT contribuiu com 37% do total nacional. Associada à região Norte, assistiram 67% dos utentes a nível nacional nesta tipologia. LVT foi a única região que cresceu em relação a 2010, tendo as restantes regiões apresentado decréscimo em relação a 2010, com decréscimo nacional de 18%.
Em relação ao decréscimo de utentes assistidos em UCP é importante analisar os dados existentes
para se inferir que causas possíveis estarão subjacentes. Quando se verifica a referenciação para UCP em relação a 2010 verifica‐se que existe um acréscimo
de referenciação nacional de 11,7%, com crescimentos regionais assimétricos, em que o Alentejo e o Centro foram as regiões que mais cresceram em referenciação.
O que significa que a diminuição de assistidos não é originada pela diminuição de referenciação
Tabela 29: Utentes referenciados 2011 e variação em relação a 2010
Como se referiu anteriormente os assistidos no ano incluem os utentes transitados de 2010 (a quem já se prestavam cuidados, os admitidos em 2011 cujas referenciações ainda tinham sido efetuadas em 2010, os que estavam em avaliação na ECL em final de 2010 e foram posteriormente admitidos.
2010 2011 variaçãoNORTE 669 676 1,0%CENTRO 330 484 46,7%LVT 1270 1359 7,0%ALENTEJO 139 198 42,4%ALGARVE 185 180 ‐2,7%NACIONAL 2593 2897 11,7%
ReferenciadosUCP
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Importa pois analisar os utentes admitidos em 2011 dos referenciados em 2011. Verifica‐se que a nível nacional foram admitidos 42% dos referenciados, mas com assimetrias
regionais, em que o Algarve admitiu 68% e LVT admitiu apenas 25% dos referenciados.
Tabela 30: UCP: Utentes referenciados e admitidos em 2011
Esta situação sugere a inadequação de respostas em UCP. Outro fator a analisar é o tempo de identificação de vaga para UCP nas diferentes regiões.
Tabela 31: UCP: Tempo de identificação de vaga pelas ECR em 2011
Verifica‐se que a mediana de identificação de vaga para LVT se aproxima dos 57 dias, com obvias repercussões atendendo ao tipo de utentes. O Alentejo tem cerca de 9 dias.
Por outro lado 147 utentes a nível nacional aguardavam vaga em final de 2011, que correspondem a
cerca de 5% dos referenciados. No entanto 82% destes utentes encontravam‐se em LVT
Tabela 32: UCP: Utentes a aguardar vaga em final de 2011
Referenciados Admitidos
UCP UCP2011 2011
ALENTEJO 198 116 59%ALGARVE 180 123 68%CENTRO 484 248 51%LVT 1359 341 25%NORTE 676 376 56%NACIONAL 2.897 1.204 42%
% de Admitidos sobre os Referenciados
Região
NORTE CENTRO LVT ALENTEJO ALGARVE
UCP 0,8 1,6 56,7 9,1 0,2
TEMPO IDENTIFICAÇÃO VAGA ECR 2011
UCP Aguardam vaga% utentes em
espera
Norte 11 7%Centro 10 7%
LVT 121 82%Alentejo 5 3%Algarve 0 0%
Total 147
2011
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Neste enquadramento importa também analisar o que aconteceu aos utentes referenciados até serem admitidos em UCP, a nível nacional e nas diferentes regiões.
A nível Nacional verifica‐se que dos utentes referenciados não admitidos, cerca de 38% são óbitos
antes de identificação de vaga.
Tabela 33: UCP: Utentes referenciados não admitidos
Os óbitos dos utentes referenciados não admitidos, antes de identificação de vaga representam no
Norte 28,6%, no Centro 27,3%, em LVT 49%, no Alentejo 29,8% e no Algarve 23,9%. A prestação de Cuidados Paliativos é transversal a toda a RNCCI e o PNCP estabelece rácios de
lugares de internamento (UCP dentro e fora da RNCCI e lugares em Unidades da Rede não UCP) e domiciliários.
Na tabela seguinte encontram‐se os utentes assistidos com necessidades de cuidados paliativos noutras tipologias da Rede, para além das UCP, em que se evidencia que as ECCI estão a ter um papel importante na prestação deste tipo de cuidados, tendo assistido 27% do total de utentes com necessidade de Cuidados Paliativos, 55% dos utentes não assistidos em UCP, que representaram 49% do total:
Tabela 34: Utentes assistidos com necessidade de cuidados paliativos
avaliação cancelados óbitos em espera
98 354 1.094 14758% 2.897
3,4% 12,2% 37,8% 5,1%
com critérios
1.693
NACIONAL Referenciados UCP
Referenciados UCP não admitidos
UMDR 187ULDM 254ECCI 843UC 245
16003129
UCPTOTAL
Utentes com necessidade de Cuidados Paliativos
1529
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A tabela seguinte mostra os utentes assistidos com necessidade de cuidados paliativos totais, por região e tipologia, i.e., os assistidos em UCP e noutras tipologias:
Tabela 35: Utentes assistidos com necessidade de cuidados paliativos por região e tipologia
Verifica‐se que no Alentejo as ECCI assistiram quase o mesmo número de utentes que em UCP, e no total foram assistidos mais utentes fora de UCP que em UCP. No Centro, o número de utentes assistidos fora de UCP foram superiores aos assistidos em UCP, e em LVT e Norte foram sobreponíveis embora com maior número em UCP. No Algarve 40% utentes foram assistidos fora de UCP.
No acumulado de utentes assistidos evidencia‐se o crescimento muito significativo dos utentes
assistidos em ECCI, com um acréscimo de 116%. A tipologia que mais cresceu a seguir a ECCI foi a de UMDR, com um acréscimo de 43%, seguida de
ULDM com um acréscimo de 41%, e UC com 40%, com crescimento global de 50%, conforme tabela seguinte:
Tabela 36: Acumulado Utentes assistidos 2010 2011
98.786 utentes assistidos até final de 2011
Tipologia Variação
2010 2011
UC 19.480 27.224 40%UMDR 18.077 25.818 43%ULDM 15.746 22.235 41%UCP 4.884 6.484 33%ECCI 7.886 17.025 116%Total 66.073 98.786 50%
Acumulado Utentes Assistidos
ECCI UC UCP ULDM UMDR TOTAL
ALENTEJO 137 24 142 20 14 337ALGARVE 92 5 158 6 2 263CENTRO 58 70 234 69 57 488LVT 292 93 596 92 69 1142NORTE 264 53 470 67 45 899
TOTAL 843 245 1600 254 187 3129
Utentes assistidos com necessidade de Cuidados Paliativos 2011
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5.2 Motivos de alta da RNCCI
Na análise dos motivos de alta da RNCCI, verificou‐se que existiam registos do motivo em 49% dos utentes com alta.
O grau de autonomia na admissão na RNCCI e o elevado grupo etário são fatores que condicionam o sucesso da intervenção, aliado à intervenção multidisciplinar decorrente do plano individual de intervenção, que estabelece os objetivos a atingir.
O terem sido atingidos os objetivos terapêuticos mantém‐se como principal motivo de alta da RNCCI – 71% do total dos utentes com alta.
Figura 14: Motivo de Alta – atingidos os objetivos
Conforme já referido em 2010, terem sido atingidos os objetivos em 22% (cerca de 30% em 2010)
dos utentes em UCP, o valor mais baixo, deve alertar as UCP se os objetivos estão a ser adequadamente formulados ou se terão que operar alterações na prestação de cuidados.
