debate, televisão, generos
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SUMÁRIOSUMÁRIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA ......................................................................................................... 03DEBATE: TELEVISÃO, GÊNEROS E LINGUAGENS
José Carlos Aronchi
PGM 1
TV COMO ENTRETENIMENTO ................................................................................................. 16
José Carlos Aronchi
PGM 2
TV E INFORMAÇÃO ...................................................................................................................... 28
José Carlos Aronchi
PGM 3
TV E CRIANÇA ............................................................................................................................... 37
O que é infantil nos programas infantis?
Ria !arisa Ri"#s $#r#ira
PGM 4
TV E PUBLICIDADE ..................................................................................................................... 46
José Anonio %ar&o
PGM
NOVAS PROPOSTAS PARA A TV ............................................................................................... 3
A TV Digital e o futuro dos programas: uma visão tecnológica
Anonio L#on#l &a L'(
PROPOSTA PEDAGÓGICAPROPOSTA PEDAGÓGICA
DEBATE: TELEVISÃO, GÊNEROS E LINGUAGENS 2 .
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DEBATE: TELEVISÃO, GÊNEROS E LINGUAGENS
Um programa para conhecer os programasUm programa para conhecer os programas
José Carlos Aronchi 1
Esta série vai permitir ao professor identificar as características dos gêneros e dos formatos
dos programas de televisão. O objetivo é ajudar a entender a linguagem dessa indústria que é
a televisão brasileira.
Para atender a um mercado em constante evoluão! a televisão brasileira tem procurado
acompan"ar o e#emplo das grandes redes internacionais! que montaram o que se pode c"amar
de $indústria de produão de programas para %&'. (lgumas produ)es! como as novelas! por
e#emplo! c"egaram a investir *+, 1-- mil por capítulo. (tualmente! com a diminuião dos
custos! um capítulo de novela gira em torno de *+, /- mil.
( televisão brasileira vale0se da criatividade e do empen"o dos profissionais que trabal"amcom o veículo televisão para criar e desenvolver seus programas! que devem ser atrativos para
o mercado publicitrio. 2istribuídos em atividades distintas! mas complementares! os
profissionais de roteiri3aão! produão e direão formam o primeiro grupo especiali3ado.
Outro grupo de profissionais são os especialistas na manipulaão e operaão de equipamentos
e demais recursos técnicos da televisão! que atuam nas reas de udio! vídeo! lu3! c4mera!
edião! entre outras. Esses dois grupos pertencem 5 categoria dos !"#$"%$&'"&. O terceiro
grupo de profissionais que trabal"a em televisão é dos ()!*"%$&'"&. 6uitas outras categorias profissionais colaboram na elaboraão e desenvolvimento de programas7 "!+,$'-')&
-*/-*-$!)& !)-&&)!-& -#"/)/)& "!'$&'"& entre outros recrutados para atender a
determinados gêneros de produão.
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8om esse leque de profissionais! “a televisão brasileira conquistou projeção mundial,
exportando programas para mais de uma centena de países, o que traduz o reconhecimento
da competência e criatividade dos nossos produtores audiovisuais” 9.
P)! +,- -*'-*#-! ) /*-!) #)& !)/!""&5
O estudo do gênero dos programas e#ige uma compreensão do desenvolvimento da televisão
sob vrios aspectos! inclusive o tecnol:gico. ( identificaão dos recursos para produão de
um gênero permite o recon"ecimento da tecnologia de udio! dos efeitos especiais no vídeo!
do uso de equipamentos! enfim! das aplica)es técnicas aprimoradas em vrias produ)es!
mesmo em canais diferentes. 8om as informa)es sobre o desenvolvimento "ist:rico de cada
gênero! com a abordagem conceitual e técnica dos recursos utili3ados e! também! com os
resultados alcanados no vídeo! c"ega0se a um perfil da produão em televisão! permitindo ao
professor entender! juntamente com seus alunos! o planejamento! a organi3aão! a criaão! a
implantaão e o desenvolvimento de programas. ;sso au#ilia no desenvolvimento crítico do
público0cidadão! que pode avaliar e recon"ecer as técnicas de cada programa que prende sua
atenão.
Esta série de programas tem por objetivo mostrar a produão de diferentes gêneros e formatos
da televisão brasileira7 programas de audit:rio! tal sho!! musicais! telejornais! infantis!
novelas! entre outros. (lém da visão geral sobre o entretenimento na %&! que ser dada no
primeiro programa! os outros quatro segmentos tratarão de programas ;nformativos!
Educativos! da Publicidade e de novos gêneros.
C%"&&$$") #"& "'-/)!$"& /*-!)& - )!"')& #)& !)/!""& #- TV
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Esta série classifica os programas sob a :tica das emissoras! dos departamentos de produão e
opera)es! que formam a indústria de programaão. Por isso! uma e#plicaão sobre a
categori3aão dos programas! que dei#a claros os motivos que levam a uma padroni3aão!
pode ser encontrada no manual de produão de programas desenvolvido pela >ritis"
>roadcasting 8orporation! a rede >>8 da ;nglaterra7
“"s programas devem# $. %ntreter& '. (n)ormar. " entretenimento * necess+rio para toda e
qualquer id*ia de produção, sem exceçes. -odo programa deve entreter, senão não haver+
audiência. ão implica entreter s/ no sentido de vamos sorrir e cantar. 0ode interessar,
surpreender, divertir, chocar, estimular ou desa)iar a audiência, mas despertar sua vontade
de assistir. (sso * entretenimento. 0rogramas com o prop/sito de in)ormar são necess+rios
para toda produção, exceto aquela dirigida integralmente ao entretenimento 1bal*s,
humorísticos, videoclipe etc.2 (n)ormar signi)ica possibilitar que a pessoa, no )inal da
exibição, saiba um pouco mais do que ela sabia no começo do programa, sobre determinado
assunto ou assuntos.”
Em suma! qualquer que seja a categoria de um programa de televisão! ele deve sempre
entreter e pode tamb*m in)ormar e educar . Pode ser informativo e educativo! mas deve
também ser de entretenimento.
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C"'-/)!$"& - /*-!)& #)& !)/!""& *" TV 9!"&$%-$!"?
CATEGORIA
ENTRETENIMENTO
CATEGORIA
INFORMAÇÃO(*2;%@A;O 2E>(%E8OB*C;+6O +O8;(B 2O8*6EC%DA;O8*B;CDA;O EC%AE&;+%(2E+ECO (nimado %EBEFOAC(B2O8*2A(6(E+POA%;&O CATEGORIAG;B6E EDUCAÇÃOH(6E +OI J8ompetiãoK E2*8(%;&O*6OAL+%;8O ;C+%A*%;&O;CG(C%;B
;C%EA(%;&O CATEGORIA6*+;8(B PUBLICIDADE
CO&EB( 8(6(2(A(+;BE;A(+;%8O6 J8omédia de +itua)esK CATEGORIA
%(B +OI OUTROS%EBE2A(6(%*AH;( JGicãoK E+PE8;(B&(A;E2(2E+ E&EC%O+IE+%EAC JGaroesteK AEB;H;O+O
A!'- - T-%-:$&) ; O estudo do gênero em um veículo de comunicaão que utili3a as artes
para o seu pr:prio desenvolvimento apro#ima a televisão dos elementos artísticos utili3ados
para a criaão de um programa. Os roteiros ficcionais! vrios advindos de obras clssicas! e
programas com a intenão de apro#imar0se ao cinema ou ao teatro! são e#emplos do estreito
relacionamento da %& com as artes7 literatura! artes plsticas! artes cênicas e música. Por
isso! torna0se necessrio recon"ecer os aspectos que influenciam a classificaão dos gêneros
em algumas manifesta)es artísticas.
D-$*$) #- )!"')< “3s )ormas são as características das coisas” 1 (rist:telesK. (
classificaão de categoria e gêneros em televisão vem sempre acompan"ada de um conceito
com poucas referências científicas7 trata0se do termo )!"')! tido como jargão no mercado
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de produão! mas não recon"ecido ou sistemati3ado em obras científicas que abordam o tema.
(ssociado ao gênero de um programa! est diretamente ligado a um formato. >uscamos na
Gilosofia o significado de formatoQ para e#plicar essa parte principal de um programa de
televisão. “3rist/teles constatou que a realidade consiste em v+rias coisas isoladas, que
representam uma unidade de )orma e subst4ncia. 3 subst4ncia * o material de que a coisa se
compe, ao passo que a )orma são as características peculiares da coisa' R. Co caso dos
programas de %&! a formaQ é a característica que ajuda a definir o gênero. “3 )orma de uma
coisa, portanto, diz tanto sobre as suas possibilidades quanto sobre suas limitaçes' S.
muita semel"ana entre gêneros e formatos na televisão no que se refere ao estudo de
/*-!) *) ") da >iologia. (ssim como na >iologia e#istem os gêneros e as espécies! em
televisão coe#istem os /*-!)& - )& )!"')&. Pode0se fa3er uma analogia! com as devidas
diferenas! entre as -&=$-& da >iologia com os )!"')& da televisão. Ca >iologia! vrias
espécies constituem um gêneroT os gêneros! agrupados! formam uma classe. Em televisão!
vrios formatos formam um gênero de programaT esses gêneros de programa! agrupados!
formam uma categoria.
FORMATOS DOS PROGRAMAS NA TELEVISÃO BRASILEIRA8
E>-%)& #- )!"')& #- !)#,) - " ,'$%$?") #)& /*-!)& *)& !)/!""& ") :$:) ),
/!":"#)& - -&'@#$) ), - ->'-!*" :-(" *" /$*" 8.
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F)!"') A) V$:) G!":"#) E&'@#$) E>'-!*"
(o vivo U U U U(udit:rio U U U U84mera OcultaJpegadin"asK
U U
8apítulo U U U2ebate U U U U2epoimento U U U U2ocumentrio U U2ublado U UEntrevista U U U UEpis:dio U U U
Esquete U U UHame +"oV U U U U;nstrucional U U U;nterativo U U UBegendado U U6esa0Aedonda U U U U6usical U U U U
Carraão em Off U U U U Coticirio U U U
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produão de um gênero de programa de televisão. F)!"') est sempre associado a um
/*-!) assim como gênero est diretamente ligado a uma "'-/)!$".
( seguir! são apresentados trec"os que podem atestar a popularidade do termo7
Formato: as características gerais de um programa de televisão1-.
3 )orma geral de um programa de -5. "s aspectos de um programa de -5 11.
