Perspectiva Isométrica

A Perspectiva isométrica ocorre quando o observador está situado no infinito e as retas projetantes são paralelas umas às outras e incidem perpendicularmente no plano. A representação tridimensional em que o objeto se situa num sistema de 3 eixos coordenados (axonometria).Os 3 eixos isométricos x, y e z formam entre si ângulos de 120°. Os eixos oblíquos formam com a horizontal um ângulo de 30° e suas medidas dos eixos principais permanecem inalteradas. Cada um desses eixos corresponde a uma dimensão do objeto.

Entre as perspectivas não cônicas, as isométricas são as mais utilizadas nos escritórios de projeto devido à sua versatilidade e facilidade de montagem. Porém, apresenta desvantagens, dados que vários pontos nos objetos representados criam ilusões de óptica, ocupando o mesmo local no plano dimensional quando eles têm localizações diversas no espaço.

Cotagem

A cotagem, no sentido mais estrito, é a representação gráfica no desenho das características de um elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida1 . A cotagem normaliza o intercâmbio das informações entre as diversas partes envolvidas no projeto.

De forma mais ampla, a cotagem pode significar a indicação das medidas, ou características, com a utilização do letreiro técnico, sem indicação de unidade (por exemplo, a medida é descrita por 50, e não por 50 mm). 2

Cotagem em desenho técnico. NBR 10126.

Linhas

No desenho técnico são utilizados diversos tipos de linhas para indicar o estado de uma aresta ou contorno em determinada vista. São utilizadas linhas contínuas grossas para

arestas visíveis; contínuas finas para linhas projetantes, de chamada, de cotas, etc.; linhas tracejadas médias para linhas e arestas invisíveis; linhas traço ponto finas para representar centro de arcos, circunferências ou traço ponto fino e grosso para indicar cortes na peça; e linhas de ruptura (ou ziguezague), para indicar cortes parciais ou rupturas nas peças.

 A norma NBR 08403 estabelece as espessuras (larguras) dos tipos de linhas utilizados na representação técnica. As larguras das linhas devem ser escolhidas, conforme o tipo, dimensão, escala e densidade de linhas no desenho. Para diferentes vistas de uma peça, desenhadas na mesma escala, as larguras das linhas devem ser conservadas.

Considerando a espessura da linha contínua grossa 1, teremos que a linha tracejada média possui espessura 0,5; a linha contínua fina possui espessura 0,25; a linha traço ponto fina também 0,25; as linhas de corte também teriam 0,25, exceto em suas terminações, onde é necessário aumentar sua espessura para 1; e por fim a linha de ruptura teria 0,5 de espessura. A tabela abaixo ilustra a proporcionalidade dos tipos de linha e suas aplicações.

Contornos e arestas visíveis

1

Contornos e arestas invisíveis

0,5

Linhas de projeção / cotas

0,25

Eixos de simetria / centro

0,25

Cortes1 – 0,25 - 1

Ruptura 0,5

Ziguezague 0,5

Tabela. Tipos de linha, aplicações e características.

Embora existam espessuras padrão, no desenho manual é impraticável medir as espessuras das linhas. Porém, é imprescindível observar a proporcionalidade entre elas, principalmente no quesito espessura. Outros fatores também são importantes, como a proporção entre traços e espaços nas linhas tracejadas. Recomenda-se aqui que as linhas tracejadas sejam feitas com proporção de cerca de 4 mm cada traço, espaçados de 2 mm.

Para as linhas traço ponto, também é importante manter uma proporcionalidade, mantendo um traço de 6 mm de comprimento, espaço de 2 mm seguido de um ponto, em seguida mais um espaço de 2 mm e em seguida repete-se o procedimento. Por se tratar de recomendações, as dimensões podem ser adaptadas segundo a necessidade. No entanto, tanto os comprimentos dos traços quanto os espaços devem ser ampliados ou reduzidos proporcionalmente.

Outro quesito ao qual se deve prestar atenção é o cruzamento das linhas de centro (traço ponto). Uma vez que essas linhas são utilizadas para determinar precisamente a localização de um centro de arco, circunferência ou furo deve-se sempre realizar o cruzamento das linhas com traços. Nunca deve ser realizado o cruzamento em espaços ou pontos.

Legenda

Elas são uma espécie de etiqueta que fica posicionada no canto inferior direito da folha e fornece informações imprescindíveis ao desenho, à norma sugere a máxima dimensão que a legenda pode ter, no entanto o tamanho da legenda pode ser também condicionado pela quantidade de informações necessárias ao desenho que estamos fazendo. As informações vitais que deve possuir uma legenda são:

Identificação do projetista / desenhista;

Empresa proprietária do desenho / projeto;

Nome do projeto;

Número de registro do desenho;

Simbologia de projeção;

Escala do desenho;

Tolerâncias;

Formato da folha;

Data do desenho;

Matéria-prima a ser utilizada na fabricação;

Campo de revisão e aprovação do desenho.

Outras informações podem ser necessárias dependendo do que trata o desenho ou projeto, o importante é salientar que não devemos inserir nos campos da legenda informações desnecessárias, isso pode poluir o desenho causando uma má interpretação do mesmo.

Quando começarmos a desenhar ou projetar alguma coisa é importante sempre ter em mente em qual formato iremos plotar nosso desenho, isso fará com que saibamos se será necessário fazer uso de escalas ou não, por exemplo, se vamos desenhar um carro com certeza terá que adotar uma escala de redução para que o carro se enquadre em algum formato, sendo assim a escala utilizada será informada na legenda para que a pessoa que for interpretar esse desenho tenha total compreensão da proporção do desenho em relação ao carro.

As normas ISO 7200 e NP204 definem tipos e conteúdos de legendas.

Escala

A razão existente entre as dimensões do desenho e as dimensões reais do objeto é chamada de escala do desenho.

É importante ressaltar que, sendo o desenho técnico uma linguagem gráfica, a ordem da razão nunca pode ser invertida, e a escala do desenho sempre será definida pela relação existente entre as dimensões lineares de um desenho com as respectivas dimensões reais do objeto desenhado.

Para facilitar a interpretação da relação existente entre o tamanho do desenho e o tamanho real do objeto, pelo menos um dos lados da razão sempre terá valor unitário, que resulta nas seguintes possibilidades:

• 1 : 1 para desenhos em tamanho natural – Escala Natural • 1 : n > 1 para desenhos reduzidos – Escala de Redução

• n > 1 : 1 para desenhos ampliados – Escala de Ampliação

Escalas

A norma NBR 8196 da ABNT recomenda, para o Desenho Técnico, a utilização das seguintes escalas:

A indicação é feita na legenda dos desenhos utilizando a palavra ESCALA, seguida dos valores da razão correspondente.

Quando, em uma mesma folha, houver desenhos com escalas diferentes daquela indicada na legenda, existirá abaixo dos respectivos desenhos a identificação das escalas utilizadas.

Fonte de Pesquisa:

http://www.idemdesign.net/pt/design/desenho-tecnico/266-tipo-linha-desenho-tecnico.html

http://www.infocadu.com/2011/12/formatos-e-legendas-em-desenho-tecnico_27.html

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAehZYAB/desenho-tecnico-aula-11-escalas-cotagem