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açônica
Caros Irmãos:
Estamos novamente em contato para oferecer mais uma edição de nosso
Chico da Botica, buscando fortalecer e divulgar nossa cultura maçônica.
No dia 21 de outubro, tivemos mais um evento comemorativo a nosso 22º
aniversário de fundação, que se dará no dia 19 de novembro de 2017, uma
brilhante palestra proferida pelo Ilustre Prof. Dr. João Bernardes da Rocha
Filho, com o tema Física e Espiritualidade, com um questionamento bastante
complexo: “Que coisa é ser humano afinal?”.
Durante mais de duas horas, num clima de fraternidade os presentes
tiveram a oportunidade de dialogar com o apresentador e discutir pontos de
vista sobre o assunto. No final houveram manifestações de plena aprovação de
todos pela abordagem do assunto.
Nesse mês de novembro estamos ultimando um evento de
confraternização para saudar o dia 19 de novembro de 1995 e nosso
idealizador, Irmão Heitor Dumoncel Pithan.
Não podemos deixar de saudar a Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e
Pesquisas, de Juiz de Fora – MG, pela beleza e sucesso do XXIV Encontro de
Estudos e Pesquisas Maçônicas, em João Pessoa – PB, nos dias 13 e 14 de
outubro de 2017, com o tema Simbologia e ritos Maçônicos, onde foram
apresentados belíssimos trabalhos de estudos e pesquisas.
Nos encaminhando para mais um final de ano deixamos a edição nº 115 de
nosso Chico da Botica, desejando proporcionar uma boa leitura e que a mesma
seja útil para os Irmãos e o desenvolvimento de nossa cultura maçônica.
Um TFA a todos Loja Francisco Xavier de Pesquisas Maçônicas - GORGS
EDITORIAL: “Saudação a Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas”
INFORMATIVO CHICO DA BOTICA Registro na ABIM nº. 18-B
AUG :. RESP :. LOJ :. “FRANCISCO XAVIER FERREIRA
DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”AO GORGS
Ano 13, Edição nº. 115 Data: 31 de outubro de 2017
Editorial: “Saudação a
L o j a F r a t e r n i d a d e
Brazileira de Estudos e
Pesquisas”
Sonetos : DESCONHEÇO
E RECONHEÇO e
LIDERANÇA E
AUTORIDADE - Irmão
Adilson Zotovici - Pág. 2
1
O RITUAL NA
MAÇONARIA -
Irmão Marco Antonio
Perottoni - Pág. 3 a 8
2
Á GAPE - Irmão Luiz A Rebouças dos Santos
- Pág. 8 e 9
3
M AÇONARIA e sua Simbologia
Irmão E. Figueiredo - Pág. 10 a 12
Nesta edição:
À GLÓRIA DO GA DU
Fundada em 19 de novembro de 1995
Especiais: Chico Social Reflexões Conhecimento Notícias Rapidinhas Nota de Repúdio
“Qualquer coisa que você possa fazer, ou sonhe que possa fazer, comece a fazê-la agora.
A ousadia tem em si genialidade, força e magia”
(Johann Wolfgang Von Goethe - 1749-1832)
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Informativo
CHICO DA BOTICA
ojá Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
CONHECIMENTO: Notícias Neste dia 31/10/2017 o Venerável Irmão Afrânio Marques Corrêa embarca com sua esposa para Portugal -Arquipélago dos Açores - onde realizarão Mestrado de Estudos Integrados dos Oceanos. A reunião do mês de março 2018, excepcionalmente, deverá ocorrer no dia 24, com a presença do Irmão Afrânio.
Desejamos uma Feliz e Profícua viagem de estudos.
Na ausência do Venerável e nossa próxima reunião será então dirigida, administrativamente como determinam nossas leis, pelo nosso Irmão Primeiro Vigilante Francisco Roberto de Oliveira. Há previsão de que seja feita uma reunião de congraçamento e de encerramento das atividades do ano no Sitio 2 Pias. As tratativas irão correr nos próximos dias. Aguardemos!
Sonetos
DESCONHEÇO E RECONHEÇO
A tua imagem desconheço
Se és aprendiz, companheiro....
Quiçá por ser longe o endereço
Do teu consagrado canteiro
Eu tenho por ti grande apreço
Pois mesmo distante és parceiro
Tua obra, de perto, conheço
Que eriges qual hábil obreiro
Assim, humilde, te ofereço
Este soneto sobranceiro
E ao Grande Arquiteto agradeço
Que da mesma mãe és herdeiro
E como tal te reconheço
Qual meu irmão...livre pedreiro !
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
LIDERANÇA E AUTORIDADE
Segue com fé e confiança
Praticando amor, caridade,
Com teus iguais em aliança
Na paz, na adversidade
Faz tua marca a temperança
Com humildade e austeridade
Mantém a chama da esperança
Bem viva na fraternidade
Ampara, sem qualquer cobrança
Semeia concórdia, equidade,
Broto de união como herança
Assim tu verás em verdade
Seguirem-te por liderança
E não por tua autoridade
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
Irmãos efetivos e correspondentes
Mês de Novembro
02- RUI JUNG NETO
06- MARCOS HANS
08- JOSE APARECIDO DOS SANTOS
11- NELSON ANDRÉ HOFER DE
CARVALHO
20- JOÃO FERNANDO MOREIRA
24- LUIS REINALDO SCIENA
25- EDISON CARLOS ORTIGA
27- ANTONIO CANABARRO TRÓIS
FILHO
28- CARLOS EUGENIO MARTINS
30- RENATO GABRIEL
30– FRANCISCO DA ROCHA BARBOSA
Aos aniversariantes!
Nossas
Felicitações!!!
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 13 Edição 115 - 31 Out 2017 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
O RITUAL NA MAÇONARIA *Irmão Marco Antonio Perottoni
O RITUAL NA MAÇONARIA
Tema importante e que gera muitas discussões e
polemicas quando se pergunta quando, como surgiu e foi
introduzido o Ritual para dirigir os trabalhos maçônicos.
Buscamos juntar escritos e pesquisas de autores
reconhecidos na Ordem para a divulgação de um tema
que busca as origens do Ritual e que temos visto pouco
explorado em nossas Lojas.
Este trabalho tem como base principal estudos e
pesquisas levadas a efeito por Harry Carr, um dos mais
reconhecidos escritores e pesquisadores da Ordem,
eleito membro efetivo da Loja Quatuor Coronati de
Pesquisa, em Londres, no ano de 1953 e autor original do
nosso conhecido Ofício do Maçom - O Guia definitivo
para o trabalho maçônico, que em uma palestra,
realizada em 7 de maio de 1976, na Victoria Lodge of
Research and Education traz informações importantes e
comprovadas documentalmente, como ele mesmo
coloca.
Importante, também, esclarecer que este estudo foi
realizado com base no desenvolvimento da Maçonaria
Inglesa tentando desvendar a história do Ritual Inglês,
sem se referir a algum rito específico, desde o seu início
até sua padronização em 1813.
