decreto 40013 - específico · 11 - estágio probatório é o período de 03 (três) anos de...
TRANSCRIPT
Ingresso na carreira
• - O provimento dos cargos definidos neste
Decreto e nos quantitativos constantes do
seu Anexo dar-se-á:
• I Na classe III, por concurso público de
provas ou de provas e títulos;
• II Na classe II, por promoção dos
integrantes da Classe III;
• III Na Classe I, por promoção dos
integrantes da Classe II.
• Art. 5º - São requisitos para o ingresso no cargo efetivo:
• I ser de nacionalidade brasileira, assim como aos estrangeiros na
forma da lei;
• II ter, no mínimo, 18 anos completos;
• III ter concluído o ensino médio em instituição reconhecida
oficialmente;
• IV estar quite com as obrigações militares e eleitorais;
• V ser habilitado, na categoria B, para dirigir veículos automotores
terrestres;
• VI ter sido aprovado e classificado, previamente, em concurso
público, realizado por órgão estadual, dividido em duas fases:
• a - Primeira fase: composta por provas escritas de conhecimentos,
prova de capacidade física, exame médico, exame psicotécnico e
investigação do comportamento social do candidato, considerando
seus antecedentes criminais, sociais e familiares.
• b - Segunda fase: aprovação em Curso de Formação Profissional,
ministrado pela Escola de Gestão Penitenciária, com duração de,
no mínimo, 300 (trezentas) horas/aula, mediante avaliação do
rendimento da aprendizagem, na qual serão usados instrumentos
quantitativos de verificação, tais como: provas, trabalhos, dinâmica
de grupo e trabalho final que poderá abranger todo o conteúdo do
curso.
• § 1º - A avaliação da aprendizagem, prevista no inciso VI, “b”, do
caput deste artigo, será auferida por professores e instrutores no
término do curso onde os candidatos serão considerados aptos ou
inaptos.
• § 2º - Os candidatos considerados aptos no Curso de Formação
Profissional receberão certificado de conclusão, com validade no
âmbito da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária -
SEAP.
• § 3º - Serão considerados inaptos para o cargo e automaticamente
excluídos, em qualquer prova, os candidatos que obtiverem nota
inferior a 50 (cinqüenta) pontos, por disciplina, no Curso de
Formação Profissional ministrado na Escola de Gestão
Penitenciária.
• § 4º - A investigação do comportamento social do candidato será
iniciada na primeira fase do concurso e perdurará até a conclusão
do Curso de Formação Profissional.
• Art. 6º - Os candidatos habilitados na primeira fase serão
matriculados, observados a ordem de classificação e o número de
vagas fixado no Edital, percebendo bolsa-auxílio correspondente a
80% (oitenta por cento) do valor total da remuneração inicial do
cargo, sem incidência de descontos relacionados com o regime
próprio de previdência.
• Parágrafo único - A percepção de bolsa-auxílio não configura
relação empregatícia ou vínculo estatutário, a qualquer título, do
candidato com o Estado.
• Art. 7º - Durante todo o período do Curso de Formação Profissional, o
candidato estará sendo avaliado pela direção da Escola de Gestão
Penitenciária que, juntamente com o Subsecretário Adjunto de Infra Estrutura
e o Chefe de Gabinete da SEAP, após exame do boletim de avaliação
preenchido pela Divisão Pedagógica da Escola de Gestão Penitenciária,
decidirá pelo prosseguimento ou não do aluno no Curso de Formação
Profissional.
• Parágrafo único – Os candidatos aprovados serão habilitados por ato do
Secretário de Estado de Administração Penitenciária, com proposta de
nomeação ao chefe do Poder Executivo
• Art. 8º - No período que compreende o término do Curso de Formação
Profissional e a nomeação para início do estágio probatório o candidato não
perceberá qualquer remuneração.
• Art. 9º - A investigação do comportamento social, a cargo da Coordenação de
Inteligência do Sistema Penitenciário CISPEN, indicará o prosseguimento ou
não do estagiário no Curso de Formação Profissional, a juízo de comissão
composta pelo Subsecretário Adjunto de Unidades Prisionais, pelo
Corregedor e pelo Assessor-Chefe da Assessoria Jurídica da SEAP.
• Art. 10 - O período de validade do concurso será de até 02 (dois) anos,
prorrogável por igual período, a critério do Secretário de Estado de
Administração Penitenciária, a contar da publicação da classificação geral.
• Art. 11 - Estágio probatório é o período de 03 (três) anos de efetivo
exercício, a contar da data do início deste, durante o qual são apurados os
requisitos necessários à confirmação do funcionário no cargo efetivo para o
qual foi nomeado.
• § 1º - Os requisitos de que trata este artigo são os seguintes:
• a) assiduidade
• b) capacidade de iniciativa;
• c) produtividade
• d) espírito de Equipe;
• e) pontualidade;
• f) disciplina;
• g) eficiência;
• h) integração;
• i) urbanidade;
• § 2º - Trimestralmente, o responsável pela Unidade Administrativa,
onde o estagiário estiver exercendo suas atividades, encaminhará à
Comissão instituída para avaliar o candidato o resultado da
apreciação do seu desempenho.
• § 3º - Quando o funcionário em estágio probatório não preencher
quaisquer dos requisitos enumerados no § 1º deste artigo, deverá
o responsável pela Unidade Administrativa comunicar o fato a
Comissão prevista no §2º deste artigo, através do Boletim de
Acompanhamento do Estágio Probatório (BADEP), para o
procedimento, na forma do regulamento específico para esse
Estágio.
• § 4º - O período aquisitivo do estágio probatório ficará suspenso
durante as licenças previstas no art. 97 do Regulamento do Estatuto
dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do
Rio de Janeiro, aprovado pelo Decreto Estadual nº 2.479, de 08 de
março de 1979, e será retomado a partir do término do
impedimento.
•
• CAPITULO III
• Da Promoção
• Art. l2 - Serão enquadrados na Categoria Funcional a que se refere o art.1º
da Lei 4.583/05 os cargos de Agente de Segurança Penitenciária e de
Inspetor de Segurança Penitenciária, procedida à alteração de
nomenclatura e respeitada a linha da concorrência na forma do art. 9º da
mesma lei, haja vista a extinção dos respectivos cargos.
• Art. 13 – A promoção entre as classes será efetuada pelos critérios de
antiguidade após aprovação em curso especializado ministrado pela Escola
de Gestão Penitenciária a qualquer época, e, ainda, por bravura, inclusive
post-mortem, na forma da legislação vigente.
• § 1º - A promoção para as Classes II e III se dará:
• a) para a Classe II, com mais de 05 (cinco) anos de exercício na Classe III
e curso especializado;
• b) para a Classe I, com mais de 15 (quinze) anos de exercício na Classe II
e curso especializado;
• § 2º - No caso de haver mais candidatos do que o número de vagas para
a promoção, por antigüidade, a
• Escola de Gestão Penitenciária fará a classificação através dos seguintes
critérios:
• I. provas e títulos, tais como, cursos externos de interesse da Secretaria de
Estado de Administração Penitenciária;
• II. prova de idoneidade funcional.
• § 3º - O inciso II deverá ser comprovado por Certidão fornecida pela
Corregedoria da SEAP.
• Art 14 – As promoções nos cargos de Inspetor de Segurança e
Administração Penitenciária serão a partir de 1º de julho de cada ano,
observada a existência de cargos vagos e na forma do disposto neste
Decreto.
• Parágrafo Único – A promoção que não se efetivar na data referida neste
artigo terá seus efeitos retroativos.
• Art. 15 - A contagem do tempo de serviço e a respectiva promoção do
Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária serão providenciadas
pelo Órgão de Pessoal da SEAP.
• Art. 17 – São atribuições específicas da categoria funcional dos Inspetores de Segurança e
Administração Penitenciária:
• I. proteger pessoas e bens;
• II. preservar a ordem, repelindo a violência;
• III. desempenhar ações de segurança e vigilância interna e externa dos estabelecimentos
prisionais, bem como órgãos e locais vinculados ou de interesse da Secretaria de Estado de
Administração Penitenciária e do Governo do Estado;
• IV. exercer atividades de escolta, custódia e operações de transporte de presos e internos,
bem como transferências interestaduais e/ou entre unidades no interior do Estado;
• V. realizar buscas periódicas nas celas e em qualquer área no interior das unidades
prisionais;
• VI. realizar revistas nos presos e internos;
• VII. realizar revistas, pessoais, nas visitas dos presos e internos, e em qualquer pessoa que
adentre as unidades prisionais ou hospitalares vinculados a Secretaria de Estado de
Administração Penitenciária observando regulamentações especifica;
• VIII. vistoriar todo e qualquer veículo que entre ou saia dos estabelecimentos prisionais do
Estado do Rio de Janeiro;
• IX. obedecer às ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
• X. prestar auxílio, ainda que não esteja em hora de serviço, afim de
prevenir ou reprimir fugas, motins e rebeliões ou outras situações
de emergência, quando solicitado por autoridade competente da
SEAP;
• XI. evitar fugas e arrebatamento de preso;
• XII. exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou
função de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou unidade
de lotação;
• XIII. supervisionar, coordenar, orientar e executar atividades
relacionadas à manutenção da ordem, segurança, disciplina e
vigilância dos estabelecimentos penais;
• XIV. não violar disposições proibitivas previstas em lei e em atos
normativos.
Código de ética
• Art. 18 – A transparência nas relações entre funcionários e presos, bem como com a
sociedade em geral, são fundamentais para transmitir valores, padrões éticos e de
conduta considerados adequados e efetivamente comprometidos com sua missão
institucional e ainda:
• I. não permitir que sentimentos ou animosidades pessoais possam influir em suas
decisões;
• II. buscar o aprimoramento técnico e a atualização permanente;
• III. manter, no ambiente de trabalho ou fora dele, comportamentos adequados com o
cargo, respeito, boa vontade, espírito de equipe, lealdade;
• IV. enfatizar a integração e o desenvolvimento de trabalhos em equipe;
• V. pautar-se o servidor no modelo do Gestor Público, para servir de parâmetro a
seus subordinados;
• VI. abster-se de atender a pressões de quaisquer origens que visem à obtenção de
favores ou vantagens que sejam morais e eticamente condenáveis, comunicando ao
seu superior hierárquico a ocorrência do fato;
• VII. realizar seu trabalho com lealdade à Instituição, compartilhando os
conhecimentos e informações necessários para o exercício das atividades próprias
da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária;
• VIII. jamais revelar tibieza ante o perigo e o abuso.
• Art. 19 – São direitos pessoais decorrentes do cargo definido na Lei nº 4.583/05:
• I. as vantagens e prerrogativas inerentes ao cargo;
• II. estabilidade, nos termos da legislação em vigor;
• III. percepção de vencimento e de vantagem pecuniárias, fixadas em lei;
• IV. carteira de identidade funcional;
• V. promoções regulares, e por bravura, inclusive post-mortem;
• VI. medalha do “Mérito Penitenciário”, com anotações na ficha do funcionário
agraciado, a ser concedida na forma deste regulamento;
• VII. assistência médico-ambulatorial, social e psicológica prestada pela SEAP;
• VIII. aposentadoria, nos termos da lei complementar;
• IX. auxilio funeral;
• X. férias e licenças previstas em lei;
• XI. gratificação adicional por tempo de serviço;
• XII. garantias devidas ao resguardo da integridade física e mental do servidor em
caso de detenção, prisão e cumprimento de pena, em estabelecimento penal
especial;
• XIII. porte de arma, na forma da legislação em vigor,
• XIV. anotação de elogio na ficha funcional.
• Art. 20 – Ao Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária é devida
gratificação pelo exercício de encargo auxiliar ou membro de banca ou
comissão examinadora de concurso ou de atividade temporária de auxiliar
ou professor de cursos oficiais instituídos e realizados pela Escola de
Gestão Penitenciária.
• § 1º - O valor da gratificação será de 10% (dez por cento) do vencimento
base, por hora/aula, até o limite de 120 (cento e vinte) horas de trabalho
anuais, para a função de professor prevista no caput deste artigo.
• § 2º - A gratificação a que se refere o caput deste artigo:
• I. somente será paga se estas atividades forrem exercidas sem prejuízo do
cargo de que o servidor for titular;
• II. fica excluída da base de cálculo do adicional de tempo de serviço, bem
como de quaisquer outros percentuais que incidam sobre o vencimento-
base do servidor;
• III. não se incorporará, para quaisquer efeitos, à remuneração do servidor.
Recompensas
• Art. 21 – As recompensas constituem reconhecimento dos bons serviços prestados,
além de outros meritórios praticados pelos integrantes do quadro, tais como:
• I. Elogio
• II. Louvor
• § 1º - O Elogio constitui reconhecimento da Chefia pelos bons serviços prestados
ou a prática de ato importante pelos integrantes do quadro e poderá ser de caráter
individual ou coletivo.
• § 2º O louvor será atribuído ao integrante do Quadro que, voluntariamente, fizer
doação de sangue para qualquer banco de sangue da rede pública.
• Art. 22 – O elogio aos integrantes do quadro de Inspetores de Segurança e
Administração Penitenciária deverá ser proposto ao Titular da Pasta, devidamente
fundamentado.
• Parágrafo Único: Toda e qualquer proposta de elogio encaminhado ao Secretário,
devidamente justificada, deverá conter a indicação dos fatos que comprovem a ação
meritória do servidor ou servidores a serem elogiados.
• Art. 23 – Todas as recompensas deverão constar de publicação no Boletim Interno
da SEAP, além de registro na ficha funcional do servidor.
Responsabilidade
• Art. 24 – Pelo exercício irregular de suas
atribuições, o funcionário responderá civil,
penal e administrativamente.
• Art. 25 – As sanções civis, penais e
disciplinares poderão cumular-se sendo
umas e outras independentes entre si,
bem como as instâncias civis, penais e na
esfera administrativa.