“" formato telenovela tem muitos elementos de produção que podem ser organizados paracriar uma resposta desejada do telespectador# melodrama, car+ter das personagens, elenco,
di+logos, locaçes, cen+rios, propriedades, m6sica, )igurino, maquiagem, passos no cen+rio,
planos de c4meras, hor+rios e periodicidade, edição e assim mais” 1.
“7esde que adotou um formato híbrido , mesclando as entrevistas de est6dio com
reportagens externas, 8ente de %xpressão 19ede :andeirantes2 )icou mais pr/ximo da
est*tica modernosa adotada pelos programas do n6cleo de 8uel 3rraes, na 8lobo” 19.
“3mbos os países transmitem formatos similares 1ex. 9oletrando no ;:- assemelhaortune”, dos %?32. 3mbos os formatos são apresentados com a mesma
orientação# um convidado )amoso contra outro, ambos )ormulam perguntas ou pedem ao
advers+rio para )azer algo 1ex. ;exol4ndia no ;:- e >amil@ >eud, dos %?32” 1/.
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E , /*-!) )#-)& -*)*'!"! :!$)& )!"')& #- !)/!""&.
P)! ->-%)< C"'-/)!$" E*'!-'-*$-*') G*-!) V"!$-#"#-& F)!"')&< -*'!-:$&'"&
,&$"$& &)!'-$)& /"-& !-)!'"/-*&...
TV - P!)/!"") ; ( televisão é como uma indústria que tem seus produtos 5 venda! no
caso! os programas de %&. O comprador desse produto é o mercado publicitrio! que precisa
identificar um público alvo e tem pouca disposião para o risco. $Poucos anunciantes desejam
arriscar patrocinar programas não convencionais' 1?. Cas emissoras comerciais! a %& precisa
atender 5s necessidades dos anunciantes! ao contrrio das educativas! que buscam as
necessidades do público.
O +,- = P!)/!"") ; Programaão é o conjunto de programas transmitidos por uma rede
de televisão. O principal elemento para a programaão é o "orrio de transmissão de cada
programa. ( economia é imprescindível "oje em dia para entender o funcionamento da
televisão! desde a produão de programas até as estratégias de programaão e de marWeting1R.
(tualmente! as emissoras comerciais baseiam0se nos dados de audiência para decidirem pela
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programaão de um gênero em determinado "orrio. O principal fornecedor dessas
informa)es é o ;>OPE J;nstituto >rasileiro de Opinião Pública e EstatísticaK! que trabal"a
com pesquisa de mercado. O ;>OPE estima o número de aparel"os de %& ligados em um
canal no mesmo "orrio.
O +,- = G!"#- )!!$" ; ( distribuião dos programas em "orrios planejados e
previamente divulgados pela emissora! desde o início da programaão até o encerramento das
transmiss)es! cria um plano con"ecido como grade hor+ria semanal. ( grade "orria de uma
emissora é o resultado das pesquisas de audiência e da estratégia de cada rede. +ua elaboraão
grfica permite a visuali3aão da programaão semanal num único quadro.
O9&.< P)#-;&- )9&-!:"! " -&'!"'=/$" #" !)/!"") )!$?)*'"% #- &-/,*#" " &->'";
-$!". N) -&) )!!$) &) ->$9$#)& )& -&)& !)/!""&.
O9(-'$:)& #" &=!$-<
Esta série aborda apenas alguns dos 91 formatos aplicados em 9S gêneros distribuídos emcinco categorias. (s pesquisas e a criatividade profissional podem levar a uma nova
classificaão. 8onclui0se que um mesmo programa de televisão pode ser classificado em
vrias categorias! gêneros e também pode possuir vrios formatos. 8om o material desta série!
o professor pode estimular os alunos a con"ecer as entran"as da produão audiovisual! suas
rotinas operacionais! estratégias mercadol:gicas e determina)es tecnol:gicas! vindo a formar
a consciência crítica dos novos e futuros produtores audiovisuais que podem surgir na sua sala
de aula1S.
( proposta principal desta série é comear a fomentar! juntamente com os professores! novos
centros de produão de programas de televisão em todos os Estados brasileiros! aproveitando
os canais comunitrios! públicos e universitrios j e#istentes. ;sso vai ajudar a promover a
criaão e a pluralidade das produ)es! com novos ol"ares sobre as comunidades que estão
fora dos ei#os das grandes redes de %& que atualmente se concentram numa única região
brasileira.
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É preciso conhecer os gêneros da televisão para depois subvertê-los
A subversão dos gêneros é o caminho para descobrir formatos inéditos
T-"& "9)!#"#)& *" &=!$- !ebate: "elevisão# gêneros e linguagens +,- &-!
"!-&-*'"#" *) !)/!"" S"%') "!" ) F,',!)TV E&)%" #- 26 " 30 #-
(,*) #- 2006<
PGM 1 H TV )) -*'!-'-*$-*')
Co primeiro programa! ser feita a apresentaão geral da série! com a classificaão das
categorias! gêneros e formatos dos programas de televisão. ( %& como indústria audiovisual!
que tem rotinas de trabal"o e normas para o desenvolvimento dos programas. Os principais
recursos técnicos e de produão que diferenciam os programas. ( %& brasileira no conte#to
internacional de produão! os gêneros de sucesso que são e#portados! como as novelas!
documentrios e programas esportivos. *ma visão geral dos programas da categoria
Entretenimento. Os e#emplos virão dos gêneros (udit:rio! Esportivo! Covela! umorístico!
8olunismo +ocial e %alW +"oV. A #$&,&&) #-&&" &=!$- !-'-*#- -/"! $)!'J*$" #"
#-&-*'!"%$?") #-&&- -$>) #- !)#,) que est concentrado nas regi)es +ul e +udeste.
PGM 2 H TV - I*)!")
O segundo programa da série vai abordar os programas da categoria $;nformaão'. (
nature3a informativa da %&. ist:rico da informaão na televisão. Programas que marcaram o
telejornalismo. Elementos do entretenimento necessrios para a transmissão da informaão. O
que entretém não é somente a notícia! mas também o cenrio! o figurino! a gravata! o
penteado! o rep:rter na rua! os enquadramentos de c4mera! iluminaão! aberturas dos
programas! músicas! etc. Os gêneros informativos7 o telejornal! o documentrio! o programa
de debates e de entrevista. O $infortenimento'! a informaão como entretenimento! e o
$s"oVnalismo'! o jornalismo como um s"oV. Os canais de notícias / "oras. O
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aproveitamento de reportagens de redes internacionais. ( diferena entre jornalismo e os
programas de entretenimento que utili3am técnicas jornalísticas! como! por e#emplo! um
programa de Entrevistas e um %alW +"oV.
PGM 3 H TV - C!$"*"
Co terceiro programa! ser mostrado um "ist:rico dos programas para crianas. 2iferenas
entre os programas infantis nas %evês educativas e comerciais. Os programas educativos e
instrutivos e as produ)es de entretenimento! como desen"os e filmes. (s cores do cenrio!
do figurino! a duraão dos quadros e atra)es! que seguem o formato de programas para
crianas e que prendem a atenão. ( necessidade de o apresentador abandonar o público
infantil por quest)es de marWeting e imagem e buscar novos públicos! jovens e adultos! ou
seja! seu público que cresceu. O que a criana gosta de ver na %&.
PGM 4 H TV - P,9%$$#"#-
O quarto programa pretende discutir7 $
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PGM H N):"& !))&'"& "!" " TV
( indústria de novos formatos! a importaão de modelos de produtoras estrangeiras! como a
Endemol J>ig >rot"erK e também novas propostas para o veículo com a c"egada da %&
digital. O que muda[ 8omo a tecnologia também influencia a produão de novos formatos.
(s perspectivas com a implantaão da %& digital no >rasil. ( %& na ;nternet. (s tevês
comunitrias! universitrias e públicas! canais de e#perimentaão pr:#imos da comunidade.
8omo fa3er a sua produão[ *m passo a passo do que é necessrio ] equipamentos bsicos ]
para montar uma produão regional. 8omo o professor e os alunos podem produ3ir os +E*+
programas7 roteiro e loca)es que servem de cenrios. E#perimentar novos formatos. (
relaão das pessoas com a televisão. Ceste último programa! ser enfati3ada a import4ncia da
descentrali3aão desse ei#o de produão. Pretende0se estimular o professor a tentar fa3er um
programa de %& com a participaão dos alunos! buscando apoio de %evês universitrias e
comunitrias.
Noas:
Jornalisa # ra&ialisa) Do'or #* Ci+ncias &a Co*'nica-o .US$/,
0ro1#ssor # coorna&or &os La"ora2rios I*a3#* # So* &a
UNINOVE .S$/) A'or Gêneros e formatos na televisão brasileira
.E&iora S'**'s/ # cons'lor sa séri#)
4 5Vale a pena registrar que, na mesma época (sic), a TV Rede TV! (e
anc"ete) # em fase de ascensão no mercado interno e come$ando a
concorrer com a Globo no eterior # superou estes gastos de produ$ão%
&a novela 'orpo anto (*+), a Rede TV! (e anc"ete) despendeu
recursos da ordem de -. /00%000%00 por cap1tulo, quase o dobro do
or$amento atingido pela Globo%2 In: !#lo, o0) ci) 0) 67)
8 !#lo, José !ar9'#s ) Revista 3mprensa , s##*"ro 4778) GAARDER, Jos#in) 4 mundo de ofia5 romance da "ist6ria da
filosofia% S-o $a'lo: Co*0anhia &as L#ras, ;
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ARONC>I DE SOU?A, José Carlos) Gêneros e 7ormatos na Televisão
8rasileira ) S-o $a'lo, S'**'s, 4778)
O, An&ré) Gêneros radiof9nicos5 os formatos e os
programas em :udio% S-o $a'lo: $a'linas, 4778)
;7 ELL!ORE, R) T#rr) ass edia ;ictionar
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PROGRAMA 1PROGRAMA 1
TV COMO ENTRETENIMENTO
José Carlos Aronchi 1
%m todo o espaço cultural indorasil que a televisão tem esta import4ncia. Cos Estados *nidos a televisão tem uma
influência muito grande sobre a sociedade! por ser uma fonte de entretenimento popular 9.
Ceste programa! faremos a apresentaão geral da série e também a classificaão das
categorias! gêneros e formatos dos programas de televisão. 6ostraremos que a %& pode ser
entendida como indústria! no caso! uma indústria audiovisual! que tem rotinas de trabal"o e
normas para o desenvolvimento dos programas! visando atender ao público e aos anunciantes.