Como coloca Harry Carr, ―tudo começou em Londres,
Inglaterra, no ano de 1356, uma data muito importante e
começou como resultado de uma boa, antiquada, grande
disputa acontecendo em Londres entre maçons
talhadores, os homens que cortavam a pedra e os
maçons assentadores e ajustadores, os homens que na
verdade construíam paredes. Os exatos detalhes da rixa
não são conhecidos, mas como resultado dessa disputa,
12 hábeis Mestres maçons, com alguns homens famosos
entre eles, se apresentaram ao prefeito e vereadores na
Câmara Municipal de Londres, e com permissão oficial,
esboçaram um simples código de regulamentos da
profissão‖.
Se uniram para regulamentar a profissão, para igualar a
outras profissões já reconhecidas sem que este documento
possa ser tido como a primeira tentativa de organização e
padronização do que, no futuro, se transformaria em ritual.
Este ato tornou-se, em vinte anos, a Companhia dos
Maçons de Londres (London Masons Company), a primeira
guilda de ofício de maçons e um dos ancestrais diretos da
Franco Maçonaria de hoje. Era uma guilda de oficio e não
uma Loja.
A primeira real informação sobre Lojas se torna
conhecida através de uma coleção de documentos que são
conhecidos como ―Antigas Obrigações‖ (Old Charges) ou
as ―Constituições Manuscritas‖ da Maçonaria que começam
com o Manuscrito Régius de 1390; seguido pelo Manuscrito
Cooke, datado de 1410, que apresentaram 130 versões
que circularam no século XVIII.
O Manuscrito Régius, está em versos rimados e difere
em alguns poucos aspectos dos outros textos que
circularam posteriormente. Inicia com uma Oração de
Abertura, Cristã e Trinitária e continua com a história da
Ordem, começando nos tempos da Bíblia e em terras
bíblicas e traçam a ascensão da Ordem e sua expansão
através da Europa até atingir a França e a Inglaterra.
Mais tarde passaram a surgir os regulamentos e as
obrigações, para Mestres, Companheiros e Aprendizes,
incluindo regras de caráter puramente moral. Nenhum
registro até aqui que possam indicar a realização de uma
cerimônia maçônica.
Aqui transcrevemos as palavras de Harry Carr, para que
se mantenha a originalidade do depoimento: ―Então,
encontramos a instrução, que aparece regularmente em
praticamente todo documento, usualmente em Latim e diz:
―Então um dos sábios segura um livro (algumas vezes ‗o
livro‘, algumas vezes a ‗Bíblia‘ e algumas vezes a ‗Bíblia
Sagrada‘) e ele ou eles que serão admitidos colocarão sua
mão sobre ele e as seguintes Obrigações serão lidas.
Naquela posição os regulamentos eram lidos ao candidato
e tomavam seu compromisso, um simples compromisso de
fidelidade ao rei, ao Mestre e à Ordem, que ele deveria
obedecer aos regulamentos e nunca trazer vergonha à
Ordem. Isto era uma condução direta do compromisso da
guilda, a qual era provavelmente a única forma que eles
conheciam; sem babados, sem penalidades, um simples
XXIV ENCONTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS MAÇÔNICAS - JOÂO PESSOA - PB, 13 E 14 DE
OUTUBRO DE 2017
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 13 Edição 115 - 31 Out 2017 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
juramento de fidelidade ao Rei, ao empregador (o Mestre)
e ao Ofício. Deste ponto em diante, o juramento torna-se
coração e essência, o centro crucial de qualquer
cerimônia maçônica. O Régius, que é a primeira das
versões a sobreviver, enfatiza isso e vale a pena citar
aqui. Depois da leitura das Obrigações do Manuscrito
Régius, temos estas palavras: E todos os pontos acima, a
todos eles, ele precisa jurar. E todos jurarão o mesmo
juramento dos maçons, sejam eles determinados, sejam
eles relutantes. Gostassem ou não, havia apenas uma
chave que abriria a porta para dentro da Ordem e esta era
o juramento do maçom. ‖
Naquele tempo havia um Grau. Os documentos não
esclarecem se haviam mais Graus somente indicam a
realização de apenas uma cerimônia. A partir de 1598,
foram encontradas atas de duas Lojas Escocesas que
praticavam dois Graus.
Em 1650 surge o Manuscrito Harleian, nº 2054, que é
tido como uma versão das Antigas Obrigações, onde é
encontrada uma nota, manuscrita que descreve uma nova
versão do juramento do maçom e que mostra uma grande
mudança na forma de prestar o compromisso: (There is
his all words & signes of a free Mason to be revailed to
you wich you will answer: before God at the Great &
terrible day of Judgment you keep secret & not to revaile
the same heares of any person but to the M‗s & fellows of
the said Society of free Masons so help me God xc.) e
que pode ser traduzida: ―Há algumas palavras e sinais
de um franco maçom a serem reveladas a que você
responderá: antes de Deus no grande e terrível dia do
Juízo, você mantém o segredo e não revelará o mesmo a
qualquer pessoa além dos Mestres e Companheiros desta
Sociedade de pedreiros livres, então Deus me ajude.‖
A mais antiga prova encontrada que descreve um ritual
para dois Graus, é um documento datado de 1696,
reconhecido como Edinburgh Register House Manuscript,
por que foi achado no Escritório de Registros Públicos de
Edinburgh (Public Record Office of Edinburgh).
Tendo como título ―A FORMA DE TRANSMITIR A
PALAVRA MAÇÔNICA‖ que é, podemos dizer a maneira
de se iniciar um maçom. Assim descrito por Carr:
―Começa com a cerimônia que faz do Aprendiz um
―Aprendiz iniciado (geralmente três anos depois do
começo de seu contrato), seguida pela cerimônia para
admissão do Mestre maçom ou do Companheiro da
Ordem‖, o título do segundo Grau. O candidato ―era
colocado de joelhos‖ e ―após muitas cerimônias para
assustá-lo‖ ele pegava o livro e naquela posição, fazia o
juramento e aí está a mais antiga versão do compromisso
de um maçom descrito como parte da cerimônia completa.
―Pelo próprio Deus e você responderá a Deus quando
estiver nu perante ele, no grande dia, você não revelará
qualquer parte do que vai ouvir ou ver nessa hora por
palavra ou escrita nem escrever em qualquer tempo nem
desenhar na neve ou areia, nem falará sobre isso a não ser
a um maçom iniciado, assim Deus o ajude‖.
Segue a descrição da cerimônia: ―Depois que ele tinha
terminado a obrigação o mais jovem era retirado da Loja e
fora da porta da Loja era-lhe ensinado o sinal, posturas e
palavras de entrada Ele voltava, tirava seu chapéu e fazia
reverência e então dava as palavras de entrada, as quais
incluíam uma saudação ao Mestre e aos Irmãos. Aquilo
acabava com as palavras ―sob não menos dor que cortar
minha garganta‖ e há uma espécie de anotação que diz
―você deve fazer o sinal quando disser isso‖. Esta é a mais
antiga aparição em qualquer documento, do sinal do
Aprendiz iniciado.
O novo estágio na história do ritual é a evolução para o
Terceiro Grau. Na verdade, podemos saber muita coisa do
Terceiro Grau, mas é difícil afirmar como foi instituído,
como começou e quem começou.