•
Transgressões
disciplinares
• São transgressões disciplinares:
• I. falta de assiduidade ou de pontualidade;
• II. interpor ou traficar influência alheia para solicitar ascensão, remoção,
transferência, promoção ou comissionamento;
• III. dar informações inexatas, alterando ou desfigurando propositadamente as
verdadeiras;
• IV. usar indevidamente os bens do Estado ou de terceiros, sob sua guarda ou não;
• V. divulgar notícias sobre ocorrências de serviços ou tarefas em desenvolvimento ou
realizadas em qualquer órgão do Sistema Penitenciário, ou contribuir para que sejam
divulgadas, ou ainda conceder entrevistas sobre as mesmas, sem autorização da
autoridade competente;
• VI. deixar de prestar informação que lhe competir nos processos e em outros
documentos que lhes forem encaminhados, salvo nos casos de impedimento legal;
• VII. promover discórdia ou desarmonia no ambiente de trabalho;
• VIII. guardar arma ou objetos que possam pôr em risco a integridade física de
pessoas, fora dos lugares apropriados na Unidade;
• IX. portar-se de maneira inconveniente ou sem compostura quando em serviço, em
local público ou acessível ao público;
• X. embaraçar, de qualquer modo, o andamento do serviço ou concorrer para isso;
• XI. deixar de zelar pelos bens pertencentes a SEAP, estejam ou não sob sua
responsabilidade direta;
• XII. simular doença para esquivar-se do cumprimento do serviço que lhe tenha sido
designado;
• XIII. retardar, sem justo motivo, a execução de qualquer ordem;
• XIV. apresentar-se em estado de embriaguez ou sintoma de embriaguez quando em
serviço;
• XV. desviar, adulterar, no todo ou em parte, propositadamente, documento oficial;
• XVI. desacatar servidor com expressões desrespeitosas e ofensivas;
• XVII. abandonar serviço regular para os quais tenha sido designado;
• XVIII. deixar de entregar o comprovante de licença médica imediatamente após sua
concessão, salvo comprovação posterior;
• XIX. deixar de participar ao seu superior hierárquico qualquer irregularidade relativa
ao serviço, que seja de seu conhecimento;
• XX. dar, ceder ou emprestar carteira funcional para outrem;
• XXI. valer-se do cargo com o fim de obter proveito de natureza político-partidária,
para si ou para terceiro;
• XXII. maltratar preso ou internado, sob sua guarda, ou usar de força desnecessária
no exercício da função;
• XXIII. deixar, sem justa causa, de submeter-se à inspeção médica determinada em lei ou por
autoridade competente;
• XXIV. agir, no exercício da função, com displicência, deslealdade ou negligência;
• XXV. deixar de concluir, nos prazos legais ou regulamentares, sem motivo justo, sindicância ou
processos administrativos, a que tenha sido designado;
• XXVI. reunir-se, concentrar-se ou impedir o transito perto das unidades prisionais;
• XXVII. aliciar ou coagir servidor, com o fito de tumultuar ou atrapalhar o bom andamento dos
serviços penitenciários;
• XXVIII. apresentar parte infundada contra servidor;
• XXIX. utilizar, ceder ou permitir que outros usem objetos arrecadados, recolhidos ou apreendidos
no exercício da função;
• XXX. desrespeitar ou procrastinar o cumprimento de decisão judicial, ou administrativa;
• XXXI. ausentar-se da sua unidade para ir a outra, exceto quando em serviço e com autorização
superior;
• XXXII. proceder a movimentação externa de presos ou internos sem a documentação pertinente
• XXXIII. deixar de usar uniforme próprio, quando fornecido pelo Estado.
• XXXIV. permutar o serviço sem expressa autorização de superior competente;
• XXXV. infringir as Atribuições Específicas e o Código de Ética.
• Parágrafo Único – As transgressões disciplinares previstas nos incisos II, III, V, XII, XIV, XVII, XX,
XXII, XXV, XXX e XXXV são consideradas graves.
Medalha do mérito penitenciário
• . 41 - Fica instituída a Medalha do Mérito Penitenciário,
destinada a condecorar quem traga contribuição valiosa,
eficiente e excepcional ao aperfeiçoamento do Sistema
Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro.
• § 1º - A outorga da Medalha será sempre precedida de
sugestão fundamentada ao Secretário de Estado de
Administração Penitenciária, que a submeterá à
aprovação do Governador Estado do Rio de Janeiro.
• § 2º - Todo expediente concernente à outorga da
Medalha do Mérito Penitenciário se processará em
caráter reservado, exceto a sua entrega, que será feita
em solenidade pública.
DOS ÓRGÃOS
• Art. 2º - São órgãos complementares do Departamento
do Sistema Penal (DESIPE) as Comissões Técnicas de
Classificação (CTCs).
• Art. 3º - As Comissões Técnicas de Classificação
(CTCs), existentes em cada estabelecimento do DESIPE
são constituídas por um psiquiatra, um psicólogo, um
assistente social e dois chefes de serviço, designados
pelos diretores dentre os servidores em exercício nos
respectivos estabelecimentos.
• Parágrafo Único – O diretor do estabelecimento indicará
um dos membros da CTC para presidi-la, em seus
impedimentos.
Da COMPETÊNCIA
• Art. 4º - Cabe às CTCs:
• I- elaborar o programa individualizador das penas privativas de liberdade e
restritivas de direitos;
• II- opinar sobre o índice de aproveitamento;
• III- apurar e emitir parecer sobre infrações disciplinares ocorridas nos
estabelecimentos;
• IV- propor aos diretores dos estabelecimentos o encaminhamento ao diretor-
geral dos pedidos de conversão, progressão e regressão dos regimes;
• V- opinar sobre os pedidos de conversão, progressão e regressão dos regimes;
• VI- estudar e propor medidas que aprimorem a execução penal;
• VII- opinar quanto ao trabalho externo para os presos sob regime semi-aberto;
• VIII- dar parecer sobre as condições pessoais do interno para atender ao
disposto no parágrafo único do art. 83 do Código Penal.
Da Competência
• VI- estudar e propor medidas que
aprimorem a execução penal;
• VII- opinar quanto ao trabalho externo
para os presos sob regime semi-aberto;
• VIII- dar parecer sobre as condições
pessoais do interno para atender ao
disposto no parágrafo único do art. 83 do
Código Penal.
DO INGRESSO NO DESIPE
• Art. 5º - O ingresso de presos far-se-á exclusivamente
mediante mandado de prisão ou guia de recolhimento
expedidos por autoridade competente, através do
presídio designado como “estabelecimento de ingresso”
por ato do diretor geral.
• Art. 6º - O ingresso de internados far-se-á
exclusivamente mediante guia expedida por autoridade
judiciária, através de estabelecimento designado pelo
diretor-geral.
• Art. 7º - As CTCs dos estabelecimentos de ingresso
realizarão os exames gerais e o criminológico, sendo os
resultados encaminhados ao diretor geral.
DO INGRESSO NO DESIPE • Art. 8º - O ingressando atenderá às seguintes
providências:
• I- identificação no Instituto Felix Pacheco;
• II- abertura de prontuário;
• III- exame médico;
• IV- ciências dos direitos, deveres e normas
vigorantes no DESIPE;
• V- elaboração de esboço de programa
individualizador.
DO INGRESSO NO DESIPE • Art. 9º - Completadas as providências do ingresso, as
informações colhidas serão remetidas ao diretor geral,
que determinará a lotação do ingressando e programa
individualizador a que se submeterá.
• Art. 10 - Integrado o ingressando no estabelecimento, a
CTC reavaliará o programa individualizador respectivo.
• Art. 11 - Na lotação inicial, cumprirá o ingressando o
período probatório.
• Art. 12 - O ingressando será observado em suas ações
e atividades durante o período probatório, findo o qual,
ouvida a CTC, o diretor do estabelecimento atestará no
boletim penitenciário índice de aproveitamento.
DO INGRESSO NO DESIPE • Art. 13 - Devidamente preenchido, o boletim penitenciário
relativo ao período probatório será remetido ao diretor geral,
que efetivará a lotação do ingressando.
• Art. 14 - Nos estabelecimentos, os presos provisórios e os
condenados serão agrupados de acordo com as seguintes
circunstâncias e ordem de prioridade:
• a) serem presos provisórios e condenados;
• b) regime;
• c) índice de aproveitamento;
• d) gravidade do tipo de pena e sua extensão.
Do Boletim Penitenciário
• Art. 15 - O boletim penitenciário registra o índice de
aproveitamento do preso, tomando por base as atividades
relativas ao trabalho, educação e disciplina.
• Art. 16 - Do conjunto das atividades referidas no artigo
anterior, extrair-se-á a classificação nos índices
excepcional, excelente, ótimo, bom, neutro e negativo.
• Art. 17 - Cabe o diretor do estabelecimento preencher o
boletim penitenciário, após ouvir os órgãos, serviços e
seções que entender conveniente, além da CTC
Das Transferências
• Art. 18 - As transferências de estabelecimentos são
efetivadas pelo diretor geral, em função do regime,
da individualização da execução penal, da
classificação, assim como por motivos de ordem
disciplinar e de segurança.
• Art. 19 - As transferências poderão ser provocadas
por indicação dos diretores do estabelecimento ou
por solicitação dos interessados.
Do Índice de Aproveitamento • Art. 20 - O índice de aproveitamento dar-se-á:
• I- no conceito excepcional, após seis meses de permanência
ininterrupta no conceito excelente;
• II- no conceito excelente, após seis meses de permanência
ininterrupta no conceito ótimo;
• III- no conceito ótimo, após sei meses de permanência no
conceito bom;
• IV- no conceito bom, após seis meses de permanência
ininterrupta no conceito neutro;
• V- no conceito neutro, durante o período probatório e após o
término do prazo de conceito negativo;
• VI- no conceito negativo, em razão de sanção disciplinar.
Do Índice de Aproveitamento
• § 1º - O período probatório de ingressando é de
seis meses.
• § 2º - Aplicada a sanção de rebaixamento de
classificação a quem estiver no conceito negativo, o
prazo para ascender ao conceito neutro é de seis
meses, contado a partir da aplicação da última
punição.
• Art. 21 - Os períodos probatórios de um
estabelecimento valem para qualquer outro do
DESIPE.
CAPITULO II
Da Assistência
SEÇÃO II
Disposições Preliminares
• Art. 22 – Objetivando preservar-lhes a condição de ser humano tanto
quanto prevenir o crime e lhes orientar o retorno à convivência em
sociedade, o DESIPE propiciará aos presos provisórios, condenados e
internados assistência:
• a) material;
• b) à saúde;
• c) à defesa legal;
• d) educacional;
• e) de serviço social;
• f) religiosa.
• Parágrafo único – Estende-se ao egresso e aos filhos das presas
assistência do DESIPE, nos termos deste regulamento.
Da Assistência Material
• Art. 23 – A assistência material consiste, primordialmente, no
fornecimento de alimentação variada, suficiente e de boa qualidade;
vestuário; condições higiênicas satisfatórias.
• Art. 24 – O vestuário não terá aparência degradante.
• Art. 25 – Os estabelecimentos possuirão cantinas para venda de produtos
não fornecidos pela administração.
• § 1º - O preço dos aludidos produtos não será superior ao cobrado nas
casas comerciais do mundo livre;
• § 2º - As rendas resultantes das cantinas serão recolhidas ao Fundo
Especial do Sistema Penal, a ser criado e regulamentado, revertendo em
oitenta por cento, no mínimo, ao estabelecimento de que provierem.
Da Assistência à Saúde
• Art. 26 – Quando o estabelecimento não estiver capacitado a prover a
assistência à saúde que se fizer necessária, transferirá o paciente para o
estabelecimento do DESIPE em condições de implementá-la.
• § 1º - Em caso de divergência entre os diretores dos estabelecimentos na
hipótese supra , será ela dirimida pelo diretor-geral, ouvida a chefia dos
serviços de saúde.
• §2º - Inexistindo possibilidade de ser prestada assistência no âmbito do
DESIPE, o serviço de saúde e o serviço social indicarão o local onde dita
assistência poderá ser proporcionada, para lá sendo remetido o paciente
pela direção do estabelecimento, observadas as cautelas legais de
segurança, comunicado o fato, posteriormente, ao Juízo das Execuções.
Da Assistência à Saúde
• Art. 27 – Discordando o internado do diagnóstico dos serviços
de saúde do DESIPE, e não dispondo de recursos para
contratar profissional de sua confiança (Lei de Execução
Penal art. 43), poderá requerer a assistência de servidor
especializado da Secretária de Estado de Saúde e Higiene.
• § 1º - O pedido será dirigido ao diretor-geral, que o
encaminhará, devidamente instruído, ao órgão acima
referido.
• § 2º - Na hipótese do presente artigo, em caso de
divergência de diagnóstico, o juiz das execuções decidirá a
questão.
Da Assistência Jurídica
• Art.28 – A assistência jurídica será prestada aos presos e
internados carentes de recursos para contratar advogado,
consistindo, basicamente, em:
• I- defesa nos processos disciplinares;
• II- defesa de direitos no âmbito do DESIPE;
• III- agilização no processamento de alvará de soltura;
• IV- atualização da situação jurídica;
• V- atividades de defesa judiciária;
• VI- interposição de recursos administrativos junto ao DESIPE:
• VII- atendimento e orientação sobre matéria jurídica em geral.
Da Defesa Judiciária • Art. 29 – A defesa judiciária, na fase da execução da pena ou da medida
de segurança, será prestada, também, pelo DESIPE aos presos e
internados que não disponham de advogado constituído, especialmente
no tocante a:
• I- benefícios decorrentes de lei posterior;
• II- extinção de punibilidade;
• III- soma ou unificação de penas;
• IV- modificação de regimes;
• V- detração e remição da pena;
• VI- suspensão condicional da pena;
• VII- saídas temporárias;
• VIII- conversão de penas;
• IX- substituição de penas;
• X- revogação de medida de segurança;
Da Defesa Judiciária • XI- cumprimento da pena em outra comarca;
• XII- remoção (Lei de Execução Penal, art. 86,§ 1º);
• XIII- livramento condicional;
• XIV- indulto, comutação, graça;
• XV- cálculo de penas;
• XVI- obtenção de alvará de soltura;
• XVII- “habeas-corpus”;
• XVIII- revisão criminal;
• XIX- recursos criminis.
Da Assistência Educacional • Art. 30 – A educação, nos estabelecimentos do DESIPE, compreende a
educação formal, informal e profissionalizante.
• Art.31 – A educação formal dar-se-á através das escolas supletivas
mantidas em convênio com a Secretaria de Estado de Educação.
• Art. 32 – Todas as unidades do DESIPE são obrigadas a proporcionar
ensino de primeiro grau.
• Art. 33 – A educação informal visa ao enriquecimento cultural do aluno,
buscando desenvolver-lhe as potencialidades nas áreas artísticas, de
forma a possibilitar o surgimento e aprimoramento de vocações e o
resgate de nossas raízes culturais.
• Art. 34 – Os estabelecimentos do DESIPE disporão de professores de
artes plásticas, teatrais, literárias, musicais e de educação física.
• § 1º - Além das atividades internas, serão incentivadas as apresentações
ao mundo livre, sob a forma de exposições, representações de peças e
apresentação de espetáculos.
