departamento de ciÊncias biolÓgicas programa de pÓs ...€¦ · a chapada diamantina (bahia) e...

145

Upload: others

Post on 14-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço
Page 2: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

FERNANDA AFONSO SANTANA

A FAMÍLIA ASTERACEAE NA SERRA GERAL DE

LICÍNIO DE ALMEIDA, BAHIA, BRASIL.

FEIRA DE SANTANA - BAHIA

2013

Page 3: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA

A FAMÍLIA ASTERACEAE NA SERRA GERAL DE

LICÍNIO DE ALMEIDA, BAHIA, BRASIL.

FERNANDA AFONSO SANTANA

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Botânica da

Universidade Estadual de Feira de Santana

como parte dos requisitos para a obtenção

do título de Mestre em Botânica.

ORIENTADORA: PROFA. DRA. NÁDIA ROQUE (UFBA)

FEIRA DE SANTANA - BA

2013

Page 4: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

Ficha Catalográfica – Biblioteca Central Julieta Carteado – UEFS

Santana, Fernanda Afonso

S223f A família Asteraceae na Serra Geral de Licínio de Almeida, Bahia, Brasil / Fernanda Afonso Santana.- Feira de Santana, Bahia, 2013. 143f. :il. Orientadora: Nádia Roque

Dissertação (Mestrado em Botânica) – Universidade Estadual de Feira de Santana, Departamento de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Botânica, 2013. 1. Compositae.2. Florística. 3. Cadeia do Espinhaço. 4. Asteraceae. I. Roque, Nádia. II. Universidade Estadual de Feira de Santana. III. Departamento de Ciências Biológicas. IV. Título.

CDU: 582.998

Page 5: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. André Márcio Araújo Amorim

Universidade Estadual de Santa Cruz

Profa. Dra.Hortensia Pousada Bautista

Universidade do Estado da Bahia

Profa. Dra. Nádia Roque

Orientadora e Presidente da Banca

Universidade Federal da Bahia

Feira de Santana – BA

2013

Page 6: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

Com muito amor, aos meus pais, que não medem esforços

para me ajudar a conquistar os meus sonhos.

Page 7: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

“Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só...

mas sonho que se sonha junto é realidade.”

Raul Seixas

Page 8: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

AGRADECIMENTOS

Acima de tudo, a Deus por ter me dado coragem para iniciar, força para prosseguir e

determinação para concluir este trabalho;

Ao Programa de Pós-graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de

Santana, pela oportunidade de estudar nesta instituição de excelência em ensino;

À CAPES pela bolsa concedida durante o mestrado;

Aos professores do Programa de Pós-graduação em Botânica da Universidade Estadual

de Feira de Santana, pelos ensinamentos de imensurável significância na minha formação

como Botânica;

Aos funcionários do Programa de Pós-graduação em Botânica da Universidade

Estadual de Feira de Santana, especialmente à Adriana e Gardênia, pela pronta disposição em

ajudar sempre que lhes foi solicitado;

À Universidade Estadual de Feira de Santana, em especial ao setor de transportes, pela

disponibilização de transporte em todas as viagens de coleta;

Aos curadores e funcionários do HUEFS, BHCB, CEPEC, HRB, HUNEB DCH/VI,

JBRJ, SPF, SP e MBM pela prestatividade e atenção durante o período que visitei tais

herbários;

À Prof.ª Maria Lenise Guedes, curadora do Herbário ALCB, por ter me iniciado neste

fascinante mundo da Botânica e por ter disponibilizado o espaço do Herbário para estudos

necessários durante todo o processo deste trabalho;

Ao Laborátório FLORA da UFBA pela disponibilização de espaço para o

desenvolvimento deste trabalho;

Page 9: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

Aos projetos REFLORA (CNPq 563541/2010-5) e PRONEM (PNE 1642/2011) pela

ajuda de custo nas viagens de campo;

À FAPESB pelo financiamento da impressão desta dissertação;

Ao setor INFORMS da CONDER pela disponibilização do mapa oficial do município

de Licínio de Almeida;

À Prefeitura do Município de Licínio de Almeida por toda a atenção e auxílio

prestados durante o desenvolvimento deste trabalho;

À Prof.ª Nádia Roque, uma pessoa de qualidades incríveis, que acreditou na

potencialidade da área de estudo, confiou em mim como profissional e me deu total apoio e

atenção durante todo o tempo necessário para a conclusão deste trabalho, o que aprendi ficará

guardado para sempre;

Aos meus pais, Sr. Geraldo Afonso e Sra. Maria José e aos meus irmãos, Renata e

Plínio por todo o apoio e amor, vocês são o meu alicerce, amo muito vocês;

À Guto, o meu noivo, o meu amor, pelo companheirismo de sempre e paciência neste

período tão importante;

Aos meus tios Aloísio e Zequinha, pelo apoio e atençãoem minha passagem por São

Paulo na ocasião de visita aos herbários, o meu carinho e a minha gratidão a vocês são

inestimáveis;

Aos meus amigos, que sempre torceram por mim, Helma, Jane, Cris, Lívia, Kelly,

Carlene, Mariana e Claudia, pelas palavras e sorrisos sempre oportunos, mesmo à distância;

Às sinanterólogas do Laboratório FLORA, da Universidade Federal da Bahia, Maria

Alves, Helen Ayumi, Aline Quaresma e Lúcia Moura, que sempre estiverem a postos para me

Page 10: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

auxiliar na identificação das espécies e me mostraram com entusiasmo contagiante, o quanto a

família Asteraceae é linda, vocês são peças preciosas neste trabalho;

Aos meus colegas do laboratório FLORA, Fernanda Hurbath, Aline Stadnik, Rodrigo

Lopes e Gustavo Ramos, pela companhia e auxílio nas viagens de coleta e preciosa amizade;

À Natanael Nascimento, por todo o cuidado e capricho na ilustração das espécies

apresentadas neste trabalho.

Page 11: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

Para efeito do Código Internacional de Nomenclatura para Algas, Fungos e Plantas, esta

dissertação não constitui publicação efetiva para o nome da espécie aqui proposta. Este

nome será validado somente a patir da publicação do manuscrito aqui apresentado.

Page 12: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

SUMÁRIO

Agradecimentos

Introdução Geral ...................................................................................................................... 1

Referências bibliográficas ....................................................................................................... 4

Capítulo 1: A família Asteraceae na Serra Geral de Licínio de Almeida, Bahia, Brasil

................................................................................................................ .................................

6

Capítulo 2: A new species to a monotypic brazilian genus: Anteremanthus (Asteraceae:

Vernonieae) .........................................................................................................................

78

Considerações finais .............................................................................................................. 89

Resumo .................................................................................................................................. 90

Abstract .................................................................................................................................. 91

Apêndices ............................................................................................................................. . 92

Anexos

Page 13: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

1

INTRODUÇÃO GERAL

A Cadeia do Espinhaço compreende um grupo de serras entre os limites 10º a 20°35‘S

e 40º10‘ a 44º30‘W, formada por soerguimentos intermitentes a partir do Paleozóico e

constitui o divisor de águas entre a Bacia do Rio São Francisco e o Oceano Atlântico, indo de

Ouro Preto (MG) até a Serra de Jacobina (BA), onde recebe a denominação de Chapada

Diamantina e atingindo cerca de 1100 km de extensão latitudinal (Giulietti et al. 1997). A

Cadeia estende-se entre 50 e 100 km longitudinalmente, as altitudes variam entre 700 e 2000m

e é composta na sua maior parte por arenitos do Pré-Cambriano e rochas metamórficas, das

quais derivam solos muito pobres em nutrientes e extremamente ácidos (Harley 1995).

A Serra Geral de Licínio de Almeida (SGLA) está localizada em um trecho central da

Cadeia do Espinhaço e ocupa uma faixa longa e estreita a oeste do município de Licínio de

Almeida, região sudoeste da Bahia, entre as coordenadas 14º25‘–14º50‘S e 42º35‘–42º30‘W,

apresentando área aproximada de 24.000 ha (Figura 1) e altitudes que variam de 700 a 1230

m. O clima é semiárido com temperatura média anual de 21°C e pluviosidade anual variando

entre 500 a 1000 mm. A região faz parte da Bacia Hidrográfica do Rio de Contas e apresenta

diversas nascentes de rios, dentre elas, a do Rio do Antônio (Rio do Salto), um rio perene que

se destaca pela importância regional (Bahia 2007).

A SGLA atua como área de conectividade entre a Serra do Espinhaço (Minas Gerais) e

a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação

da Cadeia do Espinhaço (Silva et al. 2008; Zappi 2008). A fitofisionomia predominante é a de

Savana Arborizada sensu IBGE (2012), caracterizada por arbustos a árvores de até 5 m de

altura, ervas cespitosas e pequenas palmeiras e marcada por espécies como o Caryocar

brasiliense (Caryocaraceae), Bowdichia virgilioides (Fabaceae) e Kielmeyera coriacea

(Kallophylaceae) (Figura 2A).

A fitofisionomia Savana Estépica sensu IBGE (2012) é encontrada na SGLA em

localidades cujas altitudes variam entre 700 a 800 m. É caracterizada por espécies que

geralmente apresentam caracteres xeromórficos, como acúleos, microfilia, deciduidade e

folhas e caules suculentos e marcada por dois períodos sazonais, o de seca longo (abril, maio,

junho, julho, agosto, setembro, podendo durar até outubro), que pode apresentar chuvas

Page 14: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

2

intermitentes e o curto chuvoso (novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março), podendo

chegar a atingir chuvas torrenciais (Figura 2B).

Na Serra Geral de Licínio de Almeida os Campos Rupestres ocorrem entre 900 a 1200

m (Figura 2D), apresentando então menor altitude quando comparadas a outras regiões da

Cadeia do Espinhaço. Os Campos Rupestres ocorrem disjuntamente ao longo da Cadeia do

Espinhaço a partir de 900 m de altitude, chegando a atingir 2000 m. São caracterizados por

espécies herbáceo-arbustivas associadas ao substrato quartzito-arenítico, que sofreram

adaptações às rígidas variáveis ambientais, como solos rasos e ácidos, ventos fortes e

insolação, tornando este ambiente um centro de concentração de endemismos (Conceição&

Pirani 2005; Rapini 2008).

Ao longo da SGLA ocorrem afloramentos rochosos com teor substancial de ferro e

outros minérios associados, como o manganês e a sílica, em sua composição (DNPM 2009).

Sobre este substrato rico em compostos ferruginosos, o qual recebe o nome de Canga,

desenvolve-se uma vegetação composta por espécies metalófilas, que apresenta alta taxa de

endemismos e grande risco de extinção, uma vez que se localizam sobre potenciais jazidas

minerais (Jacobi & Carmo 2008). Em estudos relativos à composição florística e

fitossociologia de vegetação de Canga no estado de Minas Gerais, a família Asteraceae foi a

que apresentou maior riqueza de espécie (Jacobi et al. 2007; Jacobi et al. 2008; Jacobi &

Carmo 2008). Na Serra Geral de Licínio de Almeida, destaca-se a área de canga presente na

região do Garimpo das Ametistas, local de extração do minério ametista, onde foram

identificadas duas espécies inéditas de Asteraceae (Figura 2C).

As florestas da Cadeia do Espinhaço apresentam ampla variação no que diz respeito à

sua composição e estrutura, podendo, por exemplo, variar de perenifólia em floresta ripária a

semidecidual em encostas, sendo consideradas, juntamente com outras florestas montanas

neotropicais, como um dos ambientes menos estudados e mais ameaçados do planeta (Gentry

1993, Kamino et al. 2008). Na SGLA, este tipo vegetacional é representado por matas de

galeria que ocorrem em altitudes entre 900-1200m, sendo, portanto, classificadas como

Floresta Baixo Montana sensu Oliveira-Filho et al. (2006) (Figura 2E-F).

Considerando que os estudos relacionados à flora da família Asteraceae no estado da

Bahia estejam associados basicamente aos municípios da Chapada Diamantina (Harley &

Simmons 1986, Hind 1995), além de um checklist para o Nordeste (Hind & Miranda 2008),

Page 15: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

3

bem como a ausência de estudos sobre a biodiversidade da Serra Geral de Licínio de Almeida,

torna-se relevante a proposição de inventários que possam responder positivamente

aoaumento do conhecimento da flora desta localidade. Sendo assim, o presente trabalho tem

como objetivo o levantamento florístico da família Asteraceae na Serra Geral de Licínio de

Almeida, Bahia.

A presente dissertação é dividida em dois capítulos. O capítulo 1 é intitulado ―A

família Asteraceae na Serra Geral de Licínio de Almeida, Bahia, Brasil‖ e o capítulo 2 ―A new

species to a monotypic brazilian genus Anteremanthus (Asteraceae: Vernonieae)‖.

Page 16: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

4

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAHIA. 2007. Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável da Serra Geral. Secretaria de

Desenvolvimento e Ação Regional. 316 p.

CONCEIÇÃO, A.A. & J.R. PIRANI. 2005. Delimitação de hábitats em campos rupestres na

Chapada Diamantina, Bahia: Substrato, composição florística e aspectos estruturais.

Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo, 23: 85--111.

DNPM. 2009. Mineração no semi-árido brasileiro. Ministério de Minas e Energia,

Departamentro Nacional de Produção Mineral.200 p.

GENTRY, A.H. 1993. Patterns of diversity and floristic composition in neotropical montane

forests. Pp. 103-126. In: Churchill, S.P.; Balslev, H; Forero, E. & Luteyn, J.L. (eds.).

Biodiversity and conservation of neotropical montane forests. The New York Botanical

Garden Press.

GIULIETTI, A.M.; PIRANI, J.R, & HARLEY, R.M. 1997. Espinhaço Range region. In: S.

Davis, V.H. Heywood, O. Herrera MacBryde, J. Villa-Lobos, & A.C. Hamilton (eds).

Centers of plant diversity: a guide & strategy for their conservation. Cambridge University

Press, 3: 397- 404.

HARLEY, R.M. & SIMMONS, N.A. 1986. Florula de Mucugê, Chapada Diamantina,

Bahia, Brazil. Royal Botanic Gardens, Kew. Pp. 34-49.

HARLEY, R.M. 1995. Introduction. In: B.L. Stannard (ed.). Flora of the Pico das Almas,

Chapada Diamantina, Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. Pp. 1-40.

HIND, D.J.N. 1995. Compositae. In: B.L. Stannard (ed.). Flora of Pico das Almas - Chapada

Diamantina, Bahia, Brazil. Kew: Royal Botanic Gardens. Pp. 175--278.

HIND, D.J.N. & MIRANDA, E.B. 2008. Lista Preliminar da família Compositae na Região

Nordeste do Brasil.Royal Botanic Gardens, Kew. Pp. 8--84.

IBGE. 2012. Manual técnico da vegetação brasileira. 2ª edição revista e ampliada. Disponível

em: http://www.ibge.gov.br. Acessado em: 01 dez. 2012.

JACOBI, C.M.; CARMO, F.F. DO; VINCENT, R.C.; STEHMAN, J.R. 2007. Plant

communities on ironstoneoutcrops: a diverse and endangered ecosystem. Biodiversity

and Conservation, 16:2185-2200.

Page 17: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

5

JACOBI, C.M. & CARMO, F.F DO. 2008. Diversidade dos campos rupestres ferruginosos

no Quadrilátero Ferrífero, MG. Megadiversidade, 4: 24- 32.

JACOBI, C.M.; CARMO, F.F. DO & VINCENTE, R. DE C. 2008. Estudo

fitossociológico de uma comunidade vegetal sobre canga como subsídio para a

reabilitação de áreas mineradas no quadrilátero ferrífero, MG. Revista Árvore, 32: 345-

353.

KAMINO, L.H.Y; OLIVEIRA-FILHO, A.T. DE; STEHMAN, J.R. 2008. Relações

florísticas entre as florestas da Cadeia do Espinhaço, Brasil. Megadiversidade, 4: 39-49.

OLIVEIRA-FILHO, A.T., JARENKOW, J.A. & M.J.N. RODAL. 2006. Floristic

Relationships of Seasonally Dry Forests of Eastern South America based on Tree

Species Distribution Patterns. in: Pennington, R. T.; Lewis, G.P. &Ratter, J.A. (org.).

Neotropical Savannas and Seasonally Dry Forests: Plant Diversity, Biogeography, and

Conservation. Systematics Association Special volume no. 69. CRC Preess, Boca Raton.

RAPINI, A., RIBEIRO, P.L., LAMBERT, S. & PIRANI, J.R. 2008. A flora dos campos

rupestres da Cadeia do Espinhaço. Megadiversidade, 4: 19--21.

SILVA, J.A., R.B. MACHADO, AA. AZEVEDO, G.M. DRUMOND, R.L. FONSECA,

M.F. GOULART, E.A. MORAES JÚNIOR, C.S. MARTINS, M.B. RAMOS NETO.

2008. Identificação de áreas insubstituíveis para conservação da Cadeia do Espinhaço,

estados de Minas Gerais e Bahia, Brasil. Megadiversidade, 4(1-2): 272--309.

ZAPPI, D.C. 2008. Fitofisionomia da Caatinga associada à Cadeia do Espinhaço.

Megadiversidade, 4: 34--38.

Page 18: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

6

CAPÍTULO 1

A FAMÍLIA ASTERACEAE NA SERRA GERAL DE LICÍNIO DE ALMEIDA, BAHIA, BRASIL

FERNANDA A. SANTANA¹ & NÁDIA ROQUE¹‘²

1Programa de Pós-Graduação em Botânica, Depto. de Ciências Biológicas, Universidade

Estadual de Feira de Santana, Km 03, BR 116, 44031-460, Feira de Santana, Bahia, Brasil.

2Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, Campus Universitário de Ondina,

40170-110 Salvador, Bahia, Brasil.

ASTERACEAE DE LICÍNIO DE ALMEIDA, BAHIA, BRASIL.

Capítulo a ser submetido à Revista Sitientibus série Ciências Biológicas

Page 19: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

7

Resumo - (A família Asteraceae na Serra Geral de Licínio de Almeida, Bahia, Brasil)

A Serra Geral de Licínio de Almeida (SGLA) está localizada na porção central da Cadeia do

Espinhaço, região carente em pesquisas botânicas. Neste trabalho é apresentado um

levantamento florístico da flora de Asteraceae para a SGLA. As coletas foram realizadas

através de seis viagens bimestrais (2011-2012) ao campo e o material coletado encontra-se

inserido no Herbário HUEFS. Os resultados são apresentados através do checklist das

espécies, chaves de tribos e de espécies, seguido de comentários diagnósticos, aspectos da

fenologia reprodutiva e distribuição geográfica de cada táxon. Foram encontrados 12 tribos,

38 gêneros e 82 espécies. Destas, 13 são novas ocorrências para o estado da Bahia (Aldama

oblongifolia, Aldama bracteata, Aspilia eglerii, Aspilia floribunda, Dasyphyllum vagans,

Eremanthus polycephalus, Gochnatia discolor, Lychnophora ramosissima, Lepidaploa

barbata, Lessingianthus laevigatus, Lessingianthus psilophyllus, Mikania obtusata e

Proteopsis argentea) e duas são espécies novas para a ciência (Lychnophora sp. 1 e

Anteremanthus sp. nov.). A tribo mais representativa foi Vernonieae (36 spp.), seguida de

Eupatorieae (17 spp.) e Heliantheae (oito spp.). O gênero com maior número de espécies foi

Lessingianthus (oito spp.), seguido de Lepidaploa, Vernonanthura e Gochnatia, com cinco

espécies cada. Como parte dos dados é incluído o mapa da área de estudo e as respectivas

localidades de coleta, além das ilustrações inéditas de Agrianthus myrtoides, Aspilia

floribunda, Anteremanthus sp. nov., Chresta harleyi, Gochnatia densicephala, Lychnophora

sp. 1. e Stomatanthes polycephalus.

Palavras-chave adicionais: Compositae, florística, Cadeia do Espinhaço.

Page 20: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

8

Abstract - (The Asteraceae family in Serra Geral de Licínio de Almeida, Bahia, Brazil)

Serra Geral de Licínio de Almeida (SGLA) is located in the central portion of the Espinhaço

range, a region with no floristic studies. This paper presents the inventory of Asteraceae for

the SGLA. Samples were collected in six bimonthly field trips (2011-2012) and the collected

materials are inserted at HUEFS Herbarium. The results are presented in the checklist of the

species, keys to tribes and species, followed by comments, aspects of reproductive phenology

and geographical distribution of each species. Eighty-three species and 38 genera were found,

represented in 12 tribes of Asteraceae. Of these, 13 are new records for Bahia state (Aldama

oblongifolia, Aldama bracteata, Aspilia eglerii, Aspilia floribunda, Dasyphyllum vagans,

Eremanthus polycephalus, Gochnatia discolor, Lychnophora ramosissima, Lepidaploa

barbata, Lessingianthus laevigatus, Lessingianthus psilophyllus, Mikania obtusata e

Proteopsis argentea) and two are new species to science (Lychnophora sp. 1 and

Anteremanthus sp. nov.). The most representative tribe was Vernonieae (36 spp.), followed by

Eupatorieae (17 spp.) and Heliantheae (8 spp.). The genera with the largest number of species

were Lessingianthus (eight spp.), followed by Lepidaploa, Vernonanthura and Gochnatia,

with five species each. A map of the study area with the respective collection sites and

unpublished illustrations of Agrianthus myrtoides, Aspilia floribunda, Anteremanthus sp. nov.,

Chresta harleyi, Gochnatia densicephala, Lychnophora sp. 1 and Stomatanthes polycephalus

are included as part of the results.

Additional keywords: Compositae, floristic, Cadeia do Espinhaço.

Page 21: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

9

INTRODUÇÃO

A Cadeia do Espinhaço compreende um grupo de serras entre os limites 10º a 20°35‘S

e 40º10‘ a 44º30‘W, formada por soerguimentos intermitentes a partir do Paleozóico e

constitui o divisor de águas entre a Bacia do Rio São Francisco e o Oceano Atlântico, indo de

Ouro Preto (MG) até a Serra de Jacobina (BA), onde recebe a denominação de Chapada

Diamantina e atingindo cerca de 1100 km de extensão latitudinal (Giulietti et al. 1997). A

Cadeia estende-se entre 50 e 100 km longitudinalmente, as altitudes variam entre 700 e 2000m

e é composta na sua maior parte por arenitos do Pré-Cambriano e rochas metamórficas, das

quais derivam solos muito pobres em nutrientes e extremamente ácidos (Harley 1995).

A Serra Geral de Licínio de Almeida (SGLA) está localizada em um trecho central da

Cadeia do Espinhaço e ocupa uma faixa longa e estreita a oeste do município de Licínio de

Almeida, região sudoeste da Bahia, entre as coordenadas 14º25‘–14º50‘S e 42º35‘–42º30‘W,

apresentando área aproximada de 24.000 ha (Figura 1) e altitudes que variam de 700 a 1230

m. O clima é semiárido com temperatura média anual de 21°C e pluviosidade anual variando

entre 500 a 1000 mm. A região faz parte da Bacia Hidrográfica do Rio de Contas e apresenta

diversas nascentes de rios, dentre elas, a do Rio do Antônio (Rio do Salto), um rio perene que

se destaca pela importância regional (Bahia 2007).

A SGLA atua como área de conectividade entre a Serra do Espinhaço (Minas Gerais) e

a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação

da Cadeia do Espinhaço (Silva et al. 2008; Zappi 2008). A fitofisionomia predominante é a de

Savana Arborizada sensu IBGE (2012), caracterizada por arbustos a árvores de até 5 m de

altura, ervas cespitosas e pequenas palmeiras e marcada por espécies como o Caryocar

brasiliense (Caryocaraceae), Bowdichia virgilioides (Fabaceae) e Kielmeyera coriacea

(Kallophylaceae) (Figura 2A).

A fitofisionomia Savana Estépica sensu IBGE (2012) é encontrada na SGLA em

localidades cujas altitudes variam entre 700 a 800 m. É caracterizada por espécies que

geralmente apresentam caracteres xeromórficos, como acúleos, microfilia, deciduidade e

folhas e caules suculentos e marcada por dois períodos sazonais, o de seca longo (abril, maio,

junho, julho, agosto, setembro, podendo durar até outubro), que pode apresentar chuvas

Page 22: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

10

intermitentes e o curto chuvoso (novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março), podendo

chegar a atingir chuvas torrenciais (Figura 2B).

Na Serra Geral de Licínio de Almeida os Campos Rupestres ocorrem entre 900 a 1200

m (Figura 2D), apresentando então menor altitude quando comparadas a outras regiões da

Cadeia do Espinhaço. Os Campos Rupestres ocorrem disjuntamente ao longo da Cadeia do

Espinhaço a partir de 900 m de altitude, chegando a atingir 2000 m. São caracterizados por

espécies herbáceo-arbustivas associadas ao substrato quartzito-arenítico, que sofreram

adaptações às rígidas variáveis ambientais, como solos rasos e ácidos, ventos fortes e

insolação, tornando este ambiente um centro de concentração de endemismos (Conceição &

Pirani 2005; Rapini 2008).

Ao longo da SGLA ocorrem afloramentos rochosos com teor substancial de ferro e

outros minérios associados, como o manganês e a sílica, em sua composição (DNPM 2009).

Sobre este substrato rico em compostos ferruginosos, o qual recebe o nome de Canga,

desenvolve-se uma vegetação composta por espécies metalófilas, que apresenta alta taxa de

endemismos e grande risco de extinção, uma vez que se localizam sobre potenciais jazidas

minerais (Jacobi & Carmo 2008). Em estudos relativos à composição florística e

fitossociologia de vegetação de Canga no estado de Minas Gerais, a família Asteraceae foi a

que apresentou maior riqueza de espécie (Jacobi et al. 2007; Jacobi et al. 2008; Jacobi &

Carmo 2008). Na Serra Geral de Licínio de Almeida, destaca-se a área de canga presente na

região do Garimpo das Ametistas, local de extração do minério ametista, onde foram

identificadas duas espécies inéditas de Asteraceae (Figura 2C).

As florestas da Cadeia do Espinhaço apresentam ampla variação no que diz respeito à

sua composição e estrutura, podendo, por exemplo, variar de perenifólia em floresta ripária a

semidecidual em encostas, sendo consideradas, juntamente com outras florestas montanas

neotropicais, como um dos ambientes menos estudados e mais ameaçados do planeta (Gentry

1993, Kamino et al. 2008). Na SGLA, este tipo vegetacional é representado por matas de

galeria que ocorrem em altitudes entre 900 - 1200m, sendo, portanto, classificadas como

Floresta Baixo Montana sensu Oliveira-Filho et al. (2005) (Figura 2E-F).

Asteraceae é a maior família das angiospermas compreendendo 1600-1700 gêneros e

ca. 24.000 espécies, podendo alcançar até 30.000 espécies. Apresenta distribuição

cosmopolita, com exceção da Antártica, porém com representação mais ampla nas regiões

Page 23: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

11

temperadas e semiáridas dos trópicos e subtrópicos (Funk et al. 2009). Recentemente, Funk et

al. (2009), a partir da análise filogenética utilizando diversos marcadores moleculares,

reconheceram para a família 12 subfamílias e 43 tribos. No Brasil, ocorrem 27 tribos, 275

gêneros e 2.043 espécies (Nakajima et al. 2012).

As espécies são geralmente terrestres, raramente epífitas ou aquáticas. Apresentam

hábito herbáceo, subarbustivo, arbustivo, raramente arbóreo ou lianescente. Suas folhas são

simples, raro compostas, em roseta, alternas ou opostas, sem estípulas. A inflorescência

ocorre em capítulo com desenvolvimento centrípeto, circundado por brácteas involucrais.

Suas flores apresentam corola tubular, actinomorfas a zigomorfas; os cinco estames são

adnatos à corola e as anteras são sinânteras, caudadas ou ecaudadas, calcaradas ou

ecalcaradas, com exposição secundária do grão de pólen; os estiletes são bífidos e apresentam

ramos de ápice cônico ou truncado, glabros ou com tricomas ou papilas; o ovário é ínfero,

bicarpelar e se desenvolve em uma cipsela geralmente com pápus (Bremer 1994; Funk et al.

2009).

Considerando que os estudos relacionados à flora da família Asteraceae no estado da

Bahia estejam associados basicamente aos municípios da Chapada Diamantina (Harley &

Simmons 1986, Hind 1995), além de um checklist para o Nordeste (Hind & Miranda 2008),

bem como a ausência de estudos sobre a biodiversidade da Serra Geral de Licínio de Almeida,

a qual se encontra inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

(Silva et al. 2008; Zappi 2008), torna-se relevante a proposição de inventários que possam

responder positivamente ao aumento do conhecimento da flora desta localidade. Sendo assim,

o presente trabalho tem como objetivo o levantamento florístico da família Asteraceae na

Serra Geral de Licínio de Almeida, Bahia.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram realizadas seis viagens de coleta no período de um ano, nos meses de julho,

setembro, dezembro de 2011 e fevereiro, maio e julho de 2012. Os materiais coletados foram

herborizados e depositados no herbário HUEFS e com duplicatas enviadas ao ALCB.

Também foram realizadas visitas às principais coleções de referência para o estado e para a

Page 24: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

12

Cadeia do Espinhaço, entre eles, os Herbários ALCB, BHCB, CEPEC, HUEFS, HUNEB

DCH/VI, HRB, MBM, RB, SP e SPF (acrônimos conforme Thiers 2012).

O tratamento taxonômico é composto pelas chaves de tribo e de espécies, seguidas de

comentários diagnósticos, dados da fenologia reprodutiva e da distribuição geográfica e lista

de material examinado. Para a identificação das espécies foi consultada a bibliografia

especializada (revisões, monografias e teses), além do acervo de referência da orientadora. Os

comentários diagnósticos referentes à morfologia das estruturas reprodutivas e vegetativas

foram elaborados conforme Radford et al. (1974) e Roque & Bautista (2008).

A apresentação das tribos está em ordem evolutiva de acordo com Funk et al. (2009)

começando da tribo mais basal, Barnadesieae e finalizando com a tribo Eupatorieae. Dentro de

cada tribo, os gêneros e suas respectivas espécies estão apresentados em ordem alfabética.

Para cada espécie é apresentada, em um único parágrafo, a caracterização morfológica

diagnóstica em relação às demais espécies na SGLA, dados da fenologia reprodutiva e da

distribuição geográfica. Gêneros monoespecíficos ou com uma única espécie representada na

SGLA são apresentados concomitantes com a espécie. Foi elaborada uma tabela com a relação

das espécies encontradas na SGLA, seguidas da fitofisionomia de ocorrência e período

reprodutivo de acordo com a sazonalidade. Para as pranchas esquemáticas, priorizou-se a

escolha de espécies que não apresentam desenhos esquemáticos publicados.

A distribuição geográfica e os domínios fitogeográficos dos táxons para o Brasil

podem ser consultados no sítio http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/ (Nakajima et al. 2012). O

diagnóstico de prováveis endemismos e as informações sobre a distribuição geográfica

dasespécies foram obtidos através de estudos de materiais de herbário e análise comparativa

entre os levantamentos florísticos realizados na Cadeia do Espinhaço.

Para a confecção do mapa de localização da área de estudo foi utilizado o software

ArcGIS 9.3.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para a SGLA, foram encontradas 12 tribos, 38 gêneros e 82 espécies de Asteraceae

(Tabela 1). Destas, 13 são apresentadas como novas ocorrências para o estado da Bahia,

dentre as quais, cinco eram até então consideradas endêmicas do estado de Minas Gerais

Page 25: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

13

(Aspilia eglerii, Eremanthus polycephalus, Gochnatia discolor, Lychnophora ramosissima e

Proteopsis argentea) e as demais basicamente representavam distribuição centrada no sudeste

e centro-oeste do país (Aspilia floribunda, Aldama oblongifolia, Aldama bracteata,

Dasyphyllum vagans, Lepidaploa barbata, Lessingianthus laevigatus, Lessingianthus

psilophyllus, Mikania obtusata).

Foram encontradas duas espécies novas, Lychnophora sp. 1 e Anteremanthus sp. nov.,

associadas exclusivamente à Vegetação de Canga. Estudos florísticos realizados neste tipo de

vegetação indicam a família Asteraceae como a que apresenta maior riqueza de espécies

(Jacobi & Carmo 2008). No entanto, Carmo et al. (2012), reconhecem que há grande

dissimilaridade entre as vegetações de áreas de Canga, que por sua vez é marcada por alta taxa

de endemismo e espécies em risco de extinção. Anteremanthus, até então reconhecido como

um gênero monotípico, representado pela espécie A.hatschbachii H.Rob., é considerado raro e

vulnerável por apresentar distribuição conhecida apenas para Grão Mogol e região (Giullietti

et al. 2009). Anteremanthus sp. nov. até então só foi coletada em Vegetação de Canga do

Garimpo das Ametistas e de área adjacente, o Garimpo dos Areiões.

A tribo mais representativa foi Vernonieae (36 spp.), seguida de Eupatorieae (17 spp.)

e Heliantheae (oito spp.). Em levantamentos florísticos para a família na Cadeia do

Espinhaço, as duas primeiras tribos alternam o primeiro lugar em número de espécies, sendo

que Vernonieae apresenta maior riqueza na Serra do Cipó e Serra do Cabral e Eupatorieae

ocupa a primeira colocação no Parque Estadual de Ibitipoca, Grão Mogol, Pico das Almas,

Catolés e Itacolomi (Giulietti et al. 1987; Hind et al. 1995; Pirani et al. 2003; Zappi et al.

2003; Hatschbach et al. 2006; Almeida 2008; Borges et al. 2010).

O gênero com maior número de espécies foi Lessingianthus (oito spp.), seguido de

Lepidaploa, Vernonanthura e Gochnatia, com cinco espécies cada. Curiosamente, estes

gêneros têm grande representatividade em fitofisionomias associadas ao bioma Cerrado

(Mendonça et al. 1998).