Na tabela seguinte encontram‐se os valores por região e tipologia
Tabela 37: Motivo de Alta – atingidos os objetivos
87%
70% 68%
41%
22%
71%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
UC ECCI UMDR ULDM UCP total
MOTIVO DE ALTA 2011 ‐ atingidos os objectivos
NORTE CENTRO LVT ALENTEJO ALGARVE
UC 92% 79% 85% 82% 80% 87%UCP 14% 38% 22% 25% 25% 22%UMDR 76% 63% 63% 67% 63% 68%ULDM 25% 60% 47% 42% 26% 41%ECCI 73% 61% 64% 62% 62% 70%
76% 66% 67% 64% 67% 71%
MOTIVO DE ALTA 2011 ‐ atingidos os objetivos (altas com Registo)
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5.3 Destino dos utentes saídos por tipologia Através da análise de dados podemos verificar que 70% dos utentes da RNCCI tiveram alta para o
domicilio e 18% para respostas sociais. Das altas para o domicílio o Norte é a região com maior percentagem global, tendo a maior
percentagem em UC, UMDR e ECCI. O Centro tem a maior percentagem em ULDM. A alta para o domicílio a nível nacional é maior em UC. Das altas para uma resposta social o Alentejo é a região com maior percentagem, seguida do Centro. Em UC, o Alentejo é a região que tem maior percentagem para uma resposta social. Em UMDR o Centro e LVT têm a maior percentagem e em ULDM o Norte, que também tem a maior
percentagem a partir de ECCI. A tipologia que origina mais altas para resposta social é a ULDM
Tabela 38: Destino dos utentes saídos
NORTE CENTRO LVT ALENTEJO ALGARVE
UC 91% 73% 81% 76% 80% 85%UCP 14% 29% 20% 19% 17% 19%UMDR 69% 57% 58% 67% 57% 63%ULDM 22% 57% 44% 46% 39% 40%ECCI 82% 65% 72% 69% 71% 78%
76% 62% 66% 65% 68% 70%
NORTE CENTRO LVT ALENTEJO ALGARVE
UC 9% 10% 19% 24% 6% 11%UCP 11% 5% 7% 6% 0% 7%UMDR 12% 43% 42% 33% 7% 28%ULDM 78% 18% 15% 54% 1% 45%ECCI 1% 4% 5% 8% 4% 2%
15% 26% 22% 30% 5% 18%
ALTAS 2011 PARA DOMICILIO
ALTAS 2011 PARA RESPOSTA SOCIAL
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5.4 Demora média
A demora média (número médio de dias de internamento/tratamento dos utentes com alta da Rede) nas diferentes respostas da RNCCI, apresentada na tabela seguinte, por região e tipologia em 2011:
Tabela 39: Demora média 2010 por região e tipologia
A demora média observada em Convalescença a nível nacional situou‐se em 43 dias, representando um acréscimo de 8% em relação a 2010. Embora exista um acréscimo nacional de 8%, verifica‐se que o Norte, Centro e LVT têm diminuição em relação a 2010. A menor demora média é na região Norte. A região em que houve maior aumento da demora média de internamento nas Unidades de Convalescença foi no Alentejo, com aumento de 19% em relação a 2010, com um tempo médio de 46 dias. Apesar de ter havido uma diminuição de 3%, LVT apresenta a maior demora média com 57 dias.
A demora média registada na tipologia de Média Duração e Reabilitação situou‐se em 88 dias em
2011, representado um decréscimo de 5% em relação a 2010, apresentando o Norte a menor demora média. Em todas as regiões se situa abaixo dos 90 dias.
A demora média na tipologia de Longa Duração e Manutenção é de 163 dias a nível nacional,
representando um decréscimo de 18% em relação a 2010. O Algarve tem uma média de 282 dias, a maior a nível nacional.
Em ECCI, a demora média é de 74 dias representando um decréscimo de 38% em relação a 2010.
2010 2011 2010 2011 2010 2011
Norte 28 27 -3% 68 69 1% 175 169 -3%Centro 41 39 -4% 87 81 -7% 199 169 -15%
LVT 59 57 -3% 133 87 -35% 258 207 -20%Alentejo 39 46 19% 87 81 -7% 147 135 -8%Algarve 31 35 12% 91 72 -21% 210 213 1%
Média 40 43 8% 93 88 -5% 198 163 -18%
2010 2011 2010 2011
Norte 30 22 -28% 60 59 -2%Centro 27 40 47% 167 86 -49%
LVT 76 42 -45% 71 89 25%Alentejo 18 54 200% 133 73 -45%Algarve 21 19 -9% 166 94 -44%
Média 34 30 -12% 119 74 -38%
Demora MédiaVariação
Região
UC UMDR ULDM
Demora MédiaVariação
Demora MédiaVariação
Região
UCP ECCI
Demora MédiaVariação
Demora MédiaVariação
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A tipologia de Cuidados Paliativos apresenta um decréscimo de 12% em relação a 2010, com uma média de 30 dias de internamento, mas com assimetrias regionais, em que o Alentejo e o Centro apresentam o maior crescimento da demora média. A análise da demora média em Cuidados Paliativos deve ter em conta que uma referenciação precoce, como é desejável, se traduz num possível aumento do tempo de internamento.
5.5 Média de dias dos utentes ainda internados na Rede Um dos fatores importantes na RNCCI é a rotatividade de lugares, condicionada pelo elevado grupo
etário dos utentes e ao grau de incapacidade/dependência na admissão e a falta de apoios na comunidade. Na tabela seguinte encontra‐se a percentagem dos utentes ainda em seguimento frente aos
assistidos em 2011, em cada região e tipologia.
Tabela 40: Percentagem de utentes ainda em seguimento em relação aos assistidos 2011
Estão assinalados os valores superiores a 20%, evidenciando‐se uma percentagem elevada de
utentes que permanecem em ULDM, atendendo aos pressupostos atrás enunciados. O Norte é a região com menor percentagem, seguida do Centro e Alentejo com valor sobreponível.
Em ECCI a percentagem dos utentes ainda em seguimento em relação ao total de assistidos varia de
27% no Norte a 45% em LVT com um valor nacional de 37%.
UC UMDR ULDM UCP ECCI
Norte 7% 18% 37% 8% 27%Centro 11% 21% 38% 16% 39%
LVT 16% 30% 54% 12% 45%Alentejo 17% 22% 39% 10% 43%Algarve 10% 20% 52% 4% 39%
Total 10% 21% 41% 10% 37%
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Na tabela seguinte apresenta‐se a comparação entre a demora média dos utentes com alta e os que ainda se encontram em seguimento, que representam a nível nacional global ‐ 27%:
Tabela 41: Tempo de permanência na RNCCI dos utentes ainda internados
Evidencia‐se o tempo dos utentes ainda internados em ULDM, situação sobreponível a 2010. Em UMDR existem assimetrias regionais, com a generalidade das regiões a terem variações
negativas, i.e., a demora média é superior aos utentes que ainda estão em seguimento, à exceção de LVT, que poderá relacionar‐se com menor cobertura.
A média de dias dos utentes ainda internados em UCP é inferior a 2010, em que a média nacional era
de 168 dias e em 2011 é de 77 dias. Atendendo às características da população, o crescimento de lugares na RNCCI deveria ser
acompanhado de crescimento de lugares a nível social, para permitir uma resposta de continuidade de cuidados.
demora média
média dias utentes ainda
internados
demora média
média dias utentes ainda
internados
demora média
média dias utentes ainda
internados
Norte 27 23 -14% 69 57 -18% 169 331 96%Centro 39 32 -18% 81 74 -8% 169 357 111%
LVT 57 62 8% 87 126 46% 207 429 107%Alentejo 46 57 23% 81 80 -1% 135 294 118%Algarve 35 30 -13% 72 75 4% 213 584 174%Média 43 39 -8% 88 82 -7% 163 376 131%
demora média
média dias utentes ainda
internados
demora média
média dias utentes ainda
internados
Norte 22 66 201% 59 92 57%Centro 40 94 136% 86 151 76%
LVT 42 84 102% 89 185 109%Alentejo 54 47 -13% 73 120 64%Algarve 19 47 146% 94 241 157%Média 30 77 152% 74 164 122%
Demora média e Média de dias utentes ainda
internadosVariação
Demora média e Média de dias utentes ainda
internadosVariação
Demora média e Média de dias utentes ainda
internadosVariação
Região
UC UMDR ULDM
Região
UCP ECCIDemora média e Média de dias utentes ainda
internadosVariação
Demora média e Média de dias utentes ainda
"internados"Variação
ATIVIDADE ASSISTENCIAL
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5.6 Taxa de ocupação
A taxa de ocupação é apresentada por região e tipologia na tabela seguinte:
Tabela 42: Taxa de ocupação
Na tipologia ECCI, existe uma baixa taxa de ocupação em todas as regiões, sendo o Alentejo que melhor taxa de ocupação apresenta, e o Centro a mais baixa.
