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Departamento de Geologia da FCUL
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Conferência
O impacto do As, Hg, F, Se e I na saúdehumana e ambienteEduardo Anselmo Ferreira da SilvaUniversidade de Aveiro
30 de Abril, 17h00, sala 6.2.52GeoFCUL. Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Cidade Universitária.
O impacto do As, Hg, F, Se e I na saúde humana e ambiente
Eduardo Anselmo Ferreira da Silva*Professor Catedrático da Universidade de Aveiro.
A relação entre Geologia e Medicina é antiga. Hipócrates, por exemplo, já descrevia a intoxicação em mineiros por chumbo, por volta
de 375 A.C. Georgius Agrícola, no último capítulo do seu livro "De Re Metallica", descreveu algumas doenças entre mineiros, no século XVI.
Apesar dessa ligação, a denominação de Geologia Médica foi criada recentemente. A Geologia Médica estuda a relação entre metais
pesados tóxicos e seu impacto no ambiente e na saúde humana. De acordo com o Dr. Olle Selinus, no seu artigo sobre Geologia Médica, esta
disciplina estuda a influência de factores geológicos ambientais sobre a saúde humana e dos animais.
Mundialmente, a Geologia Médica tem vindo a conquistar um lugar de destaque já que deixou de ser uma especialidade exclusiva da
Geoquímica ou das Geociências, passando a ser um domínio de pesquisa interdisciplinar no qual actuam geólogos, biólogos, médicos,
toxicologistas, epidemiologistas, profissionais de saúde entre outros.
Esta disciplina estuda, por exemplo, a exposição excessiva ou a deficiência de elementos e minerais; a inalação de poeiras minerais
provenientes de emissões vulcânicas; o transporte, as modificações e a concentração de compostos orgânicos; a exposição a micróbios,
entre outras complicações na saúde relacionadas às condições geológicas.
Deficiências, excessos ou desequilíbrios na concentração desses elementos na dieta podem causar sérias consequências na saúde
humana e animal e aumentar a sensibilidade a doenças. Exemplos de contaminação humana gerada por factores ambientais podem ser
encontrados em praticamente todo o mundo, desde a China até à Argentina, passando pela Europa e Estados Unidos.
São clássicas as conexões conhecidas há muito tempo entre a saúde e deficiência ou excesso de elementos como I, F, Se e As. Solos e
águas deficitárias em iodo são responsáveis pelo aumento da tiróide em milhões de pessoas em países do terceiro mundo. Na China, milhões
de pessoas sofrem de fluorose dental devido a excesso de flúor nas águas consumidas. Dependendo do nível de intoxicação, pode ocasionar,
ainda, a deformação de ossos (osteofluorose) e o envelhecimento precoce. Deficiências de Se em solo têm correlação positiva com
incidência de miocardite. O consumo de água com excesso de As desenvolve feridas generalizadas e fenómenos de carcinogénese.
Conhecendo melhor como ocorre a distribuição espacial dos problemas de saúde provocados por factores geológicos, a Geologia
Médica pode actuar de forma não apenas correctiva, mas também preventiva. Identificada uma área que contém um elemento natural
potencialmente nocivo à saúde, é possível adoptar acções para a correcção do problema ou mesmo evitar que ele venha a ter impacto na
saúde humana e nos animais.
Silva, A.F. da (2008) O impacto do As, Hg, F, Se e I na saúde humana e ambiente, in Mateus, A. (Coord.), Terra e Saúde: Construir um ambiente mais seguro. Departamento de Geologia FCUL, Lisboa, pp. 3-4. Acessível em http://geologia.fc.ul.pt/documents/87.pdf, consultado em [data da consulta].
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Perímetros de protecção de captações de água subterrânea destinadas ao abastecimento público
João Lopo Mendonça*Hidrogeólogo, colaborador do Centro de Geologia da Universidade de Lisboa.
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Como consequência dos modelos de desenvolvimento das sociedades contemporâneas
são cada vez mais perceptíveis a alteração dos regimes hidrológicos, a contaminação das águas
subterrâneas e a necessidade de definir estratégias de protecção dos recursos hídricos. Esta
protecção, encarada na perspectiva preventiva, no caso dos aquíferos e das captações para
abastecimentos públicos, engloba a delimitação de perímetros de protecção.
No âmbito da União Europeia, a Directiva Quadro da Água (200/60/CE) responsabiliza os
estados membros pelo estado quantitativo e qualitativo dos seus recursos hídricos, exigindo a
identificação e a protecção das massas de água destinadas à captação de água para consumo
humano.
Em Portugal, os Decretos-Lei 84/90, 86/90 e 90/90 estabelecem os princípios orientadores para
a delimitação dos perímetros de protecção das águas de nascente e das águas minerais. O
Decreto-Lei nº 382/99 define as normas e os critérios para a delimitação de “perímetros de
protecção de captações de águas subterrâneas destinadas ao abastecimento público”. De acordo
com este diploma, o perímetro de protecção é a área contígua à captação na qual se interditam ou
condicionam as instalações e as actividades susceptíveis de poluírem as águas subterrâneas.