• § 2º - Na área musical, serão incentivadas, através de aulas teóricas e
práticas, a formação de bandas, conjuntos instrumentais e corais.
• § 3º - No campo literário, se incentivará o gosto pela língua escrita e o
desenvolvimento da criatividade dos alunos, inclusive no atendimento à
produção de peças teatrais e o exercício de atividades jornalísticas.
• Art. 35 – Organizar-se-ão certames, concursos e festivais nas áreas de
educação física e artística.
• Art. 36 – São consideradas iniciativas prioritárias na assistência
educacional:
• I- organização e manutenção de bibliotecas;
• II- realização de palestras e conferências;
• III- exibições cinematográficas;
• IV- mostras artísticas;
• V- programação e realização de educação física;
• VI- em cooperação com o serviço social, programação de eventos que
propiciem cultura e lazer;
• Art. 37 – A preparação profissional promoverá a indicação ou o
aprimoramento da aptidão laboral, com acesso às técnicas especializadas.
• § 1º - Visará, de preferência, à habilitação do beneficiário para atividade
compatível com sua futura necessidade, em vez de se dirigir ao
atendimento da conveniência dos estabelecimentos penais.
• § 2º - Respeitada a regra do parágrafo supra, os cursos
profissionalizantes buscarão possibilitar o aproveitamento do benefício no
trabalho produtivo intra-muros.
• Art. 38 – O ensino profissionalizante será desenvolvido através de
convênios com órgãos federais, entidades para-estatais e particulares, ou
por professores contratados pela Secretaria de Estado de Justiça e do
Interior ou cedidos pela Secretaria de Estado de Educação.
• Art. 39 – O artesanato será organizado de sorte a se constituir em
atividade produtiva, de maneira a proporcionar efetiva fonte d renda para o
beneficiário quando do retorno à liberdade.
• Art. 40 – O serviço educacional fornecerá relatórios à direção dos
estabelecimentos quanto ao desempenho dos alunos.
Da Assistência do Serviço Social
• Art. 41 – Cabe ao serviço social, através do emprego da metodologia
específica de sua área profissional:
• I- conhecer, diagnosticar e traçar alternativas, junto com a população
presa e os egressos, quanto aos problemas sociais evidenciados;
• II- ampliar os canais de comunicação dos presos, internados e seus
familiares com a administração penitenciária;
• III- elaborar relatórios e emitir pareceres, se for o caso, em requerimentos
e processos de interesse da população carcerária;
• IV- interagir junto aos quadros funcionais do sistema penal com vistas a
possibilitar melhor compreensão dos problemas sociais da população
presa, buscando conjugar esforços para solucioná-los;
• V- interagir com instituições externas no sentido de empreender ações
que aproximem recursos diversos para atendimento da população presa,
seus familiares, egressos e liberandos, na perspectiva da ação
comunitária;
• VI- coordenar e supervisionar as atividades dos agentes religiosos
voluntários e dos estagiários do serviço social;
• VII- integrar os conselhos de comunidade;
• VIII- programar com população presa eventos que propiciem lazer e
cultura, interagindo com o serviço educacional;
• IX- orientar a população presa e seus dependentes quanto a
direitos e deveres legais, especialmente da área previdenciária;
• X- acompanhar o desenvolvimento da saídas para visitas a
familiares e para o trabalho externo;
• XI- auxiliar os internos na obtenção de documentos.
Da Assistência Religiosa
• Art. 42 – Garantida a liberdade de culto, assegura-se aos presos e internados o
acesso a todas as religiões que se façam representar no âmbito do sistema penal.
• Art. 43 – Facultam-se aos presos e internados a posse e o uso de símbolos, livros
de instrução e objetos que conotem sua fé.
• Art.44 – Nos estabelecimentos haverá, com caráter ecumênico, local apropriado
para os cultos religiosos.
• Art. 45 – Os representantes de diversas religiões serão credenciados pelas
direções dos estabelecimentos, com a denominação de “agentes religiosos”.
• Art. 46 – Os agentes exercerão suas atividades sob a coordenação administrativa
do serviço social dos estabelecimentos.
• Art. 47 – Os agentes religiosos cujas atividades ultrapassem o campo puramente
religiosos para atingir outras áreas técnicas ficarão, quanto a estas, subordinados
ao órgão técnico correspectivo e submetidos às exigências por ele especificadas.
Da Assistência aos Filhos das Presas • Art. 48 – O DESIPE disporá de creche e do pré-escolar para as crianças lançadas
ao desamparo por força de prisão das mães.
• Art. 49 – A creche e o pré-escolar funcionarão em anexo aos estabelecimentos
destinados às mulheres, abrigando os filhos das presas ali recolhidas.
• Art. 50 – Poderão permanecer na creche e no pré-escolar crianças de até seis
anos de idade.
• Parágrafo único – Atingida a idade-limite, serão as crianças transferidas para a
área da Fundação Estadual de Educação do Menor (FEEM-RJ) ou organismos
similares.
• Art. 51 – A creche e o pré-escolar serão atendidos, entre outros, por pedagogos,
pediatra, nutricionista, assistente social, psicólogo e recreador, subordinados
administrativamente à direção do estabelecimento prisional e tecnicamente aos
órgãos correlatos do DESIPE.
• Art. 52 – Poderá o DESIPE valer-se do auxílio e apoio de instituições destinadas
ao amparo da infância, a fim de complementar os próprios recursos empregados
no mister.
• Art. 53 – Na assistência material prestada aos filhos das presas, dar-se-á
atendimento às peculiaridades de referida clientela.
Do Trabalho
• Art. 54 – O trabalho dos presos e internados
é de responsabilidade da Fundação Santa
Cabrini (Lei de Execução Penal, art. 34 e
parágrafo único), que baixará, em conjunto
com o DESIPE, as normas regulamentares
a respeito.
Dos Direitos e da Disciplina
SEÇÃO I
Dos Direitos Fundamentais e Indisponíveis
• Art. 55 – São direitos fundamentais e indisponíveis do condenado:
• I- ver respeitada sua condição de ser humano;
• II- estar imune a exigências que possam degradá-lo de tal condição,
especialmente quanto a procedimentos incompatíveis com a dignidade
dela;
• III- estar ao abrigo de que a aplicação dos dispositivos legais referentes
aos seus deveres (Lei de Execução Penal, art. 39) resultem em
constrangimento à personalidade ou violação à capacidade de autovolição.
• IV- isentar-se da aplicação de técnicas de condicionamento psicológico,
que visem a alterações de comportamento.
• Parágrafo único – Aplica-se ao preso provisório no que couber, ao
internado, o disposto neste artigo.
Dos Direitos
• Art. 56 – Constituem direitos do preso, além dos estatuídos na lei:
• I- ser visitado, se estrangeiro, pelos agentes diplomáticos ou consulares
do país de origem;
• II- ser ouvido, sempre que responsabilizado por infração disciplinar;
• III- não sofrer, em nenhuma hipótese, formas aviltantes de tratamento;
• IV- portar,no interior do estabelecimento prisional, importância não
superior a dez por cento do salário mínimo vigente;
• V- audiência com o diretor do estabelecimento, nos dias e horas para tal
fim designados, respeitada a ordem cronológica de inscrição.
• Parágrafo único – Os diretores de estabelecimento têm de dedicar três
horas semanais, no mínimo, para audiência de que cuida o número V
deste artigo, sendo vedada a delegação da tarefa de qualquer outra
pessoa.
Da Disciplina
• Art. 57 – Não haverá punição disciplinar em razão de dúvida
ou suspeita.
• Art. 58 – O preso que, de qualquer modo, concorre para a
prática da falta disciplinar incide nas sanções a ela
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
• Parágrafo único – Se a participação for de menor importância
ou se o co-autor quis participar de falta menos grave, poderá
sofrer o partícipe sanção de falta média para participação em
falta grave ou de falta leve para participação em falta média.
Das Faltas Disciplinares
• Art. 59 – São faltas médias, se o fato não constitui falta grave:
• I- praticar ato constitutivo de crime culposo ou contravenção penal;
• II- adquirir, usar, fornecer ou trazer consigo bebida alcoólica ou substância
análoga;
• III- praticar jogo mediante apostas;
• IV- praticar jogo carteado;
• V- praticar compra e venda não autorizada, em relação a companheiro ou
funcionário;
• VI- formular queixa ou reclamação, com improcedência reveladora de
motivo reprovável;
• VII- fomentar discórdia entre funcionários ou companheiros;
• VIII- explorar companheiro sob qualquer pretexto e de qualquer forma;
• IX- confeccionar, portar ou utilizar, indevidamente, chave ou instrumento
de segurança do estabelecimento;
• X- utilizar material, ferramenta ou utensílio do estabelecimento em proveito
próprio, sem autorização competente;
• XI- portar objeto ou valor, além do regularmente permitido;
• XII- transitar pelo estabelecimento ou por suas dependências em
desobediência às normas estabelecidas;
• XIII- produzir ruídos para perturbar a ordem, nas ocasiões de descanso, de
trabalho ou de reunião;
• XIV- desrespeitar visitantes, seus ou de companheiro;
• XV- veicular de má-fé, por meio escrito ou oral, crítica infundada à
administração prisional;
• XVI- utilizar-se de objeto pertencente a companheiro, sem a devida
autorização;
• XVII- simular ou provocar doença ou estado de precariedade física para
eximir-se de obrigação;
• XVIII- ausentar-se dos lugares em que deva permanecer;
• XIX- desobedecer os horários regulamentares.
• Art. 60 – São faltas leves, se o fato não constitui falta média ou grave:
• I- sujar intencionalmente assoalho, parede ou qualquer lugar;
• II- entregar ou receber objetos sem a devida autorização;
• III- abordar pessoas estranhas ao estabelecimento, especialmente
visitantes, sem a devida autorização;
• IV- abordar autoridade sem prévia autorização;
• V- desleixar-se da higiene corporal, do asseio da cela ou alojamento e
descurar da conservação de objetos de uso pessoal;
• VI- trajar roupa estranha ao uniforme ou usá-lo alterado;
• VII- lançar nos pátios águas servidas ou objetos, bem como lavar,
estender ou secar roupa em local não permitido;
• VIII- fazer refeição fora do local ou horário estabelecidos;
• IX- efetuar ligação telefônica sem autorização.
Das Sanções Disciplinares e das Regalias
• Art. 61 – São aplicáveis as seguintes sanções principais:
• I- advertência verbal;
• II- repreensão;
• III- suspensão ou restrição de direitos;
• IV- isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos
estabelecimentos que possuam alojamentos coletivos.
• Art. 62 – São aplicáveis as seguintes sanções secundárias:
• I- perda de regalias;
• II- transferências de estabelecimento;
• III- rebaixamento de classificação;
• IV- apreensão de valores ou objetos.
• Art. 63 – O rebaixamento de classificação poderá verificar-se para qualquer conceito de grau
inferior.
• Art. 64 – Quando o rebaixamento for para conceito negativo,a autoridade competente
determinará o respectivo prazo, que não poderá exceder de seis meses.
• Art. 65 – A sanção do art. 62, IV, será aplicada quando o preso tiver em seu poder,
irregularmente, valor ou objeto.
• § 1º - Quando a apreensão incidir sobre o valor ou objeto que, pela natureza e importância,
autorize a presunção de origem ilícita, o diretor do estabelecimento remeterá, através do
diretor-geral, ao Ministério Público, para as providências cabíveis.
• § 2º - Incorrendo a hipótese prevista no § 1º, o valor apreendido será depositado na conta do
pecúlio do preso, não podendo, entretanto, ser adicionado à parcela destinada a gastos
particulares.
• § 3º - O objeto de uso não consentido que não tive sido apreendido só será restituído quando
o preso houver adquirido condições de usá-lo, ou ao ser posto em liberdade.
• § 4º - O dinheiro apreendido em razão de infração disciplinar do art. 59, III, será recolhido ao
Fundo Especial do Sistema Penal, revertendo na totalidade em favor do serviço social do
estabelecimento de onde provier.
• Art. 66 – Compete ao diretor do estabelecimento
aplicar as sanções principais e secundárias,
exceto:
• I- a de transferência de estabelecimento, que é
da competência do diretor-geral;
• II- a de isolamento e conexas secundárias, que
são da competência do Conselho Disciplinar.
• III- Parágrafo único – O Conselho Disciplinar é
integrado pelos membros da CTC e pelo diretor
do estabelecimento, que o presidirá e cujo voto
prevalecerá em caso de empate na votação.
• Art. 67 – São regalias a serem concedidas gradativamente:
• I- no regime fechado:
• a. visita especial, fora do horário normal;
• b. visita íntima do cônjuge, companheiro ou companheira;
• c. freqüência ao cinema do estabelecimento;
• d. participação em espetáculo recreativo;
• e. práticas esportivas;
• f. uso de rádio e televisão no cubículo ou alojamento;
• g. uso de objetos prescindíveis no cubículo ou alojamento;
• h. circulação por todo o estabelecimento exceto quanto às áreas de
segurança;
• i. recolhimento ao cubículo ou alojamento depois do horário normal;
• j. visita ao local onde se encontra ascendente, descente, cônjuge,
companheiro ou irmão, enfermo e em estado grave, com escolta;
• l) comparecimento à cerimônia fúnebre de ascendente, descendente, cônjuge,
companheiro ou irmão, com escolta;
• m) posse da chave do próprio cubículo;
• n) trabalho externo, sob vigilância, em serviços ou obras públicas;
• o) passagem para o regime semi-aberto;
• II- no regime semi-aberto, além, quando aplicáveis, das previstas no nº I deste
artigo;
• a) trabalho externo sob fiscalização indireta;
• b) saída para freqüentar curso supletivo, profissionalizante, de instrução de 2º
grau ou superior;
• c) visita de fim de semana à família com um pernoite, renovável, por duas vezes
durante o mês, ou visita
• de uma semana à família, renovável por quatro vezes durante o ano;
• d) saída esporádica para participar de atividades que concorram para o retorno ao
convívio social;
• e) passagem para o regime aberto.
• III- no regime aberto, além, quando aplicáveis, das previstas nos números I
e II:
• a) visita de fim de semana à família;
• b) saída periódica para participar de atividades que concorram para o
retorno ao convívio social.
• Parágrafo único - As regalias serão deferidas pela direção do
estabelecimento, ouvida a CTC, dependendo
• de autorização judicial as previstas nos números I, o; II, b,c,d,e; III, a, b.
• Art. 68 – A concessão das regalias a que se refere o artigo anterior será
gradativa e em função do índice de aproveitamento.