Na figura seguinte encontra‐se a variação da taxa de ocupação de ECCI de 2010 para 2011, onde se
evidencia uma taxa de ocupação sobreponível no Centro, Norte e Algarve, com crescimento da taxa de ocupação em LVT e Alentejo, mas com vagas disponíveis:
Figura 15: Taxa de ocupação ECCI
Como já referido em 2010, atendendo à taxa de ocupação em ECCI, deve existir por parte das regiões uma sensibilização dos Hospitais e Centros de Saúde para a disponibilidade de cuidados domiciliários, principalmente quando as recomendações internacionais e estudos sobre a preferência dos utentes mostram que este tipo de resposta é prioritário.
NORTE CENTRO LVT ALENTEJO ALGARVE
UC 80% 88% 88% 89% 96%UCP 79% 85% 93% 87% 93%UMDR 92% 94% 93% 96% 97%ULDM 96% 97% 94% 95% 100%ECCI 40% 29% 58% 60% 56%
TAXA DE OCUPAÇÃO 2011
19%
29%36%
40%
60%58%
29%
60%
40%
56%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
LVT CENTRO ALENTEJO NORTE ALGARVE
Taxa Ocupação ECCI 2010 2011
ECCI 10 ECCI 11
ATIVIDADE ASSISTENCIAL
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A taxa de ocupação em UCP é sobreponível à de 2010.
Figura 16: Taxa de ocupação UCP
77%
81%83%
92%
95%
79%
79%
85%
93%
93%
70%
80%
90%
100%
ALENTEJO NORTE CENTRO LVT ALGARVE
Taxa Ocupação UCP 2010 2011
UCP 10
UCP 11
RESULTADOS DA ATIVIDADE ASSISTENCIAL
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6 RESULTADOS DA ATIVIDADE ASSISTENCIAL
O grupo etário com idade superior a 65 anos representa 85,4% dos utentes referenciados em 2011, o mais elevado desde o início da RNCCI, e o grupo etário acima dos 80 anos 39%. Este elevado grupo etário condiciona a obtenção de melhoria na autonomia, associado ao grau de incapacidade/dependência na admissão.
6.1 Caraterização de Avaliações
6.1.1 Incapazes e dependentes na admissão O grau de autonomia na admissão na RNCCI é um dos fatores que condiciona o sucesso da
intervenção. A figura seguinte mostra que os utentes incapazes e dependentes na admissão em 2011
representam 94%, valor sobreponível a 2009 e 2010:
Figura 17: Evolução de incapazes/dependentes na admissão na RNCCI global
6.1.2 Evolução da Autonomia Física Global Como referido e explicado no relatório de 2010, de acordo com recomendação do estudo de
validação do I.N.A., foram retirados os incontinentes, da classificação incapaz, na avaliação da evolução da autonomia física.
A amostra total para análise da evolução de autonomia foi de 12.630. A melhoria em 5.632 utentes é o resultado de variações consideradas positivas, i.e., a diminuição de
incapazes e dependentes e aumento de autónomos e independentes, mostrado em termos percentuais na figura seguinte, melhoria em 45% utentes, apesar das características dos utentes atrás enunciadas na admissão:
87%
94%95%
94%
80%
85%
90%
95%
100%
2008 2009 2010 2011
Evolução de Incapazes/Dependentes na admissão na RNCCI
RESULTADOS DA ATIVIDADE ASSISTENCIAL
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Figura 18: Percentagem de utentes que melhoraram a autonomia física na RNCCI
Apesar da incapacidade e dependência na admissão, os dados mostram a diminuição de incapacidade (‐36%) e dependência (‐21%) a par com melhoria de autonomia (+238%) e independência (+387%), assegurando assim o cumprimento do objetivo da RNCCI.
Dado que a Convalescença e Média Duração e Reabilitação têm como objetivo a melhoria da
autonomia global, enquanto a Longa Duração e Manutenção tem como objetivo manter as capacidades existentes, importa proceder à análise da evolução da autonomia por tipologia de cuidados.
6.1.2.1 Evolução da Autonomia Física Convalescença Na admissão, incapazes e dependentes em 2008 representavam 77% do total, 91% em 2009, 95%
em 2010 e 92% em 2011. Numa amostra de 5.345 utentes com registos de admissão e alta, verifica‐se que existe uma
diminuição de 62% de incapazes, uma diminuição de 35,4% de dependentes, um aumento de autónomos de 391% e um aumento de independentes de 539%.Obteve‐se uma melhoria em 72% dos utentes assistidos em UC semelhante ao obtido em 2010 (74%).
6.1.2.2 Evolução da Autonomia Física – Média Duração e Reabilitação Na admissão, incapazes e dependentes em 2008 representavam 89% do total, 97% em 2009, 98%
em 2010 e 95% em 2011, mostrando a grande percentagem de incapacidade/dependência na admissão. Numa amostra de 3.584 utentes com registos de admissão e alta, verifica‐se diminuição de 36% de
incapazes e de 11% de dependentes, aumento de autónomos de 230% e independentes de 220%, obtendo‐se uma melhoria em 30% (37% em 2010) dos utentes assistidos em UMDR.
12.630
5.632
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
Nº registos Melhoria
Utentes que melhoraram ‐Global RNCCI
45%
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6.1.2.3 Evolução da Autonomia Física – Longa Duração e Manutenção Conforme já referido em relatórios anteriores, no que diz respeito às Unidades de Longa Duração e
Manutenção, o seu objetivo é manter capacidades existentes, e não de ganho em autonomia. Por outro lado o número de incapazes e dependentes na admissão representava 98% da amostra
em 2008, 99% em 2009, 98,5% em 2010 e 98,2% em 2011, mostrando uma estabilização elevada de incapacidade na admissão. Destes números pode inferir‐se que esta tendência de elevada incapacidade na admissão verificada na Longa Duração se estendeu em 2011 às ECCI, como se verá adiante.
Numa amostra de 1.230 utentes com registos de admissão e alta, numa tipologia de manutenção, quando retirados os incontinentes, a percentagem de utentes que melhoraram são 13%, inferior a 2010 que se situou nos 25%.
6.1.2.4 Evolução da Autonomia Física – ECCI Na admissão, incapazes e dependentes representavam 75% do total em 2009, 84% em 2010 e 92%
em 2011, mostrando a tendência de maior incapacidade na admissão sobreponível a outras tipologias. Nas ECCI, numa amostra de 2.471 utentes com registos de admissão e alta a percentagem de
utentes que melhoraram em ECCI é de 22% (19% em 2010), apesar da maior incapacidade/dependência na admissão.
6.1.3 Úlceras de Pressão
Conforme tem vindo a ser referido em relatórios anteriores, a literatura internacional refere que a existência de baixa prevalência de úlceras de pressão se relaciona com práticas corretas.
Os dados da literatura internacional revelam uma prevalência situada entre 27% e 53,2% (do menor ao maior valor).