Segundo a legislação nacional referida, os perímetros devem ser fundamentados em estudo
hidrogeológico e podem englobar três zonas de protecção: imediata, intermédia e alargada.
A delimitação do perímetro de protecção deverá fundamentar-se em estudo tão completo
quanto possível (elaborado na perspectiva adequada) que englobe, entre outros, os aspectos
essenciais do ambiente, da hidrometeorologia, da geomorfologia, da pedologia, da geologia, da
hidrologia de superfície e subterrânea, da hidroquímica e da hidrobiologia.
O estudo deve ser orientado de modo a poderem ser avaliados: (1) a vulnerabilidade à
poluição das formações hidrogeológicas; (2) o risco de poluição; (3) o poder depurador da
cobertura e do aquífero; (4) o rebaixamento e as zonas de influência e de chamada da captação;
(5) as fronteiras dos escoamentos e dos sistemas hidrogeológicos; e (6) o tempo de propagação ou
de trânsito das poluições.
Os métodos que permitem delimitar os perímetros de protecção são diversos; a sua escolha
dependerá do tipo de aquífero e do critério delimitador. O método a aplicar e o grau de
quantificação dependem da informação disponível: em extremos opostos, a utilização de
distâncias arbitrárias (que não consideram a fenomenologia do escoamento e do transporte de
massa) e os modelos numéricos. Consideram-se como técnicas de apoio e complementares, o
cálculo do poder autodepurador dos terrenos, os estudos com traçadores e as datações com trítio e
com CFCs.
Bibliografia
Mendonça, J.L. (2006) - Delimitação de perímetros de protecção de furos de captação de
água subterrânea pelo método de rastreio de partículas associado a modelos de fluxo em
diferenças finitas. Recursos Hídricos, 27(1): 33-42.
Mendonça, J.L. (2008) Perímetros de protecção de captações de água subterrânea destinadas ao
abastecimento público, in Mateus, A. (Coord.), Terra e Saúde: Construir um ambiente mais seguro. Departamento de Geologia FCUL, Lisboa, pp. 5-6. Acessível em http://geologia.fc.ul.pt/documents/87.pdf, consultado em [data da consulta].
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Drenagem ácida de minas
Mário Abel Gonçalves*Professor Auxiliar do GeoFCUL.
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É difícil, para não dizer impossível, imaginar a sociedade actual sem a exploração de recursos
minerais metálicos, fonte essencial para o fabrico da miríade de materiais e componentes dos mais
diversos instrumentos, máquinas e simples utensílios usados em prol do conforto do nosso dia-a-dia.
Contudo, o usufruto destes bens tem um preço que não é desprezável e que se traduz em impactos
ambientais mais ou menos extensos. A consciência crescente desta realidade conduz
inevitavelmente à ideia da exploração sustentada dos recursos naturais, minimizando os impactos
directos no ambiente durante o processo extractivo, mas também à recuperação de áreas mineiras
abandonadas ou findo o período de extracção das actualmente no activo.
A exploração dos recursos naturais, nomeadamente os metálicos, tem como principal
consequência a colocação à superfície de massas significativas de materiais resultantes dessa
exploração sob a forma de escombreiras. As escombreiras de minas são acumulações de materiais
rochosos soltos e rejeitados que foram sujeitos a processos de trituração e separação. Estes materiais,
e em especial certas fases minerais outrora em equilíbrio com o meio em que se encontravam
inseridas, ao contactarem a atmosfera oxidante do Planeta e sujeitos à percolação de águas
pluviais, possuem duas características fundamentais que elevam notoriamente a sua degradação
química e reactividade em geral: permeabilidade e área superficial elevadas.
A causa principal da drenagem ácida de minas são os mecanismos de oxidação dos
sulfuretos presentes nas escombreiras, mesmo que em concentrações bem menores que as da
massa mineral explorada, ou noutras massas rochosas que contenham sulfuretos, tais como níveis
de lenhito e carvão. Do conjunto de sulfuretos comuns, é a pirite (FeS ) cuja oxidação e dissolução 2
constitui a principal fonte de acidez das águas de escorrência das escombreiras, as quais atingem
facilmente valores de pH inferiores a 2.