Para entender a televisão como indústria! é necessrio con"ecer os principais recursos
técnicos e de produão que diferenciam os programas. E nesses aspectos! a %& brasileira
gan"ou espao no conte#to internacional de produão. O mundo todo con"ece algumas
produ)es brasileiras. %emos gêneros de sucesso que são e#portados! como as novelas!
documentrios e programas esportivos. E por isso! vamos tratar nesse programa! basicamente!
dos programas da categoria E*'!-'-*$-*'). Os e#emplos virão dos gêneros A,#$'K!$)
E&)!'$:) N):-%" ,)!&'$) C)%,*$&) S)$"% R-"%$' S) - T"% S). %odos os
programas e#ibidos nas grandes redes de televisão são produ3idos ou no Aio de Faneiro ou em
+ão Paulo! porque l estão os estúdios das c"amadas $cabea0de0rede'! que transmitem por
satélite para todo o >rasil. A #$&,&&) #-&&" &=!$- !-'-*#- -/"! $)!'J*$" #"
#-&-*'!"%$?") #-&&- -$>) #- !)#,) que est concentrado nas regi)es +ul e +udeste.
DEBATE: TELEVISÃO, GÊNEROS E LINGUAGENS 16 .
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GNEROS DA CATEGORIA ENTRETENIMENTO
Esta série classifica os programas sob a :tica das emissoras! dos departamentos de produão e
opera)es! que formam a indústria de programaão! como j comentamos na proposta
pedag:gica.
Em suma! qualquer que seja a categoria de um programa de televisão! ele deve sempre
entreter e pode tamb*m in)ormar e educar . Pode ser informativo e educativo! mas deve
também ser de entretenimento. 6esmo nos programas jornalísticos! o que entretém não é
somente a notícia! mas também o cenrio! o rep:rter na rua! os enquadramentos de c4mera! a
iluminaão! as aberturas e vin"etas. C:s gostamos de dar uma $ol"adin"a' no figurino do
apresentador! na gravata! no penteado da apresentadora! no ternin"o da moa do tempo! etc.
%odos esses itens comp)em os elementos do entretenimento na %&. 6as como eles são
trabal"ados[ 8omo eles são usados para distrair e fa3er o telespectador entrar nesse mundo
mgico[ 8ada programa aplica uma técnica diferente e agora vamos desvendar isso para que
você! professor! também possa trabal"ar esses elementos do entretenimento com os seus
alunos em vrias atividades didticas.
O& !)/!""& #- ",#$'K!$)< $%amos sorrir e cantar&
( televisão! como veículo de comunicaão de massa! promove artistas e forma ídolos que! por
sua ve3! precisam do contato direto com o público para dar sinais de interaão com seus fãs.
8"acrin"a! ebe 8amargo! Perdidos na Coite com Gausto +ilva! +ilvio +antos! Glvio
8avalcanti são algumas das produ)es mais marcantes da "ist:ria do gênero audit:rio. Os
programas que mais apro#imam o telespectador da realidade da produão em televisão são os
de audit:rio! pois permitem a entrada do público nos estúdios ou locais preparados para
gravaão. Cestes locais! o público é freq^entemente convidado a participar do programa.
(tualmente! os programas de audit:rio são classificados pelas emissoras como &ariedades!
principalmente porque são programas caracteri3ados pela apresentaão de música! comédia!
quadros dramticos! dana e muitos outros/. 6as é importante se referir ao gênero pela
denominaão anterior! para mel"or compreensão da sua "ist:ria e do seu desenvolvimento.
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Os programas de audit:rio prendem a atenão do público e do telespectador pela variedade
das atra)es apresentadas num s: programa! apro#imando0se da mesma linguagem utili3ada
pelo circo. O público do gênero audit:rio também aparece para mostrar alegria! animaão!
interesse! podendo cantar! danar e dar opinião! sempre instigado pela figura de um
apresentador que centrali3a as aten)es e condu3 o programa. ( produão deste gênero que se
notabili3ou pela apropriaão total da linguagem televisiva foi o 0rograma do Ahacrinha.
Co início! os programas de audit:rio estavam sempre ligados a um nome! o do apresentador
ou apresentadora! que fa3em o sucesso do gênero. 8"acrin"a! F. +ilvestre! Glvio 8avalcanti!
+ilvio +antos! ebe 8amargo deram origem a outros que permaneceram no ar em vrias
redes! utili3ando0se das mesmas técnicas usadas pelos antecessores. Aaul Hil JAecordK! Hugu
Biberato J+>%K! Gausto +ilva JHloboK são alguns apresentadores que mantêm a f:rmula
$vamos sorrir e cantar'? presente na grade de programaão da %& brasileira! j com a
denominaão atual de programa de $&ariedades'. O elemento principal para os programas
que levam o público ao estúdio é o controle do audit:rio. ( sucessão de quadros musicais!
entrevistas! jogos e atra)es diversas fa3em do programa de audit:rio um gênero que aceita
facilmente vrios formatos7 " pequenas reportagens! debates! videoclipes e encena)es que
dão o ritmo da produão. 2aí uma mel"or denominaão! que parte das emissoras! em
classificar essas produ)es de programas de $&ariedades'.
VARIEDADES
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&ariedades são os programas de audit:rio p:s0modernos na %&! e promovem uma guerra de
audiência com prejuí3o para o telespectador que vê! ri! c"ora e se espanta com tudo o que é
apresentado. uma tentativa de dar continuidade 5 f:rmula desenvolvida por ebe
8amargo! +ilvio +antos! Glvio 8avalcanti! entre outros! " décadas. (lguns programas
tentam manter o nível das atra)es! mas os escorreg)es são freq^entes. O grotesco e o bi3arro
têm sido os ingredientes de programas do gênero &ariedades! que preenc"em a tarde e a noite
da %& brasileira com assuntos inusitados e que levam para a %& os mais variados desastres e
conturba)es7 pessoas com doenas graves! deforma)es no corpo! brigas de família! crimes!
abusos policiais... E carregam ainda uma dose assistencialista! pedindo au#ílio aos
necessitados6.
( populari3aão dos programas de &ariedades! com forte envolvimento com os assuntos
grotescos! é apontada por 6uni3 +odré como uma falta de capacidade de criaão que impera
atualmente na %& brasileira7 “o :rasil, o empobrecimento ou a banalização da mensagem
televisual decorre, na verdade, da incapacidade do comunicador 1desde a direção das
estaçes at* os produtores de programas2 de entender a verdadeira natureza do veículo que
controla e de elaborar mensagens especí)icas” 7. O apresentador 8arlos 6assa! o Aatin"o!
recebe o título que não assume7 o $pai' da bai#aria moderna na %&8. 6as Aatin"o não
esconde o queijo! ele di3 que se inspirou em muitos que se utili3aram da sua linguagem
simples e deboc"ada7 “Bazzaropi * meu grande inspirador. 0rocuro seguir a mesma linha
desse gênio na arte de se comunicar com o povo. 5ou continuar escrachando e )alando pra
nossa gente simples minha linguagem de deboche que agride e ao mesmo tempo diverte” 9.
COLUNISMO SOCIAL
O colunismo social tem uma trajet:ria na televisão que tenta seguir o camin"o do jornalismo!
mas não encontra fYlego para gerar credibilidade! por isso apresenta um misto de talW s"oV!
propaganda institucional e telecompra. Em 1Z`/! o pioneiro (maur Fr.! seguindo o estilo
carismtico do jornalista ;bra"im +ued! o mais famoso colunista social da "ist:ria da
imprensa brasileira10! implantou na %& Ha3eta uma coluna social eletrYnica11. +ua c4mera
passou a circular por festas e lanamentos de produtos nos quais! religiosamente! o anfitrião e
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de e#ibião são fi#ados de forma que atendam aos interesses das empresas que compram os
direitos de transmissão e são encai#ados na grade de programaão. Cão e#iste evento
esportivo no mundo que se reali3e sem essa clusula no contrato de transmissão. Ca maioria
dos grandes eventos esportivos! as negocia)es são feitas entre as emissoras e as empresas de
marWeting esportivo detentoras dos direitos de transmissão ou promotoras do evento. Por isso!
não é raro os torcedores de futebol comparecerem ao estdio 5s "oras de um dia qualquer
da semana para assistir ao jogo programado para comear ap:s a novela.
;sso demonstra a fora do maior veículo de comunicaão! que alavanca os patrocínios
esportivos e transforma o esporte em um gênero de televisão muito rentvel. Os programas
c"egam a preenc"er duas ou três "oras da programaão. 8omparados a outros gêneros! uma
novela por e#emplo! os custos de uma transmissão esportiva são relativamente bai#os! porque
dispensam cenrios! a equipe técnica pode ser redu3ida e os salrios da equipe de produão e
jornalismo são fi#os! independentemente do número de programas durante o mês. Cão é 5 toa
que muitas das disputas pela compra de eventos esportivos! como a 8opa do 6undo de
Gutebol ou as Olimpíadas! vão parar na justia13.
UMORQSTICO
$' Criiideee((( Fala pra mãe&
:ordão do humorista 9onald 8olias para chamar um irmão que nunca aparecia, no
programa “0raça da 3legria”, e que virou letra de m6sica do grupo -itãs.
istoricamente! fa3er rir sempre deu resultado! tanto que “3rist/)anes e 0latão, na 8r*cia
cl+ssica, utilizavamrasil também leva a
fama de estimular as vendas de aparel"os de televisão no país1?.
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2urante o período da ditadura militar! os programas "umorísticos tra3iam mensagens
codificadas que minimi3avam a pressão política e econYmica da época. (s dificuldades do
povo passavam a ser engraadas. (pesar do "ist:rico de sucesso! os programas "umorísticos
não estão presentes na grade de programaão de todas as redes por vrios motivos. Entre eles!
a falta de disponibilidade de "umoristas j con"ecidos que atraiam a audiência e a necessidade
de manter um elenco fi#o! o que torna o gênero custoso. ( falta de redatores leva o gênero a
repeti)es contínuas das vel"as f:rmulas! com formatos que atravessaram o século - e! pelo
jeito! vão ter lugar garantido na %& digital. 6aurício +"erman! diretor de grandes
"umorísticos de sucesso desde a era do rdio! e#plica que é nesse formato que fica mais fcil
apresentar os bons e vel"os temas de piadas que o público mais gosta7 de se#o! a do caipira na
cidade grande! a escatol:gica! a de político corrupto e as dificuldades financeiras do País1R.
