demÊncia vascular programa apoio na incontinÊncia … · res e amigos de doentes de alzheimer –...
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n.º
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vem
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01
6 a
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de 2
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7
DEMÊNCIA VASCULARA SEGUNDA FORMA DE DEMÊNCIA MAIS COMUM
PROGRAMA APOIO NA INCONTINÊNCIA 2017CANDIDATURAS ABERTAS
ELEIÇÕES PARA OS CORPOS SOCIAIS NACIONAIS 2017 - 2020
DESTAQUES
FICHA TÉCNICA n.º 64 novembro de 2016 a janeiro de 2017 Este boletim foi inteiramente escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.
Propriedade e Edição: Alzheimer Portugal Associação
Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer
Periodicidade: Trimestral
Direção: Manuela Morais
Redação: Tatiana Nunes
Design e Edição: Marketividade, lda.
Impressão, Papel e Acabamento: PUBLIREP,
Publicidade e Representações, Lda.
Depósito Legal: 356366/13
Como lidar com o comportamento desinibido06
DEMÊNCIA VASCULAR
CAFÉ MEMÓRIA CHEGA À MADEIRA
09
04 11
SER CUIDADOR
A segunda forma mais comum de demência Abertura a 15 de Novembro
1º relatório apresentado no Dia Mundial da Doença
de Alzheimer
16Candidaturas abertas
VENDA DE NATAL 2016
14
PROGRAMA APOIO NA INCONTINÊNCIA 2017
Primeira sessão teve lugar a 22 de outubro
ELEIÇÕES PARA
OS CORPOS SOCIAIS
2017-2020
Informa-se os Associados da Associação Portuguesa de Familia-
res e Amigos de Doentes de Alzheimer – Alzheimer Portugal (AP)
de que vão realizar-se eleições para os corpos sociais nacionais
para o quadriénio 2017-2020, que terão lugar no dia 26 de Novem-
bro próximo em Assembleia Geral Extraordinária.
Aproximando-se a data da referida Assembleia Geral, na minha
qualidade de Presidente da Mesa da Assembleia Geral venho
prestar-vos os seguintes esclarecimentos:
1. Só podem exercer o seu direito de voto os associados que se
encontrem inscritos e com as suas quotas regularizadas/pagas até
ao dia 31/10/2016. Cada associado só tem direito a um (1) voto.
Voto Presencial
2. No dia das eleições, será verifi cado no local quer a sua qualida-
de de associado, quer se tem as suas quotas em dia.
3. Deverá levar o seu documento de identifi cação (B.I., Cartão de
Cidadão, Carta de Condução ou Passaporte).
4. Será de toda a utilidade levar o seu cartão de associado com a
respetiva vinheta ou o recibo, comprovativos do pagamento das
quotas.
Voto por Correspondência
5. Poderá exercer o seu voto por correspondência.
6. Para o efeito, deverá endereçar à Presidente da Mesa da
Assembleia carta em envelope fechado (ver proposta de minuta
em www.alzheimerportugal.org, a título meramente exemplifi -
cativo), devendo:
a) apor a sua assinatura, conforme documento de identifi cação
(B.I., C.C., Carta de Condução ou Passaporte), cuja cópia tem que
anexar;
b) incluir outro envelope, no qual introduz o seu boletim de voto, e
que deverá estar fechado e sem qualquer indicação exterior.
7. O voto por correspondência tem que chegar às instalações da
Associação sitas na Avª de Ceuta, Lote 15, Piso 3, Quinta do Lou-
reiro 1300 125 Lisboa, por qualquer meio (CTT, outro operador de
entrega de encomendas, ou em mão), até ao dia 25 de Novembro
às 16:00.
8. Os Boletins de Voto podem ser obtidos diretamente a partir do
site da Associação, ou junto da Sede, das Delegações e do Núcleo.
Voto por procuração
9. Caso pretenda exercer o seu direito de voto através de outro
associado, deverá este estar munido de carta dirigida ao Presi-
dente da Mesa da Assembleia Geral, conferindo-lhe poderes de
representação para o ato (ver proposta de minuta em www.alzhei-
merportugal.org, a título meramente exemplifi cativo), contendo a
sua assinatura conforme documento de identifi cação (B.I., C.C.,
Carta de Condução ou Passaporte), cuja cópia tem que anexar.
10. O associado procurador deve assegurar a verifi cação da ca-
pacidade eleitoral do autor da procuração, nos mesmos termos
da sua própria.
11. Cada associado só pode representar um outro associado.
12. O Caderno Eleitoral estará disponível para consulta entre 21
e 25 de Novembro, das 10:00h às 17:00h, nas instalações da Al-
zheimer Portugal.
Com os meus melhores cumprimentos,
Conceição Côrte-Real
(Presidente da Mesa da Assembleia Geral)
RELATÓRIO ALZHEIMER MEDITERRÂNEO
03
EDITORIAL
Para além das prestações de serviços que
vem assegurando, a nossa Associação
também prossegue exaustivamente cam-
panhas de informação e sensibilização
sobre a doença de Alzheimer e outras for-
mas de demência, no sentido de se con-
seguir dotar os cuidadores informais de
competências para acompanhamento dos
seus entes queridos e que possam aju-
dar a conseguir uma melhor qualidade de
vida de doentes e cuidadores. Cabe aqui
destacar a realização no pretérito mês de
Setembro do “Passeio da Memória” em
várias localidades do continente e das re-
giões autónomas.
A Associação continua igualmente empe-
nhada, quer a título individual, quer através
da participação em plataformas e grupos
de trabalho, conjuntamente com outras or-
ganizações, na sensibilização dos poderes
públicos no sentido de ser implementado
um Plano Nacional para as Demências.
Vem igualmente sendo prosseguida a
realização de ações de formação, quer
através do respetivo Departamento e De-
legações, quer através do Projeto Cuidar
Melhor. Estas ações de formação têm
como clientes cuidadores formais e infor-
mais, abrangendo assim também colabo-
radores de organismos públicos e institui-
ções privadas e cooperativas.
Dentro das linhas de atuação supra é de
destacar igualmente o incremento do nú-
mero de Cafés Memória, plataformas pri-
vilegiadas para que se atinjam os objetivos
referidos.
Todos não somos demais para levar a bom
porto esta cruzada, pelo que é da máxima
importância que quem o possa fazer de-
dique parte do seu tempo e saberes, em
regime de voluntariado, colaborando no
apoio a atividades, podendo para tal desi-
derato contactar a sede ou as delegações
e núcleos da Associação.
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mas de demênc
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seus entes quer
CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
Convocam-se os Senhores Associados da ALZHEIMER PORTUGAL – ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FAMILIARES
E AMIGOS DE DOENTES DE ALZHEIMER para a Assembleia Geral Extraordinária que terá lugar no dia 26 de Novem-
bro de 2016, nas suas instalações sitas na Av.ª de Ceuta Norte, Lote 2, Quinta do Loureiro, em Lisboa.
A Assembleia reunirá, em primeira convocatória, pelas 13 horas e 30 minutos, e às 14 horas com qualquer número
de associados, tendo como ponto único da Ordem de Trabalhos:
Eleição dos corpos sociais nacionais para o quadriénio 2017 – 2020.*
Lisboa, 1 de Novembro de 2016
A Presidente da Mesa da Assembleia Geral
* A votação decorrerá entre as 14 horas e as 15 horas e 30 minutos.
Convocam-se os Senhores Associados da ALZHEIMER PORTUGAL – ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FAMILIA-
RES E AMIGOS DE DOENTES DE ALZHEIMER para a Assembleia Geral Ordinária que terá lugar no dia 26 de No-
vembro de 2016, nas suas instalações sitas na Av.ª de Ceuta Norte, Lote 2, Quinta do Loureiro, em Lisboa.
A Assembleia reunirá, em primeira convocatória, pelas 15 horas e 30 minutos, e às 16 horas com qualquer número
de associados, tendo como ponto único da Ordem de Trabalhos:
Apresentação, discussão e votação do Plano de Ação e do Orçamento para 2017.*
Lisboa, 1 de Novembro de 2016
A Presidente da Mesa da Assembleia Geral
* O Plano de Ação e o Orçamento para 2017 encontram-se disponíveis para consulta na nossa página da Internet
(www.alzheimerportugal.org), na Sede e nas instalações das Delegações e do Núcleo de Almeirim, dentro do prazo
estipulado (15 dias antes da data da Assembleia Geral).
(Maria da Conceição Salema Corte-Real)
(Maria da Conceição Salema Corte-Real)
Mais uma vez se alertam os senhores as-
sociados para que mantenham as quotas
em dia, cujas verbas são importantes para
o equilíbrio fi nanceiro da Associação, e
participem nas assembleias gerais, assim
se conseguindo um maior envolvimento de
todos na concretização dos objetivos pelos
quais a nossa Associação vem pugnando.
Saudações fraternas.
Mário Lopes
Tesoureiro da Direção Nacional
da Alzheimer Portugal
04
DEMÊNCIA VASCULARA SEGUNDA FORMA DE DEMÊNCIA MAIS COMUM
O QUE É A DEMÊNCIA
VASCULAR?