O processo de oxidação da pirite tem como principais agentes oxidantes o oxigénio 3+molecular e o ferro férrico (Fe ), segundo as reacções químicas seguintes:
2+ 2- +FeS + 7/2 O + H O à Fe + 2 SO + 2 H2 2 2 43+ 2+ 2- +FeS + 14 Fe + 8 H O à 15 Fe + 2 SO + 16 H .2 2 4
Dependendo do mecanismo seguido, a acidez gerada é consideravelmente diferente (um
factor de 8). Enquanto que em meio subaéreo não há limite quanto ao fornecimento de oxigénio, o 3+ 2+
mesmo não se passa com o Fe , já que a cinética de oxidação abiótica do ferro ferroso (Fe ) é
relativamente baixa sob várias condições. No entanto, a presença de bactérias quimio-autotróficas
nestes ambientes (como Acidithiobacilus ferrooxidans e Leptospirilum ferrooxidans) altera este
cenário de forma determinante. Estas bactérias retiram energia dos processos de oxidação do
enxofre e do ferro, com a consequente geração de acidez e de sulfato. Sendo um processo
catalítico, as bactérias constituem a chave que fecha o ciclo da segunda reacção de oxidação da 2+ 3+
pirite: o Fe produzido é regenerado para Fe , gerando assim um ciclo autocatalítico.
A actividade bacteriana pode gerar algo como 10% de ácido sulfúrico, a que corresponde
um pH de aproximadamente zero, e casos há em que se registaram valores de pH negativos. Sob tais
condições ácidas, os metais constituintes dos minerais entram muito facilmente em solução,
levando às elevadas concentrações existentes nestas águas. A outra espécie química importante 3+
nos sistemas de drenagem ácida é o próprio Fe , o qual, apesar de bastante insolúvel, acaba por se
manter em solução em concentrações elevadas sob a forma coloidal, dando a característica cor
vermelho escuro às águas de drenagem ácida.
Existem processos mitigadores de drenagem ácida que passam fundamentalmente pela
neutralização das águas ácidas e indução da precipitação de fases minerais estáveis que
incorporem os metais em solução. De entre os métodos disponíveis inclui-se a introdução de
carbonatos ou a construção de zonas pantanosas ricas em matéria orgânica (wetlands). Contudo
existem áreas mineiras cujos métodos de remediação disponíveis não trazem soluções sequer
viáveis, acabando por se manter como zonas circunscritas sujeitas a monitorização contínua. Esta
realidade serve para nos fazer recordar que mesmo na possibilidade de implementar soluções
viáveis, a mineração sustentada é um aspecto fulcral na extracção de recursos minerais dos tempos
actuais.
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Arsénio: um contaminante natural
Maria do Rosário Carvalho*Professora Auxiliar do GeoFCUL.
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O arsénio é uma das substâncias mais tóxicas. Os seus efeitos, por ingestão ou inalação, vão
desde a toxicidade aguda a crónica e incluem cancro. A toxidade do As depende muito da sua
forma química e do seu estado de oxidação (valência de -3, 0, +3 e +5).
Elemento amplamente distribuído na crosta terrestre, o As ocorre em concentrações vestigiais
em rochas, solos, água e ar. Sob determinadas condições ambientais, é facilmente removido e
acumulado pelas águas, em concentrações nocivas para os seres vivos. O caso mais dramático é
conhecido no Bangladesh onde o envenenamento acidental, por consumo de água subterrânea
contaminada com As, atingiu cerca de 125 milhões de habitantes.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que a concentração máxima de As na
água para consumo humano deve ser de 50 mg/l. Portugal, como membro da União Europeia
(directiva 67/548/EEC), e através do decreto-lei n.º 306/2007 de 27 de Agosto, regula o valor de
referência para o As de apenas 10 mg/l, considerando que este valor salvaguarda a saúde pública
das populações. Nos Estados Unidos da América, alguns estados baixaram o valor permitido para
5mg/l de As, limite difícil de adoptar em muitas regiões do mundo.
A contaminação por As resulta da actividade geológica natural e da actividade humana. As
fontes naturais abrangem minerais e rochas que contêm As, fenómenos vulcânicos e actividade
hidrotermal. As fontes de contaminação antropogénicas incluem actividades relacionadas com a
exploração de jazigos minerais, preservação da madeira, aplicação de pesticidas na agricultura e
queima de carvão natural. O mineral de arsénio mais comum é a arsenopirite (FeAsS) e encontra-se
em muitos tipos de depósitos minerais, nomeadamente em depósitos de sulfuretos associados a
mineralizações de ouro. Os fenómenos vulcânicos libertam As volátil que é incorporado nas águas,
subterrâneas e superficiais e emitido para a atmosfera. Nos sistemas hidrotermais, nomeadamente
nos de alta entalpia, o As é um componente importante durante os processos de interacção água-
rocha devido à sua remoção sob condições de temperatura elevada.
A mobilidade do As na água é fortemente condicionada pelo: pH da água; reacções de
oxidação-redução; formação de complexos solúveis; reacções de adsorção-desadsorção;
processos de dissolução-precipitação de fases secundárias. O As é móvel em águas redutoras 0 -
como As(III), formando as espécies aquosas H AsO e AsS(OH)(HS) em águas sulfúreas (ricas em H S). 3 3 2
Em águas oxidantes o As apresenta-se com estado de oxidação As(V), sob as formas aquosas - 2-H AsO e HAsO em pH ácido e básico, respectivamente. Os processos de adsorção-desadsorção 2 4 4
e de co-pecipitação do As ainda não estão bem compreendidos, mas conhece-se grande
afinidade deste elemento com óxidos e hidróxidos, carbonatos e argilas. A concentração em As é
controlada pela solubilidade de sulfuretos, em ambiente redutor, e pela solubilidade dos óxidos e
hidróxidos de ferro e manganês, em ambiente oxidante.