MUSICAL
( fora da música popular brasileira junto ao público influenciou a criaão de um gênero!
com as mesmas características! forte e popular. Os programas musicais estão presentes em
todas as redes! 5s ve3es em forma de $especiais'! ou de audit:rio! ou de s"oVs ao vivo.
%K! +om >rasil JHloboK! &iola 6in"a &iola J8ulturaK! é a mais tradicional. Os s"oVs com
público! como o >em >rasil J8ulturaK! produ3idos e gravados em locais de maior dimensão!
como praas ou estdios! também aparecem como elemento de valori3aão do artista e de
aquecimento do espetculo.
NOVELA
O gênero favorito e também as produ)es brasileiras mais populares são as novelas. Este
gênero também é classificado na literatura especiali3ada como teledramaturgia ou ficão. *m
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e#emplo da valori3aão deste gênero est na grade de programaão! onde as novelas
aparecem entre 1`7-- e 17-- "oras! separadas por telejornais! de cinco a seis dias por
semana1S. ( Aede Hlobo ainda reprisa suas produ)es diariamente! no "orrio da tarde. (s
"ist:rias são classificadas por Orti3 como realistas! literrias e comédias1`. O sistema de
produão de telenovelas apresenta inúmeros elementos organi3ados para criar uma resposta
desejada do telespectador7 melodrama! tipos! atores! dilogos! loca)es! cenrios!
propriedades! música! figurino! maquiagem! planos de c4meras! "orrio! edião e muito
mais1Z. ( rique3a de detal"es c"ega a ser "ollVoodiana! o que é confirmado por 2aniel Gil"o!
diretor de novelas da Aede Hlobo! que confessa que sua f:rmula para produ3ir as novelas e
aperfeio0las na %& ele buscou no cinema americano-. ( f:rmula é mundial7 Da telenovela *
o produto mais rent+vel da hist/ria da televisão mundial” além do que $a telenovela paga
toda a televisão brasileira”.
A& -%)!-& *):-%"& !)#,?$#"& *) B!"&$% &-/,*#) )& -&-$"%$&'"& - !)$&&$)*"$& #-
TV
P!--!*$" T',%) E$&&)!" A*)1 2ancinQ 2as Hlobo 1ZS` Aoque +anteiro
&ale %udoHloboHlobo
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9 O >em0(mado Hlobo 1ZS9/ Pantanal 6anc"ete 1ZZ-? Huerra dos +e#os Hlobo 1Z`9R >eto AocWfeller %upi 1ZR`S Habriela
;rmãos 8oragemHloboHlobo
1ZS?1ZS-
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detergentes J soap! sabão em inglêsK! que deram o suporte financeiro inicial 5s primeiras
produ)es. O alto retorno publicitrio fe3 as empresas estimularem a e#portaão do gênero
para a (mérica Batina1. Co >rasil! as novelas brasileiras percorreram camin"o semel"ante
das soap operas dos E*(! com algumas inova)es. O sucesso da radionovela no >rasil desde
1Z/1 se refletiu nas produ)es televisivas seriadas. ( primeira telenovela! ;ua 5ida me
0ertence! de autoria de Ialter Goster! estreou em 1Z?1 na %& %upi. +omente em 1ZR9! com a
estréia na %& E#celsior! de 'rasil em ---! bati3ado pela Aede Hlobo de o Himite! ap:s
a sucesso de programas internacionais como ;urvivor ! da rede americana 8>+! o inglês -he
$GII Jouse e o espan"ol %l 8ran Jermano. %odos esses são espel"os do filme $%ruman
+"oV'! no qual o personagem tem sua vida vigiada por c4meras espal"adas por toda a cidade!
inclusive na casa dele. ( idéia vem de um fetic"e que! segundo Greud! est presente em todo
ser "umano! o vo@eurismo. ( palavra vo@eur surgiu no século U;U para designar os
indivíduos que obtêm pra3er se#ual observando outras pessoas em situa)es de intimidade. O
termo foi usado em 1`RR na obra 0s@chopathia ;exuallis! um catlogo que descreve vrias
formas de fetic"e e perversão! de autoria do psiquiatra alemão Aic"ard von rafft Ebing. 6as
foi o seu aluno +igmund Greud! o pai da psicanlise! quem soube e#plicar o mecanismo por
trs desse pra3er de ver o proibido. Para ele! o vo@eurismo fa3 parte da vida das pessoas
comuns! e s: em casos e#tremos é que vira doena/.
O gênero é marcado por vrios fracassos em alguns países e apenas dois modelos bem0
sucedidos! o "olandês :ig :rother ? e o ;urvivor americano! que deram origem 5 onda de
realit@ sho!s. *m Ynibus itinerante com bai#arias! criado na Espan"a! o %emptation ;sland!
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tra3endo mul"eres e "omens bonitos assediando casais estveis! e a versão do >ig >rot"er na
rede 8>+ americana não tiveram o mesmo sucesso de outros do gênero %&0realidade R. O
formato ainda não est esgotado e cresce o interesse do público em bisbil"otar a vida do
cidadão comum através de c4meras! escondidas ou não. O sucesso do gênero fe3 a A%B da
(leman"a produ3ir uma versão para gordin"os! o >ig 2iet. %rancafiados numa casa! os
obesos tin"am uma dieta rigorosa e gan"ou quem c"egou mais pr:#imo do peso ideal. “"s
9ealit@ ;ho!s apresentam questes signi)icativas sobre o papel da -5 na )ormação dos
indivíduos e do corpo coletivo. ;eria a -5 uma versão contempor4nea da praça p6blica 1a
*gora 2, onde os problemas da polis são expostos e discutidos por todosK "u seria um
zool/gico humano, em que as características mais grotescas da sociedade )uncionariam
como chamariz do telespectador SK'
O voeurismo é o argumento principal para o programa! por isso a formataão direciona as
c4meras e todos os recursos possíveis para oferecer ao telespectador a mel"or imagem e som
com as atividades e rea)es dos participantes que estão sendo vigiados. O gênero realit@ sho!
carrega o formato game sho!! no qual os participantes passam por provas de resistência ou
esperte3a! regularmente! e inteligência! raramente. Outro formato utili3ado é o interativo! para
incentivar o público a interagir com os participantes ou mesmo prejudicar a vida de alguém
que não transmite simpatia! eliminando0o do programa. ( entrevista também é um formato
preparado para dar vo3 aos participantes e realar desavenas observadas pelo público. (
narraão em off sobre imagens do programa valori3a alguns aspectos para c"amar a atenão
da audiência. O formato videoclipe é aplicado para dar um clima especial em determinadas
situa)es! como! por e#emplo! nas rela)es amorosas entre os participantes.
TAL SO
-al sho! é obviamente uma forma de a televisão transmitir uma conversa e precisa ter dois
ingredientes7 casualidade e espontaneidade. O tal sho! combina algumas das principais
qualidades de outros gêneros dramticos de sucesso7 intimidade emocional e um pouco de
bom "umor. ( versatilidade do tal sho! permite passar do musical para o jornalismo! da
política para o esporte`. %anto o gênero tal sho! quanto o gênero EntrevistaZ representam o
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triunfo da personalidade do apresentador! que tem a tarefa de manter o clima do programa em
alta! qualquer que seja o assunto ou o entrevistado. Cesse ponto! entra uma equipe de
produão primorosa que acompan"a todos os momentos da entrevista e passa para o
apresentador as informa)es e dicas necessrias para manter a conversa interessante.
Para o tal sho!! o formato de audit:rio é freq^entemente utili3ado para aumentar o clima de
descontraão. Os quadros apresentados permitem a apresentaão de formatos musicais e de
s"oVs performticos. Evidenciando a completa simbiose que ocorre com os vrios gêneros! o
formato debate também pode fa3er parte dos programas de entrevista e tal sho!. O gênero
pode contar com os formatos audit:rio! musicais e até "umor. Porém! o ingrediente principal
é o formato entrevista! dando tempo para o entrevistado e#por suas idéias. Porém! isso tem
sido dei#ado de lado7 “a mistura de tal sho! com sho! su)oca a )ala e * um risco para o
bom conceito da )/rmula” 9-.
Noas:
Jornalisa # ra&ialisa) !#sr# 0#la Uni#rsi&a !#o&isa # Do'or#* Ci+ncias &a Co*'nica-o 0#la ECAUS$) $ro1#ssor # Coorna&or&os La"ora2rios I*a3#* # So* &a UNINOVES$) A'or
Gêneros e 7ormatos na Televisão 8rasileira .#&iora S'**'s/ #cons'lor sa séri#)4 GAARDER, Jos#in) 4 mundo de ofia5 romance da "ist6ria da
filosofia% S-o $a'lo: Co*0anhia &as L#ras, ;
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;8 BO!BIG, José Al"#ro # !ARIANTE, José >#nri9'#) S#l#-o coni#co* in3#r+ncia &a Glo"o) 7ol"a de %@aulo , 476477;) 0) D8); BARBOSA %IL>O, An&ré% Gêneros Radiof9nicos # Tipifica$ão dos7ormatos em Fudio ) T#s#, S-o B#rnar&o &o Ca*0o, Insi'o !#o&isa Ensino S'0#rior, ;
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PROGRAMA 2PROGRAMA 2
TV E INFORMAÇÃO
José Carlos Aronchi 11
este programa, mostraremos porque as redes de televisão investem numa grande estrutura
de jornalismo. % como elas )azem para transmitir in)ormaçes em v+rios programas,
en)ocando aquilo que %H3; escolhem como notícia. " telejornalismo realizado pelas
emissoras est+ dividido em# -elejornal, programas de 7ebates, programas de %ntrevistas e
7ocument+rios. 5eremos a seguir as di)erenças de cada linguagem.