As primeiras menções do terceiro Grau aparecem em
um documento conhecido como ―Trinity College Dublin
Manuscript‖, datado de 1711, encontrado entre papéis de
um cientista irlandês chamado Sir Thomas Molyneaux. É
iniciado com uma espécie de Tau Triplo e abaixo as
palavras ―Sob uma pena não menor‖ e apresenta espécie
de catálogo das palavras e sinais do Maçom nestes termos:
Ele dá o sinal (demonstra) do Aprendiz com a palavra B.
Ele dá ―articulações (de ossos) e tendões‖ como o sinal de
―Companheiro‖, com a palavra J. O ―sinal de Mestre é
espinha (backbone)‖ e para ele (i.e. o MM) o escritor dá a
pior descrição do mundo para os CPDC. Aperte o Mestre
em sua espinha, ponha seu joelho entre os dele e diga
Matchpin. É a segunda versão da palavra do terceiro Grau.
É um documento com descrição para três Graus
separados; Aprendiz, Companheiro e Mestre, mas ainda
não é prova para consolidar a pratica de três graus, mas
Cont.: O RITUAL NA MAÇONARIA
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 13 Edição 115 - 31 Out 2017 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
mostra que alguém estava desenvolvendo a ideia em 1711.
Um documento datado de 1726, o Manuscrito Graham,
que começa com um catecismo de treze Perguntas e
Respostas, seguidas por uma coleção de lendas,
principalmente sobre personagens bíblicos.
Uma lenda fala como três filhos foram ao túmulo do pai,
tentar ver se poderiam encontrar alguma coisa sobre ele,
que os conduzisse ao segredo virtuoso que esse famoso
pregador tinha. Eles abriram a tumba, nada encontrando,
salvo o corpo morto quase totalmente consumido e a partir
dai fica registrada o que se tem com a primeira história de
uma exaltação num contexto Maçônico, aparentemente um
fragmento da lenda Hiram Abib. Outras lendas são descritas,
uma diz respeito a ―Bazalliell‖, o artesão que construiu o
Tabernáculo e a Arca da Aliança para os israelitas.
No catecismo, uma resposta fala por aqueles que, tendo
obtido uma voz tríplice por ser iniciado, elevado e exaltado e
confirmado por três diversas Lojas que significa três Graus
separados, três cerimônias separadas.
Isto são registros independentes, mas não são atas. As
primeiras atas que registraram um Terceiro Grau referem-se
a uma cerimônia que não aconteceu numa Loja e sim se
realizou na London Musical Society.
Em dezembro de 1724 houve uma reunião de uma Loja,
na Taverna Queen‘s Head, na Rua Hollis, Strand. O melhor
da sociedade musical, arquitetônica e cultural da época
eram membros da Loja. Era Venerável da Loja o Duque de
Richmond que era também Grão-Mestre.
Nos registros da Sociedade Musical consta que em 22 de
dezembro de 1724, ―Charles Cotton foi feito Maçom pelo
Grão-Mestre na Loja de Queen‘s Head e, em 18 de fevereiro
de 1725, antes de fundada a Sociedade, uma Loja foi
formada para que elevasse Charles, que foi regularmente
passado a Mestre‖.
Afirma Harry Carr: ―Agora temos a data da Iniciação, sua
Elevação e sua Exaltação; não há dúvida de que ele
recebeu três Graus. Mas, ―regularmente passado a Mestre ‖
— Não! Não poderia ser mais irregular! Aquilo era uma
Sociedade Musical — não uma Loja! Mas eu lhes disse que
eles eram gente fina e tinham alguns visitantes muito
ilustres. Primeiro, o Primeiro Grande Vigilante veio vê-los,
depois, o Segundo Grande Vigilante, e depois, eles
receberam uma carta vexatória do Grande Secretário e, em
1727, a sociedade desapareceu. Nada sobrou, exceto seu
livro de atas na Biblioteca Britânica (British Library)‖. Este,
embora irregular, é o registro do mais antigo Terceiro Grau.
A prova material da prática do Terceiro Grau veio da
Escócia, mais precisamente, como descreve Carr, da Loja
Dumbarton Kilwinning nº18 da Grande Loja da
Escócia, que foi fundada em janeiro de 1726. Na
reunião de fundação, estavam presentes o Venerável
com sete Mestres Maçons, seis Companheiros e três
Aprendizes; alguns eram maçons operativos, alguns
não operativos. Dois meses depois, em março de
1726, temos essa ata: “Gabriel Porterfield que
compareceu na reunião de janeiro como Companheiro
foi unanimemente admitido e recebido como Mestre da
Fraternidade e renovou seu compromisso e deu seu
dinheiro de entrada‖.
Em dezembro de 1728, outra Loja, Greenock
Kilwinnig, em seu primeiro encontro, prescreveu taxas
separadas para iniciação, elevação e exaltação.
A partir dai temos inúmeras e consistentes provas
da prática dos três Graus e, em outubro de 1730,
temos a primeira revelação impressa que descrevia, ou
alegava descrever, os três Graus, Maçonaria
Dissecada, que publicada por Samuel Prichard.
A partir de 1725, surgem novas evidências sobre o
uso dos rituais, quando os ingleses levaram a Franco-
Maçonaria para a França, onde as Lojas se reuniam
em tavernas e a partir de 1736, como receio de que as
Lojas fossem usadas para atuarem contra o poder foi
emitido um edital, por René Herault, Tenente-general
da Policia proibindo os donos das tavernas abrigarem
Lojas maçônicas sob pena de fechamento e multa. As
Lojas continuaram a se reunir, agora na
clandestinidade.
Herault fez outras tentativas de desconstituir a
Maçonaria, inclusive conseguindo por meios não
ilícitos um ritual e o fez publicar nos jornais da época,
mesmo assim não obteve sucesso.
Em 1742 é publicado ‖O Segredo dos Franco-
Maçons‖ (Le Secret dês Franc-Maçons), por Abbé
Perau, que era Prior da Sorbonne, a Universidade de
Paris. Narra com beleza o primeiro Grau, mas
descreveu muito pouco sobre o segundo Grau e
descreveu o Grau de Mestre como ―uma grande
lamentação cerimonial da morte de Hiram‖ e dizia que
os Mestres Maçons tinham apenas um novo sinal.
―O Catecismo dos Franco-Maçons‖ (Le Catechisme
dês Franc-Maçons), publicado em 1744, por Louis
Travenol, um jornalista francês que publicou
deliberadamente as revelações porque os maçons o
tinham excluído e seu tom é moderadamente
antimaçônico e limita sua revelação ao Grau de Mestre
Cont.: O RITUAL NA MAÇONARIA
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 13 Edição 115 - 31 Out 2017 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Maçom descrevendo de forma clara a cerimônia e o
plano da Loja.
A última das revelações francesas é ―A Ordem dos
Franco-Maçons Traídos‖ (L‘Ordredes Franc-Maçons
Trahi), publicada em 1745 por um escritor anônimo. Não
havia leis de direitos autorais naquele tempo e este autor
anônimo que reuniu os livros de Perau e Trevenol,
adicionou algumas notas pessoais e o imprimiu como se
fosse seu. Nesta publicação apareceu pela primeira vez
as Palavras de Passe impressas com a explicação que
eram raramente usadas, exceto na França e em
Frankfurt on Main (Alemanha).