A prevalência de úlceras de pressão na RNCCI foi de 16%, representando um decréscimo em relação a anos anteriores – 2010 (18%), 2009 (19%) e 2008 (22%).
Foi considerado no nº total de utentes com úlceras de pressão, incluídas as que existiam na admissão, significando que do total 38% existiam na admissão (31% em 2010), sendo a incidência de na RNCCI de 10%.
Com o número crescente de lugares domiciliários importa analisar as incidências existentes em domicílio e em unidades de internamento.
Verifica‐se que a incidência em ECCI é de 14% e nas Unidades de 8%.
Tabela 43: Incidência de ulceras de pressão ‐ domicílio e unidades
ECCI Unidades TotalAssistidos 9.139 23.574 32.713Ulceras 1.267 1.966 3.233
14% 8% 10%
Incidência Ulceras de Pressão 2011
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A nível regional existe decréscimo em 4 regiões, com aumento da prevalência no Alentejo de 16% para 25%.
6.1.4 Quedas
Da mesma forma as quedas mostram um decréscimo sustentado na RNCCI. A prevalência de quedas é de 21% ‐ 24% em 2010 e 27% em 2009. Nas Unidades de Internamento da RNCCI verificou‐se que a prevalência de quedas foi de 19%, e no
domicílio de 28%.
Tabela 44: Prevalência de quedas ‐ domicílio e unidades
89% dos utentes que caem não andam (32%), dependem de 3os (43%) ou usam meios (14%)
A nível regional existe decréscimo em 2 regiões, com aumento da prevalência no Norte de 25% para 28%, no Alentejo de 24% para 25%, mantendo‐se o Algarve inalterado com 10%.
6.2 Utentes com avaliação de Dor
Na tabela seguinte identifica‐se por região e a nível nacional a percentagem de utentes que tiveram avaliação de Dor em 2010 e 2011.
Tabela 45: Utentes com avaliação de Dor
Verifica‐se um crescimento em todas as regiões exceto no Algarve
ECCI Unidades Total
Assistidos 9.139 23.574 32.713
Quedas 2.561 4.428 6.98928% 19% 21%
Quedas 2011
Avaliação Dor 2010 2011 Variação
Norte 63% 80% 27%Centro 63% 75% 19%LVT 45% 60% 33%Alentejo 44% 60% 36%Algarve 49% 49% 0%Total 57% 69% 21%
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6.3 Óbitos
Registaram‐se 3.192 óbitos na RNCCI. Estes óbitos representam 9,8% (12% em 2010) dos utentes assistidos e 13% (18% em 2009 e 19% em 2010) do total de utentes saídos, mostrando uma tendência de diminuição. Se forem excluídos os óbitos ocorridos em Unidades de Cuidados Paliativos, representam 6,5% (9% em 2010) dos utentes assistidos e a 9% (14% em 2010) do total de utentes saídos.
Os óbitos ocorridos nas Unidades de Cuidados Paliativos correspondem a 33% do total dos óbitos ocorridos na RNCCI (34% em 2009 e 27% em 2010).
Considerando todos os óbitos, 24,4% verificaram‐se nos primeiros 10 dias de internamento (17% em 2009 e 18% em 2010), e 59% no primeiro mês (36% em 2009 e 40% em 2010), mostrando também um agravamento significativo.
Se fizermos esta análise excluindo as unidades de cuidados paliativos em que a mortalidade é muito superior, mesmo assim encontramos uma percentagem de 24% (11% em 2009 e 12% em 2010) nos primeiros 10 dias de internamento e 54% no primeiro mês (29% em 2009 e 33% em 2010), mostrando assim um agravamento significativo. Os óbitos ocorridos em UCP nos primeiros 10 dias de internamento correspondem a 37,4% (32% em 2010) e no primeiro mês a 69% (59% em 2010), dos óbitos ocorridos nesta tipologia.
Esta situação de aumento do nº de óbitos ocorridos nos primeiros 10 dias e primeiro mês de internamento, e como já referido em relatórios anteriores, deve ser alvo de atenção/ preocupação por parte das diferentes entidades referenciadoras, das equipas regionais, e dos coordenadores das equipas prestadoras de cuidados, no sentido de compreender os fatores que levam a esta realidade.
Em relação aos óbitos por grupos etários e a grau de funcionalidade, a percentagem de óbitos cresce com o grupo etário, representando os óbitos no grupo etário acima dos 65 anos cerca de 83% do total de óbitos, sobreponível ao que se verificou em anos anteriores.
Em relação à funcionalidade verifica‐se que os óbitos ocorridos nos utentes da Rede foram de 64,5% (71,7% em 2010, 69% em 2009 e 72% em 2008) em utentes incapazes, e 33,5% (25,7 % em 2010, 28,3% em 2009 e 26% em 2008) em utentes dependentes.
A evolução da percentagem de óbitos ocorridos no grupo incapaz/dependente desde que há registos na RNCCI é sobreponível e sempre superiores a 97%: 98% em 2008, 97,2% em 2009, 97,4% em 2010 e 98% em 2011.
Tabela 46: Óbitos na RNCCI: Total, 1os 10 dias e 1º mês
TOTAL obitos 3192 100,0% nº % nº %
UC 161 5% 33 20,5% 159 98,8%UMDR 389 12% 60 15,4% 210 54,0%
ULDM 773 24% 95 12,3% 344 44,5%
UCP 1.055 33% 395 37,4% 727 68,9%
ECCI 814 26% 195 24,0% 447 54,9%3.192 778 24,4% 1.887 59,1%
Obitos ocorridos na RNCCI 2011 por tipologia
1os 10 dias relativo aos obitos na
tipologia
1º mês relativo aos obitos na tipologia
FORMAÇÃO
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7 FORMAÇÃO
7.1 Ensino Familiares ou Cuidadores Informais Apoiar os familiares ou cuidadores informais, na qualificação e na prestação dos cuidados e o seu
envolvimento, pressupõe a atividade de prestação de ensinos por parte dos profissionais da RNCCI. A tabela seguinte mostra a nível nacional e por regiões a percentagem de familiares ou cuidadores
informais a quem é dirigido o ensino. Verifica‐se um crescimento nacional de 84%, tendo sido o Norte a região que mais cresceu, cobrindo
90% dos familiares ou cuidadores informais dos utentes a serem assistidos na RNCCI. Todas as percentagens são superiores a 70%.
Tabela 47: Percentagem de familiares ou cuidadores informais a quem é ministrado ensinos
7.2 Formação Profissional A formação tem constituído uma área chave na promoção e reforço das competências profissionais. Existe um protocolo com a Fundação Calouste Gulbenkian, Instituto Português de Oncologia de
Lisboa Francisco Gentil, EPE (IPOLGF, EPE), sob a coordenação da Unidade de Dor, e Fundação Grunhental para realizar Formação Avançada em Dor Crónica, destinada a profissionais da RNCCI, de âmbito nacional, durante o período de 3 anos.
2010 2011 VariaçãoNorte 38% 90% 137%Centro 40% 73% 83%LVT 48% 79% 65%Alentejo 56% 78% 39%Algarve 67% 87% 30%TOTAL 45% 83% 84%
% Familiares/Cuidadores Informais a quem é ministrado Formação/Ensino
FORMAÇÃO
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Nesta área para além dos Cuidados Paliativos e Dor Crónica, foram desenvolvidas ações de formação com os temas: Intervenção no Luto e Perda, Formação Básica em Cuidados Paliativos, abrangendo um total de 775 participantes/formandos.
Foram desenvolvidas a nível nacional, um total de 141 ações de formação, que correspondem a
2.670 horas de formação, dirigidas a 2.404 participantes, o que representa um acréscimo de 121% do número de horas de formação, em relação a 2010.