TELEWORNAL
Os programas da categoria ;nformaão poderiam estar! sob outra :tica! reunidos num único
gênero7 o %elejornalismo. = o que ocorre em algumas redes comerciais! porém não pode ser
reprodu3ido o mesmo modelo para as redes educativas que apresentam programas
informativos ligados 5 rea de produão e não ao jornalismo. Por isso! o gênero %elejornal
est classificado! neste estudo! como um programa que apresenta características pr:prias e
evidentes! com apresentador em estúdio c"amando matérias e reportagens sobre os fatos mais
recentes. Os departamentos de jornalismo das redes de televisão mantêm uma estrutura
independente e adaptada tecnologicamente para a produão de programas estritamente
voltados para a categoria ;nformaão. (s emissoras classificam de %elejornalismo os
programas noticirios! informativos! segmentados ou não! em diversos formatos. Para
entender a classificaão de telejornal como um gênero! é necessrio recorrer aos conceitos de
comunicaão e informaão7 $J...K %ntendemos que h+ uma distinção b+sica entre
comunicação e in)ormação. o primeiro caso, tratareire. o segundo caso,
trata
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Os programas do gênero telejornalismo apresentam múltiplas fun)es em face do
desenvolvimento e aprimoramento do jornalismo no mundo. “" jornalismo * um )enLmeno
universal, mas suas raízes são europ*ias. %ntender as mani)estaçes que )loresceram nos
territ/rios onde essa inovação cultural se deu pela ação dos colonizadores implica resgatar
traços originais que permaneceram e vislumbram as trans)ormaçes determinadas por
contingências hist/ricas99.” O desenvolvimento do telejornalismo no >rasil foi alavancado
por patrocinadores multinacionais que j con"eciam o sucesso e a import4ncia do gênero em
seus países de origem. O primeiro telejornal reflete esta tendência mundial. “%m F de agosto
de $GE', a -5 -upi veio a )echar importante contrato com a %sso para a apresentação do
M9ep/rter %ssoN. " prestígio do programa j+ vinha do r+dio, no qual se tornou o noticioso de
maior evidência. >ora lançado em 'I de agosto de $GF$ na 9+dio acional. 1...2 a -5,
eram programas de cinco minutos, v+rias vezes ao dia e contendo as 6ltimas e mais
destacadas notícias 1...2. 8ontijo -eodoro, o primeiro apresentador de telejornal no :rasil,
escreveu em seu livro# MBas aos poucos o 9ep/rter %sso sentiu a necessidade de ser -5 e não
r+dio. Bodi)icourasil 0 +>%! Fornal Cacional 0 Hlobo! Fornal da Aecord! Fornal da 6anc"ete! Fornal
>andeirantesK. Os principais telejornais permanecem ao vivo! pois dão um tom de atualidade e
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permitem a reali3aão de entrevistas ao vivo de diversos pontos do país e do mundo. (lguns
telejornais e#ibidos ap:s o "orrio nobre são! em sua maioria! gravados para posterior
e#ibião e otimi3aão dos recursos da emissora.
O telejornalismo buscou outros formatos! além do telejornal. Por isso o telejornalismo se
mantém em evidência em todas as grades de programaão. +ão programas de debates e
entrevistas! mediados pelos jornalistas da rede! e também os documentrios e reportagens
especiais! que ocupam os departamentos de jornalismo das emissoras. %odos esses formatos
tornam o gênero importante numa estratégia para modificar a imagem de uma emissora! tal
qual acontece nos E*(! onde $J...K as emissoras, de um modo geral, concentram sua
capacidade produtiva no jornalismo, que * o setor que atribui identidade e credibilidade ao
veículo 1...2'RR. O telejornalismo norte0americano influenciou o formato brasileiro! ao lanar
alguns elementos que promoveram a credibilidade através da opinião! apresentando um novo
elemento ap:s tantos anos de solidificaão do gênero telejornal7 “esse cen+rio, a adoção do
modelo de apresentação de telejornais com o uso do 4ncora trouxe a 6nica mudança
signi)icativa na arte de di)undir notícias no hor+rio nobre da -5 brasileira. %xperiência
ainda não testada na 8lobo. o entanto, no ;:-, o jornalista :oris Aaso@, que, com certeza
* o primeiro 4ncora da -5 no país, * hoje o must das re)erências e reconhecimento da
import4ncia desta inovação no :rasil. 3t* a chegada deste modelo, todas as emissoras,
mesmo as estatais, tinham no formato e estilo implantados pela 9ede 8lobo, o princípio
televisivo a ser inquestionavelmente seguido”SS. (nalisando o conteúdo dos telejornais
brasileiros! temos a seguinte identificaão dos formatos7 Cota! Cotícia! Aeportagem!
Entrevista! ;ndicador! Editorial! 8omentrio e 8rYnica `̀. *ma pitada de "umor é representada
pelas c"arges animadas de cun"o político.
PROGRAMAS DE DEBATE
(s produ)es de bai#o investimento entram como alternativa para emissoras com pouco
poder financeiro para produ3ir programas informativos mais sofisticados. O gênero de debate
não necessita de grandes investimentos ] cenrio e transporte de convidados são os elementos
bsicos ] e pode possibilitar o preenc"imento de um espao da grade "orria com duraão
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elstica. O elemento principal que classifica o gênero é o número de entrevistados e
entrevistadores. Podem aparecer no vídeo mais de um entrevistador e convidados! que
também atuam como comentaristas. = o número de pessoas que cria o debate! diferente do
gênero entrevista! que pode ser produ3ido com apenas um apresentador e um entrevistado. Os
assuntos e os convidados variam de acordo com a proposta da emissora7 pode0se debater um
único tema! com vrios convidados opinando e respondendo 5s indaga)es dos
entrevistadores e apresentadores fi#osT um debate sobre vrios temas num único programa
também pode dar um tom de atualidade e variedadeT programas de nature3a definida ]
esportivo! política! educativos! entre outros ] também se fi#am sobre uma f:rmula para
aprofundar o tema e apresentar especialistas em assuntos que segmentam o programa.
Pequenas afiliadas das grandes redes utili3am0se deste gênero para produ3ir programas locais.
(lém de mostrar líderes regionais! o gênero debate também é uma forma de produão que
permite 5 pequena emissora um bai#o investimento para cumprir a carga "orria prevista pela
legislaão brasileira para produ)es locais.
( fi#aão de um apresentador fa3 parte da maioria dos programas de debate. (lguns
entrevistadores! 5s ve3es comentaristas! também se contrap)em para aumentar a diversidade
de opini)es a respeito do tema e interpelar os convidados! como no programa ? ora
JAecordK. O formato de mesa0redonda! como o programa do mesmo nome na Ha3eta! e o
8artão &erde J8ulturaK! ambos sobre esportes Japesar de o segundo não estar classificado pela
emissora como programa de debateK! é o mais freq^ente. +ilvia Poppovic desenvolveu uma
f:rmula de sucesso! reunindo apresentadora e#periente! alguns debatedores fi#os Jpsic:logos!
médicos! artistasK e convidados com currículos variados! além do audit:rio como pano de
fundo para possíveis interven)es. O programa de debate pode também apresentar pequenas
reportagens que ilustram o assunto a ser debatido! ou ainda entrevistas com um convidado
principal que vai debater com o público ou convidados! sempre com a mediaão do
apresentador. ( duraão do programa é outro elemento característico do formato. Por se tratar
de um gênero que tem a intenão de debater um assunto quase 5 e#austão! procurando esgotar
o tema com opini)es distintas! a duraão também passa a ser mais elstica! com o mínimo de
trinta minutos e podendo preenc"er mais de uma "ora da programaão. ( din4mica de
produão e a variedade dos temas apresentados determinam sua duraão.
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DOCUMENTXRIO
Os documentrios carregam a bandeira do prestígio de suas emissoras! pois são uma
demonstraão da qualidade dos programas do departamento de telejornalismo. O
documentrio é a antítese da ficão! da fabricaão de fantasia ZZ. Os temas abordados pelos
documentrios apresentam uma certa import4ncia "ist:rica! social! política! científica ou
econYmica e também aprofundam assuntos do cotidiano! vistos por um ol"ar crítico. 6ais um
gênero com raí3es "ist:ricas no cinema! o documentrio saiu das salas de e#ibião para a
televisão com o mesmo respeito obtido pelos documentrios produ3idos durante a +egunda
Huerra! quando cumpriram um importante papel informativo e também ideol:gico.
( seriedade assumida pelo gênero documentrio permaneceu com a intenão de levar ao
telespectador uma visão do mundo! da realidade de outros países e de outras culturas. “1...2
em $OGE os )ilmes curtos dos irmãos )ranceses 3uguste e Houis HumiPre registravam cenas
cotidianas em diversas regies do planeta, )undando o document+rio com as c*lebres
imagens de M3 Ahegada do -rem Q %stação de Ha AiotatN. 1...2 " document+rio ganhou )orça
nas lentes de )errenhos opositores da )icção no cinema, entre eles o sovi*tico 7ziga 5ertov,
que na d*cada de 'I )ormou o grupo inoi, que assinou mani)estos em de)esa do Mcinema<
olhoN. ;uas id*ias deram origem a document+rios cl+ssicos como A4mera
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programaão semanal! com um único assunto. (lgumas séries de documentrios com mais de
um segmento são importadas principalmente pelas %evês educativas. ( produão de um
documentrio pode apresentar muitos formatos dentro do pr:prio gênero. ( abordagem de um
assunto pode se utili3ar de videoclipes! entrevistas! debates! narraão em off! com o objetivo
de não tornar o programa cansativo e apresentar de forma variada as informa)es col"idas de
vrias fontes.
PROGRAMAS DE ENTREVISTA
O gênero entrevista est ligado aos programas jornalísticos da emissora! que procuram
pessoas ligadas 5s reas de cultura! política! economia! entre outras! para estarem frente a
frente com o apresentador! na maioria jornalistas de renome. Os programas do gênero
Entrevista! ligados ao departamento de jornalismo das %evês! dei#am evidentes as diferenas
com as entrevistas do tipo tal sho!. 8om elementos de informalidade! este gênero se
apro#ima de outro classificado nos E*( como tal sho!. Esses dois gêneros se apro#imam!
mas com diferenas que demarcam o territ:rio do jornalismo e do sho!. Co gênero
Entrevista! o entrevistado é o foco e não " s"oV comandado pelo jornalista apresentador.
Os assuntos de política e atualidades são os que freq^entam as pautas dessas entrevistas! como
o Aoda &iva J%& 8ulturaK ou o +em 8ensura J%&E >rasilK. 2iferentemente do gênero tal
sho!! o apresentador do gênero entrevista não tem o compromisso de dei#ar o entrevistado 5
vontade! podendo interrog0lo sobre fatos polêmicos e c"egar ao clima de disc:rdia! para
gerar a imagem de seriedade e compromisso com a verdade! atribui)es dos programas
jornalísticos. +egundo 6arques de 6elo! a $entrevista é um relato que privilegia um ou mais
protagonistas do acontecer! possibilitando0l"es um contato direto com a coletividade' 1111. (s
entrevistas podem ter como assunto principal tanto a vida do pr:prio entrevistado quanto uma
ou mais informa)es de domínio do convidado.