Demência Vascular é um termo amplo, uti-
lizado para designar o tipo de Demência
associado a problemas da circulação do
sangue no cérebro.
EXISTEM DIFERENTES TIPOS DE
DEMÊNCIA VASCULAR?
Existem várias causas de Demência Vas-
cular. Os dois tipos mais comuns são a
Demência por Multienfartes e as alterações
vasculares difusas da substância branca
sub-cortical, como na Doença de Bins-
wanger. Mas também os enfartes (únicos)
estratégicos, por exemplo, do tálamo.
DEMÊNCIA POR MULTIENFARTES
Esta é, provavelmente, a forma mais co-
mum de Demência Vascular. A Demência
por Multienfartes é causada por vários en-
fartes cerebrais pequenos, também deno-
minados por acidentes isquémicos transi-
tórios (AIT). Os enfartes causam danos no
córtex cerebral, que é a área associada
à aprendizagem, memória e linguagem.
Uma pessoa com Demência por Mul-
tienfartes terá provavelmente, nas fases
iniciais, um melhor discernimento do que
as pessoas com Doença de Alzheimer e,
algumas características da sua persona-
lidade podem permanecer relativamente
intactas por um período de tempo mais
longo. Os sintomas da Demência por Mul-
tienfartes podem incluir depressão severa,
alterações de humor e epilepsia.
DOENÇA DE BINSWANGER (TAM-
BÉM CONHECIDA COMO DEMÊNCIA
VASCULAR SUBCORTICAL)
Esta doença era considerada rara, mas
atualmente está em reavaliação e pode, de
facto, ser relativamente comum. Tal como
acontece nas outras Demências Vascula-
res, este tipo está associado às alterações
produzidas pelos enfartes. A área afeta-
da é a substância branca que se localiza
na parte interna do cérebro. Este tipo de
Demência é causado por tensão arterial
alta, estreitamento das artérias e um fl uxo
sanguíneo inadequado. Os sintomas in-
cluem, geralmente, lentidão e sonolência,
difi culdade em andar, altos e baixos emo-
cionais e incontinência urinária no início do
curso da doença. A maioria das pessoas
com a Doença de Binswanger tem, ou
teve, tensão arterial alta.
0505
A Demência Vascular pode ser causada
por um enfarte único, dependendo do
seu tamanho e localização. Os fatores
de risco que aumentam a probabilidade
de os enfartes conduzirem a Demência
Vascular incluem:
• Tensão arterial alta sem tratamento (hi-
pertensão);
• Fibrilação Atrial (ou auricular);
• Outros ritmos cardíacos irregulares que
aumentam o risco de coágulos e de ar-
teriosclerose (depósitos de gordura nos
vasos sanguíneos), que provocam da-
nos nas artérias cerebrais
COMO É QUE A DEMÊNCIA
VASCULAR É DIAGNOSTICADA?
A Demência Vascular é habitualmente
diagnosticada através das características
clínicas, de um exame neurológico e uti-
lizando técnicas de imagiologia cerebral
como a tomografi a computorizada (TC) ou
a ressonância magnética (RM).
No entanto, tal como no caso de outras
demências, o diagnóstico defi nitivo de
Demência Vascular só pode ser realizado
após a morte, através de um exame ao cé-
rebro. A Demência Vascular pode ser mui-
to difícil de distinguir de outras formas de
Demência. Algumas pessoas têm os dois
tipos de Demência, Doença de Alzheimer
e Demência Vascular.
QUEM DESENVOLVE DEMÊNCIA
VASCULAR?
Qualquer pessoa pode ser afetada pela
Demência Vascular, mas existem vários fa-
tores que aumentam o risco.
Estes incluem:
• Tensão arterial elevada;
• Tabagismo;
• Diabetes;
• Colesterol elevado;
• História prévia de enfartes ligeiros;
• Evidência de doença das artérias,
em outros sítios;
• Alterações do ritmo cardíaco.
COMO É QUE A DEMÊNCIA
VASCULAR PROGRIDE?
A Demência Vascular normalmente pro-
gride em «degraus», o que signifi ca que
as capacidades da pessoa deterioram-se
depois de um enfarte e fi cam estabilizadas
até ao próximo. Se não ocorrerem mais
enfartes, as capacidades das pessoas
com Demência Vascular podem estabilizar
e, em alguns casos, melhorar. No entanto,
estas melhoras podem não durar. Às ve-
zes os «degraus» são tão pequenos que o
declínio parece ser gradual.
EXISTE TRATAMENTO
DISPONÍVEL?
Nos doentes com fatores de risco como
tensão arterial elevada ou diabetes, o melhor
é a prevenção antes da doença se instalar.
Embora não exista tratamento que pos-
sa reverter os danos já sofridos, é mui-
to importante fazer um tratamento para
prevenir outros enfartes. Estes podem
ser prevenidos através da prescri-
ção de medicamentos para controlar a
tensão arterial elevada, colesterol eleva-
do, doença cardíaca e diabetes. Fazer
uma dieta saudável, exercício físico e evi-
tar o tabagismo e o consumo excessivo
de álcool também diminui o risco de futu-
ros enfartes. Por vezes, são prescritos a
aspirina e outros medicamentos para pre-
venir a formação de coágulos nos vasos
sanguíneos pequenos. Os medicamentos
também podem ser prescritos para aliviar
a inquietude, depressão ou ajudar a pes-
soa com Demência a dormir melhor. Em
alguns casos, a cirurgia conhecida como
endarterectomia carotídea, pode ser re-
comendada para remover obstruções na
artéria carótida, que é o principal vaso
sanguíneo para o cérebro.
Estudos recentes sugerem que medica-
mentos como os inibidores da colines-
terase, como o Donepezil (Aricept) e a
Galantamina (Reminyl), por exemplo,
que são úteis para algumas pessoas
com Doença de Alzheimer, também po-
dem ter algum benefício para as pessoas
com Demência Vascular. Contudo, as
evidências ainda não são tão claras ou
convincentes, como as existentes para
a utilização daqueles medicamentos na
Doença de Alzheimer.
Adaptado de Alzheimer Australia
Revisão por Dr. Celso Pontes,
Coordenador da Comissão Científi ca
da Alzheimer Portugal
Em média, as pessoas
com Demência Vascular
sofrem um declínio mais
rápido do que as pessoas
com Doença de Alzheimer
e morrem frequentemente
de causas vasculares da
doença subjacente,
ou de paragem
cardiorrespiratória ou
de um grande enfarte.
06
SER CUIDADORCOMO LIDAR COM O COMPORTAMENTO DESINIBIDO
está a tentar deliberadamente embara-
çar ou assediar outra pessoa.
COMPORTAMENTO ATREVIDO
A pessoa com Demência pode seduzir
inapropriadamente alguém ou fazer co-
mentários de natureza sexual.
DESPIR-SE
A pessoa com Demência pode despir
algumas ou todas as suas roupas, em
alturas ou em ambientes impróprios.
ACARICIAR-SE
Ao esquecer-se das regras sociais, a
pessoa com Demência pode acariciar-se
a si próprio à frente de outras pessoas.
O QUE CAUSA ESTES COMPORTA-
MENTOS?
Existem muitas razões pelas quais os
comportamentos se alteram. Cada
pessoa com demência irá reagir às cir-
cunstâncias da sua própria maneira. Por
vezes, o comportamento pode estar re-
lacionado com as alterações que estão
a ocorrer no cérebro. Noutros casos,
podem existir acontecimentos ou fatores
no ambiente que desencadeiam o com-
portamento. O comportamento também
pode ser provocado pelo facto de a pes-
soa não estar a sentir-se bem.
ALGUMAS CAUSAS FREQUENTES
DO COMPORTAMENTO
DESINIBIDO SÃO:
CONFUSÃO
Alguns comportamentos podem ocorrer
devido ao facto da pessoa com demência
confundir a identidade das outras pessoas.
A pessoa pode confundir o cuidador formal
ou a fi lha com a sua mulher e devido a isso
comportar-se inapropriadamente.
DESCONFORTO
Alguns comportamentos, tais como
despir-se ou acariciar-se a si próprio em
público, podem ser resultado de uma
sensação de desconforto. Por exemplo,
estar com calor ou frio ou sentir que as
roupas estão muito apertadas, pode le-
var a pessoa a despi-las para fi car mais
A alteração do
comportamento das
pessoas com Demência
é muito comum e
pode, por vezes, incluir
comportamentos
indelicados, inapropriados
ou ofensivos. Estes,
habitualmente, são
designados por
comportamentos
desinibidos. Aqui são
descritos os sinais e as
causas deste tipo de
comportamento.
O QUE SÃO COMPORTAMENTOS
DESINIBIDOS?
Os comportamentos desinibidos são
ações indelicadas, rudes ou ofensivas.
Estes comportamentos ocorrem quan-
do não são seguidas as regras sociais
sobre o que dizer, onde dizer ou fazer.