Em Portugal, encontram-se águas superficiais e subterrâneas com concentrações em As
superiores ao valor legislado quer em regiões onde ocorrem mineralizações auríferas e de sulfuretos,
quer nos sistemas hidrotermais de alta temperatura no Arquipélago dos Açores. No primeiro caso, os
processos de oxidação de sulfuretos e de desadsorção de óxidos e hidróxidos de ferro são
apontados como os principais responsáveis por elevadas concentrações de As nas águas, algumas
das quais captadas para consumo humano. Nos sistemas hidrotermais associados aos vulcões
activos dos Açores as concentrações em As são elevadas, como resultado da dissolução de rochas
vulcânicas a alta temperatura, contribuição de As volátil de origem vulcânica e ocorrência de
ambientes redutores, devido à dissolução de H S gasoso. 2
Carvalho, M.R. (2008) Arsénio: um contaminante natural, in Mateus, A. (Coord.), Terra e Saúde: Construir um ambiente mais seguro. Departamento de Geologia FCUL, Lisboa, pp. 5-6. Acessível em http://geologia.fc.ul.pt/documents/87.pdf, consultado em [data da consulta].
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Poluição química em aterros sanitários
Jorge Figueiras*Professor Auxiliar do GeoFCUL.
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A procura do bem-estar é uma constante da vida humana cuja expressão depende de modo
crítico não só dos valores culturais de cada época e nação, como também das capacidades
científicas e tecnológicas à disposição do homem em cada momento histórico.
A actual constelação cultura-ciência-tecnologia põe à nossa disposição uma panóplia de
aparelhos, utensílios e produtos, absolutamente inimagináveis há 200 anos atrás, cuja utilização
acaba por subtrair a nossa vida à maioria dos constrangimentos ecológicos da biosfera e nos fazem
viver confortavelmente de modo quase independente das condições exteriores. Esses aparelhos,
utensílios e produtos são constituídos geralmente por materiais inexistentes na natureza, muitas vezes
com composições químicas totalmente anómalas quando comparadas com os materiais naturais
constituintes das rochas ou dos solos. Como é fácil de entender, a generalidade desses materiais
está em desequilíbrio químico com o ambiente e, se abandonados após o seu período normal de
utilização, degradam-se com relativa rapidez, espalhando-se os seus componentes sob a forma de
espécies químicas (moleculares ou iónicas) muitas vezes dotadas de toxicidade elevada para
sectores mais ou menos vastos da biosfera. A constatação destes factos tem levado nas últimas
décadas a uma grande atenção às fases de fim de vida dos objectos e produtos manufacturados,
centrando-se em três linhas principais de actuação:
z reciclagem, com reutilização dos materiais constituintes de objectos manufacturados em
desuso; z inertização química por vários métodos (confinamento com materiais refractários e inertes
para certos objectos e produtos metálicos ou oxidação extrema por combustão para o caso de
moléculas orgânicas tóxicas); e z abandono controlado em instalações seladas ou semi-seladas
(aterros sanitários ou aterros industriais).
Os aterros sanitários são instalações para deposição permanente de objectos para os quais
não há qualquer uso nem possibilidade de reutilização ou reciclagem. Em geral, os aterros sanitários
recolhem o vulgar lixo doméstico e os “rejeitados” de indústrias cuja natureza é mais ou menos
semelhante à do lixo doméstico ou, não o sendo, inclui exclusivamente materiais (vulgarmente
conhecidos por resíduos industriais não perigosos) cuja natureza faça pressupôr um risco
relativamente baixo em caso de dispersão no ambiente. Conceptualmente, um aterro sanitário é
uma área destinada à recolha dos materiais referidos, cuja superfície de deposição é constituída por
um revestimento complexo cuja função é impedir qualquer passagem dos materiais depositados
(ou dos seus produtos de alteração) para as formações geológicas subjacentes. A instalação é
construída de tal modo que as águas pluviais caídas sobre os materiais depositados são
integralmente recolhidas e tratadas antes de transmitidas à rede fluvial natural, o mesmo
acontecendo a todas as substâncias líquidas resultantes das inúmeras reacções químicas que têm
lugar na pilha de materiais acumulados. No fim da vida útil do aterro, estes materiais são cobertos por
um revestimento destinado a impedir o seu contacto com o ambiente (atmosfera e biosfera),
ficando em princípio totalmente confinados entre duas superfícies impermeáveis. Verifica-se, pois,
que a eficácia do aterro como barreira contra a dispersão ambiental dos materiais nele depositados
depende criticamente da estanquicidade dos revestimentos inferior e superior. A experiência com
aterros sanitários já construídos tem mostrado que, por várias razões inultrapassáveis, esta
estanquicidade nunca é total e que os aterros sanitários são sempre uma fonte de dispersão de
substâncias químicas indesejáveis. Um aterro bem construído é, pois, não aquele que impede a
dispersão dos materiais, mas o que a permite a taxas tais que dificilmente permitirá atingir
concentrações prejudiciais das espécies químicas nocivas.