• § 1º - Não serão concedidas regalias aos presos
classificados nos conceitos negativo ou neutro, exceto
quanto ao último, durante o período probatório e no que
se diz respeito às regalias inerente ao regime
determinado como o inicial do cumprimento da pena.
• § 2º - Em caso de transferência para os regimes semi-
aberto ou aberto durante o período probatório, poderão
ser concedidas regalias, desde que julgadas
necessárias para a condução dos objetivos do regime.
• § 3º - Em caso de regressão para o regime mais
rigoroso, serão canceladas as regalias com ele
incompatíveis, além das que o tiverem sido em razão de
punição disciplinar.
Da Aplicação das Sanções
• Art. 69 – Nas faltas graves, aplicam-se sanções do art. 61, III e/ou IV, pelo
prazo de quinze a trinta dias; nas médias, as do mesmo artigo, III e/ou IV,
pelo prazo de um a quinze dias; nas faltas leves, as do mesmo artigo I ou
II.
• Art. 70 – A autoridade ou órgão competente para aplicar as sanções
principais decidirá se devem ser aplicadas cumulativamente sanções
secundárias, neste caso escolhendo as que julgar adequadas.
• Art. 71 – A execução da sanção disciplinar aplicada poderá ser suspensa
condicionalmente por seis meses, quando, a critério do diretor do
estabelecimento, as circunstâncias, a gravidade e a personalidade do
agente autorizem a presunção de que não voltará a praticar faltas.
• Art. 72 – Se, durante o período de suspensão condicional, o punido não
cometer falta, extinguir-se-á a punibilidade.
• Art. 73 – Cometendo o punido nova falta durante o período da suspensão
condicional, será a sanção suspensa executada cumulativamente com a
que vier a sofrer.
Do Procedimento Disciplinar
• Art. 74 – Cometida a infração, deverá o indiciado ser conduzido à presença
do Chefe de Turma que determinará a lavratura da ocorrência.
• Art. 75 – O Chefe de Turma em serviço poderá, tendo em conta a
intensidade da falta grave ou média, determinar o isolamento preventivo do
indiciado, que não poderá ultrapassar de dez dias.
• Art. 76 – Registrada a ocorrência pelo Chefe de Turma, este dará
conhecimento dela ao Chefe de Segurança no primeiro dia útil que se
seguir.
• Art. 77 – O Chefe de Segurança, logo que tiver conhecimento da ocorrência,
decidirá sobre as medidas a tomar.
• Art. 78 – O Chefe de Segurança comunicará, no mesmo dia, a ocorrência
ao diretor do estabelecimento, a fim de que este mantenha ou revogue as
medidas inicialmente tomadas.
• Art. 79 – Cabe ao diretor do estabelecimento encaminhar à CTC, no prazo
máximo de um dia útil, a comunicação de que trata o artigo anterior.
• Art. 80 – A CTC, no prazo de três dias úteis, realizará as diligências
indispensáveis à precisa elucidação do fato, cabendo-lhe obrigatoriamente:
• I- requisitar o prontuário do indiciado, com todos os dados de acompanhamento
individual;
• II- presentes pelo menos três membros, ouvir o indiciado, que poderá apresentar
defesa escrita;
• III- ouvir o condutor, quando considerar necessário.
• Art. 81 – Formado o inquérito disciplinar, a CTC o remeterá com parecer, no
primeiro dia útil que se seguir, ao diretor do estabelecimento que:
• I- convocará, para o primeiro dia útil que seguir, o Conselho Disciplinar, se
entender aplicável ao caso a sanção do art. 61, IV;
• II- julgará o processo, se entender aplicáveis as outras sanções do art. 61.
• Art. 82 – No parecer de que trata o artigo anterior, a CTC opinará quanto à
culpabilidade do indiciado e proporá ao diretor do estabelecimento ou ao
Conselho Disciplinar a punição que entender cabível.
• Art. 83 – Se o diretor do estabelecimento ou o Conselho Disciplinar concluírem
pela conveniência da aplicação de sanção privativa do diretor-geral, a ele
remeterão a respectiva proposta.
• Art. 84 – No caso de fuga, o processo disciplinar será instaurado no
estabelecimento de reingresso do preso e quando de sua recaptura.
• Art. 85 – Admitir-se-á como prova todo elemento de informação que a CTC
entender necessário ao esclarecimento do fato.
• Art. 86 – O punido poderá solicitar reconsideração de ato punitivo, emitido por
diretor de estabelecimento ou Conselho Disciplinar, no prazo de quinze dias,
contados da ciência pessoal da punição, quando:
• I- não tiver sido unânime o parecer da CTC em que o diretor do estabelecimento
fundamentou sua decisão;
• II- o ato punitivo tiver sido aplicado pelo diretor do estabelecimento em desacordo
com o parecer da CTC;
• III- não tiver sido unânime a decisão do Conselho Disciplinar.
• Parágrafo único – O pedido de reconsideração não pode ser reiterado.
• Art. 87 – O diretor do estabelecimento ou o Conselho Disciplinar, se
mantiverem o ato, encaminharão o pedido de reconsideração ao diretor-
geral, para decisão.
• Art. 88 – Em qualquer época, o punido poderá requerer a revisão da
punição sofrida, desde que prove:
• I- ter sido a decisão fundamentada em prova falsa;
• II- ter sido aplicada a punição em desacordo com a lei ou este
regulamento.
• § 1º - O pedido de revisão só se admitirá se fundado em provas não
apresentadas anteriormente.
• § 2º - Deferida a revisão, os assentamentos do requerente serão
corrigidos, para que deles conste, exclusivamente, o registro da nova
decisão.
• Art. 89 – A reabilitação disciplinar poderá ser requerida, decorridos dois
anos do cumprimento da sanção, se demonstrada a recuperação
disciplinar do punido.
• Art. 90 – A reabilitação alcança quaisquer
sanções disciplinares aplicadas,
assegurando ao punido o sigilo dos
registros sobre seu processo e punição.
• Art. 91 – Compete ao diretor-geral decidir
os pedidos de revisão e reabilitação
disciplinar.
Dos Estabelecimentos Penais
• Art. 92 – Os estabelecimentos penais, ou os diferentes pavilhões do mesmo
conjunto arquitetônico, serão, por ato do diretor-geral,, classificados da
forma que se segue:
• I- Penitenciária:
• a) comum;
• b) especial.
• II- Estabelecimento semi-aberto:
• c) Instituto Penal;
• d) Colônia Agrícola;
• e) Colônia Industrial.
• III- Casa do Albergado:
• f) metropolitana;
• g) interiorana.
• IV- Hospital:
• h) de Custódia e Tratamento Psiquiátrico;
• i) Penal.
• V- Presídio (cadeia pública)
• Art. 93 – A penitenciária especial destina-se a abrigar os presos com
direito a cumprir pena em dependência separada dos presos comuns.
• Art. 94 – A casa de albergado metropolitana se caracteriza por ficar em
município da Região Metropolitana a ser operada diretamente pelo
DESIPE.
• Art. 95 – A casa do albergado interiorana se caracteriza por ficar em
município não integrante da Região Metropolitana e ser operada por
Conselho da Comunidade local ou entidade similar, sob coordenação,
controle e apoio técnico do DESIPE e fiscalização do Ministério Público e
do Juízo da Comarca.
• CAPÍTULO II
• Dos Regimes
• Art. 96 – Incumbe ao diretor do estabelecimento encaminhar ao diretor-
geral, e este a Juízo, as solicitações de transferência de regime,
fundamentando-as devidamente, inclusive com base em parecer da CTC,
cuja audiência é obrigatória.
• § 1º - Agirá o diretor de estabelecimento.
• a) de ofício;
• b) por provocação da CTC;
• c) em face de requerimento do interessado.
• § 2º - Na hipótese do parágrafo supra, b, o diretor do estabelecimento só
encaminhará a solicitação de transferência se a endossar.
• Art. 97 – Em caso de urgência, os diretores de estabelecimento poderão
promover a suspensão de quaisquer regalias inerentes ao regime em que o
preso estiver cumprindo pena, comunicando imediatamente o fato ao
diretor-geral, e este a Juízo, para exame e decisão.
• Art. 98 – A pena de limitação de fins de semana será cumprida em casa de
albergado.
•
• CAPÍTULO III
• Dos Patronatos
• Art. 99 – Os Patronatos são estabelecimentos destinados:
• I- a prestar assistência aos albergados e egressos;
• II- a orientar os condenados a penas restritivas de direitos e fiscalizar o seu
cumprimento;
• III- colaborar na fiscalização do cumprimento das condições da suspensão
da pena e do livramento condicional.
Das Finalidades da LEP
• Art. 1º A execução penal tem
por objetivo efetivar as
disposições de sentença ou
decisão criminal e
proporcionar condições para a
harmônica integração social
do condenado e do internado.
Princípios Norteadores da
Sentença
• Legalidade – Art. 3º LEP.
• “Art. 3º Ao condenado e ao
internado serão assegurados
todos os direitos não atingidos
pela sentença ou pela lei.”
Princípio da igualdade
Art. 3º...
• “Parágrafo único. Não haverá
qualquer distinção de natureza
racial, social, religiosa ou política.”
Princípio da Personalização da Pena
• “Art. 5º Os condenados serão
classificados, segundo os
seus antecedentes e
personalidade, para orientar a
individualização da execução
penal.”
Princípio da Personalização da Pena
• Art. 6º A classificação será feita por Comissão Técnica
de Classificação que elaborará o programa
individualizador e acompanhará a execução das penas
privativas de liberdade e restritivas de direitos, devendo
propor, à autoridade competente, as progressões e
regressões dos regimes, bem como as conversões.
• Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica
de Classificação que elaborará o programa
individualizador da pena privativa de liberdade
adequada ao condenado ou preso provisório. (Redação
dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003).
Princípio da Personalização da Pena
• Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena
privativa de liberdade, em regime fechado, será
submetido a exame criminológico para a obtenção dos
elementos necessários a uma adequada classificação
e com vistas à individualização da execução.
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo
poderá ser submetido o condenado ao cumprimento
da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto.
Jurisdicionalidade
• Os incidentes da LEP serão decididos pelo
poder judiciário. A autoridade administrativa
somente pode definir pontos secundários da
execução penal (ex: Dia de visitas, horário do
banho de sol, imposição de sanções
disciplinares previamente previstos em lei,
etc.). Mesmo nos pontos secundários pode
haver intervenção judicial.
Devido Processo Legal
• Temos aqui um gênero com várias espécies,
por exemplo, ampla defesa, contraditório,
publicidade, imparcialidade...
Reeducativo
• Durante a execução penal deve-se buscar a
ressocialização dos presos, coincidindo com as
finalidades da LEP. Nós temos para isso os
instrumentos que buscam a ressocialização, que
desdobraremos futuramente.
• Art. 11. A assistência será:
I - material;
II - à saúde;
III -jurídica;
IV - educacional;
V - social;
VI - religiosa.
Humanização
• Aqui se visa apenas o que
já a própria Constituição
federal já previa, proibindo
penas cruéis, desumanas
ou degradantes.
Estatuto jurídico do Preso
Deveres
(art. 39) -
Rol Taxativo
Direitos
(art. 41) -
Rol exemplificativo
Direitos e deveres do Preso
Dos Deveres
Art. 39. Constituem deveres do condenado:
I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da
sentença;
II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa
com quem deva relacionar-se;
III - urbanidade e respeito no trato com os demais
condenados;
IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou
coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à
disciplina;
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens
recebidas;
Dos deveres
VI - submissão à sanção disciplinar imposta;
VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores;
VIII - indenização ao Estado, quando possível, das
despesas realizadas com a sua manutenção,
mediante desconto proporcional da remuneração do
trabalho;
IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
X - conservação dos objetos de uso pessoal.
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no
que couber, o disposto neste artigo.
Dos Direitos
• Art. 41 - Constituem direitos do preso:
I - alimentação suficiente e vestuário;
II - atribuição de trabalho e sua remuneração;
III - Previdência Social;
IV - constituição de pecúlio;
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para
o trabalho, o descanso e a recreação;
Dos Direitos
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais,
artísticas e desportivas anteriores, desde que
compatíveis com a execução da pena;
VII - assistência material, à saúde, jurídica,
educacional, social e religiosa;
VIII - proteção contra qualquer forma de
sensacionalismo;
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes
e amigos em dias determinados;
Dos Direitos
XI - chamamento nominal;
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências
da individualização da pena;
XIII - audiência especial com o diretor do
estabelecimento;
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em
defesa de direito;
XV - contato com o mundo exterior por meio de
correspondência escrita, da leitura e de outros
meios de informação que não comprometam a
moral e os bons costumes.
Dos Direitos
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente,
sob pena da responsabilidade da autoridade
judiciária competente. (Incluído pela Lei nº 10.713, de
13.8.2003)
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos
V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos
mediante ato motivado do diretor do
estabelecimento.
Dos Méritos
Art. 56. São recompensas:
I - o elogio;
II - a concessão de regalias.
Parágrafo único. A legislação local e os
regulamentos estabelecerão a natureza e a
forma de concessão de regalias.
Dos Deméritos
Art. 53. Constituem sanções disciplinares:
I - advertência verbal;
II - repreensão;
III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo
único);
IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos
estabelecimentos que possuam alojamento coletivo,
observado o disposto no artigo 88 desta Lei.
V - inclusão no regime disciplinar diferenciado. (Incluído pela
Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Circunstâncias preliminares para aplicação das sanções
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares levar-se-á em conta a
pessoa do faltoso, a natureza e as circunstâncias do fato, bem
como as suas conseqüências.
Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas
nos incisos III e IV, do artigo 53, desta Lei.
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a
natureza, os motivos, as circunstâncias e as conseqüências do fato,
bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão. (Redação
dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas
nos incisos III a V do art. 53 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº
10.792, de 1º.12.2003)
Circunstâncias preliminares para aplicação
das sanções
Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição
de direitos não poderão exceder a trinta dias,
ressalvada a hipótese do regime disciplinar
diferenciado. (Redação dada pela Lei nº
10.792, de 1º.12.2003)
Parágrafo único. O isolamento será sempre
comunicado ao Juiz da execução.
Das faltas
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves,
médias e graves. A legislação local especificará
as leves e médias, bem assim as respectivas
sanções.
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção
correspondente à falta consumada.
Comete falta grave o condenado à pena privativa
de liberdade
Art. 50. Comete falta grave o condenado à
pena privativa de liberdade que:
I - incitar ou participar de movimento para
subverter a ordem ou a disciplina;
II - fugir;
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz
de ofender a integridade física de outrem;
IV - provocar acidente de trabalho;
Comete falta grave o condenado à pena privativa de
liberdade
V - descumprir, no regime aberto, as condições
impostas;
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V,
do artigo 39, desta Lei.