Este número de horas de formação repartiu‐se de forma diversa nas regiões, sendo o Alentejo e o
Centro as regiões que mais cresceram em relação a 2010, conforme tabela seguinte:
Tabela 48: Horas de formação 2010 e 2011
Na tabela seguinte encontra‐se o Plano de Formação, onde se observam as áreas temáticas das formações ministradas, o número de ações por formação, número de horas e número de participantes, assim como os principais destinatários de cada ação:
Horas de Formação 2010 2011 Variação
Norte 284 556,5 96%
Centro 335 870,5 160%
LVT 287 407 42%
Alentejo 177,5 696,5 292%
Algarve 124,5 139,5 12%
TOTAL 1208 2670 121%
FORMAÇÃO
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Tabela 49: Formação 2011. Fonte: Informação fornecida pelas ARS
Área Temática Designação Nº de AcçõesNº total de
horasNº total de participantes
Destinatários
Implementação da Lei de Condição de Recursos à RNCCI
3 21 103 ECL e ECR
Planeamento de Altas e Continuidade de Cuidados
4 28 83EGA, ECCI e Unidades de
InternamentoRNCCI ‐ Referenciação 4 48 91 ECL
GestCare CCI 24 73 429ECL, ECCI, EISCP e
Unidade de Internamento
Facturação 4 7,3 13Unidades de Internamento
Organização e funcionamento das unidades/equipas RNCCI
25 75 278ECL, EGA, ECCI, EISCP e
Unidades de Internamento
Instrumentos de Planeamento na
Prestação de CuidadosPlano Individual de Intervenção 6 84 117
ECCI e Unidades de Internamento
Dor Crónica 18 218 428ECCI e Unidades de
Internamento
Cuidados Pal ia tivos e Dor Crónica 17 412 254ECL, ECCI e Unidades de
Internamento
Intervenção no Luto e Perda 1 12 24ECCI e Unidades de
Internamento
Workshop Formação Bás ica em Cuidados Pa l ia tivos �
2 14 69ECCI e Unidades de
InternamentoCuidados Continuados
Integrados : saber para melhor cuidar
11 294 209ECCI e Unidades de
Internamento
Formação Continua para Auxi l iares de Saúde
15 1214 190ECCI e Unidades de
Internamento
Feridas 3 90 48ECCI e Unidades de
Internamento
Geriatria e Gerontologia 2 48 47ECCI e Unidades de
InternamentoO Respeito pela Dignidade
Humana em RNCCI1 18 14
ECCI e Unidades de Internamento
Violência contra mulheres Idosas em Contexto das Fami l ias
1 14 7 ECCI
141 2670 2404Total
Referenciação RNCCI
Monitorização RNCCI
Prestação de Cuidados
RESUMO/CONCLUSÕES
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8 RESUMO/CONCLUSÕES
8.1 Tipologias de internamento da RNCCI
• O número de camas contratadas em funcionamento a 31‐12‐2011, cresceu 21%, representando 970 novos lugares de internamento.
• O maior crescimento em valor absoluto verifica‐se na tipologia de Longa Duração e Manutenção (ULDM), continuando a representar cerca de 50% do total de camas existentes na RNCCI.
• As 466 camas da tipologia de Longa Duração e Manutenção representam 48% do total das novas camas contratadas.
• Na evolução por tipologia e região o Norte cresceu mais em Longa Duração, o Centro, Alentejo e Algarve em Convalescença e LVT em Média Duração. Em relação ao crescimento percentual regional, LVT e Algarve foram as regiões que mais cresceram: 33,3% e 30,3%.
• No desenvolvimento das respostas de internamento da RNCCI, com base no estabelecimento de acordos de prestação de serviços, o maior crescimento é nos acordos estabelecidos com Entidades Privadas representando um acréscimo de cerca de 30% em relação ao nº de acordos e 25,3% em camas contratadas. Com Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), representa 67% do total (69% em 2010) de acordos celebrados, representando a contratação de 3.643 camas, cerca de 65% da oferta. As IPSS Outras crescem 30,5% em camas contratadas que representa o maior crescimento de 2011.
• Em relação a cobertura populacional, verifica‐se que em relação a camas de Convalescença a maior cobertura populacional existe na região do Algarve, como já acontecia em 2010.
• Em relação a camas de Média Duração e Reabilitação, a região que apresenta maior cobertura é a região Centro, situação já existente em 2010.
• Em relação a camas de Longa Duração e Manutenção, Paliativos e total Nacional, a região do Algarve é que apresenta maior cobertura, juntamente com o Alentejo em cobertura de camas UCP.
• A região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) tem a menor cobertura populacional em todas as tipologias, exceto em UCP, apresentando também a menor cobertura global, mostrando a necessidade de crescimento de respostas em LVT.
8.2 Equipas da RNCCI
• No que respeita às equipas referenciadoras hospitalares ‐ Equipas de Gestão de Altas (EGA), mantém‐se a cobertura total dos hospitais existentes. Em relação à referenciação pelos Centros de Saúde – Equipas Referenciadoras dos Centros de Saúde, existem 293 a nível nacional, representando um crescimento de 65,5% em relação a 2010, sendo o Centro a região que mais cresceu, seguida do Norte.
RESUMO/CONCLUSÕES
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• Em relação ao ano de 2010 o nº de ECL teve um acréscimo de 8%. Este valor deve‐se sobretudo ao crescimento do Alentejo, com um total de 93 equipas em funcionamento no final de 2011.
• Em relação ao número de ECCI, existe um aumento de 214 para 253 ECCI, representando um crescimento de número de ECCI de 18%. Este crescimento tem assimetrias regionais, com 133% de acréscimo no Alentejo e 21% no Norte. LVT não aumentou o número de ECCI.
• A capacidade das ECCI, refletida em número de lugares domiciliários na Rede, teve adequação do número de lugares por parte das ECR, com diminuição de 9% a nível nacional desses lugares. O maior decréscimo foi no Algarve com ‐26% e LVT com ‐24%.
• Por informação das ARS as ECCI que prestam Ações/Cuidados Paliativos no Centro existem 20 ECCI que prestam Ações Paliativas, 5 das quais prestam Cuidados Paliativos, em LVT existem 40 ECCI que prestam Ações Paliativas, 5 das quais prestam Cuidados Paliativos, no Alentejo 33, 13 das quais prestam Cuidados Paliativos. No Algarve as ECSCP prestam suporte às restantes. O Norte refere 56 ECCI que prestam Ações/Cuidados Paliativos, não separando as ECCI que prestam Ações Paliativas das que prestam Cuidados Paliativos, o que impossibilita a determinação do rácio por 140.000 habitantes das ECCI que prestam Cuidados Paliativos. Em relação a ECSCP, segundo o Aplicativo Informático existem 1 no Norte, 1 no Centro, 3 no Alentejo e 2 no Algarve. Em relação a Equipas Intra‐Hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos (EIHSCP) existem 18 a nível nacional, 2 no Norte, 1 no Centro, 9 em LVT, 3 no Alentejo e Algarve. De realçar que as EIHSCP podem dar apoio às ECCI.
8.3 Referenciação para a RNCCI
8.3.1 Intervalos Temporais • O circuito do utente na RNCCI inicia‐se com a chegada à ECL, por via eletrónica, do processo
de referenciação elaborado pela EGA. A ECL valida o processo e a ECR identifica vaga.
• A análise destes tempos permite identificar alguns dos constrangimentos existentes que possam contribuir para uma admissão menos célere na RNCCI.
• Assim estes 2 tempos representam o tempo de espera para os utentes acederem à RNCCI.
• O tempo de avaliação pelas ECL deveria ser no máximo de 3 dias. Das 5 regiões e 5 tipologias, a nível nacional os tempos são cumpridos em 40% dos casos. Os piores tempos encontram‐se em LVT.