A fitofisionomia que apresentou maior número de espécies foi a de Savana Arborizada

(64 spp.), sendo que algumas das espécies com registro para este tipo vegetacional também

foram coletadas na Savana Estépica (10 spp.) e no Campo Rupestre (12 spp.). A que

apresentou menor número de espécies foi a Vegetação de Canga (sete spp.), sendo que duas

Page 26: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

14

destas espécies ocorrem somente nesta fitofisionomia (Anteremanthus sp.nov. e

Gymnanthemun amygdalinum) (Tabela 1).

Em relação ao período reprodutivo, 68 espécies apresentaram floração no período

sazonal da seca (Tabela 1). Tal período é caracterizado pelo aumento do fotoperíodo e da

temperatura ambiente e diminuição da umidade do ar, sendo assim, acredita-se que tais

aspectos possam influenciar na fenologia reprodutiva destas espécies, intensificando a

floração e acelerando o processo de maturação das cipselas.

Chave para as Tribos de Asteraceae na SGLA

(modificada de Roque, dados não publicados).

1. Ramos geralmente armados (presença de espinhos geminados axilares); brácteas involucrais

com ápice mucronado ou espinescente; pápus viloso ........................................ 1. Barnadesieae

1‘. Ramos inermes (sem espinhos); brácteas involucrais não mucronadas ou espinescentes no

ápice; pápus cerdoso, plumoso, paleáceo ou de outros tipos.

2. Brácteas involucrais papiráceas, hialinas e coloridas (alvas ou amarelas)

........................................................................................................................ 6. Gnaphalieae

2‘. Brácteas involucrais cartáceas ou coriáceas, opacas e geralmente verdes ou castanhas

(alvas a cremes em Riencourtia e Ichthyothere).

3. Brácteas involucrais com estrias castanhas; pápus de páleas livres entre si

................................................................................................................ 9. Neurolaeneae

3.‘ Brácteas involucrais com estrias verdes ou inconspícuas; pápus cerdoso, aristado,

coroniforme, ausente ou de outros tipos.

4. Capítulos discóides (todas as flores com corola tubulosa ou bilabiada), flores

homógamas (mesmo arranjo sexual).

5. Árvores caducifólias; capítulos solitários no ápice dos ramos

....................................................................................................... 3. Wunderlichieae

5‘. Ervas, subarbustos, arbustos, árvores, perenifólios; capítulos organizados em

capitulescências.

6. Capítulo com todas as flores bilabiadas; ramos do estilete truncados,

penicelados ................................................................................... 2. Nassauvineae

Page 27: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

15

6‘. Capítulo com todas as flores tubulosas; ramos do estilete obtusos ou agudos,

glabros, papilosos ou pilosos.

7. Flores com corola creme ou alva; ramos do estilete curto-ramificados,

glabros ......................................................................................... 4. Gochnatieae

7‘. Flores com corola rósea ou lilás; ramos do estilete longo-ramificados,

papilosos ou pilosos.

8. Ramos do estilete com apêndices estéreis ou papilosos, geralmente obtusos

ou clavados; pápus simples ..................................................... 12. Eupatorieae

8‘. Ramos do estilete com apêndices pilosos (pilosidade se estendendo abaixo

da bifurcação), agudos; pápus geralmente duplo ....................... 5. Vernonieae

4‘. Capítulos radiados ou disciformes (flores com 2 ou mais tipos de corola),

heterógamas (arranjos sexuais distintos).

9. Plantas dióicas, se monóicas com flores filifomes, pistiladas em muitas séries

.................................................................................................................. 7. Astereae

9‘. Plantas monóicas, flores tubulosas, pistiladas 1--3 ou uma série de flores do

raio verdadeiras, pistiladas ou estéreis.

11. Lâmina foliar trilobada, inteira apenas próxima à capitulescência; pápus

aristado com cerdas retrorsas; anteras com tecas castanhas

....................................................................................................... 8. Coreopsideae

11‘. Lâmina foliar inteira em toda a planta; pápus coroniforme, de aristas lisas ou

ausente; anteras com tecas negras.

12. Capítulo disciforme com 2--3 flores pistiladas e ca. 60 funcionalmente

estaminadas ............................................................................... 11. Millerieae

12. Capítulo disciforme com 1 flor pistilada e 6--8 masculinas ou capítulo

radiado .................................................................................... 10. Heliantheae

1. TRIBO BARNADESIEAE D.DON

A Tribo Barnadesieae é facilmente distinguível pela presença frequente de espinhos

geminados axilares, tricomas barnadesióides, corola vilosa, estilete curtamente bilobado,

glabro ou papiloso e pápus viloso (Bremer 1994; Stuessy et al. 2009). Compreende nove

Page 28: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

16

gêneros e 92 espécies restritas à América do Sul (Stuessy et al. 2009, Funk & Roque 2011).

No Brasil, está representada por quatro gêneros e 18 espécies (Nakajima et al. 2012) e na

SGLA foi encontrado um gênero e duas espécies.

1.1. Dasyphyllum Kunth.

Dasyphyllum é representado por árvores, arbustos ou lianas, comumente com espinhos

axilares; capítulos homógamos, discóides; brácteas involucrais imbricadas, multisseriadas,

ápice mucronado, apiculado ou aristado; receptáculo piloso; corola creme, tubulosa, tubo

externamente glabro, glabrescente ou seríceo, internamente seríceo; cipsela serícea; e pápus

viloso, estramíneo (Stuessy & Urtubey 2009; Saavedra 2011). O gênero compreende 33

espécies com distribuição por toda a América do Sul, com exceção da região amazônica

(Saavedra 2011). O Brasil apresenta a maior diversidade deste gênero, com o registro de 15

espécies (Nakajima et al.2012).

Chave para as espécies de Dasyphyllum

1. Árvore com ramos decumbentes; capitulescência racemiforme, capítulos 0,7--1,5 x 0,4--0,6

cm; brácteas involucrais castanho-esverdeadas .......................................................... D. vagans

1‘. Arbusto com ramos eretos; capítulos solitários, terminais, 1,8--3,3 x 1,2--2,2 cm; brácteas

involucrais douradas ............................................................................................... D. donianum

1.1.1. Dasyphyllum donianum (Gardner) Cabrera

Figura 4 A,B

Dasyphyllum donianum é um arbusto de ramos eretos, com presença de espinhos

geminados, invólucro infundibular e brácteas involucrais douradas, com ápice apiculado.

Diferencia-se de Dasyphyllum sprengelianum (Gardner) Cabrera, espécie com a qual é

frequentemente confundida, principalmente por apresentar brácteas involucrais da série mais

interna eretas (vs. reflexas) e face interna do tubo da corola com indumento seríceo na base e

na altura da inserção dos filetes (vs. face interna do tubo da corola completamente seríceo)

(Saavedra 2011). A espécie é endêmica do Brasil e ocorre nos estados da Bahia, Goiás,

Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais e Tocantins (Nakajima et al. 2012). A espécie é

Page 29: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

17

amplamente distribuída na SGLA nas fitofisionomias de Savana Arborizada, Savana Estépica

e Campo Rupestre. Foi coletada em antese no mês de maio, flores e frutos no mês de julho e

frutos no mês de setembro. Foi observado que nos meses de julho e setembro, correspondentes

ao período de seca, a espécie apresentou-se caducifólia.

Material examinado - Lagoa da Vereda, 14°34'11'' S, 42°27'59'' W alt. 738m, 11 dez. 2009,

F.S. Gomes et al. 377 (ALCB, HUEFS, MBM); Trilha para a Barragem de Tauape, 15

jul.2011, F.A. Santana et al. 35 (HUEFS); Região de Formigas, 14º27‘52‖S, 42º32‘0,9‖W, 16

jul.2011, F.A. Santana et al. 48 (HUEFS); Fazenda Jambreiro, 14º35‘12,3‖S, 42º32‘24,5‖W,

15 set. 2011, F.A. Santana et al. 54 (HUEFS); Trilha do Cascarrento, 14º33‘9,1‘S,

42º34‘11‖W, 1029 m, 16 set. 2011, F.A. Santana et al. 76 (HUEFS); Serra do Saco da Onça,

14º44‘46,8‖S, 42º34‘26‖W, 980m, 17 set. 2011, F.A. Santana et al. 83 (HUEFS); Estrada p/

Fazenda Riacho de Areia, 14º45'29,0"S, 42º34'32"W, 1112m, 12 mai. 2012, F.A. Santana 163

(HUEFS); Riacho Fundo, 14º35'18,9"S, 42º32'23,1"W, 860 m, 19 jul. 2012, F.A. Santana et

al. 172 (HUEFS).

1.1.2. Dasyphyllum vagans (Gardner) Cabrera

Dasyphyllum vagans pode ser distinguida de D. donianum por apresentar hábito

arbóreo com ramos decumbentes, capítulos em capitulescência racemiforme, invólucro

campanulado, brácteas involucrais verdes, as mais internas castanhas e ápice apiculado. É

considerada endêmica do Brasil (Nakajima et al. 2012) e foi coletada na SGLA com flor e

fruto no mês de setembro somente em Mata de Galeria.

Material examinado - Trilha da Fazenda Matinha para o Xaxá, 14º40'31"S, 42º32'35,9", 872

m, 17set.2011, F.A.Santanaet al. 86(HUEFS).

2. TRIBO NASSAUVIEAE CASS.

A Tribo Nassauvieae constitui um grupo natural e caracterizado pelas flores com

corola bilabiada e ramos do estilete truncados e com uma coroa de pêlos coletores no ápice,

glabros na face externa e papilosos na superfície interna (Katinas et al. 2008). Apresenta 25

gêneros e cerca de 320 espécies, distribuídas pela América do Sul e Central, principalmente na

Argentina e Chile, México, raramente na América do Norte e Ásia (Katinas et al. 2008). Para

Page 30: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

18

o Brasil há o registro de sete gêneros e de 37 espécies (Nakajima et al. 2012) e na SGLA foi

encontrada uma única espécie.

2.1. Trixis P. Browne

2.1.1. Trixis vauthieri DC.

Figura 4C

Trixis é um gênero representado por ervas ou arbustos; capitulescência em corimbo ou

panícula; receptáculo piloso; flores com corola bilabiada, geralmente amarela, pápus

barbelado, caduco e cipsela rostrada (Katinas 1996). Compreende 37 espécies, amplamente

distribuídas na região Neotropical, ocorrendo desde o sul dos Estados Unidos até regiões

centrais da Argentina (Katinas 1996). No Brasil são encontradas 15 espécies e na SGLA foi

coletada uma única espécie.

Trixis vauthieri é reconhecida pelo hábito arbustivo, ramos eretos, alados, viscosos;

lâmina foliar lanceolada, decorrente; capitulescência corimbosa; invólucro bisseriado, brácteas

involucrais verdes; corola amarela; pápus unisseriado, alvo. A espécie é endêmica do Brasil e

ocorre nas regiões Sudeste e Nordeste. (Nakajima et al. 2012). A espécie foi coletada com

flores no mês de julho em fitofisionomia de Savana Arborizada, tendo sido observada a sua

ocorrência também em fitofisionomia de Savana Estépica.

Material examinado - Garimpo dos Areiões, 14 jul. 2011, F.A. Santana et al. 20 (HUEFS).

3. TRIBO WUNDERLICHIEAE PANERO & V.A. FUNK.

A Tribo Wunderlichieae caracteriza-se pelos ramos do estilete curtamente ramificados,

papilosos acima e abaixo do ponto de bifurcação, receptáculo paleáceo e pápus subpaleáceo

(Ortiz et al. 2009). Apresenta quatro gêneros e 36 espécies que se distribuem pelo Escudo das

Guianas e Brasil (Funk et al. 2009). No Brasil são registrados três gêneros e oito espécies

(Nakajima et al. 2012).

3.1. Wunderlichia Riedel ex Benth.& Hook.f.

3.1.1. Wunderlichia mirabilis Riedel ex Baker

Figura 4D,E

Page 31: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

19

Wunderlichia são arbustos a pequenas árvores, com folhas coriáceas, caducifólias;

capítulos 1-7 no ápice dos ramos, discóides, homógamos, flores tubulosas, actinomorfas,

anteras com apêndices apicais longos, caudadas (Bremer 1994). É um gênero endêmico do

Brasil e com cinco espécies distribuídas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste (Bahia)

e Norte (Tocantins) (Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi coletada apenas uma espécie, W.

mirabilis.

Wundelichia mirabilis é uma arvoreta de ramos e folhas lanosos, caducifólia no

período reprodutivo; capítulos solitários no ápice dos ramos, grandes (5--7x6--9 cm);

invólucro campanulado, multisseriado, brácteas involucrais lanosas; flores com corola creme;

e cipsela tomentosa. Na SGLA a espécie foi coletada com flores no mês de julho em

Vegetação de Canga e novembro em afloramentos rochosos em fitofisionomia de Savana

Arborizada.

Material examinado - Estrada para Caetité, 14°32'15''S, 42°31'51''W, 761m, 03 nov. 2006,

R.F. Souza-Silva et al. 238 (HUEFS); Garimpo das Ametistas, 14º31‘52,7‖S, 42º32‘01,8‖W,

786 m, 14 jul. 2011, F.A. Santana et al. 28 (HUEFS).

4. TRIBO GOCHNATIEAE PANERO &V.A.FUNK

A Tribo Gochnathieae apresenta como caracteres diagnósticos os ramos do estilete

glabros, as anteras com apêndices apiculados, cipsela 5-costada e pápus cerdoso, com 1-3

séries e 20-90 elementos (Roque & Funk 2013). Apresenta quatro gêneros e cerca de 85

espécies, distribuídas desde o sul dos Estados Unidos à Argentina (Funk et al. 2009). No

Brasil são encontrados dois gêneros (Gochnatia, Richterago) e 37 espécies (Nakajima et al.

2012). Para a SGLA foram encontrados dois gêneros e cinco espécies.

Chave para as espécies de Gochnatieae

1. Árvores a arbustos ginodióicos; capitulescência em panícula congesta, pluricéfala; flores

com corola creme; pápus cerdoso, 2-3 séries.

2. Capitulescência em racemos corimbiformes, mais curta do que as

folhas........................................................................................................... Gochnatia discolor

2‘. Capitulescência em panícula, ultrapassando as folhas.

Page 32: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

20

3. Capítulos sésseis.

4. Lâmina foliar orbicular a oval, base arredondada ...................................G. blanchetiana

4‘. Lâmina foliar elíptica, base atenuada .................................................... G. densicephala

3‘. Capítulos pedicelados.

5. Árvores, polígamas; lâmina foliar ovado-lanceolada, base arredondada, estilopódio

sem tricomas...............................................................................................G.polymorpha

5‘. Arbustos, ginodióicas; lâmina foliar lanceolada ou elíptica, base atenuada,

estilopódio com tricomas .............................................................................. G. floribunda

1‘. Ervas a subarbustos monóicos; capitulescência em panícula depauperada, paucicéfala;

flores com corola alva; pápus cerdoso, unisseriado................................... Richterago discoidea

4.1. Gochnatia Kunth

Gochnatia compreende 68 espécies que ocorrem predominantemente nos Neotrópicos

e com apenas duas espécies no continente asiático. O gênero caracteriza-se pelos capítulos

homógamos, discóides e corolas tubulosas, predominantemente amarelas ou cremes,

raramente laranja ou rosa e apêndice do conectivo da antera apiculado (Freire et al. 2002). No

Brasil, Gochnatia está representado por 20 espécies, bem distribuídas em quase todo o país,

com exceção da região Norte (Nakajima et al. 2012). Destas, cinco ocorrem nas áreas de

Savana Arborizada da SGLA.

4.1.1. Gochnatia blanchetiana (DC.) Cabrera

Fig. 4F

Gochnatia blanchetiana é a única das espécies representantes do gênero na SGLA a

apresentar a lâmina foliar orbicular a ovada, de base arredondada a desigual e ápice

arredondado a emarginado, além da capitulescência em panícula de glomérulos e a corola com

tricomas glandulares. A espécie é endêmica do Brasil e encontrada nos estados de Ceará,

Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais e Espírito Santo (Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi

coletada com flores nos meses de maio e flores e frutos no mês de julho em fitofisionomia de

Savana Arborizada.

Material examinado - Trilha para a Barragem de Tauape, 15 jul. 2011, F.A. Santana et al.36

(HUEFS); Estrada de Duas Passagens para Comunidade Quilombola São Domingos,

Page 33: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

21

14º28'11,5"S, 42º33'50,6"W, 954 m, 16 jul. 2011, F.A. Santana et al. 43 (HUEFS); Estrada

para Fazenda Riacho de Areia 14º45‘29‖S, 42º34‘32‖W, 1112 m, 12 mai. 2012, F.A. Santana

et al. 168 (HUEFS).

4.1.2. Gochnatia densicephala (Cabrera) G. Sancho

Fig. 3A-L, 4G

Gochnatia densicephala caracteriza-se pela lâmina foliar elíptica, base decorrente,

ápice agudo a mucronado, capitulescência em panícula, capítulos pedunculados e resinosos. É

endêmica do Brasil e ocorre nos estados da Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e

Rio de Janeiro (Nakajima et al. 2012). Na SGLA a espécie foi coletada com flores nos meses

de julho e setembro em fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado - Cascarrento, 14º33'13,7"S, 42º33'19,6"W, 970 m, 19 jul. 2012, F.A.

Santana et al. 182 (HUEFS); Saco da Onça, 14º44'44,2''S, 42º34'23,5"W, 1024 m, 21 jul.

2012, F.A. Santana et al. 198 (HUEFS);

4.1.3. Gochnatia discolor Baker

Gochnatia discolor pode ser caracterizada pelo hábito arbóreo, folhas elípticas ou

obovadas, capitulescência em racemo corimbiforme mais curta do que as folhas. É endêmica

do Brasil e sua ocorrência era, até então, referida apenas para o estado de Minas Gerais

(Nakajima et al. 2012). Na SGLA a espécie foi coletada com flores no mês de maio e flores e

frutos no mês de julho em fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado - Trilha para a Barragem de Tauape, 15 jul. 2011, F.A. Santana et al. 33

(HUEFS); Trilha para a Barragem de Tauape, 15 jul. 2011, F.A. Santana et al.34 (HUEFS);

Estrada de Duas Passagens em direção à Comunidade Quilombola, 14º28'11,5"S,

42º33'50,6"W, 954 m, 16 jul. 2011, F.A. Santana et al. 42 (HUEFS); Estrada para Fazenda

Riacho de Areia, 14º45'29,0"S, 42º34'32"W, 1112 m, 12 mai. 2012, F.A. Santana et al.

161(HUEFS).

4.1.4. Gochnatia floribunda Cabrera

Gochnatia floribunda apresenta como caracteres diagnósticos a lâmina foliar elíptica a

obovada, glabrescente na face adaxial, pubescente na face abaxial, base atenuada,

Page 34: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

22

capitulescência paniculiforme e presença de tricomas no estilopódio. É endêmica do Brasil e

ocorre nos estados de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro

(Nakajima et al. 2012). Embora Sancho (2000) tenha citado a Bahia como também uma região

de ocorrência da espécie, não há referência de material analisado pela autora, desta forma, este

trabalho reconhece a nova ocorrência para a Bahia. A espécie foi coletada com flores e frutos

no mês de setembro em fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado - Córrego de Santana, 14º35'56,4"S, 42º32'59,7"W, 993 m, 15 set. 2011,

F.A. Santana et al. 60 (HUEFS; Córrego de Santana, 14º35'56,4"S, 42º32'59,7"W, 993 m, 15

set. 2011, F.A. Santana et al. 62 (HUEFS); Córrego de Santana, 14º35'56,4"S, 42º32'59,7"W,

993 m, 15 set. 2011, F.A. Santana et al. 63(HUEFS); Fazenda Santa Clara, 14º33'13,4"S,

42º33'28,5"W, 983 m, 16 set. 2011, F.A. Santana et al. 68 (HUEFS).

4.1.5. Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera

Gochnatia polymorpha é composta por espécimes arbóreos e polígamos que são

distinguidos pela lâmina foliar ovado-lanceolada, base arredondada, face abaxial com

indumento alvo, capitulescência em panícula e estilopódio glabro. A espécie é amplamente

distribuída na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai (Freire et al. 2002). Na SGLA a espécie

foi coletada com flores no mês de setembro em fitofisionomia de Savana Arborizada e Mata

de Galeria.

Material examinado - Fazenda São Domingos, 14º27‘05‖S, 42º31‘30‖W, 878 m, 10 dez.

2009, M.L. Guedes et al. 16792 (ALCB, HUEFS, MBM); Santa Clara, 14º29‘52,1‖S,

42º32‘44,8‖W, 972 m, 29 out. 2012, N. Roque et al. 3815 (ALCB).

4.2. Richterago Kuntze

4.2. Richterago discoidea (Less.) Kuntze

Fig. 4H,I

Richterago compreende 17 espécies endêmicas do Brasil, representadas por ervas com

folhas em roseta ou subarbustos, capítulos solitários ou arranjados em pseudo-corimbos

escaposos, capítulos discóides ou radiados (flores do raio com corola bilabiada) (Roque &

Pirani 2001). As espécies de Richterago apresentam o centro de diversidade na Cadeia do

Espinhaço, em Minas Gerais e na Bahia o gênero está representado por apenas uma espécie.

Page 35: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

23

Richterago discoidea caracteriza-se pelo hábito herbáceo a subarbustivo,

capitulescência em pseudo-corimbo escaposo, capítulos discóides, invólucro com brácteas

involucrais vilosas e flores alvas. A espécie foi também coletada na SGLA com flores no

período de julho e setembro em fitofisionomias de Savana Arborizada e Campo Rupestre.

Material examinado - Trilha do Cascarrento, 14º33'9,1"S, 42º34'11,1"W, 1029 m, 16 set.

2011, F.A.Santana et al.77 (HUEFS); Trilha para o Cachoeirão, após o trilho do trem,

14º41'16,7"S, 42º32'51,8"W, 950 m, 20 jul. 2012, F.A. Santana et al. 189 (HUEFS).

5. TRIBO VERNONIEAE CASS.

A tribo Vernonieae é caracterizada por apresentar capítulos discóides, brácteas

involucrais 3--9 seriadas, imbricadas, corola tubulosa, roxo-avermelhada, lavanda, azulada ou

alva a creme, raramente amarela, ramos do estilete agudos, com tricomas alcançando abaixo

do ponto de bifurcação, cipsela 3--20-costada, pápus duplo, cerdoso ou paleáceo, raro

coroniforme ou ausente (Funk et al. 2009). No Brasil a tribo está representada por 55 gêneros

e 434 espécies, sendo 331 endêmicas, com ocorrência em todos os domínios fitogeográficos

brasileiros (Nakajima et al. 2012).Na SGLA foram encontrados 12 gêneros e 36 espécies.

Chave para as espécies de Vernonieae

1. Capitulescência corimbo congesto, glomeruliforme ou em sincefalia.

2. Erva coberta por indumento argênteo; folhas alternas, em roseta; capitulescência escaposa

terminal, brácteas folhosas envolvendo totalmente o escapo.................... Proteopsis argentea

2‘. Plantas com indumento cinéreo, ocre, amarronzado ou avermelhado; folhas alternas, ao

longo dos ramos; capitulescência escaposa formada de espiga de glomérulos, brácteas

folhosas apenas na base dos glomérulos ou capitulescência não escaposa.

3. Ervas rupícolas; lâmina foliar estreito-elíptica, margem lobada; brácteas involucrais de

ápice longo-acuminado, pungente ................................................................. Chresta harleyi

3‘. Arbustos a árvores; lâmina foliar linear, lanceolada ou elíptica, margem inteira a

levemente sinuosa ou denticulada; brácteas involucrais de ápice agudo ou arredondado.

4. Capitulescência em glomérulos solitários ou em espigas de glomérulos compostos.

Page 36: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

24

5. Lâmina foliar elíptica ou ovada, 8--30 x 3--10 cm; capitulescência escaposa formada

de espiga de glomérulos, sésseis, dispostos em escapo longo; capítulo 12--20 flores

................................................................................................................Lychnophora sp. 1

5‘. Lâmina foliar linear ou oblanceolada, 0,3--8 x, 0,1--0,6 cm; capitulescência em

glomérulo no ápice de ramos folhosos; capítulo 1--10 flores.

6. Lâmina foliar 3--8 x 0,2--0,6 cm, face adaxial foveolada ou bulada.

7. Lâmina foliar 0,3--0,6 cm larg, face abaxial tomentosa a velutina; capítulo 8--10

flores; pápus externo coroniforme fundido ................................................L. salicifolia

7‘. Lâmina foliar 0,2--0,3 cm larg., face abaxial serícea a vilosa; capítulo 3--5 flores;

pápus externo livre, eroso a agudo ..............................................................L. ericoides

6‘. Lâmina foliar 0,2--2 x 0,1 cm, face adaxial lisa.

8. Lâmina foliar ascendente desde a base; capítulo com 1 flor; pápus externo

escamiforme inconspícuo ou nulo .........................................................L. ramosissima

8‘. Lâmina foliar ascendente próxima ao ápice; capítulo com 4 flores; pápus externo

escamiforme conspícuo ......................................................................................L.sp. 2

4‘. Glomérulos em cimeira ou corimbo

9. Capitulescência corimbosa, 20--25 flores por capítulo, pápus 2 seriado

....................................................................................................... Anteremanthus sp. nov.

9‘. Capitulescência em cimeira composta, 1--4 flores por capítulo, pápus 3--5 seriados.

10. Capítulos conados por concrescência de tecido das brácteas; flores 1 por capítulo.

11. Caule marrom-avermelhado lanoso-tomentoso; capítulos 20--90 por glomérulo;

invólucro obcônico ............................................................... Eremanthus glomerulatus

11‘. Caule marrom-acinzentado lepidoto; capítulos 6--12 por glomérulo; invólucro

cilíndrico ........................................................................…...................E. polycephalus

10‘. Capítulos livres; flores 3--4 por capítulo ................................................E. capitatus

1‘. Capitulescência de segunda ordem (panícula, corimbo, racemo) ou capítulos solitários.

12. Arbusto escandente; receptáculo alveolado, cobrindo a cipsela, deixando apenas o pápus

exposto; brácteas involucrais concrescidas na base .............................. Albertinia brasiliensis

12‘. Ervas a arbustos eretos; receptáculo de outras formas, não envolvendo totalmente a

cipsela; brácteas involucrais livres.

13. Ervas a subarbustos, capítulos envolvidos por brácteas folhosas.

Page 37: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

25

14. Pápus unisseriado, cerdoso, barbelado.

15. Brácteas involucrais numerosas ca. 80; flores 50--55 por capítulo; corola de tubo

glandular-pontuado; pápus decíduo ........................................... Centratherum punctatum

15´. Brácteas involucrais ca. 10; flores 4 por capítulo; corola glabra; pápus persistente.

16. Lâmina foliar ovada, 1,8--3,6 cm. larg.; brácteas foliáceas da base dos capítulos

cordiformes, 0,6--1,0 cm larg. …....…............................................. Elephantopus mollis

16‘. Lâmina foliar lanceolada, 0,8--1,3 cm larg.; brácteas foliáceas da base dos

capítulos lanceoladas, 0,1--0,3 cm larg. ..........................................................E. riparius

14‘. Pápus bisseriado, paleáceo.

17. Erva decumbente; lâmina foliar lanceolada a oval-lanceolada, capitulescencia

solitária ou em cimeira laxa .................................................... Stilpnopappus semirianus

17‘. Erva ereta; lâmina foliar linear a linear-lanceolada; capitulescência em cimeira

congesta ......................................................................................................S. tomentosus

13‘. Arbustos, capítulos não envolvidos por brácteas folhosas.

18. Capitulescência em cimeira seriada.

19. Base do estilete alargada; cipsela glandular.

20. Face abaxial da lâmina foliar serícea, alva, adaxial glabrescente; brácteas

involucrais verdes, margem e ápice hialinos, corola alva .............. Lepidaploa hagei

20‘. Face abaxial da lâmina foliar tomentosa, castanha, adaxial pubescente; brácteas

involucrais castanho-esverdeadas, margem e ápice castanho-esverdeados a

vináceos, corola lilás.

21. Lâmina foliar ovada a arredondada, base cordiforme, séssil

.................................................................................................................L. barbata

21‘. Lâmina foliar lanceolada ou elíptica, base atenuada, peciolada.

22. Brácteas foliáceas 1--3 mm de largura; brácteas involucrais de ápice

acuminado ultrapassando o comprimento do pápus, série mais externa

revoluta, mais interna eretas ...……...........................…................L. chalybaea

22‘. Brácteas foliáceas 0,6--1,5 mm de largura, brácteas involucrais de ápice

arredondado a agudo não ultrapassando o comprimento do pápus, série mais

externa e mais interna eretas.

Page 38: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

26

23. Ramos rufos; invólucro cilíndrico; brácteas involucrais de ápice agudo

a longo acuminado ....................................................................L. rufogrisea

23‘. Ramos castanhos a castanho-avermelhados; invólucro campanulado;

brácteas involucrais de ápice arredondado ..............................L. cotoneaster

19‘. Base do estilete não alargada (cilíndrica); cipsela não glandular.

24. Lâmina foliar linear, 0,1--0,2 cm larg.; brácteas involucrais de ápice longo

acuminado .......................................................................................Lessingianthus linearis

24‘. Lâmina foliar elíptica, 0,5--5,0 cm larg.; brácteas involucrais de ápice arredondado a

agudo.

25. Brácteas folhosas congestas no eixo da capitulescência; capitulescência em

corimbo ......................................................................................................L. vepretorum

25‘. Brácteas folhosas laxamente distribuídas ao longo do eixo da inflorescência;

capitulescência em cimeira seriada.

26. Ramos, face abaxial da lâmina foliar e brácteas involucrais

velutinos............................................................................................................L. regis

26‘. Ramos, face abaxial da lâmina foliar e brácteas involucrais vilosos,

lanuginosos ou glabrescentes.

27. Lâmina foliar estreito-elíptica, 0,3--2,0 cm larg.

28. Ramos vináceos; capítulo séssil a subséssil (0,1 cm compr.); invólucro

cilíndrico 1--2cm larg. ......................................................................L. laevigatus

28‘. Ramos castanhos; capítulo pedunculado, 0,2--1,0 cm compr.; invólucro

campanulado 0,3--0,5 cm larg. ......................................................L. psilophyllus

27‘. Lâmina foliar elíptica, 3,3--5 cm larg.

29. Lâmina foliar membranácea, margem denticulada, ápice acuminado

................................................................................................................L. morii

29‘. Lâmina foliar coriácea, margem inteira a sinuosa, ápice arredondado ou

agudo.

30. Ramos e face abaxial das folhas vilosos; lâmina foliar revoluta;

capítulo cilíndrico ou campanulado ............................................L. farinosus

30‘. Ramos e face abaxial das folhas lanuginosos; lâmina foliar de margem

plana; capítulo globoso ...........................................................L. lanuginosus

Page 39: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

27

18‘. Capitulescência em panículas, corimbos ou racemos.

31. Capitulescência em panícula de ramos cimosos, seriados.

32. Capítulos com 10--12 flores ...................................Vernonanthura subverticillata

32‘. Capítulo com 20--40 flores.

33. Lâmina foliar coriácea ......................................................................V. ferruginea

33‘. Lâmina foliar membranácea.

34. Lâmina foliar de ápice acuminado; Flores 25--30 por capitulo

............................................................................................................V. polyanthes

34‘. Lâmina foliar de ápice arredondado, mucronado a agudo; flores 33--35 por

capítulo ...............................................................................................V. brasiliana

31‘. Capitulescência em panícula de ramos corimbiformes.

35. Lâmina foliar 10--13 cm compr., séssil; brácteas involucrais de ápice vináceo;

corola lilás; pápus da série externa curto-paleácea, série interna barbelada

...........................................................................................................................V. laxa

35‘. Lâmina foliar 4--6 cm compr., peciolada; brácteas involucrais de ápice verde-

escuro a castanho; corola alva; pápus com as duas séries barbeladas

..................................................................................... Gymnanthemum amygdalinum

5.1. Albertinia Spreng.

5.1.2 Albertinia brasiliensis Spreng.

Albertinia é um gênero monoespecífico composto por Albertinia brasiliensis.

Apresenta o hábito arbustivo; invólucro constituído de brácteas mais curtas que as flores;

flores de corola róseas passando a alvas; e como caráter diagnóstico, o receptáculo composto

de alvéolos profundos que envolvem completamente as cipselas (Peçanha et al. 2008). É

endêmica do Brasil, com distribuição restrita à Bahia, Sergipe, Minas Gerais, Espírito Santo e

Rio de Janeiro (Nakajima et al. 2012). A espécie foi coletada com flores no mês de fevereiro

em fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado - Serra do Saco da Onça, 14º44'46,8"S, 42º34'26" W, 980 m, 20 dez.

2011, F.A. Santana et al. 89 (HUEFS).

5.2. Anteremanthus H. Rob.

Page 40: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

28

5.2.1. Anteremanthus sp. nov.

Fig. 5A-H, 7A-B

Anteremanthus é considerado até então como um gênero monoespecífico, sendo

representado pela espécie Anteremanthus hatschbachii H. Rob. e pode ser distinguido por

serem arbustos a arvoretas de folhas pecioladas, face abaxial glauca; capitulescência terminal,

tirsóide ou corimbosa; capítulos bracteados, lobos da corola pilosos na face abaxial, base da

antera arredondada, cipsela serícea e pápus duplo (Robinson 2007). Anteremanthus sp. nov.

difere de A. hatschbachii principalmente por serem árvores de 3--4 m. altura (vs. arbusto a

árvores de 1,8--3 m de altura) e por apresentarem capitulescência corimbosa (vs. tirsóide),

brácteas da base do capítulo linear (vs.ovadas) e cerca de 20 flores por capítulo (vs. 45--60

flores por capítulo). Na SGLA foi coletada com capítulos imaturos em julho, flores passadas e

frutos em outubro e com frutos em janeiro em fitofisionomia de Vegetação de Canga.