2uas diferenas que envolvem a cenografia e o posicionamento do apresentador também
ajudam a identificar e separar o programa de entrevista do tal sho!. *ma composião
cenogrfica que permita ao apresentador andar pelo cenrio e entrevistar os convidados de pé
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é utili3ada pelos programas de tal sho!! evidenciando os s"oVs do programa. F os
programas do gênero Entrevista planejam seus cenrios para que o convidado e o
apresentador fiquem sentados durante todo o tempo. ;sso presume uma entrevista de duraão
mais longa do que aquelas normalmente reali3adas em programas do gênero tal sho!. Cesse
sentido! Priolli fa3 uma defesa ao gênero entrevista no formato apresentador e entrevistado
sentados7 “7e p*, a entrevista * ruim, r+pida, sensacionalista. ;entado, perguntas e respostas
se alongam, o respeito ao entrevistado e ao p6blico aumenta” 11.
RECURSOS E FORMATOS DO TELEWORNALISMO1919
AO VIVO 0 O formato pode &-! '!"*&$'$#) ") :$:)! em tempo real! ou pode ser /!":"#)
") :$:) para posterior e#ibião.
CYMERA OCULTA ] O formato significa a captaão de cenas sem que oJsK participanteJsK
estejam avisados da gravaão. ( c4mera oculta também é utili3ada pelo telejornalismo em
reportagens investigativas. Em caso de utili3aão do formato para o gênero telejornalismo
investigativo! a emissora assume a responsabilidade pela divulgaão das imagens.
DEBATE ] ( produão presume a discussão entre vrios participantes! convidados e público
sobre o mesmo assunto. Cão e#iste debate sem que os participantes pensem diferente! por isso
a produão planeja a escalaão dos convidados com perfis diferentes. O gênero Esportivo
também aplica este formato. ( tYnica do programa de debate é a divergência de opini)es!
caso contrrio o programa fica morno.
DEPOIMENTO ] Gormato de reportagem! no qual o entrevistado é enfocado em primeiro
plano! ol"ando para a c4mera ou para o entrevistador que não aparece no vídeo. O depoimento
evita interrup)es por perguntas do entrevistador.
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DOCUMENTXRIO ] ( formataão de um programa que aplica a f:rmula do documentrio
procura convencer o telespectador de que as informa)es são verdadeiras. Programas políticos
e até o gênero %elecompras procuram no formato documentrio um apoio para suas
mensagens venderem imagens e produtos com confiana.
ENTREVISTA ] O uso do formato entrevista! muito empregado no gênero %elejornalismo!
tem sido cada ve3 mais variado e quase todos os programas utili3am o formato entrevista para
reforar assuntos debatidos e enfocados pelo programa de debates ou entrevista.
NOTICIXRIO ] Beitura de notícias pelo apresentador! sem o uso de reportagens ou outros
formatos do gênero %elejornalismo. Co jargão jornalístico! é um telejornal somente com
$notas peladas'! sem imagens.
REPORTAGEM ] (plicado principalmente no gênero %elejornalismo! é um formato de
curta duraão. Estende a duraão quando aplicado no gênero 2ocumentrio. (ssociado a
outros formatos! como o 84mera Oculta e Carraão em Off! d condi)es para o
desenvolvimento do jornalismo investigativo. Em geral! o formato Aeportagem dei#a o
rep:rter em evidência! narrando um assunto e fa3endo entrevistas.
REVISTA ] O formato! que também é classificado como gênero da categoria
Entretenimento! pode ser aplicado nos programas da categoria ;nformaão! recebendo uma
reclassificaão. ( f:rmula Aevista compreende a apresentaão de vrios formatos ] ao vivo
ou gravado ] de apresentador em estúdio c"amando vrios assuntos nos formatos entrevista!
reportagem! videoclipe! entre outros formatos que garantem a multiplicidade de assuntos e
informa)es.
TELEWORNAL ] Gormatam0se programas como %elejornal quando um apresentador c"ama
reportagens ao vivo ou pré0gravadas e editadas! e fa3 entrevistas em estúdio. Pode ter um ou
dois apresentadores! e incluir comentaristas.
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TELETEZTO ] ;nforma)es inseridas no vídeo utili3adas pelos canais de notícias. =
utili3ado também quando a programaão est fora do ar e a emissora divulga sua programaão
ou notícias através do gerador de caracteres! con"ecido como $letreiros'.
VOICE OVER ] (lternativo ao formato Begendado e uma variaão do formato Carraão em
Off! em produ)es que necessitam de traduão. O formato &oice Over insere a vo3 do
narrador em Português sobre a vo3 original em idioma estrangeiro. Porém! é possível escutar
o som original em volume mais bai#o. 8om isso! o udio original permanece bai#o em um
canal e a traduão é inserida em outro canal em nível normal.
Noas:
Jornalisa # ra&ialisa) !#sr# 0#la Uni#rsi&a !#o&isa # Do'or#* Ci+ncias &a Co*'nica-o 0#la ECAUS$) $ro1#ssor # Coorna&or&os La"ora2rios I*a3#* # So* &a UNINOVES$) A'or Gêneros e 7ormatos na Televisão 8rasileira .#&iora S'**'s/ #cons'lor sa séri#)4 !ELO, José !ar9'#s ) D opinião no Jornalismo 8rasileiro )$#r20olis, Vo(#s, ;
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PROGRAMA 3PROGRAMA 3
TV E CRIANÇA
O que é infantil nos programas infantis?O que é infantil nos programas infantis?
)ita +arisa )ibes ,ereira 1
8onstantes pesquisas de audiência J;>OPEK revelam que os programas preferidos ou mais
assistidos por crianas de / a 11 anos não são programas considerados infantis! sendo que
esses! quando mencionados! ocupam as últimas posi)es nas clssicas listas dos $de3 mais'!
desbancados por novelas! realit@ sho!s! programas policiais e jornalísticos. 8urioso observar!
ainda! que os programas que os pais sup)em serem assistidos por seus fil"os! muitas ve3es!
não coincidem com a programaão que as crianas di3em ou! indiretamente! dão a entender
que assistem. ;ndiferentes a isto! pais! professores! profissionais da mídia e crianas
continuam a classificar um determinado campo da programaão como infantil.
O que torna um programa infantil[
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regras familiares! protelando! por e#emplo! cada ve3 mais! os "orrios estabelecidos para ir
dormir. Ganucci J1ZZR! p. 1?1K apresenta um curioso trec"o de uma das muitas cartas
recebidas pela direão da %& %upi02ifusora! em 1Z?1! que parece bastante atual7 $ 7esde que
compramos uma televisão não sabemos mais o que )azer para as crianças irem para a cama
no hor+rio a que estavam acostumadas. ;e a gente deixa, elas )icam grudadas na televisão
at* o 6ltimo programa. 5ocês não têm alguma id*ia para ajudar os pais desesperadosK”
Percebemos que! ainda na década de ?-! a pr:pria emissora de televisão compartil"ou com os
pais essa preocupaão e deu 5s crianas o seu recado através de um personagem! o ;ndio3in"o
%upi! versão infantil do Lndio %upi! logotipo da emissora. *ma forma de di3er que entendiam
que uma criana seria e#celente porta0vo3 para falar com as crianas espectadoras. O
indio3in"o usava uma antena em ve3 de cocar. Pendurar a antena na parede e dirigir0se 5 rede
era a sua forma de di3er $boa noite' 5s crianas. Embalado por um jingle infantil! o filme de
animaão anunciava a "ora de dormir7 $F é "ora de dormir... Cão espere a mamãe mandar.
*m bom sono pra você e um alegre despertar_'. (lém de ser uma recomendaão para que as
crianas se recol"essem! percebemos que esse filme representava um bali3amento daquilo que
a emissora compreendia ser um "orrio apropriado ] ou não ] para a definião de uma grade
voltada 5 audiência infantil.
JGonte7 Ganucci! 1ZZR! p.`? e p. 1R.K
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Esse mesmo jingle produ3ido nos anos ?- retornou na década de S-! veiculado em outra
emissora! 5s "oras! agora sob o patrocínio dos cobertores Para"ba7
JGonte7 VVV.memoriadapropaganda.org.br K
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http://www.memoriadapropaganda.org.br/http://www.memoriadapropaganda.org.br/
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Funtamente com outros incontveis sons e imagens! esse jingle passou a fa3er parte do
imaginrio infantil! não se diferenciando de qualquer outra canão da cultura popular que
tradicionalmente velava o sono infantil JGanucci! 1ZZRT Ai#a! ---K! até mesmo porque a
televisão foi tornando0se também um elemento da cultura popular. Entre jingles e
personagens tra3idos pela televisão! a criana brasileira ampliou o repert:rio de suas
referências. Ca contrapartida disto! a inf4ncia foi sendo descoberta como um público
e#tremamente fiel e e#igente.
;nicialmente com participaão restrita 5 programaão infantil ou a espetculos de cun"o
artístico e cultural! a criana tornou0se! aos poucos! uma imagem bastante presente! conforme
apontam os carta3es ] pintados 5 mão ] da %& %upi7
JGonte7 Ganucci! 1ZZR! p. Z- e p. 1R1.K
6uitas mudanas qualitativas aconteceram na relaão entre a criana e a televisão! dentre as
quais algumas se destacam. Co que se refere ao lugar social de espectador ocupado pela
criana! uma primeira deu0se ainda nos anos ?-! no momento em que a criana dei#ou de ser
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apenas espectador e passou a ser também protagonista dos programas e#ibidos! a e#emplo do
$8irquin"o >om>ril'! apresentado pelo pal"ao 8arequin"a nos anos ?-! e o $%eatrin"o
Hess'! nos anos R-. = importante destacar que! nessa época! era comum os programas serem
produ3idos pelas empresas patrocinadoras.
JGonte7 VVV.memoriadapropaganda.org.br K
*ma mudana significativa na criaão de um novo conceito de programa infantil surge nos
anos `-! rompendo com a concepão pautada em "ist:rias da literatura ou em apresenta)es
artísticas e voltando0se 5 animaão e 5s gincanas. Esse novo formato fa3 da apresentadora do
programa sua figura central e confere 5 criana um novo lugar no espao miditico7
transformada em cenrio! ela se alterna entre a imobilidade de ser um mero $pano de fundo' e
o incessante e descone#o movimento das danas coreografadas! brincadeiras competitivas que
valem prêmios! degustaão ou e#ibião de produtos de empresas patrocinadoras.
%ransformada em imagem! a criana assume um novo status, com significativos
desdobramentos na ordem familiar! em que gan"a novas prerrogativas de autoridade! e junto
ao mercado! onde tanto é recon"ecida como consumidora! quanto como um dos maiores
apelos de mareting.