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho
telefônico, de rádio ou similar, que permita a
comunicação com outros presos ou com o ambiente
externo. (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007)
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no
que couber, ao preso provisório.
Falta grave o condenado à pena restritiva de
direitos
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena
restritiva de direitos que:
I - descumprir, injustificadamente, a restrição
imposta;
II - retardar, injustificadamente, o cumprimento
da obrigação imposta;
III - inobservar os deveres previstos nos incisos
II e V, do artigo 39, desta Lei.
Falta Grave
Art. 52. A prática de fato previsto como crime
doloso constitui falta grave e, quando
ocasione subversão da ordem ou disciplina
internas, sujeita o preso provisório, ou
condenado, sem prejuízo da sanção penal,
ao regime disciplinar diferenciado, com as
seguintes características: (Redação dada
pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Do Regime Disciplinar Diferenciado
• Conceito do RDD
O RDD não é uma quarta espécie de regime de
cumprimento de pena, mas sim a mais severa
sanção disciplinar imposta ao preso autor de
falta grave.
Características
2.1) Temporal
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias,
sem prejuízo de repetição da sanção por nova
falta grave de mesma espécie, até o limite de um
sexto da pena aplicada; (Incluído pela Lei nº
10.792, de 1º.12.2003)
Características
2.2) Recolhimento em cela Individual
II - recolhimento em cela individual; (Incluído
pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Características
2.3) Visita Semanal
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar
as crianças, com duração de duas horas;
(Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Características
2.4) Banho de sol
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2
horas diárias para banho de sol. (Incluído
pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003).
Hipóteses de Cabimento
Art. 52. A prática de fato previsto como
crime doloso constitui falta grave e,
quando ocasione subversão da ordem ou
disciplina internas, sujeita o preso
provisório, ou condenado, sem prejuízo da
sanção penal, ao regime disciplinar
diferenciado, com as seguintes
características: (Redação dada pela Lei nº
10.792, de 1º.12.2003)
Hipóteses de Cabimento
§ 1o O regime disciplinar diferenciado
também poderá abrigar presos provisórios
ou condenados, nacionais ou
estrangeiros, que apresentem alto risco
para a ordem e a segurança do
estabelecimento penal ou da sociedade.
(Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Hipóteses de Cabimento
§ 2o Estará igualmente sujeito ao regime
disciplinar diferenciado o preso provisório
ou o condenado sob o qual recaiam
fundadas suspeitas de envolvimento ou
participação, a qualquer título, em
organizações criminosas, quadrilha ou
bando. (Incluído pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003)
Procedimento de Inclusão no RDD
Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão aplicadas
por ato motivado do diretor do estabelecimento e a do inciso
V, por prévio e fundamentado despacho do juiz competente.
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 1o A autorização para a inclusão do preso em regime
disciplinar dependerá de requerimento circunstanciado
elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra autoridade
administrativa. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 2o A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime
disciplinar será precedida de manifestação do Ministério
Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de quinze
dias. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
RDD Preventivo
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o
isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez
dias. A inclusão do preso no regime disciplinar
diferenciado, no interesse da disciplina e da
averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz
competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003)
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão
preventiva no regime disciplinar diferenciado será
computado no período de cumprimento da sanção
disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003)
Do Trabalho
CAPÍTULO III
Do Trabalho
SEÇÃO I
Disposições Gerais
• Art. 28. O trabalho do condenado, como
dever social e condição de dignidade
humana, terá finalidade educativa e
produtiva.
•
1º Aplicam-se à organização e aos métodos de
trabalho as precauções relativas à
segurança e à higiene.
2º O trabalho do preso não está sujeito ao
regime da Consolidação das Leis do
Trabalho.
• Art. 29. O trabalho do preso será
remunerado, mediante prévia tabela, não
podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) do
salário mínimo.
• § 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender:
a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados
judicialmente e não reparados por outros meios;
b) à assistência à família;
c) a pequenas despesas pessoais;
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção
do condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação
prevista nas letras anteriores.
§ 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante
para constituição do pecúlio, em Caderneta de Poupança, que será
entregue ao condenado quando posto em liberdade.
SEÇÃO II
Do Trabalho Interno
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está
obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e
capacidade.
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é
obrigatório e só poderá ser executado no interior do
estabelecimento.
Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta
a habilitação, a condição pessoal e as necessidades futuras
do preso, bem como as oportunidades oferecidas pelo
mercado.
1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem
expressão econômica, salvo nas regiões de turismo.
§ 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar
ocupação adequada à sua idade.
§ 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão
atividades apropriadas ao seu estado.
Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis)
nem superior a 8 (oito) horas, com descanso nos domingos e
feriados.
Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de
trabalho aos presos designados para os serviços de
conservação e manutenção do estabelecimento penal.
Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou
empresa pública, com autonomia administrativa, e terá por
objetivo a formação profissional do condenado.
• § 1o. Nessa hipótese, incumbirá à entidade
gerenciadora promover e supervisionar a produção, com
critérios e métodos empresariais, encarregar-se de sua
comercialização, bem como suportar despesas, inclusive
pagamento de remuneração adequada. (Renumerado pela
Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
• § 2o Os governos federal, estadual e municipal poderão
celebrar convênio com a iniciativa privada, para implantação
de oficinas de trabalho referentes a setores de apoio dos
presídios. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
•
• Art. 35. Os órgãos da Administração Direta ou
Indireta da União, Estados, Territórios, Distrito
Federal e dos Municípios adquirirão, com
dispensa de concorrência pública, os bens ou
produtos do trabalho prisional, sempre que não
for possível ou recomendável realizar-se a
venda a particulares.
• Parágrafo único. Todas as importâncias
arrecadadas com as vendas reverterão em favor
da fundação ou empresa pública a que alude o
artigo anterior ou, na sua falta, do
estabelecimento penal.
SEÇÃO III
Do Trabalho Externo Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos
em regime fechado somente em serviço ou obras
públicas realizadas por órgãos da Administração Direta
ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas
as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina.
• § 1º O limite máximo do número de presos será de
10% (dez por cento) do total de empregados na obra.
§ 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à
empresa empreiteira a remuneração desse trabalho.
§ 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do
consentimento expresso do preso.
Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela
direção do estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina
e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um
sexto) da pena.
• Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho
externo ao preso que vier a praticar fato definido como crime,
for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário
aos requisitos estabelecidos neste artigo.
Da Remição
SEÇÃO IV
DA REMIÇÃO Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado
ou semi-aberto poderá remir, pelo trabalho, parte do tempo
de execução da pena.
§ 1º A contagem do tempo para o fim deste artigo será feita à
razão de 1 (um) dia de pena por 3 (três) de trabalho.
§ 2º O preso impossibilitado de prosseguir no trabalho, por
acidente, continuará a beneficiar-se com a remição.
§ 3º A remição será declarada pelo Juiz da execução, ouvido o
Ministério Público.
Art. 127. O condenado que for punido por falta grave perderá o direito ao
tempo remido, começando o novo período a partir da data da infração
disciplinar.
Art. 128. O tempo remido será computado para a concessão de livramento
condicional e indulto.
Art. 129. A autoridade administrativa encaminhará mensalmente ao Juízo da
execução cópia do registro de todos os condenados que estejam
trabalhando e dos dias de trabalho de cada um deles.
Art. 129. A autoridade administrativa encaminhará, mensalmente, ao Juízo
da execução, ao Ministério Público e à Defensoria Pública cópia do
registro de todos os condenados que estejam trabalhando e dos dias de
trabalho de cada um deles. (Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010).
• Parágrafo único. Ao condenado dar-se-á relação de seus dias
remidos.
• Art. 130. Constitui o crime do artigo 299
do Código Penal declarar ou atestar
falsamente prestação de serviço para fim
de instruir pedido de remição.
Da assistência
CAPÍTULO II
DA ASSISTÊNCIA
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado
é dever do Estado, objetivando prevenir o
crime e orientar o retorno à convivência em
sociedade.
Parágrafo único. A assistência estende-se ao
egresso.
Art. 26. Considera-se egresso para os
efeitos desta Lei:
I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um)
ano a contar da saída do
estabelecimento;
II - o liberado condicional, durante o
período de prova.
Art. 11. A assistência será
I - material;
II - à saúde;
III -jurídica;
IV - educacional;
V - social;
VI - religiosa.
SEÇÃO II
Da Assistência Material
Art. 12. A assistência material ao preso e ao
internado consistirá no fornecimento de
alimentação, vestuário e instalações higiênicas.
Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e
serviços que atendam aos presos nas suas
necessidades pessoais, além de locais destinados
à venda de produtos e objetos permitidos e não
fornecidos pela Administração.
SEÇÃO III
Da Assistência à Saúde
Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de
caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento
médico, farmacêutico e odontológico.
§ 1º (Vetado).
§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado
para prover a assistência médica necessária, esta será
prestada em outro local, mediante autorização da direção do
estabelecimento.
§ 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher,
principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao
recém-nascido. (Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009)
SEÇÃO IV
Da Assistência Jurídica
Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem recursos
financeiros para constituir advogado.
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica nos
estabelecimentos penais.
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica,
integral e gratuita, pela Defensoria Pública, dentro e fora dos estabelecimentos
penais. (Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010).
§ 1o As Unidades da Federação deverão prestar auxílio estrutural, pessoal e
material à Defensoria Pública, no exercício de suas funções, dentro e fora dos
estabelecimentos penais. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
§ 2o Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apropriado destinado ao
atendimento pelo Defensor Público. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
§ 3o Fora dos estabelecimentos penais, serão implementados Núcleos
Especializados da Defensoria Pública para a prestação de assistência jurídica
integral e gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e seus
familiares, sem recursos financeiros para constituir advogado. (Incluído pela Lei nº
12.313, de 2010).
SEÇÃO V
Da Assistência Educacional
Art. 17. A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a
formação profissional do preso e do internado.
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema
escolar da Unidade Federativa.
Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de
aperfeiçoamento técnico.
Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino profissional adequado à
sua condição.
Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com
entidades públicas ou particulares, que instalem escolas ou ofereçam
cursos especializados.
Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada
estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas as categorias de
reclusos, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos.
SEÇÃO VI
Da Assistência Social
Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado e
prepará-los para o retorno à liberdade.
Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social:
I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames;
II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades
enfrentadas pelo assistido;
III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias;
IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação;
V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do
liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade;
VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e
do seguro por acidente no trabalho;
VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da
vítima.
SEÇÃO VII
Da Assistência Religiosa
Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será
prestada aos presos e aos internados, permitindo-se-lhes a
participação nos serviços organizados no estabelecimento
penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa.
§ 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os
cultos religiosos.
§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a
participar de atividade religiosa.
Da autorização de saída
SEÇÃO III
DAS AUTORIZAÇÕES DE SAÍDA
SUBSEÇÃO I
DA PERMISSÃO DE SAÍDA
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-
aberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do
estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes
fatos:
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente,
descendente ou irmão;
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 14).
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do
estabelecimento onde se encontra o preso.
Art. 121. A permanência do preso fora do estabelecimento terá a duração
necessária à finalidade da saída.
DA SAÍDA TEMPORÁRIA Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto
poderão obter autorização para saída temporária do
estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos:
I - visita à família;
II - freqüência a curso supletivo profissionalizante, bem como de
instrução do 2º grau ou superior, na Comarca do Juízo da
Execução;
III - participação em atividades que concorram para o retorno ao
convívio social.
Parágrafo único. A ausência de vigilância direta não impede a
utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo
condenado, quando assim determinar o juiz da execução. (Incluído
pela Lei nº 12.258, de 2010)
•
Art. 123. A autorização será concedida por ato motivado do Juiz
da execução, ouvidos o Ministério Público e a administração
penitenciária e dependerá da satisfação dos seguintes
requisitos:
I - comportamento adequado;
II - cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o
condenado for primário, e 1/4 (um quarto), se reincidente;
III - compatibilidade do benefício com os objetivos da pena.
Art. 124. A autorização será concedida por prazo não superior a
7 (sete) dias, podendo ser renovada por mais 4 (quatro)
vezes durante o ano.
Parágrafo único. Quando se tratar de freqüência a curso
profissionalizante, de instrução de 2º grau ou superior, o
tempo de saída será o necessário para o cumprimento das
atividades discentes.
§ 1o Ao conceder a saída temporária, o juiz imporá ao beneficiário as
seguintes condições, entre outras que entender compatíveis com as
circunstâncias do caso e a situação pessoal do condenado: (Incluído pela
Lei nº 12.258, de 2010)
I - fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde
poderá ser encontrado durante o gozo do benefício; (Incluído pela Lei nº
12.258, de 2010)
II - recolhimento à residência visitada, no período noturno; (Incluído pela Lei
nº 12.258, de 2010)
III - proibição de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos
congêneres. (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
§ 2o Quando se tratar de frequência a curso profissionalizante, de
instrução de ensino médio ou superior, o tempo de saída será o
necessário para o cumprimento das atividades
discentes. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 12.258, de
2010)
§ 3o Nos demais casos, as autorizações de saída somente poderão ser
concedidas com prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias de
intervalo entre uma e outra. (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
Art. 125. O benefício será automaticamente revogado quando o
condenado praticar fato definido como crime doloso, for punido por
falta grave, desatender as condições impostas na autorização ou
revelar baixo grau de aproveitamento do curso.
Parágrafo único. A recuperação do direito à saída temporária dependerá
da absolvição no processo penal, do cancelamento da punição
disciplinar ou da demonstração do merecimento do condenado.