Relata Carr que ―no ano de 1730, a Grande Loja da
Inglaterra estava em grande confusão por causa das
exposições que estavam sendo publicadas,
especialmente a ―Maçonaria Dissecada‖ de Prichard, que
foi oficialmente condenada na Grande Loja. Mais tarde,
como medida preventiva, certas palavras nos primeiros
dois Graus foram alternadas, um movimento que deu
oportunidade para o surgimento de uma Grande Loja
rival. ―Le Secret‖, 1742, ―Le Catecisme‖, 1744 e o ―Trahi‖,
1745, deram todas aquelas palavras na nova Ordem e,
em 1745, quando as Palavras de Passe fizeram sua
primeira aparição na França, também apareceram na
Ordem inversa. Sabendo quão metodicamente a França
tinha adotado — e melhorado — as práticas rituais
inglesas, parece ser uma forte probabilidade que
Palavras de Passe já estavam em uso na Inglaterra
(talvez em Ordem inversa), mas não há um documento
inglês sequer que ampare essa teoria.
Assim em 1745 a maioria dos principais elementos
dos Graus da Ordem já existiam e quando as novas
correntes de rituais ingleses começaram a aparecer nos
anos de 1760. Mas era ainda muito cru e um grande
esforço no polimento precisava ser feito. O polimento
começou em 1769 por três escritores — Wellins Calcutt e
William Hutchinson, em 1769 e William Preston em 1772,
que superou os outros.‖
Com a grande rivalidade das duas Grandes Lojas
Inglesas, os Modernos, fundada em 1717 e os Antigos,
fundada em 1751, promoveram alterações profundas no
que existiu até 1751, pois suas diferenças estavam
justamente nos rituais. Isto durou até 1809 quando os
―Modernos‖, deram os primeiros passos em direção da
reconciliação, ao solicitarem a formação da Loja de
Promulgação, segundo Carr ou Reconciliação, segundo
MacNulty, para elaborar um novo ritual que fosse
satisfatório para ambas as Grandes Lojas Inglesas. O
trabalho rendeu bons resultados aceito por ambos os lados.
Conforme MacNulty, na Inglaterra, a evolução do ritual
foi finalizada no ano de 1813, quando a Loja da
Reconciliação (Loja de Promulgação, segundo Carr),
demonstrou o que temos hoje como Trabalho de Emulação
e que foi introduzido tanto pelos Modernos como pelos
Antigos e se espalhou pelas Lojas dos Estados Unidos da
América.
Desta época até nossos dias foram surgindo os mais
variados tipos de ritos e rituais que, em muito alteraram e
até deturparam os originais por mais de seiscentos anos.
Certamente sempre tivemos e vamos continuar tendo
inventores na Maçonaria.
Pensando em Grande Oriente do Rio Grande do Sul,
hoje temos em atividades sete Ritos e cada um com seus
Rituais, vejamos, com um breve histórico e em Ordem
alfabética:
Rito Adonhiramita - surgiu com a publicação, em 1744,
da primeira edição e, logo a seguir, a segunda edição em
1747, do trabalho de Louís Travenol, que com o nome de
Leonard Gabanon mandou imprimir o seu "Catechisme de
Franc Maçons" ou "Le Secret dês Franc Maçons", onde
imputava o nome de Adonhiram sobre o qual o Grau de
Mestre devia ser fundamentado, trocando pelo de Hiram. No
Brasil, o Rito foi introduzido regularmente em 15 de
novembro de 1815, data da fundação da Loja Comércio e
Artes, por Maçons obedientes ao Grande Oriente Lusitano.
É tido como o primeiro Rito a se desenvolver regularmente
e continuamente no Brasil.
Rito Brasileiro - organizado de conformidade como o
Decreto de nº 500 de 23 de dezembro de 1914, seguindo-se
outros dois outros Decretos, consolidando o Rito, o Decreto
536, com o aval da Soberana Assembleia, em 17 de
outubro de 1916 e o Decreto 554, de 13 de junho de 1917.
A implantação definitiva ocorreu em 1968, com o Decreto
nº. 2080, de 19 de março de 1968, com a constituição de
uma comissão especial com amplos poderes de revisão e
reestruturação do Rito.
Rito de Emulação ou York - advém do grande prestígio
que gozavam os maçons da cidade de York situada ao
Cont.: O RITUAL NA MAÇONARIA
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 13 Edição 115 - 31 Out 2017 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
norte da Inglaterra em meio ao caminho entre Londres e
Edimburgo, sede dos ―Antigos‖ que se contrapunham com
os ―Modernos‖ sediados em Londres. Em 27 de dezembro
de 1813 com a formalização do "Act Of Union" pelos
Duques de Kent (Antigos) e de Sussex (Modernos) as duas
Grandes Lojas reconciliaram-se e fundiram-se surgindo a
Grande Loja Unida da Inglaterra. No Brasil a primeira Loja a
praticar o Rito de Emulação foi a "Orphan Lodge', em 28 de
junho de 1837, na cidade do Rio de Janeiro, vinculada
diretamente a UGLoE.
Rito dos Maçons Livres, Antigos e Aceitos, ou Rito
Escocês dos Maçons Livres, Antigos e Aceitos - Para
determinarmos a origem do Rito faz-se necessário um
exercício de lógica, remontando à Inglaterra nos idos de
1700, época dos Maçons Especulativos, quando para ser
maçom os homens tinham que ser livres e aceitos. Com a
cisão ocorrida na Grande Loja da Inglaterra (1751), os
maçons se dividiram em Antigos e Modernos. Em 1813,
com a união das Grandes Lojas inglesas estas adotaram a
forma de trabalho dos Antigos, daí surgindo a denominação
do Rito dos Maçons Livres, Antigos e Aceitos – MLAA. No
Rio Grande do Sul o Rito tem origem na Grande Loja
Maçônica do Rio Grande do Sul - GLMERGS, identificado
também como Rito Simbólico ou Rito Azul, praticado e
identificado, atualmente, como Rito Escocês Antigo e
Aceito - REAA.
Rito Moderno ou Frances - Criado na França em 1761,
constituído em 24 de dezembro de 1772 e proclamado pelo
Grande Oriente da França, em 09 de março de 1773. Em
1786, em virtude de alterações que provocaram muitas
reações contrarias pela supressão de Graus (só reconhecia
os três Graus simbólicos) a Câmara dos Ritos apresentou
ao Grande Oriente da França o rito com sete Graus, tendo
sido aprovado em Assembleia, com o título de Rito Francês
ou Moderno, mantendo suas características teístas. Na
Convenção de 1877, ficou decidido que "A Franco-
Maçonaria não é deísta, nem ateia, nem mesmo positivista
e tem por princípio único o respeito absoluto à liberdade de
consciência". No Brasil, autores afirmam que desde 1815 já
existia, no Brasil, uma Loja maçônica do Rito Moderno. Era
a Loja Comércio e Artes, primaz do Brasil, fundada em 15
de novembro de 1815 sob os auspícios do Grande Oriente
de Portugal, afirmação que se contrapõe a implantação,
também no Brasil, do Rito Adonhiramita.