Num aterro sanitário em que as operações são conduzidas com cuidado, a exportação de
materiais para o exterior é sempre feita através de águas (pluviais ou não) que escapam do aterro
(geralmente pelo revestimento de fundo) sem qualquer tratamento. Para além de uma falange
relativamente diversa de moléculas orgânicas, onde se destacam os ácidos orgânicos de cadeia
curta, a generalidade dos materiais exportados são espécies iónicas em solução, quer aniónicas,
muitas vezes halogenetos, quer catiónicas, assumindo aqui importância primordial os metais de
transição e os chamados metais pesados, por poderem atingir facilmente concentrações ordens de
grandeza acima dos fundos naturais.
Os fundos naturais em metais de transição são geralmente muito baixos, não só porque a
generalidade desses metais ocorre nas rochas como elementos-traço, mas também porque a sua
solubilidade é baixa em condições ambientais. As elevadíssimas concentrações atingíveis em torno
de aterros sanitários devem-se a que esses metais se encontram acumulados no aterro e ao facto de
que a acidez gerada pela decomposição da matéria orgânica aumenta muito a respectiva
solubilidade. Esta circunstância indica já um primeiro método de mitigação da exportação de
metais do aterro para o ambiente: deposição separada de detritos orgânicos e inorgânicos. A via
aquática seguida na exportação de materiais para o exterior do aterro significa que os metais
geralmente não poluem directamente os solos. As concentrações mais elevadas são encontradas
nas águas subterrâneas, o que pode tornar vastas reservas de água inutilizáveis durante períodos
mais ou menos longos, nas linhas de água directamente alimentadas por essas águas subterrâneas
ou por águas superficiais que eventualmente emanem dos aterros, e nos sedimentos depositados
por essas linhas de água. A experiência que se vai acumulando mostra que a dispersão de metais à
volta de aterros sanitários é um processo bastante mais lento do que seria de esperar, porque os
metais em vez de permanecerem em solução (e portanto de se moverem à velocidade de
circulação das águas superficiais e subterrâneas), tendem a fixar-se no substrato sólido em contacto
com a água. A diminuição de solubilidade dos metais deve-se em grande parte ao facto de as
soluções criadas dentro do aterro readquirirem parâmetros físico-químicos (temperatura, pH,
potencial redox) semelhantes aos ambientais após mistura com as águas ambientes. No entanto,
mesmo assim, as concentrações em metais muito raramente são suficientes para provocar a
precipitação directa de minerais portadores desses metais. O que em vez disso acontece, é que
muitos dos metais em solução apresentam grande afinidade química com as superfícies dos
filossilicatos, geralmente minerais das argilas, micas ou clorites omnipresentes em ambientes
geológicos superficiais, e com a matéria orgânica de alto peso molecular (ácidos húmicos e
fúlvicos) igualmente omnipresentes em ambientes superficiais. Tal afinidade manifesta-se por estes
catiões se alojarem em configurações atómicas superficiais electricamente carregadas existentes
nos bordos dos cristais de filossilicatos ou por sequestração desses mesmos catiões nos abundantes
e variados sítios funcionais da matéria orgânica de alto peso molecular. O resultado global é uma
adsorção generalizada dos metais no substrato que cria um halo quimicamente anómalo, que
actua como filtro ou válvula de controlo na taxa de exportação dos metais para regiões longínquas.
Os níveis de adsorção são variáveis com a temperatura, o pH, o potencial redox, e a composição
mineralógica e orgânica do substrato. Por isso, é evidente que o conhecimento detalhado destes
processos é crucial na previsão e controle dos riscos ambientais associados a instalações existentes
ou futuras. E esse conhecimento necessita de equipas de profissionais que reúnam competências
em mineralogia estrutural, geoquímica ambiental, cinética e termodinâmica químicas, e
estereoquímica.
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Geologia na FCUL: Síntese informativa
Na FCUL, as actividades de investigação, formação (graduada e pós-graduada) e de prestação de serviços na Área Científica de Geologia têm longa tradição, sendo há muito reconhecidas a nível nacional e internacional. O percurso empreendido desde a fundação da FCUL permitiu, não só firmar e desenvolver competências em diferentes áreas do Saber, como ainda conquistar espaços próprios de mercado que possibilitam níveis relativamente elevados de recrutamento e de colocação dos seus graduados.
Como resultado deste percurso, a experiência acumulada e transmitida, bem como o espólio documental e instrumental obtido, é digno de apreço. São, pois, muito numerosos os exemplos de projectos de investigação financiados a nível nacional e internacional em diferentes áreas do conhecimento, bem como as prestações de serviço a um largo espectro de empresas (públicas e privadas) trabalhando em diversos sectores da actividade económica.