SEÇÃO VI
DA MONITORAÇÃO ELETRÔNICA
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.258, DE 2010)
Art. 146-A. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por meio da
monitoração eletrônica quando: (Incluído pela Lei nº 12.258,
de 2010)
I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
II - autorizar a saída temporária no regime semi-
aberto; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
III - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
IV - determinar a prisão domiciliar; (Incluído pela Lei nº 12.258,
de 2010)
V - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.258, de
2010)
Art. 146-C. O condenado será instruído acerca dos cuidados
que deverá adotar com o equipamento eletrônico e dos
seguintes deveres: (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
I - receber visitas do servidor responsável pela monitoração
eletrônica, responder aos seus contatos e cumprir suas
orientações; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
II - abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de
qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica ou de
permitir que outrem o faça; (Incluído pela Lei nº 12.258, de
2010)
III - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
Parágrafo único. A violação comprovada dos deveres previstos
neste artigo poderá acarretar, a critério do juiz da execução,
ouvidos o Ministério Público e a defesa: (Incluído pela Lei nº
12.258, de 2010)
I - a regressão do regime; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
II - a revogação da autorização de saída temporária; (Incluído
pela Lei nº 12.258, de 2010)
III - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
IV - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
V - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
VI - a revogação da prisão domiciliar; (Incluído pela Lei nº
12.258, de 2010)
VII - advertência, por escrito, para todos os casos em que
o juiz da execução decida não aplicar alguma das
medidas previstas nos incisos de I a VI deste
parágrafo. (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
Art. 146-D. A monitoração eletrônica poderá ser
revogada: (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
I - quando se tornar desnecessária ou
inadequada; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
II - se o acusado ou condenado violar os deveres a que
estiver sujeito durante a sua vigência ou cometer falta
grave. (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010).
TÍTULO IV
DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 82. Os estabelecimentos penais destinam-se ao condenado, ao
submetido à medida de segurança, ao preso provisório e ao egresso.
§ 1º - A mulher será recolhida a estabelecimento próprio e adequando à sua
condição pessoal.
§ 1° A mulher e o maior de sessenta anos, separadamente, serão
recolhidos a estabelecimento próprio e adequado à sua condição pessoal.
(Redação dada pela Lei nº 9.460, de 04/06/97)
§ 2º - O mesmo conjunto arquitetônico poderá abrigar estabelecimentos de
destinação diversa desde que devidamente isolados.
Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza, deverá contar em
suas dependências com áreas e serviços destinados a dar assistência,
educação, trabalho, recreação e prática esportiva.
§ 1º Haverá instalação destinada a estágio de estudantes universitários.
(Renumerado pela Lei nº 9.046, de 18/05/95)
§ 2º Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de
berçário, onde as condenadas possam amamentar seus filhos. (Incluído
pela Lei nº 9.046, de 18/05/95)
§ 2o Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de
berçário, onde as condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive
amamentá-los, no mínimo, até 6 (seis) meses de idade. (Redação dada
pela Lei nº 11.942, de 2009)
§ 3o Os estabelecimentos de que trata o § 2o deste artigo deverão
possuir, exclusivamente, agentes do sexo feminino na segurança de
suas dependências internas. (Incluído pela Lei nº 12.121, de 2009).
§ 4o Serão instaladas salas de aulas destinadas a cursos do ensino básico
e profissionalizante.(Incluído pela Lei nº 12.245, de 2010)
§ 5o Haverá instalação destinada à Defensoria Pública. (Incluído pela Lei
nº 12.313, de 2010).
•
Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por sentença
transitada em julgado.
§ 1° O preso primário cumprirá pena em seção distinta daquela reservada
para os reincidentes.
§ 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da
Justiça Criminal ficará em dependência separada.
Art. 85. O estabelecimento penal deverá ter lotação compatível com a sua
estrutura e finalidade.
Parágrafo único. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária
determinará o limite máximo de capacidade do estabelecimento,
atendendo a sua natureza e peculiaridades.
Art. 86. As penas privativas de liberdade aplicadas pela Justiça de uma
Unidade Federativa podem ser executadas em outra unidade, em
estabelecimento local ou da União
§ 1° A União Federal poderá construir estabelecimento penal em local
distante da condenação para recolher, mediante decisão judicial, os
condenados à pena superior a 15 (quinze) anos, quando a medida se
justifique no interesse da segurança pública ou do próprio condenado.
• § 1o A União Federal poderá construir estabelecimento penal em
local distante da condenação para recolher os condenados, quando a
medida se justifique no interesse da segurança pública ou do próprio
condenado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
• § 2° Conforme a natureza do estabelecimento, nele poderão
trabalhar os liberados ou egressos que se dediquem a obras públicas ou
ao aproveitamento de terras ociosas.
• § 3o Caberá ao juiz competente, a requerimento da autoridade
administrativa definir o estabelecimento prisional adequado para abrigar
o preso provisório ou condenado, em atenção ao regime e aos requisitos
estabelecidos. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
CAPÍTULO II
DA PENITENCIÁRIA
Art. 87. A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em
regime fechado.
Parágrafo único. A União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os
Territórios poderão construir Penitenciárias destinadas, exclusivamente,
aos presos provisórios e condenados que estejam em regime fechado,
sujeitos ao regime disciplinar diferenciado, nos termos do art. 52 desta
Lei. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório,
aparelho sanitário e lavatório.
Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular:
a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração,
insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana;
b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados).
Art. 89. Além dos requisitos referidos no artigo anterior, a penitenciária de
mulheres poderá ser dotada de seção para gestante e parturiente e de
creche com a finalidade de assistir ao menor desamparado cuja
responsável esteja presa.
Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciária de mulheres
será dotada de seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar
crianças maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a
finalidade de assistir a criança desamparada cuja responsável estiver
presa. (Redação dada pela Lei nº 11.942, de 2009)
Parágrafo único. São requisitos básicos da seção e da creche referidas
neste artigo: (Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009)
I – atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as diretrizes
adotadas pela legislação educacional e em unidades autônomas; e
(Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009)
II – horário de funcionamento que garanta a melhor assistência à criança e à
sua responsável. (Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009)
Art. 90. A penitenciária de homens será
construída, em local afastado do centro
urbano, à distância que não restrinja a
visitação.
CAPÍTULO III
DA COLÔNIA AGRÍCOLA, INDUSTRIAL OU SIMILAR
Art. 91. A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar destina-se ao cumprimento
da pena em regime semi-aberto.
Art. 92. O condenado poderá ser alojado em compartimento coletivo,
observados os requisitos da letra a, do parágrafo único, do artigo 88, desta
Lei.
Parágrafo único. São também requisitos básicos das dependências coletivas:
a) a seleção adequada dos presos;
b) o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos de individualização
da pena.
• CAPÍTULO IV
• DA CASA DO ALBERGADO
Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de pena
privativa de liberdade, em regime aberto, e da pena de limitação de
fim de semana.
Art. 94. O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos
demais estabelecimentos, e caracterizar-se pela ausência de
obstáculos físicos contra a fuga.
Art. 95. Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do Albergado,
a qual deverá conter, além dos aposentos para acomodar os
presos, local adequado para cursos e palestras.
Parágrafo único. O estabelecimento terá instalações para os serviços
de fiscalização e orientação dos condenados.
• CAPÍTULO V
• DO CENTRO DE OBSERVAÇÃO
• Art. 96. No Centro de Observação realizar-se-ão os
exames gerais e o criminológico, cujos resultados serão
encaminhados à Comissão Técnica de Classificação.
• Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas
pesquisas criminológicas.
• Art. 97. O Centro de Observação será instalado em
unidade autônoma ou em anexo a estabelecimento penal.
• Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela
Comissão Técnica de Classificação, na falta do Centro de
Observação.
CAPÍTULO VI
DO HOSPITAL DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO
Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico
destina-se aos inimputáveis e semi-imputáveis referidos no
artigo 26 e seu parágrafo único do Código Penal.
Parágrafo único. Aplica-se ao hospital, no que couber, o
disposto no parágrafo único, do artigo 88, desta Lei.
Art. 100. O exame psiquiátrico e os demais exames necessários
ao tratamento são obrigatórios para todos os internados.
Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto no artigo 97,
segunda parte, do Código Penal, será realizado no Hospital
de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ou em outro local com
dependência médica adequada.
CAPÍTULO VII
DA CADEIA PÚBLICA
Art. 102. A cadeia pública destina-se ao recolhimento de
presos provisórios.
Art. 103. Cada comarca terá, pelo menos 1 (uma) cadeia
pública a fim de resguardar o interesse da
Administração da Justiça Criminal e a permanência do
preso em local próximo ao seu meio social e familiar.
Art. 104. O estabelecimento de que trata este Capítulo
será instalado próximo de centro urbano, observando-se
na construção as exigências mínimas referidas no artigo
88 e seu parágrafo único desta Lei.
TÍTULO VI
Da Execução das Medidas de Segurança
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 171. Transitada em julgado a sentença que aplicar medida de segurança, será ordenada a
expedição de guia para a execução.
Art. 172. Ninguém será internado em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, ou
submetido a tratamento ambulatorial, para cumprimento de medida de segurança, sem a
guia expedida pela autoridade judiciária.
Art. 173. A guia de internamento ou de tratamento ambulatorial, extraída pelo escrivão, que a
rubricará em todas as folhas e a subscreverá com o Juiz, será remetida à autoridade
administrativa incumbida da execução e conterá:
I - a qualificação do agente e o número do registro geral do órgão oficial de identificação;
II - o inteiro teor da denúncia e da sentença que tiver aplicado a medida de segurança, bem
como a certidão do trânsito em julgado;
III - a data em que terminará o prazo mínimo de internação, ou do tratamento ambulatorial;
IV - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao adequado tratamento ou
internamento.
§ 1° Ao Ministério Público será dada ciência da guia de recolhimento
e de sujeição a tratamento.
§ 2° A guia será retificada sempre que sobrevier modificações
quanto ao prazo de execução.
Art. 174. Aplicar-se-á, na execução da medida de segurança, naquilo
que couber, o disposto nos artigos 8° e 9° desta Lei.
CAPÍTULO II
Da Cessação da Periculosidade
Art. 175. A cessação da periculosidade será averiguada no fim do prazo mínimo de
duração da medida de segurança, pelo exame das condições pessoais do agente,
observando-se o seguinte:
I - a autoridade administrativa, até 1 (um) mês antes de expirar o prazo de duração
mínima da medida, remeterá ao Juiz minucioso relatório que o habilite a resolver
sobre a revogação ou permanência da medida;
II - o relatório será instruído com o laudo psiquiátrico;
III - juntado aos autos o relatório ou realizadas as diligências, serão ouvidos,
sucessivamente, o Ministério Público e o curador ou defensor, no prazo de 3 (três)
dias para cada um;
IV - o Juiz nomeará curador ou defensor para o agente que não o tiver;
V - o Juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, poderá determinar
novas diligências, ainda que expirado o prazo de duração mínima da medida de
segurança;
VI - ouvidas as partes ou realizadas as diligências a que se refere o inciso anterior, o
Juiz proferirá a sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias.
• Art. 176. Em qualquer tempo, ainda no decorrer do prazo mínimo de
duração da medida de segurança, poderá o Juiz da execução, diante de
requerimento fundamentado do Ministério Público ou do interessado, seu
procurador ou defensor, ordenar o exame para que se verifique a
cessação da periculosidade, procedendo-se nos termos do artigo
anterior.
• Art. 177. Nos exames sucessivos para verificar-se a cessação da
periculosidade, observar-se-á, no que lhes for aplicável, o disposto no
artigo anterior.
• Art. 178. Nas hipóteses de desinternação ou de liberação (artigo 97,
§ 3º, do Código Penal), aplicar-se-á o disposto nos artigos 132 e 133
desta Lei.
• Art. 179. Transitada em julgado a sentença, o Juiz expedirá ordem
para a desinternação ou a liberação.
Progressão e Regressão
• Dos Regimes
• Art. 110. O Juiz, na sentença, estabelecerá o regime no qual o condenado
iniciará o cumprimento da pena privativa de liberdade, observado o
disposto no artigo 33 e seus parágrafos do Código Penal.
• Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo
processo ou em processos distintos, a determinação do regime de
cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas,
observada, quando for o caso, a detração ou remição.
• Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da execução, somar-
se-á a pena ao restante da que está sendo cumprida, para determinação
do regime.
• Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva, com
a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo Juiz, quando
o preso tiver cumprido ao menos 1/6 (um sexto) da pena no regime anterior e seu
mérito indicar a progressão.
Parágrafo único. A decisão será motivada e precedida de parecer da Comissão
Técnica de Classificação e do exame criminológico, quando necessário.
• Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com
a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o
preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar
bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento,
respeitadas as normas que vedam a progressão. (Redação dada pela Lei nº
10.792, de 1º.12.2003) § 1o A decisão será sempre motivada e precedida de
manifestação do Ministério Público e do defensor. (Redação dada pela Lei nº
10.792, de 1º.12.2003) § 2o Idêntico procedimento será adotado na concessão de
livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos
previstos nas normas vigentes. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003
• Art. 113. O ingresso do condenado em regime aberto supõe a
aceitação de seu programa e das condições impostas pelo Juiz.
• Art. 114. Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado
que:
• I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo
imediatamente;
• II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos
exames a que foi submetido, fundados indícios de que irá ajustar-
se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo
regime.
• Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do trabalho as pessoas
referidas no artigo 117 desta Lei.
• Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a
concessão de regime aberto, sem prejuízo das seguintes condições
gerais e obrigatórias:
• I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos
dias de folga;
• II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados;
• III - não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização
judicial;
• IV - comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas
atividades, quando for determinado.
• Art. 116. O Juiz poderá modificar as condições estabelecidas, de
ofício, a requerimento do Ministério Público, da autoridade
administrativa ou do condenado, desde que as circunstâncias assim
o recomendem.
• Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em
residência particular quando se tratar de:
• I - condenado maior de 70 (setenta) anos;
• II - condenado acometido de doença grave;
• III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
• IV - condenada gestante.
• Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma
regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando
o condenado:
• I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
• II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena
em execução, torne incabível o regime (artigo 111).
• § 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses
referidas nos incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar,
podendo, a multa cumulativamente imposta.
• § 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido
previamente o condenado.
• Art. 119. A legislação local poderá
estabelecer normas complementares para
o cumprimento da pena privativa de
liberdade em regime aberto (artigo 36, §
1º, do Código Penal).
Da conversão
• Das Conversões
• Art. 180. A pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos,
poderá ser convertida em restritiva de direitos, desde que:
• I - o condenado a esteja cumprindo em regime aberto;
• II - tenha sido cumprido pelo menos 1/4 (um quarto) da pena;
• III - os antecedentes e a personalidade do condenado indiquem ser
a conversão recomendável.
• Art. 181. A pena restritiva de direitos será convertida em privativa de
liberdade nas hipóteses e na forma do artigo 45 e seus incisos do Código
Penal.
• § 1º A pena de prestação de serviços à comunidade será convertida
quando o condenado:
• a) não for encontrado por estar em lugar incerto e não sabido, ou
desatender a intimação por edital;
• b) não comparecer, injustificadamente, à entidade ou programa em que
deva prestar serviço;
• c) recusar-se, injustificadamente, a prestar o serviço que lhe foi imposto;
• d) praticar falta grave;
• e) sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade, cuja
execução não tenha sido suspensa.