• O facto de as ECL terem outras funções para além das atribuídas à RNCCI, tanto na vertente Saúde como na de Segurança Social, com acréscimo nesta ultima do tempo necessário aos procedimentos para o cálculo de comparticipação dos utentes, nas tipologias de UMDR e ULDM, poderão contribuir para estes tempos. As ECR e ECL deverão refletir sobre os fatores que condicionam estes tempos.
• Em relação ao tempo de identificação de vaga pelas ECR, o Norte é a região que apresenta melhores tempos a nível nacional. LVT é a região que apresenta piores tempos a nível nacional, em relação possível com o facto de ser a região que apresenta pior cobertura populacional.
RESUMO/CONCLUSÕES
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8.3.2 Utentes referenciados para a RNCCI
• O total de utentes referenciados para a Rede durante 2011 foi de 30.103 utentes. Há um crescimento de 40,1% em relação ao acumulado de utentes referenciados desde o início da RNCCI com 105.257 referenciações.
• Verifica‐se um aumento percentual da referenciação pelos Centros de Saúde, subindo de 30 para 34% em 2011.
• O Norte foi a região que mais referenciou, representando 38% dos utentes referenciados em 2011. A referenciação hospitalar no Norte foi responsável por 28,3% do total de referenciados a nível nacional.
• LVT, Alentejo e Centro são as regiões do País em que os Centros de Saúde assumem um maior peso percentual na referenciação para ECCI, relativamente ao total dos referenciados para esta tipologia na região.
• 23,1% dos utentes referenciados a nível nacional foram para ECCI, assumindo esta tipologia de cuidados um peso sobreponível a Convalescença e Média duração.
• Em relação ao total dos referenciados por região, o Algarve referencia 44,3% dos seus utentes para ECCI.
• O total nacional de referenciados para ECCI é de 6.952 utentes, tendo o Norte referenciado quase metade do total nacional – 3.306 utentes. Os Centros de Saúde no Norte referenciaram 25,3% do total nacional de utentes referenciados para ECCI.
• Há assim um crescimento acentuado na referenciação para cuidados no domicílio, representando um acréscimo nacional de 54% a partir dos Hospitais e de 146% a partir dos Centros de Saúde. Mas este crescimento é mais acentuado no Norte, que apresenta um acréscimo de referenciação para ECCI a partir dos Centros de Saúde de 378% e dos Hospitais de 226%. O Centro teve um decréscimo de referenciação para ECCI a partir dos Hospitais e Centros de Saúde e o Alentejo e Algarve a partir dos Hospitais.
• Os Centros de Saúde tiveram um acréscimo de referenciação global em relação a 2010, conforme já referido, no Algarve com um acréscimo de 75,4%, no Norte com acréscimo de 66,5% e em LVT de 55%.
• 92% dos utentes referenciados tinham condições de ingresso na RNCCI (87% em 2010), o que evidencia uma referenciação mais adequada aos critérios com que são avaliados posteriormente. Foram admitidos 97% dos utentes com condições de ingresso na Rede (95 % em 2010).
• A 31.12.2011 existiam 691 utentes em espera, o que representa uma diminuição de 32% em relação ao final de 2010. Como já foi referido LVT tem a menor cobertura populacional em todas as tipologias, exceto em UCP (situação idêntica a 2010), apresentando no entanto também o maior número de utentes a aguardar vaga para esta tipologia, representando 82% dos utentes a nível nacional.
• LVT é também a região com mais utentes a aguardar vaga, em todas as tipologias, com exceção de UC no Alentejo. Os utentes a aguardar vaga em ECCI não se relacionam com a
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taxa de ocupação atendendo a que esta é de 58% em relação aos lugares disponíveis. 52% dos utentes a aguardar vaga a nível nacional encontram‐se em LVT.
• Entre os motivos das propostas de referenciação de utentes para a RNCCI, a Dependência de AVD é a nível nacional o principal motivo de referenciação 90% (igual em 2010), seguido de Ensino utente/Cuidador informal 61% (85% em 2010).
• A distribuição por sexo e grupo etário é sobreponível a 2010: 54% sexo feminino e 46% sexo masculino. Os utentes da Rede com idade superior a 65 anos, têm tido valores sempre próximos de 80%, mas tendo em 2011 passado para 85,4%, o valor mais elevado desde o início da RNCCI. 39% dos utentes referenciados em 2011 tem mais de 80 anos.
• Em 2008, a percentagem de pessoas das pessoas que viviam sós e que ingressaram na RNCCI, era de 13%. Em 2010 foi de 21,7%, sobreponível a 2009 (20,7%) e em 2011 ‐ 21%, evidenciando o papel da RNCCI nas respostas a situações de isolamento que simultaneamente têm necessidades de Saúde e Sociais.
• Em relação ao tipo de apoio antes recebido, verifica‐se que o apoio em termos de alimentação ocorre em 52% dos utentes referenciados, em 50% dos casos tem apoio de higiene de roupa e higiene pessoal, e apoio em medicamentos em 42% casos, mostrando uma população carenciada.
8.4 Atividade Assistencial da RNCCI • O número de utentes assistidos em 2011, comparativamente com 2010, cresceu de 25.990
para 32.713, representando um acréscimo de 26%.
• Há um crescimento de 50% em relação ao acumulado de utentes assistidos com 98.786 utentes assistidos até final de 2011, desde o início da RNCCI.
• O Norte é a região que mais utentes assistiu em todas as tipologias, exceto em UCP em que LVT foi a região que mais utentes assistiu.
• Do total de utentes assistidos em ECCI, o Norte e LVT contribuíram com 59% do total nacional, tendo sido as regiões que mais cresceram em relação a 2010.
• Do total de assistidos em Convalescença, a região Norte contribuiu com 46% do total nacional e juntamente com o Centro 67% do total nacional. A região que mais cresceu percentualmente em relação a 2010 foi o Alentejo, com um acréscimo de 43,9%.
• Do total de assistidos em Média Duração e Reabilitação, a região Norte contribuiu com 35% do total nacional. O Região Norte e Centro juntas assistiram 69% dos utentes a nível nacional nesta tipologia. A região que mais cresceu percentualmente em relação a 2010 foi LVT, com um acréscimo de 35,1%.
• Do total de assistidos em Longa Duração e Manutenção, a região Norte contribuiu com 36% do total nacional. O Região Norte e Centro juntas assistiram 66% dos utentes a nível nacional nesta tipologia. A região que mais cresceu percentualmente em relação a 2010 foi LVT, com um acréscimo de 24,6%.
• Do total de assistidos em Unidades de Cuidados Paliativos, LVT contribuiu com 37% do total nacional. Associada à região Norte, assistiram 67% dos utentes a nível nacional nesta
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tipologia. LVT foi a única região que cresceu em relação a 2010, tendo as restantes regiões apresentado decréscimo em relação a 2010, com decréscimo nacional de 18%.
• A prestação de Cuidados Paliativos é transversal a toda a RNCCI e o PNCP estabelece rácios de lugares de internamento (UCP dentro e fora da RNCCI e lugares em Unidades da Rede não UCP) e domiciliários. As ECCI estão a ter um papel importante na prestação deste tipo de cuidados, tendo assistido 27% do total de utentes com necessidade de Cuidados Paliativos, 55% dos utentes não assistidos em UCP, que representaram 49% do total.
• No acumulado de utentes assistidos evidencia‐se o crescimento muito significativo dos utentes assistidos em ECCI, com um acréscimo de 116%. A tipologia que mais cresceu a seguir a ECCI foi a de UMDR, com um acréscimo de 43%, seguida de ULDM com um acréscimo de 41%, e UC com 40%.
• Na análise dos motivos de alta, verificou‐se que existiam registos do motivo em 49% dos utentes com alta. O terem sido atingidos os objetivos terapêuticos mantém‐se como principal motivo de alta da RNCCI – 71% do total dos utentes com alta.