São também dignas de menção as diversas cooperações nacionais e internacionais estabelecidas com instituições académicas e de investigação que se reflectem fundamentalmente em propostas comuns de projectos de investigação, mas que se pretende que venham a assumir no futuro próximo papel dinamizador de processos de mobilidade educativa. São, igualmente, longas as listas de publicações e de outras contribuições para o avanço do conhecimento científico e tecnológico, contando com a participação de diversas gerações de docentes / investigadores.
Destacam-se ainda as largas dezenas de teses de mestrado e doutoramento na Área Científica de Geologia, para além de muitas centenas de relatórios de estágio.
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Departamento de
GEOLOGIA
GeoFCUL©2008
Departamento de
GEOLOGIA
GeoFCUL©2008
Formação
Graduada (1º Ciclo)
A Licenciatura em Geologia (Ramos Geologia e Recursos Minerais e Geologia Aplicada e do Ambiente) em vigor estrutura-se em quatro anos (240 créditos) e tem como objectivo primordial o desenvolvimento das competências necessárias ao desempenho qualificado e versátil da profissão de geólogo em diferentes domínios de actividade. Inscreve-se, por isso, nas formações de Ensino Superior de nível 5 (ISCED), habilitando ao exercício da profissão de geólogo.
No que diz respeito às questões relacionadas com “Terra e Saúde”, a Licenciatura em Geologia não integra qualquer unidade curricular específica, mas o conhecimento base necessário a muitas intervenções neste domínio é tratado com diferentes níveis de profundidade em diversas disciplinas (e.g. Geoquímica, Hidrogeologia, Exploração e Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos, Computação Aplicada à Geologia, Ciclos Geoquímicos e Sistemas Terrestres e Desenvolvimento Sustentável).
Departamento de
GEOLOGIA
Formação
Pós-Graduada
Curso Pós-Graduado de Especialização em Geologia Aplicada
Criado em 2005, este curso tem duração de 1 ano (60 créditos) e visa o desenvolvimento de competências, métodos e técnicas específicas em áreas concretas de aplicação do conhecimento geológico e em contexto real de trabalho. Procura, igualmente, reforçar e exercitar a capacidade de aprendizagem autónoma, possibilitando também a integração em equipas multidisciplinares que perseguem objectivos comuns.
A estrutura curricular afecta ao Curso representa uma oportunidade de treino e de inserção em contextos reais de trabalho, fortalecendo a interacção entre as actividades de ensino e de investigação universitárias e o tecido institucional científico-tecnológico, industrial e empresarial do País.
GeoFCUL©2008
Departamento de
GEOLOGIA
GeoFCUL©2008
Formação
Pós-Graduada
Programa de Mestrado em Geologia do Ambiente, Riscos Geológicos e Ordenamento do Território (2º ciclo)
Este programa representa a evolução lógica da especialidade em Ambiente, Riscos Naturais e Ordenamento do Território afecta ao Programa de Mestrado em Geologia que, por sua vez, expandiu parte da formação oferecida no extinto Mestrado em Geologia Económica e Aplicada. Incorpora ainda a iniciativa concretizada em 2005/06 e 2006/07 através da oferta do Curso Pós-Graduado de Actualização em Sistemas de Informação Geográfica Aplicados às Ciências da Terra.
O Programa de Mestrado em Geologia do Ambiente, Riscos Geológicos e Ordenamento do Território desenvolve-se ao longo de 1,5 anos (90 créditos) e tem por objectivos específicos a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos teóricos e práticos (incluindo trabalho de campo): l necessários à análise multi-escala e integrada dos processos, produtos e sistemas geológicos e geomorfológicos, em particular os que se afiguram pertinentes a estudos de impacte ambiental; l indispensáveis à caracterização, monitorização e avaliação da perigosidade e risco geológico nas suas diversas expressões; l fundamentais ao reconhecimento das diversas implicações e aplicações do conhecimento geológico no contexto das Mudanças Globais; l requeridos pela procura de soluções inovadoras ou de maior eficiência para problemas correntes ou a identificar em diversos contextos geológicos; e l imprescindíveis ao desenvolvimento de competências para a prática autónoma de investigação.
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Departamento de
GEOLOGIA
GeoFCUL©2008
Formação
Pós-Graduada
Programa de Mestrado em Geologia Aplicada (2º ciclo)
Este Programa conta com duas áreas de especialização (Geologia de Engenharia e Hidrogeologia) e representa a evolução lógica das especialidades em Geologia de Engenharia e em Hidrogeologia inscritas no Programa de Mestrado em Geologia que, por sua vez, expandiu parte da formação oferecida no extinto Mestrado em Geologia Económica e Aplicada. Eleva o nível de exigência teórica e potencia o Curso Pós-Graduado de Especialização em Geologia Aplicada, não conducente a grau académico. Incorpora ainda outras iniciativas concretizadas através da oferta dos Cursos Pós-Graduados de Actualização em (i) Sistemas de Informação Geográfica Aplicados às Ciências da Terra, (ii) Hidrogeoquímica PHREEQC: Modelação de sistemas químicos aquáticos com transporte de massa, e em (iii) Geologia de Engenharia Monitorização Geotécnica.