• § 2º A pena de limitação de fim de semana será convertida quando o
condenado não comparecer ao estabelecimento designado para o
cumprimento da pena, recusar-se a exercer a atividade determinada pelo
Juiz ou se ocorrer qualquer das hipóteses das letras "a", "d" e "e" do
parágrafo anterior.
• § 3º A pena de interdição temporária de direitos será convertida quando o
condenado exercer, injustificadamente, o direito interditado ou se ocorrer
qualquer das hipóteses das letras "a" e "e", do § 1º, deste artigo.
• Art. 182. A pena de multa será convertida em detenção, na forma prevista
pelo artigo 51 do Código Penal. (Artigo revogado pela Lei nº 9.268, de
1.4.1996)
§ 1º Na conversão, a cada dia-multa corresponderá 1 (um) dia de
detenção, cujo tempo de duração não poderá ser superior a 1 (um) ano.
• § 2º A conversão tornar-se-á sem efeito se, a qualquer tempo, for
paga a multa. Art. 183. Quando, no curso da execução da pena
privativa de liberdade, sobrevier doença mental ou perturbação da
saúde mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público
ou da autoridade administrativa, poderá determinar a substituição
da pena por medida de segurança.
• Art. 183. Quando, no curso da execução da pena privativa de
liberdade, sobrevier doença mental ou perturbação da saúde
mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, da
Defensoria Pública ou da autoridade administrativa, poderá
determinar a substituição da pena por medida de segurança.
(Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010).
• Art. 184. O tratamento ambulatorial poderá ser convertido em
internação se o agente revelar incompatibilidade com a medida.
• Parágrafo único. Nesta hipótese, o prazo mínimo de internação será
de 1 (um) ano.
Órgãos da execução penal • Dos Órgãos da Execução Penal
• CAPÍTULO I
• Disposições Gerais
• Art. 61. São órgãos da execução penal:
• I - o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária;
• II - o Juízo da Execução;
• III - o Ministério Público;
• IV - o Conselho Penitenciário;
• V - os Departamentos Penitenciários;
• VI - o Patronato;
• VII - o Conselho da Comunidade.
• VIII - a Defensoria Pública. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
Do Conselho Nacional de
Política Criminal e Penitenciária
• Art. 62. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, com sede na
Capital da República, é subordinado ao Ministério da Justiça.
• Art. 63. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária será integrado
por 13 (treze) membros designados através de ato do Ministério da Justiça,
dentre professores e profissionais da área do Direito Penal, Processual Penal,
Penitenciário e ciências correlatas, bem como por representantes da
comunidade e dos Ministérios da área social.
• Parágrafo único. O mandato dos membros do Conselho terá duração de 2 (dois)
anos, renovado 1/3 (um terço) em cada ano.
• Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, no exercício
de suas atividades, em âmbito federal ou estadual, incumbe:
• I - propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do delito,
administração da Justiça Criminal e execução das penas e das medidas de
segurança;
• II - contribuir na elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo
as metas e prioridades da política criminal e penitenciária;
• III - promover a avaliação periódica do sistema criminal para a sua adequação às
necessidades do País;
• IV - estimular e promover a pesquisa criminológica;
• V - elaborar programa nacional penitenciário de formação e aperfeiçoamento do
servidor;
• VI - estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de estabelecimentos
penais e casas de albergados;
• VII - estabelecer os critérios para a elaboração da estatística criminal;
• VIII - inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais, bem assim informar-se,
mediante relatórios do Conselho Penitenciário, requisições, visitas ou outros
meios, acerca do desenvolvimento da execução penal nos Estados, Territórios e
Distrito Federal, propondo às autoridades dela incumbida as medidas necessárias
ao seu aprimoramento;
• IX - representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para
instauração de sindicância ou procedimento administrativo, em caso de violação
das normas referentes à execução penal;
• X - representar à autoridade competente para a interdição, no todo ou em parte, de
estabelecimento penal.
Do Juízo da Execução
• Art. 65. A execução penal competirá ao Juiz indicado na lei local de
organização judiciária e, na sua ausência, ao da sentença.
• Art. 66. Compete ao Juiz da execução:
• I - aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo
favorecer o condenado;
• II - declarar extinta a punibilidade;
• III - decidir sobre:
• a) soma ou unificação de penas;
• b) progressão ou regressão nos regimes;
• c) detração e remição da pena;
• d) suspensão condicional da pena;
• e) livramento condicional;
• f) incidentes da execução.
• IV - autorizar saídas temporárias;
• , de 13.8.2003)
• V - determinar:
• a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e fiscalizar
sua execução;
• b) a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em privativa
de liberdade;
• c) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de
direitos;
• d) a aplicação da medida de segurança, bem como a substituição
da pena por medida de segurança;
• e) a revogação da medida de segurança;
• f) a desinternação e o restabelecimento da situação anterior;
• g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra
comarca;
• h) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º, do artigo
86, desta Lei.
• i) (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
• VI - zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de
segurança;
• VII - inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais,
tomando providências para o adequado funcionamento e
promovendo, quando for o caso, a apuração de responsabilidade;
• VIII - interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que
estiver funcionando em condições inadequadas ou com infringência
aos dispositivos desta Lei;
• IX - compor e instalar o Conselho da Comunidade.
• X – emitir anualmente atestado de pena a cumprir. (Incluído pela Lei
nº 10.713
Do Ministério Público
• Art. 67. O Ministério Público fiscalizará a execução da pena e da medida de
segurança, oficiando no processo executivo e nos incidentes da execução.
• Art. 68. Incumbe, ainda, ao Ministério Público:
• I - fiscalizar a regularidade formal das guias de recolhimento e de internamento;
• II - requerer:
• a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo executivo;
• b) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de execução;
• c) a aplicação de medida de segurança, bem como a substituição da pena por
medida de segurança;
• d) a revogação da medida de segurança;
• e) a conversão de penas, a progressão ou regressão nos regimes e a revogação
da suspensão condicional da pena e do livramento condicional;
• f) a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior.
• III - interpor recursos de decisões
proferidas pela autoridade judiciária,
durante a execução.
• Parágrafo único. O órgão do Ministério
Público visitará mensalmente os
estabelecimentos penais, registrando a
sua presença em livro próprio.
Do Conselho Penitenciário
• Art. 69. O Conselho Penitenciário é órgão consultivo e fiscalizador da execução da
pena.
• § 1º O Conselho será integrado por membros nomeados pelo Governador do
Estado, do Distrito Federal e dos Territórios, dentre professores e profissionais da
área do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem
como por representantes da comunidade. A legislação federal e estadual regulará
o seu funcionamento.
• § 2º O mandato dos membros do Conselho Penitenciário terá a duração de 4
(quatro) anos.
• Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenciário:
• I - emitir parecer sobre livramento condicional, indulto e comutação de pena; I -
emitir parecer sobre indulto e comutação de pena, excetuada a hipótese de pedido
de indulto com base no estado de saúde do preso; (Redação dada pela Lei nº
10.792, de 1º.12.2003) II - inspecionar os estabelecimentos e serviços penais;
• III - apresentar, no 1º (primeiro) trimestre de cada ano, ao Conselho Nacional de
Política Criminal e Penitenciária, relatório dos trabalhos efetuados no exercício
anterior;
• IV - supervisionar os patronatos, bem como a assistência aos egressos.
Dos Departamentos Penitenciários
SEÇÃO I
Do Departamento Penitenciário Nacional
• Art. 71. O Departamento Penitenciário Nacional, subordinado ao
Ministério da Justiça, é órgão executivo da Política Penitenciária
Nacional e de apoio administrativo e financeiro do Conselho
Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
• Art. 72. São atribuições do Departamento Penitenciário Nacional:
• I - acompanhar a fiel aplicação das normas de execução penal em
todo o Território Nacional;
• II - inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e
serviços penais;
• III - assistir tecnicamente as Unidades Federativas na
implementação dos princípios e regras estabelecidos nesta Lei;
• IV - colaborar com as Unidades Federativas mediante convênios, na
implantação de estabelecimentos e serviços penais;
• V - colaborar com as Unidades Federativas para a realização de
cursos de formação de pessoal penitenciário e de ensino
profissionalizante do condenado e do internado.
• VI – estabelecer, mediante convênios com as unidades federativas,
o cadastro nacional das vagas existentes em estabelecimentos
locais destinadas ao cumprimento de penas privativas de liberdade
aplicadas pela justiça de outra unidade federativa, em especial para
presos sujeitos a regime disciplinar. (Incluído pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003) Parágrafo único. Incumbem também ao Departamento
a coordenação e supervisão dos estabelecimentos penais e de
internamento federais.
• SEÇÃO II
• Do Departamento Penitenciário Local
• Art. 73. A legislação local poderá criar Departamento Penitenciário ou
órgão similar, com as atribuições que estabelecer.
• Art. 74. O Departamento Penitenciário local, ou órgão similar, tem por
finalidade supervisionar e coordenar os estabelecimentos penais da
Unidade da Federação a que pertencer.
• SEÇÃO III
• Da Direção e do Pessoal dos Estabelecimentos Penais
• Art. 75. O ocupante do cargo de diretor de estabelecimento deverá
satisfazer os seguintes requisitos:
• I - ser portador de diploma de nível superior de Direito, ou Psicologia, ou
Ciências Sociais, ou Pedagogia, ou Serviços Sociais;
• II - possuir experiência administrativa na área;
• III - ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para o desempenho da
função.
• Parágrafo único. O diretor deverá residir no estabelecimento, ou nas
proximidades, e dedicará tempo integral à sua função.
• Art. 76. O Quadro do Pessoal Penitenciário será organizado em diferentes
categorias funcionais, segundo as necessidades do serviço, com
especificação de atribuições relativas às funções de direção, chefia e
assessoramento do estabelecimento e às demais funções.
• Art. 77. A escolha do pessoal administrativo,
especializado, de instrução técnica e de vigilância
atenderá a vocação, preparação profissional e
antecedentes pessoais do candidato.
• § 1° O ingresso do pessoal penitenciário, bem como a
progressão ou a ascensão funcional dependerão de
cursos específicos de formação, procedendo-se à
reciclagem periódica dos servidores em exercício.
• § 2º No estabelecimento para mulheres somente se
permitirá o trabalho de pessoal do sexo feminino, salvo
quando se tratar de pessoal técnico especializado.
Do Patronato
• Art. 78. O Patronato público ou particular destina-se a
prestar assistência aos albergados e aos egressos
(artigo 26).
• Art. 79. Incumbe também ao Patronato:
• I - orientar os condenados à pena restritiva de direitos;
• II - fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de
serviço à comunidade e de limitação de fim de semana;
• III - colaborar na fiscalização do cumprimento das
condições da suspensão e do livramento condicional
Do Conselho da Comunidade
• Art. 80. Haverá em cada comarca, um Conselho da Comunidade,
composto no mínimo, por 1 (um) representante de associação
comercial ou industrial, 1 (um) advogado indicado pela Seção da
Ordem dos Advogados do Brasil e 1 (um) assistente social
escolhido pela Delegacia Seccional do Conselho Nacional de
Assistentes Sociais.
• Art. 80. Haverá, em cada comarca, um Conselho da Comunidade
composto, no mínimo, por 1 (um) representante de associação
comercial ou industrial, 1 (um) advogado indicado pela Seção da
Ordem dos Advogados do Brasil, 1 (um) Defensor Público indicado
pelo Defensor Público Geral e 1 (um) assistente social escolhido
pela Delegacia Seccional do Conselho Nacional de Assistentes
Sociais. (Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010).
• Parágrafo único. Na falta da representação prevista neste artigo,
ficará a critério do Juiz da execução a escolha dos integrantes do
Conselho.
• Art. 81. Incumbe ao Conselho da Comunidade:
• I - visitar, pelo menos mensalmente, os
estabelecimentos penais existentes na comarca;
• II - entrevistar presos;
• III - apresentar relatórios mensais ao Juiz da
execução e ao Conselho Penitenciário;
• IV - diligenciar a obtenção de recursos materiais
e humanos para melhor assistência ao preso ou
internado, em harmonia com a direção do
estabelecimento.
DA DEFENSORIA PÚBLICA
(Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
• Art. 81-A. A Defensoria Pública velará pela regular execução da pena e da
medida de segurança, oficiando, no processo executivo e nos incidentes da
execução, para a defesa dos necessitados em todos os graus e instâncias,
de forma individual e coletiva. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
• Art. 81-B. Incumbe, ainda, à Defensoria Pública: (Incluído pela Lei nº
12.313, de 2010).
• I - requerer: (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
• a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo
executivo; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
• b) a aplicação aos casos julgados de lei posterior que de qualquer modo
favorecer o condenado; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
• c) a declaração de extinção da punibilidade; (Incluído pela Lei nº 12.313, de
2010).
• d) a unificação de penas; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
• e) a detração e remição da pena; (Incluído pela Lei nº 12.313, de
2010).
• f) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de execução;
(Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
• g) a aplicação de medida de segurança e sua revogação, bem
como a substituição da pena por medida de segurança; (Incluído
pela Lei nº 12.313, de 2010).
• h) a conversão de penas, a progressão nos regimes, a suspensão
condicional da pena, o livramento condicional, a comutação de
pena e o indulto; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
• i) a autorização de saídas temporárias; (Incluído pela Lei nº 12.313,
de 2010).
• j) a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação
anterior; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
• k) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra
comarca; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
• l) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1o do art. 86 desta Lei;
(Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
• II - requerer a emissão anual do atestado de pena a cumprir; (Incluído pela Lei nº
12.313, de 2010).
• III - interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária ou
administrativa durante a execução; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
• IV - representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para
instauração de sindicância ou procedimento administrativo em caso de violação
das normas referentes à execução penal; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
• V - visitar os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado
funcionamento, e requerer, quando for o caso, a apuração de responsabilidade;
(Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
• VI - requerer à autoridade competente a interdição, no todo ou em parte, de
estabelecimento penal. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
• Parágrafo único. O órgão da Defensoria Pública visitará periodicamente os
estabelecimentos penais, registrando a sua presença em livro próprio. (Incluído
pela Lei nº 12.313, de 2010).
Do Livramento Condicional
• Art. 131. O livramento condicional poderá ser concedido pelo Juiz
da execução, presentes os requisitos do artigo 83, incisos e
parágrafo único, do Código Penal, ouvidos o Ministério Público e
Conselho Penitenciário.
• Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições a que
fica subordinado o livramento.
• § 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações
seguintes:
• a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o
trabalho;
• b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação;
• c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem
prévia autorização deste.