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http://www.memoriadapropaganda.org.br/http://www.memoriadapropaganda.org.br/
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Paralelamente! cria0se um mercado de produtos vinculados aos programas e 5 figura das
apresentadoras! que variam desde bonecas e estampas em vesturio até aparel"os eletrYnicos!
utensílios domésticos e alimentos que ajudam a consolidar! junto 5 criana! o status de
consumidor. O recurso das assim c"amadas $assinaturas da fama' ] marcas ligadas a
personagens miditicos ]! no mercado brasileiro significou uma possibilidade efetiva de
sucesso frente a até então desigual competião com as marcas estrangeiras! a e#emplo da
2isne. 2o ponto de vista do consumidor ] as crianas! no caso ]! possuir objetos assinados
por esses famosos passa a significar uma forma de apro#imar0se deles e do mundo que eles
representam.
Por fim! vale destacar que uma terceira mudana significativa no que di3 respeito ao lugar
social da criana como espectadora est ligada ao surgimento de emissoras de televisão
especificamente dedicadas ao público infantil! todas de canais por assinatura! na sua maioria
estrangeiros e veiculados em países com distintos fusos "orrios! durante as / "oras do dia.
8inq^enta anos passados da vin"eta que nos avisava sobre a "ora de dormir! esses canais! ao
contrrio! independentemente do "orrio! nos interpelam a não sair da frente da televisão! seja
de maneira lúdica! com c"aradas ou anúncios de outros programas! seja pela e#plicitaão de
um argumento de autoridade7 “ão saia daíC 3 gente volta j+C”.
Essas emissoras com programaão voltada e#clusivamente para crianas inauguram uma nova
ordem de transforma)es qualitativas! e#pandidas também 5s %&s abertas! em que a criana
dei#a de ser tratada como simples espectadora e passa a ser vista na sua condião potencial de
produtora! sendo c"amada a opinar sobre a programaão. (inda assim! parece claro que a
preocupaão de buscar a opinião infantil est bastante voltada a estratégias de manutenão de
audiência! em que se destacam os c"amados $grupos de discussão'! grupos estes que têm
privilegiado mais a escuta do adulto.
Parece ainda utopia pensar uma programaão infantil que inclua efetivamente as crianas em
seu processo de produão! "aja vista que! via de regra! os programas infantis são feitos por
adultos! com base naquilo que os adultos sup)em que seja bom para a criana. 8uriosamente!
as pesquisas de audiência também apontam que os adultos comp)em um público significativo
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da audiência 5 programaão infantil. Em conseq^ência disto! destaca0se a criaão de novos
canais que veiculam programas que foram e#ibidos em décadas anteriores ] séries! filmes!
desen"os animados! games, sho!s. (o planejar uma programaão infantil! os adultos! tendo
como referência sua visão adultocêntrica de inf4ncia! estariam! consciente ou
inconscientemente! fa3endo uma programaão para si mesmos[ Estariam! eles pr:prios! um
tanto $infanti3ados'[
*ma programaão infantil que considere a perspectiva infantil! sem abdicar da e#periência de
vida! técnica e pedag:gica do adulto. Esse é um desafio para que construamos uma
programaão infantil que! de fato! as crianas desejem assistir.
B$9%$)/!"$"
(A;+! P"ilip"e. Jist/ria social da criança e da )amília. Aio de Faneiro! Huanabara!
1Z`1.
>ECF(6;C! Ialter. 9e)lexes# a criança, o brinquedo, a educação. +ão Paulo!
+ummus! 1Z`/.
>*88;! Eugênio. :rasil em tempo de -5. +ão Paulo! >oitempo! 1ZZS.
>AO*H=AE! Hilles. :rinquedo e cultura. +ão Paulo! 8orte3! 1ZZ?.
8(AB++OC! *lla e &on GEB;%MEC! 8ecília. 3 criança e a mídia. +ão Paulo! 8orte3T
>rasília! 2G! *CE+8O! --.
8(+%AO! Búcia Aabelo de. (n)4ncia e adolescência na cultura do consumo. Aio de
Faneiro! C(*! 1ZZ`.
G(C*88;! 6rio. ossa pr/xima atração. +ão Paulo! Edusp! 1ZZR.
(6>*AH*EA! Est"er e >*88;! Eugênio. 3 -5 aos EI# criticando a televisão
brasileira no seu cinqRenten+rio. +ão Paulo! Gundaão Perseu (bramo! ---.
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FO>;6 e +O*M(! +olange Jorg. K ;ubjetividade em questão# a in)4ncia como crítica
da cultura. Aio de Faneiro! SBetras! ---.
+%E;C>EAH! +"irle e ;C8EBOE! Foe Jorgs.K Aultura in)antil# a construção
corporativa da in)4ncia. Aio de Faneiro! 8ivili3aão >rasileira! --1.
6(8(2O! (rlindo. 3 televisão levada a s*rio. +ão Paulo! Ed. +enac! ---.
P(8E8O! El3a. -elevisão, criança, imagin+rio, educação. +ão Paulo! Papirus! 1ZZ/.
PO+%6(C! Ceil. " desaparecimento da in)4ncia. Aio de Faneiro! Hrap"ia! 1ZZZ.
A;U(. 3lmanaque da -5# EI anos de mem/ria e in)ormação. Aio de Faneiro! Objetiva!
---.
+(6P(;O! ;nês. -elevisão, publicidade e in)4ncia. +ão Paulo! (nablume! 1ZZZ.
Noas:
Lic#ncia&a #* %iloso1ia 0#la Uni#rsi&a %#ral $#loas HU%$#lRS # Do'ora #* E&'ca-o 0#la $UCHRio) $ro1#ssora &a%ac'l&a E&'ca-o &a UERJ)4 E* s##*"ro 477, 0#s9'isa r#ali(a&a 0#lo IBO$E #* s#isca0iais, no 0#rQo&o P'nho a a3oso 477, n'* 'ni#rso =8,6 *il crianas a ;; anos, &as class#s ABC, a0onaa #nr# as0r#1#r+ncias na a'&i+ncia in1anil os s#3'in#s 0ro3ra*as: ; H[S#nhora &o D#sino[ H ;
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PROGRAMA 4PROGRAMA 4
TV E PUBLICIDADE José Antonio Fardo 1
?m dos executivos de maior sucesso da -5 brasileira, =alter Alar, que trabalhou na 9ede
8lobo nos anos SI, disse uma vez# “em televisão * sempre melhor errar depressa do que
acertar devagar”. 0odemos resumir nessa )rase o quanto * cara a produção de um programa
de televisão e, por isso, quando um programa não d+ certo, ele logo * tirado do ar. Bilhes
são gastos com cen+rios, atores, rep/rteres, equipamentos, transportes, produtos de alta
tecnologia e que exigem inovação constante. Bas quem paga a contaK 3 resposta todos
sabem# * o patrocinador ou anunciante. 5amos ver, neste programa, como )unciona a
m+quina de )azer dinheiro da televisão e as novas )ormas de propaganda que a gente nem
percebeC
A P,9%$$#"#- *"& '!"*&$&&[-& #" TV H ) !-"% - ) :$!',"%
C)*&$#-!"[-& &)9!- " ,9%$$#"#-. ( propaganda est na %& desde o seu surgimento no
>rasil! " mais de ?- anos! e $a garota propaganda' logo fe3 sucesso_ O projeto ;ntermeios
pesquisa! desde os anos `-! os investimentos na mídia brasileira e confere "istoricamente 5
%&! apro#imadamente! R- do bolo publicitrio. O patrocínio na %& é uma maneira de
rentabili3ar os investimentos e aumenta a freq^ência0média junto ao telespectador do
programa patrocinado. O filme comercial é uma efica3 forma de atingir o público por meio da
imagem! do som e do movimento em um meio de massa. ( propaganda política é muito
questionada! pois são promessas em que! diferentemente dos produtos! poucos acreditam!
devido a não encontrarem nos $anunciantes'! solu)es para os problemas apontados em toda a
sua e#istência. O formato dos 9-' é um padrão mundial que e#iste " muito tempo e que est
com os dias contados! conforme abordarei mais 5 frente. Embora muito desgastados! os
testemun"ais continuam sendo amplamente utili3ados por diversas marcas! pois ainda
oferecem muito retorno! uma ve3 que parte dos "bitos de consumo é e#plicada pelo padrão
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Iebleniano! baseado nos modelos de referência. ( diferena da mensagem publicitria
convencional! que est nos intervalos! do merc"andising eletrYnico! é que este est dentro da
programaão! como arma para escapar do efeito 3appingT alis! a fuga do telespectador! nesse
momento! é uma grande preocupaão das agências! conforme relato adiante. Os detal"es
fa3em toda a diferena! e em um comercial de %& isso não é diferente.
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O esporte na %& é a pr:pria indústria da diversão! o prolongamento das opera)es
padroni3adas! que provoca no telespectador o pra3er associado ao consumo! mantendo0o
como consumidor eterno. *ma mensagem publicitria! compondo o universo do espetculo! é
persuasiva no estímulo ao desejo de compra! da ascensão social e na idéia de felicidade!
mantendo a ideologia do capitalismo. 8omo o Esporte e a %& são instrumentos dessa
ideologia! é necessrio passar pela eterni3aão do presente. Fameson! ao abordar a sua visão
do p:s0modernismo! em que a relaão do passado com o presente é uma questão de imagem e
o seu poder! alicera a valori3aão da idéia da liberdade de mercado! que se prende na
materialidade.
Cos quadros de referência resultantes da pesquisa! constatam0se verdadeiras defesas ao uso de
uma novidade tecnol:gica a servio da publicidade! no sentido de se conseguir mais retorno
com um destaque diferenciado! carregado de simbolismos em torno da marca dos anunciantes!
dentro de um controle televisivo das imagens mostradas e! conseq^entemente! assistidas. =
um mercado incontrolvel! que busca a onipresena dos meios de comunicaão a que se
submete a sociedade.
( Publicidade &irtual nas transmiss)es esportivas é uma inovaão na rea de comerciali3aão
em %&! que atende a muitas necessidades do mercado7
• bai#o custo de produão!
• operaão simples!
• dinamismo de vídeo na projeão de mensagens em locais e situa)es não convencionais!
• valor agregado!
• estética que integra a perspectiva real das imagens!
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• garantia de visibilidade!
•
impacto diferenciado!
• ampliaão de propaganda além dos quin3e minutos permitidos por "ora na %&!
• divulgaão de categorias com impeditivos de e#posião Jcomo bebidas alco:licasK!