Os comportamentos desinibidos po-
dem provocar uma enorme tensão nas
famílias e nos cuidadores. Podem ser
particularmente preocupantes quando
alguém, que anteriormente era reser-
vado e sensível, se comporta de forma
desinibida.
OS COMPORTAMENTOS
DESINIBIDOS PODEM INCLUIR:
OBSERVAÇÕES INDELICADAS
OU RUDES
A pessoa com Demência pode, por
exemplo, fazer comentários indelicados
sobre a aparência de outra pessoa. A
pessoa parece ter perdido as suas boas
maneiras sociais e pode parecer que
07
confortável. As infeções do trato urinário
e o prurido podem levar a pessoa a tocar
na área genital.
ESQUECIMENTO E PERDA DE
CAPACIDADES
Por vezes, o comportamento desinibido
ocorre porque a pessoa se esqueceu do
sítio em que está, da adequação de ser
discreta, de como vestir-se ou até da
importância de vestir-se. A pessoa pode
necessitar de urinar, mas ter-se esque-
cido de onde é a casa de banho ou de
como usá-la.
Lembre-se que a falta de discernimento
que provoca o comportamento inapro-
priado pode ser resultado das lesões
cerebrais que fazem parte da demência.
Também o facto de as regras sociais se-
rem algo instituído leva a que, devido à
perda de memória, os comportamentos
que se instituiu como sendo os corretos
sejam conceitos que a pessoa com de-
mência pode esquecer.
DESORIENTAÇÃO
A pessoa pode estar confusa sobre a
hora do dia e acreditar que deve pre-
parar-se para tomar banho ou ir para a
cama. Também pode pensar que está na
casa de banho ou no quarto.
O QUE PODE TENTAR
• É importante tentar compreender por
que motivo a pessoa com demência está
a comportar-se de determinada maneira.
Se os familiares e cuidadores consegui-
rem determinar o que está a desenca-
dear o comportamento, poderá ser mais
QUEM PODE AJUDAR?
Discuta com o médico as suas preocu-
pações sobre as alterações do compor-
tamento e o impacto que estas têm em si.
Contacte a Linha de Apoio "Informar
Mais" da Alzheimer Portugal, através
do número 213 610 465 (todos os dias
úteis entre as 09h30 e as 13h00 e entre
as 14h00 e as 17h00) ou através do email:
fácil descobrirem formas de evitar que
ele surja novamente;
• O médico pode avaliar se a pessoa tem
alguma doença física, efeitos secundá-
rios adversos da medicação ou descon-
forto e fornecer alguns conselhos;
• Reaja com paciência e de forma gentil.
Mesmo que os comportamentos sejam
muito embaraçosos tente não reagir de
forma exagerada. Lembre-se que eles
fazem parte da doença;
• Mantenha contacto físico apropriado
com a pessoa, por exemplo através de
carícias, abraços e massagens. Frequen-
temente, a pessoa está ansiosa e precisa
de ser tranquilizada através do toque e de
uma comunicação afetuosa;
• Se a pessoa estiver a envolver-se em
comportamentos sexuais inapropriados
tente distraí-la, reorientando a sua
atenção para outra atividade, dando-
-lhe uma coisa para fazer ou algo para
se entreter;
• Adapte a roupa da pessoa. Conside-
re comprar calças sem fechos de cor-
rer e camisas com velcro.
Os comportamentos desinibidos po-
dem ser muito difíceis para os fami-
liares e cuidadores. Lembre-se que
estes comportamentos são sintomas
da demência e não são destinados a
perturbá-lo deliberadamente.
A Alzheimer Portugal tem disponível para
venda a 3ª edição do "Manual do Cuida-
dor". Para o adquirir contacte-nos para o
telefone 213 610 460 ou pelo email:
Valor para associados: 10€
Valor para não associados: 15€ (portes
de envio incluídos).
08
ESTADO NUTRICIONAL DAS PESSOAS IDOSAS EM PORTUGALPortugal tem vindo a enfrentar um aumento
exponencial do envelhecimento da popu-
lação, uma procura crescente dos serviços
de saúde, juntamente com um orçamento
limitado para os cuidados de saúde. De
acordo com a Organização Mundial de
Saúde, "É urgente deixar de pensar sobre
a saúde na velhice apenas como a presen-
ça ou ausência de doença e a olhar mais
para a capacidade de uma pessoa ter um
bom estado geral e funcional."
O projeto “Nutrition UP 65” tenta respon-
der a estes desafi os e tem como fi nalidade
reduzir as desigualdades nutricionais na
população portuguesa com mais de 65
anos, melhorando o conhecimento atual
sobre o seu estado nutricional, e dotar
os profi ssionais de saúde com conheci-
mentos e ferramentas que lhes permitam
uma abordagem mais qualifi cada aos
problemas de saúde específi cos dessa
população. Este projeto é promovido pela
Faculdade de Ciências da Nutrição e Ali-
mentação da Universidade do Porto (FC-
NAUP), co-fi nanciado em 85% pela Islân-
dia, o Liechtenstein e a Noruega através
dos EEA Grants e em 15% pela FCNAUP.
Pretendemos melhorar o conhecimento
sobre aspetos menos estudados do es-
tado nutricional das pessoas idosas. Ava-
liámos a antropometria e a funcionalidade,
a presença de desnutrição, de obesidade,
de fragilidade e de sarcopenia. Recorrendo
a biomarcadores, avaliámos os níveis de
vitamina D, o estado de hidratação e ain-
da a ingestão de sódio. Participaram neste
estudo 1500 pessoas, com 65 e mais anos.
A amostragem considerou a representati-
vidade nacional de acordo com a idade,
o género, o nível educacional e a área re-
gional do país (NUTSII), segundo o último
Censos (2011).
Os principais resultados mostraram que
cerca de 15% apresentava risco de des-
nutrição, uma elevada proporção apresen-
tava excesso de peso (44%) ou obesidade
(38%). Um décimo desta amostra apre-
sentavam sarcopenia, uma condição que
se identifi ca pela presença conjunta de
baixa massa e força musculares. Dois em
cada dez participantes tinha fragilidade e
cinco em cada dez apresentava fragilidade
intermédia. Um terço desta amostra estava
desidratada e o consumo de sal era exces-
sivo em cerca de 85% dos participantes.
Cerca de sete em cada dez pessoas ido-
sas apresentava defi ciência em vitamina D.
Estes dados são preocupantes e demons-
tram a importância de intervir.
Parece-nos haver uma causa provável
para os resultados deste estudo, e que é
transversal à população portuguesa com
65 ou mais anos: um certo isolamento so-
cial que resulta em inatividade, em constri-
ção às quatro paredes de uma casa.
Seria de esperar que, num país conhecido
pelo seu bom clima e sua exposição solar,
o estado de vitamina D fosse melhor – e
lembramos que a maior fonte de vitamina
D é a sua síntese cutânea a partir da ex-
posição aos raios ultravioletas – mas aos
cerca de 70% de defi ciência de vitamina
D já reportados, acrescem 20% com ní-
veis ligeiramente abaixo do recomendado,
portanto, numa situação de insufi ciência.
Apenas um em cada 10 indivíduos tem ní-
veis normais. Isto parece-nos demonstrar
que as pessoas não benefi ciam de expo-
sição solar adequada entre abril e outubro,
época durante a qual a incidência solar é
sufi ciente para a síntese de vitamina D. As
elevadas prevalências de excesso de peso
e obesidade, bem como de fragilidade e
sarcopenia, parecem sugerir baixos níveis
de atividade física.
No geral, falamos de pessoas que não
têm oportunidade, vontade ou interesse
em fruir de uma vida mais ativa, ao ar livre,
que lhes traga um conjunto de estímulos
físicos e intelectuais que contribuam para
a melhoria do seu estado de saúde e da
sua qualidade de vida. Serão precisos mais
estudos de áreas científi cas diversifi cadas
para conhecermos melhor estas relações
entre um certo isolamento social e as con-
sequências para a saúde, mas tudo parece
apontar nesse sentido.
Os resultados individuais já foram comu-
nicados a cada participante, bem como
as indicações sobre como corrigir os pro-
blemas detetados e informações sobre
alimentação saudável. Relativamente às
pessoas idosas, aos seus cuidadores e
aos preparadores de alimentos, foi criada
uma rede de voluntários a nível nacional,
que integra estudantes e ex-estudantes da
FCNAUP, com o objetivo de ministrar for-
mação básica em alimentação saudável e
em preparação de refeições.
Também estão já estão a decorrer progra-
mas educativos orientados para os profi s-
sionais de saúde que têm contacto com a
população idosa. Estes cursos são credita-
dos pela Universidade do Porto e têm en-
foque na avaliação e na monitorização do
estado nutricional e na implementação de
suporte nutricional e alimentar.