Rito Escocês Antigo e Aceito – é ponto polêmico
determinar a real origem do Rito. Pode ser escocesa,
pois a base do Rito é historicamente tida como levada
pelos Stuarts e sua corte, quando exilados na França em
1715. Nesse mesmo ano, James Radclyffe, Conde,
acompanhado de seu irmão Charles Radclyffe, ambos
fiéis declarados à causa Stuart, retomaram à Escócia
para participarem de uma rebelião. A rebelião fracassou e
ambos foram presos, sendo que o Conde James
Radclyffe foi executado e Charles Radclyffe conseguiu
fugir e retomar à França. Dez anos depois, Charles
Radclyffe, então secretário do Príncipe Charles Edward
Stuart, na França, atendendo o desejo do príncipe e de
sua corte, funda a primeira Loja Maçônica "Escocesa‖ em
território francês. Essas Lojas Escocesas rapidamente se
proliferam em território francês. E, na mesma intensidade
da proliferação de Lojas, ocorreu a proliferação de Graus
e de ritos. Em 1745, apoiando uma frustrada tentativa dos
Stuarts de retomada do trono da Inglaterra, o Conde
Charles Raclyffe é capturado e executado em Londres.
Porém, sua iniciativa maçônica foi o embrião do que viria
a se tornar, dentre vários ritos maçônicos, o Rito de
Heredom, com o reconhecimento de vinte e cinco Graus.
Quando do surgimento do Supremo Conselho do Rito
Escocês Antigo e Aceito, em Charleston, nos Estados
Unidos, em 1801, com seu sistema de 33 Graus,
aproveitou-se o emblema do Rito de Heredom, da águia
bicéfala coroada sobre uma espada, acrescentando
acima dessa um triângulo inscrito com o número 33. O
Rito então foi batizado de Rito Escocês Antigo e Aceito.
Conforme coloca o Irmão Kennyo Ismail: ―temos então
um rito de raízes escocesas, desenvolvido na França e
concluído nos EUA. Uma polinacionalidade condizente
com a complexidade e profundidade de seus Graus, e
com sua prática em dezenas de países espalhados pelo
mundo. ‖O Rito Escocês Antigo e Aceito só foi
oficialmente introduzido no Brasil em 15 de setembro de
1833. A adoção oficial do Rito Escocês Antigo e Aceito
ocorreu um ano após, pelo Grande Oriente Brasileiro do
Passeio (dissidente do GOB) quando quinze Lojas o
adotaram, em 15 de setembro de 1834.
Rito Schröder - Os Rituais de Schröder foram
aprovados em 29 de junho de 1801 pela Assembleia das
Lojas da Grande Loja Provincial de Hamburgo e da Baixa
Cont.: O RITUAL NA MAÇONARIA
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Saxônia, ligada a Grande Loja de Londres
(1717), e rapidamente conquistaram
inúmeras Lojas de língua germânica por
toda a Europa. Posteriormente, foram
adotados por alemães e seus
descendentes em diversos países e, no
Brasil, com a colonização germânica no
Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o
Rito estabeleceu-se inicialmente no idioma
Alemão. Mais tarde, os rituais foram
traduzidos para o Português e foram
adotados por diversas Grandes Lojas
Estaduais (CMSB); pelo Grande Oriente do
Brasil – G.O.B.; e por diversos Grandes
Orientes Estaduais Independentes
(COMAB), sendo o Brasil um dos poucos
países a adotar o Rito traduzido para o seu
idioma.
Este é um tema que traz muito
envolvimento e, principalmente, muitas
interpretações e conclusões pessoais, não
se esgotando novas e oportunas
informações sobre o assunto e até
posicionamentos contrários as posições e
interpretações dos autores citados e suas
conclusões.
*Marco Antonio Perottoni -Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas - Loja Cônego Antonio das Mercês -GORGS - Porto Alegre - RS
Bibliografia Básica: - Carr, Harry - palestra realizada em 7 de maio de 1976, na Victoria Lodgeof Research and Education - Texto traduzido e cedido pelo Ir. Paulo Daniel Monteiro. - Carr, Harry – O Oficio do Maçom – Madras - 2007 – São Paulo – SP – atualmente editado por Karg, Barb e Young, John K. - MacNulty, W. Kirk – A Maçonaria, Símbolos, segredos significado – Ed. Martins Fontes Ltda. – 2007 - São Paulo – SP. - Ismail, Kennyo - A Origem e o Desenvolvimento do REAA - Jung Neto, Rui – O Rito Schröder – Set/2015. - GORGS – Estatuto e Regulamento Geral. - Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas – Trabalhos apresentados em Nov/2004 – Ritos praticados no GORGS.
O melhor livro que li nestas últimas férias foi presente de um querido
irmão da Loja Concórdia et Humanitas, o Renato Alves Fortes,
profissional respeitado e mais do que competente em sua área. Não era
um livro específico de maçonaria, mas uma história sobre a essência da
liderança - O Monge e o Executivo, de James C. Hunter.
Dentre a inúmera bibliografia que existe sobre o tema, seria apenas
mais um, se não tivesse um conteúdo absolutamente espiritual sem ser
piegas. Surpreendeu-me quando analisa e reconecta o tema do amor.
Tendo tudo para colocar lugares-comuns, o autor propõe uma abordagem
adulta, como eu não havia visto antes.
Fala-se de amor ao próximo, fala-se de amor aos irmãos da Ordem ou
de amor a Deus, não conseguindo chegar ao âmago da questão. Afinal,
amor é um sentimento? Seria o mais nobre dos sentimentos? E como eu
poderia transferir para a Humanidade inteira esse sentimento, sem que
haja uma postura hipócrita diante de tantas criaturas execráveis que
cruzam nossos caminhos?
A proposta de um amor incondicional esbarra no primeiro mendigo que
encontro dormindo na pracinha em frente de casa, com sua imundice, seu
mau cheiro, suas tralhas tiradas do lixo e espalhadas por entre rios de
urina e morrinhos de fezes acumuladas nos canteiros. Como lidar com
esse contraditório?
O autor explica que nós, ocidentais, fazemos uma forte confusão do
amor sentimento com o amor ação. A origem está nas traduções do grego
para o latim e deste, para nossas vidas. Os gregos usam várias palavras
diferentes para descrever o multifacetado fenômeno do amor: eros tem
um sentido de paixão, desejo ardente; storgé é afeição, especialmente
com a família entre seus membros; philos ou fraternidade, um amor
recíproco, da espécie condicional, você me faz o bem e eu faço o bem a
você; o substantivo agapé o verbo correspondente agapaó descrevem um
amor incondicional, baseado no comportamento com os outros, sem
exigir nada em troca. É o amor da escolha deliberada.
Nem sempre podemos controlar o que sentimos por uma pessoa, mas
sempre podemos controlar nossas ações, nosso comportamento que,
apesar do sentimento negativo, pode-se ser respeitoso e honesto.
Manifestar o amor é ser paciente, bom, não ser arrogante e nem se
comportar de maneira inconveniente. Portanto, paciência, bondade,
humildade, respeito, generosidade, perdão, honestidade e compromisso
são ações - e não sentimentos - que se traduzem na ágape, caridade, ou
amor incondicional.
Ser paciente, talvez possa ser definido como mostrar autocontrole,
como propõe o autor do texto em questão, e essa é uma qualidade do
maçom. Todos nós estamos sujeitos a cometer erros e a forma amorosa
de reconduzir ao bom caminho, certamente não passa por grosserias,
gritos e outras formas inadequadas de comportamento, que serviriam
apenas para reforçar atitudes negativas. A responsabilização pela correta
execução de uma tarefa seja ela no mundo profano ou na própria Ordem,
sem dúvida é a mais importante forma de demonstração de um
comportamento amoroso, usando-se a calma, o respeito e a firmeza.