• 70% dos utentes tiveram alta para o domicilio e 18% para respostas sociais.
• A demora média observada em Convalescença a nível nacional situou‐se em 43 dias, em Média Duração e Reabilitação situou‐se em 88 dias, em Longa Duração e Manutenção de 163 dias e em ECCI, a demora média é de 74 dias.
• A Taxa de Ocupação é superior a 80% em todas as tipologias de internamento, exceto em UCP no Norte com 79%.
• Na tipologia ECCI, existe uma baixa taxa de ocupação em todas as regiões, sendo o Alentejo que melhor taxa de ocupação apresenta com 60%, e o Centro a mais baixa com 29%.
• Atendendo ao número de lugares disponíveis deve existir por parte das regiões uma sensibilização dos Hospitais e Centros de Saúde para a disponibilidade de cuidados domiciliários, principalmente quando as recomendações internacionais e estudos sobre a preferência dos utentes mostram que este tipo de resposta é prioritário.
8.5 Evolução da Autonomia Física • Os utentes incapazes e dependentes na admissão em 2011 representam 94%, valor
sobreponível a 2009 e 2010.
• A evolução da autonomia física global (todas as tipologias) na RNCCI mostra melhoria em 45% utentes com alta.
• Em Convalescença na admissão, incapazes e dependentes representavam 92% em 2011 mostrando a tendência de percentagem elevada de incapacidade na admissão, mas obteve‐se uma melhoria em 72% dos utentes assistidos em UC.
• Em UMDR 95% de incapazes e dependentes na admissão, com melhoria em 30% dos utentes assistidos em UMDR.
• Em ULDM o número de incapazes e dependentes na admissão representava 98,2% em 2011, mostrando uma estabilização elevada de incapacidade na admissão. A percentagem de utentes que melhoraram são 13%
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• Em ECCI na admissão, incapazes e dependentes representavam 75% do total em 2009, 84% em 2010 e 92% em 2011, mostrando a tendência de maior incapacidade na admissão sobreponível a UMDR e ULDM. A percentagem de utentes que melhoraram em ECCI é de 22% apesar da maior incapacidade/dependência na admissão.
8.6 Ulceras de Pressão • A prevalência de úlceras de pressão na RNCCI foi de 16%, representando um decréscimo em
relação a anos anteriores – 2010 (18%), 2009 (19%) e 2008 (22%).
• Mas no total de úlceras de pressão, estão incluídas as que existiam na admissão, significando que do total de úlceras de pressão, 38% existiam na admissão (31% em 2010), sendo a incidência de úlceras de pressão na RNCCI de 10%. A incidência em ECCI é de 14% e nas Unidades de 8%.
8.7 Quedas • A prevalência de quedas é de 21% ‐ 24% em 2010 e 27% em 2009. Nas Unidades de
Internamento da RNCCI verificou‐se que a prevalência de quedas foi de 19%, e no domicílio de 28%. 89% dos utentes que caem não andam (32%), dependem de 3os (43%) ou usam meios (14%).
8.8 Óbitos • Registaram‐se 3.192 óbitos na RNCCI. Estes óbitos representam 9,8% (12% em 2010) dos
utentes assistidos e 13% (18% em 2009 e 19% em 2010) do total de utentes saídos, mostrando uma tendência de diminuição. Se forem excluídos os óbitos ocorridos em Unidades de Cuidados Paliativos representam 6,5% (9% em 2010) dos utentes assistidos e a 9% (14% em 2010) do total de utentes saídos.
• Considerando todos os óbitos, 24,4% verificaram‐se nos primeiros 10 dias de internamento (17% em 2009 e 18% em 2010), e 59% no primeiro mês (36% em 2009 e 40% em 2010), mostrando também um agravamento significativo.
• A evolução da percentagem de óbitos ocorridos no grupo incapaz/dependente desde que há registos na RNCCI é sobreponível e sempre superiores a 97%: 98% em 2008, 97,2% em 2009, 97,4% em 2010 e 98% em 2011.
8.9 Formação • Apoiar os familiares ou cuidadores informais, na qualificação e na prestação dos cuidados e
o seu envolvimento, pressupõe formação/ensino por parte dos profissionais da RNCCI. • Verifica‐se um crescimento nacional de 84%, tendo sido o Norte a região que mais cresceu,
cobrindo 90% dos familiares ou cuidadores informais dos utentes a serem assistidos na RNCCI. Todas as percentagens são superiores a 70%.
• A formação profissional tem constituído uma área chave na promoção e reforço das
competências profissionais.
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• Existe um protocolo com a Fundação Calouste Gulbenkian, Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, EPE (IPOLGF:EPE), sob a coordenação da Unidade de Dor, e Fundação Grunhental para realizar Formação Avançada em Dor Crónica, destinada a profissionais da RNCCI, de âmbito nacional, durante o período de 3 anos.
• Nesta área para além dos Cuidados Paliativos e Dor Crónica, existiram ações de formação sobre Intervenção no Luto e Perda, Formação Básica em Cuidados Paliativos, com um total de 775 participantes.
• Foram desenvolvidas a nível nacional, um total de 141 ações de formação, que correspondem a 2.670 horas de formação, dirigidas a 2.404 participantes, o que representa um acréscimo de 121% do número de horas de formação, em relação a 2010.
• Este número de horas de formação repartiu‐se de forma diversa nas regiões, sendo o Alentejo e o Centro as regiões que mais cresceram em relação a 2010.
8.10 Recomendações/Conclusões de estudos externos Do projeto “Identificar necessidades de formação em cuidados continuados integrados”
desenvolvido pela Faculdade de Ciências Medicas da Universidade Nova de Lisboa‐ FCM‐UNL, de Setembro de 2011, destacam‐se algumas conclusões preliminares:
• As práticas dos profissionais de saúde na RNCCI ainda são, em larga medida, marcadas pelas suas culturas profissionais de referência de outros contextos de onde são oriundos ou onde trabalham. Constatam‐se algumas divergências e mesmo “embates” entre diferentes modos de estar e visões dos cuidados, como são os casos das culturas dos cuidados primários, dos cuidados hospitalares e dos cuidados sociais.
• Consolidar e destacar o “team practice” como contraponto ao “solo practice”, como mudança de paradigma que poderá enriquecer o Trabalho em Equipa e extrair os grandes benefícios que resultam de uma abordagem multiprofissional dos cidadãos e de uma verdadeira integração da prestação de cuidados, na linha do que é exigido pela própria noção de cuidados continuados integrados.
• Desenvolver as competências e as trajetórias profissionais dos colaboradores da RNCCI, adequando‐as às especificidades dos cuidados continuados integrados e em alinhamento com os valores e traços culturais da Rede.
• O “triângulo virtuoso”: ensino/formação – investigação – prestação cuidados (produção). Garantir a articulação inter‐instituições e estimular (no âmbito do triângulo virtuoso da aprendizagem e inovação) e a disseminação dos estudos e dos resultados e obtidos em projetos de investigação com benefícios evidentes para os CCI.
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9 RESUMO DE INDICADORES ESTRATÉGICOS Para cumprir:
• a Visão de implementar um nível intermédio de cuidados de saúde e apoio social, entre os de base comunitária e os de internamento hospitalar, através de um modelo de intervenção integrado e/ou articulado da saúde e segurança social, de natureza preventiva, recuperadora e paliativa, envolvendo a participação e colaboração de diversos parceiros sociais, a sociedade civil e o Estado como principal incentivador, em quantidade, dimensão e distribuição geográfica adequadas;
• e a Missão de garantir a prestação de cuidados adequados, de saúde e apoio social, a todas as pessoas que, independentemente da idade se encontrem em situação de dependência,
Os objetivos da RNCCI enquadram:
• Apoiar os familiares ou cuidadores informais, na qualificação e na prestação dos cuidados
• Garantir a referenciação adequada
• Garantir a mobilidade nas diferentes respostas da Rede
• Melhorar continuamente a qualidade da RNCCI
• Integrar a oferta de cuidados com os diversos serviços e equipamentos do sistema de Segurança Social
• Prevenir lacunas em serviços e equipamentos, pela progressiva cobertura a nível nacional, das necessidades das pessoas em situação de dependência em matéria de cuidados continuados integrados e de cuidados paliativos, sustentada numa oferta de tipologias de respostas adequadas, assentes em parcerias públicas, sociais e privadas.