Pequenas mudanças, práticas e econó-
micas, não só nos hábitos alimentares
mas também de exercício físico, deverão
ser implementadas de forma a corrigir es-
tes problemas e também a prevenir a sua
ocorrência. O desenvolvimento que pre-
tendemos – e o único, aliás, que permite
uma maior sustentabilidade social e eco-
nómica dos sistemas de saúde - centra-se
na prevenção primária, onde as inovações
a nível nacional têm fi cado aquém das ne-
cessidades reais da população.
O papel dos profi ssionais de saúde deve-
rá ser orientado para a busca de soluções
alimentares que ajudem a prevenir os pro-
blemas de saúde que estudámos. Acresce
o facto de que as principais intervenções
baseadas nos nossos alimentos são práti-
cas, ecológicas e acessíveis à maioria das
pessoas idosas.
Rui Valdiviesso
Assistente de investigação do Projeto
Nutrition UP 65
Teresa Amaral
Coordenadora do Projeto Nutrition UP
65 e Professora Associada da Faculda-
de de Ciências da Nutrição e Alimenta-
ção da Universidade do Porto
Com o apoio da Associação Portuguesa
dos Nutricionistas
09
O Programa ‘Apoio na Incontinência’ é um
projeto integrado no ‘Plano de Ajuda’ da
Alzheimer Portugal e tem sido fi nanciado
pela verba angariada na Venda de Natal
da Associação e outros projetos pontuais.
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
• Ter diagnóstico de Doença de Alzhei-
mer ou de outra forma de demência;
• Ter situação de incontinência compro-
vada por médico assistente;
• Ter rendimentos baixos;
• Ser associado, com as quotas pagas
incluindo as do presente ano (2017);
• Preencher a respetiva fi cha de candi-
datura e apresentar os comprovativos
requeridos;
• Cumprir o prazo defi nido para a entre-
ga da candidatura;
• Estar entre os primeiros candidatos
que cumpram os anteriores critérios (o
número de benefi ciários é determina-
do pela verba angariada na Venda de
Natal da Alzheimer Portugal e outros
projetos pontuais).
As candidaturas estão sujeitas a avalia-
ção, realizada pelo Gabinete de Apoio
Psicossocial da Alzheimer Portugal.
COMO PODE ADERIR
Envie, até 31-01-2017, a Ficha de Can-
didatura devidamente preenchida e assi-
nada, para a Sede ou Delegação da sua
ABERTAS CANDIDATURAS AO PROGRAMA “APOIO NA INCONTINÊNCIA” - 2017
área de residência. Distritos abrangidos
pela Delegação Norte: Porto, Viana do
Castelo, Bragança, Vila Real, Braga. Dis-
tritos abrangidos pela Delegação Cen-
tro: Coimbra, Guarda, Leiria, Viseu, Cas-
telo Branco, Aveiro. Distritos abrangidos
pela Sede: Lisboa, Setúbal, Portalegre,
Faro, Beja, Évora. Distritos abrangidos
pelo Núcleo do Ribatejo: Santarém.
1. Envie juntamente com a Ficha de
Candidatura os seguintes documentos,
mesmo que já os tenha apresentado em
anos anteriores: documento comprova-
tivo de rendimento por cada elemento
do agregado familiar, declaração de IRS
entregue no ano de 2016, referente aos
rendimentos do ano de 2015 ou fotocó-
pia do talão anual, recebido em Janeiro
de 2016, da Pensão ou Declaração de-
talhada emitida pela Segurança Social,
que faça referência à situação atual de
cada elemento do agregado familiar. Se
auferir algum rendimento, o valor deverá
estar patente na declaração enviada.
2. Para os utentes cujo rendimento mensal
(individual) ultrapasse os 530€(*) requisita-
-se uma declaração, emitida pela Reparti-
ção de Finanças, com o intuito de confi r-
mar a ausência de entrega da Declaração
de IRS do ano de 2015 (*) Salário Mínimo
Nacional referente ao ano de 2016.
3. Cópia dos recibos das despesas fi xas
referentes ao mês anterior à candidatu-
ra, como por exemplo, a renda da casa
ou prestação de habitação e faturas de
água, luz, gás, telefone fi xo. Pode ainda
juntar recibos das despesas de saúde,
em caso de medicação específi ca;
4. Declaração do médico assistente em
relação ao estado de saúde e, neste
caso, atestando a situação de inconti-
nência (Candidaturas ao PAI realizadas
em anos anteriores não necessitam de
entregar documento referente ao ponto
4. Apenas é obrigatório para novas - 1.ª
vez - candidaturas);
5. Declaração emitida pela Junta de Fre-
guesia da área de residência que venha
comprovar a composição do agregado
familiar, indicado no ponto 3.1 da fi cha
de candidatura.
6. Cópia de B.I. ou Cartão de Cidadão de
cada um dos elementos que compõem o
agregado familiar.
AVALIAÇÃO
Todos os processos serão analisados de
acordo com a sua ordem de chegada.
Apenas serão contempladas as candi-
daturas que cheguem à Alzheimer Por-
tugal ate à data referida (31-01-2017),
não devendo ser considerada a data dos
correios, mas sim a data de entrada na
Associação. Quanto às respostas, serão
emitidas assim que nos sejam enviados
todos os dados necessários para essa
mesma análise. As respostas a todas as
candidaturas serão enviadas por escrito,
para a morada do associado.
10CANDIDATURA AO PROGRAMA “APOIO NA INCONTINÊNCIA” 2017
CANDIDATURA N.º:
ORIGEM:
ESTADO: FASE: DATA:
1. IDENTIFICAÇÃO DO ASSOCIADO
1.1 Nome
1.2 Morada
1.3 Localidade 1.4 Código Postal -
2.4 Código Postal -
1.6 Telemóvel
1.8 N.º Associado
1.5 Telefone
1.7 E-mail
2.1 Nome
2.2 Morada
2.3 Localidade
2.5 Relação com o Associado
2.6 A pessoa sofre de incontinência? SIM
SNS
S SM M
60/60cm 60/90cm 180/90cm
L L
NÃO
ADSE ADM SAD/PSP SAD/GNR PT-ACS SAMS OUTRO:
2.7 Qual o tamanho da fralda? 2.8 Qual o tamanho da cueca fralda?
2.9 Qual o tamanho de resguardo?
3.1 Identifi cação
3.2 Identifi que o subsistema de Segurança Social / Serviço de Acção Social da pessoa com demência:
Declaro qua as informações constantes na fi cha de candidatura correspondem à verdade.
Depois de preenchida e assinada, a fi cha de candidatura deverá ser enviada ou entregue juntamente com a documentação
solicitada para a Sede ou Delegação da sua área de residência (ver as moradas na contracapa deste Boletim).
Data: / /Assinatua do Associado (conforme B.I. ou Cartão do Cidadão)
NOTA: Deverá ser apresentada cópia dos recibos das despesas identifi cadas, relativamente ao mês anterior à candidatura.
Renda: ,
Água: , Gás: ,
Electricidade: ,
Medicamentos específi cos: ,
Telefone fi xo: ,€
€ € €
€ €
Indique o nome de todos os elementos do agregado familiar que vivem em economia comum com a pessoa com doença, mesmo
os que não têm rendimentos.
* trabalho; pensões de reforma; pensões de invalidez; pensões de sobrevivência; rendimento mínimo; outros.
a preencher pela Alzheimer Portugal
2. CARACTERIZAÇÃO DA PESSOA COM DEMÊNCIA
3. RENDIMENTOS DO AGREGADO FAMILIAR
4. IDENTIFICAÇÃO DAS DESPESAS FIXAS DA PESSOA COM DEMÊNCIA
DEP. SERVIÇOS LISBOA NÚCLEO RIBATEJOSEDE CENTRO
N.º NomeB.I ou
Cartão do CidadãoParentesco
Data deNascimento
Valor Mensal Líquido dos Rendimentos
Origem dosRendimentos*
1
2
3
4
5
6
NORTE CASA DO ALECRIM OUTRA
Utente:
11
FORMAÇÃOAÇÕES AGENDADAS
VENDA DE NATAL 2016 FAÇA AS SUAS COMPRAS DE NATAL E AJUDE A ALZHEIMER
PORTUGAL A AJUDAR QUEM MAIS PRECISA!
COMO LIDAR COM A DOENÇA
DE ALZHEIMER?
Com a formação ministrada pela
Alzheimer Portugal conseguirá obter
conhecimentos específi cos que lhe
permitirão a prestação de serviços
adequados à pessoa com Demência,
tendo em conta as suas reais
necessidades e especifi cidades.
A Alzheimer Portugal é reconhecida
como Entidade Formadora pela DGERT
(Direção Geral do Emprego e das
Relações de Trabalho) desde 2006 e
certifi cada desde 2016.
Para consultar o calendário atualizado
das atividades de formação visite www.
alzheimerportugal.org ou contacte a
Sede ou Delegação mais próxima de si.