Cont.: O RITUAL NA MAÇONARIA
ÁGAPE - Irmão Luiz A Rebouças dos Santos
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Cont.: ÁGAPE .
Muitos irmãos acham, erradamente, que ouvir é um
processo passivo, que consiste em ficar em silêncio
enquanto a outra fala. Krishnamurti adverte, em seus livros,
que um bom ouvinte não fica fazendo julgamentos sobre o
que o interlocutor está falando e nem se comporta
seletivamente, ouvindo apenas o que está de acordo. O
ouvir ativo requer esforço consciente e disciplinado para
silenciar toda a algaravia interna, enquanto ouvimos outro
ser humano. Essa identificação com o interlocutor chama-
se empatia, e define uma atitude bondosa, amorosa, de
quem ouve. Ouvir e compartilhar o problema de outra
pessoa alivia a sua carga, produz um efeito catártico, em
fazer-se ouvir por outra pessoa e poder expressar-lhe
nossos sentimentos. O amor é basicamente a maneira
como nos comportamos em relação ao outro.
A humildade, como comportamento, define alguém
autêntico, hábil em ser verdadeiro com todos os irmãos e
no mundo profano, não fixados em si, orgulhosos do que
sabem e do que podem fazer. Se precisamos uns dos
outros nesta jornada, é preciso ser real, descartar as
máscaras falsas e trabalharmos juntos para tornar feliz a
humanidade.
Um verdadeiro maçom trata os demais com respeito,
como se fossem todos tão importantes quanto ele se
considera. Somos irmãos, somos iguais! O maçom pode
escolher, durante todo o seu processo de iniciação, se
deseja ou não se dedicar à humanidade. E todos os seres
humanos são importantes! Isso se demonstra, por
exemplo, no respeito ao horário de início e fim das sessões
e em todos os compromissos que marcamos, em nossas
vidas profanas. Qual a mensagem que o outro recebe,
quando nos atrasamos para uma reunião? Certamente não
é uma mensagem positiva; pode ser você não é tão
importante quanto eu e pode esperar por mim!
Considerando a outra pessoa importante, seguramente
ninguém vai se atrasar para um compromisso agendado.
Atrasar-se, além de ser um comportamento desrespeitoso,
cria um mau hábito.
Já o comportamento abnegado significa que o maçom
está atento a satisfazer as reais necessidades de seus
irmãos. Não se trata de fazer vontades, mas sim atender o
que as pessoas, de um modo geral, exigem para o seu
bem-estar físico, mental intelectual e espiritual. O nosso
irmão Domingos Rubbo, agora no Oriente Eterno, dizia em
suas aulas, e foi adotado como lema do Grupo Serpente de
Bronze, Servir para vir a ser. Ser um servidor, não é ser um
escravo, mas exercer o que de melhor nós temos, em favor
de nossos irmãos e da humanidade em geral.
O perdão tem um conceito bastante mais amplo:
desistir de ressentimentos, quando enganado. Não
significa desconhecer as coisas ruins que acontecem, nem
deixar de lidar com elas, à medida em que surgem. Ao
contrário, o maçom terá que demonstrar um
comportamento afirmativo e firme com as pessoas, o que
consiste em ser aberto, honesto, direto, mas sempre de
maneira respeitosa. Como maçom, se não for capaz de
desapegar-se de qualquer resquício de ressentimento,
você consumirá sua energia em mágoas e se tornará
amargo, infeliz e ineficaz.
A mentira é qualquer comunicação com intenção de
enganar os outros; assim, ser honesto é ser livre de
enganos! A honestidade é o lado difícil desse amor -
ágape, e que lhe dá o equilíbrio. A honestidade implica em
esclarecer as expectativas das pessoas, tornando-as
responsáveis, sendo firme, previsível e justo. Tapar o sol
com a peneira, como costumamos dizer, é uma atitude
desonesta, assim como botar panos quentes nos
problemas. E a primeira pessoa com quem devemos ser
honestos, é conosco mesmos.
O mais importante de todos os comportamentos, a meu
ver, é o compromisso. Comprometer-se com as opções
feitas na vida. É o que nos perguntam a toda hora, durante
nossa iniciação: Persistis em serdes maçons? A que
respondemos, quase automaticamente, sem maiores
reflexões, num alto e sonoro Sim. O compromisso foi
assumido! E o que vemos, nas próximas reuniões? Bons
irmãos, bem iniciados, bem instruídos, mas que por
qualquer motivo faltam às reuniões, porque encontraram
outras prioridades, outros interesses.
Sentimentos vem e vão, o compromisso é o que os
sustenta. O verdadeiro compromisso envolve o
crescimento do nível de consciência do maçom e de sua
Loja, seja ela Simbólica ou dos Altos Graus. O maçom
comprometido dedica-se ao crescimento de seus irmãos.
Ao pedirmos que nossos irmãos desbastem suas pedras
brutas, que se tornem os melhores que puderem, para que
se encaixem na Grande Obra, também nós temos que
mostrar que estamos empenhados em crescer e em
polirmos a nossa pedra cúbica.
Esse amor - ágape, que é doação, compromisso,
honestidade, requer um bocado de esforço e de trabalho.
Quando optamos por sermos maçons, optamos por amar
nossos irmãos e fazer feliz a humanidade. Esses
comportamentos exigirão que nos coloquemos à serviço
dos nossos irmãos, nos sacrificando por eles. Ora, e no
Universo que nossos Templos representam, quem são os
nossos irmãos?
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Simbologia é a ciência que estuda a origem, a
interpretação e a arte de criar símbolos. Todas as
sociedades humanas possuem símbolos que expressam
mitos, crenças, fatos situações ou ideias, sendo uma das
formas de representação da realidade. É uma das ciências
mais antigas do mundo.
Atribui-se o termo simbologia ao conjunto de elementos
que servem para dar significado a outros. Esses elementos
são símbolos que representam algo. Um símbolo é a
representação sensorial de uma ideia que guarda um
vínculo convencional e arbitrário com seu objeto. O
símbolo é um sinal sem adjacência.
Aliados às metáforas e a prática da analogia, os
símbolos foram sempre utilizados na transmissão de
informações e mensagens, principalmente aquelas
consideradas religiosas ou até mesmo esotéricas. Foi
assim com o cristianismo ao longo de sua evolução, e,
também com a imensa maioria das religiões que existem
na atualidade ou que já não existem mais.
Há de se destacar, entretanto, que os sinais significam
unicamente coisas, ou seja, são meras e simples
referências ou imagens e apresentam a função de
simbolizar. Isto é, um símbolo tem a consistência própria
da qual se pode perceber uma relação de significado.
Os rituais Maçônicos são riquíssimos em simbologia e
expressões emblemáticas que vão sendo transmitidos aos
Maçons com a sua progressão pelos diversos graus da
Maçonaria.