O Programa de Mestrado em Geologia Aplicada desenvolve-se ao longo de 1,5 anos (90 créditos) e tem por objectivos específicos a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos teóricos e práticos (incluindo trabalho de campo): l necessários à aplicação do conhecimento geológico nas sucessivas fases de desenvolvimento de obras de engenharia e subsequente monitorização; l relevantes para a caracterização hidrogeológica, prospecção e gestão de recursos hídricos; l e requeridos pelo exercício da prática profissional adaptada a um quadro desejável de Desenvolvimento Sustentável.
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Departamento de
GEOLOGIA
GeoFCUL©2008
st u am
Sub it ir imge !
Formação
Pós-Graduada
Programa de Doutoramento (3º ciclo)
Este Programa de três anos tem como propósito fundamental consolidar e aprofundar níveis de competência para investigação autónoma em diferentes áreas do conhecimento geológico e/ou domínios de interface com outras áreas do Saber.
Como áreas de especialidade relacionadas com o tema “Terra e Saúde” destacam-se a Geoquímica e a Hidrogeologia.
Departamento de
GEOLOGIA
GeoFCUL©2008
Produção científica / Relatórios de Estágio
(Últimos 10 anos)
Sebastião, J.L. (2005). Avaliação da Vulnerabilidade à Poluição de Aquíferos. Aplicação e análises comparativa de métodos indexados AVI e GOD. Relatório de Estágio da Licenciatura em Geologia Aplicada e do Ambiente, Universidade de Lisboa.
Vicente, E. (2005). Comparação entre as normas canadiana e holandesa de descontaminação de solos e águas subterrâneas, enquadrando a legislação nacional e comunitária. Relatório de Estágio da Licenciatura em Geologia Aplicada e do Ambiente, Universidade de Lisboa.
Calçada, I. (em curso). Definição de perímetros de protecção de captação de água subterrãnea do Conxelho de Serpa. Relatório de Estágio do Curso de Pós-Graduação em Geologia Aplicada, Universidade de Lisboa.
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Departamento de
GEOLOGIA
GeoFCUL©2008
Produção científica / Teses de Mestrado
(Últimos 10 anos)
Soares, C.M. (1998). Lixeiras: Impacto dos lixiviados na qualidade das águas e do solo (no caso da lixeira de Viana do castelo). Mestrado em Geologia Económica e Aplicada, Universidade de Lisboa.
Duarte, P.F. (2001). Agricultura Intensiva e Qualidade das Águas Subterrâneas. Um caso de estudo na região de Torres Vedras. Mestrado em Geologia Económica e Aplicada, Universidade de Lisboa.
Roseiro, C.D. (2002). Poluição causada pelo tráfico rodoviário nos solos e nas águas subterrâneas. Um caso de estudo na EN10 Recta do Cabo. Mestrado em Geologia Económica e Aplicada, Universidade de Lisboa.
Pinto, C.F.C.N. (2007). Caracterização geoquímica das fases aquosas e sólidas associadas a processos geradores de drenagem ácida de minas (DAM) na zona envolvente às minas de Aljustrel. Mestrado em Geologia, Especialidade em Ambiente, Riscos Geológicos e Ordenamento do Território, Universidade de Lisboa.
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Produção científica / Dissertações de Doutoramento
(Últimos 10 anos)
Coutinho, R. (2000). Elementos para a monitorização sismovulcânica da ilha do Faial (Açores): caracterização hidrogeológica e avaliação de anomalias de Rn associadas a fenómenos de desgaseificação. Universidade dos Açores.
Calado, C. (2002). A ocorrência de água sulfúrea alcalina no Maciço Hespérico: quadro hidrogeológico e quimiogénese. Universidade de Lisboa.
Silva, M.C.R. (2003). Impacto ambiental da actividade agrícola e industrial na várzea de Loures: hidrosfera e pedosfera. Universidade de Lisboa.
Saraiva de Andrade, A.I.A.S. (2004). Hidrogeoquímica e caracterização da contaminação hídrica nos corpos aluvionares do Mondego entre Coimbra e Montemor-o-Velho. Universidade de Coimbra.
Gonçalves, M.A. (2004). Heavy metal dispersion by landfill contaminated waters and fixation mechanisms on phyllosilicates: a combined field and experimental study. Universidade de Lisboa.
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Produção científica / Publicações relevantes
(Últimos 10 anos)
Carvalho, M.R;, Nunes, J.C.; Acciaioli, M.H.; França, Z. & Forjaz, V.H. (2006). Processes controlling the distribution of As in ground waters of S. Miguel Island (Azores). Livro de Resumos das 4ª Jornadas Internacionais de Vulcanologia da Ilha do Pico, 2-6 Mai., pp. 28-30.