WORKSHOPS PARA PÚBLICO
EM GERAL:
17 de novembro de 2016 | 14h-17h - Lidar
com a Doença de Alzheimer – Ocupação
18 de novembro de 2016 | 14h-17h - Lidar
com a Doença de Alzheimer – Prevenção
de quedas e adaptações em casa
22 de novembro de 2016 | 10h-13h - Li-
dar com a Doença de Alzheimer – Aspe-
tos Jurídicos
22 de novembro de 2016 | 14h-17h - Li-
dar com a Doença de Alzheimer – Testa-
mento Vital
25 de novembro de 2016 | 10h-13h - Li-
dar com a Doença de Alzheimer – Rela-
ções Interpessoais
25 de novembro de 2016 | 14h-17h - Li-
dar com a Doença de Alzheimer – Co-
municação e Assertividade na Doença
de Alzheimer
13 de dezembro de 2016 | 14h-17h - Li-
dar com a Doença de Alzheimer – Nutrição
15 de dezembro de 2016 | 14h-17h - Li-
dar com a Doença de Alzheimer - Luto
16 de dezembro de 2016 | 10h-13h - Li-
dar com a Doença de Alzheimer - Altera-
ções Cognitivas e Comportamentais
WORKSHOPS PARA CUIDADORES
PROFISSIONAIS
Lidar com a Doença de Alzheimer – Esti-
mulação Cognitiva na Demência
A PARTIR DO DIA 15 DE NOVEMBRO, A VENDA DE NATAL
DA ALZHEIMER PORTUGAL ABRE PORTAS NO NÚMERO 51
DA AVENIDA DE ROMA, EM LOJA GENTILMENTE CEDIDA
PELO MONTEPIO.
Segunda a Sábado entre as 11h00 e as 18h30
Avenida de Roma, nº 51
Transportes Públicos: Metro Roma e Carris 206, 727, 735 e 767
16 de dezembro de 2016 | 14h-17h -
Cuidadores Formais Nível 5 – Técnicos
Superiores
INSCRIÇÕES
25.00€ para associados
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2 Workshops
40.00€ para associados | 50.00€ para
não associados
3 Workshops
60.00€ para associados | 75.00€ para
não associados
4 Workshops
80.00€ para associados | 100.00€ para
não associados
5 Workshops
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As verbas angariadas na Venda de Natal da Alzheimer Portugal
revertem a favor do Programa «Apoio na Incontinência», um
projeto que oferece apoio aos associados para a obtenção de
materiais para a incontinência, mediante uma candidatura.
Sendo já uma tradição na Associação, a Venda de Natal começou
com contornos mais pequenos e tem vindo a cada ano a tornar-se
maior, permitindo ajudar cada vez mais associados.
São vários os produtos que poderá encontrar na Venda de Natal,
desde bijutaria,artigos de decoração, artesanato ou obras de arte.
12
A IMPORTÂNCIA DA MUSICOTERAPIA
Enquanto musicoterapeuta a trabalhar na
Casa do Alecrim com uma grande diver-
sidade de Pessoas com demência, tive o
privilégio de estar presente na X Confe-
rência Europeia de Musicoterapia, que se
realizou em Viena no princípio do mês de
Julho deste ano. A área das demências foi
objeto de várias apresentações, desde a
investigação até à prática, esta última área
já grandemente imbuída da abordagem
centrada na Pessoa. Neste sentido, coligi
algumas das apresentações em que estive
presente que, espero, possam elucidar um
pouco do que se tem feito e do que se faz
atualmente a nível mundial em musicotera-
pia na área das demências.
Assim, na apresentação “Music Therapy re-
search: fostering a global approach”, com
oradores da Dinamarca, Noruega, Reino
Unido e Austrália, foi debatida a questão
da investigação a nível internacional rela-
cionada com o bem-estar da Pessoa com
demência. As questões debatidas relacio-
naram-se com o atual estado e as áreas
prioritárias de investigação. Concluiu-se
que a colaboração internacional nesta
área é importante, numa diversifi cação
de perspetivas culturais, possibilitando-se
trabalhar com amostras mais signifi cativas
e um uso consistente de instrumentos de
avaliação.
Outro painel, intitulado “The use of Music
Therapy components to promote interac-
tion between a person with dementia & a
caregiver”, da Dinamarca, centrou-se na
importância, para a qualidade de vida da
Pessoa com demência, da comunicação
recíproca entre o cuidador e a pessoa com
demência. Foram apresentados dois ma-
nuais, a desenvolver e a avaliar futuramen-
te, destinados a cuidadores de pessoas
com demência, intitulados PAI (Person
Attuned Interaction) e PAMI (Person Attu-
ned Music Interaction).
Já do Canadá veio a apresentação dum
estudo intitulado “Rhythmic sensory sti-
mulation and Alzeimer’s disease”, estudo
exploratório de um tratamento realizado
com estimulação da atividade neural atra-
vés de uma cadeira vibroacústica, com
estimulação do sistema somato-sensório
a 40 Hz. A pessoa, quando sentada na
cadeira, sente as vibrações, não as ouve,
e é um estudo que irá ser desenvolvido
futuramente.
Dois estudos intitulados “Measures of the
impact of music therapy on behavioral di-
sorders in an Alzheimer unit”, realizados na
Unidade Alzheimer, do Centro Hospitalar
de Sancerre, incidiram sobre os efeitos da
musicoterapia na pessoa com demência
com alterações comportamentais.
Os dois investigadores que fi zeram a apre-
sentação oral concluíram que nos casos
de agitação foi visível uma diminuição da
agitação verbal nos momentos posteriores
à intervenção de musicoterapia, com uma
melhoria da comunicação e, relativamente
à diminuição da apatia, afi rmaram que foi
também visível um aumento da atividade
física no dia da intervenção de musicote-
rapia, concluindo que, em termos gerais,
há impacto positivo da musicoterapia quer
nos sintomas de apatia, quer nos sintomas
de agitação da pessoa com demência.
O som, inserido no meio envolvente que
rodeia a pessoa com demência, foi tam-
bém objecto de estudo na apresentação
“Discovering the sounds: the auditive
milieu in nursing homes for people with
dementia”, da Alemanha, tendo sido sa-
lientada a importância do auditive milieu,
este entendido como o conjunto de sons
num certo ambiente. Neste estudo, após
medição dos níveis sonoros, chegou-se
à conclusão que há elevados níveis de
ruído nas instituições aos quais a Pessoa
com demência reage negativamente. Para
o efeito, propôs-se a mudança das fontes
sonoras, dos níveis sonoros e o aumento
da sensibilidade dos colaboradores a este
fenómeno tendo em vista maior bem-estar
dos residentes. Deixaram-se algumas
13
ideias a ter em consideração futuramente,
nomeadamente a problemática da acústi-
ca no momento de construção de edifícios
vocacionados para acolher pessoas com
demência. Numa apresentação conjunta
da Noruega e do Reino Unido intitulada
“Who collaborates with or assists music
therapists in sessions, and how”, salientou-
-se a prática corrente nas sessões de mu-
sicoterapia em instituições da participação
de colaboradores.
Numa referência expressa às instituições
para pessoas com demência, integrada na
apresentação do estudo “Let them bring
their own song, a qualitative study of deve-
loping relationships between care staff and
nursing home residentes with dementia th-
rough music therapy and dance movement
therapy groups”, concluiu-se que a partici-
pação de cuidadores nas sessões de mu-
sicoterapia resulta em benefícios para es-
tes e, indirectamente, para os residentes.
Concluiu-se também que o setting mu-
sicoterapêutico infl uencia positivamente,
numa base diária, os cuidados prestados
à Pessoa com demência. Em debate com
a audiência, um dos oradores sublinhou a
importância dos colaboradores terem uma
preparação prévia às sessões, dada pelo
musicoterapeuta, de forma a dar seguran-
ça a todos os participantes.
Finalmente, numa dialogue session com
a participação de Stefan Koelsch, da Uni-
versidade de Bergen, Noruega, e Wendy
Magee, da Universidade de Temple, USA,
salientou-se mais uma vez a função da
música na promoção das funções sociais
da pessoa com demência e a capacidade
da musicoterapia, segundo Koelsch, poder
desacelerar a progressão neurodegenera-
tiva. Iniciado o debate com a audiência,
Koelsch afi rmou que a música abre um
íntimo canal de comunicação como ne-
nhum outro, e que o papel da interação na
musicoterapia é muito importante; nalguns
casos, afi rmou, é crucial.
Desta breve recolha de alguma informa-
ção, saliento, em jeito de conclusão, a im-
portância, no trabalho em musicoterapia
com Pessoas com demência, da qualida-
de da interação e a infl uência positiva que
a musicoterapia pode ter em todo o meio
envolvente da Instituição.
Maria Gabriela Nicolau
Musicoterapeuta Certifi cada
Um fi lme com Joaquim
de Almeida que aborda
a temática da doença de
Alzheimer de uma forma
comovente e cativante.
Um fi lme de Richie Adams, baseado no
aclamado romance “Una Vida” de Nicolas
Bazan.