A noção de simbologia é utilizada para fazer referência
ao sistema dos símbolos que identificam os diferentes
elementos de algum âmbito. Nesse sentido, a simbologia
Maçônica utiliza os próprios textos dos seus rituais para
fazer, veladamente por alegorias, compreender os
símbolos utilizados, cujas características estão aceitas por
convenção. A estrutura simbólica, desses elementos,
reconhece numerosas heranças procedentes de diversas
tradições sucedidas durante, pelo menos, nos últimos dois
mil anos. Essa tradição, longe de parecer um puro
sincretismo, revela uma vitalidade e capacidade de síntese
e de adaptação doutrinal. Os símbolos, emblemas e
alegorias são usados com frequência nos ensinamentos,
através das instruções ao Maçom, que auxiliam,
sobremaneira, no entendimento dos objetivos e filosofia da
Ordem. O universo simbólico emite uma linguagem que se
entrelaça com o processo de reflexão e aprendizagem.
MAÇONARIA e sua Simbologia *Irmão E. Figueiredo(*)
Temos condições de classificar a simbologia de acordo
com seu objeto de estudo ou a área de incumbência. A
simbologia Maçônica analisa os símbolos dos Maçons e
revela as mensagens fechadas em cada um deles. Os
símbolos são a própria essência, a razão de ser da
Sublime Ordem. Sua interpretação e o seu entendimento
são as ferramentas utilizadas pelos Maçons para o seu
constante escavar de masmorras ao vício e no
permanente edificar e levantar templos à virtude. A
Maçonaria, com esses elementos, torna sua doutrina mais
facilmente assimilável, inspirando conceitos mais amplos.
A Maçonaria, em qualquer instância, é inspirada em
simbologia e alegorismo. O Simbolismo ou Maçonaria
Simbólica, constitui a Maçonaria básica, essencial e
fundamental, e, só abrange os três primeiros graus:
Aprendiz, Companheiro e Mestre.
Os símbolos Maçônicos são numerosos e variados e
têm referência a fatos espirituais, e são todos o suporte de
acontecimentos, ideias e conceitos abstratos que evocam,
de imediato, aos adeptos, ao ponto da linguagem utilizar
seus nomes sem necessidade de esclarecer-lhes o
sentido profundo. Praticamente, toda a estrutura da
simbologia Maçônica se baseia nos antigos construtores
de catedrais e castelos.
O que poderia espantar aos não iniciados o emprego
insólito desses símbolos, o mesmo não acontece com os
Maçons que estão habituados a essa fraseologia.
O QUE TRANSMITEM OS SÍMBOLOS NA
MAÇONARIA ?
No Templo Maçônico e nos rituais não constam
adornos supérfluos, mas, sim, uma série de símbolos.
Uma significativa parcela dos símbolos é figurada por
instrumentos empregados na construção civil. Cada um
contém uma transcendente mensagem que é decifrada e
entendida para que se possa, realmente, saber o
que é a Maçonaria. Exemplos:
ACÁCIA: Planta símbolo da Maçonaria por
excelência. Representa inocência, segurança e
clareza.
AMPULHETA: Emblema do
tempo e da morte.
A V E N T A L : P r o t e ç ã o n a
permanência constante do
trabalho.
CINZEL: O ato eficaz, a
penetração no seio dos elementos, o espírito
em ação.
XXIV ENCONTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS MAÇÔNICAS - JOÂO PESSOA - PB, 13 E 14 DE
OUTUBRO DE 2017
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Cont.: MAÇONARIA e sua Simbologia
COMPASSO: Exatidão - Com o círculo que
traça representa que sejamos justos.
CORDA DE 81 NÓS: União dos Maçons.
Fraternidade.
COLMEIA: Operosidade. Solidariedade.
DELTA LUMINOSO: Simboliza as três
forças cósmicas divinas: vontade, amor e
inteligência.
ESCADA: A dificuldade a vencer. O
caminho em busca do conhecimento.
ESPADA: Harmonia. Insígnia do poder e do mando.
ESPADA FLAMÍGERA: Emblema da justiça do Ser
Supremo.
ESQUADRO: Retidão - Representa justiça e
equidade.
LIVRO DA LEI: Traçado espiritual para o
aperfeiçoamento do Maçom.
MAÇO: Símbolo da decisão.
MALHETE: A força, o poder. Age sob a
direção do espírito da sabedoria e da ciência.
NÍVEL: Igualdade. Prática correta do
conhecimento.
ORLA DENTADA: Atração universal.
Amor.
PAVIMENTO MOSAICO: União de
todos os Maçons.
PEDRA BRUTA: O trabalho a fazer. O
Homem no estado primitivo.
PEDRA CÚBICA: Plenitude. O trabalho efetuado.
PENTALPHA: Homem espiritual. Reflexo da
verdade.
PRUMO: Justiça. O bom uso
das faculdades.
RÉGUA: Origem do trabalho.
Precisão na execução.
ROMÃ: Unidade entre os
Maçons.
TROLHA: Embrião ativo de toda aquisição,
a humildade, a participação necessária.
Um dos mais importantes símbolos da
Maçonaria é o triângulo que carrega um
olho em seu centro, denominado O Olho
Que Tudo Vê. Ele faz referência ao
Grande Arquiteto do Universo, aquele Ser
de natureza onisciente que tudo vê e tudo julga. Esse
símbolo está fortemente vinculado ao todo poderoso
princípio criativo que organiza o Universo.
A letra G, comumente presente no
centro da alegoria do Esquadro &
Compasso, e um dos mais evidentes
da Maçonaria, é um símbolo que
sobrevive aos séculos mas perde seu significado original
ganhando outros ao longo do tempo. Vários autores
apontam diversos significados, alguns dos quais
estranhos: God, Gama, Gnose, Glória, Gadu, Gibraltar,
Grandeza, Gravitação, Gênio, Geração e outros mais.
Isso permite interpretar como um grande mistério
Maçônico jamais revelado. A versão mais aceita (mesmo
assim com autores que a divergem) é de que seu
significado seja Geômetra. A presença do G é
representativa da Geometria como ciência Maçônica,
tendo foco de estudo, conhecimento e prática do trabalho
Maçônico. Esse significado é encontrado em todos os
antigos Catecismos Maçônicos que se tem conhecimento.
Muitos estudiosos preferem afirmar que o verdadeiro
significado da letra G é um grande mistério Maçônico.
Os novos significados para a letra G foram surgindo
entre os séculos XVIII e XIX, quando Maçons intelectuais,
da época, considerando a simbologia da Maçonaria muito
simplista, começaram a dar outras interpretações.
Buscaram dar significados mais profundos e adequados à
Sublime Ordem, tomando emprestado símbolos de outras
fontes, como astrologia, alquimia, cabala, templários e
outros. Uma outra interpretação, aceita por grande parte
dos pesquisadores , é de que o G vem de Gnosis, do
grego, (conhecimento).
Existem muitos outros símbolos que são empregados
entre Maçons, igualmente, com suas representações
convencionadas.
A função dos símbolos, na Sublime Instituição, não é
de ocultar. A finalidade é de levar aos adeptos os
ensinamentos por meio de instrumentos, sinais, figuras e
alegorias que, em conjunto, se resumem num elevado
sistema de moral.
Os símbolos Maçônicos se distinguem por sua
universalidade e como expressão de ideias pacificamente
aceitas pela Humanidade civilizada. Por conseguinte, o
Maçom não deve manipular os símbolos a seu gosto.