Material examinado - Garimpo das Ametistas, 14º32′29,6′′S, 42º32′11,6′′W, 863 m, 21 jul.

2012, F.A. Santana 205 (HUEFS); Garimpo dos Areiões, 14º31‘55,5‖S, 42º32‘04,7‖W, 813

m, N. Roque et al. 3809 (HUEFS); Garimpo dos Areiões, 14º31′42,9′′S, 42º32′5,2′′W, 825m,

22 jan. 2013, H.A. Ogasawara et al. 311 (HUEFS, ALCB).

5.3. Centratherum Cass.

5.3.1. Centratherum punctatum Cass.

Centratherum caracteriza-se principalmente por apresentar hábito herbáceo a

subarbustivo; capítulos pedunculados, 2--3 terminais, subtendidos por brácteas involucrais

foliáceas; invólucro campanulado; e pápus unisseriado cerdoso. Apresenta duas espécies

distribuídas na América do Sul, Austrália e Filipinas (Kirkman 1981). Na SGLA foi coletada

uma espécie.

Centratherum punctatum pode ser reconhecido pela lâmina foliar serreada a lobada,

frequentemente ciliada, pubescente em ambas as faces; capítulo solitário, terminal; invólucro

composto por numerosas brácteas; e pápus de cerdas e páleas coloridas, decíduas. É

amplamente distribuída na América do Sul e é considerada como espécie ruderal (Kirkman

1981). Na SGLA foi coletada com flores no mês de fevereiro em fitofisionomia de Savana

Arborizada.

Material examinado - Serra do Saco da Onça, 14º44'46,8"S, 42º34'26"W, 980 m, 25 fev.

2012, F.A. Santana et al. 106 (HUEFS).

Page 41: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

29

5.4. Chresta Vell. ex DC.

5.4.1. Chresta harleyi H.Rob.

Fig. 6A-H, 7C-D

Chresta é representado por ervas perenes ou subarbustos; capítulos densamente

congestos, arranjados em glomérulos solitários ou corimbo de glomérulos; capítulos com 2--

12 flores; corola avermelhada ou púrpura, lobos da corola papiloso internamente e pápus

persistente (Roque et al. 2008). O gênero não é endêmico do Brasil e está representado no país

por 14 espécies com a maior parte centrada nos Cerrados e campos rupestres do Planalto

Central do Brasil (Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi encontrada apenas uma espécie.

Chresta harleyi são ervas rupícolas, com indumento cinéreo-tomentoso característico;

lâmina foliar estreito-elípticas, margem denteada; brácteas involucrais lanceoladas, pungentes

e capítulo com ca. 8 flores, roxas. É endêmica do Brasil e ocorre nos estados da Bahia e de

Minas Gerais (Nakajima et al. 2012). A espécie apresenta ampla distribuição na SGLA, tendo

sido coleta com flores e frutos em maio, julho e setembro em fitofisionomias de Savana

Estépica, Savana Arborizada e Vegetação de Canga.

Material examinado – Cerca de 2 km após povoado de Riacho Fundo, 14°34'17'' S,

42°31'27'' W, 780m, 11 dez. 2009, E. Melo et al. 7488 (ALCB, HUEFS); Garimpo dos

Areiões, 18º16'46"S, 43º38'08,8"W, 702 m, 14 jul. 2011, F.A. Santana et al. 23 (HUEFS);

Fazenda Jambreiro, 14º35'12,3"S, 42º32'24,5"W, 905 m, 15 set. 2011, F.A. Santana et al. 52

(HUEFS); Trilha Fazenda Matinha para o Xaxá, 14º39'43,5"S, 42º32'52,1"W, 954 m, 17 set.

2011, F.A. Santana et al. 84 (HUEFS); Riacho Fundo, 14º35'11,6"S, 42º32'25,3"W, 849 m, 10

mai. 2012, F.A. Santana et al. 138 (HUEFS); Xaxá, 14º39'44,5"S, 42º32'5,2"W, 825 m, 22

jan. 2013, H.A. Ogasawaraet al. 312 (ALCB).

5.5. Elephantopus L.

Elephantopus caracteriza-se, principalmente, pelo pápus unisseriado, formado de 5--8

cerdas longas ou curtas, de base alargada. Possui 28 espécies distribuídas no leste da América

do Norte e nos trópicos (Keeley & Robinson 2009). No Brasil há registro de sete espécies,

sendo que três delas ocorrem na Bahia. Na SGLA foram encontradas duas espécies.

Page 42: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

30

5.5.1. Elephantopus mollis Kunth

Elephantopus mollis apresenta como caracteres diagnósticos a lâmina foliar ovada;

capítulos em corimbos terminais envoltos por 2--3 brácteas foliáceas cordiformes; e pápus

cerdoso. A espécie não é endêmica do Brasil e no país é amplamente distribuída (Nakajima et

al. 2012). A espécie foi coletada com flores no mês de maio em Mata de Galeria.

Material examinado - Riacho Fundo, 14º35'11,6"S, 42º32'25,3"W, 10 mai.2012, F.A.

Santana et al. 139 (HUEFS).

5.5.2. Elephantopus riparius Gardner

Elephantopus riparius pode ser diferenciado de E. mollis por apresentar as folhas

lanceoladas; os capítulos em glomérulos no ápice dos ramos, envoltos por 2--3 brácteas

folhosas lanceoladas; e pápus setoso de base dilatada. É endêmica do Brasil e apresenta ampla

distribuição (Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi coletada com flores e frutos em Mata de

Galeria no mês de julho.

Material examinado - Cachoeira das Sete Quedas, 14º37'42,2"S, 42º30'39,9"W, 724 m, 14

jul. 2011, F.A. Santana et al. 31 (HUEFS).

5.6. Eremanthus Less.

Eremanthus diferencia-se de alguns gêneros da subtribo Lychnophorinae Benth., por

exemplo Lychnophora e Paralychnophora, por um conjunto de caracteres, entre eles, a lâmina

foliar argêntea na face abaxial e com indumento apresso, tomentoso, capitulescência em

glomérulos ou em sincefalia, 1--4 flores por capítulo e pápus em 2--5 séries, persistente ou

decíduo (Hind 2000; Loeuille et al. 2012). O gênero possui ca. 20 espécies sendo a maioria

delas endêmica do Cerrado do Platô Central do Brasil (Loeuille et al.2012). Na Bahia são

registradas nove espécies, sendo que na SGLA foram encontradas tres espécies.

5.6.1. Eremanthus capitatus (Spreng.) MacLeish

Eremanthus capitatus diferencia-se das demais espécies por apresentar capítulos

individualizados, com ausência de sincefalia; 2--5 flores por capítulo; e pápus 3--4 seriado,

branco, estramíneo ou púrpura. A espécie é endêmica do Brasil e distribui-se pelos estados de

Page 43: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

31

Minas Gerais e Bahia em áreas de Cerrado (Nakajima et al. 2012). Na SGLA a espécie foi

encontrada com flores e frutos em Savana Arborizada.

Material examinado - Curral do Estevão, 14º35'10,1"S, 42º34'06,6"W, 1041 m, 15 set. 2011,

F.A. Santana et al. 57 (HUEFS); Fazenda Santa Clara, 14º33'13,4"S,42º33'28,5"W, 983 m, 16

set. 2011, F.A. Santana et al. 66 (HUEFS).

5.6.2. Eremanthus glomerulatus Less.

Fig. 7F-G

Eremanthus glomerulatus caracteriza-se pela capitulescência em cimeira; capítulos em

sincefalia formando glomérulos globosos; invólucro obcônico; e pápus branco ou estramíneo.

A espécie distribui-se pelos estados de Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás e Bahia

(Nakajima et al. 2012) e na SGLA ocorre em áreas de Savana Arborizada e Campo Rupestre.

Material examinado - Trilha para a Barragem de Tauape, 15 jul. 2011, F.A. Santana et al. 38

(HUEFS); Fazenda Jambreiro, 14º35'12,3"S, 42º32'24,5"W, 905 m, 15 set. 2011, F.A. Santana

et al. 51(HUEFS); Trilha Fazenda Matinha para o Xaxá, 14º39'43,5"S, 42º32'52,1"W, 954 m,

17 set. 2011, F.A. Santana et al. 85 (HUEFS).

5.6.3. Eremanthus polycephalus (DC.) MacLeish

Fig. 7H,I

Eremanthus polycephalus apresenta como características diagnósticas a

capitulescência em cimeira; os capítulos em sincefalia formando glomérulos hemisféricos;

invólucro cilíndrico; 1 flor por capítulo; e o pápus róseo. Sua ocorrência era então registrada

apenas para o estado de Minas Gerais (Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi encontrada com

flores e frutos no mês de julho em fitofisionomia de Cerrado.

Material examinado - Trilha para a Barragem de Tauape, 15 jul. 2011, F.A. Santana et al. 32

(HUEFS); idem, F.A. Santana et al. 39 (HUEFS); Estrada de Duas Passagens para São

Domingos, 14º28'11,5"S, 42º33'50,6"W, 954 m, 16 jul. 2011, F.A. Santana et al. 41 (HUEFS);

Riacho Fundo na subida para o Cascarrento, 19 jul. 2012, F.A. Santana et al. 175 (HUEFS);

Cascarrento, 14º33'13,7"S, 42º33'19,6‖W, 970 m, 19 jul. 2012, F.A. Santana et al. 183

(HUEFS).

Page 44: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

32

5.7. Gymnanthemum Cass.

5.7.1. Gymnanthemum amygdalinum (Delile) Sch. Bip. ex Walp.

Fig. 7E

Gymnanthemum é caracterizado pelo hábito arbóreo; corola alva; estilete apresentando

tricomas e um nó basal; invólucro imbricado com brácteas internas decíduas. Apresenta

distribuição desde a Ásia, África até a América Tropical (Robinson et al. 2008). No Brasil é

representado por apenas uma espécie amplamente distribuída (Nakajima et al. 2012).

Gymnanthemum amygdalinum é facilmente identificada por apresentar lâmina foliar

elíptica ou obovada, denteada; brácteas involucrais verdes; corola alva; e pápus estramíneo. A

espécie é encontrada nos países da África e do Brasil (Robinson 1999). No território brasileiro

é encontrada nos estados do Acre, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio

de Janeiro e Paraná (Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi coletada em fitofisionomia de

Vegetação de Canga.

Material examinado – Garimpo das Ametistas, 14º31‘55,5‘S, 42º32‘04,7‖W, 813 m, N.

Roque 3808 et al. (ALCB).

5.8. Lepidaploa (Cass.) Cass.

Lepidaploa apresenta como caracteres diagnósticos a capitulescência cimosa; os

capítulos sésseis; capítulos com número de brácteas 1--3 vezes maior do que o de flores; base

do estilete nodular; ausência de glândulas no apêndice da antera; e cipselas glanduliferas

(Robinson 1990). O gênero possui ca. 52 espécies no Brasil e na Bahia 24 espécies, sendo que

nove são endêmicas para o estado (Nakajima et al. 2012). Para a SGLA foram encontradas

cinco espécies, distribuídas em fitofisionomias de Savana Arborizada, Savana Estépica e

Campo Rupestre.

5.8.1. Lepidaploa barbata (Less.) H.Rob.

Fig. 8A

A espécie é distinguida das demais espécies representantes do gênero encontrada na

SGLA por apresentar ramos tomentosos; folhas espiraladas, ovadas, base cordiforme, séssil,

face adaxial glabrescente, face abaxial densamente tomentosa; brácteas ovais, tomentosas,

ápice mucronado; lobos da corola com tricomas glandulares; e cipsela setosa. A espécie é

Page 45: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

33

endêmica do Brasil e ocorre no centro-oeste e sudeste em fitofisionomia de Cerrado

(Nakajima et al. 2012). Este trabalho apresenta esta espécie como nova ocorrência para o

estado da Bahia. Na SGLA foi coletada em fitofisionomia de Savana Arborizada e de Campo

Rupestre.

Material examinado – Trilha do Cascarrento, 14º33‘5,9‖S, 42º33‘51,7‖W, 16 set. 2011, F.A.

Santana et al. 75 (HUEFS); Serra do Saco da Onça, 14º44'46,8"S, 42º34'26"W, 980 m, 17

set. 2011, F.A. Santana et al. 78 (HUEFS); Cascarrento, 14º33'13,7"S, 42º33'19,6"W, 970 m,

19 jul. 2012, F.A. Santana et al. 185 (HUEFS).

5.8.2. Lepidaploa chalybaea (Mart. ex DC.) H.Rob.

A espécie caracteriza-se principalmente por apresenta caule sulcado; lâmina foliar

oblanceolada, base arredondada, ápice agudo; brácteas involucrais de ápice acuminado,

vináceo; corola lilás; cipsela com tricomas; pápus da série mais externa paleáceo e da série

mais interna cerdoso-barbelado. A espécie é endêmica do Brasil e com registro apenas para a

região nordeste. Na SGLA foi coletada em fitofisionomias de Savana Arborizada e de Savana

Estépica.

Material examinado - Garimpo dos Areiões, 18º16'46"S, 43º38'08,08"W, 25 fev. 2012, F.A.

Santana et al. 113 (HUEFS); Estrada para Fazenda Riacho de Areia, 14º45'29"S, 42º34'32"W,

1112 m, 12 mai. 2012, F.A. Santana 160 (HUEFS).

5.8.3. Lepidaploa cotoneaster (Wild. ex Spreng.) H.Rob.

A espécie apresenta ramos glabrescentes; lâmina foliar lanceolada, ápice agudo,

margem inteira, base arredondada, face adaxial escabrosa, face abaxial vilosa; capitulescência

em cimeira; brácteas involucrais das séries mais esternas verde-vináceas, de ápice apiculado e

das séries mais internas de ápice arredondado; corola lilás; cipsela com tricomas esparsos

longos; pápus da série mais externa paleáceo e da série mais interna de cerdas barbeladas. A

espécie não é endêmica do Brasil e ocorre nos estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo

(Nakajima et al. 2012) e na SGLA foi coletada em área de Savana Arborizada e de Savana

Estépica.

Material examinado - Rodovia Licínio de Almeida-Urandi, 14º42'47"S, 42º30'33"W, 860 m,

31 mar. 2001, J.G. Jardim et al. 3273 (ALCB, CEPEC, HUEFS); Serra do Saco da Onça,

Page 46: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

34

14º44'46,8"S, 42º34'26"W, 25 fev. 2012, F.A. Santana et al. 112 (HUEFS); Trilha do

Lameirão para o Cachoeirão, 14º30'15,6"S, 42º13'19"W, 805 m, 11 mai. 2012, F.A. Santana et

al. 147 (HUEFS); Mata do Xaxá, 14º39'6,4"S, 42º32'48,1"W, 930 m, H.A. Ogasawara et

al.313 (ALCB); Caminho para o Cachoeirão, 14º41'35,5"S, 42º32'47,7"W, 885 m, 23 jan.

2013, H.A. Ogasawara et al. 318 (ALCB).

5.8.4. Lepidaploa hagei (H.Rob.) H.Rob.

Lepidaploa hagei apresenta como caracteres diagnósticos o hábito arbustivo; lâmina

foliar lanceolada, ápice acuminado, base decorrente, face adaxial glabrescente, abaxial

lanuginosa, brácteas involucrais linear-lanceoladas, verdes, corola alva; cipsela velutina;

pápus da série mais externa paleáceo e da série mais interna cerdoso barbelado. A espécie é

endêmica do Brasil com registro para a Bahia e Minas Gerais (Nakajima et al. 2012). Na

SGLA foi coletada em fitofisionomia de Savana Arborizada e em Mata de Galeria.

Material examinado - Trilha de Santana para o Cascarrento, 14º34'51,4"S, 42º33'40,5"W,

991 m, 10 mai. 2012, F.A. Santana et al. 144 (HUEFS); Boiadeiro-Pedreira do Riacho Fundo,

14º33'35,1"S, 42º32'33"W, 937 m, 14 jul. 2011, F.A. Santana et al. 187 (HUEFS).

5.8.5. Lepidaploa rufogrisea (A. St.-Hil.) H.Rob.

Fig. 8B

A espécie apresenta hábito arbustivo; ramos rufos; folhas discolores, face abaxial

grisea, lamina foliar lanceolada, ápice agudo, margem inteira; brácteas tomentosas de ápice

apiculado, as das séries mais internas vináceas; corola lilás com tricomas glandulares. É

endêmica do Brasil (Nakajima et al. 2012) e na SGLA foi coletada em áreas de Savana

Arborizada e Vegetação de Canga.

Material examinado - Garimpo dos Areiões, 18º16'46" S, 43º38'08,8"W, 702 m, 14 jul. 2011,

F.A. Santana et al. 25 (HUEFS); Garimpo das Ametistas, 14º31'52,7"S, 42º32'01,8"W, 786 m,

14 jul. 2011, F.A. Santana et al. 27 (HUEFS); Trilha para a Barragem de Tauape, 15 jul. 2011,

F.A. Santana et al. 40(HUEFS); Trilha de Santana para o Cascarrento, 09 mai. 2012, F.A.

Santana et al. 136 (HUEFS); Riacho Fundo, 14º35‘11,6‖S, 42º32‘25,3‖W, 10 mai. 2012, F.A.

Santana et al. 141 (HUEFS); Topo do Cachoeirão, base da subida da serra atrás da casa de

barro, 14º41‘52,7‖S, 42º33‘29,9‖W, 11 mai. 2012, F.A. Santana et al. 156 (HUEFS); Estrada

Page 47: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

35

para a Fazenda Riacho de Areia, 14º45'29,0"S, 42º34'32"W, 1112 m, 12 mai. 2012, F.A.

Santana et al. 158 (HUEFS); Estrada para a Fazenda Riacho de Areia, 14º45'29,0"S,

42º34'32"W, 1112 m, 12 mai. 2012, F.A. Santana et al. 166 (HUEFS).

5.9. Lessingianthus H.Rob.

Lessingianthus tem como características diagnósticas a capitulescência cimosa,

seriada; capítulos pedunculados; número de flores igual ou menor do que o número de

brácteas; lobos da corola com glândulas ou tricomas; apêndice da antera arredondado; e base

do estilete dilatada (Robinson 1988; Robinson 1999). O gênero apresenta 111 espécies no

Brasil, sendo que 83 delas são endêmicas. Na SGLA foram coletadas seis espécies.

5.9.1. Lessingianthus farinosus (Baker) H.Rob.

Lessingianthus farinosus apresenta como caracteres diagnósticos os ramos griseo-

incanos; folhas coriáceas, discolores, lâmina foliar oblanceolada; e capitulescência em

panículas de cimeira, sésseis, solitárias ou geminadas. A espécie é endêmica do Brasil

(Nakajima et al. 2012) e na SGLA foi coletada com flores e frutos nos meses de maio e

setembro em fitofisionomias de Savana Arborizada.

Material examinado - Serra do Saco da Onça, 14º44'46,8"S, 42º34'26"W, 980 m, 17 nov.

2011, F.A. Santana et al. 79 (HUEFS); Trilha do Lameirão para o Cachoeirão, 14º30'15,6"S,

42º13'19"W, 805 m, 11 mai. 2012, F.A. Santana 150 (HUEFS).

5.9.2. Lessingianthus laevigatus (Mart. ex DC.) H.Rob.

Lessingianthus laevigatus apresenta como caracteres diagnósticos a lâmina foliar

linear, séssil, de ápice arredondado ou obtuso; capitulescência escorpióide; e os lobos da

corola glabros. A espécie não é endêmica e até o momento apresentava registro apenas para o

centro-oeste do Brasil (Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi coletada com frutos em dispersão

no mês de julho em fitofisionomia de Campo Rupestre.

Material examinado- Serra do Saco da Onça, 14º44'44,2"S, 42º34'23,5"W, 1024 m, 21 jul.

2012, F.A. Santana et al. 200 (HUEFS).

5.9.3. Lessingianthus lanuginosus Dematt.

Page 48: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

36

Lessingianthus lanuginosus é caracterizada principalmente pelas folhas sésseis ou

subsésseis, lamina foliar lanceolada ou oblonga, denticulada, densamente lanosa;

capitulescência cimosa; 3--8 capítulos sésseis, solitários; e brácteas imbricadas, pubescentes

(Dematteis 2006). A espécie é encontrada nos estados de Goiás e Distrito Federal (Nakajima

et al. 2012). Este trabalho apresenta esta espécie como nova ocorrência para o estado da

Bahia. Na SGLA foi coletada com flores e frutos no mês de fevereiro em fitofisionomia de

Campo Rupestre.

Material examinado: Serra do Saco da Onça, 14º44'46,8"S, 42º34'26"W, 25 fev. 2012, F.A.

Santana et al. 108 (HUEFS).

5.9.4. Lessingianthus linearis (Spreng.) H.Rob.

A espécie pode ser reconhecida por apresentar xilopódio; ramos e folhas incanos;

lâmina foliar linear; e capítulos solitários 2--3 sésseis. Ocorre nos estados de Goiás, Distrito

Federal, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro (Nakajima et al. 2012). Foi coletada com flores

e frutos em fitofisionomia de Savana Arborizada no mês de maio.

Material examinado – Estrada p/ Fazenda Riacho de Areia, 14º45'29,0"S, 42º34'32"W,

1112m, 12 mai. 2012, F.A. Santana et al. 169 (ALCB).

5.9.5. Lessingianthus morii (H.Rob.) H.Rob.

Fig. 8C

Lessingianthus morii apresenta como caracteres diagnósticos a lâmina foliar elíptica ou

ovada, peciolada, ápice acuminado; e capitulescência racemosa. A espécie é endêmica do

Brasil e ocorre nos estados do Ceará, Pernambuco e Bahia (Nakajima et al. 2012). A espécie

foi coletada na SGLA com flores e frutos nos meses de março e abril em fitofisionomias de

Savana Estépica e Savana Arborizada.

Material examinado - Rodovia Caculé-Licínio de Almeida, 14º38'29"S, 42º27'41"W, 850 m,

30 mar. 2001, J.G. Jardim et al. 3261 (CEPEC); Rodovia Licínio de Almeida-Urandi,

14º42'47"S, 42º30'33"W, 860 m, 31 mar. 2001, J.G. Jardim et al. 3301 (CEPEC); Estrada

Urandi-Licínio de Almeida, 14º44'35"S, 42º32'32"W, 770 m, 10 abr. 2002, T. Ribeiro et al.

437 (HUEFS, MBM, SPF); Xaxá, 14º39'44,5"S, 42º32'54,3" W, 935 m, 24 fev. 2012, F.A.

Santana et al. 102 (HUEFS); Serra do Saco da Onça, 14º44‘46,8‖S, 42º34‘26‖W, 25 mai.

Page 49: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

37

2012, F.A. Santana et al. 111 (HUEFS); Lameirão, 14º41'33,8"S, 42º31'52,7"W, 26 fev. 2012,

F.A. Santana et al. 114 (HUEFS).

5.9.6. Lessingianthus psilophyllus (DC.) H.Rob.

Fig. 8D

Lessingianthus psilophyllus apresenta como caracteres diagnósticos a lâmina foliar

estreito-elíptica, face abaxial glabra; capítulos solitários ou em panículas corimbosas; brácteas

involucrais 5-seriadas, lanceoladas. A espécie é endêmica do Brasil e este trabalho apresenta a

espécie como nova ocorrência para o estado da Bahia. Na SGLA foi coletada com flores e

frutos nos meses de janeiro e fevereiro em fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado: - Serra do Saco da Onça, 14º44'46,8"S, 42º34'26"W, 25 fev. 2012, F.A.

Santana et al.107 (HUEFS); Cascarrento, 14º33‘13,9‖S, 42º33‘28,2W, 1003 m, 22 jan. 2012,

H.A. Ogasawara et al. 305 (ALCB).

5.9.7. Lessingianthus regis (H.Rob.) H.Rob.

Fig. 8E

A espécie é facilmente distinguida por apresentar caule sulcado; ramos e folhas

vilosos, dourado-esverdeado; brácteas mais internas com ápice; corola púrpura; e brácteas

involucrais mais externas apresentando uma faixa mediana esverdeada. Ocorre nos estados de

Minas Gerais e Bahia (Nakajima et al. 2012). Foi coletada com flores e frutos nos meses de

maio e julho em fitofisionomia de Savana Arborizada e de Campo Rupestre.

Material examinado – Estrada p/ Fazenda Riacho de Areia, 14º45'29"S, 42º34'32"W, 1112

m, 12 mai. 2012, F.A. Santana et al. 164 (HUEFS); Serra do Saco da Onça,

14º44'44,2',42º34'23,5"W, 1024 m, 21 jul 2012, F.A. Santana et al. 203 (HUEFS).

5.9.8. Lessingianthus vepretorum (Mart. ex DC.) H.Rob.

Fig. 8F

Lessingianthus vepretorum apresenta como caracteres diagnósticos os ramos seríceo-

vilosos; a lâmina foliar lanceolada ou oblanceolada, fortemente discolor, face abaxial coberta

por indumento incano ou cinéreo; a capitulescência em panícula corimbosa; e 20--30 flores

por capítulo. A espécie é endêmica do Brasil e com registro para as regiões sudeste e nordeste

Page 50: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

38

(Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi coletada com flores nos meses de dezembro e janeiro em

fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado - Espinhaço, 22 dez. 2011, F.A. Santana et al. 90 (HUEFS); Xaxá, trilha

para o Cachoeirão, 14º41'11,7"S, 42º32'59,8"W, 1006 m, 23 jan. 2013, H.A. Ogasawara et al.

320 (ALCB); Trilha após Cachoeirão, 14º41'55,3"S, 42º33'30,8"W, 1020 m, H.A. Ogasawara

et al. 333 (ALCB).

5.10. Lychnophora Mart.

Lychnophora são arbustos ou arvoretas, apresentando aspectos candelabriforme,

ericóide, eremantóide a bromelióide; receptáculo cilíndrico; numerosas brácteas involucrais

imbricadas; capítulos com poucas flores; pápus 2--3-séries, paleáceo, série mais externa mais

curta e mais interna espiralada (Semir 1991). O gênero é endêmico do Brasil, ocorrendo em

áreas de Cerrado e de Campo Rupestre da Bahia, Minas Gerais e Goiás (Nakajima et al.

2012). Na SGLA foram encontradas 4 espécies.

5.10.1. Lychnophora ericoides Mart.

Fig. 8G

Lychnophora ericoides apresenta como caracteres diagnósticos o hábito arbustivo a

arvoretas; ramificação candelabriforme, ramos lanosos; folhas densamente imbricadas, lâmina

foliar linear 1,5--8 x 1,5--2,5 cm; capitulescência em glomérulos terminais; capítulos com 2--5

flores; e pápus da série mais externa livre e da série mais interna paleáceo, espiralado, caduco.

A espécie distribui-se em áreas de Cerrado e Caatinga (Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi

coletada com flores e frutos nos meses de janeiro, maio e setembro em fitofisionomia de

Savana Arborizada e de Campo Rupestre.

Material examinado - Fazenda Santa Clara, 14º33'13,4"S, 42º33'28,5"W, 983 m, 16 set.

2011, F.A. Santana et al. 67 (HUEFS); Estrada para Fazenda Riacho de Areia, 14º45'29"S,

42º34'32"W, 1112 m, 12 mai. 2012, F.A. Santana et al. 159 (HUEFS); Cascarrento,

14º33'13,9"S, 42º33'28,2"W, 1003 m, 22 jan. 2013, H.A. Ogasawara et al. 307 (ALCB).

5.10.2. Lychnophora ramosissima Gardner

Fig. 8H

Page 51: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

39

Lychnophora ramosissima apresenta como caracteres diagnósticos a lâmina foliar 2,5--

6 x ca. 1 mm, ovadas, ápice pungente, mucronado; 1-flor por capítulo; série de pápus mais

externa escamiforme inconspícuo ou nulo, série de pápus mais interna paleáceo, alvo.

Segundo Semir (1991), Lychnophora ramosissima diferencia-se de L. passerina, espécie

ocorrente na Bahia com a qual pode ser confundida, pela lâmina foliar escamiforme,

curtamente ovadas de ápice mucronado, reflexo, sendo que em L. passerina as folhas são

lineares, ascendentes, porém omúcron é pouco evidente. No entanto, o mesmo autor ressaltou

que L. ramosissima poderia se tratar de uma variedade de L. passerina, o que não foi

confirmado por Masanares (2004) a partir de estudos citotaxonômicos, que concluiu que se

tratava de espécies distintas. A espécie é endêmica do Brasil e a sua ocorrência é registrada

apenas para o estado de Minas Gerais (Nakajima et al. 2012). Na SGLA apresenta ampla

distribuição, tendo sido coletada com flores e frutos nos meses setembro, dezembro e janeiro

em fitofisionomias de Savana Arborizada e Campo Rupestre.

Material examinado - Curral do Estevão, 14º35'10"S, 42º34'06,6"W, 1041 m, 15 set. 2011,

F.A. Santana et al. 56 (HUEFS); Fazenda Santa Clara, 14º34'14,4"S, 42º32'41,3"W, 1020 m,

16 set. 2011, F.A. Santana et al. 70 (HUEFS); Espinhaço, 22 dez. 2011, F.A. Santana et al.

97(ALCB); Cascarrento, 14º33‘13,7‖S, 42º33‘19,6‖W, 19 jul. 2012, F.A. Santana et al. 179

(HUEFS); Xaxá, 14º39'15,6"S, 42º32'41,7"W, 942 m, 22 jan. 2013, H.A. Ogasawara et al.

316 (ALCB); Xaxá, trilha para o Cachoeirão, 14º41'11,7"S, 42º32'59,8"W, 1006 m, 23 jan.

2013, H.A. Ogasawara et al.320 (ALCB).

5.10.3. Lychnophora salicifolia Mart.

Fig. 8I

Lychnophora salicifolia diferencia-se das demais espécies pela lâmina foliar linear,

oblanceolada ou espatulada, 4,0--8,0 x 0,3--0,6 cm, face abaxial lanosa; 4--10 flores por

capítulo; pápus da série mais externa coroniforme e da série mais interna paleáceo e

espiralado. A espécie é endêmica do Brasil (Nakajima et al. 2012) e na SGLA foi coletada

com flores e frutos nos meses maio e setembro e somente frutos no mês de dezembro em

fitofisionomia de Campo Rupestre e de Savana Arborizada.

Material examinado - Serra do Saco da Onça, 14º44'46,8"S, 42º34'26"W, 980 m, 17 set.

2011, F.A. Santana et al.81(HUEFS); Trilha do topo do Cachoeirão até a casa de barro,

Page 52: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

40

14º41'42,2"S, 42º33'08,9"W, 923 m, 11 mai. 2012, F.A Santana et al.153(HUEFS);

Cascarrento, 14º33'13,7"S, 42º33'19,6"W, 970 m, 19 jul. 2012, F.A. Santana et

al.178(HUEFS); Pedra Preta, 14º45'16,6"S, 42º33'12,5"W, 1036 m, H.A. Ogasawara et al.

288 (ALCB).

5.10.4. Lychnophora sp. 1

Fig. 9A-B, 10A-O, 11A-C

Lychnophora sp. 1 tem sido coletada em vegetação de Campo Rupestre em Minas

Gerais e na SGLA, primeiro registro da espécie para o estado da Bahia, os indivíduos foram

encontrados em Vegetação sobre Canga e sobre afloramentos rochosos em fitofisionomia de

Savana Arborizada. A espécie diferencia-se das demais Lychnophora da área pelo hábito

geralmente subarbustivo (caule não ramificado na base); folhas elípticas a ovadas (15--30 cm

compr.); e capitulescência escaposa formada de espiga de glomérulos. A espécie está sendo

descrita pelo Prof. João Semir e colaboradores. Na SGLA a espécie é amplamente distribuída

e floresce nos meses de maio, julho e setembro.

Material examinado – Garimpo dos Areiões, 14º32‘29,6S, 42º32‘11,6W, 863 m, 14 jul.

2011, F.A. Santana et al.21 (HUEFS); Garimpo das Ametistas, F.A. Santana et al. 29

(HUEFS); Fazenda Jambreiro, 14º35‘12,3S, 42º32‘24,5W, 905 m, 15 set. 2011, F.A. Santana

et al. 53 (HUEFS); Trilha do Cascarrento, 14º33‘5,9S, 42º33‘51,7W, 994 m, 16 set. 2011,

F.A. Santana et al. 74 (HUEFS).

5.10. 5. Lychnophora sp. 2

Através de consulta à bibliografia específica e ao acervo dos herbários visitados,

concluiu-se que esta espécie apresenta caracteres comuns a Lychnophora cryptomerioides

Semir & Leitão sp. nov., que foi descrita em trabalho realizado por Semir (1991) mas cujo

nome ainda não foi validadamente publicado. Segundo este autor, a espécie apresenta como

caracteres diagnósticos a lâmina foliar linear-lanceolada; as folhas imbricadas, ascendentes

apicalmente e mais patentes em direção à base, retas e pouco arqueadas; capítulos curtamente

cilíndricos; 4 flores por capítulo; pápus da série mais externa escamiforme e da série mais

interna paleáceo caduco, reto. Diferencia-se de L. ramosissima, espécie mais próxima em

semelhança de caracteres, por esta apresentar 1 flor por capítulo (versus 4 flores por capítulo)

e pápus externo escamiforme inconspícuo a nulo e interno paleáceo, ligeiramente espiralado e

Page 53: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

41

tardiamente caduco (versus pápus externo escamiforme evidente e interno paleáceo,

espiralado e prontamente caduco). É considerada endêmica de Minas Gerais, sendo a

localidade tipo o município de Diamantina. Sendo assim esta espécie pode se tratar de nova

ocorrência para o estado da Bahia. Na SGLA a espécie foi coletada no mês de julho em

ambiente de Campo Rupestre.