“Uma jóia rara” – The Hollywood Reporter
“Interpretações extraordinárias” - LA Weekly
“Pura poesia visual”- Los Angeles Times
SINOPSE:
Álvaro Cruz (Joaquim de Almeida), um
conceituado neurocientista, regressa a
casa após uma palestra em Paris, de cora-
ção partido e desiludido. Na sua ausência,
a sua mãe sucumbira à doença de Alzhei-
mer. Nada que a sua pesquisa ou ciência
pudessem impedir que acontecesse.
Ele decide tirar um tempo de folga do tra-
balho e recuperar o amor pela música que
partilhava com a mãe, encontrando con-
solo na música do French Quarter em New
Orleans, onde ouve a hipnotizante voz de
Una Vida (Aunjanue Ellis) pela primeira vez.
Depois de várias visitas para a ouvir can-
tar, apercebe-se que ela sofre da doença
de Alzheimer e que a sua “família” não-
-convencional não consegue lidar com a
sua saúde em declínio.
Cruz deixa a sua esposa Angela (Sharon
Lawrence) perplexa, ao procurar o fi lho há
muito perdido de Una Vida, na esperança
de conseguir lhe dar paz no sofrimento,
perda e a saudade que ensombraram a
sua difícil mas também bonita vida.
Título Original: Of Mind and Music
Título Português: O Poder da Música
Género: Drama
Realização: Richie Adams
Elenco: Aunjanue Ellis, Joaquim
de Almeida, Bill Cobbs, Sharon
Lawrence, Ruth Negga
Estúdio: Cinemundo
Em exibição nas seguintes salas de cinema:
GRANDE LISBOA
Cinemas NOS Colombo, Cinemas NOS
Fórum Almada, Cinemas NOS Oeiras Par-
que, Cinema City Alvalade, Cinemas UCI
El Corte Inglés
GRANDE PORTO
Cinemas NOS Norte Shopping, Cinemas
UCI Arrábida
AVEIRO
Cinemas NOS Fórum Aveiro
COIMBRA
Cinemas NOS Coimbra Alma Shopping
ALGARVE
Cineplace Portimão Shopping
Por ocasião da estreia do fi lme “O Po-
der da Música”, Joaquim de Almeida
participou no Passeio da Memória da Al-
zheimer Portugal em Oeiras no dia 18 de
setembro de 2016.
14
A Sonae Sierra e a Associação Alzheimer
Portugal, representada localmente pela
sua Delegação da Madeira, assinaram
um protocolo com a Secretaria Regio-
nal da Inclusão e Assuntos Sociais, o
grupo ENOTEL e ainda o restaurante
Yuan Sushi Wok, para a criação de um
CAFÉ MEMÓRIA na Madeira.
As sessões do CAFÉ MEMÓRIA da Ma-
deira funcionam no restaurante Yuan
Sushi Wok do MadeiraShopping, nos
quartos sábados de cada mês, das 9h
às 11h, com entrada livre e sem neces-
sidade de inscrição prévia.
A expansão do projeto à Ilha da Madeira
está integrada na estratégia de alarga-
mento da iniciativa a diferentes regiões
do país, com o objetivo de levar esta
resposta social a um número cada vez
maior de pessoas com problemas de
memória ou demência, seus familiares e
cuidadores. Com este acordo, o proje-
to criado em 2013 passa a contar com
onze locais de encontro: Lisboa (em três
espaços diferentes), Cascais, Porto, Via-
na do Castelo, Oeiras, Viseu, Braga, Gui-
marães e, agora, a Madeira.
Isabel Fragoeiro, Presidente da Delega-
ção da Madeira da Associação Alzhei-
mer Portugal, congratula-se “pelo início
do Café Memória na Madeira, o qual cria
mais uma oportunidade de participa-
ção e realização para todas as pessoas
com demência, familiares, cuidadores e
amigos. Pretendemos que usufruam do
prazer de se sentirem Pessoas de pleno
direito, integradas e apoiadas num gru-
po que partilhe interesses e memórias,
afetos e expetativas, recriando, através
da ação e da interação social libertas de
preconceitos, sentidos diferentes e sig-
nifi cativos na história biográfi ca de cada
um dos participantes e do coletivo”. E
afi rma: “enquanto Delegação Regional
da Associação Alzheimer Portugal, é a
qualidade de vida e a dignifi cação quo-
tidianas dos que connosco partilham
experiências e vidas que nos impulsio-
nam a progredir. Congratulamo-nos pela
conjugação voluntária e empenhada de
vontades e pelo reforço dos vínculos so-
ciais entre os diversos parceiros desta
iniciativa, que permitiram esta concre-
tização, rica de expetativas e de espe-
rança, no reforço do potencial de cada
Pessoa envolvida. É nosso desejo que
todos contribuam com o melhor de si na
construção humanista do Bem Social e
de Memórias Coletivas com signifi cado”.
Rubina Leal, Secretária Regional da In-
clusão e Assuntos Sociais, sublinha que
“implementar este projeto na Região
Autónoma da Madeira é para nós moti-
vo da maior satisfação, pois será mais
uma resposta fundamental e inovado-
ra de apoio às pessoas com a doença
de Alzheimer e aos seus cuidadores, a
quem temos dedicado uma atenção es-
pecial através do Plano de Demências”.
E acrescenta “estamos empenhados em
CAFÉ MEMÓRIA CHEGA À MADEIRAPRIMEIRA SESSÃO TEVE LUGAR NO DIA 22 DE OUTUBRO
assegurar que o nosso contributo per-
mita melhorar a vida destas pessoas e
encontrar nestes momentos de partilha a
energia sufi ciente para continuar”.
A iniciativa tem como objetivo propor-
cionar um local de encontro para a par-
tilha de experiências e suporte mútuo a
pessoas com problemas de memória ou
demência, seus familiares e cuidadores,
com o acompanhamento de profi ssio-
nais de saúde e de ação social. O CAFÉ
MEMÓRIA pretende, assim, contribuir
para a melhoria da qualidade de vida e
redução do isolamento social em que
muitas destas pessoas muitas vezes se
encontram.
SESSÕES CAFÉ MEMÓRIA
Braga - Café "A Brasileira" - Largo Ba-
rão de São Martinho das 10h00 às 12h00
/ 2º sábado de cada mês
Cascais - Restaurante Portugália - Cas-
caiShopping das 09h00 às 11h00/ 3º sá-
bado de cada mês
Guimarães - Café Concerto do Centro
Cultural Vila Flor das 10h00 às 12h00 /
4º sábado de cada mês
Lisboa Chiado - Cafetaria do Museu de
S. Roque, Largo Trindade Coelho das
10h00 às 12h00 / 2º sábado de cada mês
Lisboa Colombo - Restaurante Portugá-
lia - Centro Colombo, Lisboa das 09h00
às 11h00 / 1º sábado de cada mês
Lisboa Castilho - Espaço Atmosfera M,
Rua Castilho, n.º 5 das 10h00 às 12h00 /
3º sábado de cada mês
Madeira - Restaurante Yuan Sushi Wok
- MadeiraShopping das 09h00 às 11h00 /
4º sábado de cada mês
Oeiras - Fórum Apoio, R. Margarida Pal-
la, 23 A, Algés das 10h00 às 12h00 / 4º
sábado de cada mês
Porto - Espaço Atmosfera M, Rua Júlio
Dinis, nº 158-160 das 10h00 às 12h00 /
2º sábado de cada mês
Viana do Castelo - Restaurante "Camelo"-
Estação Viana Shopping das 9h00 às
11h00 / 4º sábado de cada mês
Viseu - Escola Superior de Educação de
Viseu, Rua Maximiano Aragão das 10h00
às 12h00 / 4º sábado de cada mês
Mais informação sobre o projeto em
www.cafememoria.pt e
www.facebook.com/cafememoriapt.
15
CAMPANHA INSTANTES NO INSTAGRAMOgilvy Portugal ‘desfocou’ o Instagram em alerta para a doença de Alzheimer
A Campanha Instantes Alzheimer, para a Associação Alzheimer
Portugal, voltou a utilizar as redes sociais para sensibilizar a
população para esta patologia, desta vez através do Instagram.
Ao longo do dia 21 de Setembro de 2016, no âmbito do Dia Mun-
dial da Doença de Alzheimer, várias fi guras públicas e infl uen-
ciadores partilharam uma fotografi a desfocada no seu perfi l do
Instagram.
Mariana Monteiro, Ana Rita Clara, Ricardo Pereira, Adelaide de
Sousa, Ana Galvão, Helena Costa, Kelly Bailley, Mónica Lin-
ce (Blog Mini-Saia) e Sofi a Novais de Paula (Blog Diário de um
Batom) são alguns dos muitos infl uenciadores que não hesita-
ram em juntar-se a esta campanha, partilhando no seu perfi l
de Instagram uma fotografi a desfocada de um momento que
gostavam de recordar para sempre.
A publicação apropria-se de uma característica desta rede so-
cial, quando as fotografi as ainda não estão totalmente carrega-
das e aparecem desfocadas. Contudo, as fotografi as de quem
aderiu à campanha nunca apareceram focadas.