Gonçalves, M.A. (2001). Characterization of geochemical distributions using multifractal models. Mathematical Geology, 33(1): 41-6.
Gonçalves, M.A. (2005). MetalOrganic Interaction in subtitle D: Landfill Leachates and Associated Groundwaters. In, Lehr, J.H., Keeley, J. (eds.), Water Encyclopedia: Ground Water. John Wiley & Sons, New York, May 2005.
Gonçalves, M.A. & Figueiras J. (2004). Cu adsorption kinetics onto illite surfaces: a flow through reactor study. Geochimica et Cosmochimica Acta, 68 (11-S1): A133.
Gonçalves, M.A. & Figueiras, J. (2005). Adsorption of Cu onto illite surfaces: The effects of ionic strength and organic acids. Geochimica et Cosmochimica Acta, 69(10/S1): A495.
Gonçalves, M.A.; Mateus, A. & Oliveira V. (2001). Geochemical anomaly separation by multifractal modelling. Journal of Geochemical Exploration, 72: 91-114.
Gonçalves, M.A.; Nogueira, J.M.F.; Figueiras, J.; Putnis, C.V. & Almeida, C. (2004). Base-metals and organic content in stream sediments in the vicinity of a landfill. Applied Geochemistry, 19: 137-141.
Gonçalves, M.A.; Nogueira, J.M.F.; Putnis, C.V. & Figueiras J. (2002). Metal and micro-organic pollutant partitioning between sediments and waste waters from a landfill. Geochimica et Cosmochimica Acta, 66(S1): A285.
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(continua)
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Produção científica / Publicações relevantes
(Últimos 10 anos)
Marques, F.O.; Marques, F.M.; Mateus, A.; Figueiras, J.; Monteiro Santos, F. & Amaral, H. (2005). The effectiveness of “clay” liners as basal isolation of landfills: a case study. Environmental Geology, 47: 1128-1137.
Mendonça, J.L. & Oliveira, M. (2005). Groundwater Contamination around the São Domingos Mine. Libro de homenaje al Profesor Rubio, pp. 623-635.
Mendonça, J.L. (2006). Delimitação de Perímetros de Protecção de Furos de Captação de Água Subterrânea pelo Método de Rastreio de Partículas Associado a Modelos de Fluxo em Diferenças Finitas. Recursos Hídricos, 27(1): 33-44.
Monteiro Santos, F.; Mateus, A.; Figueiras, J. & Gonçalves M.A. (2006). Mapping groundwater contamination around a landfill facility using the VLF-EM method; a case study. J. Applied Geophysics, 60: 115-125.
Mota, R.; Monteiro Santos, F.; Mateus, A. & Marques, F.O.; Gonçalves, M.A.; Figueiras, J. & Amaral H. (2004). Granite fracturing and incipient pollution beneath a recent landfill facility as detected by geoelectrical surveys. J. Applied Geophysics, 57: 11-22.
Rosário, P.M.; Nogueira, J.M.F.; Gonçalves, M.A. & Figueiras J. (2003). Monitorização de compostos orgânicos traçadores com origem em lixeiras urbanas por SPE-CGC/MSD. In 3º Encontro Nacional de Cromatografia da Sociedade Portuguesa de Química, pp. 90-91.
Silva, E.F.; Fonseca, E.C.; Matos, J.X.; Patinha, C.; Reis, P. & Santos Oliveira, J.M. (2005). The effect of unconfined mine tailings on the geochemistry of soils, sediments and surface waters of the Lousal area (Iberian Pyrite Belt, Southern Portugal). Land Degradation & Development, 16: 213-228.
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(continuação)
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Produção científica / Prestações de serviços
(Últimos 10 anos)
Câmara Municipal de Serpa
Carvalho, M.R.; Silva, C.; Calçada, I.; Lopes, A.C.; Félix, A.L.; Nogueira, A.; Andrade, D.; Brighton, I.; Ávila, M.; Guerreiro, N. & André, R. (2007). Definição dos perímetros de Protecção das Captações de Água Subterrânea de Abastecimento Público no Concelho de Serpa. Fase I Sistema de Abastecimento de Água à Cidade de Serpa. Departamento de Geologia, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, 111 pp. + 4 mapas.
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Comemorações do AIPT 2008 no GeoFCUL
Terra e Saúde: Construir um ambiente mais seguro
Ficha técnica:
Como citar este documento:
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Coordenação
Design gráfico e execução
Imagens
António Mateus.
Carlos Marques da Silva.
António Mateus, João Xavier Matos, Carlos Marques da Silva.
Mateus, A. (Coord.) (2008) Terra e Saúde: Construir um ambiente mais seguro.Departamento de Geologia FCUL, Lisboa. Acessível em http://geologia.fc.ul.pt/documents/87.pdf, consultado em [data da consulta].
Abril de 2008 Mais informações em: http://geologia.fc.ul.pt/index.phpParacelso