Material examinado - Cascarrento, 14º33'13,7"S, 42º33'19,6"W, 970 m, 9 jul. 2012, F.A.

Santana et al. 177 (HUEFS).

5.11. Proteopsis Mart. & Zucc. ex Sch. Bip.

5.11.1. Proteopsis argentea Mart. & Zucc. ex Sch. Bip.

Fig. 8J,K

Proteopsis é composto apenas por P. argentea e apresenta como caracteres

diagnósticos os ramos e folhas argênteos; folhas em roseta; capitulescência formando

glomérulos dispostos no ápice de escapos; brácteas involucrais de ápice acuminado, pungente;

corola lilás; e pápus caduco. A espécie é considerada até então como endêmica do estado de

Minas Gerais, onde ocorre nas localidades de Serra do Cipó, Serra do Cabral, Planalto de

Diamantina e Grão Mogol (Nakajima et al. 2012; Jesus et al. 2001). Na SGLA foi coletada

com flores no mês de fevereiro e flores e frutos no mês de maio em vegetação de Campo

Rupestre.

Material examinado - Topo do Cachoeirão, subida atrás da casa de barro, 14º41'45,8"S,

42º33'30,1"W, 26 fev. 2012, F.A. Santana et al. 133 (HUEFS); Topo do Cachoeirão, atrás da

casa de barro, 959 m, 14º41'52,7"S, 42º33'29,9"W, 11 mai. 2012, F.A. Santana et al. 155

(HUEFS).

5.12. Stilpnopappus Mart. ex DC.

Stilpnopappus apresenta hábito herbáceo; invólucro com brácteas involucrais da série

mais externa foliáceas; receptáculo alveolado, com os alvéolos circundados por aristas longas

e fimbriadas que envolvem parcial ou completamente as cipselas; pápus bisseriado, paleáceo e

persistente (Esteves & Gonçalves-Esteves 2003). É um gênero sul-americano, encontrado na

Venezuela e Brasil, representado por 11 espécies (Esteves 1992; Barros & Esteves 2004). Na

SGLA foram encontradas duas espécies em Savana Arborizada e Campo Rupestre.

Page 54: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

42

5.12.1. Stilpnopappus semirianus R. Esteves

Stilpnopappus semirianus é definido pela lâmina foliar lanceolada ou oval-lanceolada,

membranácea; e capitulescência solitária ou em cimeira laxa (Esteves 1992). A espécie é

considerada endêmica do estado da Bahia e na SGLA foi coletada com flores e frutos nos mês

de janeiro e maio em vegetação de Campo Rupestre.

Material examinado - Xaxá, 14º44'46,8"S, 42º34'26"W, 24 fev. 2011, F.A. Santana et al. 103

(HUEFS); Trilha de Santana para o Cascarrento, 14º34'51,4"S, 42º33'40,5"W, 991 m, 10 mai.

2012, F.A.Santana et al. 143 (HUEFS); Cascarrento, 14º33'13,9"S, 42º33'28,2"W, 1003 m, 22

jan. 2001, H.A. Ogasawara et al. 300 (ALCB); Caminho para o Garimpo, 14º33'28,2"S,

42º33'13,5"W, 972 m, 22 jan. 2013, H.A. Ogasawara et al. 309 (ALCB).

5.12.2. Stilpnopappus tomentosus Mart. ex DC.

Stilpnopappus tomentosus são ervas eretas que apresentam lâmina foliar linear a linear-

lanceolada, conduplicada; capitulescência em cimeira congesta; e o pápus alvo (Esteves

1992). A espécie é endêmica do estado da Bahia e na SGLA foi coletada em Campo Rupestre.

Material examinado - Espinhaço, 22 nov. 2011, F.A. Santana et al. 100 (HUEFS); Riacho de

Areia, 14º45'29,0"S, 42º34'32"W, 1112m, 21 jan. 2013, H.A. Ogasawara et al. 294 (ALCB);

Cascarrento, 14º33'13,9"S, 42º33'28,2"W, 1003 m, 22 jan. 2001, H.A. Ogasawara et al. 301

(ALCB); Trilha após Cachoeirão, 14º41'52,4"S, 42º33'33"W, 1023 m, 23 jan. 2013, H.A.

Ogasawara et al.330 (ALCB).

5.13. Vernonanthura H.Rob.

Vernonanthura pode ser reconhecido por apresentar hábito arbustivo ou arbóreo; caule

ereto geralmente com xilopódio; capitulescência tirsóide a piramidalmente paniculada; e

apêndice do conectivo da antera com tricomas glandulíferos em sua face abaxial. Segundo

Robinson (1992), o gênero possui 70--76 espécies distribuídas em toda a América tropical

(Keeley & Robinson 2009). O Brasil possui ca. 36 espécies, sendo que 19 são endêmicas e na

Bahia há registro de 12 espécies, das quais quatro ocorrem na SGLA.

5.13.1. Vernonanthura brasiliana (L.) H.Rob.

Page 55: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

43

Fig. 8L

Vernonanthura brasiliana apresenta como caracteres diagnósticos a lâmina foliar

elíptica, de ápice agudo, apiculado, face adaxial estrigosa, abaxial vilosa; capitulescência em

panícula corimbosa; 35--40 flores por capítulo; tubo e lobos da corola glabros; cipsela

glanduloso-punctada. A espécie ocorre nos países da Venezuela, Suriname, Guiana, Guiana

Francesa, Colômbia, Bolívia e no Brasil, onde é amplamente distribuída. Na SGLA foi

coletada com flores no mês de julho e com flores e frutos no mês de setembro em Savana

Estépica e Mata de Galeria.

Material examinado – Garimpo dos Areiões, 14 jul. 2011, F.A. Santana et al. 24 (HUEFS);

Trilha da Fazenda Matinha para o Xaxá, 14º40'31"S, 42º32'35,9"W, 872 m, 17 set. 2011, F.A.

Santana et al.88 (HUEFS); Riacho Fundo, 14º35'18,9"S, 42º32'23,1"W, 860 m, 19 jul. 2012,

F.A. Santana et al. 174 (HUEFS).

5.13.2. Vernonanthura ferruginea (Less.) H.Rob.

Vernonanthura ferrruginea caracteriza-se pela lâmina foliar elíptica, coriácea, ápice

arredondado, indumento estrigoso na face adaxial e vilosa na abaxial; capitulescência em

panícula cimosa; e 20--24 flores por capítulo. A espécie não é endêmica e é amplamente

distribuída no Brasil (Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi coletada com flores no mês de

julho em fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado - Trilha para a Barragem de Tauape, 800-900 m, 15 jul. 2011, F.A.

Santana et al. 37 (HUEFS); Caminho para Riacho Fundo, sentido Gerais, Fazenda Curral do

Estevão, 770m, 14º35‘10‖S, 42º31‘57,7‖W, 15 set. 2011, F.A. Santana et al. 49 (HUEFS).

5.13.3. Vernonanthura laxa (Gardner) H.Rob.

Vernonanthura laxa diferencia-se das demais pelas folhas sésseis; e capitulescência em

panícula corimbosa (Ogasawara 2011). A espécie é endêmica do Brasil (Nakajima et al. 2012)

e na SGLA foi coletada com flores em botão no mês de maio em áreas de Savana Arborizada.

Material examinado - Estrada para a Fazenda Riacho de Areia, 14º45'29,0"S, 42º34'32"W,

12 mai. 2012, F.A. Santana et al. 170 (HUEFS).

5.13.4. Vernonanthura polyanthes (Spreng) A.J.Vega & M. Dematteis

Page 56: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

44

Vernonanthura phosphorica apresenta como caracteres diagnósticos a lâmina foliar

membranácea, lanceolada, ápice agudo, face adaxial e abaxial estrigosas; capitulescência em

cimeira; e capítulos com 20--25 flores. A espécie ocorre na Bolívia e no Brasil, onde é

amplamente distribuída. Na SGLA foi coletada com flores e frutos no mês de julho em

fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado - Estrada para o povoado de Duas Passagem, Fazenda Boqueirão,

nascente do rio Estiva, 14º28'59"S, 42º34'0,57"W, 964 m, 16 jul. 2011, F.A. Santana et al. 45

(HUEFS).

5.13.5. Vernonanthura subverticillata (Sch. Bip. ex Baker) H. Rob.

Vernonanthura subverticillata apresenta como caracteres diagnósticos a lâmina foliar

oblonga ou oblanceolada, ápice arredondado, mucronado, margem denticulada, base atenuada;

capitulescência em cimeira composta; 10--12 flores por capítulo. A espécie é endêmica do

Brasil e na SGLA foi coletada com frutos no mês de janeiro em fitofisionomia de Savana

Arborizada.

Material examinado - Trilha após Cachoeirão, 14º41'55,3"S, 42º33'30,8"W, 1020 m, 23 jan.

2013, H.A. Ogasawara et al. 331 (ALCB); Caminho para o Garimpo 14º33'28,2"S,

42º33'13,5"W, 972 m, H.A. Ogasawara et al. 308 (ALCB); Trilha após Cachoeirão,

14º41'55,3"S, 42º33'30,8"W, 1020 m, H.A. Ogasawara et al. 331 (ALCB).

6. TRIBO GNAPHALIEAE CASS. EX. LECOQ & JUILL.

Gnaphalieae são ervas, subarbustos a arbustos, de capítulos discóides, homogamos ou

disciformes, heterógamos, com flores pistiladas filiformes, brácteas involucrais papiráceas,

coloridas, hialinas, anteras ecalcaradas, ramos dos estiletes com tricomas (Ward et al. 2009;

Bremer 1994). Apresenta cerca de 180 gêneros e 2.000 espécies amplamente distribuídas e

especialmente bem representadas na África do Sul e Austrália (Bremer 1994). Para o Brasil

são registradas 60 espécies (Nakajima et al. 2012) e para a Serra Geral de Licínio de Almeida

foram encontrados um gênero e duas espécies.

6.1. Achyrocline (Less.)DC.

Page 57: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

45

O gênero é representado por espécies subarbustos a arbustos; folhas estreitas, sésseis,

tomentosas; capítulos disciformes; brácteas involucrais castanhas, amareladas ou alvas; corola

amarela; cipsela glabra, geralmente papilosa; pápus de cerdas barbeladas (Bremer 1994; Deble

2007). Distribui-se pela América do Sul e Central, com registro de algumas espécies também

para a África e Madagascar. Apresenta cerca de 40 espécies, com centro de concentração nas

áreas tropicais e subtropicais da América do Sul (Deble 2007). No Brasil ocorrem 17 espécies

(Nakajima et al. 2012) e na SGLA foram encontradas duas espécies que apresentam brácteas

involucrais e corola amarelas.

Chave para as espécies de Achyrocline

1. Caule alado, lâmina foliar 4--15 x 0,3--1 cm .............................................................. A. alata

1‘. Caule cilíndrico, lâmina foliar 1--6x 0,7--1,3 cm .......................................... A. satureioides

6.1.1. Achyrocline alata (Kunth) DC.

Achyrocline alata apresenta hábito arbustivo; caule apresentando estreitas alas; e

folhas lineares, discolores. A espécie é encontrada nos países da Colômbia, Peru, Paraguai,

Argentina, Uruguai e Brasil (Deble 2007) e é amplamente distribuída no território brasileiro.

Foi coletada com flores no mês de julho em área de Savana Arborizada.

Material examinado - Trilha para o Cachoeirão após o trilho do trem, 14º41'7,8"S,

42º33'12,1"W, 999 m, 20 jul. 2012, F.A. Santana et al. 194 (HUEFS).

6.1.2. Achyrocline satureioides (Lam.) DC.

Achyrocline satureioides diferencia-se de A. alata principalmente por apresentar ramos

cilíndricos; e lâmina foliar espatulada, discolor, trinervada. A espécie ocorre na Argentina,

Uruguai e no Brasil (Deble 2007) e é amplamente distribuída no território brasileiro

(Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi coletada com flores no mês de julho em área de Savana

Arborizada.

Material examinado - Trilha para o Cachoeirão após o trilho do trem, 14º41'7,8"S,

42º33'12,1"W, 999 m, 20 jul. 2012, F.A. Santana et al. 190 (HUEFS).

7. TRIBO ASTEREAE CASS.

Page 58: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

46

A tribo apresenta como caracteres diagnósticos a base da antera ecaudada e ecalcarada

e apêndices do estilete deltados a triangulares ou lanceolados, glabros na face adaxial e pilosos

na face abaxial (Funk et al. 2009). Apresenta ca. de 222 gêneros e 3100 espécies de

distribuição cosmopolita, com maior representatividade nas regiões temperadas (Nesom &

Robinson 2007; Funk et al.2009). No Brasil, ocorrem 17 gêneros e 228 espécies (Nakajima et

al. 2012). Para a SGLA foram encontrados dois gêneros, Baccharis e Conyza.

Chave para as espécies de Astereae

1. Ervas monóicas; capítulos heterógamos ...................................................Conyza sumatrensis

1‘. Ervas a arbustos dióicos; capítulos homógamos.

2. Caule e ramos alados ...................................................................................Baccharis crispa

2‘. Caule e ramos ápteros.

3. Lâmina foliar inteira, tricomas alvos a cinéreos, persistentes na face abaxial e

glabrescente na face adaxial.............................................................................. B. calvescens

3‘. Lâmina foliar denteada, glabrescente em ambas as faces.

4. Lâmina foliar oblanceolada ou obovada; capitulescência em panículas espiciformes

....................................................................................................................... B. sessiliflora

4‘. Lâmina foliar ovada, oblanceolada ou obdeltada; capítulescência em panículas

corimbiformes.

5. Capítulos pedicelados; brácteas involucrais de margem hialina, ápice hialino

....................................................................................................................... B. alleluia

5‘. Capítulos sésseis a subsésseis; brácteas involucrais de margem escariosa, ápice

castanho ........................................................................................................... B. retusa

7.1. Baccharis L.

Baccharis apresenta como prováveis sinapomorfias as flores unissexuais, geralmente

em espécimes distintos, e tricomas com uma única célula basal dispostos em pequenos tufos

no caule e nas folhas (Müller 2006). É o maior gênero da tribo com 350--400 espécies,

ocorrendo em sua maioria na América do Sul (Nesom 1990; Müller 2006). No Brasil ocorrem

Page 59: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

47

167 espécies (Barroso 1976; Nakajima et al. 2012) e na SGLA foram encontradas cinco

espécies.

7.1.1. Baccharis alleluia A.S. Oliveira & Deble

Fig. 13A

Baccharis alleluia é reconhecida pelas folhas sésseis ou curto-pecioladas; lâmina foliar

ovada, oblanceolada ou obdeltada, ápice obtuso, margem inteira ou denticulada, base

atenuada, com tricomas glandulares; capitulescência em panícula corimbiforme; e capítulos

laxos, pedicelados (Deble & Oliveira-Deble 2009). A espécie é endêmica do estado da Bahia e

na SGLA foi coletada com flores nos meses setembro, fevereiro e maio em fitofisionomia de

Savana Arborizada.

Material examinado - Curral do Estevão, 14º35'10,1"S, 42º34'06,6"W, 1041 m, 15 set. 2011,

F.A. Santana et al. 58 (HUEFS); Serra do Saco da Onça, 14º44'46,8"S, 42º34'26"W, 25 fev.

2012, F.A. Santana et al. 105 (HUEFS); Trilha de Santana para o Cascarrento, 09 mai. 2012,

F.A. Santana et al. 135 (HUEFS); Riacho Fundo, 14º35'11,6"S, 42º32'25,3"W, 849 m, 10 mai.

2012, F.A. Santana et al. 140 (HUEFS); Trilha para o Cachoeirão, atravessando o trilho do

trem, 14º41‘7,8‖S, 42º33‘12,1‖W, 999 m, F.A. Santana et al. 192 (HUEFS).

7.1.2. Baccharis calvescens DC.

Baccharis calvescens apresenta como caracteres diagnósticos os ramos pubescentes; a

lâmina foliar elíptica a oblanceolada, ápice agudo, margem inteira, base atenuada, face adaxial

glabra e abaxial com indumento cinéreo; e capitulescência em panícula congesta. Segundo

Barroso (1976), a espécie diferencia-se de outras espécies próximas pela presença de

indumento seríceo na face abaxial da lâmina foliar, tornando-se lepidoto na maturidade. A

espécie é endêmica do Brasil e na SGLA foi coletada com flores no mês julho em

fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado - Trilha p/ Cachoeirão, atravessando o trilho do trem, 14º41'7,8"S,

42º33'12,1"W, 999 m, 20 jul. 2012, F.A. Santana et al. 195 (HUEFS).

7.1.3. Baccharis crispa Spreng.

Fig. 13B

Page 60: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

48

Baccharis crispa é facilmente reconhecida por apresentar ramos trialados, resinosos;

lâmina foliar escamiforme, séssil; capítulos sésseis arranjados em ramos espiciformes; e

cipsela cilíndrica, 8--16 costada (Heiden et al. 2009; Schneider 2009). A espécie é

amplamente distribuída no Brasil e na SGLA foi coletada com flores em Savana Arborizada.

Material examinado - Trilha para o Cachoeirão, atravessando o trilho do trem, 14º41'7,8"S,

42º33'12,1"W, 999 m, 20 jul. 2012, F.A. Santana et al.191 (HUEFS).

7.1.4. Baccharis retusa DC.

Baccharis retusa pode ser reconhecida pela lâmina foliar coriácea, espatulada a

oblanceolada, ápice arredondado a obtuso, 5--12 denteada, base cuneada, viscosa; capítulos

paniculados, subsésseis e arranjados no ápice dos ramos. A espécie é endêmica do Brasil e

ocorre nas regiões centro-sul do país alcançando o estado da Bahia (Nakajima et al. 2012). Na

SGLA foi coletada com flores nos meses de dezembro, janeiro e julho em fitofisionomia de

Savana Arborizada.

Material examinado - Região de Formigas, 14º27'52,2"S, 42º32'0,9"W, 970 m, 16 jul. 2011,

F.A. Santana et al. 46(HUEFS); Cascarrento, 14º33‘13,7‖S, 42º33‘19,6‖W, 970 m, 19 jul.

2012, F.A. Santana et al. 180 (HUEFS); Cascarrento, 14º33‘13,7‖S, 42º33‘19,6‖W, 970 m, 19

jul. 2012, F.A. Santana et al. 181 (HUEFS); Caminho para Pedra Preta, 14º44'43,8"S,

42º32'44"W, 854 m, 21 jan. 2013, H.A. Ogasawara et al. 287 (ALCB); Xaxá, trilha para o

Cachoeirão, 14º41'11,7"S, 42º32'59,8"W, 1006 m, 23 jan. 2013, H.A. Ogasawara et al. 324

(ALCB); Trilha após Cachoeirão, 14º41'55,3"S, 42º33'30,8"W, 1020 m, H.A. Ogasawara et

al. 332 (ALCB).

7.1.5. Baccharis sessiliflora Vahl

Baccharis sessiliflora apresenta como caracteres diagnósticos a lâmina foliar séssil,

oblanceolada a obovada, ápice agudo, base cuneada, glabra; e capítulos arranjados em

panículas espiciformes. A espécie não é endêmica do Brasil e no país ocorre nas regiões

centro-sul alcançando a Bahia (Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi coletada em Campo

Rupestre.

Material examinado – Serra do Saco da Onça, 14º44‘44,2‖S, 42º32,5 W, 1024 m, 21 jul

2012, F.A. Santana et al. 202 (HUEFS).

Page 61: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

49

7.2. Conyza Less.

7.2.1. Conyza sumatrensis (Retz.) E.Walker

Conyza é representado por ervas, raramente arbustos ou pequenas árvores, que

apresentam capítulos heterógamos, flores filiformes femininas e monoclinas tubulosas,

invólucro cilíndrico a hemisférico, pápus de cerdas barbeladas e cipsela compressa,

pubescente (Bremer 1994; Nesom 2000). Compreende aproximadamente 50 espécies, muitas

delas com distribuição cosmopolita (Kissman & Groth 1999). Para o Brasil, há o registro de

12 espécies, sendo que destas, quatro ocorrem na Bahia (Nakajima et al. 2012).

Conyza sumatrensis caracteriza-se pelo hábito herbáceo; ramos pubescentes; lâmina

foliar oblanceolada, ápice agudo, base cuneada; capitulescência em panícula; e pápus cerdoso.

A espécie apresenta distribuição cosmopolita e no Brasil é amplamente distribuída. Na SGLA

foi coletada em Savana Arborizada.

Material examinado - Garimpo dos Areiões, 14º32'29,6"S, 42º32'11,6"W, 863 m, 21 jul.

2012, F.A. Santana et al. 206 (HUEFS).

8. TRIBO COREOPSIDEAE LINDL.

A Tribo Coreopsideae é caracterizada pelo hábito herbáceo a arbustivo, raramente

pequenas árvores, folhas opostas ou alternas, simples com margem inteira a tripinadas,

capítulos radiados, heterógamos ou discóides, homógamos, solitário a cimoso ou corimboso,

pedunculado, receptáculo plano a cônico, paleáceo, flores do raio quando presentes, pistiladas

e estéreis, flores do disco bissexuais ou funcionalmente masculinas, pápus aristado, 2--15

aristas antrorsas ou retrorsas (Crawford et al. 2009). Apresenta ca. 25 gêneros e 600 espécies

que ocorrem predominantemente na América do Norte e do Sul (Crawford et al. 2009). No

Brasil, ocorrem quatro gêneros e 31 espécies, amplamente de distribuídas. Para a SGLA é

registrada apenas uma espécie pertencente ao gênero Bidens.

8.1. Bidens L.

8.1.1. Bidens segetum Mart. ex Colla

Fig. 13C

Page 62: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

50

O gênero Bidens é caracterizado principalmente pelos capítulos radiados, heterógamos,

raramente discóides e homógamos; filetes glabros; e cipsela fusiforme e não rostrada. Bidens

possui ca. 340 espécies distribuídas em todo o mundo e com centro de diversidade na América

Central e do Norte (Crawford et al. 2009).

Bidens segetum é um arbusto com lâmina foliar discolor, margem serreada e 3-partida;

flores do raio liguladas, amarelas e do disco tubulosas, amarelas; anteras castanhas;

receptáculo plano e paleáceo; cipsela achatada, enegrecida; e pápus biaristado. A espécie não

é endêmica do Brasil e na SGLA foi coletada com flores e fruto no mês de maio em

fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado - Trilha de Santana para o Cascarrento, 14º34'51,4"S, 42º33'40,5"W, 10

mai. 2012, F.A. Santana et al. 142 (HUEFS); Trilha do Lameirão para o Cachoeirão,

14º30‘15,6‖S, 42º13‘19‖W, 805 m, 11 mai. 2012, F.A. Santana et al. 148 (HUEFS).

9. TRIBO NEUROLAENEAE RYDB.

A Tribo Neuroleneae apresenta cinco gêneros e cerca de 150 espécies que ocorrem

predominantemente no México e na América do Sul (Panero 2007). Suas espécies podem ser

reconhecidas pela presença de ramos fistulosos, flores do raio, se presentes, pistiladas,

receptáculo geralmente paleáceo e anteras e cipselas geralmente enegrecidas. Para o Brasil são

registradas 80 espécies, distribuídas pelas diversas fitofisionomias encontradas no país. Na

SGLA foram coletados apenas indivíduos do gênero Calea.

9.1. Calea L.

As espécies de Calea apresentam hábito herbáceo, arbustivo ou subarbustivo; e os

capítulos são radiados, heterógamos ou discóides, homógamos, solitários ou em

capitulescências laxas. As flores do raio, quando presentes são pistiladas, as anteras são

amarelas, com apêndice do conectivo agudo (Funk et al.2009). Para o estado da Bahia são

registradas 10 espécies, encontradas em fitofisionomias de Caatinga, Cerrado, campos

rupestres ou restinga (Roque & Carvalho 2011).

Chave para as espécies de Calea

Page 63: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

51

1. Capitulescência umbeliforme; capítulos discóides, homógamos, 8--10 flores .......C. harleyi

1‘. Capitulescência corimbiforme; capítulos heterógamos, radiados, 45--55 flores.

2. Ramos e folhas glabrescentes; lâmina foliar oblonga ou triangular, 1--2 cm larg., face

adaxial escabrosa ............................................................................................C. candolleana

2‘. Ramos e folhas pubescentes; lâmina foliar elíptica, 5,5--8,5 cm larg., face adaxial vilosa

...................................................................................................................................C. pilosa

9.1.1. Calea candolleana (Gardner) Baker

Fig. 13E

Calea candolleana pode ser reconhecida através da lâmina foliar elíptica, escabrosa

em ambas as faces; capitulescência em corimbo; e receptáculo paleáceo. A espécie é endêmica

do Brasil e ocorre nos estados da Bahia, Minas Gerais, Tocantins e Goiás (Nakajima et al.

2012). Na SGLA foi coletada com flores e frutos nos meses de fevereiro, maio e julho em

fitofisionomia de Savana Arborizada e Campo Rupestre.

Material examinado - Serra do Saco da Onça, 14º44'46,8"S, 42º34'26"W, 980 m, 20 dez.

2011, F.A. Santana et al. 92 (HUEFS); Serra do Saco da Onça, 14º44'46,8"S, 42º34'26"W, 25

fev. 2012, F.A. Santana et al. 104 (HUEFS); Trilha de Santana para o Cascarrento, 9 mai.

2012, F.A. Santana et al. 137 (HUEFS); Trilha do Lameirão para o Cachoeirão, 14º30'15,6"S,

42º13'19"W, 805 m, 11 mai. 2012, F.A. Santana et al. 146 (HUEFS).

9.1.2. Calea harleyi H.Rob

Fig. 13D

Calea harleyi são arbustos de ramos prostrados a cespitosos; folhas elípticas, agudas a

obtusas, margem serreada, base atenuada; e capitulescência em umbela, com três capítulos

discóides. A espécie é endêmica do Brasil e distribui-se pelos estados de Minas Gerais e Bahia

(Nakajima et al. 2012) e na SGLA foi coletada em áreas de Savana Arborizada e de Campo

Rupestre.

Material examinado–Serra do Saco da Onça, 14º44‘46,8‖S, 42º34‘26‖W, 25 fev. 2012, F.A.

Santana et al. 110 (HUEFS); Trilha no Topo do Cachoeirão, 14º41‘47,1‖S, 42º33‘02,7‖W, 26

fev. 2012, F.A. Santana et al. 132 (HUEFS); Estrada para Fazenda Riacho de Areia,

14º45‘29‖S, 42º34‘32‖W, 1112 m, 12 mai. 2012, F.A. Santana et al. 165 (HUEFS);

Page 64: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

52

Cascarrento, 14º33'13,9"S, 42º33'28,2"W, 1003 m, 22 Jan. 2001, H.A. Ogasawara et al. 301

(ALCB).

9.1.3. Calea pilosa Baker

Calea pilosa é reconhecida principalmente por apresentar os ramos densamente

vilosos; lâmina foliar elíptica, vilosa; capítulo radiado; e o receptáculo epaleáceo. A espécie é

referida para o estado da Bahia e região sudeste, no entanto, a sua distribuição real ainda não

se encontra bem definida (Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi coletada com flores e frutos no

mês de dezembro em fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado - Riacho de Areia, 14º45'29,0"S, 42º34'32"W, 1112m, 21 jan. 2013,

H.A. Ogasawara et al. 298 (ALCB); Xaxá, trilha para o Cachoeirão, 14º41'11,7"S,

42º32'59,8"W, 1006 m, 23 jan. 2013, H.A. Ogasawara et al. 323 (ALCB).

10. TRIBO HELIANTHEAE CASS.

A Tribo Heliantheae é reconhecida por uma combinação de caracteres, como o

receptáculo paleáceo cujas páleas conduplicadas (dobradas) envolvem as cipselas, anteras

usualmente negras, ápice do estilete com tufos de papilas, cipselas enegrecidas achatadas e

pápus de aristas ou escamas (Funk et al. 2009). Apresenta 113 gêneros e 1.461 espécies

distribuídas principalmente pelo Novo Mundo, é encontrada especialmente no México,

América Central e América do Sul (Funk et al. 2009). Para o Brasil são registrados 32 gêneros

e 234 espécies (Nakajima et al. 2012) e na SGLA foram encontrados quatro gêneros e nove

espécies.

Chave para as espécies de Heliantheae

1. Capítulos disciformes, com uma flor feminina e 7--8 masculinas; receptáculo epaleáceo

............................................................................................................... Riencourtia oblongifolia

1‘. Capítulos radiados, com flores do raio femininas (estéreis ou férteis) e do disco bissexuais;

receptáculo paleáceo.

2. Arbusto escandente; cipsela bacácea e pápus ausente .......……….............. Tilesia baccata

2‘. Arbusto ereto ou erva prostrada; cipsela de outras formas e pápus presente.

Page 65: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

53

3. Folhas opostas em toda a planta; nervação acródroma; corola da flor do raio com 2

nervuras evidentes.

4. Erva prostrada; brácteas involucrais em duas séries, subiguais ............... Aspilia martii

4‘. Arbusto ereto; brácteas involucrais com 4--5 séries, as mais externas menores do que

as mais internas.

5. Brácteas involucrais de ápice ereto, acuminado; pápus 2--3 aristado

..................................................................................................................A. floribunda

5‘. Brácteas involucrais de ápice reflexo, agudo; pápus coroniforme.

6. Lâmina foliar com margem denteada; capítulos axilares e/ou axilares e terminais

no mesmo ramo; invólucro cilíndrico (0,4--0,6 cm larg.)

....................................................................................................................... A. eglerii

6‘. Lâmina foliar com margem inteira; capítulos terminais; invólucro campanulado

(0,7--1 cm larg.) .................................................................................... A. almasensis

3‘. Folhas superiores geralmente alternas e inferiores opostas; nervação acródroma;

corola da flor do raio com todas as nervuras evidentes.

8. Lâmina foliar linear, 0,2--0,3 cm larg.; cipsela vilosa ..................... Aldama bracteata

8‘. Lâmina foliar ovada ou elíptica, 1,8--2,5 cm larg.; cipsela glabra ou com tricomas

esparsos no 1/3 superior ........................................................................... A. oblongifolia

10.1. Aldama La Llave

Em estudos moleculares realizados por Schiling & Panero (2011), o gênero foi

recircunscrito para o qual algumas espécies de Viguiera foram combinadas, embora ainda não

exista um estudo que uniformize a caracterização para o gênero. Atualmente, Aldama

distribui-se por países da América Central e do Sul é amplamente distribuída no território

brasileiro, onde apresenta 15 espécies (Schiling & Panero 2011; Nakajima et al. 2012).

10.1.1. Aldama bracteata (Gardner) E.E.Schill. & Panero

Aldama bracteata diferencia-se das outras espécies do gênero por apresentar lâmina

foliar linear (0,2--0,3 cm larg.); cipsela setosa e pápus de aristas longas e cerdosas. É

endêmica do Brasil e distribui-se pelas regiões do centro-oeste e sudeste (Nakajima et al.

Page 66: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

54

2012). Este trabalho apresenta A. bracteata como nova ocorrência para o estado da Bahia e na

SGLA foi coletada em fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado – Serra do Saco da Onça, 21 jul. 2012, N. Roque et al. 3681 (ALCB).

10.1.2. Aldama oblongifolia (Gardner) E.E.Schill. & Panero.

Aldama oblongifolia diferencia-se de A. bracteata principalmente por apresentar

lâmina foliar elíptica a oval; invólucro formado por 4 séries de brácteas, ovada a oval-

lanceoladas; e pápus 1--2 aristado. A espécie é endêmica do Brasil e este trabalho apresenta

esta espécie como nova ocorrência para o estado da Bahia. Na SGLA foi coletada com flores e

frutos em janeiro em fitofionomia de Savana Arborizada.

Material examinado - Trilha após Cachoeirão, 14º41‘52,4"S, 42º33'33"W, 1023 m, 23 jan.

2013, H.A. Ogasawara et al. 329 (ALCB).

10.2. Aspilia Thouars

Aspilia apresenta como principais características as folhas geralmente opostas; flores

do raio liguladas e neutras, com apenas duas a três nervuras mais conspícuas; e cipselas do

disco levemente comprimidas com uma cicatriz basal (Santos 2001). Segundo ainda o autor, o

gênero apresenta aproximadamente 125 espécies distribuídas pela América Tropical, África

Tropical e Madagascar. Para o Brasil são registradas 65 espécies (Nakajima et al. 2012).

10.2.1. Aspilia almasensis D.J.N. Hind

Aspilia almasensis apresenta como caracteres diagnósticos o hábito arbustivo, ereto; a

lâmina foliar lanceolada e estrigosa; 4--5 séries de brácteas involucrais de ápice reflexo,

agudo; e pápus coroniforme, sem aristas. A espécie é endêmica do estado da Bahia e na SGLA

foi coletada com flores e frutos nos meses de dezembro e janeiro em fitofisionomia de Savana

Arborizada e Savana Estépica.

Material examinado - Garimpo dos Areiões, 18º16'46"S, 43º38'08,8"W, 702 m, 21 dez.

2011, F.A. Santana et al. 90(HUEFS); Riacho de Areia 14º45'29,0"S, 42º34'32"W, 1112m, 21

jan. 2013, H.A. Ogasawara et al. 291 (ALCB); Trilha para a Gruta, 14º39'15,6"S,

42º32'41,7"W, 942 m, 22 jan. 2013, H.A. Ogasawara et al. 315 (ALCB); Xaxá, trilha para

Cachoeirão, 14º41'35,5"S, 42º32'47,7"W, 885 m, 23 jan. 2013, H.A. Ogasawara et al. 319

Page 67: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

55

(ALCB); Xaxá, trilha para o Cachoeirão, 14º41'11,7"S, 42º32'59,8"W, 1006 m, 23 jan. 2013,

H.A. Ogasawara et al. 326 (ALCB).