Todo símbolo Maçônico é de comunicação nos âmbitos da
Maçonaria, ainda que, por motivos históricos, não seja
originário da Sublime Ordem, mas de tradições morais do
Homem.
Existem muitos outros símbolos que são empregados
entre os Maçons. Ao longo do aprendizado, que aumenta
o conhecimento e a experiência na Maçonaria, esses
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Cont.: MAÇONARIA e sua Simbologia
emblemas passam a extrapolar a dimensão fixa de um
significado de natureza invariável.
Os três Graus simbólicos constituem o próprio âmago
da Maçonaria. Através de utilização dos rituais e
instruções recebidas, eles proporcionam ao Maçom as
ferramentas e o conhecimento necessários para trabalhar
a Pedra Bruta (o seu desenvolvimento interior). Após a
Iniciação, ter galgado o Grau de Companheiro e chegado a
Mestre, junto com outros Mestres, estará qualificado para
ocupar qualquer cargo na Loja e apto para participar nos
ensinamentos aos novos adeptos.
A simbologia sempre estará presente nas atividades do
Maçom.
Obras consultadas:
Aslan, Nicola - Estudos Maçônicos sobre Simbolismo
Boucher, Jules - A Simbólica Maçônica
Lima, Norberto de - Símbolo, Rito, Iniciação
MacNulty, W. Kuk - A Maçonaria - Símbolos, Segredos,
Significados
Nami, Antônio - Maçonaria de A a Z
Queiroz, Álvaro de - Os Símbolos Maçônicos
Tourret, Fernand - Chaves da Franco-Maçonaria
Bíblia Sagrada
(*) E. Figueiredo – é jornalista – Mtb 34 947 e pertence
ao CERAT – Clube Epistolar Real Arco do Templo/Integra
o GEIA – Grupo de Estudos Iniciáticos Athenas/ M e m b r o
do GEMVI – Grupo de Estudos Maçônicos Verdadeiros
Irmãos/Integrante do Grupo Maçonaria Unida
Obreiro da ARLS Verdadeiros Irmãos – 669 – (GLESP)
Maçonaria emite nota de repúdio por divulgação de falsa propaganda
Nota Conjunta de Repúdio
Tendo em vista as recentes incursões de anúncios
“oferecendo a Maçonaria” em diferentes meios de
comunicação, como a Revista Veja do dia 18 de outubro de
2017, as potências maçônicas GRANDE LOJA
MAÇÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – GLESP, O
GRANDE ORIENTE DE SÃO PAULO – GOB e o
GRANDE ORIENTE PAULISTA – GOP, potências
maçônicas regulares, vêm a público esclarecer que estas
instituições maçônicas não arregimentam membros por
anúncios e não fazem propaganda.
É com pesar que assistimos maçonarias espúrias (não
reconhecidas e não regulares), que veiculam anúncios em
revistas, jornais, outdoors e internet com a intenção
arregimentar membros, mancharem a imagem da
instituição comercializando uma Ordem que existe há 300
anos no mundo. Cabe ressaltar que os métodos para
aceitação de novos membros na Maçonaria Regular,
aquela que é reconhecida pela Grande Loja Unida da
Inglaterra (GLUI) e em todo o mundo, é apenas por
indicação.
A Maçonaria não é um produto a ser vendido, muito
menos um meio para enriquecimento destes que a
oferecem de maneira tão desprezível. Para se tornar
Maçom é necessário ser indicado por um membro
regular e ativo, passando por processos de aceitação que, antes de ser um acúmulo de taxas a serem pagas,
existe para que a Ordem possa contar em suas fileiras com
verdadeiros Irmãos, norteados pelos mesmos bem comuns
de liberdade, igualdade e fraternidade.
A Maçonaria é alicerçada em princípios éticos e morais,
contribuindo para que seus membros sejam verdadeiros
construtores sociais, não vendedores de títulos que não
passam de palavras vazias de ações. Essas entidades
espúrias que se intitulam maçônicas usurpam a
imagem da Maçonaria Regular, que repudia esses
atos.
COLUNA DA CHICO - DIVULGAÇÃO
"Não acredite em algo simplesmente porque ouviu.
Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a
respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está
escrito em seus livros religiosos.
Não acredite em algo só porque seus professores e
mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições
só porque foram passadas de geração em geração. Mas
depois de muita análise e observação, se você vê que algo
concorda com a razão, e que conduz ao bem e benefício de
todos, aceite-o e viva-o". Buda
Fonte: http://viva-consciente.blogspot.com.br/
COLUNA DA CHICO - REFLEXÃO
açônica
Templo : Leonello Paulo Paludo
Centro Templário - 3º andar
Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945
Dia da Oficina: 3º Sábado de cada mês Hora: 10:00 h
AUG :. RESP :. LOJ :.
“FRANCISCO XAVIER FERREIRA
DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”
JURISDICIONADA AO GORGS
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Informativo Virtual Destaca:
Organização
Atividades comemorativas
1. REUNIÃO DA CHICO DA BOTICA No mês de outubro, aos 21 dias, a Loja ―Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas‖, - a ―Chico da Botica‖, ao Oriente de Porto Alegre – RS, dando continuidade às suas atividades comemorativas ao seu 22º ano de fundação, movimentou seu quadro de obreiros, juntamente com demais convidados trazendo uma brilhante palestra proferida pelo Prof. João Bernardes da Rocha Filho (FAFIS/PUCRS) abordando o tema Física e Espiritualidade, tendo por local o tradicional Templo Leonello Paulo Paludo, Centro Templário - 3º andar, na Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945. O Ilustre Prof. João Bernardes da Rocha Filho, encantou os presentes abordando o tema Física e Espiritualidade com um questionamento intrigante: ―Que coisa é ser humano afinal? O tema foi abordado sob os aspectos da Física, Filosofia, Psicologia, Espiritualidade, Transdiciplinaridade e a Natureza do Universo, captando a atenção dos pressentes que foram concitados a serem participativos, tornando o momento bastante saudável e fraterno.
NOTÍCIAS RAPIDINHAS DA CHICO
Tivemos um ótima avaliação da palestra e todos saíram muito satisfeitos com o conteúdo e clareza da abordagem. Com certeza foi mais um grande evento do trabalho em prol da Cultura Maçônica e Conhecimento geral, a promoção de uma palestra, tão significativa, dentro das atividades comemorativas do 22º ano de Fundação da Chico. Fica o nosso sincero agradecimento ao Ilustre Prof. João Bernardes da Rocha Filho, pelo belo momento vivido pelos participantes.
2. INVESTIMENTO Agradecemos a todos que trouxeram sua contribuição em alimentos não perecíveis. Foram arrecadados 35 quilos de produtos não perecíveis que foram encaminhados para a Casa do Menino Jesus de Praga (www.casadomenino.org.br), entidade que acolhe crianças e adolescentes com lesão cerebral grave a paralisia motora permanente.
3. PUBLICAÇÕES NA CHICO DA BOTICA
- Contatar:
Marco Antonio Perottoni e-mail: [email protected] - Artêmio Gelci Hoffmann e-mail: [email protected]
Obs.: textos publicados são de inteira responsabilidade dos seus autores