Desenvolvimento dos conceitos matemáticos através de jogos.

“O jogo é uma analogia para a vida: não existem cadeiras suficientes ou bons tempos para andar por aí, nem comida suficiente, nem divertimento suficiente, nem camas nem empregos nem risos nem amigos nem sorrisos nem dinheiro nem ar limpo para respirar... e, no entanto a música continua. (Jobs, Steven 2007)

O jogo tem como função facilitar o aprendizado, aprendemos desde pequenos a contar, seja para brincadeira de esconde e esconde ou pega pega. Mesmo em qualquer meio de jogos de “n” plataformas: baralhos, RPG e Playstation estamos sempre aprendendo por meio de jogos. E por que não desenvolver tais mecanismos para o ensino? Uma vez que nosso ensino sempre está rodeado de falhas, então se temos uma alternativa para reduzirmos o bloqueio de aprendizado por que não usar.

“Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes

mais positivas frente a seus processos de aprendizagem.” (Borin ,1996. p.09)

Um fator preponderante para o uso de jogos é que o nível de concentração durante os jogos é bastante considerado, deste modo ao contrário de aula padrão, a qual o aluno acaba desconcentrando-se, quando se utiliza jogos este tem uma percepção maior para desenvolver o aprendizado no instante do jogo. Com o jogo o aluno simula uma situação presente do que ele está vendo quando ao conteúdo, desse modo ocorrem fatores favoráveis para pensar, refletir e compreender. E toda estrutura lógica matemática torna-se bem assimilada.

“para que os jogos produzam os efeitos desejados é preciso que sejam, de

certa forma, dirigidos pelos educadores” (Tahan, Malba 1968)

É claro que não basta só mandar os jogos para os alunos e os deixar brincando que o aprendizado surgirá. Segundo Malba, os jogos para terem o efeito que necessita alcançar quando usados pelo professor, é preciso que este saiba como manusear e para que tipo de fim aquele jogo leve. Ou seja, é importante que o professor organize a maneira como fará para aplicar o jogo de maneira que envolva seu conteúdo e instigue a participação da classe. E partido deste ponto de vista os jogos terão o efeito necessário para que o aprendizado seja significativo. Então, o jogo facilitará o cálculo mental, o qual não só basta ter o resultado e sim saber aplicar após o artifício do jogo quando for resolver exercícios. O uso dos jogos terá importância fundamental para explicar a solução de problemas e estratégias utilizadas pela própria estrutura algébrica da matemática.

[...] alguns casos, já são paradigmáticos, como em matérias consideradas “bicho-papão”, a exemplo da matemática. É comum a relação perpendicular, com toques freqüentes de sadismo didático, na qual o professor repassa, a quilo, fórmulas, equações, matéria, estando no outro lado, um aluno dedicado a tomar nota, acompanhar a evolução do assunto, para depois, reproduzir na prova. Para este aluno, estudar significa, literalmente, memorizar, decorar e colar. O sadismo se completa, quando, ao final de semestre, 90% de uma turma não passa, utilizando-se isto como indicador da qualidade do professor.

(Demo 2002, p. 76):

Para o autor, Demo, o fracasso de uma turma não passar está definido pelo método de abordagem tradicional, a qual o professor é um mero transmissor de conteúdo. Isso é ainda comum em todo o território nacional brasileiro, porém com o crescente uso da tecnologia, tais conceitos matemáticos são bem facilitados quando se usa o recurso de jogos, uma vez que a participação da turma é considerável e aquilo que outrora era visto apenas como um “punhado” de fórmulas torna-se comum quanto a realidade prática do aluno, o qual partindo pelo pressuposto de estar vivenciando os conceitos matemáticos com o uso de jogos faz com que o aprendizado não só parta do professor mas também da compreensão do aluno quando este raciona de maneira análoga ao do professor por meio do uso de jogos.