10.2.2. Aspilia eglerii J.U. Santos

Aspilia eglerii pode ser reconhecida por apresentar folhas pecioladas, lanceoladas a

oblongo-lanceoladas; capítulos solitários ou aos pares no ápice dos ramos; brácteas

involucrais dispostas em quatro séries; e pápus coroniforme desprovido de aristas (Santos

2001). Contudo, a espécie é conhecida apenas pelo seu holótipo cuja localidade-tipo é o

município de Diamantina, em Minas Gerais. As conclusões a respeito desta espécie foram

tomadas a partir de consulta à bibliografia específica e análise do material-tipo dos táxons

citados a seguir. Segundo Santos (2001), A. eglerii pode ser confundida com A. clausseniana

Baker da qual se diferencia por apresentar invólucro cilíndrico e pápus desprovido de aristas

(vs. invólucro campanulado e pápus aristado); de A. cylindricocephala H.Rob. que se

diferencia pelas folhas sésseis, brácteas involucrais 6-seriadas e capitulescência corimbiforme

e de Apilia caudata J.U. Santos, que pode ser reconhecida pelas folhas sésseis e brácteas

involucrais de tamanhos similares e ápice caudado. Na SGLA a espécie foi coletada com

flores e frutos no mês de fevereiro em fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado - Cachoeirão, subida após o trilho do trem, 14°41'55''S, 42°32'58''W,

971 m, 26 fev. 2012, M. Alves et al. 98 (ALCB); Trilha do Lameirão para o Cachoeirão,

14º30‘15,6‖S, 42º13‘19‖W, 805 m, 11 mai. 2012, F.A. Santana et al. 151 (HUEFS).

10.2.3. Aspilia floribunda (Gardner) Baker

Fig. 12A-N, 13G

Aspilia floribunda é reconhecida principalmente pelas folhas lineares a linear-

lanceoladas ou lanceoladas, estrigosa em ambas as faces; capitulescência em corimbo;

brácteas involucrais em quatro séries; cipsela pilosa; e pápus com duas aristas conspícuas. A

espécie é endêmica do Brasil e no presente trabalho ela é apresentada como nova ocorrência

para o estado da Bahia. Na SGLA a espécie foi coletada com flores e frutos no mês de janeiro

em fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado – Capim Vermelho, 19º39‘51‖S, 42º30‘20‖W, 1035 m, 24 fev. 2012, M.

Alves et al. 71 (ALCB); Serra do Saco da Onça, 14º45‘02‖S, 42º34‘09‖W, 907 m, 25 fev.

Page 68: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

56

2012, M. Alves et al. 73 (ALCB); Serra do Saco da Onça, 21 jan. 2013, H.A. Ogasawara et

al.334 (ALCB).

10.2.4. Aspilia martii Baker

Aspilia martii é caracterizada especialmente por serem ervas prostradas de lâmina

foliar linear a linear-lanceolada; capítulos solitários; duas séries de brácteas foliáceas, de ápice

caudado; e pápus com 2-3 aristas conspícuas. É endêmica do Brasil e ocorre na região

nordeste e Espírito Santo (Nakajima et al. 2012). A espécie foi coletada na SGLA em área de

Savana Arborizada e Campo Rupestre.

Material examinado - Serra do Saco da Onça, 14º44'46,8"S, 42º34'26"W, 980 m, 20 dez.

2011, F.A. Santana 91 (HUEFS); Pedra Preta, 14º45'16,6"S, 42º33'12,5"W, 1036 m, 21 jan.

2013, H.A. Ogasawara et al. 288 (ALCB).

10.3. Riencourtia Cass.

10.3.1.Riencourtia oblongifolia Gardner

Fig. 13F

Riencourtia é composto por ervas ou subarbustos, com folhas opostas, inteiras ou

denteadas; capítulos disciformes, dispostos em pequenos glomérulos no topo dos ramos;

receptáculos epaleáceo; uma flor marginal feminina; flores do disco estaminadas com ovário

não funcional modificado em pedicelo; cipsela globoso-obovada; e pápus ausente. Distribui-se

pela América do Sul e apresenta cinco ou seis espécies (Bringel 2007). No Brasil ocorrem

cinco espécies e na SGLA foi coletada apenas uma espécie.

Riencourtia oblongifolia é a única espécie representante da tribo na SGLA que

apresenta capítulos formando glomérulos sésseis em dicásio; 4 brácteas involucrais subiguais,

alvas; receptáculo epaleáceo; capítulos com uma flor feminina e 5-8 masculinas. Diferencia-se

de Riencourtia tenuifolia, outra espécie encontrada na Bahia, principalmente por esta

apresentar a lâmina foliar linear (vs. lâmina foliar elíptica, oblonga ou lanceolada). A espécie é

encontrada na Bolívia e no Brasil é amplamente distribuída (Bringel 2007), com exceção do

nordeste e sul do país. Na SGLA foi coletada com flores e frutos em fitofisionomia de Savana

Estépica.

Page 69: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

57

Material examinado - Lameirão, 14º41'33"S, 42º31'52"W, 783 m, 26 fev. 2012, M. Alves et

al. 97 (ALCB).

10.4. Tilesia G. Mey.

10.4.1.Tilesia baccata (L.) Pruski

Tilesia é caracterizada principalmente por apresentar flores do raio, quando presentes,

estéreis; páleas estreitamente estriadas; e frutos bacáceos sem pápus. Apresenta três espécies

de distribuição Neotropical (Pruski 1997).

Tilesia baccata é um arbusto escandente de capitulescência tirsóide; capítulo radiado;

corola amarela, pápus ausente; e a única espécie da família encontrada na SGLA a apresentar

cipsela bacácea. Ocorre desde a América do Sul até a América Central e Antilhas (Bringel

2007). A espécie foi coletada na SGLA com frutos no mês de fevereiro em fitofisionomia de

Savana Arborizada.

Material examinado – Trilha para a Cachoeira Sete Quedas, 11 jan. 2011, F.A. Santana et al.

12 (HUEFS); Serra do Saco da Onça, 14º44'46,8"S, 42º34'26"W, 25 fev. 2012, F.A. Santana

et al. 109 (HUEFS); Caminho para Pedra Preta, 14º44'43,8"S, 42º32'44"W, 854 m, 21 jan.

2013, H.A. Ogasawara et al. 286 (HUEFS).

11. TRIBO MILLERIEAE LINDL.

A Tribo Millerieae é caracterizada pelas folhas usualmente opostas, frequentemente

glandulosas; páleas escariosas; tecas das anteras frequentemente negras, geralmente estriadas;

cipselas enegrecidas; e pápus escamoso ou cerdoso (Funk et al. 2009). É representada por 34

gêneros e cerca de 380 espécies distribuídas principalmente pelo México e norte dos Andes,

em países do Velho Mundo, incluindo a África (Funk et al. 2009). No Brasil são encontrados

oito gêneros e 34 espécies de ampla distribuição (Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi

encontrado apenas um gênero e uma espécie.

11.1. Ichthyothere Mart.

11.1.1. Ichthyothere terminalis (Spreng) S.F. Blake

Fig. 13H

Page 70: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

58

Ichthyothere apresenta como caracteres diagnósticos a capitulescência terminal em

glomérulos ou em panículas laxas; capítulos disciformes, invólucro bisseriado; receptáculo

paleáceo; flores de coloração branca ou creme, flores do raio 2--4 pistiladas, flores do disco

bissexuais, funcionalmente masculinas por atrofia do gineceu; cipsela glabra; e pápus ausente

(Pereira 2001). É um gênero Neotropical com ocorrência principal na América do Sul e

apenas uma espécie na América Central (Pereira 2001). No Brasil é representado por 19

espécies de ampla distribuição (Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi encontrada apenas uma

espécie.

Ichthyothere terminalis é reconhecida por apresentar hábito arbustivo; folhas sésseis,

glabras, com cinco nervuras acródromas; capitulescência glomerular; capítulos disciformes,

alvos; e flores pistiladas tubulosas. É encontrada na América Tropical nos países da Guiana,

Suriname e Brasil (Pereira 2001). Apresenta ampla distribuição no território brasileiro

(Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi coletada com flores em fitofisionomia de Savana

Arborizada no mês de janeiro.

Material examinado - Cascarrento, 14º33'13,9"S, 42º33'28,2"W, 1003 m, 22 jan. 2001, H.A.

Ogasawara et al. 306 (ALCB).

12. TRIBO EUPATORIEAE CASS.

A Tribo tem sido caracterizada, principalmente, por apresentar folhas opostas;

capítulos homógamos, discóides; flores tubulosas, nunca amarelas; ramos do estilete

conspícuos e exsertos, lineares a clavados; e cipselas com uma camada de células enegrecidas

por fitomelanina (King & Robinson 1987). Apresenta 182 gêneros e 2.200 espécies

essencialmente neotropicais, concentradas no México e nas Américas Central e do Sul, no

entanto, diversas espécies são encontradas na América do Norte e poucas são Pantropicais ou

do Velho Mundo (Bremer 1994). Para o Brasil estão listadas 604 espécies e 83 gêneros

(Nakajima et al. 2012). Na SGLA foram encontrados 11 gêneros e 16 espécies.

Chave para as espécies de Eupatorieae

1. Invólucro unisseriado, número de brácteas involucrais igual ao número de flores.

2. Lâmina foliar cordiforme, hirsuta; bractéola orbicular ou elíptica.

Page 71: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

59

3. Lâmina foliar 8--12 x 5--7 cm; capitulescência em panícula; bractéola orbicular

................................................................................................................ Mikania hirsutissima

3‘. Lâmina foliar 2--6,5 x 1--4 cm; capitulescência em corimbo; bractéola elíptica

.............................................................................................................................M. cordifolia

2‘. Lâmina foliar orbicular, ovada ou elíptica, glabra; bractéola linear.

4. Arbusto ereto; lâmina foliar orbicular ou ovada, séssil ...................................M. obtusata

4‘.Arbusto volúvel; lâmina foliar elíptica, pedunculada .......................................M. elliptica

1‘. Invólucro multisseriado, número de brácteas involucrais diferente do número de flores.

5. Receptáculo paleáceo (1-pálea); pápus ausente ...........................Acritopappus catolesensis

5‘. Receptáculo paleáceo, mais de uma pálea ou epaleáceo; pápus presente.

6. Lobos da corola pilosos; cipsela estipitada e pápus plumoso.

7.Lâmina foliar ovada, 0,5--2,5 cm compr., pecíolo 0,1-0,4 cm; flores 35-40 por capítulo

.............................................................................................................Trichogonia hirtiflora

7‘.Lâmina foliar lanceolada, 3--7 cm compr., pecíolo 2--4 cm compr., flores 18-25 por

capítulo ..............................................................................................................T. salviifolia

6‘. Lobos da corola glabros; cipsela cilíndrica (não estipitada), pápus cerdoso.

8. Ramos densamente folhosos; lâmina foliar linear a ovado-lanceolada, 0,5--1,5 x 0,1--

0,3 cm, séssil.

9. Folhas espiraladas, lâmina foliar linear; capitulescência em corimbo, 2--4 flores por

capítulo, corola creme-esverdeada ........................................ Pseudobrickelia brasiliensis

9‘. Folhas imbricadas, lâmina foliar ovado-lanceolada; 35--45 flores por capítulo; corola

lilás ................................................................................................... Agrianthus myrtoides

8‘. Ramos laxamente folhosos; lâmina foliar orbicular, oblonga, elíptica, lanceolada ou

ovada,1,7--12 x 1,6--3 cm, pecioladas.

10. Ramos e folhas viscosos; lâmina foliar orbicular; brácteas involucrais alvas, às

vezes róseas no àpice ............................................................ Symphyopappus decussatus

10‘. Ramos e folhas não viscosos; lâmina foliar elíptica, lanceolada, oblanceolada ou

ovada; brácteas involucrais verdes ou castanhas, algumas com ápice vináceo ou lilás.

11. Lâmina foliar ovada, base truncada, margem crenada.

12. Receptáculo plano; 4--10 flores por capítulo; cipsela com cerdas e tricomas

glandulares .......................................................................... Bejaranoa semistriata

Page 72: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

60

12‘. Receptáculo cônico; 20--30 flores por capítulo; cipsela coberta por tricomas

cerdoso, não glandular .................................................. Conocliniopsis prasiifolia

11‘. Lâmina foliar elíptica, base atenuada, margem inteira, serreada, denticulada ou

levemente revoluta.

13. Ramos, folhas e brácteas involucrais glaucos; corola

alva...............................................................................Stomatanthes polycephalus

13‘. Ramos, folhas e brácteas pubescentes; corola lilás.

14. Brácteas involucrais com ápice arredondado; base do estilete cilíndrica.

15. Folha peciolada; receptáculo plano, com tricomas; ramos do estilete não

papilosos, base pilosa ............................................... Ayapanopsis oblongifolia

15‘. Folha séssil a subséssil (até 2,0 mm compr.); receptáculo convexo,

glabro; ramos do estilete papilosos, base glabra .............Ayapana amygdalina

14‘. Brácteas involucrais com ápice agudo; base do estilete alargada.

16. Lâmina foliar 6--9 x 3--6 cm; brácteas involucrais de ápice verde

.....................................................................................Chromolaema odorata

16‘. Lâmina foliar 1,5--3,5 x 0,4--1,5 cm; brácteas involucrais de ápice lilás

..................................................................................................C. horminoides

12. 1. Acritopappus R.M. King & H. Rob.

12.1.1. Acritopappus catolesensis D.J.N. Hind & Bautista

Fig. 16A-B

Acritopappus é composto por espécies arbustivas a arborescentes, que apresentam

como principais caracteres a capitulescência em corimbo a panícula corimbiforme; invólucro

2--3-seriados; brácteas cobertas por tricomas glandulares estipitados; cipselas glabras; e pápus

presente ou ausente. Segundo Bautista (2000), o gênero é endêmico do Brasil com 19

espécies, ocorrendo predominantemente nas serras da Cadeia do Espinhaço (Bautista 2000,

Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi encontrada apenas uma espécie.

Acritopappus catolesensis são arbustos a arvoretas viscosos, de lâmina foliar

lanceolada, base arredondada, ápice longo-acuminado, glabras na face adaxial e glabrescente

na face abaxial; flores de corola lilás; 5 flores por capítulo; receptáculo paleáceo (pálea-1); e

pápus ausente. A espécie é endêmica do estado da Bahia (Nakajima et al. 2012) e foi coletada

Page 73: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

61

com flores na SGLA no mês de julho em Vegetação de Canga. Foi observada a ocorrência

desta espécie também em afloramentos rochosos em fitofisionomia de Savana Arborizada na

região do Topo do Cachoeirão.

Material examinado - Garimpo dos Areiões, 18º16'46"S, 43º38'08,8"W, 702 m, 14 jul. 2011,

F.A. Santana et al. 26 (HUEFS); Garimpo dos Areiões, 18º16'46"S, 43º38'08,8"W, 702 m, 21

dez. 2011, F.A. Santana et al. 96 (HUEFS); Cachoeirão, subida após o trilho do trem, 26 fev

2012, 14º41‘55,7‖S, 42º32‘58,3‖W, F.A. Santana et al. 124 (HUEFS); Trilha para o Garimpo

das Ametistas, 14º33'28,2"S, 42º33'13,5"W, 972 m, 22 jan. 2013, H.A. Ogasawara et al. 309

(ALCB).

12.2. Agrianthus Mart. ex DC.

12.2.1. Agrianthus myrtoides Mattf.

Fig. 14A-I, 16C-D

Agrianthus é caracterizado por apresentar folhas densamente imbricadas, ascendentes;

capitulescência terminal; capítulos sésseis ou subsésseis; e ramos do estilete clavados,

mamilosos (King & Robinson 1987). O gênero apresenta seis espécies endêmicas do estado da

Bahia. (Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi encontrada apenas uma espécie.

Agrianthus myrtoides pode ser reconhecida por ser a única espécie da tribo a

apresentar as folhas ovado-lanceoladas, margem inteira, raramente denticulada, sésseis;

capítulos com ca. 45 flores; e estilete glabro. A espécie é endêmica da Bahia (Nakajima et al.

2012) e na na SGLA foi coletada com flores e frutos nos meses de maio e setembro em áreas

de Campo Rupestre.

Material examinado - Trilha do Cascarrento, 14º33'5,9"S, 42º33'51,7"W, 994 m, 16 set.

2011, F.A. Santana et al. 71 (HUEFS); Trilha para a Fazenda Riacho de Areia, 12 mai. 2012,

14º45'29"S, 42º34'32"W, 1112 m, F.A. Santana et al.162 (HUEFS); Cascarento,14º33‘13,7‖S,

42º33‘19,6‖W, 970 m, F.A. Santana et al. 184 (HUEFS); Trilha para a Fazenda Riacho de

Areia, 14º45'29,0"S, 42º34'32"W, 1112 m, 22 jan. 2013, H.A. Ogasawara et al. 292 (ALCB).

12.3. Ayapana Spach

12.3.1. Ayapana amygdalina (Lam.) R.M. King & H.Rob.

Fig. 16E

Page 74: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

62

O gênero Ayapana é caracterizado por apresentar principalmente a capitulescência em

panícula laxa ou densamente corimbosa; receptáculo epaleáceo; ramos do estilete lineares,

densamente longo-papilosos; base do estilete expandida, glabra; e carpopodium com células

basais distintamente alargadas (King &Robinson 1987). Apresenta 14 espécies (Bremer 1994)

e na SGLA foi coletada apenas uma espécie.

Ayapana amygdalina é distinguida das demais espécies da tribo por apresentar o

pedúnculo da capitulescência púrpura, estriado; brácteas involucrais 4-seriadas, róseas a

púrpuras; e corola e estilete róseo a púrpura. A espécie é encontrada em países da América

Central e do Sul (Hind 1995) e é amplamente distribuída no território brasileiro (Nakajima et

al. 2012). Na SGLA foi coletada com flores e frutos no mês de setembro em fitofisionomias

de Savana Arborizada e Savana Estépica.

Material examinado - Rodovia Urandi-Licínio de Almeida, 30 set. 1997, H.P. Bautista 2340

(HRB); Rodovia Urandi-Licínio de Almeida, 30 set. 1997, H.P. Bautista et al. 2342 (HRB);

Córrego de Santana, 14º35'56,4"S, 42º32‘59,7"W, 993 m, 15 set. 2011, F.A. Santana et al. 61

(HUEFS); Serra do Saco da Onça, 14º44'46,8"S, 42º34'26"W, 980 m, 17 set. 2011,

F.A.Santana et al. 80 (HUEFS); Serra do saco da Onça, 14º44‘44,2‖S, 42º34‘23,5‖W, 1024

m, 21 jul. 2012, F.A. Santana et al. 197 (HUEFS).

12.4. Ayapanopsis R.M. King & H.Rob.

12.4.1. Ayapanopsis oblongifolia (Gardner) R. M. King & H. Rob.

Ayapanopis apresenta como caracteres diagnósticos o receptáculo plano; estilete linear

não-papiloso; e a base do estilete alargada frequentemente pilosa. O gênero ocorre na

Colômbia, Andes, Paraguai, Peru, Bolívia, Argentina e Brasil (King &Robinson 1987). No

território brasileiro ocorre apenas uma espécie endêmica do estado da Bahia.

Ayapanopsis oblongifolia é reconhecida pela lâmina foliar elíptica a lanceolada;

margem serreada; capitulescência em panícula terminal; brácteas 3--4 seriadas, lineares, ápice

agudo a acuminado; base do estilete alargada e papilosa. A espécie é restrita ao leste do Brasil

(Hind 1995) e na SGLA foi coletada com flores e frutos no mês de setembro em

fitofisionomia de Savana Arborizada.

Page 75: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

63

Material examinado - Caminho Riacho Fundo-Gerais, Fazenda Curral do Estevão,

14º35'10"S, 42º31'57,7"W, 770 m, 15 set. 2011, F.A. Santana et al. 50 (HUEFS); Córrego de

Santana, 14º35'56,4"S, 42º32'59,7"W, 993 m, 15 set. 2011, F.A. Santana et al. 65 (HUEFS).

12.5. Bejaranoa R.M. King & H. Rob.

10.5.1. Bejaranoa semistriata (Sch. Bip. ex. Baker) R.M. King & H. Rob.

Bejaranoa pode ser caracterizado pela capitulescência corimbosa; capítulos sésseis a

curtamente pedunculados; 4--10 flores por capítulo; base do estilete não alargada, glabra;

cipsela com cerdas e glândulas; e pápus cerdoso. Apresenta duas espécies distribuídas pelo

Paraguai, Bolívia e Brasil (King & Robinson 1987). No território brasileiro ocorre apenas a

espécie B. semistriata distribuída pelos estados de Minas Gerais e Bahia (Nakajima et al.

2012).

Bejaranoa semistriata é caracterizada pelo hábito arbóreo a arbustivo; lâmina foliar

cordiforme, ápice agudo, margem crenada, tomentosa; capitulescência corimbiforme; brácteas

involucrais 4--5 seriadas, imbricadas, esverdeadas; receptáculo plano e epaleáceo. Na SGLA

foi coletada com flores no mês de julho em Savana Arborizada.

Material examinado - Cachoeira das Sete Quedas, 14º37'42,2"S, 42º30'39,9"W, 724 m, 14

jul. 2011, F.A. Santana et al. 30 (HUEFS); Trilha da Fazenda Matinha para o Xaxá, 17 set.

2011, 14º40‘31‖S, 42º32‘35,9‖W, 872 m, F.A. Santana et al. 87 (HUEFS).

12.6. Chromolaena DC.

Chromolaena é um gênero composto por espécies que apresentam capitulescência

solitária, tirsóide ou corimbosa; lobos da corola com tricomas glandulares; apêndice da antera

oblongo; ramos do estilete mamilosos a denso-papilosos; base do estilete não alargada, glabra;

e pápus com numerosas cerdas barbeladas. É encontrada em países da América do Norte,

Central e do Sul (King & Robinson 1987) e na SGLA foram encontradas duas espécies.

12.6.1. Chromolaena horminoides DC.

Chromolaena horminoides apresenta como caracteres diagnósticos a lâmina foliar

oblonga ou elíptica, 1,5--3,5 x 0,4--1,5 cm, ambas as faces estrigosas; receptáculo convexo;

Page 76: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

64

brácteas involucrais em 5--7 séries, séries mais externas castanhas, séries mais internas lilás.

Na SGLA foi coletada com frutos no mês de julho em fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado - Região de Formigas, 14º27'52,2"S, 42º32'09,9"W, 970 m, 16 jul. 2011,

F.A. Santana et al. 47(HUEFS).

12.6.2. Chromolaena odorata (L.) R.M. King & H.Rob.

A espécie pode ser reconhecida pela lâmina foliar 6--8 cm x 3 cm, ovadas, glabras na

face adaxial, pubescentes na face abaxial; capitulescência em panículas corimbiformes,

receptáculo plano; e brácteas involucrais 4--5-seriadas, castanhas. A espécie apresenta

distribuição Pantropical (Pruski 1997) e no Brasil é amplamente distribuída. Na SGLA foi

coletada com flores e frutos nos meses de maio e julho em fitofisionomia de Savana

Arborizada e de Savana Estépica.

Material examinado - Trilha do Lameirão p/ o Cachoeirão, 14º30'15,6"S, 42º13'19"W, 805

m, 11 mai. 2012, F.A. Santana et al.145 (HUEFS); Trilha do Lameirão p/ o Cachoeirão,

14º30'15,6"S, 42º13'19"W, 805 m, 11 mai. 2012, F.A. Santana et al. 149 (HUEFS); Serra do

Saco da Onça, 14°44'44,2"S, 42º34'23,5"W, 1024 m, 21 jul. 2012, F.A. Santana et al.199

(HUEFS).

12.7. Conocliniopsis R.M. King & H.Rob.

12.7.1. Conocliniopsis prasiifolia (DC.) R.M. King & H.Rob.

Conocliniopsis é um gênero monoespecífico representado pela espécie C. prasiifolia,

que pode ser reconhecida pelo caule hirsuto; folhas ovadas de ápice agudo, margem crenada e

base truncada, face adaxial glabra, face abaxial pubescente e com tricomas glandulares;

capitulescência corimbiforme; brácteas involucrais 3-seriadas; receptáculo cônico, epaleáceo;

flores 20--30; cipselas setulíferas; e pápus cerdoso. A espécie apresenta ampla distribuição na

América do Sul, principalmente nos países do Brasil, Colômbia e Venezuela (Hind 2003). É

amplamente distribuída no território brasileiro. Diferencia-se de Ageratum conyzoides, espécie

com a qual é comumente confundida, principalmente devido ao capítulo apresentar 12--16

brácteas involucrais (vs. 30-40) e pápus cerdoso (vs. pápus ausente ou de escamas). Na SGLA

foi coletada com flores e frutos em Savana Arborizada.

Material examinado – Distrito de São Domingos, Fazenda São Domingos, 920 m, 10 dez.

2009, E. Melo et al. 7424 (ALCB, HUEFS).

Page 77: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

65

12.8. Mikania Willd.

Mikania é composto por espécies arbustivas, eretas, decumbentes ou volúveis;

invólucro composto por 4 brácteas involucrais; 4 flores por capítulo; ramos do estilete longos;

e cipsela 5-costado de ápice truncado (Barroso 1958). Apresenta 430 espécies distribuídas

pelas Américas e apenas seis encontradas no Velho Mundo (Ritter & Miotto 2005). Na SGLA

foram encontradas quatro espécies.

10.8.1. Mikania cordifolia (L.f.) Willd.

Fig. 16G

Mikania cordifolia é um arbusto volúvel, piloso, de folhas cordiformes,

membranáceas, margem inteira ou denteada; capitulescência corimbosa; bractéola aguda e

pilosa; lobos da corola com tricomas glandulares; e cipsela glabra. Distribui-se pela América

Central e do Sul (Barroso 1958). É amplamente distribuída no território brasileiro e na SGLA

foi coletada com flores e frutos no mês de setembro em áreas de Savana Estépica e Mata de

Galeria.

Material examinado - Garimpo dos Areiões, 18º16'46"S, 43º38'08,8"W, 702 m, 14 jul 2011,

F.A. Santana et al. 22 (HUEFS); Estrada para o povoado de Duas Passagem, Fazenda

Boqueirão, nascente do Rio Estiva, 14°28'59"S, 42°34'0,57"W, 964 m, 16 jul. 2011, F.A.

Santana, et al. 44 (HUEFS).

12.8.2. Mikania elliptica DC.

Mikania elliptica são arbustos volúveis, que podem ser reconhecidas pelos ramos

pilosos; lâmina foliar elíptica; capitulescência em panículas longas; e bractéola linear, aguda e

pilosa. A espécie é endêmica do estado da Bahia (Nakajimaet al.2012) e na SGLA foi coletada

com flores e frutos no mês de julho em fitofisionomia de Savana Estépica e Savana

Arborizada.

Material examinado – Curral do Estevão, 15 set. 2011, 14º35‘10,1‖S, 42º34‘6,6‖W, 1041 m,

F.A. Santana et al. 55 (HUEFS); Córrego de Santana, 14º35‘56,4‖S, 42º32‘59,7‖W, 993 m,

15 set. 2011, F.A. Santana et a.l 59 (HUEFS); Córrego de Santana, 14º35‘56,4‖S,

Page 78: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

66

42º32‘59,7‖W, 993 m, 15 set. 2011, F.A. Santana et al. 64 (HUEFS); Trilha do Cascarrento,

14º33‘5,9‖S, 42º33‘51,7‖W, 994 m, 16 set. 2011, F.A. Santana et al. 73 (HUEFS).

12.8.3. Mikania hirsutissima DC.

Mikania hirsutissima são arbustos volúveis, hirsutos; de lâmina foliar oval a

cordiforme, acuminada; capitulescência em panícula; bractéola oval; e cipsela glabra. A

espécie é encontrada na Argentina, Paraguai e Brasil (King & Robinson 1987). No território

brasileiro ocorre nos estados da região sul e sudeste, além da Bahia, Mato Grosso, Goiás e

Distrito Federal (Nakajima et al.2012). Na SGLA foi coletada com flores no mês de julhos em

fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado - Trilha para Cachoeirão após o trilho do trem, 14º41'7,8'S,

42º33'12,1"W, 999m, 20 jul. 2012, F.A.Santana et al. 193 (HUEFS).

10.8.4. Mikania obtusata DC.

Fig. 16F

Mikania obtusata é a única espécie do gênero encontrada na SGLA que são arbustos

eretos; de lâmina foliar oblonga, ápice obtuso, curtamente peciolada (até 2cm compr.);

bractéola linear; brácteas de ápice obtuso; e cipsela pilosa com tricomas glandulares. A

espécie é endêmica do Brasil, com registro de ocorrência até então para os estados de Minas

Gerais e São Paulo (Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi coletada com flores e frutos no mês

de maio em fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado - Trilha para o Cachoeirão após o trilho do trem, 14º41'41,4"S,

42º33'07,1"W, 895 m, 11 mai. 2012, F.A. Santana et al. 152 (HUEFS); Trilha para o

Cachoeirão, 14º41‘25,6‖S, 42º32‘28,3‖W, 824 m, 20 jul. 2012, F.A. Santana et al. 188

(HUEFS).

12.9. Pseudobrickellia R.M. King & H. Rob.

12.9.1. Pseudobrickellia brasiliensis (Spreng.) R.M. King & H.Rob.

Fig. 16 H

Pseudobrickellia caracteriza-se por apresentar principalmente o hábito arbustivo; as

folhas lineares densamente espiraladas; a corola alva ou creme-esverdeada; pápus cerdoso de

Page 79: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

67

cerdas congestas; e tricomas da base do estilete curtos e fortemente contorcidos. O gênero é

encontrado nos estados de Minas Gerais, Bahia e Goiás e apresenta duas espécies (King &

Robinson 1987, Nakajima et al. 2012). Na SGLA foi coletada uma espécie.

Pseudobrickellia brasiliensis é reconhecida por ser a única espécie da tribo encontrada

na SGLA que apresenta folhas lineares densamente espiraladas, margem ciliada;

capitulescência terminal corimbosa; 3 flores por capítulo; e corola creme-esverdeada. A

espécie é endêmica do Brasil e apresenta ampla distribuição no território brasileiro (Nakajima

et al. 2012). Na SGLA foi coletada com flores em botões no mês de julho e com flores no mês

de setembro em fitofisionomia de Savana Arborizada.

Material examinado - Fazenda Santa Clara, 14º33'13,4"S, 42º33'28,5"W, 983 m, 16 set.

2011, F.A. Santana et al. 69 (HUEFS); Serra do Saco da Onça, 14º44'46,8"S, 42º34'26"W,

980 m, 17 set. 2011, F.A.Santana 82 (HUEFS); Cascarrento, 14º33‘13,7‖S, 42º33‘19,6‖W,

970 m, 19 jul. 2012, F.A. Santana et al. 186 (HUEFS); Serra do Saco da Onça, 14º44‘44,2‖S,

42º34‘23,4‖W, 1024 m, F.A. Santana et al. 204 (HUEFS).

12.10. Stomatanthes R.M. King & H.Rob.

12.10.1. Stomatanthes polycephalus (Sch.Bip. ex B.L.Rob.) H.Rob.

Fig. 15A-H, 16I

Stomatanthes são ervas a subarbustos; capitulescência tirsóide-paniculiforme; folhas

alternas; 2--3 séries de brácteas; capítulos com 4--11 flores; e ramos do estilete de ápice

capitados e base cilíndrica, pilosa. É representado por 17 espécies encontradas com maior

concentração na América do Sul, especialmente no Brasil e uma espécie com distribuição

disjunta na África (Grossi 2010). Na SGLA foi coletada apenas uma espécie.

Stomatanthes polycephalus é um arbusto, de ramos e folhas glaucos; lâmina foliar

oblanceolada, margem serreada; brácteas involucrais agudas a acuminadas; capítulo com 6--8

flores; e corola alva. É encontrada nos estados da Bahia e Minas Gerais e na SGLA foi

coletada com flores nos meses de julho e de setembro em fitofisionomia de Savana

Arborizada.

Material examinado – Serra do Saco da Onça, 14º44'44,2"S, 42º34'23,5"W, 1024 m, 21 jul.

2012, F.A. Santana et al.196 (HUEFS).

Page 80: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

68

12.11. Symphyopappus Turcz.

12.11.1. Symphyopappus decussatus Turcz.

Fig. 16J

Symphyopapus é caracterizado principalmente por serem plantas comumente viscosas

e glabras; ramos fortemente costados; capítulos com cinco flores; e cerdas do pápus em anel e

caducas em conjunto (Nakajima 2000). É composto por 13 espécies endêmicas do Brasil,

encontradas nos estados da região sul e sudeste, Bahia, Goiás e Distrito Federal (Nakajima et

al. 2012). Na SGLA foi encontrada apenas uma espécie.

Symphyopappus decussatus são arbusto viscosos, que apresentam como caracteres

diagnósticos as folhas decussadas, coriáceas, orbiculares, denteadas; brácteas involucrais

brancas de ápice lilás; flores com corola lilás; anteras roxas; e estiletes alvos. É encontrada

nos estados de Minas Gerais e Bahia e na SGLA, apesar do registro de coleta ter sido em

apenas duas localidades, foi observado que a mesma apresenta ampla distribuição, com

ocorrência em fitofisionomia de Savana Arborizada, tendo sido coletada florida no mês de

dezembro.

Material examinado - Serra do Saco da Onça, 14º44'46,8"S, 42º32'26"W, 980 m, 20 dez.

2011, F.A. Santana 93 (HUEFS).