• possibilidade de regionali3aão!
• oportunidade em incrementar o número de anunciantes ativos!
• proteão aos patrocinadores contratados pela Aede Hlobo e
• aparecer estrategicamente dentro da programaão! compensando os efeitos da fuga dos
telespectadores nos intervalos comerciais.
(s considera)es mais eloq^entes surgidas durante a pesquisa foram sobre dois aspectos7
1K ( Publicidade &irtual ser oferecida praticamente apenas nos pacotes de patrocínio dos
eventos esportivos da Aede Hlobo! resguardando os patrocinadores em relaão 5s
apari)es indesejveis dos seus concorrentes e aos anunciantes que investem menos.
K O combate ao fenYmeno da fuga dos telespectadores pelo efeito zapping ! provocado pelo
uso do controle remoto e a variedade de canais abertos e fec"ados que estão disponíveisT a
Publicidade &irtual é um artifício não ostensivo de e#posião da mensagem publicitria
dentro da programaão! completando! com os comerciais nos intervalos! um eficiente
cerco ao telespectador.
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( agências aguardam um dinamismo frenético dentro das suas reas de atuaão. ( verificaão
do retorno da publicidade ser em tempo real. ( remuneraão de todas as agências ser
efetivamente sobre os resultados e o imediatismo das vendas ] o que! "oje! é uma realidade
para apenas parte delas.
%odas essas mudanas são bem sinteti3adas no depoimento de ngelo Gran3ão! vice0
presidente da 6c8ann EricWson7 $J...K inimaginveis os desdobramentos futuros a partir da
Publicidade &irtual nas transmiss)es esportivas pela %&. +omos todos privilegiados! pois
poderemos aprender camin"os novos e assistir 5 morte de tudo o que se fe3 e se criou para a
comerciali3aão de televisão. 8om a c"egada da %& digital! iremos participar desse novo
momento. %oda a "ist:ria de comerciali3aão e produão ser esquecida diante das
possibilidades da %& digital! desde a aplicaão da Publicidade &irtual! até outras novidades
que surgirão nessa era'. O carter e#tremamente imperativo da conjunão $esporte e seus
mitos! anunciantes! %& e Publicidade &irtual'! conforme constatado no estudo! poderia servir
na conscienti3aão da juventude! e da opinião pública em geral! sobre7 sociabilidade e
cidadania! cultura! estilo de vida saudvel e incentivo a uma carreira profissional.
Enfim! as possibilidades da Publicidade &irtual e todo o seu conte#to são muitas e pertencem
a um rico universo! merecedor de um interessante estudo posterior7 a recepão dessas
mensagens por parte do telespectador. $ poucas virtuali3a)es da aão e muitas
atuali3a)es das ferramentas. O martelo pode ter sido inventado três ou quatro ve3es ao longo
da "ist:ria. 2igamos três ou quatro virtuali3a)es. 6as quantas marteladas foram dadas[
>il")es e bil")es de atuali3a)es. ( ferramenta e a permanência de sua forma são uma
mem:ria do momento original da virtuali3aão do corpo em ato. ( ferramenta cristali3a o
virtual' JB=&N! p. S?K.
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R--!*$"& B$9%$)/!$"&
F(6E+OC! G. 0/s
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PROGRAMA 5PROGRAMA 5
NOVAS PROPOSTAS PARA A TV A A TV digital e o futuro dos programas: uma visão tecnológicaTV digital e o futuro dos programas: uma visão tecnológica
Antonio eonel da u. 1
( %& 2igital ] %&2 est para ser introdu3ida no >rasil num futuro breve. Este veículo! que
j comemora mais de ?- anos! vai se renovar profundamente através da tecnologia digital. Por
isso! estamos pr:#imos do início da utili3aão de uma tecnologia que vai modificar nossos
"bitos de entretenimento. 8omo j ocorreu em inova)es tecnol:gicas anteriores! a
introduão de novas tecnologias modifica a forma como a televisão é produ3ida e distribuída.
Goi assim com a introduão da gravaão em videoteipe! as transmiss)es por satélite! o
lanamento da %& em cores! entre outras inova)es que promoveram a renovaão e a
modificaão dos programas.
( produão digital de conteúdo para televisão é uma realidade para muitas emissoras e
produtoras desde a década de Z-. (lguns dos programas que vemos na %& "oje j são
produ3idos e arma3enados em tecnologia digital! ao invés do processo anal:gico. (
digitali3aão c"egou mais rpido em estúdios! na edião de imagens e sons de programas! de
comerciais e de matérias jornalísticas! na e#ibião de programaão e até mesmo na
distribuião via satélite entre as emissoras geradoras e suas afiliadas. 6as ainda faltava o elo
da transmissão digital $terrestre' para as nossas casas! que ainda "oje é feita no sistema P(B0
6 anal:gico. ( transmissão $terrestre' significa estes sinais de televisão que n:s recebemosgratuitamente! através de uma antena interna! e#terna ou coletiva.
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( %&2 terrestre! ou seja! sinais digitais de televisão que vamos receber em casa! é a que nos
vai causar o maior impacto! pois o >rasil tem ampla cobertura pelos canais de &G e *G. (
grande maioria da audiência da programaão da %& est sintoni3ada em sinais de televisão
terrestre. O público brasileiro est "abituado a comprar o seu aparel"o de televisão! lev0lo
para a sua residência! lig0lo e ter gratuitamente! 5 sua disposião! os sinais de programas
distribuídos na sua região.
( %&2 j é amplamente usada em sistemas de %& por assinatura! por satélite e mais
recentemente por microondas! cabo e por internet. O sistema de %&2 terrestre ser em breve
definido pelo Hoverno brasileiro. Este sistema também ter a sua recepão obrigatoriamente
gratuita e os canais a serem utili3ados estão na fai#a de *G.
( transmissão de %& 2igital ] %&2 vem sendo estudada e aperfeioada desde a década de Z-
em muitos países. 6uitos grupos! empresas e associa)es foram formados para cuidar dos
vrios aspectos técnicos que possibilitarão a concreti3aão deste marco tecnol:gico. +omente
depois de alcanados alguns patamares de desenvolvimento tecnol:gico é que a %&2 se
tornou economicamente vivel para o público.
Bogo no início dos anos Z-! os primeiros desenvolvimentos de laborat:rio foram rapidamente
absorvidos pela indústria. *ma das metas era copiar o programa de %& em um 82 para ser
vendido ao público. Este objetivo foi alcanado pela indústria e mel"orado sistematicamente!
e assim! as empresas de %& por assinatura! que neste momento distribuíam os seus sinais
anal:gicos! viram que a aplicaão comercial de compressão de sinais iria tra3er0l"es grandes
benefícios. Estes benefícios estavam ligados ao aumento da quantidade de canais que
poderiam ser transmitidos para o seu público! além da eliminaão de ruídos e fantasmas na
imagem. ;sto significava um aumento da eficiência do uso do canal de distribuião! que
poderia ser utili3ado sem um grande aumento de custos para o cliente final! agregando ainda
mais qualidade ao servio.
6as! para as empresas de %& por assinatura! ainda era necessrio que vrias programa)es
pudessem ser associadas em um mesmo canal e que estes conteúdos se mantivessem livres de
DEBATE: TELEVISÃO, GÊNEROS E LINGUAGENS 54 .
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erros durante a transmissão. 8omo sabemos! empresas de %& por assinatura comerciali3am a
distribuião de sinais e querem se garantir contra a fraude e a pirataria. 2esta forma! foi
introdu3ida em suas opera)es a criptografia! uma técnica que $fec"a o sinal' para aqueles
que não possuem a c"ave para $abrir o sinal'.
( modulaão digital também teve que ser utili3ada nestes servios. 8ada tipo de distribuião!
662+! cabo e satélite! possui o seu conjunto de dificuldades e problemas característico no
canal! logo! vrios tipos de modulaão foram desenvolvidos para redu3ir estes inconvenientes.
Cão podemos dei#ar de mencionar a indústria de produão de componentes eletrYnicos! que
teve um papel fundamental na populari3aão destes servios. Os c"ips utili3ados em
receptores de sinais são de uma comple#idade e poder computacional incríveis! e assim
viabili3am para o público os benefícios destas modernas técnicas e aplica)es. ( pr:pria
evoluão desta indústria é que permitiu o barateamento dos equipamentos usados para
captaão! edião! e#ibião! distribuião e arma3enagem de conteúdo.
oje j é possível e#ecutar aplica)es em cai#as de recepão de sinais. 8on"ecidas como +et0
%op0>o#es! ou +%>! estas cai#as são verdadeiros computadores. (s aplica)es e#ecutveis!
tal qual um programa de computador! abrem um novo "ori3onte para a produão de conteúdo.
Estas aplica)es podem estar associadas ao tema do programa! ou não! dei#ando livre para o
usurio! que agora dei#a de ser um espectador! uma variedade de servios e aplica)es
interativas! que pode mudar completamente a sua forma de se relacionar com a %&.
T-%" %"*"< ) $*-" - "&"
DEBATE: TELEVISÃO, GÊNEROS E LINGUAGENS 55 .
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8/18/2019 Debate, Televisão, Generos
56/61
Covas tecnologias nos tra3em telas planas de grandes dimens)es! qualidade e luminosidade!
juntamente com sistemas de sonori3aão ambiente com ?.1 canais que fa3em com que a
e#periência de assistir 5 %& se torne muito mais pra3erosa e imersiva. Em resumo! toda esta
tecnologia veio nos proporcionar a possibilidade de vermos %& sem ruídos ou fantasmas! com
uma alta definião de imagem de mais de mil")es de pontos! isto é! R ve3es mais definião
que a %& tradicional! udio com qualidade de 2&2 com ?.1 canais e com uma série de
servios interativos agregados.
( %&2 nos dar a opão de vermos nossos programas prediletos em telefones celulares! em
assistentes eletrYnicos pessoais JP2(K! em Ynibus! barcos e autom:veis. ;sto é o que
c"amamos de portabilidade e mobilidade. (lém do mais! a %& poder ter alta definião de
imagem ou ter mais programas sendo e#ibidos no mesmo momento. ( multiprogramaão é
uma opão para aumentar a segmentaão e diversificaão da programaão recebida em nossas
casas.
M,#"*"& *" "'$',#- #) -&-'"#)! H $*'-!"'$:$#"#-
;magine um programa feito com muitas c4meras! como s"oVs de música! futebol ou um
realit@ sho!. (tualmente com o relativo pequeno número de canais disponíveis! temos que
nos contentar com os cortes entre c