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2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011OBJECTIVOS FACTORES‐CHAVE INDICADORES Norte Norte Centro Centro LVT LVT Alentejo Alentejo Algarve Algarve Nacional Nacional
Envolvimento de familiares e cuidadores informais
Taxa de familiares ou cuidadores informais a quem é ministrado ensino 38% 90% 137% 40% 73% 83% 48% 79% 65% 56% 78% 39% 67% 87% 30% 45% 83% 84%
N.º de utentes com condições de ingresso na RNCCI / N.º de utentes referenciados
80% 91% 14% 85% 88% 4% 97% 97% 0% 96% 95% ‐1% 96% 96% 0% 87% 92% 6%
N.º de utentes admitidos / N.º de utentes com condições de ingresso na RNCCI
98% 96% ‐2% 97% 95% ‐2% 88% 87% ‐1% 90% 95% 6% 96% 99% 3% 95% 97% 2%
Tempo da referenciação à identificação de vaga 5,6 4,84 ‐14% 18,63 8,43 ‐55% 56,22 21,85 ‐61% 13,41 12,8 ‐5% 5,6 2,95 ‐47% 14,51 6,81 ‐53%Numero de utentes referenciados 8.314 11.424 37% 5.352 6.205 16% 5.491 6.847 25% 2.705 3.133 16% 2.142 2.494 16% 24.004 30.103 25%
Garantir a mobil idade nas diferentes respostas da Rede
Correcta e atempada avaliação e intervenção multidisciplinar
Nº transferencias efectuadas/nº total de transferencias solicitadas 73% 95% 30% 74% 95% 28% 73% 95% 30% 67% 95% 42% 77% 95% 23% 73% 95% 30%
Numero de utentes assistidos 9.006 12.189 35% 6.564 7.169 9% 3.957 6.034 52% 2.627 3.238 23% 3.836 4.083 6% 25.990 32.713 26%Taxa de Incapazes e Dependentes na admissão na RNCCI 98% 98% 0% 97% 97% 0% 95% 97% 2% 96% 94% ‐2% 93% 91% ‐2% 95% 94% ‐1%Evolução do Grau de autonomia 64% 55% ‐14% 28% 30% 7% 38% 34% ‐11% 46% 39% ‐15% 43% 44% 2% 53% 45% ‐15%Taxa de utentes assistidos com avaliação de Dor 63% 80% 27% 63% 75% 19% 45% 60% 33% 44% 60% 36% 49% 49% 0% 57% 69% 21%Taxa de doentes com quedas 25% 28% 12% 29% 19% ‐34% 27% 17% ‐37% 24% 25% 4% 10% 10% 0% 24% 21% ‐13%Prevalencia de ulceras de pressão 19% 18% ‐5% 19% 16% ‐16% 19% 19% 0% 16% 25% 56% 11% 10% ‐9% 18% 16% ‐11%Demora media UC 28 27 ‐4% 41 39 ‐5% 59 57 ‐3% 39 46 18% 31 35 13% 40 43 8%Demora media UMDR 68 69 1% 87 81 ‐7% 133 87 ‐35% 87 81 ‐7% 91 72 ‐21% 93 88 ‐5%Demora media ULDM 175 169 ‐3% 199 169 ‐15% 258 207 ‐20% 147 135 ‐8% 210 213 1% 198 163 ‐18%Demora media ECCI 60 59 ‐2% 167 86 ‐49% 71 89 25% 133 73 ‐45% 166 94 ‐43% 119 74 ‐38%Demora media UCP 30 22 ‐27% 27 40 48% 76 42 ‐45% 18 54 200% 21 19 ‐10% 34 30 ‐12%Taxa de mortal idade 11% 9% ‐18% 10% 9% ‐10% 16% 11% ‐31% 12% 10% ‐17% 13% 8% ‐38% 12% 10% ‐17%Taxa de mortal idade nos primeiros 10 dias após admissão 21% 28% 33% 15% 24% 60% 14% 19% 36% 17% 22% 29% 16% 23% 44% 18% 24% 33%Taxa de altas por obtenção de objectivos terapeuticos 68,00% 76,00% 12% 58,00% 66,00% 14% 72,00% 67,00% ‐7% 66,00% 64,00% ‐3% 51,00% 67,00% 31% 64,20% 71,00% 11%
Integrar a oferta de cuidados com os diversos serviços e
equipamentos do sistema de Segurança Social
Articulação Saúde / Segurança Social
Taxa de utentes que ingressam em respostas sociais pós alta da RNCCI 17% 15% ‐12% 27% 26% ‐4% 20% 22% 10% 26% 30% 15% 15% 5% ‐67% 20% 18,0% ‐10%
Evolução do numero de ECCI 71 86 21% 42 45 7% 58 58 0% 15 35 133% 28 29 4% 214 253 18%
Evolução N.º de lugares domiciliários contratados por 100.000 habitantes com idade > 65 anos
275 324 18% 447 437 ‐2% 483 368 ‐24% 319 490 54% 2649 1956 ‐26% 495 450 ‐9%
Parcerias para respostas adequadas da RNCCI
Nº de contratos estabelecidos. 77 86 12% 66 73 11% 39 49 26% 22 31 41% 14 17 21% 218 256 17%
Evolução N.º de camas contratadas. 1.514 1.784 18% 1.445 1.607 11% 891 1.188 33% 458 603 32% 317 413 30% 4.625 5.595 21%
Número de camas contratadas por 100.000 habitantes com idade > 65 anos
295 348 18% 415 462 11% 157 209 33% 364 479 32% 431 561 30% 284 344 21%
Evolução do numero de camas UCP 35 43 23% 40 45 13% 63 75 19% 12 17 42% 10 10 0% 160 190 19%Evolução do numero de ECCI com prestação de Ações/Cuidados paliativos/ECSP
57 21 40 16 10 144
Variação
292%
Variação
12%
Variação
121%124,5 139,5 1208 2670
Variação
96%
Variação
160%
Variação
42%335 870,5 287 407
Excelencia de Resultados dos prestadores
Melhorar continuamente a qualidade da RNCCI
Prevenir lacunas em serviços e equipamentos, pela progressiva cobertura a nível nacional, das necessidades das pessoas em situação de dependência em
matéria de cuidados continuados integrados e de cuidados
paliativos, sustentada numa oferta de tipologias de respostas
adequadas, assentes em parcerias públicas, sociais e
privadas.
Desenvolvimento e consolidação dos cuidados domici liários
Desenvolvimento de lugares de internamento
Desenvolvimento de Cuidados Paliativos
Garantir a referenciação adequada
Correcta e atempada referenciação
177,5 696,5
Apoiar os famil iares ou cuidadores informais, na
qualificação e na prestação dos cuidados
Habil itações e competências dos diversos níveis da RNCCI
Nº de horas de formação e treino 284 556,5
Informação das ARS ‐ ECCI que prestam Ações Paliativas +
ECSCP registadas no GestCare CCI
Norte 57 56+1 ECSCPCentro 21 20+1 ECSCP
LVT 40Alentejo 16 13+3 ECSCPAlgarve 10 8+2 ECSCP
ECCI com prestação de Ações/Cuidados paliativos/ECSP