defesa

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AUTO DE INFRAÇÃO Nº AUTO DE CONSTATAÇÃO Nº AUTO DE APREENSÃO/ TERMO DE DEPÓSITO Nº DEFESA SUPERMERCADO RAMOS, pessoa jurídica de direito privado, com sede na Rua ------------------, -----, município----------, CEP----------, Vila Velha/ES, inscrita no CNPJ sob o nº---------------------, vem, respeitosamente, a presença de Vossa Senhoria, por seus procuradores, ao fim assinados, apresentar DEFESA, referente ao AUTO DE NFRAÇÃO acima destacado, com base nos fatos e fundamentos a seguir alinhados: A empresa defendente foi autuada sob o argumento de que conforme os autos de Constatação e Apreensão, no momento do ato fiscalizatório apresentaria irregularidades que descumpririam os dispositivos da Lei 8078/90. Estes descumprimentos estariam consubstanciados em alguns produtos com prazo de validade vencido e sem data de validade ............ Inicialmente, vale destacar que a empresa ora autuada cumpre diligentemente a legislação que lhe é aplicável e

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AUTO DE INFRAO N AUTO DE CONSTATAO N AUTO DE APREENSO/ TERMO DE DEPSITO N

DEFESA

SUPERMERCADO RAMOS, pessoa jurdica de direito privado, com sede na Rua ------------------, n -----, municpio----------, CEP----------, Vila Velha/ES, inscrita no CNPJ sob o n---------------------, vem, respeitosamente, a presena de Vossa Senhoria, por seus procuradores, ao fim assinados, apresentar DEFESA, referente ao AUTO DE NFRAO acima destacado, com base nos fatos e fundamentos a seguir alinhados: A empresa defendente foi autuada sob o argumento de que conforme os autos de Constatao e Apreenso, no momento do ato fiscalizatrio apresentaria irregularidades que descumpririam os dispositivos da Lei 8078/90. Estes descumprimentos estariam consubstanciados em alguns produtos com prazo de validade vencido e sem data de validade ............ Inicialmente, vale destacar que a empresa ora autuada cumpre diligentemente a legislao que lhe aplicvel e quanto alegao de existncia de produtos com prazo de validade vencido e/ou indicao obscura do prazo de validade, alguns aspectos devem ser considerados para que se alcance melhor entendimento e discernimento sobre o ocorrido. Na empresa so comercializados milhares de itens. Estes produtos significativamente so constitudos por perecveis, impondo ento cautelas redobradas, as quais so objetivo da administrao dessa loja.

Busca a empresa ora autuada para tanto, seguir com rigor obstinado as Normas Sanitrias locais, estaduais e federais, mantendo o amplo controle sobre a qualidade, sanidade e aspecto de todos os produtos expostos venda. Consequentemente atende todas as exigncias e muitas outras por cautela prpria, principalmente em se tratando de comrcio de produtos alimentcios, acondicionando-os de modo adequado; verificando e controlando a data de validade; orientando, prevenindo e evitando manipulao inadequada ou imprpria; fazendo ostentar todas as informaes ao Consumidor, mormente de validade e nutricionais; retirando da rea de vendas os vveres antes do vencimento e no expondo, em nenhuma circunstncia, salvo falibilidade humana, produtos fora do prazo previsto. ESTA A REGRA E A CONDUTA EXIGIDA SEM EXCEO MORMENTE DOS COLABORADORES, MAS TAMBM DOS FORNECEDORES DE PRODUTOS E SERVIOS. Pondere-se que, o fato de ter sido constatada a validade vencida ou a falta de indicao do prazo de validade em alguns produtos, no representa, por si s, que os mesmos estivessem deteriorados e/ou imprprios para o consumo, acarretando prejuzos ao consumidor. Registre-se, nesse sentido, a douta deciso de sempre zelosa Superintendncia de Proteo e Defesa do Consumidor do Estado da Bahia, no processo n 1200980037153SJDH: TEM RAZO A DEFENDENTE. NO AUTO DE INFRAO NO CONSTA O PORQUE DE ESTAREM OS PRODUTOS DISCRIMINADOS IMRPRIOS PARA O CONSUMO. NO ARTIGO 18 PARAGRAFO 6, II, ESPECIFICA COMO IMPRPRIOS PARA O CONSUMO OS PRODUTOS DETERIORADOS, ALTERADOS, AVARIADOS, CORROMPIDOS FRAUDADOS, ETC. ASSIM, PARA SEREM CONSIDERADOS IMPRPRIOS PARA O CONSUMO, OS PRODUTOS AUTUADOS DEVEM ENQUADRAR-SE EM UM DOS MAIS VCIOS DE QUALIDADE POR INADEQUAO APONTADOS PELA LEI.(grifo nosso) Outrossim, de se considerar que tais produtos, permissa vnia, no traziam quaisquer danos ou prejuzos sade dos consumidores, nem mesmo em termos potenciais, sendo que a data de validade um parmetro razovel para indicao de durabilidade de tais produtos, sendo que a improbidade ou inadequao deve ser avaliada individualmente, cabendo, at mesmo, anlise laboratorial para atestar a improbidade para o consumo, procedimento este no realizado at o momento e que muito contribuiria para o correto enquadramento desta situao, j que foi verificado pelo Departamento de Fiscalizao no momento da autuao problemas no equipamento de etiquetagem que estava sendo corrigido na ocasio pelo tcnico responsvel, conforme pode comprovar documento em anexo. Desta forma, repita-se exausto que jamais existiu ou existir m f por parte da defendente.

Portanto, tendo em vista a primariedade do autuado o qual compromete-se desde j a impedir que tal fato venha a se repetir , buscando a excelncia na prestao de seus servios e comercializao de seus produtos, observando as normas atinentes, em especial, as no somente as de Defesa do Consumidor, a presente para pugnar, se chegarmos a tanto, pela aplicao apenas de advertncia servindo a fiscalizao como forma de educao e orientao, excluindo a possibilidade de sujeitar a empresa a qualquer outra penalizao. Ademais, esta a funo precpua do Procon, fiscalizar buscando educar, conscientizar e coibir a prtica reiterada a todos os fornecedores de suas obrigaes e deveres em relao aos consumidores. O prprio artigo 25 do Decreto 2181/97 considera como atenuante o fato de ser o infrator primrio e de ter tomado as providncias pertinentes a minimizar ou de imediato reparar os efeitos do ato lesivo, o que foi feito pela empresa, como poder comprovar-se por meio de nova fiscalizao. Deste modo, e ainda considerando-se que a multa, penalidade aplicada em seara administrativa e, portanto, adstrita aos Princpios que regem a Administrao Pblica, reveste-se de carter objetivo, vinculado, no sendo possvel valorao subjetiva dos fatos verificados e que deve atentar para aplicao consentnea com parmetros razoveis, tem-se que o caso ora em tela merece ser revisto a fim de, se no afastar a multa aplicada considerandoa advertncia servindo a autuao para fins de orientao, minor-la e adequla ao comportamento do infrator considerando os critrios de proporcionalidade e razoabilidade, princpios estes norteadores do nosso ordenamento e reiteradamente cotejados por nossos Tribunais bem como a primariedade do autuado.

Nestes termos, pede deferimento.

Vila Velha, ------- maro de 2008

Supermercado Ramos