12.12. Trichogonia (DC.) Gardner

Trichogonia apresenta como principais características o caule com cristas

longitudinais; corola com lobos densamente pubescentes; cipsela com tricomas setosos; e

pápus plumoso. O gênero é encontrado na América do Sul e apresenta 20 espécies, 14 das

quais são endêmicas do Brasil (Roque et al.2012). Na SGLA foram encontradas duas espécies.

12.12.1. Trichogonia hirtiflora (DC.) Sch. Bip. ex Baker

Fig. 16K-L

Trichogonia hirtiflora apresenta hábito arbustivo e é reconhecida pela lâmina foliar ovada a

triangular, margem crenada, base cordada a truncada e face abaxial com venação proeminente,

bulada (Roque et al. 2012). Ocorre em áreas de Cerrado e campos rupestres dos estados de

Minas Gerais, sendo esta a primeira ocorrência da espécie para a Bahia. Na SGLA foi coletada

com flores no mês de maio em Campo Rupestre.

Page 81: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

69

Material examinado - Topo do Cachoeirão, 14º41'52,7"S, 42º33'29,9"W, 959 m, 11 mai.

2012, F.A. Santana et al. 157 (HUEFS).

12.12.2. Trichogonia salviifolia Gardner

Trichogonia salviifolia é um subarbusto de folhas pecioladas, lâmina foliar lanceolada

a triangular, ápice agudo, base truncada. A espécie não é endêmica do Brasil e na SGLA foi

coletada com flores em fitofisionomia de Savana Arborizada no mês de janeiro.

Material examinado - Caminho para o Cachoeirão, 14º41'35,5"S, 42º32'47,7"W, 885 m, 23

Jan. 2013, H.A. Ogasawara et al. 317 (ALCB); Xaxá, trilha para o Cachoeirão, 14º41'52,3"S,

42º32'58,7"W, 1023 m, 23 jan. 2013, H.A. Ogasawara et al. 327 (ALCB).

AGRADECIMENTOS

A primeira autora agradece à CAPES pela bolsa concedida durante a realização do mestrado e

ao Programa de Pós-Graduação em Botânica da UEFS pela oportunidade de estudar nesta

instituição de excelência em ensino. Aos Projetos REFLORA (CNPq 563541/2010-5) e

PRONEM (PNE 1642/2011) pela ajuda de custo nas viagens de campo e à FAPESB pelo

financiamento na impressão da dissertação. Aos curadores e funcionários dos herbários

HUEFS, ALCB, HUNEB DCH/VI, HRB, CEPEC, JBRJ, SPF e MBM pela disponibilização

de seus acervos e ao Laboratório FLORA da UFBA pela disponibilização do espaço para o

desenvolvimento deste trabalho.

REFERÊNCIAS

Almeida, G.S.S. de. 2008. Asteraceae Dumort. nos Campos Rupestres do Parque Estadual do

Itacolomi, Minas Gerais, Brasil. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Viçosa.

Bahia. Secretaria de Desenvolvimento e Ação Regional. 2007. Plano de Desenvolvimento

Regional Sustentável da Serra Geral. 316 p.

Barros, R.F.M. de & Esteves, R.L. 2004. Nova espécie de Stilpnopappus Mart. ex DC.

(Asteraceae: Vernonieae) para o Piauí, Brasil. Boletim do Museu Botânico Nacional Rio

de Janeiro 125: 1--6.

Page 82: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

70

Barroso, G.M. 1958. Mikaniae do Brasil. Arquivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro 16:

239--333.

Barroso, G.M. 1976. Compositae, Subtribo Baccharidinae Hoffman. Estudo das espécies

ocorrentes no Brasil. Rodriguésia 28: 3--273.

Bautista, H.P. 2000. Tratamento taxonômico. Cap. V. In: Sistemática e filogenia de um

gênero endêmico do Brasil: Acritopappus R.M.King & H.Rob. (Asteraceae, Eupatorieae).

Tese de Doutorado em Ciências Biológicas, Universidade de Santiago de Compostela,

Santiago de Compostela.

Borges, R.A.X.; Saavedra, M.M.; Nakajima, J.N.; Forzza, R.C. 2010. The Asteraceae

Flora of the Serra do Ibitipoca: analysis of its diversity and distribution compared with

selected areas in Brazilian mountain ranges. Systematics and Biodiversity 8(4): 471--479.

Bremer, K. 1994. Asteraceae.Cladistics and Classification.Timber Press.Portland, Oregon.

752p.

Bringel Jr., J.B.A. 2007. A tribo Heliantheae Cassini (Asteraceae) na bacia do rio Paranã

(GO, TO). Dissertação de Mestrado: Universidade de Brasília.

Conceição, A.A. & J.R. Pirani. 2005. Delimitação de hábitats em campos rupestres na

Chapada Diamantina, Bahia: Substrato, composição florística e aspectos estruturais.

Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 23: 85--111.

Crawford, D.J.; Tadesse, M.; Mort, M.E.; Kimball, R.T. & Randle, C.P.2009.

Coreopsideae. In: Funk, V.A.; Susanna, A.; Stuessy, T. & Bayer, R.J.Chapter 42.

Systematics, Evolution, and Biogeography of Compositae. IAPT, Vienna.Pp.713--730.

Deble, L.P. 2007. Achyrocline (Less.) DC. (Asteraceae: Gnaphalieae) no Brasil. Tese de

Doutorado. Universidade Federal de Santa Maria.

Deble, L.P. & Oliveira-Deble, A. S. 2009. Two news species of Baccharis (Asteraceae:

Astereae) from Bahia, Brazil. Bonplandia 18: 45--50.

Dematteis, M. 2006. New species of Lessingianthus (Asteraceae, Vernonieae) from central

Brazil. Blumea 51: 301.

DNPM. 2009. Mineração no semi-árido brasileiro. Ministério de Minas e Energia,

Departamentro Nacional de Produção Mineral.

Esteves, R.L. 1992. Stilpnopappus semirianus R. Esteves (Vernonieae-Compositae). Uma

nova espécie para o Estado da Bahia. Bradea 6 (13):118--121.

Page 83: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

71

Esteves, R.L. & Gonçalves-Esteves, V. 2003. Redelimitação de Stilpnopappus Mart. ex DC.

(Vernonieae-Asteraceae). Bradea 9(14): 78--79.

Freire, S.E.; Katinas, L. & Sancho, G. 2002. Gochnatia (Asteraceae, Mutisieae) and the

Gochnatia complex: Taxonomic implications from morphology. Annals of Missouri

Botanical Garden 89: 524--550.

Funk, V.A.; Susanna, A.; Stuessy, T.F. & Robinson, H. 2009. Classification of

Compositae. In: Funk, V.A.; Susanna, A.; Stuessy, T. & Bayer, R.J. Chapter 11.

Systematics, Evolution, and Biogeography of Compositae. IAPT, Vienna. Pp. 171--188.

Funk, V.A. & Roque, N. 2011. The monotypic Andean genus Fulcaldea (Compositae,

Barnadesioideae) gains a new species from northeastern Brazil. Taxon 60: 1095--1103.

Gentry, A.H. 1993. Patterns of diversity and floristic composition in neotropical montane

forests. Pp. 103--126. In: Churchill, S.P.; Balslev, H; Forero, E. & Luteyn, J.L. (eds.).

Biodiversity and conservation of neotropical montane forests. New York, The New York

Botanical Garden Press.

Giulietti, A.M.; Menezes, N.L.; Pirani, J.R.; Meguro, M. & Wanderley, M.G.L. 1987.

Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: caracterização e lista das espécies. Boletim de

Botânica da Universidade de São Paulo 9: 1--151.

Giulietti, A.M.; Pirani, J.R, & Harley, R.M. 1997. Espinhaço Range region. In: S. Davis,

V.H. Heywood, O. Herrera MacBryde, J. Villa-Lobos, & A.C. Hamilton (eds). Centers of

plant diversity: a guide & strategy for their conservation. 3: 397--404. Cambridge

University Press, Cambridge, Reino Unido.

Giulietti, A.M.; Rapini, A.; Andrade, M.J.G; Queiroz, L.P. & Silva, J.M.C. (Org.).2009.

Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte, MG. Conservation International, 496 pp.

Grossi, M.A. 2010. Revisión sistemática, análisis cladístico y biogeografía del género

Stomatanthes R.M. King & H.Rob.(Asteraceae: Eupatorieae). Tese de Doutorado.

Universidad Nacional de La Plata.

Harley, R.M. & Simmons, N.A. 1986. Florula de Mucugê, Chapada Diamantina, Bahia,

Brazil. Royal Botanic Gardens, Kew. p. 34--49.

Harley, R.M. 1995. Introduction. In: B.L. Stannard (ed.). Flora of the Pico das Almas,

Chapada Diamantina, Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. Pp. 1--40.

Page 84: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

72

Hatschbach, G; Guarçoni, E.A.E.; Sartori, M.A. & Ribas, O.S. 2006. Aspectos

fisionômicos da vegetação da Serra do Cabral – Minas Gerais – Brasil. Boletim do Museu

Botânico Municipal, 67:1--33.

Heiden, G.; Iganci, J.R.V. & Macias, L. 2009. Baccharis sect. Cauloptereae (Asteraceae,

Astereae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Rodriguésia 60 (4): 943--983.

Hind, D.J.N. 1995.Compositae.In: B.L. Stannard (ed.). Flora of Pico das Almas - Chapada

Diamantina, Bahia, Brazil.Kew: Royal Botanic Gardens. Pp. 175--278.

Hind, D.J.N. 2000. Two new species of Paralychnophora (Compositae: Vernonieae) from

Bahia, Brazil. Kew Bulletin 55: 367--379.

Hind, D. J. N. 2003. Flora of Grão-Mongol, Minas Gerais: Compositae (Asteraceae). Boletim

de Botânica da Universidade de São Paulo, 21: 179--234.

Hind, D.J.N. & Miranda, E.B. 2008. Lista Preliminar da família Compositae na Região

Nordeste do Brasil, Royal Botanic Gardens, Kew.

IBGE. 2012. Manual técnico da vegetação brasileira. 2ª edição revista e ampliada. Disponível

em: http://www.ibge.gov.br. Acessado em: 01 dez. 2012.

Jacobi, C. M.; Carmo, F.F. do; Vincent, R.C.; Stehman, J.R. 2007. Plant communities on

ironstoneoutcrops: a diverse and endangered ecosystem. Biodiversity and

Conservation.16:2185--2200.p. 2185--2200.

Jacobi, C.M. & Carmo, F.F do. 2008. Diversidade dos campos rupestres ferruginosos no

Quadrilátero Ferrífero, MG. Megadiversidade 4: 24--32.

Jacobi, C. M.; Carmo, F. F. do& Vincente, R. de C. 2008. Estudo fitossociológico de uma

comunidade vegetal sobre canga como subsídio para a reabilitação de áreas mineradas

no quadrilátero ferrífero, MG. Rev. Árvore [online]. 32 (2): 345--353.

Jesus, F. F.; Solferini, V. N.; Semir, J. & Prado, P. I. 2001. Local genetic diferenciation in

Proteopsis argentea (Asteraceae) a perenial herb endemic in Brazil. Plant Systematic

Evolution. 226: 59--68.

Katinas, L. 1996. Revisión de las especies sudamericanas del gênero Trixis (Asteraceae,

Mutisieae). Darwiniana 34: 27--108.

Katinas, L.; Pruski, J.; Sancho, G. & Tellería, M.C. 2008. The subfamily Mutisioideae

(Asteraceae). Botanical Review 74: 469--716.

Page 85: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

73

Kamino, L.H.Y; Oliveira-Filho, A.T. de; Stehman, J.R. 2008. Relações florísticas entre as

florestas da Cadeia do Espinhaço, Brasil. Megadiversidade 4: 39--49.

Keeley, S.C. & Robinson, H. 2009. Vernonieae. In: Funk, V.A., A. Susanna, T. Stuessy

&R.J. Bayer. Chapter 28. Systematics, Evolution and Biogeography of the Compositae.

Vienna: IAPT. Pp. 439--469.

King, R.M. & Robinson, H. 1987. The genera of the Eupatorieae (Asteraceae).Missouri

Botanical Garden, St. Louis 22, 581 p.

Kirkman, L.K. 1981. Taxonomic Revision of Centratherum and Phyllocephalum

(Compositae: Vernonieae). Rhodora 83 (33): 1--24.

Kissmann, K.G. & Groth, D. 1999. Plantas infestantes e nocivas. Basf, São Bernardo do

Campo. Pp. 152--156, 278--284.

Loeuille, B.; Lopes, J.C. & Pirani, J.R. 2012. Taxonomic novelties in Eremanthus

(Compositae : Vernonieae) from Brazil. Kew Bulletin 67: 1--9.

Masanares, E.M. 2004. Estudo Citotaxonômico de Espécie do Gênero Lychnophora Mart.

(Asteraceae: Vernonieae: Lychnophorineae). Tese de Doutorado. Universidade Estadual

de Campinas.

Mendonça, R. C.; Felfi li, J. M.; Walter, B. M. T.; Silva Júnior, M. C.; Rezende, A. V.;

Filgueiras, T. S. & Nogueira, P. E. 1998. Flora Vascular do Cerrado. Pp. 289--556. In:

S. M. Sano & S. P. Almeida (eds). Cerrado: ambiente e flora. Planaltina, EMBRAPA-

CPAC.

Müller, J. 2006. Systematics of Baccharis (Compositae-Astereae) in Bolivia, including an

overview of the genus. Systematic Botany Monographs, 76: 1--341.

Nakajima, J.N. 2000. A família Asteraceae no Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas

Gerais, Brasil. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas.

Nakajima, J.N.; Loeuille, B.; Heiden, G.; Dematteis, M.; Hattori, E.K.O.; Magenta, M.;

Ritter, M.R.; Mondin, C.A.; Roque, N.; Ferreira, S.C.; Teles, A.M.; Borges, R.A.X.;

Monge, M.; Bringel Jr., J.B.A.; Oliveira, C.T.; Soares, P.N.; Almeida, G.; Schneider,

A.; Sancho, G.; Saavedra, M.M.; Liro, R.M.; Souza-Buturi, F.O.; Pereira, A.C.M. &

Moraes, M.D. 2012. Asteraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico

do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB101552; acesso

em 25 nov. de 2012.

Page 86: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

74

Nesom, G.L. 1990. Infrageneric Taxonomy of North and Central American Baccharis

(Asteraceae, Astereae).Phytologia 69: 40--46.

Nesom, G.L. 2000. Generic conspectus of the tribe Astereae (Asteraceae) in North America,

Central America, the Antilles and Hawaii. Sida Botanical Miscellany 20:1--100.

Nesom, G.L. & Robinson, H. 2007. Astereae.In: J.W. Kadereit, C. Jeffrey (eds). Flowering

Plants. Eudicots: Asterales. K. Kubitzki (series ed.) The families and genera of vascular

plants.Springer, Berlin, vol. 8: 284--342.

Ogasawara, H.A. 2011. Estudos florísticos e taxonômicos da subtribo Vernoniinae

(Vernonieae-Asteraceae) no Estado da Bahia-Brasil. Monografia. Universidade Católica

do Salvador.

Oliveira-Filho, A.T.; Jarenkow, J.A. & Rodal, M.J.N. 2006. Floristic relationships of

seasonally dry forests of eastern South America based on tree species distribution

patterns. Pp. 59-192. In: Pennington, R.T.; Lewis, G.P. & Ratter, J.A. (eds.). Neotropical

savannas and seasonally dry forests: plant diversity, biogeography and conservation.

Oxford, Francis CRC Press.

Ortiz S.; Bonifacino M.; Crisci J.V.; Hansen H.V.; Hind J.D.N.; Roque N.; Sancho G. &

Telleria M.C. 2009. The basal Grade of the Asteraceae: The fate of Mutisieae (sensu

Cabrera) and the Carduoideae. In: Funk VA, Susanna A, Stuessy T, Bayer R, eds.

Systematics, Evolution, and Biogeography of Compositae. Vienna: IAPT. Pp. 193--213.

Panero, J.L. 2007 [2006]. Key to the tribes of the Heliantheae alliance. In: Kadereit, J.W. &

Jeffrey, C. (eds.). The families and genera of vascular plants. Vol. 8. Flowering plants.

Eudicots. Asterales. Springer, Berlin. Pp. 391--395.

Peçanha, A.F.; Esteves, R.L.; Gonçalves-Esteves, V. 2008. Palinotaxonomia de Albertinia

brasiliensis Spreng., Eremanthus bicolor (DC.) Baker e Vanillosmopsis erythropappa

(DC.) Sch. Bip. (Compositae-Vernonieae). Acta Botanica Brasilica22 (2): 313--321.

Pereira, R.C.A. 2001. Revisão taxonômica do gênero Ichthyothere Mart. (Heliantheae-

Asteraceae). Tese de Doutorado. Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Pirani, J.R.; Mello-Silva, R. & Giulietti, A.M. 2003. Flora de Grão Mogol, Minas Gerais,

Brasil. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 21: 1--24.

Page 87: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

75

Pruski, J.F. 1997. Asteraceae. In: P.E. Berry, J.A. Steyermark, B.K. Holst & K. Yatskievych

(eds.). Flora of the Venezuelan Guayana. Missouri Botanical Garden, St. Louis. p. 177--

774.

Queiroz, L.P.; Conceição, A.A. & Giulietti, A.M. 2006. Nordeste semi-árido: caracterização

geral e lista das fanerógamas. In: Giulietti, A.M.; Conceição, A.A.; Queiroz, L.P. (eds.)

Instituto do Milênio do Semiárido – Diversidade e caracterização das fanerógamas do

semi-árido brasileiro. Recife: Associação Plantas do Nordeste. Vol. 1: 15--359.

Radford, A.E.; Dickison, W.C.; Massey, J.R. & Bell, C.R. 1974. Vascular Plant

systematics. Harper & Row Pub.New York.

Rapini, A., Ribeiro, P.L., Lambert, S. & Pirani, J.R. 2008. A flora dos campos rupestres da

Cadeia do Espinhaço. Megadiversidade 4: 19--21.

Ritter, M.R. & Miotto, S.T.S. 2005. Taxonomia de Mikania na Willd (Asteraceae) no Rio

Grande do Sul, Brasil. Hoehnea, 32(3): 309--359.

Robinson, H. 1988. Studies in the Lepidaploa Complex (Vernonieae: Asteraceae) IV. The

new genus, Lessingianthus.Proceedings of the Biological Society of Washington 101:

929--951.

Robinson, H. 1990. Studies in the Lepidaploa Complex (Vernonieae: Asteraceae) VII. The

genus Lepidaploa.Proceedings of the Bioogical Society of Washington 103: 464--465.

Robinson, H. 1992. A new genus Vernonanthura (Vernonieae, Asteraceae).Phytologia 73:

66--68.

Robinson, H. 1995. New combinations and new species in American Vernonieae

(Asteraceae). Phytologia 78: 384--399

Robinson, H. 1999. Generic and Subtribal Classification of American Vernonieae.

Smithsonian Contributions to Botany, Smithsonian Institution Press, Washington D.C.

89: 1--3.

Robinson, H. 2007. Compositae: Tribe Vernonieae Cass. (1819). Part of series by K. Kubitzki

(ed.), Families and Genera of Vascular Plants, Flowering Plants –Eudicots – Asterales.

Kubitzki‘s Authoritative Encyclopedia of Vascular Plants. Springer-Verlag, Berlin,

Heidelberg 8: 149--174.

Page 88: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

76

Robinson, H.; Keeley, S.C.; Skvarla, J.; Chan, R. 2008. Studies on the Gymnantheminae

(Vernonieae: Asteraceae) III: restoration of the genus Strobocalyx and the new genus

Tarlmounia. Proceedings of the Biological Society of Washington 121(1): 19--33.

Roque, N. & Pirani, J.R. 1997. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Compositae –

Barnadesieae e Mutisieae. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 16: 151--

185.

Roque, N. & Pirani, J.R. 2001. Reinstatement of the name Richterago Kuntze and

recircumscription of the genus to include species formerly treated as Actinoseris (Endl.)

Cabrera (Compositae, Mutisieae). Taxon 50: 1155--1160.

Roque, N. & Bautista, H.P. 2008. Asteraceae: Caracterização e Morfologia Floral. EDUFBA,

79p.

Roque, N.; Gonçalves, J.M.; Dematteis, M. 2008.A new species of the Brazilian genus Chresta

(Asteraceae, Vernonieae) from Bahia. Botanical Journal of the Linnean Society 187: 587-590.

Roque, N. & Carvalho, V.C. 2011. Estudos taxonômicos do gênero Calea (Asteraceae,

Neurolaeneae) no estado da Bahia, Brasil. Rodriguésia 62(3): 547--561.

Roque, N.; Bautista, H.P. & Mota, A.C. 2012. Taxonomic revision of Trichogonia

(Eupatorieae, Asteraceae): a South American Genus.Systematic Botany 37(2): 525--553.

Roque, N. & Funk, V.A. 2013 (online). Morphological characters add support for some basal

grade of the Asteraceae. Botanical Journal of Linnean Society.

Saavedra, M.M. 2011. Sistemática de Dasyphyllum (Asteraceae). Tese de Doutorado.

Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro/Escola Nacional de Botânica

Tropical.

Sancho, G. 2000. Revisión y la filogenia de la sección Moquiniastrum Cabrera del género

Gochnatia Kunth (Asteraceae, Mutisieae). Fontqueria 54(5): 61--122.

Sancho, G. & Freire, S.E. 2009. Gochnatieae (Gochnatioideae) and Hyalideae

(Wunderlichioideae p.p.). In: V.A. Funk, A. Susanna, T. Stuessy & R.J. Bayer.

Systematics, Evolution, and Biogeography of Compositae.IAPT, Vienna. Pp.249--260.

Santos, J.U.M. 2001.O gênero Aspilia Thouars (Asteraceae-Heliantheae) no Brasil. Museu

Paraense Emílio Goeldi, Belém.

Page 89: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

77

Schneider, A.A. 2009. Estudo taxonômico de Baccharis L. sect. Caulopterae DC.

(Asteraceae: Astereae) no Brasil. Tese de Doutorado em Botânica. Instituto de

Biociências. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Schiling, E.E. & Panero, J.L. 2011. A revised classification of subtribe Helianthineae

(Asteraceae: Heliantheae) II derived lineage. Botanical Journal of the Linnean Society

167: 311–331.

Semir, J. 1991. Revisão taxonômica de Lychnophora Mart. (Vernonieae: Compositae). Tese

de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas.

Silva, J.A., R.B. Machado, AA. Azevedo, G.M. Drumond, R.l. Fonseca, M.F. Goulart,

E.A. Moraes júnior, C.S. Martins, M.B. Ramos Neto. 2008. Identificação de áreas

insubstituíveis para conservação da Cadeia do Espinhaço, estados de Minas Gerais e

Bahia, Brasil. Megadiversidade 4(1-2): 272--309.

Stuessy, T.F.; Urtubey, E. & Gruenstaeudl, M. 2009. Barnadesieae (Barnadesioideae).

In:V.A. Funk, A. Susanna , T. Stuessy & R.J. Bayer. Systematics, Evolution, and

Biogeography of Compositae. IAPT, Vienna. Pp. 215--228.

Thiers, B. 2012 [continuously updated]. Index Herbariorum: A global directory of public

herbaria and associated staff. New York Botanical Garden′s Virtual

Herbarium. http://sweetgum.nybg.org/ih/, acesso em 20 mai. 2012.

Ward J.; Bayer, R.J.; Breitwieser, I.; Smissen, R; Galbany-Casals, M. & Unwin, M.

2009. Gnaphalieae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T.F. Stuessy & R.J. Bayer (eds.).

Systematics, Evolution, and Biogeography of Compositae.Pp.539--588.

Zappi, D.C.; Lucas, E.; Stannard, B.L.; Lughadha, E.N.; Pirani, J.R.; Queiroz, L.P.;

Atkins, S.; Hind, D.J.N.; Giulietti, A.M.; Harley, R.M. & Carvalho, A.M. 2003.

Lista das plantas vasculares de Catolés, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Boletim de

Botânica da Universidade de São Paulo 21: 251--400.

Zappi, D.C. 2008. Fitofisionomia da Caatinga associada à Cadeia do Espinhaço.

Megadiversidade 4: 34--38.

Page 90: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

78

CAPÍTULO 2

A NEW SPECIES TO A MONOTYPIC BRAZILIAN GENUS: ANTEREMANTHUS

(ASTERACEAE: VERNONIEAE).

Nádia Roque1 & Fernanda Afonso Santana

2

1Universidade Federal da Bahia, Instituto de Biologia, Depto. de Botânica, Rua Barão de

Geremoabo s.n., Campus Universitário de Ondina, 40.171-970, Salvador, Bahia, Brazil.

2Programa de Pós-Graduação em Botânica, Depto. de Ciências Biológicas, Universidade

Estadual de Feira de Santana, Km 03, BR 116, 44031-460, Feira de Santana, Bahia, Brazil.

1Author for correspondence ([email protected])

Short Title: A new species to Anteremanthus (Asteraceae)

Artigo submetido à Revista Systematic Botany

Page 91: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

79

Abstract — Vernonieae (Asteraceae) is a natural tribe defined mainly by discoid and

homogamous heads, phyllaries imbricate in 3–9 series, style branches acute with trichomes

extending below the bifurcation and cypselae 3–20-ribbed. It has been classified with

molecular phylogenetic data into 21 subtribes, 125 genera and more than 1,000 species,

distributed in the Americas, Asia and Africa. The subtribe Lychnophorinae is almost

completely restricted to the Central Brazilian Plateau with 11 genera, of which five are

monotypic. It is usually defined by the absence of enlarged node at the base of the style, lack

of glands on the anther appendages, receptacle that lacks distinct paleae and pappus of

capillary bristles or twisted straps. In the present paper we describe a new species

Anteremanthus piranii and discuss the distribution and ecological aspects. Morphological

data were obtained from specimens collected during field trips (2011-2012) in the city of

Licínio de Almeida, Serra Geral, Bahia, Brazil. Anteremanthus piranii can be distinguished

from the species typical A. hatschbachii mainly by the 3–4 m tall trees (unlike shrubs to small

trees 1.8–3 m), capitulescence corymbose 6–10 cm long (vs. capitulescence thyrsoid 30–60

cm long), bracts linear at capitulum base (vs. bracts ovate), phyllaries green pinkish (vs. green)

and florets ca. 20 (vs. florets 45–60).The new species was collected only from canga

vegetation (ironstone outcrops) of Serra Geral de Licínio de Almeida (SGLA), which is

considered a diverse and endangered Brazilian ecosystem. It is included the distribution map

of the SGLS and the line drawing of the new species.

Keywords—Compositae; Lychnophorinae; taxonomy; South America

Page 92: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

80

Vernonieae is a natural tribe (Keeley et al. 2007) characterized by the discoid heads,

phyllaries imbricate in 3–9 series, corolla tubulate, deep purple-red to lavender, pink, blue or

white, style branches acute with trichomes extending below the bifurcation, cypselae 3–20-

ribbed, pappus of bristles or pales, rare coroniform or absent (Robinson 2007; Keeley and

Robinson 2009).

The tribe has been classified based on molecular phylogenetic data into 21 subtribes, 125

genera and more than 1,000 species, distributed in the Americas, Asia and Africa (Keeley and

Robinson 2009). In Brazil, the tribe is represented by 55 genera and 437 species, of which 333

are endemic occurring in all phytogeographic domains (Nakajima et al. 2012).

Lychnophorinae Benth. was accurately recircumscribed by Robinson (1992, 1999, 2007)

and emended by Keeley and Robinson (2009) and is defined by a set of characters, such as the

absence of enlarged nodes or sclerified cells at the base of the style, usually the presence of a

pubescence of simple to T-shaped or stellate hairs, lack of glands on the anther appendages,

receptacle lacks distinct paleae, pappus of capillary bristles or twisted straps, subpersistent to

deciduous, with or without short series and presence of type A pollen tricolpate non-lophate.

The subtribe is almost completely restricted to the Central Brazilian Plateau with around 94

species distributed into 11 genera, five of which are monotypic (Robinson 2007; Hind 2000;

Dematteis 2007).

Based mostly on MacLeish (1987), Robinson (1999), Hind (2000) and Dematteis (2007),

Anteremanthus, Chronopappus, Minasia and Vinicia are the only genera in Lychnophorinae

with the corolla lobes pilose (or villous) on apical abaxial surface. In addition, Anteremanthus

can be also distinguished by a combination of characters such as the perennial shrubs or small

trees habit, leaves petiolate, laminae silvery tomentose below, capitulescence terminal, leafy,

thyrsoid or corymbose (not in clusters, glomerule or syncephalia), heads bracteate at base,

pedunculate, anther bases calcarate and rounded, cypselae sericeous and double pappus

(Robinson 1992).

The only species described to the genus is Anteremanthus hatschbachii H.Rob. which is

referred to rocky fields (campos rupestres) of Northern of Espinhaço Range in Minas Gerais.

This species was collected from only two cities (Grão Mogol and Cristália) around 22 Km far

from each other. The species blooms mainly during the dry season (May to July) and it is

considered as a vulnerable species by the restricted distribution (Giulietti et al. 2009).

Page 93: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

81

In the present paper, we describe the new species Anteremanthus piranii and discuss below

distribution and ecological aspects.

MATERIALS AND METHODS

This study was based on six field trips in 2011–2012 for a floristic inventory of

Asteraceae in the city of Licínio de Almeida, Serra Geral, Bahia, Brazil (Fig. 1). The

specimens were inserted at HUEFS herbarium with duplicates sent to ALCB. We also visited

the main reference collections in Bahia and Serra do Espinhaço, including ALCB, BHCB,

CEPEC, HUEFS, HRB, MBM, RB, SP and SPF (acronyms following Thiers 2012).

Morphological description of the dried material was made using stereomicroscope and the

colors were based on pictures from the plant. The terminology used in the description is

standardized according to Radford et al. (1974) and Roque et al. (2009).

Additional information about A. hatschbachii collections was extracted from the site

http://www.splink.org.br/ (accessed February 2013).

TAXONOMIC TREATMENT

ANTEREMANTHUS PIRANII Roque & F.A. Santana, sp. nov. ─ TYPE: BRAZIL. Bahia: Licínio

de Almeida, Serra Geral, Garimpo das Ametistas, 14º31′42,9′′S, 42º32′5,2′′W, 825 m, 27

Oct 2012, Roque, N., Stadnik, A., Hurbath, F. & Oliveira, G.R. de 3809 (holotype:

HUEFS!; isotype: ALCB!).

Anteremanthus piranii, sp. nov. ad Lychnophorinae Benth. pertinens. Species Anteremanthus

hatchbachii H.Rob. affinis sed arbore ad 3–4 m altae, inflorescentiae corymbosus 6–10 cm

longis, capitula basi bracteis linearibus, phyllarium viridi-subroseus, flores 20 in capitula

differt.

Trees 3–4 m tall, branches dense tomentose appressed, felted, younger cream to light

brown, becoming dark brown to blackish, hairs mostly T-shaped. Leaves alternate, spiraled,

coriaceous, discolor, congested at apex, pending or not, laminae 8–16 x 3.5–6.5, elliptic to

lanceolate, apex acute, margins entire and flat, base rounded to asymmetric, adaxial surface

tomentose, glabrescent, abaxial surface dense tomentose appressed, greenish glaucous,

Page 94: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

82

venation brochidodromous, petiole 3.5–5 cm long, furrowed, base extended at base, tomentose

appressed, cream to light brown. Capitulescence leafy, 6–10 cm long, corymbose, bracts leafy

discolor, laminae elliptic, 1–3 x 0.6–1.5 cm, apex acute, margin entire, base attenuate.

Capitulum cylindric, ca. 1 x 0.7–0.8 cm, peduncle 0.4-1 cm long, bracteate, bracts linear 5–7 x

0.5 mm and 3–6 bracts, 1–2-seriate, linear, 8–11 x 0.5–1 mm at capitulum base, tomentose

appressed. Involucre 7–8-seriate, phyllaries the outer ovate, lanceolate, 2–4 x 1–1.5 mm, the

inner lanceolate to linear, 5–7 x ca. 1 mm, apex acute, acuminate, tomentose, green pinkish;

receptacle flat, areolate, glabrous. Florets ca. 20, corolla 8–9 mm long, corolla tube 3–5 mm

long, corolla throat 1–2 mm long, glandular sessile trichomes sparsely outside, corolla lobes

3–4 mm long, linear, apex obtuse, villose and with glandular sessile trichomes on the abaxial

surface; anthers 3 mm long, anther connective appendage lanceolate, ca. 0.7 mm long,

calcarate, auricles obtuse, without glands; style 7–9 mm long, style branches ca. 2 mm long,

base cylindrical at base, glabrous. Cypselae cylindric, 3–4 mm long, sericeous and glandular

sessile trichomes, 7–10-ribbed, inconspicuous; pappus ca. 4–5 mm long, biseriate, outer series

paleaceous 0.5–1.5 mm long, inner series of bristles, 2–5 mm long, deciduous, pinkish at the

base.

All Specimens Examined — Brazil. Bahia: Licínio de Almeida, Serra Geral, Garimpo das

Ametistas, 14º32′29,6′′S, 42º32′11,6′′W, 863 m, 21 Jul 2012, N. Roque et al. 3703 (HUEFS,

ALCB); Garimpo dos Areiões, 14º31′42,9′′S, 42º32′5,2′′W, 825m, 22 Jan 2013, H.A.

Ogasawara et al. 311 (HUEFS, ALCB).