Cada publicação destes infl uenciadores tinha identifi cada a pá-
gina de Instagram da Campanha, InstantesAlzheimer, onde é
possível encontrar várias fotografi as em branco, numa analogia à
memória que os doentes de Alzheimer têm dos momentos mais
especiais das suas vidas, um vazio. Um alerta para esta doen-
ça que afeta mais de 182 mil pessoas em Portugal. A campanha
dá assim continuidade ao site www.esqueci-me.pt, criado pela
Ogilvy em 2014, onde é ainda possível partilhar um “Instante” e
fazer um donativo no valor que desejar para a Alzheimer Portugal.
«Esta campanha é mais um ‘grito’ de alerta para esta doença que afeta não só as pessoas com doença de Alzheimer mas também as suas famílias, que veem os seus mais queridos esquecerem-se de todos os momentos e pessoas com quem se cruzaram ao longo da sua vida. É importante estarmos conscientes do que é a doença e em alerta para os primeiros sinais da mesma, quer em nós, quer nos nossos familiares»
Tatiana Nunes,
Responsável de Comunicação da Alzheimer Portugal.
Siga o perfi l InstantesAlzheimer no Instagram e visite o site:
www.esqueci-me.pt
16
A Aliança, que existe desde 2013, é com-
posta por investigadores, associações
de Alzheimer e profi ssionais prestado-
res de cuidados de 17 países (Argélia,
Chipre, Croácia, Egipto, França, Grécia,
Itália, Líbano, Líbia, Malta, Marrocos,
Mónaco, Portugal, Eslovénia, Espanha,
Tunísia e Turquia).
O Relatório tem como principal objetivo
avaliar as necessidades relacionadas
com a doença e analisar os desafi os
médicos e sociais desta região. Contém
também recomendações, a nível regio-
nal e internacional a fi m de antecipar so-
luções e prestar melhor Apoio e cuida-
dos às pessoas com Alzheimer ou outra
forma de demência.
Como afi rma Catherine Pastor, a Pre-
sidente da AMPA: “Em muitos países
mediterrânicos, ainda há muito pouco
conhecimento sobre os problemas em
torno da doença de Alzheimer, a qual
continua subestimada e insufi ciente-
mente documentada. Esta situação terá
impacto dramático na saúde e na socie-
dade, nos próximos anos. Estudos inter-
nacionais demonstram que, em 20 anos,
o número de pessoas com doença de Al-
zheimer irá crescer de forma alarmante.
Espero sinceramente que este Primeiro
relatório constitua uma ferramenta para
informar os decisores políticos e demais
intervenientes a antecipar questões futu-
ras na região do Mediterrâneo”.
O RELATÓRIO REALÇA 11 TÓPICOS
FUNDAMENTAIS:
1. Um crescimento alarmante do número
de pessoas com doença de Alzheimer
na região do Mediterrâneo;
2. Uma doença que ainda não é reconhe-
cida como uma prioridade na maioria
dos países do Mediterrâneo;
3. A difi culdade em avaliar o impacto fi -
nanceiro da doença na região do Me-
diterrâneo;
4. A questão do diagnóstico tardio na re-
gião do Mediterrâneo;
5. Os laços fortes de solidariedade fami-
liar que se vão fragilizando;
6. Uma oferta de serviços e de respostas
de acolhimento inadaptadas às pes-
soas com doença de Alzheimer;
7. Falta de formação adequada por parte
dos profi ssionais sociais e de saúde;
8. Acesso desigual a tratamento médico e
a intervenções psicossociais;
9. Investigação específi ca sobre a doença
de Alzheimer e outras formas de de-
mência pouco desenvolvida, na região
do Mediterrâneo;
10. Uma imagem negativa, ideias erradas
e falta de conhecimento sobre a doença;
11. A necessidade de desenvolver proteção
jurídica e uma refl exão ética específi ca;
NESTE CONTEXTO, A ALIANÇA
ALZHEIMER DO MEDITERRÂNEO,
CONVIDA OS VÁRIOS PAÍSES
DO MEDITERRÂNEO A:
• A reconhecer a doença de Alzheimer e
outras formas de demência, como uma
prioridade de saúde pública;
• Desenvolver um plano ou estratégia
Alzheimer, de âmbito nacional, adapta-
do às necessidades das pessoas com
doença de Alzheimer e das suas famí-
lias, com fi nanciamento específi co de
longo prazo;
• Promover o diagnóstico precoce / atem-
pado para as pessoas com doença de
Alzheimer e outras formas de demência;
• Desenvolver e diversifi car uma rede de
serviços, cuidados e apoios em todo o
território;
• Formar os médicos e outros profi ssio-
nais de saúde e sociais nas especifi -
cidades da doença de Alzheimer e de
outras formas de demência;
• Disponibilizar os tratamentos existentes
por todos os territórios nacionais e en-
corajar o desenvolvimento de interven-
ções psicossociais padrão e acessíveis;
• Encorajar a criação de mais parcerias
académicas e científi cas que trabalhem
na prevenção da doença de Alzheimer;
• Reconhecer direitos específi cos dos
cuidadores familiares e promover
campanhas de consciencialização
para o público em geral sobre a doen-
ça de Alzheimer e outras formas de
demência;
RELATÓRIO ALZHEIMER MEDITERRÂNEO
Por iniciativa da Associação
Monegasca para a
Investigação sobre a Doença
e Alzheimer (AMPA) e com
a colaboração das várias
associações e entidades
que integram a Aliança
Alzheimer do Mediterrâneo,
entre as quais se encontra
a Alzheimer Portugal, foi
publicado no dia 21 de
setembro o 1º Relatório
Alzheimer do Mediterrâneo.
17
"MOVE WITH BALANCE"
TUGAS NA ESTRADA POR UMA CAUSA
O grupo “Tugas na Estrada, por uma causa” juntou-se
e correu para apoiar a Alzheimer Portugal. Conseguiram
angariar 1628€ que foram entregues à nossa associação.
Os elementos do grupo participaram na corrida “24 horas a correr” que teve lugar
a 17 e 18 de setembro em Vale de Cambra e decidiram levar para esta aventura a
ideia de correr por uma causa.
A Alzheimer Portugal deixa um profundo agradecimento a todos os que colaboraram
para que este resultado fosse alcançado! Um excelente exemplo de solidariedade e de
como podemos acreditar que existem pessoas prontas para nos ajudar!
Siga a página no Facebook: https://www.facebook.com/tugasnaestrada/
A Casa do Alecrim, o Centro de Dia
“Prof Dr. Carlos Garcia” em Lisboa e
o Centro de Dia "Memória de Mim"
da Delegação Norte da Associação
Alzheimer Portugal tiveram o prazer
de receber a visita dos norte-ame-
ricanos Bill e Karen Peterson, com
a demonstração de uma atividade
psicomotora.
"Move With Balance", assim se deno-
mina, assenta num programa de exer-
cícios que visam o envelhecimento
saudável do corpo e do cérebro, atra-
vés da música e do movimento.
Consulte o site
http://www.MoveWithBalance.org
para saber mais sobre este projeto.
HORTA COMUNITÁRIANA CASA DO ALECRIM
Cascais conta, desde 17 de setembro, com mais duas
hortas comunitárias no concelho.
Uma no Bairro Irene, Alvide, com 500
metros quadrados, divididos em 14 par-
celas atribuídas a moradores da zona.
A outra, situada na Casa do Alecrim,
Alapraia, com 700 metros quadrados
divididos em 27 parcelas, tem a particu-
laridade de ser a primeira horta inclusiva
do Concelho de Cascais.
Na Horta Comunitária da Casa do Ale-
crim, oito parcelas serão atribuídas a
instituições locais, dando oportuni-
dade a pessoas com mobilidade re-
duzida e com trissomia 21 poderem
cultivar, cuidar e colher produtos biológi-
cos. Uma das parcelas desta horta será
trabalhada exclusivamente por utentes
do Centro de Dia da Casa do Alecrim.
Em 2006, com o Decreto-lei n.º 101/2006, é criada a Rede Nacional dos Cuidados Continua-dos em Portugal, numa parceria entre 2 importantes Ministérios: Saúde e Segurança Social.
RESIDÊNCIA MONTEPIO QTA DA ROMEIRA (COIMBRA):
RESIDÊNCIA MONTEPIO QTA DE CRAVEL (VN DE GAIA):
Unidade de Longa Duração e Manutenção – 40 Vagas;
Unidade de Média Duração e Reabilitação – 40 Vagas;
Unidade de Longa Duração e Manutenção – 20 Vagas;
Unidade de Média Duração e Reabilitação – 40 Vagas;
Unidade de Convalescença – 30 Vagas;
A Rede Nacional de Cuidados Continuados traz consigo uma mudança do paradigma de tratamento biomédico para uma nova visão onde o doente é encarado como um todo e onde o trabalho e o contributo de diferentes disciplinas são fundamentais.
camas em exclusivo para a RNCC, distribuídas pela regiões Norte, Centro e Sul, por onde já passaram mais de 5810 utentes.