• § 2° Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, entre
outras obrigações, as seguintes:
• a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à autoridade incumbida
da observação cautelar e de proteção;
• b) recolher-se à habitação em hora fixada;
• c) não freqüentar determinados lugares.
• d) (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
• Art. 133. Se for permitido ao liberado residir fora da comarca do Juízo da
execução, remeter-se-á cópia da sentença do livramento ao Juízo do lugar para
onde ele se houver transferido e à autoridade incumbida da observação cautelar
e de proteção.
• Art. 134. O liberado será advertido da obrigação de apresentar-se imediatamente
às autoridades referidas no artigo anterior.
• Art. 135. Reformada a sentença denegatória do livramento, os autos baixarão ao
Juízo da execução, para as providências cabíveis.
• Art. 136. Concedido o benefício, será expedida a carta de livramento com a cópia
integral da sentença em 2 (duas) vias, remetendo-se uma à autoridade
administrativa incumbida da execução e outra ao Conselho Penitenciário.
• Art. 137. A cerimônia do livramento condicional será realizada
solenemente no dia marcado pelo Presidente do Conselho
Penitenciário, no estabelecimento onde está sendo cumprida a
pena, observando-se o seguinte:
• I - a sentença será lida ao liberando, na presença dos demais
condenados, pelo Presidente do Conselho Penitenciário ou membro
por ele designado, ou, na falta, pelo Juiz;
• II - a autoridade administrativa chamará a atenção do liberando para
as condições impostas na sentença de livramento;
• III - o liberando declarará se aceita as condições.
• § 1º De tudo em livro próprio, será lavrado termo subscrito por
quem presidir a cerimônia e pelo liberando, ou alguém a seu rogo,
se não souber ou não puder escrever.
• § 2º Cópia desse termo deverá ser remetida ao Juiz da execução.
• Art. 138. Ao sair o liberado do estabelecimento penal, ser-lhe-á
entregue, além do saldo de seu pecúlio e do que lhe pertencer, uma
caderneta, que exibirá à autoridade judiciária ou administrativa,
sempre que lhe for exigida.
• § 1º A caderneta conterá:
• a) a identificação do liberado;
• b) o texto impresso do presente Capítulo;
• c) as condições impostas.
• § 2º Na falta de caderneta, será entregue ao liberado um salvo-
conduto, em que constem as condições do livramento, podendo
substituir-se a ficha de identificação ou o seu retrato pela descrição
dos sinais que possam identificá-lo.
• § 3º Na caderneta e no salvo-conduto deverá haver espaço para
consignar-se o cumprimento das condições referidas no artigo 132
desta Lei.
• Art. 139. A observação cautelar e a proteção realizadas por serviço
social penitenciário, Patronato ou Conselho da Comunidade terão a
finalidade de:
• I - fazer observar o cumprimento das condições especificadas na
sentença concessiva do benefício;
• II - proteger o beneficiário, orientando-o na execução de suas
obrigações e auxiliando-o na obtenção de atividade laborativa.
• Parágrafo único. A entidade encarregada da observação cautelar e
da proteção do liberado apresentará relatório ao Conselho
Penitenciário, para efeito da representação prevista nos artigos 143
e 144 desta Lei.
• Art. 140. A revogação do livramento condicional dar-se-á nas
hipóteses previstas nos artigos 86 e 87 do Código Penal.
• Parágrafo único. Mantido o livramento condicional, na hipótese da
revogação facultativa, o Juiz deverá advertir o liberado ou agravar
as condições.
• Art. 141. Se a revogação for motivada por infração penal anterior à
vigência do livramento, computar-se-á como tempo de cumprimento
da pena o período de prova, sendo permitida, para a concessão de
novo livramento, a soma do tempo das 2 (duas) penas.
• Art. 142. No caso de revogação por outro motivo, não se computará
na pena o tempo em que esteve solto o liberado, e tampouco se
concederá, em relação à mesma pena, novo livramento.
• Art. 143. A revogação será decretada a requerimento do Ministério
Público, mediante representação do Conselho Penitenciário, ou, de
ofício, pelo Juiz, ouvido o liberado.
• Art. 144. O Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, ou
mediante representação do Conselho Penitenciário, e ouvido o
liberado, poderá modificar as condições especificadas na sentença,
devendo o respectivo ato decisório ser lido ao liberado por uma das
autoridades ou funcionários indicados no inciso I, do artigo 137,
desta Lei, observado o disposto nos incisos II e III e §§ 1º e 2º do
mesmo artigo.
• Art. 144. O Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, da
Defensoria Pública ou mediante representação do Conselho
Penitenciário, e ouvido o liberado, poderá modificar as condições
especificadas na sentença, devendo o respectivo ato decisório ser
lido ao liberado por uma das autoridades ou funcionários indicados
no inciso I do caput do art. 137 desta Lei, observado o disposto nos
incisos II e III e §§ 1o e 2o do mesmo artigo. (Redação dada pela
Lei nº 12.313, de 2010).
• Art. 145. Praticada pelo liberado outra infração penal, o Juiz poderá
ordenar a sua prisão, ouvidos o Conselho Penitenciário e o
Ministério Público, suspendendo o curso do livramento condicional,
cuja revogação, entretanto, ficará dependendo da decisão final.
• Art. 146. O Juiz, de ofício, a requerimento do interessado, do
Ministério Público ou mediante representação do Conselho
Penitenciário, julgará extinta a pena privativa de liberdade, se
expirar o prazo do livramento sem revogação.
Da Suspensão Condicional
• Art. 156. O Juiz poderá suspender, pelo período de 2 (dois) a 4
(quatro) anos, a execução da pena privativa de liberdade, não
superior a 2 (dois) anos, na forma prevista nos artigos 77 a 82 do
Código Penal.
• Art. 157. O Juiz ou Tribunal, na sentença que aplicar pena privativa
de liberdade, na situação determinada no artigo anterior, deverá
pronunciar-se, motivadamente, sobre a suspensão condicional, quer
a conceda, quer a denegue.
• Art. 158. Concedida a suspensão, o Juiz especificará as condições
a que fica sujeito o condenado, pelo prazo fixado, começando este
a correr da audiência prevista no artigo 160 desta Lei.
• § 1° As condições serão adequadas ao fato e à situação pessoal
do condenado, devendo ser incluída entre as mesmas a de prestar
serviços à comunidade, ou limitação de fim de semana, salvo
hipótese do artigo 78, § 2º, do Código Penal.
• § 2º O Juiz poderá, a qualquer tempo, de ofício, a requerimento do
Ministério Público ou mediante proposta do Conselho Penitenciário,
modificar as condições e regras estabelecidas na sentença, ouvido
o condenado.
• § 3º A fiscalização do cumprimento das condições, reguladas nos
Estados, Territórios e Distrito Federal por normas supletivas, será
atribuída a serviço social penitenciário, Patronato, Conselho da
Comunidade ou instituição beneficiada com a prestação de
serviços, inspecionados pelo Conselho Penitenciário, pelo
Ministério Público, ou ambos, devendo o Juiz da execução suprir,
por ato, a falta das normas supletivas.
• § 4º O beneficiário, ao comparecer periodicamente à entidade
fiscalizadora, para comprovar a observância das condições a que
está sujeito, comunicará, também, a sua ocupação e os salários ou
proventos de que vive.
• § 5º A entidade fiscalizadora deverá comunicar imediatamente ao
órgão de inspeção, para os fins legais, qualquer fato capaz de
acarretar a revogação do benefício, a prorrogação do prazo ou a
modificação das condições.
• § 6º Se for permitido ao beneficiário mudar-se, será feita
comunicação ao Juiz e à entidade fiscalizadora do local da nova
residência, aos quais o primeiro deverá apresentar-se
imediatamente.
• Art. 159. Quando a suspensão condicional da pena for concedida
por Tribunal, a este caberá estabelecer as condições do benefício.
• § 1º De igual modo proceder-se-á quando o Tribunal modificar as
condições estabelecidas na sentença recorrida.
• § 2º O Tribunal, ao conceder a suspensão condicional da pena,
poderá, todavia, conferir ao Juízo da execução a incumbência de
estabelecer as condições do benefício, e, em qualquer caso, a de
realizar a audiência admonitória.
• Art. 160. Transitada em julgado a sentença condenatória, o Juiz a
lerá ao condenado, em audiência, advertindo-o das conseqüências
de nova infração penal e do descumprimento das condições
impostas.
• Art. 161. Se, intimado pessoalmente ou por edital com prazo de 20
(vinte) dias, o réu não comparecer injustificadamente à audiência
admonitória, a suspensão ficará sem efeito e será executada
imediatamente a pena.
• Art. 162. A revogação da suspensão condicional da pena e a
prorrogação do período de prova dar-se-ão na forma do artigo 81 e
respectivos parágrafos do Código Penal.
• Art. 163. A sentença condenatória será registrada, com a nota de
suspensão em livro especial do Juízo a que couber a execução da
pena.
• § 1º Revogada a suspensão ou extinta a pena, será o fato averbado à
margem do registro.
• § 2º O registro e a averbação serão sigilosos, salvo para efeito de
informações requisitadas por órgão judiciário ou pelo Ministério Público,
para instruir processo penal.
• § 2º O Juiz poderá, a qualquer tempo, de ofício, a requerimento do
Ministério Público ou mediante proposta do Conselho Penitenciário,
modificar as condições e regras estabelecidas na sentença, ouvido o
condenado.
• § 3º A fiscalização do cumprimento das condições, reguladas nos
Estados, Territórios e Distrito Federal por normas supletivas, será atribuída
a serviço social penitenciário, Patronato, Conselho da Comunidade ou
instituição beneficiada com a prestação de serviços, inspecionados pelo
Conselho Penitenciário, pelo Ministério Público, ou ambos, devendo o Juiz
da execução suprir, por ato, a falta das normas supletivas.
• § 4º O beneficiário, ao comparecer periodicamente à entidade
fiscalizadora, para comprovar a observância das condições a que
está sujeito, comunicará, também, a sua ocupação e os salários ou
proventos de que vive.
• § 5º A entidade fiscalizadora deverá comunicar imediatamente ao
órgão de inspeção, para os fins legais, qualquer fato capaz de
acarretar a revogação do benefício, a prorrogação do prazo ou a
modificação das condições.
• § 6º Se for permitido ao beneficiário mudar-se, será feita
comunicação ao Juiz e à entidade fiscalizadora do local da nova
residência, aos quais o primeiro deverá apresentar-se
imediatamente.
• Art. 159. Quando a suspensão condicional da pena for concedida
por Tribunal, a este caberá estabelecer as condições do benefício.
• § 1º De igual modo proceder-se-á quando o Tribunal modificar as
condições estabelecidas na sentença recorrida.
• § 2º O Tribunal, ao conceder a suspensão condicional da pena,
poderá, todavia, conferir ao Juízo da execução a incumbência de
estabelecer as condições do benefício, e, em qualquer caso, a de
realizar a audiência admonitória.
• Art. 160. Transitada em julgado a sentença condenatória, o Juiz a
lerá ao condenado, em audiência, advertindo-o das conseqüências
de nova infração penal e do descumprimento das condições
impostas.
• Art. 161. Se, intimado pessoalmente ou por edital com prazo de 20
(vinte) dias, o réu não comparecer injustificadamente à audiência
admonitória, a suspensão ficará sem efeito e será executada
imediatamente a pena.
• Art. 162. A revogação da suspensão condicional da pena e a
prorrogação do período de prova dar-se-ão na forma do artigo 81 e
respectivos parágrafos do Código Penal.
• Art. 163. A sentença condenatória será registrada, com
a nota de suspensão em livro especial do Juízo a que
couber a execução da pena.
• § 1º Revogada a suspensão ou extinta a pena, será o
fato averbado à margem do registro.
• § 2º O registro e a averbação serão sigilosos, salvo
para efeito de informações requisitadas por órgão
judiciário ou pelo Ministério Público, para instruir
processo penal.
RESOLUÇÃO 106/05
Altera o regimento interno da Secretaria
de Estado de Administração
Penitenciária - SEAP e dá outras
providências.
COMPETÊNCIAS SEAP • Art. 1º - À Secretaria de Estado de Administração Penitenciária –
SEAP compete desenvolver, coordenar e acompanhar:
• I - a política criminal e penitenciária do Estado do Rio de Janeiro, observando os objetivos da Lei de Execução Penal;
• II – o processamento e julgamento dos pedidos de extinção de punibilidade e livramento condicional em favor de sentenciados recolhidos aos estabelecimentos penais do Estado;
• III – a reinserção dos egressos do sistema penitenciário, bem como da observação cautelar dos liberados condicionais e dos beneficiados pela suspensão condicional da pena;
• IV– a organização e da promoção, em bases racionais e produtivas, do trabalho remunerado dos apenados do sistema penitenciário do Estado do Rio de Janeiro;
• V - o relacionamento permanente e integrado com o Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, e demais instituições afins, com objetivo de melhor alcançar as metas impostas pela política criminal e penitenciária.
I – ÓRGÃOS DE ASSISTÊNCIA DIRETA E
IMEDIATA AO SECRETÁRIO DE ESTADO
• 1 Gabinete do Secretário de Estado
• 1.1 Chefia de Gabinete
• 1.2 Assessoria Jurídica
• 1.3 Assessoria de Planejamento e Orçamento
• 1.4 Assessoria Especial
• 1.5 Assessoria de Comunicação Social
• 1.6 Subsecretaria Geral
• 1.6.1 Chefia de Gabinete
• 1.6.2 Ouvidoria
DAS SUBSTITUIÇÕES
É substituído Por quem Designado por
O Subsecretário de
Estado
Por um Subsecretário-
Adjunto Secretário de
Estado
Subsecretários-
Adjuntos
entre si Secretário de
Estado
O Chefe de Gabinete por Assessor Chefe ou
Assessor
designado pelo
Secretário de Estado
Os Assessores-Chefe Por Assessor-Chefe Secretário de Estado
Os Presidentes dos
Conselhos
Vice-Presidentes ou por
Assessor
Secretário de
Estado
Das Substituições
O Diretor Geral, os
Superintendentes e
os Assessores-
Chefe
Entre si Subsecretário
de Estado
Os Diretores de
Órgãos Locais
por seus
respectivos
Subdiretores
Omissão
Diretores de
Departamentos
outro Diretor de
Departamento
ou Assessor
designado pelos
respectivos Diretores
Gerais,
Superintendentes,
Subsecretários-
Adjuntos ou pelo
Subsecretário de
Estado
Das Substituições
Os Chefes de Serviços
e Chefes de Seções
Na forma
estabelecida nos art.
35, 36 e 37