Taxonomic notes — Anteremanthus can be apparently related to genus Eremanthus

mainly by the tree habit, discolorous petiolate leaves and laminae with margins flat. However,

the heads simple and organized in a secondary capitulescence (thyrse or corymb), bracteate at

base, heads multi-flowered (20 to 60), corolla lobes pilose on abaxial surface, anther base

rounded and cypselae sericeous with double pappus are characters completely different from

any Eremanthus (Robinson 1992). Anteremanthus piranii differs from the typical species by

the tallest trees, capitulescence corymbose instead thyrsoid, bracts linear at capitulum base (vs.

ovate), phyllaries green pinkish and smaller number de florets per head (20 vs. 45–60),

respectively (Figs. 2A–H; 2C–F).

Page 95: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

83

Conservation Status — DD (data deficient) (IUCN 2010).

Geographical Distribution and Ecology ─ SGLA is located in the central part of Serra do

Espinhaço, between 14º26‘–14º50‘S and 42º36‘–42º29‘W (Figure 1). This area belongs to the

Caatinga biome (IBGE 2012) but we have found a broad area with Cerrado (savanna-like

vegetation) to the North of the SGLA. Rocky fields (campos rupestres) with 900–1100 m

occur in the central-western and south–central part, and gallery forest can be found in lower

areas with favorable conditions. Ironstone outcrops (locally known as canga) are found

throughout the SGLA containing a large amount of ferruginous compounds. They represent

the scarce xeric communities rising within a matrix of mesophytic vegetation which has a high

rate of endemism and is at high risk of extinction (Jacobi et al. 2007).

Anteremanthus piranii was collected only in canga vegetation (Fig. 3A,B) in Serra Geral

of Licínio de Almeida (SGLA), Bahia, which is approximately 290 Km far from the type

locality of A. hatschbachii. During the field work, capitula were still closed in July and the

florets were mature to getting old in October (dry season). The corolla is supposed to be cream

colored, similar to A. hatschbachii, but this information should be confirmed in the next dry

season (May to October). In January (rainy season), the specimens had only old parts of the

capitulescence, without heads, florets or cypselae.

Etymology—Anteremanthus piranii is named in honor of Prof. José Rubens Pirani, from

Universidade de São Paulo, for his valuable contributions in Asteraceae from the advising

several synantherologists in Brazil.

Key to the Lychnophorinae (Vernonieae) genera

(Revised from Robinson 1992, 2007; Hind 2000; Dematteis 2007)

1. Herbs to subshrubs with leaves in basal rosette; capitulescence scapose.

2. Lanulose and revolute leaves; compound heads (heads sessile surrounded by the secondary

involucre); florets 5–6 (1 sp.) …………..........……….………………....... Prestelia Sch. Bip.

2. Silvery and flat leaves; aggregated, simple heads (heads grouped without loosing their

individual identities); florets 20–80.

Page 96: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

84

3. Phyllaries obtuse to acute; florets 20–40; corolla lobes villous on abaxial surface;

cipselae with trichomes at base; pappus of bristles (5 spp.) …............……. Minasia H.Rob.

3. Phyllaries strongly pungent-acuminate; florets ca. 80, corolla lobes glabrous; cypselae

glabrous; pappus of a few deciduous awns (1 sp.)

………........................................................................Proteopsis Mart. & Zucc.exSch.Bip.

1. Subshrubs, shrubs or trees with leafy stems; capitulescence in terminal or axillary branches.

4. Laminae with margins crenulate and adaxial surface strongly bullate; compound head

axillary, sessile (1 sp.) ….…..…………...…...…………………..……… Chronopappus DC.

4. Laminae entire and adaxial surface weakly roughened or smooth; compound head, if

present, always terminal and pedunculate.

5. Heads in cluster (grouped), glomerule or pseudo-glomerule simple, compound cymes

arranged in corymb, dense spherical or hemispherical glomerules or sometimes

syncephalia.

6. Spherical or hemispherical capitulescence produced single on axillary peduncles,

peduncles retted with age; corolla lobes pubescent almost penicellate at apex; anther

base long sagittate (6 spp.) …..…….............................…….. Paralychnophora MacLeish

6. Capitulescence in branches, not pedunculate and never retted with age; corolla lobes

glabrous, rarely glandular-punctate; anther base rounded.

7. Cypselae glandular, moderately to densely sericeous; pappus simple (elements are

equal on shape), strigose bristles, 3–5 series, equal or unequal in length (27 spp.)

….…………………………………………...………….…………..... Eremanthus Less.

7. Cypselae usually glabrous; pappus 1–2 series, double (the elements in two series are

usually different in length, shape or both), inner series usually prominently twisted.

8. Single axillary heads sessile in elongate cluster; heads usually bigger, 20–25 mm

high (4 spp.) ……………….…………………...………... Lychnophoriopsis Sch.Bip.

Page 97: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

85

8. Heads in clusters, glomerule or pseudo-glomerule simple or compound cymes;

heads usually smaller 5–10 (-15) mm high (35 spp.) ….…….….. Lychnophora Mart.

5. Heads solitary and organized in secondary capitulescence (e.g. paniculiform,

corymbiform or thyrsoid).

9. Shrub to tree 1.8–4 m tall; leaves conspicuously petiolate (2.5–5 cm long); heads

pedunculate (2 spp.) ……………………………………......……. Anteremanthus H.Rob.

9. Subshrub to shrub up to 2 m tall; leaves sessile to subsessile (up to 1.5 cm long);

heads mostly sessile.

10. Leaves 15–23 cm long; florets 8–12; corolla lobes apex abaxial surface villous;

cypselae sericeous-pubescent; pappus biseriate (1 sp.) ….…….……… Vinicia Dematt.

10. Leaves up to 3 cm long; florets 19–29; corolla lobes glabrous; cypselae furrow

with setulae and glandular dots; pappus uniseriate (11 spp.)

..…………………………………………………………..………… Piptolepis Sch.Bip.

Key to the Anteremanthus species

1. Shrub to tree 1.8–3 m tall; capitulescence thyrsoid 30–60 cm long; bracts ovate at capitulum

base; phyllaries greenish; florets 45–60. State of Minas Gerais

………..............................................................................................................… A. hatschbachii

1. Tree 3–4 m tall; capitulescence corymbose 6-10 cm long; bracts linear at capitulum base;

phyllaries green pinkish; florets ca. 20. State of Bahia ….....………………..…...….. A. piranii

ACKNOWLEDGMENT — The authors are grateful to Natanael Nascimento dos Santos for the

line drawing from the holotype. The fieldwork was funded by REFLORA (CNPq

563541/2010-5) and PRONEM (PNE 1642/2011). This work was supported by grants from

CNPq (PQ 307156/2010-9) and CAPES (second author).

Page 98: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

86

LITERATURE CITED

Hind, D. J. N. 2000. Two new species of Paralychnophora (Compositae: Vernonieae) from

Bahia, Brazil. Kew Bulletin 55: 367–379.

Dematteis, M. 2007. Vinicia tomentosa, nuevo gênero y espécie de Lychnophorinae

(Vernonieae, Asteraceae) de Minas Gerais, Brasil. Bonplandia 16(3–4): 259–264.

Giulietti, A.M.; Rapini, A.; Andrade, M.J.G.; Queiroz, L.P. and Silva, J.M.C.2009. Plantas

Raras do Brasil. Conservação Internacional, Belo Horizonte.

IBGE. 2012. Mapa de Biomas do Brasil. Escala 1:5.000.000. Available in

http://www.ibge.gov.br. Accessed December 2012.

IUCN. 2010. Guidelines for using the IUCN red list categories and criteria. Version

8.1.Prepared by the Standards and Petitions Sub–Committee in March 2010. Available

from: http://intranet.iucn.org/webfiles/ doc/SSC/RedList/RedListGuidelines.pdf. Accessed

February 2013.

Jacobi, C.M., Carmo, F.F., Vincent, R.C. and Stehmann, J.R. 2007. Plant communities on

ironstone outcrops: a diverse and endangered Brazilian ecosystem. Biodiversity

Conservation 16: 2185–2200.

Keeley, S.C. and Robinson, H. 2009.Vernonieae. Pp. 439–469 in Systematics, Evolution and

Biogeography of the Compositae eds. V.A. Funk, A. Susanna, T.F. Stuessy and R.J.

Bayer. Vienna: IAPT.

Keeley, S.C., Forsman, A.H. and Chan, R. 2007. A phylogeny of the ―evil tribe‖ (Vernonieae:

Compositae) reveals Old/New World long distance dispersal: support from separate and

combined congruent datasets (trnL-F, ndhF, ITS). Molecular Phylogenetics and Evolution

44: 89–103.

MacLeish, N.F.F. 1987. Revision of Eremanthus (Compositae: Vernonieae).Annals of the

Missouri Botanical Garden 74(2): 265–290.

Nakajima, J.N.; Loeuille, B.; Heiden, G.; Dematteis, M.; Hattori, E.K.O.; Magenta, M.; Ritter,

M.R.; Mondin, C.A.; Roque, N.; Ferreira, S.C.; Teles, A.M.; Borges, R.A.X.; Monge, M.;

Bringel Jr., J.B.A.; Oliveira, C.T.; Soares, P.N.; Almeida, G.; Schneider, A.; Sancho, G.;

Saavedra, M.M.; Liro, R.M.; Souza-Buturi, F.O.; Pereira, A.C.M. & Moraes, M.D.2012.

Page 99: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

87

Asteraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Available in http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB101552.Accessed February 18, 2013.

Radford, A. E., W. C. Dickison, J. R. Massey, and C. R. Bell. 1974. Vascular plant

systematics. New York: Harper and Row Publishers.

Robinson, H. 1992. Notes on Lychnophorinae from Minas Gerais, Brazil, a synopsis of

Lychnophoriopsis Sch.Bip.and the new genera Anteremanthus and Minasia (Vernonieae:

Asteraceae). Proceedings of the Biological Society of Washington 105(3): 640–652.

Robinson, H. 1999. Generic and Subtribal Classification of American Vernonieae.

Smithsonian Contributions to Botany, Smithsonian Institution Press, Washington D.C. 89:

1–3.

Robinson, H. 2007. Tribe Vernonieae Cass. Pp. 165–192 in The families and genera of

vascular plants vol. 8, ed. K. Kubitzki. Berlin: Springer Verlag.

Roque, N., D. J. Keil, and A. Susanna. 2009. Illustrated Glossary of Compositae. Pp: 781–806

in Systematics, evolution and biogeography of the Compositae, eds. V. A. Funk, A.

Susanna, T. F. Stuessy, and R. J. Bayer. Vienna: IAPT.

Thiers, B. 2012 [continuously updated]. Index Herbariorum: A global directory of public

herbaria and associated staff.New York Botanical Garden′s Virtual Herbarium. Available

in http://sweetgum.nybg.org/ih/.Accessed January 20, 2013.

Page 100: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

88

FIGURE LEGENDS

FIG. 1. Licínio de Almeida municipality (dot) and geographical distribution of Anteremanthus

piranii (rectangle) in the SGLA.

FIG. 2. Anteremanthus piranii Roque & F.A.Santana. A. Floriferous branches. B. Capitulum

showing the multiseriate involucre and three linear bracts at the base. C. The outer

phyllary. D. Corolla, androecium and style branches, emphases on corolla lobes with

indumentum on the abaxial surface. E. Style showing cylindric and glabrous at base. F.

Anther connective appendage lanceolate and lanceolate apical appendage. G. Receptacle

flat, areolate and glabrous. H. Cypselae sericeous showing biseriate pappus (Based on

Roque et al. 3809, ALCB).

FIG. 3. Anteremanthus piranii Roque & F.A. Santana. A. Phytophysiognomy of canga with

the species in detail (arrow). B. Tree around 3 m tall. C. Capitulescence corymbose and

discolors leaves. D. Phyllaries green-pinkish and florets. E. Capitulescence with cypselae

sericeous and pappus pinkish. F. Receptacle and cypselae.

Page 101: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

89

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Serra Geral de Licínio de Almeida apresenta relevante diversidade da família

Asteraceae, totalizando 82 espécies distribuídas em 38 gêneros.

Dentre as espécies encontradas, 13 são novas ocorrências para a Bahia, dados que

contribuem para o aumento da riqueza de Asteraceae para este estado. Destas espécies, cinco

eram consideradas até então como endêmicas do estado de Minas Gerais, sendo assim, tais

informações aumentam a amplitude de ocorrência geográfica das mesmas.

Foram encontradas duas espécies novas para a ciência, a espécie Lychnophora sp. 1,

que apresenta registro de coleta também para municípios da região norte do estado de Minas

Gerais, e Anteremanthus piranii, registrada até então apenas para as áreas de vegetação de

Canga da Serra Geral de Licínio de Almeida, cujo gênero era considerado monoespecífico e

citado como raro para o Brasil.

A maior riqueza de espécies de Asteraceae foi encontrada na fitofisionomia de Savana

Arborizada, o que corrobora com o fato da família ocorrer predominantemente em vegetação

savânica e campestre.

O aumento do fotoperíodo e da temperatura ambiente e a diminuição da umidade do ar,

observados em período sazonal de seca, pode influenciar na intensidade da floração e no

processo de maturação das cipselas, uma vez que a maioria das espécies apresentou-se em

estágio reprodutivo neste período.

A região da área de estudo é considerada como uma das áreas prioritárias para a

conservação da Cadeia do Espinhaço, além disto, este trabalho reconhece espécies com

distribuição restrita a esta formação orográfica, o que reforça a importância da realização de

inventários florísticos nesta localidade, os quais podem servir de subsídio para a elaboração de

projetos que visem a conservação do ecossistema local.

Desta maneira, estes resultados incrementam os estudos acerca da família Asteraceae

na Cadeia do Espinhaço e no estado da Bahia, bem como colaboram para o conhecimento de

parte da flora de uma área cuja biodiversidade é pouco conhecida.

Page 102: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

90

Resumo - (A família Asteraceae na Serra Geral de Licínio de Almeida, Bahia, Brasil)

A Serra Geral de Licínio de Almeida (SGLA) está localizada na porção central da Cadeia do

Espinhaço, região carente em pesquisas botânicas. Neste trabalho é apresentado um

levantamento florístico da flora de Asteraceae para a SGLA. As coletas foram realizadas

através de seis viagens bimestrais (2011-2012) ao campo e o material coletado encontra-se

inserido no Herbário HUEFS. Os resultados são apresentados através do checklist das

espécies, chaves de tribos e de espécies, seguido de comentários diagnósticos, aspectos da

fenologia reprodutiva e distribuição geográfica de cada táxon. Foram encontrados 12 tribos, 38

gêneros e 82 espécies. Destas, 13 são novas ocorrências para o estado da Bahia (Aldama

oblongifolia, Aldama bracteata, Aspilia eglerii, Aspilia floribunda, Dasyphyllum vagans,

Eremanthus polycephalus, Gochnatia discolor, Lychnophora ramosissima, Lepidaploa

barbata, Lessingianthus laevigatus, Lessingianthus psilophyllus, Mikania obtusata e

Proteopsis argentea) e duas são espécies novas para a ciência (Lychnophora sp. 1 e

Anteremanthus sp. nov.). A tribo mais representativa foi Vernonieae (36 spp.), seguida de

Eupatorieae (17 spp.) e Heliantheae (oito spp.). O gênero com maior número de espécies foi

Lessingianthus (oito spp.), seguido de Lepidaploa, Vernonanthura e Gochnatia, com cinco

espécies cada. Como parte dos dados é incluído o mapa da área de estudo e as respectivas

localidades de coleta, além das ilustrações inéditas de Agrianthus myrtoides, Aspilia

floribunda, Anteremanthus sp. nov., Chresta harleyi, Gochnatia densicephala, Lychnophora

sp. 1. e Stomatanthes polycephalus.

Palavras-chave adicionais: Compositae, florística, Cadeia do Espinhaço.

Page 103: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

91

Abstract - (The Asteraceae family in Serra Geral de Licínio de Almeida, Bahia, Brazil)

Serra Geral de Licínio de Almeida (SGLA) is located in the central portion of the Espinhaço

range, a region with no floristic studies. This paper presents the inventory of Asteraceae for

the SGLA. Samples were collected in six bimonthly field trips (2011-2012) and the collected

materials are inserted at HUEFS Herbarium. The results are presented in the checklist of the

species, keys to tribes and species, followed by comments, aspects of reproductive phenology

and geographical distribution of each species. Eighty-three species and 38 genera were found,

represented in 12 tribes of Asteraceae. Of these, 13 are new records for Bahia state (Aldama

oblongifolia, Aldama bracteata, Aspilia eglerii, Aspilia floribunda, Dasyphyllum vagans,

Eremanthus polycephalus, Gochnatia discolor, Lychnophora ramosissima, Lepidaploa

barbata, Lessingianthus laevigatus, Lessingianthus psilophyllus, Mikania obtusata e

Proteopsis argentea) and two are new species to science (Lychnophora sp. 1 and

Anteremanthus sp. nov.). The most representative tribe was Vernonieae (36 spp.), followed by

Eupatorieae (17 spp.) and Heliantheae (8 spp.). The genera with the largest number of species

were Lessingianthus (eight spp.), followed by Lepidaploa, Vernonanthura and Gochnatia,

with five species each. A map of the study area with the respective collection sites and

unpublished illustrations of Agrianthus myrtoides, Aspilia floribunda, Anteremanthus sp. nov.,

Chresta harleyi, Gochnatia densicephala, Lychnophora sp. 1 and Stomatanthes polycephalus

are included as part of the results.

Additional keywords: Compositae, floristic, Cadeia do Espinhaço.

Page 104: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

92

APÊNDICES

CAPÍTULO 1

Fig. 1. Localização do município de Licínio de Almeida e indicação dos respectivos pontos de

coleta na SGLA.

Page 105: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

93

Tabela 1. Espécies de Asteraceae, fitofisionomias e períodos reprodutivos conforme a sazonalidade. Legenda: SA=

Savana Arborizada, SE = Savana Estépica, MG=Mata de Galeria, VC = Vegetação de Canga, CR= Campo Rupestre.

Períodos de chuva (outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março), períodos de seca (abril, maio, junho, julho,

agosto, setembro). * = nova ocorrência; ** = espécie inédita para a ciência.

TRIBO/ESPÉCIE

FITOFISIONOMIA

PERÍODO

REPRODUTIVO

Tribo Barnadesieae D. Don

Dasyphyllum donianum (Gardner) Cabrera SA, SE, CR seca

Dasyphyllum vagans (Spreng. ) Cabrera* MG seca

Tribo Nassauvieae Cass.

Trixis vauthieri DC. SA,SE seca

Tribo Wunderlichieae Panero & V.A. Funk.

Wunderlichia mirabilis Riedel ex Baker. VC seca

TriboGochnatieae (Benth & Hook. f.) Panero & Funk.

Gochnatia blanchetiana (DC.) Cabrera SA seca

Gochnatia densicephala (Cabrera) G. Sancho SA seca

Gochnatia discolor Baker* SA seca

Gochnatia floribunda Cabrera SA seca

Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera SA, MG seca

Richterago discoidea (Less.) Kuntze SA,CR

Tribo Vernonieae Cass.

Albertinia brasiliensis Spreng SA chuva

Anteremanthus sp. nov. ** VC seca

Centratherum punctatum Cass. SA chuva

Chresta harleyi H.Rob. SA, SE, VC seca/chuva

Elephantopus mollis Kunth MG seca

Elephantopus riparius Gardner MG seca

Eremanthus capitatus Spreng Macleish. SA seca

Eremanthus glomerulatus Less SA, CR seca

Eremanthus polycephalus (DC.) MacLeish* SA seca

Gymnanthemum amygdalinum (Delile) Sch.Bip. ex Walp. VC seca

Lepidaploa barbata (Less.) H. Rob.* SA, CR seca

Lepidaploa chalibaea (Mart. ex DC.) H.Rob. SA, SE seca/chuva

Lepidaploa cotoneaster (Wild ex Spreng) H.Rob. SA, SE seca/chuva

Lepidaploa hagei (H. Rob.) H. Rob. SA,MG seca/chuva

Lepidaploa rufogrisea (A. St. –Hill) H. Rob. SA, VC seca

Page 106: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

94

Lessingianthus farinosus (Baker) H. Rob. SA seca

Lessingianthus laevigatus (Mart. ex DC.) H. Rob.* CR seca

Lessingianthus lanuginosus Dematt. CR chuva

Lessingianthus linearis (Spreng) H.Rob. SA seca

Lessingianthus morii (H. Rob.) H.Rob. SE, SA seca

Lessingianthus psilophyllus (DC.) H.Rob.* SA chuva

Lessingianthus regis (H.Rob.) H.Rob SA, CR seca

Lessingianthus vepretorum (Mart. ex DC.) H.Rob. SA chuva

Lychnophora ericoides Mart. SA, CR seca/chuva

Lychnophora ramosissima Gardner* SA, CR seca/chuva

Lychnophora salicifolia Mart. SA, CR seca/chuva

Lychnophora sp. 1** VC seca/chuva

Lychnophora sp. 2 CR seca

Proteopsis argentea Mart. & Zucc. ex Sch. Bip.* CR seca/chuva

Stilpnopappus semirianus R. Esteves CR seca/chuva

Stilpnopappus tomentosus Mart. ex DC. CR chuva

Vernonanthura brasiliana (L.) H. Rob. SE, MG seca

Vernonanthura ferruginea (Less.) H. Rob. SA seca

Vernonanthura laxa (Gardner) H. Rob. SA seca

Vernonanthura phosphorica (Vell.) H. Rob. SA seca

Vernonanthura subverticillata (Sch. Bip. exBaker) H. Rob. SA chuva

Tribo Gnaphalieae (Cass.) Lecoq & Juill.

Achyrocline alata (Kunth) DC. SA seca

Achyrocline satureioides (Lam.) DC. SA seca

Tribo Astereae Cass.

Baccharis alleluia A.S. Oliveira & Deble SA seca

Baccharis calvescens DC SA seca

Baccharis crispa Spreng. SA seca

Baccharis retusa DC. SA seca/chuva

Baccharis sessiliflora Vahl CR seca

Conyza sumatrensis (Retzs) E. Walker SA seca

Tribo Coreopsideae Lindl.

Bidens segetum Mart. ex Colla SA seca

Tribo Neurolaeneae Rydb.

Calea candolleana (Gardner) Baker SA, CR seca

Calea harleyi H.Rob SA, CR seca

Calea pilosa Baker SA chuva

Page 107: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

95

Tribo Heliantheae Cass.

Aldama bracteata (Gardner) E.E. Schill. & Panero SA seca

Aldama oblongifolia (Gardner) E.E. Schill. & Panero* SA chuva

Aspilia almasensis D.J.N. Hind SA, SE seca/chuva

Aspilia eglerii J.U. Santos * SA seca

Aspilia floribunda (Gardner) Baker * SA, CR chuva

Aspilia martii Baker SA, CR chuva

Riencourtia oblongifolia Gardner SE chuva

Tilesia baccata (L.) Pruski SA seca

Tribo Millerieae Lindl.

Ichthyothere terminalis (Spreng) S.F. Blake SA chuva

Tribo Eupatorieae Cass.

Acritopappus catolesensis D. J. N. Bautista VC, CR seca

Agrianthus myrtoides Mattf. CR seca/chuva

Ayapana amygdalina (Lam.) R.M.King & H.Rob. SA, SE seca

Ayapanopsis oblongifolia (Gardner) R. M. King & H. Rob. SA seca

Bejaranoa semistriata (Sch. Bip. ex Baker) R.M. King & H. Rob. SA, MG seca

Chromolaena horminoides DC. SA seca

Chromolaena odorata (L.) R. M. King & H. Rob. SA, SE seca

Conocliniopsis prasiifolia (DC.) R.M.King & H.Rob SA seca

Mikania cordifolia (L.f.) Willd. SE, MG seca

Mikania elliptica DC. SA, SE seca

Mikania hirsutissima DC. SA seca

Mikania obtusata DC.* SA seca

Pseudobrickellia brasiliensis (Spreng) SA seca

Stomatanthes polycephalus (Sch. Bip. ex B. L. H. Rob.) SA seca

Symphyopappus decussatus Turczs SA chuva

Trichogonia hirtiflora (DC.) Sch. Bip. ex Baker CR seca

Trichogonia salviifolia Gardner SA chuva

Page 108: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

96

Fig.2: Fitofisionomias da SGLA. A. Savana Arborizada. B. Savana Estépica. C. Vegetação de

Canga. D. Campo Rupestre. E-F. Mata de Galeria. (A,B,F: N. Roque; C,D,E: F.A. Santana).

Page 109: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

97

Fig. 3. A-L. Gochnatia densicephala: A. Ramo florido. B. Capítulo. C. Bráctea mais externa.

D. Bráctea mais interna. E-F. Receptáculo. G. Flor bissexual, corola, androceu e estilete. H.

Flor pistilada. I: Estame. J. Estilete. K-L. Cipsela. (Santana 182)

Page 110: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

98

Fig.4. A-B. Dasyphyllum donianum: A. Ramo florido. B. Hábito. C. Trixis vauthieri: Ramo

florido. D-E. Wunderlichia mirabilis: D. Hábito. E. Ramo florido. F. Gochnatia blanchetiana:

Ramo florido. G. Gochnatia densicephala: Ramo florido. H-I. Richterago discoidea: H. Ramo

florido. I. Hábito. (A-I: N. Roque).

Page 111: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

99

Fig. 5. A-H. Anteremanthus sp. nov.: A. Ramo florido. B. Capitulo. C. Bráctea involucral mais

externa. D. Corola, estame e estilete. E. Estilete. F. Estame. G. Receptáculo. H: Cipsela com

pápus duplo. (Roque 3703).

Page 112: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

100

Fig. 6. A-H. Chresta harleyi: A. Ramo florido. B. Capitulescência. C. Bráctea involucral mais

externa. D. Capítulo. E. Corola, estame e estilete. F. Estame. G. Estilete e detalhe do

estilopódio. H. Cipsela. (Santana 23).

Page 113: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

101

Fig.7. A-B. Anteremanthus sp. nov.: A. Ramo florido. B. Hábito. C-D. Chresta harleyi: C.

Ramo florido. D. Hábito. E. Gymnanthemum amygdalinum: Ramo florido. F-G. Eremanthus

glomerulatus: F. Hábito. G. Ramo florido. H-I. Eremanthus polycephalus: H. Ramo florido. I.

Hábito. (A,C-I: N. Roque; B: F.A. Santana).

Page 114: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

102

Fig. 8. A. Lepidaploa barbata: Ramo florido. B. Lepidaploa rufogrisea: Ramo florido. C.

Lessingianthus morii: Ramo florido. D. Lessingianthus psilophyllus: Ramo florido. E.

Lessingianthus regis: Ramo florido. F: Lessingianthus vepretorum: Ramo florido. G.

Lychnophora ericoides: Ramo florido. H. Lychnophora ramosissima: Ramo florido. F.

Lychnophora salicifolia: Hábito. I-J. Proteopsis argentea: I. Ramo florido. J. Hábito. K.

Vernonanthura brasiliana: Ramo florido. (A, G-K: N. Roque; C-D: M. Alves; B,E,F,L: F.A.

Santana).

Page 115: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

103

Fig. 9. A-B.Lychnophora sp. 1: A. Eixo da inflorescência. B. Capitulescência (Santana 29).

Page 116: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

104

Fig.10. A-O. Lychnophora sp.1: A. Capítulo. B. Corte longitudinal do capítulo. D. Bráctea

involucral mais interna. E. Bráctea involucral mais externa. F. Receptáculo. G. Corola,

androceu, estilete, cipsela e pápus. H. Corte longitudinal da flor. I. Lobo da corola. J. Estame.

K. Estilete. L. Cipsela. M. Cipsela e pápus em duas séries. N. Pápus da série mais externa. O.

Pápus da série mais interna (Santana 29).

Page 117: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

105

Fig. 11. A-C. Lychnophora sp. 1: A. Hábitat. B. Hábito. C. Ramo florido. (A-C: N. Roque).

Page 118: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

106

Fig. 12. A-N. Aspilia floribunda: A. Ramo florido. B. Capítulo radiado. C. Bráctea involucral

mais externa. D. Bráctea involucral mais interna. E-G. Páleas do receptáculo. H. Flor do raio.

I: Lobo da corola: ápice do lobo da corola. J. Flor do disco. K-L. Estame. M. Estilete. N.

Cipsela com pápus coroniforme (Alves 71).

Page 119: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

107

Fig. 13. A. Baccharis alleluia: Ramo florido. B. Baccharis crispa: Ramo florido. C. Bidens

segetum: Ramo florido. D. Calea harleyi: Ramo florido. E. Calea candolleana: Ramo florido.

F. Riencourtia oblongifolia: Ramo florido. G. Aspilia floribunda: Ramo florido. H.

Ichthyothere terminalis: Ramo florido. (A,C,E: N. Roque; B,H,I: F.A. Santana; D,F,G: M.

Alves).

Page 120: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

108

Fig. 14. A-I. Agrianthus myrtoides: A. Ramo florido. B. Capítulo. C. Bráctea involucral mais

externa. D. Bráctea involucral mais interna. E. Receptáculo convexo. F. Corola e estilete. G.

Estame. H. Estilete. I. Cipsela e pápus (Santana 71).

Page 121: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

109

Fig. 15. A-H. Stomatanthes polycephalus: A. Ramo florido. B. Capítulo. C. Bráctea involucral

mais interna. D. Bráctea involucral mais externa. E. Corola e estilete. F. Estame. G. Estilete

com base pubescente. H. Cipsela e pápus. (Santana196).

Page 122: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

110

Fig.16. A-B. Acritopappus catolesensis: A. Ramo florido. B. Hábito. C-D. Agrianthus

myrtoides: C. Ramo florido. D. Hábito. E. Ayapana amygdalina: Ramo florido. F. Mikania

obtusata: Ramo florido. G. Mikania cordifolia: Ramo florido. H. Pseudobrickellia

brasiliensis: Ramo florido. I. Stomatanthes polycephalus: Ramo florido. J. Symphyopappus

decussatus: Ramo florido. K-L. Trichogonia hirtiflora: K. Ramo florido. L. Hábito. (A: M.

Alves; B, J-L: F.A. Santana; C: H.A. Ogasawara; D-I: N. Roque).

Page 123: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

111

CAPÍTULO 2

FIG. 1. Licínio de Almeida municipality (dot) and geographical distribution of Anteremanthus

piranii (rectangle) in the SGLA.

Page 124: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

112

FIG. 2. Anteremanthus piranii Roque & F.A. Santana. A. Floriferous branches. B. Capitulum

showing the multiseriate involucre and three linear bracts at the base. C. The outer phyllary.

D. Corolla, androecium and style branches, emphases on corolla lobes with indumentum on

the abaxial surface. E. Style showing cylindric and glabrous at base. F. Anther connective

appendage lanceolate and lanceolate apical appendage. G. Receptacle flat, areolate and

glabrous. H. Cypselae sericeous showing biseriate pappus (Based on Roque et al. 3809,

ALCB).

Page 125: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

113

FIG. 3. Anteremanthus piranii Roque & F.A. Santana. A. Phytophysiognomy of canga with

the species in detail (arrow). B. Tree around 3 m tall. C. Capitulescence corymbose and

discolors leaves. D. Phyllaries green-pinkish and florets. E. Capitulescence with cypselae

sericeous and pappus pinkish. F. Receptacle and cypselae.

Page 126: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

ANEXOS

NORMAS DAS REVISTAS SITIENTIBUS SÉRIE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E

SYSTEMATIC BOTANY

SITIENTIBUS SÉRIE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

INSTRUÇÕES PARA AUTORES

A revista Sitientibus série Ciências Biológicas (SCB) publica artigos científicos

originais em botânica, ecologia, etnobiologia, genética, micologia, microbiologia e zoologia,

abrangendo trabalhos em anatomia, biogeografia, biodiversidade, biologia molecular,

comportamento, conservação, fisiologia e sistemática, incluindo inventários, revisões e notas

taxonômicas.

Os manuscritos devem ser submetidos eletronicamente para o editor-chefe

([email protected]). A submissão de um trabalho para que sua publicação na SCB seja

considerada implica automaticamente que ele não está sendo simultaneamente avaliado em

outra revista, que todos os autores estão de acordo com sua publicação e assinarão o termo de

transferência de direitos autorais assim que receberem o respectivo formulário juntamente com

o aceite do trabalho.

Cada manuscrito será direcionado aos cuidados de um dos editores de área da SCB (ou

a um editor voluntário), que irá realizar a primeira inspeção do trabalho. O processo de

avaliação por pares será realizado em um sistema de anonimato bilateral, mantendo-se sigilo

sobre a identidade dos autores e dos revisores. Os autores podem sugerir até cinco potenciais

revisores (nomes completos e e-mails) para avaliar o trabalho. Com base nos pareceres, o

editor responsável decidirá sobre a adequação do manuscrito para publicação, sugerindo

ajustes e indicando correções necessárias para que ele possa ser aceito.

MANUSCRITOS

O texto deve ser escrito em português, inglês ou espanhol e seguir a seguinte

formatação: tamanho A4, margens de 2,5 cm em todos os lados, espaçamento entre linhas de

Page 127: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

1,5, fonte Times New Roman de tamanho 12, e salvo em formato compatível com o Word

(.doc ou .rtf). As páginas devem estar numeradas sequencialmente, na parte de baixo, do lado

direito, exceto a página de rosto. As figuras devem ser enviadas em arquivos separados, em

.jpg, .tif ou .pdf.

A página de rosto deve conter: 1- Título completodo trabalho (em negrito); 2-

Autores; 3- Endereçocompleto e e-mail dos autores, indicando o autor para correspondência

(nota de rodapé); 4- Título resumidodo trabalho (em negrito); os itens 1--4 devem

estarcentralizados e separados por espaçamento.