“As Residências Montepio abrem em 2009 a sua primeira
Unidade de Cuidados Continuados em Vila Nova de Gaia,
com 80 camas proporcionando uma democratização no
acesso a um equipamento de luxo e a serviços de qualidade
por parte de todos os utentes do SNS referenciados.
Ao longo de 7 anos de actividade, a recuperação de doentes
em situação de dependência e a manutenção/estabilização
de doentes com incapacidade crónica tem sido o nosso
Técnica.
“A Residência Montepio Coimbra, ao longo de sete anos de
prestação de cuidados continuados integrados e dois mil e
quinhentos internamentos, tenta diariamente ir ao encon-
vê acometido a uma situação de dependência, numa lógica
de acolhimento diferenciado ao sentir dos diferentes
atores, em que a humanização de cuidados é um vector em
cada acção e em cada gesto.” Dr. Paulo Alberto – Director
Técnico
Neste contexto o tratamento dos utentes é realizado de modo multidisciplinar, pois são múltiplas as patologias que um mesmo utente da Rede de Cuidados Continuados Integra-dos pode sofrer, incluindo todo o tipo de demências.
RESIDÊNCIA MONTEPIO MONTIJO:
a RNCC, dando assim uma resposta social que era premente.Iremos inaugurar a Residência Montepio Parede II com 64 camas exclusivas para a RNCC, discrimina-
das por:
demonstrado resultados directos e muito significativos na qualidade de vida de pessoas que, por curso da sua patologia, dependência ou outra necessidade de recuperação têm manifestado preferência pelos nossos serviços. A forma própria do apoio multidisciplinar, humanizado e centrado no cliente, garantin-do cuidados de reabilitação ou manutenção, testemunha-se num legado significativo para muitas vidas e assume-se como essencial ao equilíbrio da sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e Segu-rança Social, criando uma resposta plenamente integrada com a comunidade regional.” Dr. Mário Requeijo – Director Técnico
www.residenciasmontepio.pt
Unidade de Longa Duração e Manutenção – 58
Vagas;
Unidade de Média Duração e Reabilitação – 35
Vagas;
Unidade de Convalescença - 26 Vagas;
“A Residência Montepio Montijo integra desde o ano de 2011 a Rede Nacional de Cuidados Continuados (RNCCI) da sub-região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo. O decurso desta profícua parceria, numa reconhecida necessidade de cuidados em franca expansão, tem
www.residenciasmontepio.pt Para marcações:
707 207 000
Unidade de Longa Duração e Manutenção – 20 Vagas;
Unidade de Média Duração e Reabilitação – 29 Vagas;
Unidade de Convalescença – 15 Vagas;
de Cascais, com a qualidade tanto em termos de recursos humanos como de instalações e serviços
que caracterizam as Residências Montepio.
www.residenciasmontepio.ptPara marcações:
707 207 000
20
SEDE Av. de Ceuta Norte, Lote 15, Piso 3, Quinta do Loureiro, 1300-125 Lisboa,Tel.: 213 610 460 / 8Fax.: 213 610 469 E-mail: [email protected]
Serviço Social:
Tel.: 213 609 300
Centro de Dia Prof. Doutor Carlos Garcia
Av. de Ceuta Norte, Lote 1, Loja 1 e 2, Quinta do Loureiro, 1350-410 Lisboa,Tel.: 213 609 300
Lar e Centro de Dia "Casa do Alecrim"
Rua Joaquim Miguel Serra Moura, n.º 256Alapraia, 2765-029 Estoril,Tel: 214 525 145 E-mail: [email protected]
DELEGAÇÃO DO NORTECentro de Dia "Memória de Mim"
Rua do Farol Nascente n.º 47A R/C 4455-301 Lavra,Tel.: 229 260 912 | 226 066 863 E-mail: [email protected]
DELEGAÇÃO CENTROCentro de Dia do Marquês Urb. Casal Galego - Rua Raul Testa Fortunato n.º 17, 3100-523 Pombal,Tel.: 236 219 469E-mail: [email protected]
Gabinete de Coimbra
Bairro São José n.º 13, 3030 Coimbra,Tel.: 239 716 374 E-mail: [email protected]
DELEGAÇÃO DA MADEIRAAvenida do Colégio Militar,Complexo Habitacional da Nazaré, Cave do Bloco 21 - Sala E, 9000-135 Funchal,Tel.: 291 772 021E-mail: [email protected]
NÚCLEO DE AVEIROSanta Casa da Misericórdia de Aveiro
Complexo Social da Quinta da Moita Oliveirinha, 3810 Aveiro, Tel.: 234 940 480
NÚCLEO DO RIBATEJORua Dom Gonçalo da Silveira n.º 31 - A 2080-114 Almeirim, Tel.: 243 000 087 E-mail: [email protected]
Gabinetes nas Juntas de Freguesia
do Concelho de Almeirim
Junta de Freguesia de Benfi ca Ribatejo, Raposa e Fazendas de Almeirim
Gabinete de Mação
C.M. Mação, Gabinete de Apoio à Pessoa Idosa, Câmara Municipal de Mação
LINHA DE APOIO "INFORMAR MAIS"
CAMINHALar de Santa Rita - Rua Pontault Combault, n.º 365, 4910-527, Vila Praia de Âncora Tel.: 258 921 800 E-mail: [email protected]
CAMPO MAIORGabinete Alzheimer.m@ior
Largo Dr. Alberto Santos,7073-025 Campo Maior, Tel.: 268 009 100 E-mail: [email protected]
FAFELar D.ª Alzira Oliveira Sampaio (Lar 5),Rua das Cantoneiras n.º 157,4820-587 Quinchães — FafeTel.: 253 700 690 | 936 260 325 | 969 795 595
FÁTIMA-OURÉMEstrada de Leiria, n.º 55, 2495-407 FátimaTel.: 249 538 352E-mail: [email protected]
GUIMARÃESRua da Caldeirôa, n.º 74, 4810-522 GuimarãesTel.: 253 085 967 | 914 800 261E-mail: [email protected]
LOULÉ / PORTIMÃOGabinete Alzheimer
We Care, Teach, Train
Urbanização Quinta Ouriva, Lote 3, Loja 2,Ladeira do Vau,8500-498 Portimão,Tel.: 289 411 723 | 961 726 480E-mail: [email protected]
MIRANDELARua da Republica, 209, 5370-347 Mirandela(Centro Cívico da Câmara Municipal de Mirandela)Tel.: 9364 685 96 | 963 168 159E-mail: [email protected]
PORTIMÃOGabinete Alzheimer das Gardénias
Condomínio Gardenias LivingVale Lagar n.º 13, 8500-000 Portimão, Tel.: 282 425 221 | 920 067 800E-mail: [email protected]
VIANA DO CASTELORua João Martins Viana, n.º 1054900-746 Viana do CasteloTel.: 258 845 419E-mail: [email protected]
VISEUCentro Apoio Alzheimer Viseu
Rua José Branquinho, Bloco F, R/C e Cave, 3510-001 Viseu, Tel.: 232 414 908E-mail: [email protected]
213 610 465(Antiga Escola Secundária),Rua 5 de Outubro, n.º 25, 6120-752 MaçãoTel.: 241 571 541
Gabinete de Rio Maior
C.M. Rio Maior, (antiga escola primária)Rua Professor Manuel José Ferreira, n.º 33 B, 2040-270 Rio MaiorTel.: 243 999 315
Gabinete de Santarém
Edifício da Ex-Escola Prática de Cavalaria, Praça do Município, 2005-245 SantarémTel.: 243 000 087
Gabinete de Torres Novas
Avenida 8 de Julho, Edifício do Mercado Municipal - Loja a.U. n.º 17, 2350-724 Torres Novas
GABINETES CUIDAR MELHOR
Tel.: 210 157 092E-mail: [email protected]
CASCAISCentro de Convívio do Poço Novo da Juntade Freguesia de Cascais, Rua do Poço Novo, 85 A, 2750-467 Cascais
OEIRASCentro Juventude de OeirasRua Monsenhor Ferreira de Melo,2780-141 Nova Oeiras
SINTRAServiço de Segurança e Saúde no Trabalho C.M.Sintra, Rua Dr. Álvaro Vasconcelos, n.º 45,Portela de Sintra, 2710-420 Sintra
GABINETES COM PROTOCOLO:
AZEITÃO"Gabinete Alzheimer Casa dos Avós"
Conforto dos Avós Residência Geriátrica Rua da Salmoura, n.º 9 a 9B Brejos de Azeitão, Tel.: 212 889 120
BEJA Gabinete Alémemória
Campus Instituto Politécnico de BejaRua Pedro Soares, 7800-295 Beja,Tel.: 962 334 787 | 966 880 540 | 967 444 730(a partir das 18h30)E-mail: [email protected]
CABECEIRAS DE BASTOCasa da Juventude, Associativismo, Artes, Ofícios e das GeraçõesPraça Arcipreste Francisco Xavier de Almeida Barreto, 1.º Piso, 4860-355 Cabeceiras de Basto,Tel.: 936 260 325 | 969 795 595
www.alzheimerportugal.org