A segunda página deve conter: 1- ―Resumo –‖ (incluindo o título do trabalho entre

parênteses); 2- até cinco ―Palavras-chave adicionais :‖ (não repetindo palavras do título); 3-

―Abstract –‖ (incluindo o título do trabalho em inglês entre parênteses); 4- até cinco

―Additional key words:‖ (não repetindo palavras do título). Os itens 1 e 3 devem ser escritos

em um único parágrafo sem tabulação; evite citações, nomes de autores de táxons e listas de

espécies. Os itens 2 e 4 devem ter as palavras em ordem alfabética, separadas por vírgulas,

sendo finalizados por ponto.

Ao longo do texto, os parágrafos devem ser iniciados por tabulação (não use recuo).

Títulos de seções devem estar em linhas exclusivas, com as iniciais dos nomes maiúsculas,

destacados em caixa alta (versalete) e negrito (e.g., MATERIAL E MÉTODOS). Títulos de

subseções devem estar em negrito no início do parágrafo, após tabulação, finalizado com

ponto (e.g., Área de estudo.).

As citações devem seguir o modelo (autoria e ano de publicação), utilizando sempre

―&‖ para dois autores, ―et al.‖ para mais de dois autores e letras minúsculas para distinguir

citações de mesma autoria e mesmo ano de publicação. As citações devem estar em ordem

cronológica, as de autorias distintas separadas por ponto e vírgula. Exemplos: Quate (1965),

(Quate 1965), Quate (1965: 820), Erwin & Sott (1980), Guimarães et al. (1983), (Quate 1965;

Fontella-Pereira et al. 1971, 1989; Erwin & Sott 1980; Fontella-Pereira & Schwarz 1981a,b;

Thiers 2010).

Nomes científicos de táxons nos níveis de gênero ou infragenéricos devem estar em

itálico (inclusive nas referências). Nomes de gêneros devem aparecer por extenso quando

forem mencionados pela primeira vez em cada parágrafo ou sempre que sua abreviação gerar

confusão, e nunca devem ser abreviados no início de frases. A primeira citação de uma espécie

Page 128: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

animal deve ser seguida da autoria e ano de publicação separados por vírgula. Para plantas e

fungos, nomes de táxons até o nível de gênero devem vir acompanhados da autoria na primeira

vez em que aparecem no texto, seguindo exatamente a abreviação do catálogo de Autores de

Nomes de Plantas (Brummit & Powell. 1992. Authors of Plant Names. Royal Botanic

Gardens, Kew) ouconsulte o Índice Internacional de Nomes de Plantas (The International

Plant Names Index: <http://www.ipni.org/ipni/authorsearchpage.do>).

Em notas e tratamentos taxonômicos, os nomes corretos devem estar em negrito no

cabeçalho do táxon. Sinônimos, quando indicados, devem estar agrupados e organizados em

ordem crescente de data de publicação; os homotípicos no mesmo parágrafo, os heterotípicos

em parágrafos distintos. Nos protólogos de plantas e fungos, os periódicos devem estar

abreviados conforme o BPH-2 (Bridson et al. 2004. BPH-2. Periodicals with botanical

content. Constituting a second edition of Botanico-Periodicum-Huntianum, vols 1 & 2.

HuntInstitute for Botanical Documentation, Carnegie Mellon, University, Pittsburgh.) e os

livros, conforme o TL2 (Stafleu & Cowan. 1976--1988. Taxonomicliterature. 2nd Ed. Bohn,

Scheltema & Holkema,Utrecht.) e suplementos posteriores, porém sempre com as iniciais dos

nomes do título maiúsculas. Essas abreviações podem ser consultadas no índice de

publicações botânicas da Universidade de Harvard

(<http://asaweb.huh.harvard.edu:8080/databases/public ation_index.html>).

Exemplo:

4.1. Cynanchum roulinioides (E.Fourn.) Rapini, Bol. Bot. Univ. São Paulo 21(2): 278. 2003.

Telminostelma roulinioides E. Fourn. in Martius & Eichler, Fl. Bras. 6(4): 218. 1885.

Roulinia parviflora Decne. in A.L.P.P. de Candolle,Prodr. 8: 518. 1844. Cynanchum

contrapetalum Sundell, Evol. Monogr. 5: 61. 1981. Telminostelma

parviflorum (Decne.) Fontella & E.A. Schwarz, Bol. Mus. Bot. Munic. 45: 4. 1981.

Tipos, quando indicados, devem estar no fim do protólogo (exceto para novos táxons)

e de acordo com o modelo para material examinado (abaixo); qualquer material citado, mas

não examinado deve estar indicado com a abreviação ‗n.v.‘ após a sigla do respectivo

herbário. Novidades taxonômicas devem estar destacadas em negrito (e.g., sp. nov.), incluindo

Page 129: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

lectotipificações (e.g., lectótipo: ... aqui designado); táxons novos devem ter o tipo indicado

no mesmo parágrafo, seguido pela diagnose (em latim, no caso de plantas e fungos).

Em inventários regionais, as descrições taxonômicas não devem ultrapassar 12 linhas.

Para medidas, use espaço entre os numerais e as unidades, duplo hífen para indicar variações e

parênteses para indicar extremos raros, descontínuos ou não (então, com duplo hífen).

Exemplo: (1,1)2,7--4(--6) cm compr. (i.e., de 2,7 a 4 cm de comprimento, raramente 1,1 cm e

raramente até 6 cm).

O material examinado deve compor um parágrafo independente, sem tabulação. Siga o

modelo geral: PAÍS. ESTADO. Município: distrito, localidade,coordenadas, data, coletores e

número de coleta (sigla dos museus/herbários/instituições). As coletas deverão estar em ordem

alfabética de países; no mesmo país, por ordem alfabética de Estados; no mesmo Estado, por

ordem alfabética de Municípios; e no mesmo município, por ordem alfabética de localidade;

coletas na mesma localidade devem estar organizadas por data de coleta, em ordem crescente.

Mais coletas de um mesmo Estado devem estar separadas por ponto-e-vírgula; coletas de uma

mesma localidade devem estar indicadas por ―ib.‖. Estudos regionais não precisam repetir a

área de estudo no material examinado. Para animais, sugere-se a indicação de número de

espécimes e sexo, quando pertinente. As datas devem estar no formato dia mês ano; os meses

abreviados: jan., fev., mar., abr. maio, jun., jul., ago., set., out., nov. e dez.; materiais sem

datas indicados por ―s.d.‖. Os estádios reprodutivos, no caso de plantas, devem estar

abreviados (fl., fr., est. e bot.). Os coletores e o número deles devem estar em itálico. As

iniciais não devem ter espaço entre elas, porém devem estar separadas por espaço do

sobrenome; indique até dois coletores, então ligados por ‗&‘, e cite apenas o primeiro coletor

seguido de ‗et al.‘ para mais de dois coletores. Para indicação de coletas no texto e como

material de referência nas figuras, basta indicar o sobrenome do primeiro coletor e o número

de coleta (em itálico, sem iniciais, nem indicação de outros coletores). As siglas dos

museus/herbários/instituições (para herbários, consulte o Index Herbariorum:

<http://sweetgum.nybg.org/ih/>) devem estar em ordem alfabética. Coletas sem coletor (s.c.)

ou sem número de coletor (‗s.n.‘) devem incluir o número de registro do

museum/herbário/instituição, preferencialmente do original de distribuição do material.

Page 130: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

Exemplo para animais:

Material examinado – BRASIL. BAHIA: Senhor doBonfim, Serra da Maravilha (12º23'S &

40º12'W), 8 out. 2005, R. Vieira & C. Chagas, 1 parátipo macho (MZUEFS); ib., 24 jan. 2006,

R. Vieira & C. Chagas, 1 holótipo macho (MZUEFS), 1 parátipo macho (MZUEFS).

Exemplo para plantas:

Material examinado – BRASIL. BAHIA: Feira deSantana, Universidade Estadual de Feira

de Santana, 12º10'S, 38º60'W, 263 m, 9 set. 1986 (est.), L.R. Nobliks.n. (HUEFS 4376); ib.,

12º11'51,8''S, 38º58'16,3''W, 4maio 1997 (fl., fr.), A.M. Giulietti & L.P. Queiroz

2389(HUEFS, NY); Itatim, Morro do Agenor, 12º43'S, 39º42'W, 270 m, 31 mar. 1996 (bot.),

E. Melo et al.1549 (holótipo HUEFS, isótipos MBM, NY n.v., R,SPF). MINAS GERAIS:

Diamantina, estrada Diamantina – Biribiri, 1100 m, 15 out. 1984 (fl.), M.Meguro et al. CFCR

5528 (SPF). PARAÍBA: Campina Grande, São José da Mata, 7º46'S, 35º52'W, 500 m, 23 jun.

1995 (fl.), M.F. Agra 3370 (JPB).

Para floras locais, selecione até três coletas por espécie e, para floras estaduais, até

duas coletas por município; a lista completa de material examinado poderá ser publicada na

forma de apêndice eletrônico. Inclua material adicional apenas quando o material examinado

para a área de estudo for insuficiente para uma descrição completa do táxon. Indique todo

material examinado em uma lista de exsicatas no final trabalho, após as referências. Essa lista

deve incluir apenas o primeiro autor da coleta (em negrito), com suas iniciais após o

sobrenome, em ordem alfabética de coletores, com o número dos coletores em ordem

crescente, deixando as coletas sem número de coletor para o final; coletas sem coletor devem

aparecer no final da lista. As espécies devem estar indicadas conforme o número em que

aparecem no tratamento. Exemplo: Agra, M.F. 3370 (2.2); Giulietti, A.M. 2389 (2.2), 4322

(2.1); Meguro, M. CFCR 5528 (1.1); Melo, E. 1549 (2.2); Noblick, L.R. 36 (1.1), s.n.

HUEFS 4376 (2.2).

A submissão de inventários e tratamentos taxonômicos regionais extensos, com muitas

espécies, descrições detalhadas e material examinado completo, é encorajada. Nesses casos,

Page 131: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

no entanto, poderão ser consideradas duas versões do trabalho, uma completa, que será

publicada eletronicamente, e outra simplificada, com chaves de identificação, comentários

diagnósticos (caracterização morfológica, considerações taxonômicas, filogenéticas,

ecológicas e fenológicas, distribuição geográfica e grau de ameaça), ilustrações e lista de

exsicatas. Da mesma forma, o corpo editorial pode reservar o direito de restringir listas

extensas como as incluídas em inventários florísticos e estudos fitossociológicos a

suplementos eletrônicos.

As tabelas devem estar numeradas em algarismos arábicos e devidamente intituladas,

citadas seqüencialmente no texto (e.g., Tabela 1). Elas devem ser incluídas ao final do

manuscrito, uma tabela por página.

As figuras devem ter até 19 cm de largura e 23 cm de comprimento (incluindo legenda),

sendo citadas seqüencialmente no texto e indicadas nas legendas como ―Figuras‖; as legendas

devem ser adicionadas ao final do manuscrito. Apenas figuras de boa qualidade serão

publicadas. Após o trabalho ter sido aceito, as ilustrações a nanquim deverão ser enviadas em

puro preto e branco (1.200 dpi) e as fotografias (tons de cinza ou coloridas) em 300 dpi, ambas

no formato .tif; figuras geradas eletronicamente (cladogramas, por exemplo) deverão ser

enviadas em formato vetorial (e.g., .cdr, .eps). Pranchas compostas podem ter as figuras

numeradas seqüencialmente ou referidas com a utilização de letras maiúsculas (A, B, etc).

Números e lestras nas figuras devem estar na fonte Arial. As escalas devem ser indicadas

diretamente na figura. A publicação de pranchas coloridas como material suplementar é

encorajada, porém sua impressão deverá ser custeada pelos autores ou ficará condicionada à

decisão do corpo editorial.

Nas referências, os autores devem estar em negrito, as iniciais não devem estar

separadas por espaço e devem ser incluídas após o sobrenome, separadas dele por vírgula.

Para mais de um autor, o último deve ser precedido por ‗&‘, os demais separados por ponto-e-

vírgula. O título de livros, periódicos e teses deve ser completo, em itálico e com as iniciais

dos nomes maiúsculas; o volume (vol.), incluindo sua parte, e a paginação (p.) devem estar

sempre no final da referência (use duplo hífen entre páginas). Para livros, inclua editora e

cidade de publicação, nesta ordem e separados por vírgula; para capítulo de livros, os

coordenadores (coord. ou coords), editores (ed. ou eds) ou organizadores (org. ou orgs) devem

estar separados por vírgula (o último por ―&‖), com as iniciais precedendo o sobrenome, e

Page 132: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

sem negrito.

As referências devem estar listadas em ordem alfabética de acordo com o primeiro

autor; para um mesmo autor, devem ser inicialmente listadas as referências nas quais ele é

único autor, em ordem cronológica; depois, aquelas com dois autores, em ordem alfabética, as

de mesma autoria, em ordem cronológica, sendo aquelas do mesmo ano na ordem em que são

chamadas no texto; e, por último, as referências com mais de dois autores, que devem estar em

ordem cronológica, aquelas publicadas no mesmo ano, em ordem alfabética, utilizando letras

minúsculas para distingui-las no texto.

Exemplos:

Erwin, T.L. & Scott, J.C. 1980. Seasonal and sizepatterns, trophic structure, and richness of

Coleoptera in the tropical arboreal ecosystem: the fauna of the tree Luchea seemannii

Triana and Planch in the Canal Zone of Panama. TheColeopterists Bulletin 34: 305--322.

Fontella-Pereira, J. & Schwarz, E.A. 1981a.Estudosem Asclepiadaceae, XXIII. Novos

sinônimos e novas combinações. Boletim do Museu BotânicoMunicipal, Curitiba 46: 1--

10.

Fontella-Pereira, J. & Schwarz, E.A. 1981b.Contribuição ao estudo das Asclepiadaceae

brasileiras, XVI. Novos sinônimos e uma nova combinação. Bradea 3: 159--163.

Fontella-Pereira, J.; Valente, M.C. & Alencastro, F.M.M.R. 1971. Contribuição ao estudo

dasAsclepiadaceae brasileiras, V. Estudos taxonômico e anatômico de Oxypetalum banksii

Roem. et Schult. Rodriguésia 26: 261--281.

Fortunato, R.H. 1994 Revisión del géneroCollaea. In:Sociedad Latinoamericana de

Botánica, Libro deResúmenes del VI Congreso Latinoamericano de Botánica, Mar del

Plata, p. 252.

Hennig, W. 1981.Insect Phylogeny. John Wiley,Chichester.

Hull, D.L. 1974. Darwinism and historiography. In:T.F. Glick (ed.), The Comparative

Reception ofDarwinism. University of Texas, Austin, p. 388--402.

Polhill, R.M. & Raven, P.H. (eds). 1981.Advances inLegume Systematics. Royal Botanic

Gardens,Kew.

Page 133: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

Quate, L.W. 1965. A taxonomic study of PhilipinePsychodidae.Pacific Insects7: 815--902.

Silveira,L.T. 1991.RevisãoTaxonômica do GêneroPeriandra Mart. ex Benth. Dissertação de

Mestrado. Universidade Estadual de Campinas.

Thiers, B. 2010.Index Herbariorum: A GlobalDirectory of Public Herbaria and Associated

Staff. New York Botanical Garden's Virtual Herbarium.Disponível em

http://sweetgum.nybg.org/ih/; acesso em 25 mar. 2010.

Page 134: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

SYSTEMATIC BOTANY

CHECKLIST FOR PREPARATION OF MANUSCRIPTS AND ILLUSTRATIONS

August 2012

Check items (X = done; 0 = n.a.), rename file (e.g., Smith Checklist.doc),

and submit with manuscript

I. General Instructions

Membership in ASPT is required for at least one author from date of manuscript

submission through to publication. Not a member? Contact the ASPT Business Office to join

now ([email protected]).

Consult current issues for guidance on format.

Read Information for Authors on inside back cover of most recent issue or the web site.

Double-space throughout. Do not justify right margin. Either American or international

spelling is acceptable.

Use line numbering on initial submission to facilitate reviews of electronic manuscripts

(do not use on revised manuscripts submitted for final acceptance).

Font formatting in manuscript corresponds to that used in the journal (e.g., italics for

genus and species names; LARGE AND SMALL CAPITALS for primary headings and short

title on title page; Bold Italics for second level headings, etc.).

Do not italicize common Latin words or phrases (e.g., et al., i.e., sensu, etc.).

Include surname(s) of author(s) and page number as a header on all manuscript pages.

Assemble manuscript in this order: 1) Title page, 2) Abstract page, 3) Text, 4)

Literature Cited, 5) Tables, 6) Appendices, if any, 7) Figure legends. A tiff file for each figure

must be submitted separately, prepared following the instructions in section IX, below.

II. Title Page (Page 1)

Running head 6-8 lines below top of page, in all capital letters, no italics, and right

justified. Include author(s) surname(s), colon, and a short title (total characters including

spaces must not exceed 70).

Center title, in upper and lower case, bold. Omit authors of scientific names. Include

Page 135: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

family in parentheses unless the genus is the type for the family.

Below title, list all author names in bold upper and lower case in one centered

paragraph. Author names are followed by author addresses starting on next line.

Each address is a separate, centered paragraph. Addresses are written out in full

without abbreviation. Include country in address, including those in the U.S.A.

Use superscript numbers following author names and preceding addresses to associate

each author and the appropriate address. Commas between author names precede superscripts.

Example- John J. Jones,1,3

Amy A. Anderson,2 and Steve S. Staley

1. Superscript number(s)

following author(s) name(s) are also used to indicate any new addresses. New addresses are

numbered sequentially after all author primary addresses.

Author for correspondence may be designated using a superscript number. The

"Author for correspondence" follows on a new line following author addresses and should be

the final superscript number used. Include email address in parentheses.

III. Abstract Page (Page 2)

Abstract must be one paragraph and begins with the word "Abstract" followed by an

em-dash (—). For example, Abstract—Morphology and molecular data….

Do not cite references, taxonomic authorities, or use abbreviations in the abstract.

Be concise (usually not more than 200 words), but include brief statements about the

paper's intent, materials and methods, results, and findings.

Include all new taxonomic names and new combinations, in boldface.

Below abstract, as a separate paragraph, include up to six non-title keywords (or short

phrases such as ‗adaptive radiation‘) in alphabetical order, separated by commas, and with a

period following the final term.

This section should begin with ‗Keywords‘ in bold italics. The keywords themselves

should not be in bold. For example, Keywords—Adaptive radiation, chloroplast DNA, nuclear

nitrate reductase gene, phylogeography, Ulmus.

IV. Text (Page 3, etc.)

Cite each figure and table in the text. Organize text, as far as possible, so that they are

cited in numerical order. Use ―Figure‖ only to start a sentence; otherwise, ―Fig.‖ or ―Figs.‖

Page 136: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

Use these abbreviations without spelling out or punctuation: hr, min, sec, yr, mo, wk,

d, diam, m, cm, mm, µm; designate temperature as 30°C.

Write out other abbreviations first time used in the text; abbreviate thereafter.

―Transmission electron microscopy (TEM) was used....‖

Numbers: Write out one to nine unless a measurement or in taxonomic descriptions

(e.g., four samples, 3 mm, 35 sites, 6 yr). Use 1,000 instead of 1000; 0.13 instead of .13; %

instead of percent. Number ranges should be separated by an en-dash (–).

If three or more words are joined by a conjunction, use a comma after each word

except the last. Example - red, black, and white.

Each reference cited in the text must be listed in Literature Cited section, and vice

versa.

Literature citations in the text are as follows:

One author- Jones (1990) or (Jones 1990). No comma is used.

Two authors- Jones and Jackson (1990) or (Jones and Jackson 1990). No comma is

used.

Three or more authors- Jones et al. (1990) or (Jones et al. 1990). No comma is used.

Multiple references for same author- Jones (1990, 1994) or (Jones 1990, 1994).

Jones and Smith (in press) or (Jones and Smith, in press)

J. Jones (unpubl. data); J. Jones (in mss.); (J. Jones, pers. obs.); or J. Jones (pers.

comm.)

Ranges of page numbers should be separated by an en-dash (–).

Within parentheses, use a semicolon to separate different types of citation (Fig. 4;

Table 2) and (Felix and Smith 1988; Jones and Anderson 1989). Cite several references within

parentheses by year, with the oldest one first.

Main headings are large and small capital letters and centered on one line. The

following are typical main headings: MATERIALS AND METHODS, RESULTS,

DISCUSSION, TAXONOMIC TREATMENT (no Introduction, Conclusion, or

Summary sections). Summary or conclusions must be incorporated in discussion.

Second level headings are Bold Italics with normal indentation. Capitalize first letter

of each word. Headings are followed by an em-dash (—).

Third level headings are LARGE AND SMALL CAPITALS followed by an em-dash

Page 137: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

(—), with normal indentation.

Taxonomic authorities should be cited for all taxon names at generic rank and below at

their first usage in the text, or referenced in a table.

ACKNOWLEDGEMENTS follows discussion section. Style is same as third level

heading - the paragraph begins with ACKNOWLEDGEMENTS in large and small capitals

followed by an em-dash (—), indent first line.

V. Taxonomic Treatment

For nomenclatural matter (i.e., synonymy, typification) use one paragraph per

homotypic basionym (see recent Systematic Botany or Regnum Vegitabile 58:39-40.1968).

Heterotypic basionyms are in separate paragraphs.

New names and new combinations should be in bold (not italicized). All other names

of accepted taxa should be in large and small capitals (not italicized). Names of synonyms are

italicized in upper and lower case.

Use authors of plant names as posted on The International Plant Names Index website

(http://www.ipni.org/) for authors of botanical names. Authors should be given the first time a

name is mentioned, or alternately in a table where all relevant names are listed (e.g., table of

voucher specimens).

References cited only as part of nomenclatural matter and not elsewhere are not

included in literature cited; use TL-2 for abbreviations.

Use Index Herbariorum acronyms for designations of herbaria.

If specimens are cited, use the following forms:

TYPE: MEXICO. Nuevo León: 24 km S of San Roberto Jct., 26 Sep 1970,

Turner 6214 (holotype: TEX!; isotype: UC!).

Representative Specimens Examined. U.S.A.Michigan: Lapeer Co., along Flint River,

1.5 mi NE Columbiaville, 5 Jul 1955, Beal s.n. (NCSC). Ohio: Wood Co., just W

Scotch ridge, 7 Jun 1955, Beal1073 (US).

Each country begins a new paragraph.

Page 138: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

Descriptions of new taxa (species and below) should include the following: 1) an

illustration (line drawing) clearly showing the diagnostic characters, 2) a comparison with

related (or sympatric, or similar) taxa in a dichotomous key or table, and 3) a discussion of the

characteristics, ecology, geography, or reproductive biology, etc. that are the basis for its

distinctiveness.

Abbreviate subspecies as subsp.

VI. Literature Cited (Continue page numbering, include in same file as text. Not a

separate file.)

Verify all entries against original sources, especially journal titles, volume and page

numbers, accents, diacritical marks, and spelling in languages other than English. Capitalize

all nouns in German.

Cite references in strict alphabetical order by first author's surname. References by a

single author precede multiauthored works by same senior author, regardless of date. Of those

multiauthored works, 1) references with two authors precede all other multiauthored works

and are listed in alphabetical order, and 2) references with three or more authors are listed in

alphabetical order of authors, regardless of the number of authors involved.

List works by the same author(s) chronologically, beginning with earliest date of

publication.

Write out all authors' names, even if the first author is the same for succeeding

citations. "In press" citations must have been accepted for publication and the name of the

journal or publisher included.

Insert a period and space after each initial of an author's name.

Leave one space between the colon following the volume number and the page

number(s).

Write out journal titles in full using italics font. Do not use abbreviations.

Write author's names in upper and lower case. Citations should be in the format:

Authors.Year.Title.Pp. no.-no.inBook title, ed. Editor. City: Publisher.

Examples of various citations:

Kim, S.-C., D. J. Crawford, J. Francisco-Ortega, and A. Santos-Guerra. 1996. A common

Page 139: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

origin for woody Sonchus and five related genera in the Macaronesianislands: molecular

evidence for extensive radiation. Proceedings of the National Academy of Sciences USA 93:

7743-7748.

Specht, C. D. and D. W. Stevenson.In press.A new generic taxonomy for the monocot family

Costaceae (Zingiberales).Taxon.

Smith, C. F. 1998. A flora of the Santa Barbararegion, California. Ed. 2. Santa Barbara:

SantaBarbara Botanic Garden.

Nooteboom, H. P. 2003. Symplocaceae. Pp. 443–449 in The families and genera of vascular

plants vol. 6, ed. K. Kubitzki. Berlin: Springer Verlag.

Swofford, D. L. 1998. PAUP* Phylogenetic analysis using parsimony (*and other methods),

v. 4.0 beta 10. Sunderland: Sinauer Associates.

Bauml, J. A. 1979. A study of the genus Hymenocallis (Amaryllidaceae) in Mexico.M.S.

thesis. Ithaca,New York: Cornell University.

DO NOT USE TABS TO MAKE HANGING INDENTS. Use paragraph formatting

command.

VII. Tables and Appendices (Continue page numbering, include in manuscript file

following literature cited.)

Each table must start on a separate page, double-spaced.

Include tables in manuscript file, use page or section breaks and landscape layout as

necessary to fit the table on the page. Use legal-size paper if necessary to allow adequate

margins.

The title should be indented and begin with the word TABLE (large and small caps.)

and number (in Arabic) followed by a period.

Do not use footnotes; instead, add notes to the end of the table caption.

Do not use vertical lines in tables.

DO NOT use tabs or spaces to align columns. Use the table building and formatting

tools in your word processing package.

Lists of voucher specimens, GenBank numbers, character lists, and any material that is

long enough to disrupt the readability of the manuscript should be an appendix, not a table.

Page 140: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

VIII. Figure Legends (Continue page numbering, include in same file as

text. Not a separate file)

Double-space legends and group them according to figure arrangements. Quadruple

space between groups. Do not use a separate page for each group.

Type legends in paragraph form, starting with statement of inclusive numbers:

FIGS. 3-5.Seeds of orchids. 3. At germination. 4. 2 wk after germination. 5. Seedlings.

FIG. 6.Ipomopsis spicata subsp. robruthii. A. Habit. B. Flower.

IX. Preparation of Illustrations

Important: Illustrations are either black and whitehalf-tones (photographs), drawings,

or graphs. Authors must pay costs for color illustrations.

Prepare illustrations using professional standards. Lines should meet in sharp corners

without inappropriate gaps or irregularities, Latin plant names

should be italicized, letters and objects should be sharp and not evidently pixellated. Proofread

figures carefully. They are the most difficult part of the paper to revise on short notice, or in

proof. Printer will not edit or otherwise alter digital figure files in any way.

Final figures should be submitted as tiff files. Line art (e.g., cladograms, botanical

illustrations) must be at least 1200 pixels per inch (473 pixels per cm). Photographs (grayscale

or color) must be a minimum of 350 dpi (138 pixels per cm). Images with mixed line art and

grayscale must be at least 900 pixels per inch (354 pixels per cm). Be sure to check resolution

when the figure is printed at the appropriate size for the journal.

Two widths are possible for figures: a full-page width figure is 177 mm wide, and a

one-column width figure is 85 mm wide. Full page height is 240 mm (9.5 inches), but allow

space for the caption if possible.

Files must be rasterized or scanned at the full resolution. Rasterizing at a low

resolution and later re-saving at a higher resolution will NOT improve the image quality. If

you are scanning a paper illustration, make sure the hardcopy is sharp and clear, and both it

and the scanning glass are clean. Dust removal/image editing is the author's responsibility.

Page 141: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

Color graphics must be CMYK mode (not RGB). For color graphics, the printer

requires a hardcopy printout of the digital image that must match the digital file and show the

colors as you want them to appear—submit this hardcopy with the digital images and the final

manuscript.

Illustrations of highly magnified areas require a scale bar; a numerical magnification

may also be included in the caption. Be sure to calculate magnification accordingly if

reproduction is not at 100%.

Include a scale and references to latitude and longitude on each map.

Group several drawings to form a plate of drawings, in the same order as discussed in

the text. If several photos are included, group them into one or more plates.

Be sure to save black and white images as grayscale or bitmap, not color (images saved

as color take up much more memory).

Do not save layers! (in Photoshop, choose "FlattenImage" from the Layer menu).

Crop the image so the image extends from edge to edge - there should be no blank white

margins.

Save as a tiff file using LZW compression (an option in Photoshop). (Do not use jpeg,

which degrades images - line art is especially badly degraded in jpegs).

If you follow these recommendations, most illustrations will be small enough to email.

Consult with editor if uncertain whether image file will be acceptable.

X. Data

All sequences used as data must be deposited in one of the international nucleotide

sequence databases, preferably GenBank. Post-review final manuscript will not be accepted

until sequence database accession numbers are included. Newly reported sequences must be

documented by an herbarium specimen. Previously published sequences may cite the voucher

or a literature reference where voucher information is given.

All data sets for phylogenetic analyses must be submitted to TreeBASE (

http://www.treeBASE.org). A TreeBASE accession number (study number alone is

acceptable) should be cited in the Materials and Methods section in the final version of the

manuscript. For manuscript review, either submit the data file together with the manuscript (if

data not yet in TreeBASE) or provide the name and P.I.N. of the author who submitted the

Page 142: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

data to TreeBASE. Referees will need this information to gain access to the submitted data

sets.

Italicize the full name of a gene, e.g., rbcL, matK.

Representative photographic figures should be provided to document interpretations of

isozymes/allozymes.

In addition to character state distributions, consistency index, and retention index

(where appropriate), some measure of support for clades (e.g., bootstrap values, decay indices

["Bremer support"], jackknife, etc.) must be provided for phylogenetic analyses.

Indicate in Materials and Methods the percentage of data matrix cells scored as missing data.

When the data matrix is not part of the manuscript the data file or TreeBASE access

information must be provided with submitted manuscript for use by reviewers.

Voucher specimens should be cited in an appendix to document sources of

morphological and molecular data. Vouchers are herbarium specimens, not living plant

accession numbers from botanical gardens or DNA tube numbers, etc.

Additional analyses or bulky non-cladistic data sets can be placed on the ASPT website

as online supplemental material. Online posting should be used sparingly, and data and

analyses essential to the conclusions in the paper should appear in the published manuscript

unless the length is prohibitive. Online supplemental material should not duplicate materials

available on TreeBASE, GenBank, or other online sources.

Materials for online posting should usually be pdf files. Data sets may be in Excel

format, or formatted for an appropriate analytical program. Keep files under 1 MB if possible.

XI. Commentaries

Contributions to the Commentary Section may be submitted that discuss recent articles

or current topics in systematics. These should be no more than five printed pages. In general,

the format for longer articles should be followed.

An attempt will be made to solicit a ―Counterpoint‖ view to be published

immediately following the commentary to facilitate more timely discussion on topics of

particular interest. The commentary author will receive the counterpoint text before final

manuscript is submitted.

XII. What and Where to Submit

Page 143: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

Before submission, have all coauthors read the manuscript critically.

Papers longer than 50 printed pages should be sent to Editor-in-Chief of Systematic

Botany Monographs.

Initial Submission

Microsoft Word format is preferred; contact the Editor in Chief if you are unable to

submit in Word format. Ensure that all files are free of hidden comments or tracked changes.

For review copy, keep file sizes down by using jpeg format and reduced pixel density

for figures (keep good quality figure files for later submission of final revised manuscript). If

possible, keep files under 3 MB.

File name must include the surname of the first author and date of submission (e.g.,

Clark20Nov02.doc)

Cover letter. This should include any special instructions, any address change during

the next several months, and phone and fax number and email address for the corresponding

author. Names, addresses, and email addresses of possible objective reviewers should also

be included.

Submit cover letter, manuscript file, data file(s), tables, figures, and completed

checklist (download file, complete, and save- file name: ―surname checklist.doc‖) to the

Systematic Botany Editorial

Manager website (see below).

The author will receive an email message acknowledging receipt of the new

submission. The manuscript will be forwarded to an Associate Editor for review.

Revised Manuscript

Final revised manuscript is submitted to the Systematic Botany Editorial Manager

website.

File name takes the form: ―Clark MS02-80 Final.doc‖ [the manuscript number is

assigned when a new manuscript is received]. The final version must be submitted as a word

processing file. Do not send PDF files.

Proofread figures carefully. They are the most difficult part of the paper to revise on

Page 144: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço

short notice, or in proof. Editors and publisher cannot edit figures - author must provide

revised files. The full cost of illustration changes in proof will be billed to the author.

Please remember to remove line numbering, remove figures from manuscript file,

include final TreeBASE study number, and update information for "in press" citations.

Final revised manuscripts requiring significant editing by the Managing Editor to

conform to Syst. Bot. style will be returned to authors causing significant delay in

publication.

Proofs and reprint order forms are sent to authors via email attachment as PDF files.

Authors send corrected proof to Managing Editor and reprint orders to printer. Authors

should make only necessary changes in proof. There is a mandatory charge for more than five

changes made in proof.

Cover Illustrations

Authors of accepted manuscripts may submit illustrations relevant to their manuscript

to be considered for the cover as digital files directly to the Managing Editor for consideration.

Cover illustrations should be square, a minimum of 750 x 750 pixels (8-bit color in CMYK or

8-bit grayscale for black and white photographs) or 2250 x 2250 pixels (black and white line

drawings). The name of the species, family, manuscript author names, and manuscript number

should be included with the file. Permission of copyright holders is required for any files

submitted.

Submit manuscripts to http://www.editorialmanager.com/sysbot/. Ifthis will be your first

submission of a manuscript to the Systematic Botany Editorial Manager website, you must

first register by clicking "register now" and following the instructions.

Note: All manuscript submissions (electronic, paper) are promptly acknowledged via email. If

you do not receive an acknowledgement you should inquire to be sure it was received!

Questions? Contact the Editorial Office: [email protected]

Page 145: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS ...€¦ · a Chapada Diamantina (Bahia) e encontra-se inserida em área prioritária para a conservação da Cadeia do Espinhaço